Topografia basica - Cópia

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1. CONCEITO
A palavra Topografia deriva das palavras gregas “topos” (lugar) e “graphen” (descrever), o que significa, a descrição exata e minuciosa de um lugar. (DOMINGUES, 1979).  
Sua finalidade é a de determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. Compete ainda à Topografia, a locação, no terreno, de projetos elaborados de Engenharia. (DOMINGUES, 1979). 
2. HISTÓRIA
Com a locomoção do homem e sua exploração de terras na superfície terrestre, veio a necessidade de se posicionar, orientando-se em seus deslocamentos, surgiu o desejo de deixar de lado a vida nômade e fixar moradia, além de demarcar suas áreas de domínio. Inicialmente, com poucos instrumentos para obter um posicionamento específico, utilizavam-se as estrelas e também referências físicas ao longo do trajeto percorrido.
Podemos dizer que a topografia tem suas raízes no antigo Egito, devidamente por serem os mais referenciados quando falamos sobre engenharia antiga e grandes obras do passado, porém, algumas fontes dizem que o direito de propriedade é da babilônia, pelo fato de encontrarem um mapa-múndi da babilônia com idade estimada de 2500 a.C. No geral, quem nos legou grandes conhecimentos e instrumentos da topografia, foram os egípcios, gregos, árabes e romanos.
A topografia não era reconhecida de fato até a matemática e a física ganharem desenvolvimento notável nos últimos séculos, passando a ser uma autêntica ciência.
3. DIVISÃO
3.1 TOPOLOGIA
A expressão Topologia origina-se do grego, “topos” (lugar) e “logos” (estudo). É a parte que trata da interpretação dos dados topométricos. Essa interpretação visa facilitar a execução do levantamento e do desenho topográfico, através do estudo das formas exteriores do terreno (relevo terrestre) e as leis que regem a sua formação que, quando conhecidas, permitem um certo controle sobre possíveis erros, além de um número menor de pontos de apoio sobre o terreno. Em Topografia, a aplicação da topologia é dirigida para a representação do relevo em planta, através das curvas de nível e dos pontos cotados. 
3.2 TOPOMETRIA
A Topometria tem sua palavra originada do grego, “topo” (lugar) e “metron”, (medida), é o estudo dos processos de medida de distância, diferenças de nível e ângulos, sendo métodos para avaliação de grandezas lineares e/ou angulares nos planos horizontal e vertical, com o objetivo de definir a posição relativa dos pontos topográficos. Divide-se em altimetria e planimetria.
3.2.1 PLANIMETRIA
O termo Planimetria vem da junção das palavras “plano” (uma forma de representação do espaço) e “metria” (relacionado à medição). Portanto, trata-se da representação do terreno em um plano com o objetivo de mensurar distâncias, ângulos, áreas, perímetros e coordenadas bidimensionais (X, Y).
Geralmente, essa representação é suficiente quando se trata de plantas baixas e situações nas quais a altura dos objetos não é característica importante para o projeto.
3.2.2 ALTIMETRIA
A Altimetria é a representação do relevo do terreno, ou seja, a variação de altitude de cada ponto na superfície em estudo. É empregada na geração de curvas de nível, medição de ângulos verticais e obtenção de coordenadas altimétricas (Z).
Para a entrega desse tipo de produto em formato impresso, o mais comum era a utilização de vista lateral e perfis de corte do terreno. No entanto, com o advento da computação e o dinamismo proporcionado por ela, esses vêm sendo substituídos por modelos tridimensionais detalhados de toda a região mapeada, dispensando qualquer tipo de impressão.
3.3 FOTOGRAMETRIA
A fotogrametria deriva de três palavras, photós (luz), gramma (gravar) e metria (medição), logo, trata-se da emissão de uma luz que registra medidas.
Para efetuar medições precisas de forma, dimensões e posição de objetos, há a fotogrametria, feita em sua forma aérea ou terrestre. Por meio da emissão de fotografias (aéreas), é possível fazer desenhos de cartas topográficas, ou seja, é possível definir por meio de representação gráfica as formas de um terreno, por exemplo, com todos seus acidentes geográficos. De diferentes ângulos do mesmo local, podem-se medir seus níveis latitudinais, longitudinais, além da altura e altitude. A fotografia costuma ser retirada na posição vertical.
Para melhor observação de fotografias aéreas, são usados alguns softwares específicos, facilitando a qualidade de percepção da imagem e reparando distorções. As cartas topográficas produzidas por meio da fotogrametria auxiliam no desenvolvimento de mapas e produzem dados para estudos ambientais, florestais e geológicos. Quando realizada em sua forma terrestre, as imagens são tiradas de pontos estáveis de coordenadas pré-definidas.
4. LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS
A execução do levantamento topográfico é destinada a obter o conhecimento geral do terreno, o relevo, limites, confrontantes, área, localização, amarração e posicionamento, informações sobre o terreno destinadas a estudos preliminares de projetos, a anteprojetos, a projetos básicos, ou a terrenos destinados a projetos executivos.
4.1 LEVANTAMENTOS PLANIMÉTRICOS
Quando as projeções dos contornos e pontos medidos são representadas sobre um plano básico horizontal de referência, ou seja, o conjunto de operações que tem por objetivo a determinação da posição relativa de feições naturais ou artificiais na superfície terrestre, destinada à determinação da projeção horizontal em uma planta planimétrica. São determinadas as medidas corretas do terreno, pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem com as medidas reais.
4.2 LEVANTAMENTOS ALTIMÉTRICOS
Projeção plana que traz informações acerca do relevo do terreno levantado. Também conhecido como nivelamento, é a operação que determina as diferenças de nível ou distâncias verticais entre pontos do terreno. Identifica as distâncias verticais entre os pontos do terreno ou as diferenças de nível presentes nele. É um ramo da Topografia que comporta métodos e instrumentos aplicados no estudo e representação do relevo do solo.
Estudiosos do tema afirmam que, além de determinar o desnível entre os pontos, o nivelamento permite o transporte da cota ou altitude de um ponto determinado a outros pontos nivelados. Enquanto a altitude de um ponto instalado na superfície terrestre é definida como a distância vertical entre este ponto e a superfície do nível do mar (nível real), a cota é definida como a distância vertical entre esse ponto e qualquer superfície de referência, abaixo ou acima do nível do mar (nível estimado).
4.3 LEVANTAMENTOS PLANIALTIMÉTRICOS
É a representação das informações planimétricas e altimétricas, obtidas dos levantamentos já descritos anteriormente, em uma única planta, carta ou mapa. A finalidade da planta planialtimétrica é fornecer o maior número possível de informações da superfície representada para efeitos de estudo, planejamento e viabilização de projetos.
5. UNIDADES DE MEDIDAS
5.1 LINEARES
São grandezas utilizadas para medir comprimento, largura e altura. Há três formas de medir distâncias lineares:
Distância Horizontal (DH): é a distância medida entre dois pontos, no plano horizontal.
Distância Vertical ou Diferença de Nível (DV ou DN): é a distância medida entre dois pontos, num plano vertical que é perpendicular ao plano horizontal. 
Distância Inclinada (DI): é a distância medida entre dois pontos, em planos que seguem a inclinação da superfície do terreno.
5.1.1 DIRETA
Uma medição direta consiste em comparar diretamente a grandeza a medir com outra da mesma espécie e cujo valor se escolheu para a unidade. Como exemplos de medições diretas temos a medição de distâncias através de uma régua ou trena.
5.1.2 INDIRETA
Usa-se uma medição indireta quando se pretende medir uma grandeza que é obtida por derivação de matemática de outras grandezas medidas diretamente. Ou seja, quando não é possível medir algo de maneira direta.
5.2 ANGULARES
Grandezas paraindicação de direção levando em conta os ângulos das projeções. Sendo estas:
Ângulo Horizontal (Hz):  é medido entre as projeções de dois alinhamentos do terreno, no plano horizontal.
Ângulo Vertical (a): é medido entre um alinhamento do terreno e o plano do horizonte. Pode ser ascendente (+) ou descendente (-), conforme se encontre acima (aclive) ou abaixo (declive) deste plano.
Ângulo vertical, nos equipamentos topográficos modernos (teodolito e estação total), pode também ser medido a partir da vertical do lugar.
5.2.1 DECIMAIS
O sistema de unidades utilizado no Brasil é o Métrico Decimal, porém, em função dos equipamentos e da bibliografia utilizada, na sua grande maioria importada, algumas unidades relacionadas têm seus valores correspondentes no sistema Americano, ou seja, em Pés/Polegadas. 
A unidade decimal utilizada para os cálculos é o grado.
1 grado =1/400 da circunferência 
Um grado é dividido em 100’ e cada minuto tem 100”.
5.2.2 SEXAGESIMAIS
O sistema sexagesimal é um sistema de numeração de base 60, criado pela antiga civilização Suméria. Uma possível razão para o aparecimento deste sistema de numeração poderá residir no elevado número de divisores de 60. Outra hipótese poderá vir de uma união de um sistema de contagem de base 5 que se baseava em contar com os dedos da mão e o sistema de contagem de base 12 que usava o método das três falanges. O sistema consistia em contar as falanges dos dedos da mão direita, utilizando o polegar, totalizando doze falanges (três falanges em quatro dedos), com os cinco dedos da mão esquerda, contam-se as dúzias, totalizando cinco dúzias ou seja 60. A unidade de medida sexagesimal é o grau.
1 grau = 1/360 da circunferência 
Grau ° 1° = (π /180) rad 
Minuto ’ 1’ = 1°/60= (π/10800) rad 
Segundos ” 1” = 1°/3600= (π/648000) rad
6. POLIGONAIS TOPOGRÁFICAS
6.1 CONCEITO
As Poligonais Topográficas apoiadas (ou amarradas) são figuras geométricas (polígonos abertos ou fechados) de apoio ao posicionamento topográfico, formadas por um número finito de lados, interligando dois ou mais pontos previamente coordenados – pontos de apoio, nos quais é conhecida uma orientação – rumos de orientação.
6.2 TIPOS DE POLIGONAIS
Poligonal Aberta – Amarrada em dois pontos distintos, com orientação para fora da poligonal, normalmente obtida a partir de outros pontos coordenados.
Poligonal Fechada – Amarrada apenas num ponto de apoio, com uma orientação para fora da poligonal (abre e fecha no mesmo ponto).
Amarradas - quando têm início num ponto de coordenadas conhecidas e terminam num outro ponto também de coordenadas conhecidas.
7. DESENHO TOPOGRÁFICO
7.1 CONCEITO
O Desenho Topográfico consiste na representação fiel do terreno em planta, com seus acidentes naturais, hidrografia, uso do solo, benfeitorias, bem como todos os elementos relevantes para atender a finalidade do levantamento. Qualquer planta topográfica deverá estar referida a um Sistema de Coordenadas, ou seja, x, y, z.
7.2 CONVENÇÕES TOPOGRÁFICAS
São uma série de símbolos aceitos internacionalmente e criados pela necessidade de reproduzir um objetivo em um mapa, como, por exemplo, elementos naturais. Suas formas de representação são dadas por pontos cotados, perfis e seções transversais, curvas de nível, o que auxilia a uma visualização mais precisa de cotas e declividades do terreno.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT - define padrões para a confecção de desenhos, mapas e cartas. É essencial que se mantenha sempre a mesma formatação. O desenho deve apresentar ainda nomes de rios, lagos, estradas, proprietários, proprietários; divisas e confrontantes, indicações sobre o uso e aproveitamento do solo, e indicação da escala e do norte verdadeiro. 
8. REFERÊNCIAS
BORGES, Alberto de Campos. Topografia. São Paulo: Edgard Bluncher, 1977.
BRANDALIZE, M, C. Apostila de Topografia para Engenharia Civil e Arquitetura. Paraná.
CHD TOPOGRAFIA. Levantamentos Altimétricos. Disponível em: <http://www.chptopografia.com.br/noticia/levantamentos-altimetricos/>. Acesso em: 29 ago. 2019.
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DINIZ, Alexandre Villaça. Topografia Conceitos Básicos. Centro Universitário FUMEC, 2004
DRONENG. Altimetria e Planimetria: entenda a diferença. Disponível em: <http://blog.droneng.com.br/altimetria-e-planimetria-entenda-a-diferenca/>. Acesso em: 29 ago. 2019.
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ESPARTEL, Lélis. Curso de Topografia. 7. ed. Porto Alegre: Globo, 1980.
LOUCH, Carlos; CORDINI, Jucilei. Topografia Comtemporânea: planimetria. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2000.
SILVA, C, C. Você sabe a diferença entre topografia, topometria e topologia?. Disponível em: <http://civileiros.blogspot.com/2010/11/topografia-x-topometria-x-topologia.html>. Acesso em: 29 ago. 2019.
SG TOPOGRAFIA. SG Topografia serviços de levantamento planimétrico. Disponível em: <https://sgtopografia.com.br/levantamento-planimetrico.php>. Acesso em: 29 ago. 2019.
VEIGA KOENIG, L, A; ZANETTI, M, A; FRAGGION, P. Fundamentos De Topografia. 2007, (p.16).