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Nematódeos - infecção oralNematNematóódeos deos -- infecinfecçção oralão oral
•• ClassificaClassificaççãoão
–– Reino: Reino: AnimaliaAnimalia
–– Filo: Filo: AschelminthesAschelminthes
–– Classe: Classe: NematodaNematoda
–– Ordem: Ordem: AscarididaAscaridida
–– FamFamíília: lia: AscarididaeAscarididae
–– EspEspéécie:cie: Ascaris lumbricoidesAscaris lumbricoides
Nematódeos - infecção oralNematNematóódeos deos -- infecinfecçção oralão oral
•• CaracterCaracteríísticas geraissticas gerais
–– ÉÉ o maior nemato maior nematóódeos do intestino do deos do intestino do 
homemhomem
–– Geralmente não causa distGeralmente não causa distúúrbios rbios 
intestinais gravesintestinais graves
–– Pode provocar alergias respiratPode provocar alergias respiratóórias, rias, 
pneumonia e atpneumonia e atéé processos obstrutivosprocessos obstrutivos
Ovo de Ascaris lumbricoides
Larva infectante
Ovo infectante de Ascaris lumbricoides
Macho
Fêmea
Vermes adultos de Ascaris lumbricoides
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• Biologia
– Morfologia
• Adulto:
– O parasito adulto tem corpo cilíndrico, sendo 
que a boca apresenta-se trilabiada ;
– Tamanho do verme adulto varia 5-30 cm;
• Ovo:
– Ovo arredondado com casca espessa, rugosa de 
aspecto mamilonado.
– Hospedeiro: homem
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• Biologia
– Ciclo (Monoxênico)
• Ovos são eliminados com as fezes:
• O embrionamento dos parasitos é feito no ambiente; a 
larva infectante permanece no interior do ovo;
• Ingestão do ovo com a larva infectante, eclosão intestinal 
e migração larval pelos vasos ou peritônio até os 
pulmões;
• Última muda larval no pulmão; larvas migram até a 
orofaringe e retornam ao intestino (jejuno) onde se 
tornam sexualmente maduros;
• Acasalamento dos parasitos adultos e ovipostura.
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•• BiologiaBiologia
–– PPP: 55PPP: 55--70 dias70 dias
–– NutriNutriçção: adultos euritrão: adultos euritróóficosficos
–– InfectividadeInfectividade
•• O embrionamento dos ovos pode levar 3 semanas;O embrionamento dos ovos pode levar 3 semanas;
•• Ovos são viOvos são viááveis por atveis por atéé um ano no ambiente, mas são muito um ano no ambiente, mas são muito 
lláábeisbeis (45 minutos) (45 minutos) àà exposiexposiçção solar direta;ão solar direta;
•• A produA produçção dião diáária de ovos pode chegar a 200.000 ovos;ria de ovos pode chegar a 200.000 ovos;
•• Não Não éé incomum grande variaincomum grande variaçção na ovipostura;ão na ovipostura;
•• PeriPeri--domicdomicííliolio éé áárea importante de transmissão em rea importante de transmissão em ááreas de reas de 
alta alta endemicidadeendemicidade;;
•• A imunidade A imunidade éé efetiva para reduzir a populaefetiva para reduzir a populaçção de parasitos a ão de parasitos a 
longo prazo;longo prazo;
•• NNúúmero de parasitos no intestino mero de parasitos no intestino éé bastante varibastante variáável.vel.
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•• PatologiaPatologia
–– MigraMigraçção pulmonarão pulmonar
•• MicrohemorragiasMicrohemorragias;;
•• Pneumonia Pneumonia eosinofeosinofíílicalica;;
•• Pneumonia bacteriana secundPneumonia bacteriana secundáária.ria.
–– ObstruObstruçção intestinalão intestinal
•• Volvos e intussuscepVolvos e intussuscepçção intestinalão intestinal
•• ObstruObstruçção dos canais pancreão dos canais pancreáático e biliartico e biliar
–– LocalizaLocalizaçção errão errááticatica
•• InflamaInflamaçção em olhos e ouvido mão em olhos e ouvido méédiodio
Larva
Reação tecidual
Larva
Maturação pulmonar de A. lumbricoides
Perfuração intestinal por A. lumbricoides (adultos)
Localização errática - fígado
Adulto
Localização errática - fígado
Larva
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•• Sinais e sintomasSinais e sintomas
–– Dor abdominal;Dor abdominal;
–– Eosinofilia (15 a 40%).Eosinofilia (15 a 40%).
–– Irritabilidade;Irritabilidade;
–– Alternância e diarrAlternância e diarrééia e constipaia e constipaçção;ão;
–– ReaReaçções alões aléérgicas (asma);rgicas (asma);
–– SSííndrome de ndrome de LoefflerLoeffler;;
•• Febre, tosse (estertores) e eosinofiliaFebre, tosse (estertores) e eosinofilia
–– Anemia e emagrecimento;Anemia e emagrecimento;
–– VisualizaVisualizaçção dos parasitos nas fezes ou atão dos parasitos nas fezes ou atéé
eliminado pela boca ou nariz;eliminado pela boca ou nariz;
Aumento de abdome compatível com ascaríase
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•• DiagnDiagnóósticostico
–– Relato de visualizaRelato de visualizaçção direta do parasito ão direta do parasito 
–– Exame parasitolExame parasitolóógico de fezes (EPF)gico de fezes (EPF)
•• MMéétodos de sedimentatodos de sedimentaççãoão
•• Tratamento*Tratamento*
–– BenzimidazBenzimidazóóisis
•• Mebendazol, AlbendazolMebendazol, Albendazol
–– PiperazinaPiperazina; ; óóleo mineralleo mineral
–– PamoatoPamoato de de PirantelPirantel##
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• Tratamento medicamentoso
– * a terapêutica medicamentosa em casos de ascaríase 
evidente deve levar em conta a infecção por número 
elevado de parasitos; nesse caso a mortalidade dos vermes 
pode levar a quadros de toxemia e atopia graves;
– # o Pamoato de Pirantel provoca nos vermes espasmos 
intensos, seguidos de paralisia, sendo indicado o uso 
concomitante de substância que facilitem sua eliminação.
– Cuidado com o uso da Piperazina em disturbios
neurológicos.
Ascaris
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•• EpidemiologiaEpidemiologia
–– ÉÉ o mais cosmopolita dos parasitos;o mais cosmopolita dos parasitos;
–– Prevalência associada com a tricurPrevalência associada com a tricurííase;ase;
–– InquInquééritos têm demonstrado ocorrência < que ritos têm demonstrado ocorrência < que 
10% em 10% em ááreas reas endemesendemes, independente da faixa , independente da faixa 
etetáária;ria;
–– Bastante freqBastante freqüüente nas ente nas ááreas rurais e periferia reas rurais e periferia 
das grandes cidades sem saneamento bdas grandes cidades sem saneamento báásico sico 
adequado;adequado;
–– Medidas de controle relacionadas com Medidas de controle relacionadas com 
parasitos denominados de parasitos denominados de ““geogeo--helmintoshelmintos””..
Falta de
saneamento
Solo úmido e
sem calçamento
Exposição do corpo
aos fatores de risco
Fatores de risco peridomiciliares
Medidas de controle - saneamento básico
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•• ClassificaClassificaççãoão
–– Reino: Reino: AnimaliaAnimalia
–– Filo: Filo: AschelminthesAschelminthes
–– Classe: Classe: NematodaNematoda
–– Ordem: Ordem: AscarididaAscaridida
–– FamFamíília: lia: AscarididaeAscarididae
–– EspEspéécie:cie: ToxocaraToxocara caniscanis
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•• CaracterCaracteríísticas geraissticas gerais
–– ÉÉ parasito natural do cão e do gatoparasito natural do cão e do gato
–– Não desenvolve ciclo completo no homemNão desenvolve ciclo completo no homem
–– Provoca no homem a chamada SProvoca no homem a chamada Sííndrome ndrome 
da Larva Migrans Visceral (LMV)da Larva Migrans Visceral (LMV)
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• Biologia
– Morfologia
• O parasito adulto lembra o A. lumbricoides, 
entretanto apresenta duas expansões 
laterais ou asas cefálicas;
•Tamanho do verme adulto varia 4-18 cm;
– Hospedeiro definitivo: Cão e gato
– Hospedeiro acidental: Homem
Toxocara canis adultos
Toxocara canis; detalhe da cabeça
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• Biologia
– Ciclo (no hospedeiro acidental)
• O ciclo nos hospedeiros naturais é semelhante ao do A. 
lumbricoides no homem; entretanto, a infecção 
acidental do homem promove a migração errática 
das formas imaturas;
• Cães e gatos eliminam ovos pelas fezes;
• O embrionamento dos parasitos é feito no ambiente; a 
larva infectante permanece no interior do ovo;
• Ingestão acidental do ovo com a larva infectante, 
eclosão intestinal e migração errática da larva pelos 
vasos, peritônio e tecidos.
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•• BiologiaBiologia
–– PPP:30PPP:30-- 35 dias (No HD: Cão)35 dias (No HD: Cão)
–– NutriNutriçção: adultos euritrão: adultos euritróóficosficos
–– InfectividadeInfectividade
•• A produA produçção dião diáária de ovos pode chegar a 2 milhões ovos;ria de ovos pode chegar a 2 milhões ovos;
• Os ovos apresentam larvas infectantes em até 15 dias;
•• Nos indivNos indivííduos adultos infectados por via oral ocorre dormência duos adultos infectados por via oral ocorre dormência 
de larvas nos tecidos durante a migrade larvas nos tecidos durante a migraçção;ão;
•• Ocorre passagem Ocorre passagem transplacenttransplacentááriaria de larvas infectantes da de larvas infectantes da 
cadela para os filhotes;cadela para os filhotes;
•• A imunidade geralmente impede que o ciclo pulmonar se A imunidade geralmente impede que o ciclo pulmonar se 
complete, mas leva as larvas ao estado de dormência tecidual;complete, mas leva as larvas ao estado de dormência tecidual;
•• A ingestão de roedores infectados com larvas de A ingestão de roedores infectados com larvas de T. canis T. canis tbtb. . 
promove a infecpromove a infecçção do cão.ão do cão.
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•• PatologiaPatologia
–– MigraMigraçção errão erráática tica éé a caractera caracteríística da stica da 
infecinfecçção por ão por T. canis T. canis no homem;no homem;
•• Os locais mais atingidos são fOs locais mais atingidos são fíígado, pulmões, gado, pulmões, 
ccéérebro, olhos e linfonodos;rebro, olhos e linfonodos;
•• FormaFormaçção de ão de granulomagranuloma eosinofeosinofíílico;lico;
Nematódeos - infecção oralNematNematóódeos deos -- infecinfecçção oralão oral
•• Sinais e sintomasSinais e sintomas
•• ManifestaManifestaçções podem demorar semanas ou meses, ões podem demorar semanas ou meses, 
em funem funçção da carga parasitão da carga parasitáária;ria;
•• ManifestaManifesta--se mais freqse mais freqüüentemente em crianentemente em criançças;as;
•• Os sinais mais caracterOs sinais mais caracteríísticos são: febre, eosinofilia e sticos são: febre, eosinofilia e 
hepatomegalia;hepatomegalia;
•• Eosinofilia (14 a 80%).Eosinofilia (14 a 80%).
•• Pode ocorrer dor abdominal, adenopatia e manifestaPode ocorrer dor abdominal, adenopatia e manifestaçção ão 
respiratrespiratóória, lembrando a Sria, lembrando a Sííndrome de ndrome de LoefflerLoeffler;;
•• Nos casos de migraNos casos de migraçção pelo SNC podem surgir ão pelo SNC podem surgir 
meningite e encefalite meningite e encefalite eosinofeosinofíílicaslicas e manifestae manifestaçções ões 
epileptiformesepileptiformes..
Nematódeos - infecção oralNematNematóódeos deos -- infecinfecçção oralão oral
•• DiagnDiagnóósticostico
–– ClClíínico (sugestivo)nico (sugestivo)
•• Eosinofilia elevada, febre e hepatomegaliaEosinofilia elevada, febre e hepatomegalia
–– LaboratorialLaboratorial
•• Hemograma: eosinofilia superior a 35%Hemograma: eosinofilia superior a 35%
•• ImunodiagnImunodiagnóósticostico: ELISA para LMV: ELISA para LMV
•• EPF: sempre EPF: sempre éé negativonegativo
•• TratamentoTratamento
–– BenzimidazBenzimidazóóisis
•• TiabendazolTiabendazol
–– IvermectinaIvermectina
–– AntiinflamatAntiinflamatóórios rios esteresteróóidesides (junto com os (junto com os 
antiparasitantiparasitáários nos casos oculares)rios nos casos oculares)
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•• EpidemiologiaEpidemiologia
•• ÉÉ problema de âmbito mundial;problema de âmbito mundial;
•• A infecA infecçção na populaão na populaçção de cães pode ser maior que ão de cães pode ser maior que 
50%, mesmo em pa50%, mesmo em paííses Europeus, onde a controle das ses Europeus, onde a controle das 
helminthelmintííases de cães ases de cães éé maior;maior;
•• A prevalência de 2A prevalência de 2--3% entre a popula3% entre a populaçção humana ão humana 
sugere infecsugere infecçção inaparente no passado;ão inaparente no passado;
•• A faixa mais afetada da populaA faixa mais afetada da populaçção compreende crianão compreende criançças as 
e adolescentes;e adolescentes;
•• O controle requer:O controle requer:
–– Tratamento periTratamento perióódico da populadico da populaçção de cães;ão de cães;
–– Controle da populaControle da populaçção de cães sem dono;ão de cães sem dono;
–– ProteProteçção de caixas de areia em ão de caixas de areia em ááreas preas púúblicas de blicas de 
recrearecreaçção.ão.
Nematódeos - infecção oralNematNematóódeos deos -- infecinfecçção oralão oral
ALONSO JM et al. 2000. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo 42(4).