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02/07/2014 1 ESTRUTURAS DE AÇO DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO SIMPLES PROF. DR. ANDERSON H. BARBOSA SUMÁRIO ▪ Considerações Gerais. ▪ Critérios para Flexão. ▪ Momento Fletor Resistente. ▪ Força Cortante Resistente. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 2 02/07/2014 2 CONSIDERAÇÕES GERAIS Tratado na subseção 5.4 – NBR 8800:2008. Para o dimensionamento de barras prismáticas submetidas ao momento fletor e força cortante, nas seguintes condições: ▪ Seções I e H com dois eixos de simetria, fletidas em relação a um desses eixos; ▪ Seções I e H com apenas um eixo de simetria, situado no plano médio da alma, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular a alma; ▪ Seções T fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular a alma; EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 3 CONSIDERAÇÕES GERAIS Para o dimensionamento de barras prismáticas submetidas ao momento fletor e força cortante, nas seguintes condições: ▪ Seções constituídas por duas cantoneiras em forma de T, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular ao eixo de simetria; ▪ Seções U fletidas em relação a um dos eixos centrais de inércia; ▪ Seções-caixão e tubulares retangulares com dois eixos de simetria fletidas em relação a um desses eixos; ▪ Seções sólidas circulares ou retangulares fletidas em relação a um dos eixos centrais de inércia; ▪ Seções tubulares circulares fletidas em relação a qualquer eixo que passe pelo centro geométrico. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 4 02/07/2014 3 CONSIDERAÇÕES GERAIS Perfis usuais: Elementos com maior inércia no plano da flexão, isto é, com massas mais afastadas do eixo neutro da peça. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 5 CONSIDERAÇÕES GERAIS O carregamento transversal deve estar sempre em um plano de simetria, exceto no caso de perfis U fletidos em relação ao eixo perpendicular à alma, quando a resultante do carregamento transversal deve passar pelo centro cisalhamento da seção transversal ou a torção deve ser impedida. Condições básicas de dimensionamento: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 6 RdSd MM RdSd VV 02/07/2014 4 CRITÉRIOS DE FLEXÃO Plastificação da Seção e Efeito da Tensão Residual: O aparecimento de tensões residuais é inerente ao processo de fabricação dos perfis, sejam estes laminados ou perfis soldados. As partes mais expostas esfriam e se solidificam antes das partes menos expostas. Quando estas últimas esfriam e se solidificam, elas se contraem provocando tensões de compressão nas partes já solidificadas e como não existe força externa atuando no perfil, estas são completamente auto-equilibradas. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 7 CRITÉRIOS DE FLEXÃO O momento fletor resistente de cálculo deve ser determinado segundo os anexos G e H da NBR 8800:2008. Devem ser considerados os seguintes ELU: ▪ Flambagem lateral com torçao (FLT): ▪ Flambagem local da mesa comprimida (FLM); ▪ Flambagem local da alma (FLA); ▪ Flambagem local da aba; ▪ Flambagem local da parede do tubo; ▪ Escoamento da mesa tracionada. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 8 02/07/2014 5 CRITÉRIOS DE FLEXÃO Para FLT pode ser necessário calcular um fator de modificação para diagrama de momento fletor não-uniforme (Cb), para o comprimento destravado Lb analisado. Em trechos em balanço entre uma seção com restrição a deslocamento lateral e à torção e a extremidade livre: Em todos os outros casos: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 9 0,1bC 0,3 3435,2 5,12 max max m CBA b RMMMM M C CRITÉRIOS DE FLEXÃO Denominações: ▪ Mmax é o valor do momento máximo de cálculo, em módulo, no comprimento destravado; ▪ MA é o valor do momento máximo de cálculo, em módulo, na seção situada a um quarto do comprimento destravado, medido a partir da extremidade esquerda; ▪ MB é o valor do momento máximo de cálculo, em módulo, na seção central do comprimento destravado; ▪ MC é o valor do momento máximo de cálculo, em módulo, na seção situada a três quartos do comprimento destravado, medido a partir da extremidade esquerda. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 10 02/07/2014 6 CRITÉRIOS DE FLEXÃO Denominações: ▪ Rm é um parâmetro de monossimetria da seção transversal, igual a: Para seções com um eixo de simetria, fletidas em relação ao eixo que não é de simetria, sujeitas a curvatura reversa: Demais casos igual a 1,00. Iyc é o momento de inércia da mesa comprimida em relação ao eixo de simetria (como a curvatura é reversa, esse momento de inércia refere-se à mesa de menor momento de inércia; Iy é o momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo de simetria. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 11 2 25,0 y yc I I CRITÉRIOS DE FLEXÃO Nas vigas I, H e U, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à alma, e seções caixão e tubulares retangulares fletidas em relação a um eixo central de inércia, simétricas em relação ao eixo de flexão, em um comprimento destravado Lb no qual uma das mesas encontra-se livre para se deslocar lateralmente e a outra mesa possui contenção lateral contínua contra esse tipo de deslocamento, o fator de modificação para o momento fletor não-uniforme é dado por: ▪ Quando a mesa com contenção lateral contínua estiver tracionada em pelo menos uma extremidade do comprimento destravado: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 12 )(3 8 3 2 3 10 2 0 1 MM M M M Cb 02/07/2014 7 CRITÉRIOS DE FLEXÃO Onde: ▪ M0 é o valor do maior momento fletor solicitante de cálculo, tomado com sinal negativo, que comprime a mesa livre nas extremidades do comprimento destravado; ▪ M1 é o valor do momento fletor solicitante de cálculo na outra extremidade do comprimento destravado. Se esse momento comprimir a mesa livre, deve ser tomado com sinal negativo nos segundo e terceiro termos da equação. Se tracionar a mesa livre, deve ser tomado com sinal positivo no segundo termo da equação e igual a zero no terceiro termo; ▪ M2 é o valor do momento fletor solicitante de cálculo na seção central do comprimento destravado, com sinal positivo se tracionar a mesa livre e sinal negativo se tracionar a mesa com contenção lateral contínua. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 13 CRITÉRIOS DE FLEXÃO ▪ Em trechos com momento nulo nas extremidades, submetidos a uma força transversal uniformemente distribuída, com apenas a mesa tracionada contida continuamente contra deslocamento lateral: ▪ Em todos os outros casos: Na verificação da FLT, deve-se tomar como momento fletor solicitante de cálculo o maior momento que comprime a mesa livre. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 14 2bC 1bC 02/07/2014 8 CRITÉRIOS DE FLEXÃO As vigas, com ou sem chapas de reforço de mesa, mesmo com furos para parafusos nas mesas, podem ser dimensionadas ao momento fletor com base nas propriedades da seção bruta, desde que: onde: Afn é a área líquida da mesa tracionada; Afg é a área bruta da mesa tracionada; Yt é um coeficiente igual a 1,0 para fy/fu≤0,8 e igual a 1,10 se fy/fu>0,8. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 15 fgytfnu AfYAf CRITÉRIOS DE FLEXÃO Se: O momento fletor resistente de cálculo deve ser limitado pelo estado limite último de ruptura por flexão, na região dos furos na mesa tracionada, sendo dado por: onde Wt é o módulo de resistência elástico do lado tracionado da seção, relativo ao eixo de flexão. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 16 fgytfnu AfYAf t fg fnu a Rd WA Af M 1 1 02/07/2014 9 MOMENTO FLETOR RESISTENTE Aplicações previstas nos anexos G e H da NBR 8800:2008. Estes procedimentos serão apresentados segundo material impresso dos referidos anexos da NBR 8800:2008. EN GE NH AR IA C IVIL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 17 FORÇA CORTANTE RESISTENTE Dos itens 5.4.3.1 a 5.4.3.6 são fornecidos os valores da força cortante resistente de cálculo, VRd, das barras fletidas, considerando os estados limites últimos de escoamento e flambagem por cisalhamento. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 18 02/07/2014 10 FORÇA CORTANTE RESISTENTE Verificação do cisalhamento da alma. Em geral, a verificação é feita painéis (trecho entre enrijecedores). Adotar o maior valor entre os painéis. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 19 FORÇA CORTANTE RESISTENTE Verificações: FLA e Enrugamento da alma. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 20 02/07/2014 11 FORÇA CORTANTE RESISTENTE Enrijecedores sob pressão: Quando a alma não resiste às cargas localizadas, deve-se dispor de enrijecedores. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 21 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Seções I, H e U fletidas em relação ao eixo perpendicular à alma (item 5.4.3.1) A força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada por: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 22 r a plp Rd rp a plp Rd p a pl Rd para V V para V V para V V 1 2 1 1 24,1 y v r y v p w f Ek f Ek t h 37,1 10,1 02/07/2014 12 FORÇA CORTANTE RESISTENTE Valores de kv: ▪ a é a distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais adjacentes; ▪ h é a altura da alma, tomada igual à distância entre as faces internas das mesas nos perfis soldados e igual a esse valor menos os dois raios de concordância entre mesa e alma nos perfis laminados. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 23 casosoutrosostodospara ha thh a paraou h a pararesenrijecedosemalmaspara k wv , / 5 5 / 260 3,0,5 2 2 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Vpl é a força cortante correspondente à plastificação da alma por cisalhamento, dada por: ▪ Aw é a área efetiva de cisalhamento, dada por: onde d é a altura total da seção transversal. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 24 ywpl fAV 60,0 ww dtA 02/07/2014 13 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Seções tubulares retangulares e caixão (item 5.4.3.2) Em seções tubulares retangulares e caixão fletidas em relação a um eixo central de inércia, a força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada pelo mesmo procedimento apresentado no item anterior, com: kv igual a 5,0; h igual à altura da parte plana das almas nas seções tubulares retangulares e igual à distância entre as faces internas das mesas nas seções caixão; tw igual à espessura de uma das almas (as duas almas devem ter a mesma espessura). A força cortante Vpl é determinada assumindo: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 25 ww htA 2 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Seções T fletidas em relação ao eixo perpendicular à alma (item 5.4.3.3) Em seções T fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular à alma, a força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada pelo mesmo procedimento apresentado em 5.4.3.1, com: kv igual a 1,2; h igual à altura total da seção transversal (d); tw igual à espessura da alma, desde que a relação d/tw não supere 260. A força cortante Vpl é determinada assumindo: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 26 ww dtA 02/07/2014 14 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Seções formadas por duas cantoneiras fletidas em relação ao eixo perpendicular ao de simetria (item 5.4.3.4) Em seções formadas por duas cantoneiras iguais constituindo uma seção tipo T, fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular ao eixo de simetria, a força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada pelo mesmo procedimento apresentado em 5.4.3.1.1, com: kv igual a 1,2; h igual à altura total da seção transversal (b); tw igual à espessura da aba perpendicular ao eixo de flexão de uma das cantoneiras (t), desde que a relação b/t não supere 260. A força cortante Vpl é determinada assumindo: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 27 btAw 2 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Seções I, H e U fletidas em relação ao eixo perpendicular às mesas (item 5.4.3.5) Em seções I e H duplamente simétricas e seções U monossimétricas fletidas em relação ao eixo central de inércia perpendicular às mesas (eixo de menor momento de inércia), a força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada pelo mesmo procedimento apresentado em 5.4.3.1, com: kv igual a 1,2; h igual à metade da largura das mesas nas seções I e H (bf/2) e igual à largura total das mesas nas seções U (bf); tw igual à espessura média das mesas (tf). A força cortante Vpl é determinada assumindo: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 28 ffw tbA 2 02/07/2014 15 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Seções tubulares circulares (item 5.4.3.6) Em seções tubulares circulares fletidas em relação a um eixo central de inércia, a força cortante resistente de cálculo, VRd, é dada por: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 29 1 5,0 a gcr Rd A V y d y d v cr f t D E f t D D L E 60,0 78,0 60,0 60,1 2/3 4/5 td é a espessura de cálculo da parede da seção transversal, tomada igual a 0,93 vez a espessura nominal para tubos com costura igual à espessura nominal para tubos sem costura; Lv é a distância entre as seções de forças cortantes máxima e nula. FORÇA CORTANTE RESISTENTE Quando forem necessários enrijecedores transversais, devem ser obedecidos os seguintes requisitos: ▪ Os enrijecedores transversais devem ser soldados à alma e às mesas do perfil, podendo, entretanto, do lado da mesa tracionada, ser interrompidos de forma que a distância entre os pontos mais próximos das soldas entre mesa e alma e entre enrijecedor e alma fique entre 4tw e 6tw ; ▪ A relação entre largura e espessura dos elementos que formam os enrijecedores não pode ultrapassar 0,56 (E/fy)1/2 ; ▪ O momento de inércia da seção de um enrijecedor singelo ou de um par de enrijecedores (um de cada lado da alma) em relação ao eixo no plano médio da alma não pode ser inferior a atw3j, onde: EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 30 5,02 / 5,2 2 ha j 02/07/2014 16 FORÇA CORTANTE RESISTENTE ▪ Item 5.4.5: Prescrições adicionais relacionadas a seções soldadas. Nos perfis soldados, a solda unindo mesas e alma deve ser dimensionada para suportar o cisalhamento horizontal total resultante da flexão. Além disso, essa solda deve ser dimensionada para transmitir à alma qualquer força aplicada diretamente na mesa, a menos que se garanta a transmissão de tal força apenas por outros meios. EN GE NH AR IA C IV IL -E ST RU TU RA S DE A ÇO 31
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