Buscar

Aula 05 - Problemas e Doenças da Reprodução

Prévia do material em texto

MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL E REPRODUÇÃO DE 
BOVINOS DE LEITE
Bruno Campos de Carvalho
Pesquisador – Reprodução Animal
Coronel Pacheco – MG 
Problemas e Doenças da Reprodução 
PROBLEMAS REPRODUTIVOS
• Afecções do sistema genital
- Retenção de placenta
- Infecções uterinas
- Cistos foliculares
- Anestro
• Doenças metabólicas que afetam a
reprodução 
- Hipocalcemia
- Cetose e Síndrome do Fígado
gorduroso
• Doenças infecciosas da reprodução
- Brucelose
- Leptospirose
- IBR
- BVD
- Campilobacteriose e Tricomonose
• Estresse térmico
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS REPRODUTIVOS
• Avaliação dos dados históricos
• Avaliação da situação atual
- Número de vacas em lactação e secas;
- Dias em lactação médio;
- Número de vacas em cio e inseminadas até 30, 60 e 90 dias pós-
parto;
- Avaliação do Número de serviços/concepção (IA).
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS REPRODUTIVOS
• Avaliação da repetição de cio
- Intervalos regulares – 21 dias;
- Eficiência da Inseminação artificial (Sêmen, momento da IA,
treinamento e reciclagem do inseminador);
- Intervalos múltiplos de 21 dias.
• Cios não observados Mortalidade embrionária – estresse 
calórico, doenças 
- Intervalos irregulares – 30 a 35 dias. 
• Doenças da reprodução 
• Avaliação da porcentagem de vacas em anestro
• Nutrição
- Condição corporal ao parto;
- Variação da condição corporal ao parto;
- Anestro.
• Manejo
- Estresse calórico;
- Eficiência na observação de cio e IA;
- Doenças da reprodução.
• Doenças da reprodução
QUAL É A ORIGEM DO PROBLEMA
AFECÇÕES UTERINAS
• Retenção de placenta
• Infecções uterinas
FATORES QUE AFETAM A CODIÇÃO UTERINA
RETENÇÃO DE PLACENTA
• Uma das alterações puerperais mais frequentes.
• Compromete a eficiência reprodutiva, aumentando o PS e o IEP
• Não compromete o retorno a AOLC
RETENÇÃO DE PLACENTA – 2 DIAS PÓS-PARTO
RETENÇÃO DE PLACENTA – 30 DIAS PÓS-PARTO
RETENÇÃO DE PLACENTA
• Rebanho com 6,6 ou 30% de taxa de retenção =
Prejuízo de U$ 725 e 3294 dólares anuais:
• 40% devido a redução da produção;
• 32% custos veterinários;
• 19% descarte de vacas;
• 9% aumento do IEP.
PRODUÇÃO DE LEITE (KG) DE VACAS DOENTES E 
SAUDÁVEIS NOS PRIMEIROS DIAS DE LACTAÇÃO
8
14
20
26
32
38
44
Le
ite
 (
kg
)
Dias em Relação ao Parto
Normal Doente
RP/Met DA/Cet
PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO DE LEITE (KG) PARA 305 DIAS DE LACTAÇÃO 
PARA VACAS HOLANDESAS DOENTES E SAUDÁVEIS 
COMPARAÇÃO ENTRE A MÉDIA DE DIAS EM ABERTO PARA 
VACAS HOLANDESAS DOENTES E SAUDÁVEIS
INCIDÊNCIA DE RETENÇÃO DE PLACENTA EM
DIFERENTES CIRCUSNSTÂNCIAS DE PARTO
Retenção de Placenta
Parto Normal 3 a 8%
Distocia 25 a 50%
Indução de Parto 80 a 100%
Incidência Alta Acima de 10%
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
• Incidência entre 3 e 12% (média 7%) em rebanhos livres 
de brucelose, distocia e deficiências nutricionais.
• Mortalidade = 1 a 4%
• Diminuição do apetite e da produção de leite = 55 a 65% 
das vacas afetadas.
• Risco de 50% de recorrência.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
• Fatores predisponentes:
1. Parto distócico;
2. Gestações gemelares;
3. Gestações mais curtas ou longas;
4. Aumenta com o número de parições;
5. Época do ano: 11,6% na seca e 2,6% nas águas;
6. Relacionada a outros problemas puerperais: Cistos, DA, cetose, 
mastite.
FATORES DE RISCO DA RP EM VACAS MESTIÇAS (12,8% DE 
INCIDÊNCIA)
IMPACTOS DA RP EM VACAS MESTIÇAS
Período de Serviço Número de Serviços/concepção
Nobre et al., 2011
ETIOPATOGENIA
• 98% dos casos ocorre devido a problemas no
destacamento da placenta fetal.
• 2% dos casos relacionados a baixa contração uterina
e consequente remoção mecânica da placenta.
ETIOPATOGENIA DA RETENÇÃO DE PLACENTA
• Consanguinidade: alteração da expressão do MHC-I;
• Fatores estressantes: aumento dos níveis de cortisol -
alteração relação E2/P4 e imunodepressão;
• Deficiência de selênio, vitaminas E e A, carotenos, 
relação Ca/P: alterações capacidade de defesa;
ETIOPATOGENIA DA RETENÇÃO DE PLACENTA
• Abortos, gestações gemelares, gestações de curta 
duração, intervenção precoce no parto: interrupção dos 
mecanismos de maturação, separação e/ou liberação da 
placenta;
• ECC: vacas magras ou obesas são mais suscetíveis;
• Ordem de parto: primíparas apresentam SI mais
eficiente
FATORES ENVOLVIDOS
• Aspectos morfológicos:
1. Cotiledonária;
2. Mudanças estruturais ao longo da gestação;
3. Epitélio materno cuboidal passa a achatado;
4. Reduz o número de células do epitélio caruncular;
5. Redução no número de células binucleadas no 
trofoblasto.
FATORES ENVOLVIDOS
• Histopatológico da retenção de placenta:
1. Placenta sem alterações morfológicas (imaturidade) = aborto;
2. Placentomas com áreas necróticas entre as vilosidades 
coriônicas e a parede da cripta (tipo dominante);
3. Placentomas com hiperemia = minoria dos casos.
FATORES ENVOLVIDOS
• Fatores endócrinos:
1. Concentrações mais elevadas de P4 nos dias que 
antecedem ao parto;
2. Níveis mais baixos de estradiol-17B antes do parto e, mais 
elevados no PP (produção pelo trofoblasto restante);
3. Pico mais acentuado de cortisol ao parto;
4. Prostaglandinas: níveis mais baixos ao parto.
FATORES ENVOLVIDOS
• Fatores endócrinos:
• Vacas com retenção = maior PGE e menor síntese e 
liberação de PGF2a no início do pós-parto;
• Vacas sem retenção = PGF;
• A conversão de PGF em PGE é feita pelas células
binucleadas.
FATORES ENVOLVIDOS
• Fatores endócrinos:
• Maiores concentrações de B-endorfina;
• Peptídeos opióides endógenos inibem a liberação de
ocitocina;
• Concentrações mais baixas de prolactina;
• Concentrações elevadas de fibrinogênio.
FATORES ENVOLVIDOS
• Fatores nutricionais:
• Energia, proteína, minerais e vitaminas;
• Mecanismo desconhecido;
• RP = hipocalcemia, maior NEFA e menores concentrações de
aminoácidos;
• Obesidade = fator predisponente;
• Dietas ricas em ácido linolênico (silagem de capim) = produzem
ácido eicosapentanóico que inibe o sistema enzimático da 
síntese
de PGF2a, PGE2 E PGI2.
FATORES ENVOLVIDOS
• Fatores imunológicos:
• Cotilédone de vacas com RP não têm atividade quimiotática
(presença de inibidores);
• Leucócitos menos ativos à quimiotaxia;
• Menor % de neutrófilos ao parto;
• Neutrófilos menos ativos metabolicamente;
• Baixa de leucotrieno B4 (agente quimiotático para neutrófilos);
• A P4 inibe a síntese de leucotrieno B4;
• Falha no complexo de histocompatibilidade principal.
FATORES ENVOLVIDOS
• Colagenase: 
• Vacas com RP possuem maior proporção de
colágeno tipo III no placentoma;
• Falhas na quebra do colágeno pode estar envolvida.
CONSEQUÊNCIAS DA RETENÇÃO DE PLACENTA
• Putrefação e liquefação da placenta favorece a 
multiplicação bacteriana; 
• Estabelecimento secundário de processos infecciosos
agudos ou tardios, dependendo da capacidade de defesa;
• Febre, desconforto, diminuição da ingestão de alimentos;
• Redução acentuada do escoe de condição corporal.
CONSEQUÊNCIAS DA RETENÇÃO DE PLACENTA
• Diminuição da produção de leite - menor produtividade e 
descarte de leite;
• Atraso do processo de involução uterina;
• Maior suscetibilidade a outros transtornos puerperais;
• Queda da eficiência reprodutiva;
• Aumento do descarte involuntário de animais no pós-
parto.
TERAPÊUTICA
• Objetivo de evitar complicações.
• Alternativas de acelerar a expulsão e prevenir 
infecção.
• O processo de maturação da placenta inicia-se no pré-
parto e a RP não tem como reverter esse processo.
TERAPÊUTICA
• Remoção manual = contra-indicada pois leva ao atraso no 
retorno a atividade reprodutiva e inibe a fagocitose uterina;
• Ocitocina, estrógeno, cálcio, PGF2a = resultados limitados pois 
é baixa a ocorrência de RP por atonia uterina e no PP é alta a [ ] 
desses hormônios;
• PGF2alfa = não tem efeito terapêutico na RP;
• Estrógenos = pode ser benéfica desde que no haja 
envolvimento de metrite séptica ou tóxica. Pode levar a 
complicações tipo cistosfoliculares.
TERAPÊUTICA
• Antimicrobianos intra-uterinos = inconsistentes e efeito 
imediato é a diminuição da putrefação e do odor;
• Podem inibir a lise das vilosidades coriônicas e prolongar o 
período de RP;
• Podem comprometer os mecanismos de defesa uterino;
• Oxitetraciclina EV (30mg/kg) atinge concentração efetiva no 
útero.
EM VACAS HOLANDESAS DE ALTA PRODUÇÃO
Tipo de parto Nº % Retenção
F 1135 16,7
M 1206 18,6
FF 22 41,4
MF 42 45,2
MM 17 58,8
Aborto 102 64,7
Natimorto 81 37,0
Total 2612 21,1
Primíparas Pluríparas
Retenção 17% 20%
Prenhez
s/ retenção 45% 40%
Prenhez
c/ retenção 15% 26%
INFECÇÃO UTERINA
PUERPÉRIO NORMAL X PATOLÓGICO
Contaminação 
bacteriana 
ascendente
Abertura das 
barreiras 
fisiológicas
Lúmen uterino
Resposta 
imunológica 
eficiente
Eliminação dos 
microrganismos 
invasores nas 
primeiras semanas pós 
parto
Falhas nos 
mecanismos 
de defesa
Puerpério patológico
Puerpério fisiológico
DEFINIÇÕES (SHELDON ET AL., 2006)
• Metrites
- Metrite puerperal aguda: geralmente está associada à retenção de
placenta, distocias, natimortos ou gestações gemelares, tem início
na primeira semana e pode persistir até o final da segunda semana
após o parto caracteriza-se pelo aumento de volume anormal do
útero, presença de secreção cérvico-vaginal com aspecto sanguino
purulento e odor fétido, além da manifestação de sinais sistêmicos
como apatia, desidratação, queda na produção de leite e febre
(temperatura retal >39,5ºC); 
DEFINIÇÕES (SHELDON ET AL., 2006)
- Metrite clínica: mais comum entre 14 e 21 dias após o pode ser
detectada pelo aumento de volume anormal do útero, presença de
secreção purulenta (maior que 50% de pus) e ausência de sinais
sistêmicos.
DEFINIÇÕES (SHELDON ET AL., 2006)
• Endometrites
- Clínica: eliminação de secreção cérvico-vaginal purulenta pela 
vulva
além de 21dias após o parto, ou presença de conteúdo
mucopurulento (em torno de 50% de muco e 50% de pus) na vagina
além de 26 dias após o parto, sem sinais sistêmicos. 
- Subclínica: por meio de citologia, verifica-se que os animais
acometidos apresentam mais de 18% de neutrófilos no conteúdo
uterino entre 21 e 33 dias após o parto, ou mais de 10% de
neutrófilos entre 34 e 47 dias.
DEFINIÇÕES (SHELDON ET AL., 2006)
• Piometra
- Retenção de conteúdo purulento ou mucopurulento no útero, que
pode apresentar ou não aumento de volume, na presença de um
corpo lúteo funcional e cérvix fechada.
INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES UTERINAS
FATORES PREDISPONENTES
• Retenção de placenta
• Distocias e cesarianas
• Partos gemelares
• Abortos
• Ordem de parto
• Alterações metabólicas
• Deficiências nutricionais
• Fatores estressantes
• Condição corporal no periparto
INCIDÊNCIA DE MPA DE ACORDO COM A OCORRÊNCIA 
DE RP
Metrite puerperal aguda
Presente Ausente
N % N % Total
Animais com retenção de 
placenta
30 81,1 7 18,9 37
Animais sem retenção de 
placenta
10 16,7 50 83,3 60
Total 40 41,2 57 58,8 90
Os percentuais de presença ou ausência de metrite puerperal aguda de acordo com a retenção de 
placenta diferiram entre si pelo teste Exato de Fischer (P < 0,0001).
DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES UTERINAS
Palpação transretal
Vaginoscopia
Ultrassonografia
F
ot
os
: T
hi
ag
o 
A
m
ar
al
AVALIAÇÃO DA SECREÇÃO CÉRVICO-VAGINAL 
DURANTE O PUERPÉRIO
1 2 3
654
COLETA DE MATERIAL UTERINO PARA ANÁLISE
http://www.microbiologia.vet.br/ImagensBacteriologia.htm
http://www2.ciashop.com.br/cpassos/product.asp.
kasimanickam, et al., 2005
Foto: Thiago Amaral http://www.andaluciainvestiga.com/espanol
Swab
LavadoRaspadoBiópsia
RaspadoSwab
COLETA DE MATERIAL UTERINO PARA ANÁLISE
Citologia obtida a partir de um raspado 
do endométrio
Citologia obtida a partir de um lavado 
uterino
INFECÇÃO UTERINA
ENDOMETRITE
CONSEQUÊNCIAS DAS INFECÇÕES UTERINAS
• Depende da gravidade do quadro, tipo de infecção, capacidade de resposta dos
animais e do sucesso da intervenção adotada;
• Pode causar febre, desconforto, diminuição da ingestão de alimentos e queda na
produção de leite - MPA;
• Redução acentuada do ECC - processos crônicos;
• Atraso do processo de involução uterina e no RAOLC;
• Maior suscetibilidade a outros transtornos puerperais;
• Impacto econômico: elevados gastos com medicamentos, menor produtividade,
descarte leite contaminado com ATB, subfertilidade e aumento do descarte
involuntário de animais.
CONTROLE DE INFECÇÕES UTERINAS
Fatores de risco!
TRATAMENTO
Qual é o tipo de infecção uterina presente?
Quantos dias pós-parto?
Qual é o nível de produção?
Qual é a condição ovariana?
E o comportamento do animal?
14 21 26 42
METRITE PUERPERAL AGUDA
METRITE CLÍNICA
ENDOMETRITE CLÍNICA
ENDOMETRITE SUBCLÍNICA
Dias pós-parto
PIOMETRA
CISTO FOLICULAR
• Alteração na atividade ovariana normal
• Manifestações clínicas:
- Ninfomania
- Repetição irregular de cio (7-10 dias)
- Anestro
- Mucometra
• Incidência
- Período de lactação
- Produção de leite
• Tratamento
DOENÇA OVARIANA CÍSTICA
• Descrita pela primeira vez em 1831;
• estrutura > 2,5 cm diâmetro que persiste por mais de 10
dias na ausência do CL e com interrupção da AOLC;
• alteração regressiva mais comum do ovário;
• Comportamento sexual anormal: anestro, nifomania,
irregularidade do ciclo estral e infertilidade.
INCIDÊNCIA E IMPORTÂNCIA
• Maior ocorrência entre 30 e 60 dias após o
parto;
• Impacto negativo sobre a eficiência reprodutiva;
• Interrompe a folículo gênese normal;
• Aumenta o IEP.
INCIDÊNCIA E IMPORTÂNCIA
• Frequência em rebanhos leiteiros é de 15 a 20% (6 a 30%).
• Baixa em rebanhos de corte (0,14%). 
• 70% desenvolve nos primeiros 45 dias PP.
• Pode ocorrer antes da primeira ovulação - não manifestam
estro.
INCIDÊNCIA E IMPORTÂNCIA
• Muitos animais com recuperação espontânea (48%). 
• Após o primeiro cio pós-parto - ninfomania - P4 do CL induz 
o aparecimento de receptores para E2.
• Associado a febre vitular, distocia, RP.
• Comportamento variável - anestro, ninfomania, virilismo.
ETIOPATOGENIA
• Causa primária não estabelecida.
• Variabilidade histológica, hormonal e 
resposta aos tratamentos.
• Desequilíbrio neuroendócrino do eixo 
hipotalâmico-hipofisário-gonadal.
ETIOPATOGENIA
• Depende do tipo de hormônio produzido: 
P4, E2 ou testosterona.
• Não liberãção de GnRH.
• Alta produção de FSH.
• Ausência ou liberação anormal de LH.
ETIOPATOGENIA
• Ausência de receptores de LH no FD.
• Ausência de ácido siálico (liga LH ao receptor).
• Alteração no feedback do estradiol no eixo H-H-O.
ETIOPATOGENIA
• Baixo número de receptores de GnRH hipófise.
• Falha no feedback positivo do E2 ao LH.
• Estresse - aumento do cortisol.
• Hiperfunção das células secretoras de ACTH.
FATORES PREDISPONENTES
Infecções uterinas pós-parto e estresse
E. coli Infecção uterina
Endotoxinas
Cortisol adrenal e PG
Inibe liberação de GnRH e 
LH pré-ovulatório
FATORES PREDISPONENTES
• Produção de leite;
• Nutrição: vacas de alta produção, BEN, baixo betacaroteno;
• Hereditariedade: rebanho Gir 60% de cistos de vacas
filhas de mesmo touro.
• Idade e estádio de lactação: até 60 dias lactação e vacas de
maior número de lactações.
• Outros fatores: RP, hipocalcemia, plantas fitoestrogênicas.
DOENÇAS (METABÓLICAS OU NÃO) QUE AFETAM A 
REPRODUÇÃO
• Hipocalcemia
- Redução da concentração plasmática de cálcio
- Início da lactação
- Predisposição para retenção de placenta e endometrites
Cetose/Síndrome do Fígado Gorduroso
- Afeta o consumo de alimentos
- Favorece a ocorrência de cistos e anestro
Mastites/Problemas de casco
- Favorece a ocorrência de cistos foliculares, baixa
manifestação de cio e baixa fertilidade
DOENÇAS INFECCIOSAS DA REPRODUÇÃO
• Problema Individual X Problema de Rebanho
• Tipo de manifestação
- Surtos 
- Casos esporádicos
• Ocorrências:
- Mortalidades embrionárias
- Repetição de cio irregular
- Aborto
- Infecções uterinas
BRUCELOSE• Zoonose
• Abortos no terço final de gestação
• Programa Nacional de Controle e Erradicação de
Brucelose e Tuberculose Bovinas
• Vacinação das bezerras de 3 a 8 meses
LEPTOSPIROSE
• Elevada prevalência em rebanhos leiteiros
• Sintomatologia reprodutiva variável
- Mortalidade embrionária (35-40 dias)
- Repetição irregular de cio
- Aborto no terço final de gestação
• Vacinação de todo o rebanho de 6 em 6 meses
IBR/BVD
• Alta prevalência em rebanhos
- Rebanhos soropositivos
• Surtos decorrentes de períodos de estresse
- Mudança de alimentação
- Estresse calórico
- Atividades de manejo ocasionais
• Convivência com o problema
• Limitações da Vacinação
CAMPILOBACTERIOSE / TRICOMONOSE
• Transmissão venérea
- Touros velhos (Acima de 6 anos)
• Repetição de cio irregular e mortalidade embrionária
• Abortos no terço médio de gestação
• Profilaxia
- Descarte/Reposição de touros
- Repouso sexual
- Vacinação
OBRIGADO!
bruno@cnpgl.embrapa.br
Bruno Campos de Carvalho

Continue navegando