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25/03/2019 1 Me. Fábio Augusto Rodrigues da Nóbrega Maio, 2019 Aula 5: Deformação Resistência dos Materiais I Estácio Sergipe Deformação específica longitudinal Alongamento ➢ O alongamento total de uma barra submetida a uma força axial é designado pela letra grega δ (delta). ➢ É a diferença entre os comprimentos final e inicial. P L0 dL 0LLL d L0 = comprimento inicial L = comprimento total da barra. 25/03/2019 2 Deformação específica longitudinal ➢ O alongamento por unidade de comprimento, denominado deformação específica, é representado pela letra grega ε (epsilon). ➢ É a razão entre a variação do comprimento da barra, pela ação da carga, e o comprimento total da barra. 0L Ld ➢ onde: ε = deformação específica δ = alongamento ou encurtamento L0 = comprimento total da barra. ➢ A deformação ε é uma quantidade adimensional. ➢ Representar comum: fração percentual (%) ou m. ➢ > 0 alongamento, < 0 encurtamento Aula 4 – Tensão • Tipos de deformações: ➢ Elásticas: os átomos se afastam das posições originais sem ocuparem definitivamente novas posições. O material retorna às suas dimensões originais, quando é cessada o motivo da deformação. ➢ Plásticas: ao retirarmos o esforço, o material não retorna às suas dimensões originais. Suas dimensões originais ficam alteradas após cessar o esforço externo. 25/03/2019 3 Aula 4 – Tensão Propriedades Mecânicas dos Materiais As propriedades mecânicas de um material devem ser conhecidas para que os engenheiros possam relacionar a deformação medida no material com a tensão associada a ela. Aula 4 – Tensão Ensaio de tração e compressão • A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. • Essa propriedade é inerente ao próprio material e deve ser determinada por métodos experimentais, como o ensaio de tração ou compressão. • Embora muitas propriedades mecânicas importantes de um material possam ser determinadas por meio desse teste, ele é usado principalmente para determinar a relação entre tensão normal e deformação específica longitudinal. Uma máquina de teste é projetada para ler a carga exigida para manter a taxa de alongamento uniforme ate a ruptura. 25/03/2019 4 Aula 4 – Tensão Corpo de Prova Aula 4 – Tensão Máquina para ensaio de tração e compressão 25/03/2019 5 Aula 4 – Tensão ESFORÇOS DE TRAÇÃO E COMPRESSÃO Aula 4 – Tensão Diagrama tensão – Deformação (-) Diagrama tensão–deformação convencional • A tensão nominal, ou tensão de engenharia, é determinada pela divisão da carga aplicada P pela área original da seção transversal do corpo de prova, A0. • A deformação nominal, ou deformação de engenharia, é determinada pela divisão da variação no comprimento de referência do corpo de prova, pelo comprimento de referência original do corpo de prova, L0. 25/03/2019 6 Aula 4 – Tensão Diagrama tensão – Deformação (-) Comportamento elástico • A tensão é proporcional à deformação. A curva é de fato uma reta na maior parte dessa região. • O material é linearmente elástico. Limite de proporcionalidade A lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado limite de proporcionalidade, a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional à carga aplicada. Na prática, considera-se que o limite de proporcionalidade e o limite de elasticidade são coincidentes. Diagrama tensão – Deformação (-) 25/03/2019 7 Limite elástico: O ponto marcado no final da parte reta do gráfico da Figura representa o limite elástico. Se o ensaio for interrompido antes deste ponto e a força de tração for retirada, o corpo volta à sua forma original, como faz um elástico. Diagrama tensão – Deformação (-) Escoamento No início da fase plástica ocorre um fenômeno chamado escoamento. O escoamento caracteriza-se por uma deformação permanente do material sem que haja aumento de carga, mas com aumento da velocidade de deformação. Durante o escoamento a carga oscila entre valores muito próximos uns dos outros. Diagrama tensão – Deformação (-) 25/03/2019 8 Endurecimento por deformação Quando o escoamento tiver terminado, pode-se aplicar uma carga adicional ao corpo de prova, o que resulta em uma curva que cresce continuamente, mas torna-se mais plana até atingir uma tensão máxima denominada limite de resistência. Diagrama tensão – Deformação (-) Limite de resistência Após o escoamento ocorre o encruamento, que é um endurecimento causado pela quebra dos grãos que compõem o material quando deformados a frio. O material resiste cada vez mais à tração externa, exigindo uma tensão cada vez maior para se deformar. Nessa fase, a tensão recomeça a subir, até atingir um valor máximo num ponto chamado de limite de resistência. Diagrama tensão – Deformação (-) 25/03/2019 9 Estricção É a redução percentual da área da seção transversal do corpo de prova na região onde vai se localizar a ruptura. A estricção determina a ductilidade do material. Quanto maior for a porcentagem de estricção, mais dúctil será o material. Diagrama tensão – Deformação (-) Limite de ruptura Continuando a carga, chega-se à ruptura do material, que ocorre num ponto chamado limite de ruptura. Note que a tensão no limite de ruptura é menor que no limite de resistência, devido à diminuição da área que ocorre no corpo de prova depois que se atinge a carga máxima. Diagrama tensão – Deformação (-) 25/03/2019 10 Aula 4 – Tensão Materiais Dúcteis e Frágeis• Materiais Dúcteis: Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes da ruptura e chamado de material dúctil. Frequentemente, os engenheiros escolhem materiais dúcteis para o projeto, pois estes são capazes de absorver choque ou energia e, quando sobrecarregados, exibem, em geral, grande deformação antes de falhar. Ex: Fio de ferro, deforma mas não quebra com facilidade. Aula 4 – Tensão Materiais Dúcteis e Frágeis Materiais Frágeis: Os materiais que apresentam pouco ou nenhum escoamento são chamados de materiais frágeis. Ex: Fio de aço do piano que rompe ao ultrapassar o limite elástico. 25/03/2019 11 Aula 4 – Tensão Lei de Hooke • A lei de Hooke, demostrada em 1676 por Robert Hooke, define a relação linear entre a tensão e a deformação dentro da região elástica. • E pode ser usado somente se o material tiver relação linear– elástica. Curva Tensão () x Deformação () Região elástica (MPa) f LR LE Região plástica Deformação plástica uniforme Deformação plástica não uniforme Deformação plástica total = E LR = Tensão limite de resistência (TS - tensile strength) LE = Tensão limite de escoamento (YS - yield strength) E = Módulo de elasticidade ➢Sendo a constante “ E “ conhecida como o módulo de elasticidade ou módulo de Young, representada pela tangente do ângulo formado pelo gráfico Tensão x Deformação no período elástico com o eixo da “deformação“. É uma propriedade de cada material. 25/03/2019 12 ➢O módulo de elasticidade é a medida da rigidez do material. Quanto maior for o módulo, menor será a deformação elástica resultante da aplicação de uma tensão e mais rígido será o material. Esta propriedade é muito importante na seleção de materiais para fabricação de molas. Propriedades mecânicas típicas de alguns materiais 25/03/2019 13 σ = F / A e σ = ε . E assim: F / A = ε . E mas ε = Δl / l e teremos: F / A = Δl . E / l o que nos dá: Δl = F . l / E . A LEI DE HOOKE (Alongamento) Aula 4 – Tensão Coeficiente de Poisson • Coeficiente de Poisson, (nu), estabelece que dentro da faixa elástica, a razão entre essas deformações é uma constante, já que estas são proporcionais. • A expressão acima tem sinal negativo porque o alongamento longitudinal (deformação positiva) provoca contração lateral (deformação negativa) e vice-versa. 25/03/2019 14 O coeficiente de Poisson e adimensionale seu valor se encontra entre zero e meio. Forma geral da Lei de Hooke Considerou-se anteriormente o caso particular da Lei de HOOKE, aplicável a exemplos simples de solicitação axial. Se forem consideradas as deformações longitudinal (εL) e transversal ( εt), tem- se, respectivamente: No caso mais geral, no qual um elemento do material é solicitado por três tensões normais σx, σy e σz, perpendiculares entre si, às quais correspondem respectivamente às deformações εx, εy e εz, a Lei de HOOKE se escreve: 25/03/2019 15 Uma tensão tangencial causa uma distorção, de forma análoga a uma tração. Deformação por Cisalhamento ▪ Tensão tangencial = V/A0 onde A0 é a área paralela à aplicação da força. ▪ Distorção = tan = y/z0 onde é o ângulo de deformação 25/03/2019 16 Diagrama Tensão tangencial - Distorção Com base num ensaio de torção obtêm-se os valores de tensão tangencial e respectivos valores de distorção. Representando num gráfico os sucessivos valores obtidos no ensaio chega-se ao diagrama Tensão tangencial - Distorção para o material em consideração. O diagrama Tensão - Distorção é idêntico ao diagrama Tensão - Deformação obtido a partir de um ensaio de tração. No entanto os valores obtidos para a tensão tangencial de cedência, tensão tangencial de rotura etc. de um dado material, são aproximadamente metade dos valores correspondentes à tração. ][rad p p p U r r U ][MPa = G G = modulo de elasticidade ao cisalhamento ou módulo de rigidez. As unidades de médida de G são as mesmas que as de E. Muitos dos materiais utilizados em engenharia têm um comportamento elástico linear e assim a Lei de Hooke para tensões tangenciais pode ser escrita: 25/03/2019 17 • Um elemento cúbico sujeito a tensões tangenciais deforma-se num rombóide. A distorção correspondente é quantificada em termos da alteração dos ângulos: xyxy f • Lei de Hooke: (Pequenas deformações) zxzxyzyzxyxy GGG G é o módulo de distorção. Distorção Em geometria de duas dimensões, um rombóide é um paralelogramo cujos lados adjacentes têm tamanhos diferentes. Relação entre E,ν, e G 12 E G https://pt.wikipedia.org/wiki/Paralelogramo