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BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA Biossegurança: é o conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos envolvidos. Biossegurança em odontologia: conjunto de medidas empregadas coma a finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente clínico. Porta de Entrada dos Agentes Infecciosos: Via aérea: a contaminação da mucosa nasal ocorre pela inalação de aerossóis que ficam em suspenção e apresentam altas concentrações de agentes infecciosos e virulentos. Via ocular: a contaminação da mucosa conjuntiva ocorre por lançamento de gotículas ou aerossóis de material infectante nos olhos. Via cutânea: a contaminação do indivíduo pode ocorrer pelo contato da pele não integrada, resultante de cortes, abrasões ou dermatites com material infectante ou por injúrias causados por instrumentos perfurocortantes contaminados. Via oral: a contaminação da mucosa oral ocorre por realização de refeições no ambiente clínico, falta de procedimentos higiênicos (levar mãos à boca, após manuseio de materiais contaminados) e por lançamento por gotículas ou aerossóis de material infectante na boca. Infecção Cruzada: “quando a transmissibilidade dos micro- organismos ocorre entre pacientes e equipe de trabalho, dentro de um ambiente clínico”. Fontes de Infecções: locais onde os micro-organismos podem ser encontrados. Fonte: humana – hospedeiro; ambiental – instrumentos, objetos, superfícies contaminadas. Vias de transmissão: Contato direto: transmissão em consequência de um contato físico. Ex: contato entre um ferimento na mão do profissional e a saliva ou sangue contaminados. Contato indireto: transmissão através de um veículo. Ex: contato com um objeto inanimado contaminado. Doenças Infecto-Contagiosas em Ambientes Odontológicos: Infecções Bacterianas: Infecções estreptocócicas; Coqueluche; Difteria; Tétano; Infecções estafilococócicas; Tuberculose; Meningite meningocócica; Leigioneloses; Infecções por Pseudomonas aeruginosa; Sífilis. Infecções Fúngicas: Candidíase oral; Dermatofitoses orofaciais; Histoplasmose; Paracoccidioidomicose. Infecções Virais: Influenza (gripe); Resfriado; Pneumonias virais; Sarampo; Rubéola; Caxumba; Gengivoestomatite herpética; Varicela; Virose por papilomavírus; Virose por citomegalovírus; Mononucleose infecciosa; Herpes; AIDS; Hepatites virais. Imunização: constitui parte essencial dos programas de controle de infecção e tem como objetivo proteger não apenas a saúde dos componentes da equipe, mas também de seus pacientes familiares. Vacinação para os profissionais de saúde: hepatite B; varicela; difteria; tétano; influenza; tuberculose (BCG); sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral). Equipamentos de Proteção Individual – EPI: “É todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a prevenir riscos que podem ameaçar sua segurança e saúde”. EPI odontológico: são barreiras físicas para proteger a pela e as mucosas (olhos, nariz e boca) da exposição a material infeccioso ou potencialmente infeccioso durante os procedimentos odontológicos. É composto por: jaleco, gorro ou touca, máscara, óculos de proteção e luvas. Avental: Proteção das vestes do profissional, impedindo que micro- organismos sejam transportados para outros lugares. UTILIZADOS SOMENTE NO AMBIENTE DE TRABALHO!!!! Características: mangas compridas, punho nas mangas, gola fechada (gola de padre), lapela recobrindo os botões, comprimento suficiente para que as coxas do profissional fiquem cobertas quando sentado, não deve possuir dobras, pregas, bolsos, etc. Sequência de Colocação dos EPI’s: Sequência de Retirada dos EPI’s: 1º Propé 1º Luva 2º Jaleco 2º Óculos 3º Prender o cabelo – Colocar a touca/gorro 3º Máscara 4º Lavar as mãos 4º Só tirar o gorro quando for sair 5º Máscara 5º Jaleco 6ºÓculos 6º Propé 7º Luva Deve ser trocado sempre que apresentar sujeira visível; transportar sempre dentro de sacos plásticos fechados; lavados separadamente; fazer uma desinfecção com hipoclorito de sódio (Q’boa) por 30 minutos e depois passar com ferro quente. Máscara: Meio de proteção das vias aéreas superiores contra micro-organismos presentes em respingos e gotículas produzidas durante os procedimentos clínicos ou durante acesso de tosse, espirro ou fala. Apresentam diversos modelos, variando de 2 a 4 camadas e são confeccionadas com vários tipos de materiais. Deve ser colocada após o gorro e antes dos óculos de proteção individual. Recomendações para o uso das máscaras: tem que estar bem adaptada; não puxar a máscara para a região do pescoço (contaminada); trocar a máscara quando estiver úmida ou apresentar sujeira visível; não tocar na máscara com luvas; retirar a máscara somente após a retirada das luvas; descartar a máscara no lixo contaminado. Gorro e Touca: Protege os cabelos do profissional de micro-organismos e resíduos lançados pelos aerossóis durante o atendimento. Evita dispersão de corpos estranhos e micro-organismos presentes nos cabelos. Devem recobrir todo o cabelo, inclusive as orelhas. Devem ser trocadas sempre que apresentarem sujeira visível ou antes de procedimentos críticos. Descartadas no lixo contaminado. Luvas: São barreiras que separam os tecidos do paciente e do profissional. Mãos desprotegidas em contato com mucosas, secreções e sangue são totalmente vulneráveis à contaminação. Lesões microscópicas na pele – porta de entrada para micro-organismos. Trocadas a cada paciente – não devem ser reutilizadas. Em caso de procedimentos demorados, devem ser substituídas após 3 horas de uso contínuo. Óculos de Proteção: Devem ser utilizados pela equipe odontológica e pelo paciente. Proteção dos olhos de traumas físicos, químicos e contaminação microbiana. Utilizamos sobre os óculos de correlação – o uso de óculos corretivos não descarta o uso de óculos de proteção. Higienizados com solução de detergente quando apresentarem sujeiras. Lavagem das Mãos: A lavagem das mãos representa um das medidas mais importantes para reduzir o risco de transmissão de micro-organismos. As mãos devem ser lavadas antes da colocação das luvas, depois de sua remoção no atendimento de cada paciente e após contato com artigos contaminados. Manual Mecânico Reduz em até 80% as infecções cruzadas – remoção da microbiota transitória e resistente. Técnica básica de lavagem das mãos: Retirar anéis, pulseiras, relógio das mãos e antebraços. Abrir a torneira, molhando as mãos e antebraços em água corrente. Colocar sabão comum líquido na palma da mão e espalha pelas duas mão e antebraço. Abrir os dedos e friccionar espaços interdigitais. Friccionar o polegar, as pontas dos dedos, as unhas e as articulações. Friccionar a região lateral da mão. Enxaguar as mãos em água corrente, retirando completamente os resíduos do sabão. Secar as mãos com papel toalha descartável. Processamentos dos Artigos: “Não se deve desinfetar aquilo que pode ser esterilizado.” Todos os artigos utilizados no atendimento do paciente são considerados contaminados. Artigos dispostos sobre a bandeja também serão considerados contaminados, memso que não tenham sido utilizados (aerossóis). Todos os artigos que fizeram parte da mesa clínica durante a sessão necessitam ser reprocessados. é aquele que penetra na pelee nas mucosas do paciente atingindo tecidos Artigo Crítico: subepiteliais. Entram em contato com sangue – . ESTERILIZAÇÃO é todo instrumento que entra em contato com pele ou mucosa Artigo Semi-Crítico: íntegras – ou . ESTERILIZAÇÃO DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL é aquele que entra em contato com a pele íntegra – Artigo não Crítico: e LIMPEZA . DESINFECÇÃO Descontaminação: Procedimento que antecede a limpeza. Tem a finalidade de reduzir o número de micro-organismos presentes nos artigos contaminados. Maior segurança. É diferente que desinfecção. Consiste em imergir o material sujo, antes da lavagem, em um recipiente contendo uma solução química desinfetante, durante o tempo recomendado. Limpeza: Processo de remoção física da sujidade. Forma manual ou através de equipamento mecânico. Manual “Para que os instrumentos contaminados possam a ser é necessário que eles esterilizados sejam ”. limpos e secos Secagem e Inspeção dos Artigos: Passo subsequente à limpeza. Vários processos: *Secagem manual com toalhas de papel absorventes. *Ar comprimido. *Estufas reguladas para 50º. *Secadoras de ar quente. Após a secagem – inspeção visual de cada artigo. Embalagem: É após a higienização. Agrupados em jogos. Proteção dos artigos de contaminação proveniente do meio ambiente. Embalagens íntegras e específicas para o método de esterilização ao qual será submetido. Características que as embalagens devem apresentar: *Ser permeável, permitindo circulação do agente esterilizante e seu contato com os materiais. *Promover barreira microbiana adequada, impedindo a penetração de agentes patogênicos. *Ser compatível e resistir às condições físicas de esterilização. *Apresentar massa e gramatura regular, não apresentando áreas de menor densidade. *Ser flexível facilitando o manuseio. *Não sorver danos, quando submetido ao manuseio necessário no processamento do material. *Não conter agentes tóxicos e não eliminar resíduos durante o processo de esterilização. *Permitir selagem íntegra, sem orifícios. *Ser economicamente viável e disponível no mercado. *Não oferecer dificuldade à abertura do pacote, permitindo observar os princípios da técnica asséptica. Materiais para Embalagem: *Papel Crepado: permeável ao vapor, óxido de etileno e radiação gama; alta barreira bacteriana; alternativa aos tecidos de algodão atóxico; não irritante; resistente a fluidos; flexível; inflamavelmente resistente. *Não-tecido: pode ser utilizado em esterilização a vapor, óxido de etileno e plasma de peróxido de hidrogênio; resistente a rasgos e perfurações; várias medidas; três espessuras: regular, heavy-duty (reforçado) e super-duty (super-reforçado). * resistente a estragos e perfurações; várias medidas; Tecido Brim Cirúrgico: padrão . Unochapecó *Papel Grau Cirúrgico: permeável ao vapor, óxido de etileno e radiação gama; excelente barreira bacteriana; resistente a temperaturas de 160o; fabricado seguindo padrões rígidos de qualidade; melhor proteção ao conteúdo dos pacotes; COM FILME TRANSPARENTE – permite visualização do conteúdo. Recursos e Equipamentos para Embalagens: *Envelopes: papel grau cirúrgico + filme transparente; diversos tamanhos; muito práticos – autofechamento; tamanho selecionado deve ser compatível com o artigo a ser embalado. *Rolos: mais econômicos; necessitam de seladora para serem selados. *Seladoras: devem promover o fechamento hermético da embalagem com garantia de integridade; deixar uma margem de no mínimo 3 cm em uma das bordas para permitir uma abertura asséptica. *Caixas metálicas: diversos tamanhos; utilizadas para acondicionar materiais a serem esterilizados em estufas; pode ser utilizados em autoclaves se apresentarem perfurações e forem embalados com invólucros permeáveis ao vapor. Esterilização: Consiste em destruir e eliminar todos os micro-organismos viáveis (capazes de se reproduzir). Procedimento mais efetivo para a prevenção da infecção cruzada transmitida por instrumentais, devendo ser executado com responsabilidade. Métodos: *Físicos: calor seco (estufa); ; radiações. calor úmido (autoclave) *Químicos: glutaraldeído; formaldeído; ácido peracético; peróxido de hidrogênio estabilizado. *Físico-Químicos: óxido de etileno; plasmas de peróxido de hidrogênio. Estufa: *Método físico – calor seco. *Forno de Pasteur. *Baixo custo. *Rotina de trabalho relativamente fácil. *Baixo custo de manutenção. *Espectro de ação: ação microbicida – apresenta atividade sobre as microbactérias, fungos, vírus lipofílicos e hidrofílicos. O calor seco não é penetrante como o calor úmido e, por este motivo, requer tempo de exposição maior e temperatura mais elevada. *Modo de ação: a morte de micro-organismos ocorre por um processo de oxidaçãi das moléculas. *Modo de uso: termostatos; termômetros; tempo/temperatura (1 hora/170º ou 2 horas/160º ou 2 horas e 30 minutos/150º). *Modo de uso: materiais limpos e bem acondicionados (caixa metálicas); aquecer a estufa à temperatura indicada ANTES de colocar os instrumentais; evitar sobrepor materiais, colocar caixas menores nas prateleiras inferiores, evitando encostá-las nas paredes da estufa; marcar o tempo após o termômetro voltar a indicar a temperatura estabelecida – ANOTAR; NUNCA abrir a estufa durante a esterilização – caso seja aberta, após atingir novamente a temperatura estabelecida, reiniciar a contagem do tempo. *Indicações: artigos metálicos; instrumentos de corte ou ponta; brocas (risco de oxidação com calor úmido). *Contra-indicações: tecidos; plásticos; acrílicos; borrachas. Autoclave: *Método Físico – Calor Úmido. *Vapor sob pressão. *Mais rápido meio de esterilização. *Espectro de ação: atinge as células vegetativas e esporuladas das bactérias, as leveduras, os fungos filamentosos, os príons e todos os tipos de vírus. *Modo de ação: desnaturação e coagulação das proteínas. O efeito letal decorre da ação conjunta da temperatura e da umidade. *Modo de uso: os instrumentais devem estar limpos, secos e devidamente embalados em invólucros permeáveis ao vapor; carregar o aparelho utilizando 2/3 de sua capacidade – não deve ser lotada; dispor os pacotes de maneira homogênea, evitando que encostem no piso e paredes da câmara; observar rigorosamente as instruções do fabricante sobre o funcionamento do aparelho. Desinfecção: É o processo de remoção ou destruição da maioria, mas não todos, os organismos viáveis. Pode-se utilizar um desinfetante químico ou um processo físico. Nível Alto: processo de curta duração (30 minutos), no qual se consegue a destruição de todas as formas de vida, exceto os esporos. Ex.: Glutaraldeído 2%, Formaldeído. Nível Intermediário: capazes de destruir a maioria dos micro-organismos, mas nem todos os vírus e esporos. Ex.: Álcool 70%, Iodo (álcool iodado 0,5-1%), Hipoclorito de Sódio 1%. Nível Baixo: é um processo de destruição de poucos micro-organismos. Desinfecção Química com Álcool 70%: recomendado para desinfecção de superfícies; superfícies descontaminadas; ação efetiva através de fricção; ligeiramente irritante; inflamável; pouco dispendioso. Desinfecção das Superfícies: deve ser realizada por fricção utilizando desinfetantes químicos; deve ser realizada em todos os locais onde for possível encontrar micro- organismos carregados pelos aerossóis; a sala clínica deve ser desinfetada no seu todo. Controle da Contaminação na Área de Trabalho: Odontologia – aerossol – micro-organismos lançados por até 2 metros ao redor do campo operatório – contaminação de equipamentos e superfícies – necessária desinfecção das superfícies a cada troca de paciente. Barreiras de Proteção dos Equipamentos: Barreiras são materiais descartáveis como filmes de PVC, papelimpermeável ou papel alumínio, indicados para recobrir as superfícies e equipamentos, a fim de evitar a exposição ao material orgânico durante o uso e facilitar a desinfecção. O uso de barreiras representa a maneira mais efetiva, rápida e de baixo custo para prevenir a contaminação de superfícies. A manipulação das barreiras deve ser realizada com EPI. Antes da sua colocação os equipamentos devem ser desinfetados por fricção com um desinfetante. Ao término do atendimento todas as barreiras devem ser removidas e descartadas no lixo contaminado, utilizando luvas para a remoção dessas barreiras. Comandos dos mochos; comandos da cadeira; encosto da cadeira; encosto da cabeça; acionamento da cuspideira; alças do refletor; acionamento da luz do refletor; pontas como alta e baixa rotação, seringas água e ar; nas canetas de alta e baixa rotação; acionamento do negatoscópio. Descarte:
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