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Dependência Da Pressão Com A Direção E A Profundidade Juliana Gaudencio Sardinha Barbosa – Turma 2018.1 Guilherme Pereira Diniz– Turma 2017.2 Gustavo Soares Cruz – Turma 2017.2 Kleiton Ricardo Nascimento Mirando – Turma 2016.2 Caio Tito Neves do Canto – Turma 2017.1 Física Experimental II – Prof. André Lemos Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow Resumo. Este relatório tem por finalidade apresentar os dados obtidos e o conteúdo estudado na aula de física experimental II, realizado pela turma de Engenharia Elétrica. Foram avaliadas as premissas da lei de Stevin e de sua aplicação, o princípio de Pascal. Ademais, foi estudado a estática dos fluidos e seus conceitos básicos. Palavras chave: lei de Stevin, Principio de Pascal, estática dos fluidos Introdução A mecânica dos fluidos é a área da física que tem como objetivo compreender o comportamento dos fluidos (substâncias que possuem volume bem definido e a forma variando de acordo com o recipiente em que se encontra). A estática dos fluidos é a subdivisão da mecânica que analisa os fluidos em situação de equilíbrio, pautando-se nas leis de Newton. A princípio, é necessário definir os conceitos básicos relacionados aos fluidos. São eles: • Densidade (𝜌): propriedade que relaciona massa (𝑚) por unidade de volume (𝑉). Matematicamente 𝜌 = 𝑚 𝑉 (1) De acordo com o SI a unidade de medida de densidade é 1 kg\m³. Vale destacar que um líquido é chamado de fluido incompressível se sua densidade varia muito pouco. • Pressão (𝑃): é a razão entre a força normal exercida pelo fluido sobre cada lado da superfície (𝑑𝐹⊥) e a área (𝑑𝐴) de uma pequena superfície centralizada em um ponto do fluido. Em forma de equação 𝑃 = 𝐹⊥ 𝐴 (2) A unidade SI de pressão é o pascal, onde 1 pascal = 1 Pa = 1N/m². Cabe salientar que a pressão chamada hidrostática é aquela que ocorre no interior dos fluidos estáticos, ou seja, em repouso. • Empuxo: é uma força vertical apontada para cima que surge em razão da diferença de pressão existente entre a parte inferior e superior de um objeto mergulhado totalmente ou parcialmente em um fluido. Está diferença é consequência da maior profundidade na parte inferior. Continuando, a lei de Stevin. afirma que a diferença de pressão entre dois pontos de um líquido homogêneo em equilíbrio é constante, dependendo apenas do desnível entre esses pontos. Logo, se produzirmos uma variação de pressão no ponto de um líquido em equilíbrio, essa variação se transmite a todo líquido, ou seja, todos os pontos sofrem a mesma variação de pressão. Por fim, é interessante ressaltar que o princípio de Pascal é uma das aplicações desta lei. O mesmo enuncia que uma mudança na pressão aplicada em um fluido confinado é transmitida integralmente para todas as porções do fluido e para as paredes que o contém. Procedimento Experimental Para iniciar a experiência foi montado um suporte com dois tubos, uma canaleta e uma mangueira e um Becker. Em segundo lugar, em segundo lugar foi inserido água no recipiente e na mangueira. Destaca-se que ambas as extremidades dos tubos estavam no mesmo nível. A Figura 1 retrata o esquema descrito. Figura 1: Esquemático do experimento. Fonte: Elaborada pelos autores. Prosseguindo, utilizou-se três sondas (Figura 2), com o formato de J, L e I para observar o comportamento da pressão e da água (500 mililitros no copo de Becker). Foram retiradas três medidas por meio de uma régua com 0,25 milímetros de precisão, sendo que cada medida foi retirada por alunos diferentes com intuito de minimizar os erros. A altura (ℎ) foi igual a 5 centímetros em ambas as sondas. Figura 2: Sondas J, L e I. Fonte: Capturada pelos autores A terceira sonda também foi utilizada no segundo momento do experimento, em que se substitui o Becker por uma proveta, esta com 100 mililitros de água. Foram retiradas dez medidas com o intuito de estudar o comportamento da pressão em relação a profundidade. Ademais, a altura (ℎ) variou de 1 a 10 centímetros e foi utilizada a mesma régua que em L e J. Resultados e Discussão Os resultados obtidos no primeiro momento da na experiência estão tabelados abaixo. Tabela 1: Valores da sonda em I. Tabela 2: Valores da sonda em L. Tabela 3: Valores da sonda em J. Os resultados obtidos no segundo momento do experimento estão retratados na tabela a seguir: Tabela 4: Valores da sonda em I avaliados na proveta. Nas tabelas: ∆𝑙 = Variação da pressão. 𝑃1 e 𝑃2 = Pressão. ℎ = Altura. Pela teoria, P1 deveria ser igual a P2, contudo os valores na realidade apresentam uma pequena defasagem entre eles. Esta diferença ocorre porque o experimento é feito manualmente e uma precisão perfeita é quase impossível. Além disso, a régua utilizada não possuiu um referencial fixo, dificultando ainda mais uma medida exata. Incialmente, para analisar os valores obtidos no primeiro momento do experimento, foi realizado a média aritmética da Tabelas 1, 2 e 3, por meio de ∆̅𝑙 = 1 3 ∑ ∆𝑙𝑗 3 𝑗=1 (3) Resultando: Para sonda em I: ∆̅𝑙 = 1,15 Pa. Para sonda em L: ∆̅𝑙 = 1,53 Pa. Para sonda em J: ∆̅𝑙 = 2,51 Pa. Prosseguindo, é interessante também calcular a média das médias, por meio da equação ∆�̅� = 1 3 ∑ ∆̅𝑙𝑗 3 𝑗=1 (4) P1 P2 1,20 1,20 1,15 1,15 1,10 1,10 Sonda em I ∆𝑙 P1 P2 1,55 1,55 1,50 1,50 1,55 1,55 Sonda em L ∆𝑙 P1 P2 2,55 1,55 2,50 1,50 2,50 1,55 Sonda em J ∆𝑙 h ∆𝑙 ( P1 = P2) 1 0,10 2 0,30 3 0,40 4 0,60 5 0,80 6 1,00 7 1,20 8 1,50 9 1,70 10 1,85 Sonda Reta com Proveta Obtendo ∆�̅� = 1,73 Pa. Agora, calculando o quadrado das médias utilizando ∆𝑙2̅̅ ̅̅ = 1 3 ∑ ∆�̅�2 3 𝑗=1 (5) Então, ∆𝑙2 ̅̅ ̅̅ ̅= 3,32 Pa. Por fim, o desvio padrão é dado por 𝐷(∆𝑙̅̅ ̅̅ ) = √∆𝑙2̅̅ ̅̅ − ∆�̅�2 (6) 𝐷(∆𝑙̅̅ ̅̅ ) então equivale, aproximadamente, a 0,57 Pa. O segundo momento do relatório foi destinado a plotagem do gráfico "∆𝑙 𝑥 ℎ ", que relaciona variação da pressão de acordo com a profundidade. Para isso foi utilizado os valores da Tabela 4. A priori, foi idealizado duas retas auxiliares, uma inferior e outra superior, estas de acordo com a distribuição de pontos e as respectivas incertezas. A partir daí, foram retirados dos pontos, sendo eles 𝑃𝑜1 (10,00 ; 1,70) e 𝑃𝑜2 (4,00 ; 0,60), ambos da reta inferior e 𝑃𝑜4 (2,00 ; 0,30) e 𝑃𝑜5 (8,00 ; 1,55), ambos da reta superior. Após, foi encontrado através do sistema linear a equação da reta inferior e superior, respectivamente. 𝑦 = 0,18𝑥 − 0,1 (7) 𝑦 = 0,21𝑥 − 0,12 (8) Com isso, obtivemos os valores de �̅� e �̅�. Assim temos a equação da reta principal. 𝑦 = �̅�𝑥 + �̅� (9) Substituindo os valores 𝑦 = 0,20𝑥 − 0,11 O gráfico é encontrado ao final do relatório. Conclusão No decorrer do experimento não decorreram grandes desvios práticos em relação a teoria. Os anteparos experimentais foram utilizados sem problemas aparentes, como bolhas ou sujeiras, que pudessem comprometer os dados. Entretanto, a forma de aferição da medida da régua, que fora visualmente aproximada, e possíveis erros laboratoriais, trouxeram desvios nos pontos aferidos. Como era esperado um comportamento afim para o gráfico, os erros se encontram dentro das retas de incerteza, presentes no anexo, para que a reta média fosse traçada. Com isso, de acordo com as premissas anteriores, comprovam-se os conceitos e princípios da estática dos fluidos. Referências [1] NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de Física Básica, vol 2 / 4° edição – São Paulo: Blucher, 2002. [2] YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física 1: Mecânica. 12° edição. São Paulo: 2008.
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