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01 - LÍNGUA PORTUGUESA - TÉCNICO EM ENFERMAGEM - VERSÃO 2012 - EDITORA TRADIÇÃO

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EDITORA TRADIÇÃO MÓDULO DE LÍNGUA PORTUGUESA
01 – MÓDULO DA LÍNGUA PORTUGUESA – TÉCNICO ENFERMAGEM 2012
1
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EDITORA TRADIÇÃO MÓDULO DE LÍNGUA PORTUGUESA
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
A língua padrão culta nas suas modalidades oral e escrita, nesta incluídos os aspectos formais 
relativos à ortografia oficial, à acentuação gráfica e à pontuação. ......................................Pág. 3
A palavra: estrutura, processos de formação, classificação, flexão e emprego. ..................Pág. 47
Articulações sintáticas da oração, do período simples e do período composto. ...................Pág. 59
A sintaxe de concordância nominal, de concordância verbal, de regência nominal, de regência 
verbal e de colocação. ...........................................................................................................Pág. 65
O texto: compreensão, interpretação e articulações semântico textuais. .............................Pág. 94
 
INFORMAÇÃO IMPORTANTE: O material está parcialmente bloqueado para o localizador de 
palavras do pdf, apenas poderão ser localizados os tópicos dos assuntos, bem como alguns assuntos 
permitidos, demais palavras deverão ser localizadas manualmente de acordo com o sumário ou a 
localização da página. 
DADOS TÉCNICOS:
TOTAL DE PÁGINAS: 143
CONCURSOS: Nível Brasil - Técnicos em Enfermagem – Versão 2012.
MATÉRIA: Língua Portuguesa
EDITORA: Tradição Apostilas
ATUALIZAÇÃO: 07/10/2011
LOJA OFICIAL: www.editoratradicao.com.br 
VENDAS: www.tudoemapostilasdigitais.com ou www.tudoemapostilas.com
E-mail de contato: atendimento@editoratradicao.com.br
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mailto:atendimento@editoratradicao.com.br
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EDITORA TRADIÇÃO MÓDULO DE LÍNGUA PORTUGUESA
A língua padrão culta nas suas modalidades oral e escrita, nesta incluídos os aspectos formais 
relativos à ortografia oficial, à acentuação gráfica e à pontuação. 
Começando a conversa 
O ensino da linguagem oral na tradição escolar tem 
sido compreendido de várias formas. Ele passa por 
momentos de livre expressão do aluno sobre assuntos 
pessoais ou variados, por discussões coletivas sobre 
conteúdos focalizados em sala de aula, por trocas de 
opiniões, pela leitura oral de textos, pela declamação 
de poemas e a realização de jograis e até pela 
oportunidade de problematizar as questões relativas 
ao grau de formalidade das falas ou à variedade 
linguística. 
Nessa perspectiva, esse assunto é entendido e 
organizado em situações destinadas a ensinar: 
• a conversar e se expressar sem compromisso; 
• a oralizar textos escritos; 
• que a pouca formalidade dos textos e falas deve ser corrigida, assim como deve 
ser evitada a utilização de dialetos, gírias etc.
Para esse tipo de ensino, a escola apresenta situações que demandam dos alunos que:
• estudem determinados temas e que os exponham aos demais oralmente; 
• organizem seminários a respeito de assuntos específicos; 
• participem de debates; 
• façam apresentações de trabalhos em feiras escolares (de Ciências, mostra de 
trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo, feiras temáticas); 
• assistam a mesas-redondas etc.
Como consequência dessa maneira de compreender o ensino de linguagem oral, tem-se uma prática escolar 
esvaziada de conteúdo e de objeto de ensino. Uma prática que se baseia no pressuposto de que a escola deve 
ensinar a falar, mas que se esquece de levar em conta as situações comunicativas nas quais a interação verbal 
oral acontece e que não considera que os enunciados organizam-se, inevitavelmente, em gêneros, formas 
estáveis que circulam socialmente e têm a função de organizar o que se diz. 
Dessa forma, parece que o importante nas atividades 
de uso da língua oral é ensinar os alunos a falarem 
bem, com boa dicção e com clareza. Como se produzir 
um seminário fosse a mesma coisa que participar de 
um debate, assistir a uma mesa-redonda ou expor 
informações a respeito de determinado tema. 
Então, afinal, com o que se deve preocupar, de fato, o 
ensino da linguagem oral? O que deve ser priorizado 
no trabalho educativo? Para começar, qualquer 
mudança nessa prática há de considerar as 
especificidades das situações de comunicação e dos 
gêneros nos quais qualquer enunciado se organiza, 
3
Aluno expõe trabalho por meio da 
linguagem oral
Foto: Jean C. de Oliveira
A pedagoga Emilia Ferreiro faz 
palestra para educadores
Foto: EducaRede
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inevitavelmente,..seja..ele..oral..ou..escrito. 
Linguagem oral e linguagem escrita: novos rumos 
O ensino de linguagem oral, hoje, tem sido foco de 
muitas discussões, sobretudo a partir da compreensão 
da linguagem como atividade discursiva, como 
processo de interação verbal pelo qual as pessoas se 
comunicam umas com as outras por meio de textos — 
orais ou escritos — organizados, inevitavelmente, em 
gêneros. 
Essa forma de entender o processo da linguagem tem 
alterado a visão tradicional a respeito do tema, que 
acabava por estabelecer características rígidas que 
distanciam a linguagem oral da escrita. Por exemplo, 
diz-se que a linguagem escrita costuma utilizar a 
variedade padrão da língua, enquanto que a oral, não. Será que é sempre assim que 
as coisas acontecem?
Ao analisar, nas práticas sociais de linguagem, as situações reais de interlocução, é 
 possível verificar que essa caracterização polarizada – de um lado, linguagem oral e, 
de outro, escrita – não se sustenta. Há, na verdade, impregnação entre uma e outra, 
como acontece em diversas situações de comunicação. Alguns exemplos:
Conferência acadêmica - Um conferencista prepara antecipadamente sua 
 apresentação, decidindo os aspectos a serem abordados – fatos, exemplos, 
argumentos, contra-argumentos – e os recursos que serão utilizados – exibição de 
vídeos ou slides, utilização de telão, material em PowerPoint,modelos. 
Assim organizará sua fala, articulando o que será exposto com os recursos 
disponíveis. Será preciso ordená-lo do ponto de vista do discurso, selecionando o 
 registro adequado, que, certamente, será mais formal, dada a situação de 
comunicação e o tipo de público (interlocutores). 
Nesse lugar, a fala do professor, para ter legitimidade e ser reconhecida, precisará ter 
consistência teórica, ser adequada, ter lógica nos argumentos e nos exemplos. Será 
uma linguagem técnico-científica e com um registro mais formal.
Como se vê, temos uma situação de produção de discurso oral. No entanto, se 
 observarmos as características apresentadas, identificaremos várias discrepâncias 
em relação ao que, em geral, se diz da linguagem oral: 
• a fala foi planejada previamente; 
• o registro será formal, e poderão ser utilizados recursos e apoios escritos para o 
4
Serginho Groisman entrevista Raí e 
Zilda Arns no programa Ação (Globo) 
Foto: Divulgação 
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EDITORA TRADIÇÃO MÓDULO DE LÍNGUA PORTUGUESA
conferencista; 
• a fala tenderá a ser completa e precisa; 
• utilizará a variedade-padrão de linguagem.
Programa musical de TV para adolescentes – Um redator da emissora escreve um 
texto dirigido a adolescentes para ser lido pelo apresentador em um teleprompter. 
Busca-se, nessa situação, criar um efeito de oralidade e, dessa forma, o registro 
utilizado é o mais informal possível,tendendo à utilização de gíria. 
Nessa situação, existem também características especiais: 
• Trata-se de um discurso falado, mas que parte de um discurso escrito. 
• Foi planejado antecipadamente, em função das condições de produção. 
• Embora seja um discurso escrito e o registro não é formal, tende à utilização da 
variedade culta da linguagem. 
• Mesmo sendo um discurso escrito que será lido, o telespectador poderá contar 
com os gestos do apresentador no processo de atribuição de sentidos. 
• Não haverá preocupação com o rigor e completude do discurso. 
• No processo de oralização, não será possível contar com a presença física do 
interlocutor. 
 
ATENÇÃO – VEJA O EXEMPLO ABAIXO: 
 
 
 
O que é comum entre a linguagem oral e a linguagem escrita? E o que 
diferencia uma da outra?
Segundo autores como SCHNEUWLY (1997) e ROJO 
(1999), as relações existentes entre linguagem
 oral e linguagem escrita precisam ser pensadas 
discursivamente. Isso quer dizer que é necessário 
considerar as condições efetivas de produção dos 
discursos, levando-se em conta que, nas práticas de 
linguagem, os discursos escritos mantêm relações 
complexas com os discursos orais. Veja-se, por 
exemplo, os aspectos da presença física do 
5
Linguagem oral e linguagem escrita: novos rumos
Programa de rádio - um redator que escreve o texto a ser lido pelo apresentador e, como se 
busca um efeito de oralidade, o registro a ser utilizado será informal - com utilização de gírias - 
embora organizado na variedade-padrão da linguagem.
 O discurso será ouvido pelos interlocutores, embora seja lido pelo apresentador (quer dizer, 
apesar de discurso escrito, no processo de oralização, o suporte passará a ser o fônico, da 
perspectiva do ouvinte da emissora de rádio). 
 Embora seja falado, o discurso não poderá contar com o gestual corporal, já que será 
veiculado por rádio. 
 Mesmo sendo discurso escrito, será coloquial e não terá nenhuma preocupação com a 
exatidão ou completude. 
 Não contará com a presença física do interlocutor no processo de oralização do texto. 
Estúdio de rádio, comandado por 
estudantes 
Foto: Acervo Cenpec
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interlocutor e do processo de planejamento do discurso.
A presença física do interlocutor tem consequências interessantes para o processo de 
produção do discurso. Quando se trata do discurso escrito impresso, se o interlocutor 
estiver ausente fisicamente, caberá ao produtor/autor tentar garantir que seu texto 
(discurso) seja eficaz; ou seja, será preciso planejá-lo antecipadamente, procurando 
prever possíveis interpretações, dúvidas ou refutações do leitor. 
Dessa forma, poderá utilizar recursos linguísticos que melhor garantam a construção 
dos sentidos que o autor pretende, já que não lhe será possível presenciar as reações 
do interlocutor para esclarecer possíveis interpretações não pretendidas. 
Quando se trata de um discurso oral a ser produzido na presença física do 
interlocutor, é possível ao produtor planejar ao mesmo tempo em que produz, já 
que ele poderá presenciar as reações imediatas de seus interlocutores e, em 
decorrência delas, reajustar seu discurso, esclarecendo, explicando, 
exemplificando,..reorganizando..a..fala. 
Assim, não se pode afirmar categoricamente que a escrita é planejada e a fala 
é espontânea. O planejamento sempre acontece. O que é diferente é a condição na 
qual este se realiza: ou durante o processo de produção do texto ou previamente em 
relação..a..ele. 
É preciso considerar, também, que há condições de produção de discurso oral que não 
possibilitam a presença física do interlocutor, como uma entrevista radiofônica. Nesta 
situação, com entrevistado e entrevistador presentes ao mesmo tempo no estúdio e 
interagindo verbalmente entre si, têm como interlocutor fundamental o ouvinte da 
emissora, que não se encontra presente no contexto imediato de interlocução. 
Veja outras características de entrevistas radiofônicas ou televisivas :
6
Na entrevista radiofônica ou televisiva, por exemplo, se se analisar da perspectiva do entrevistador, 
trata-se de um discurso planejado antecipadamente, muitas vezes orientado por fichas escritas, 
que contêm questões elaboradas ou pelo entrevistador ou pela sua equipe de produção.
Por outro lado, do ponto de vista do entrevistado, há um grau muito menor de planejamento 
prévio, pois o discurso, na maioria das vezes, será organizado a partir de perguntas desconhecidas 
(ainda que se possa conhecer antecipadamente os assuntos/temas que serão abordados). No 
entanto, é possível considerar, também, que o entrevistado poderá guiar-se pelas reações do 
entrevistador ou da assistência presente - platéia, acompanhantes, assessores etc. -, ainda que 
esses não estejam visíveis ou audíveis para os (tele)espectadores em geral. 
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Ao considerar estes aspectos, é possível afirmar que tanto fala quanto escrita são 
planejadas. O que as difere é o grau e o tipo de planejamento que se faz, o que é 
determinado pelo contexto de produção do discurso.
A escolha do registro linguístico
Do mesmo modo, não podemos dizer que a fala é menos formal que a escrita, já que 
a escolha de como organizar essa fala é feita em consequência do: 
• gênero do discurso; 
• lugar em que esse discurso circulará. 
O lugar de circulação do discurso determina sua audiência. Esse fator, articulado com a escolha do 
gênero no qual o discurso se organizará, determina as escolhas linguísticas que serão feitas para que esse 
discurso possa ser reconhecido e legitimado por essa audiência. Entre essas escolhas, inclui-se a do 
registro.
Uma palestra acadêmica, por exemplo – quer seu público seja constituído por estudantes, quer por 
importantes pesquisadores –, será sempre organizada em um registro mais formal do que uma conversa 
cotidiana entre amigos e será sempre planejada previamente, e com mais rigor do que a conversa. Caso 
contrário, a palestra pode ser desqualificada por causa do emprego inadequado da linguagem e a conversa 
pode ser considerada “chata” e seu interlocutor “arrogante”.
Veja o exemplo: 
 
Produção e publicação
Também não podemos afirmar que a escrita é mais completa e precisa do que a fala, ou que 
independe mais do contexto do que a fala, ou, ainda, que tem maior prestígio. O que podemos dizer é que o 
discurso escrito impresso requer a utilização de recursos diferentes porquesuas condições de 
produção assim o exigem. Não é possível, por exemplo, deixar uma frase para ser completada com um 
 gesto, num discurso escrito impresso, já que o gesto não se escreve e o interlocutor não estará 
presente fisicamente. 
No entanto, é perfeitamente adequado, em um discurso produzido oralmente, que a pergunta “Você sabe 
onde é que estava aquele livro?” seja respondida por “Eu acho que estava bem ali”, e que ambas, 
pergunta e resposta, sejam acompanhadas por um gesto de apontar que não deixe a menor dúvida sobre de 
qual livro se fala e a qual local a resposta se refere. 
Da mesma forma, não podemos dizer que a fala é mais dependente do contexto do que a escrita, pois os 
contextos de produção de ambas são diferentes. 
No discurso escrito impresso, dois contextos contribuem para a construção dos sentidos: o de produção e o 
de publicação. 
• O de produção é construído pelo produtor antes do momento da publicação do 
texto. 
7
Linguagem oral e linguagem escrita: O que é comum? O que se diferencia?
Uma conversa telefônica, igualmente, dependendo da sua finalidade e de seu interlocutor, será 
organizada em registros bastante diferentes: se se tratar de formalizar um convite para 
participação de um evento acadêmico ou se se tratar de marcar horário para fechamento de um 
contrato profissional, o registro será mais formal do que no caso de uma conversa íntima entre 
amigos ou familiares. 
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• O de publicação é constituído no processo de editoração e de submissão do 
discurso ao projeto gráfico editorial do portador (revista, jornal, livro etc.) no qual 
circulará.
É nessa ocasião que se inserem elementos que serão articulados ao texto, como 
imagens, espaços, gráficos, fotografias, símbolos, posição em relação a outros textos. 
O contexto de publicação adquire significado pelo leitor, que passa a constituir os 
sentidos do texto no momento da leitura, ao articular texto e elementos do contexto. 
No discurso oral, o momento de produção e o de publicação coincidem, sendo os 
elementos extra verbais (gestos, slides, gráficos, entonação, “falas” que o precederam 
etc.) articulados concomitantemente ao elemento verbal. 
:: O suporte sonoro e o suporte gráfico da linguagem escrita e da oral
Um último aspecto a ser considerado é o que se refere ao suporte gráfico ou 
sonoro (fônico) da linguagem. É muito comum a linguagem escrita ser 
confundida com sua manifestação gráfica – e, nessa perspectiva, 
qualquer discurso impresso seria considerado linguagem escrita – e a 
linguagem oral ser confundida com sua manifestação fônica – e, nessa 
perspectiva, qualquer discurso falado seria considerado linguagem oral. 
A linguagem escrita, por conta de suas especificidades, não se manifesta, 
unicamente, de maneira gráfica ou impressa. As notícias (ou mesmo os 
comentários críticos e as crônicas) de um jornal televisivo ou radiofônico são 
exemplos de discursos escritos oralizados: são escritos e lidos pelos jornalistas 
apresentadores dos programas. No caso da TV, os textos são dispostos por escrito 
no teleprompter para que o apresentador os leia. 
Em todos esses exemplos os textos são sempre registrados por escrito e terão o 
grau de formalidade ajustado de acordo com o telespectador/audiência. No 
entanto, embora sejam orais, nenhum dos textos – da TV ou do rádio – terá frases 
cujo sentido tenha de ser complementado com recursos gestuais. 
Portanto, não é condição para que a linguagem seja caracterizada como escrita que seja registrada 
graficamente. É possível contar uma história utilizando a linguagem escrita, ainda que contar seja uma 
atividade..oral. 
Como se vê, a linguagem escrita não se reduz ao escrito, ao grafado, ao traçado. Logo, o grafado não pode 
ser utilizado como critério que diferencia linguagem oral e linguagem escrita. 
Da mesma maneira, não se pode confundir a linguagem oral com fala ou oralização da linguagem; o som não 
pode ser usado como critério que diferencia linguagem oral de linguagem escrita. 
Nessa perspectiva, mais que considerar o suporte gráfico ou fônico da linguagem escrita ou oral, é preciso 
levar em conta que os discursos são produzidos em determinadas circunstâncias e organizados em 
determinados..gêneros.
 
8
William Bonner, 
apresentador do Jornal 
Nacional, da Rede Globo 
Foto: Reator
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:: Linguagem escrita e oral: inter-relações e diferenças
As inter-relações existentes entre linguagem oral e 
linguagem escrita são decorrentes, portanto, das 
condições nas quais os discursos são produzidos: 
• do lugar em que circularão; 
• do lugar social que ocupam produtor e 
interlocutor (e da imagem que o primeiro constituiu 
acerca do segundo); 
• da finalidade colocada; 
• do gênero no qual será organizado.
No entanto, há diferenças entre as duas linguagens. 
As mais marcantes são: 
• o processo de planejamento do discurso – 
que, no caso da linguagem oral, é concomitante ao 
momento da produção, ainda que possa ser sustentado por esquemas prévios; 
• a relação entre o momento de produção e o de publicação do discurso – que, 
no caso do discurso oral, é de concomitância e coincidência; 
• a presença física do interlocutor – típica da linguagem oral.
 
Outro exemplo:
 
Na próxima página vamos aprender a usar também os aspectos formais de acordo 
com a nossa ortografia oficial, à acentuação gráfica e a pontuação:
9
Entrevista, uma modalidade de 
linguagem oral 
Foto: EducaRede
"Ela me disse que eu deveria guardar isso daqui lá naquele lugar porque ela não gosta desse 
tipo de coisa espalhada assim pela casa. Então, você me ajuda? Pega esse negócio, tira dali e 
põe lá. Senão, quando ela chegar vai ser um estresse só…"
Quando lemos esse texto não é possível compreendermos exatamente a que se refere cada uma 
das expressões salientadas em negrito. Como se trata da transcrição de uma conversa - discurso 
oral, portanto - os elementos que poderiam dar sentido a tais expressões encontram-se 
explicitados no contexto imediato de produção do discurso, compreensíveis e identificáveis para os 
interlocutores presentes fisicamente no processo de produção, e capazes de articular os elementos 
extra-verbais - gesto de apontar, por exemplo - certamente constitutivos da fala. Se se 
pretendesse transformar esse discurso oral em discurso escrito, teriam que ser acrescentadas em 
sua linearidade, as informações que faltam, como: quem é ela?; o que é isso daqui?; onde é lá 
naquele lugar?; o que é esse tipo de coisa?; o que vem a ser esse negócio?; onde é dali e lá? 
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CONHECENDO A ORTOGRAFIA OFICIAL: 
A palavra Ortografia é formada por "orto", elemento de origem grega, usado como prefixo, 
com o significado de direito, reto, exato e "grafia", elemento de composição de origem grega 
com o significado de ação de escrever; ortografia, então, significa ação de escrever 
direito. É fácil escrever direito? Não ! É, de fato, muito difícilconhecer todas as regras de 
ortografia a fim de escrever com o mínimo de erros ortográficos. Hoje tentaremos facilitar um 
pouco mais essa matéria. Abaixo seguem algumas frases com as respectivas regras sobre o 
uso de ç, s, ss, z, x... Vamos a elas:
01) Uma das intenções da casa de detenção é levar o que cometeu graves 
infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação.
a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO:
intento = intenção
canto = canção
exceto = exceção
junto = junção
b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:
deter = detenção
reter = retenção
conter = contenção
manter = manutenção
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:
infrator = infração
trator = tração
redator = redação
setor = seção
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:
introspectivo = introspecção
relativo = relação
ativo = ação
intuitivo – intuição
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:
reeducar = reeducação
importar = importação
repartir = repartição
fundir = fundição
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:
eleição
traição
02) A pretensa diversão de Creusa, a poetisa vencedora do concurso, 
implicou a sua expulsão, porque pôs uma frase horrorosa sobre a diretora 
Luísa.
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a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão
confundir = confusão
b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:
inverter = inversão
converter = conversão
perverter = perversão
divertir = diversão
c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z:
Creusa
coisa
maisena
d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:
Luísa
Heloísa
Poetisa
Profetisa
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.
e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:
concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulso, expulsão
compelir = compulsório
f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:
ele pôs
ele quis
ele usou
g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:
frase
tese
crise
osmose
  Exceções: deslize e gaze.
h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:
horrorosa
gostoso
  Exceção: gozo
03) I -Teresinha, a esposa do camponês inglês, avisou que cantaria de 
improviso.
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 II -Aterrorizada pela embriaguez do marido, a mulherzinha não fez a 
limpeza.
a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical 
da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha
Casa = casinha
Mulher = mulherzinha
Pão = pãozinho
b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical 
da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de 
origem não tiver o radical terminado em s:
improviso = improvisar
análise = analisar
pesquisa = pesquisar
terror = aterrorizar
útil = utilizar
economia = economizar
c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem 
nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com 
z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem 
qualidade:
Teresa
Camponês
Inglês
Embriaguez
Limpeza
04) O excesso de concessões dava a impressão de compromisso com o 
progresso.
a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS:
exceder = excesso, excessivo
conceder = concessão
proceder = processo
b) Os verbos terminados em PRIMIRterão palavras derivadas escritas com PRESS:
imprimir = impressão
deprimir = depressão
comprimir = compressa
c) Os verbos terminados em GREDIRterão palavras derivadas escritas com GRESS:
progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
transgredir = transgressão, transgressor
d) Os verbos terminados em METERterão palavras derivadas escritas com MISSou MESS:
comprometer = compromisso
prometer = promessa
intrometer = intromissão
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remeter = remessa
05) Para que os filhos se encorajem, o lojistacome jilócom canjica.
a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR:
Viajar = espero que eles viajem
Encorajar = para que eles se encorajem
Enferrujar = que não se enferrujem as portas
b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA:
loja = lojista
canja = canjica
sarja = sarjeta
gorja = gorjeta
c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.
Jiló
Jibóia
Jirau
06) O relógioque ele trouxe da viagemao Méxicoem uma caixade madeira 
caiu na enxurrada.
a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:
pedágio
sacrilégio
prestígio
relógio
refúgio
b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:
a viagem
a coragem
a ferrugem
  Exceções: pajem, lambujem
c) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x:
Mexerica
México
Mexilhão
Mexer
  Exceção: mecha de cabelos
d) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos 
iniciados por ch:
Enxada
Enxerto
Enxurrada
Encher – provém de cheio
Enchumaçar – provém de chumaço
e) Usa-s x após ditongo:
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ameixa
caixa
peixe
Exceções: recauchutar, guache
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
I - Palavras proparoxítonas
 
1. Todas são acentuadas: árvore, chávena, maiúsculo, feiíssimo.
 
II - Palavras paroxítonas
 
2. São acentuadas graficamente as paroxítonas terminadas em:
 
ÃO(S): bênção(s), órfão(s)
Ã(S): ímã(s), órfã(s)
L: amável, dócil
EI(S): amáveis, dóceis
I(S): táxi, grátis
N: hífen, éden
X: tórax, ônix
R: líder, mártir
UM, UNS: álbum, álbuns
US: bônus, lótus
PS: bíceps, fórceps
 
Observações:
A. Acentuam-se graficamente todas as paroxítonas terminadas em 
ditongo crescente: mágoa, tênue, rádio, ânsia.
 
B. Não levam acento gráfico as paroxítonas terminadas em: 
a. ns: itens, hifens, folhagens, jovens, nuvens;
b. m: item, folhagem, jovem, nuvem;
C. Não se acentuam os ditongos abertos ei, oi, das paroxítonas: 
assembleia, estreia, jiboia, heroico; 
D. Não levam acento o i e o u tônicos, precedidos de ditongo: feiura, 
baiuca.
 
III - Palavras oxítonas
 
3. Levam acento gráfico as oxítonas terminadas em:
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Á(S): sabiá (s)
É(S), Ê(S): café(s)
Ó(S), Ô(S): avó(s), avô(s)
ÉM, ÉNS: refém, reféns
 
Observação:
Seguem esta regra:
A. as monossílabas tônicas terminadas por á(s), é(s), ê(s) ó(s), ô(s): 
lá(s), pé(s), pó(s);
B. as formas verbais oxítonas do mesmo tipo, seguidas ou não de 
pronomes: amá-lo, está(s), vendê-lo, propôs, contém, conténs.
 
4. São acentuadas as oxítonas terminadas em ditongo aberto:ÉIS: papéis, bacharéis
ÉU(S): chapéu, chapéus
Ói(S): herói, heróis
 
5. Assim como as oxítonas em que o i e o u estão depois de ditongo em 
posição final ou seguidas de s: Piauí, tuiuiú.
Portanto, não levam acento gráfico as oxítonas em i e u precedidas por 
consoante: juriti, tatu.
 
 
IV – Hiatos 
 
6. Acentuam-se o i e o u tônicos, precedidos de vogal, quando sozinhos 
ou seguidos de s, formando uma sílaba: viúva, saíste, baú, saída.
 
Observações:
A. Não leva acento gráfico o i, mesmo sozinho, seguido de nh: rainha, 
moinho.
B. Não são acentuados graficamente os hiatos oo e ee: voo, creem.
V – Acento nos verbos em guar, quar e quir 
 
7. Não se usa o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) 
argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e 
redarguir.
 
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Observação:
 
Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e 
quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, 
delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas 
formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e do 
imperativo:
 
A. se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser 
acentuadas graficamente: enxáguo, enxáguas, enxágue, delínques, 
delínquem, delínqua;
 
B. se forem pronunciadas com u tônico, elas não são acentuadas: 
enxaguo, enxaguas, delinques, delinquem, delinqua. 
 
Observação:
 
No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i 
tônicos.
 
VI – Acento diferencial
 
8. Usa-se o acento diferencial nas seguintes situações:
A. Verbo pôr – para diferenciar da preposição por:
Eu pedi para ela pôr o pão no armário por causa das moscas.
B. Pôde – terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo do verbo poder para diferenciá-lo de pode - terceira pessoa 
do singular do presente do indicativo do mesmo verbo:
Ela não pôde passar na tua casa ontem, mas pode passar hoje.
 
Observação:
O acento diferencial é facultativo em:
A. Dêmos – primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo do 
verbo dar e demos – primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do 
indicativo do mesmo verbo;
B. Fôrma (substantivo) e forma (substantivo, terceira pessoa do 
singular do presente do indicativo e segunda pessoa do singular do 
imperativo afirmativo do verbo formar).
 
VII – Verbos ter e vir
 
9. Os verbos ter e vir levam acento circunflexo na terceira pessoa do 
plural do presente do indicativo para diferenciar da terceira pessoa do 
singular do mesmo tempo verbal: ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm.
Seus derivados, como deter e intervir, por exemplo, seguem a 
acentuação das oxítonas terminadas por em, mas na terceira pessoa 
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do singular do presente do indicativo levam acento agudo e na terceira 
pessoa do plural do mesmo tempo levam acento circunflexo, a fim de 
diferenciar as duas formas verbais: ele detém, eles detêm; ele 
intervém, eles intervêm.
 
VIII – Trema
 
10. O trema só é usado em nomes estrangeiros e seus derivados: 
Müller, mülleriano.
PONTUAÇÃO 
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam 
reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram 
estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;
2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. 
Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns, responsáveis por dar à escrita maior clareza e 
simplicidade.
Vírgula ( , )
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do 
período. Geralmente é usada:
- nas datas, para separar o nome da localidade.
Por Exemplo: 
São Paulo, 25 de agosto de 2005.
- após o uso dos advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase.
Por Exemplo: 
– Você gostou do vestido?
– Sim, eu adorei!
– Pretende usá-lo hoje?
– Não, no final de semana.
- após a saudação em correspondência (social e comercial).
Exemplos: 
Com muito amor,
Respeitosamente,
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- para separar termos de uma mesma função sintática.
Por Exemplo: 
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.
Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo.
- para destacar elementos intercalados, como:
a) uma conjunção
Por Exemplo: 
Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
b) um adjunto adverbial
Por Exemplo: 
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.
Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução 
adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o 
exija. 
c) um vocativo
Por Exemplo: 
Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.
d) um aposto
Por Exemplo: 
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
e) uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.)
Por Exemplo: 
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu 
princípio em Deus.
- para separar termos deslocados de sua posição normal na frase.
Por Exemplo: 
O documento de identidade, você trouxe?
- para separar elementos paralelos de um provérbio.
Por Exemplo: 
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Tal pai, tal filho.
- para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo. 
Por Exemplo: 
As flores, eu as recebi hoje.
- para indicar a elipse de um termo.
Por Exemplo: 
Daniel ficou alegre; eu, triste.
- para isolar elementos repetidos.
Exemplos: 
A casa, a casa está destruída.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
- para separar orações intercaladas.
Por Exemplo: 
O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola.
- para separar orações coordenadas assindéticas.
Por Exemplo: 
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém. 
- para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações 
alternativas.
Exemplos: 
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.
Vá devagar, que o caminho é perigoso.
Estuda muito, pois será recompensado.
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música.
ATENÇÃO
Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula 
antes de sua ocorrência:
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1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Por Exemplo: 
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.
Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é 
sujeito de "protestou". 
2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar 
ênfase (polissíndeto). 
Por Exemplo: 
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da 
adição (adversidade, consequência, por exemplo) 
Por Exemplo: 
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
para separar orações subordinadassubstantivas e adverbiais, sobretudo quando vêm antes da 
principal.
Por Exemplo: 
Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir.
Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova.
- para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Por Exemplo: 
A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o 
conteúdo.
Ponto e vírgula ( ; ) 
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da 
frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. 
Emprega-se nos seguintes casos:
- para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.
Por Exemplo: 
O rio está poluído; os peixes estão mortos. 
- para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados 
por vírgula.
Por Exemplo: 
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O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, 
contra. 
- para separar itens de uma enumeração.
Por Exemplo: 
No parque de diversões, as crianças encontram:
brinquedos;
balões;
pipoca.
- para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , 
substituindo, assim, a vírgula.
Por Exemplo: 
Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.
- para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no meio da oração.
Por Exemplo: 
Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas 
alguns.
Dois-pontos ( : )
O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, 
geralmente:
- para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção.
Por Exemplo: 
"Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :
– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)
- para anunciar uma citação.
Por Exemplo: 
Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade 
sim."
- para anunciar uma enumeração.
Por Exemplo: 
Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos.
- antes de orações apositivas. 
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Por Exemplo: 
Só aceito com uma condição: Irás ao cinema comigo. 
- para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse.
Exemplos: 
Marcelo era assim mesmo: Não tolerava ofensas.
Resultado: Corri muito, mas não alcancei o ladrão.
Em resumo: Montei um negócio e hoje estou rico.
Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou observações. 
Veja:
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. 
Exemplos: 
ratificar/retificar, censo/senso, etc. 
Nota: a preposição "per", considerada arcaica, somente é usada na frase "de per si " (= cada 
um por sua vez, isoladamente).
Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: 
cedinho, melhorzinho, etc.
- na invocação das correspondências.
Por Exemplo: 
Prezados Senhores:
Convidamos a todos para a reunião deste mês, que será realizada dia 30 de julho, no 
auditório da empresa.
Atenciosamente, 
A Direção
Ponto Final ( . )
O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o tom é 
descendente. Emprega-se, principalmente:
- para fechar o período de frases declarativas e imperativas. 
Exemplos: 
Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo. 
Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar.
- nas abreviaturas.
Exemplos: 
Sr. (Senhor)
Cia. (Companhia)
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Saiba que:
Pontuação nos títulos e cabeçalhos 
Todos os cabeçalhos e títulos são encerrados por pontos finais. Não há 
uniformidade quando ao uso desta pontuação, mas é de bom tom seguir o que 
determina a ortografia oficial vigente. Muitas pessoas consideram mais estético 
não pontuar títulos. Em jornalismo, por exemplo, não se usa a pontuação de 
titulação.
Ponto de Interrogação ( ? )
O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer interrogação direta, ainda que a pergunta não 
exija resposta. A entoação ocorre de forma ascendente. 
Exemplos: 
Onde você comprou este computador?
Quais seriam as causas de tantas discussões? 
Por que não me avisaram?
Obs.: não se usa ponto interrogativo nas perguntas indiretas.
Por Exemplo: 
Perguntei quem era aquela criança.
Note que:
1) O ponto de interrogação pode aparecer ao final de uma pergunta intercalada, 
entre parênteses.
Por Exemplo: 
Trabalhar em equipe (quem o contesta?) é a melhor forma para 
atingir os resultados esperados. 
2) O ponto de interrogação pode realizar combinação com o ponto admirativo.
Por Exemplo: 
Eu?! Que ideia! 
Ponto de Exclamação ( ! )
O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode 
exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação 
descendente.
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Exemplos: 
Ponto de Exclamação ( ! )
O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode 
exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação 
descendente.
Exemplos: 
"Como as mulheres são lindas!" (Manuel Bandeira)
Pare, por favor!
Ah! que pena que ele não veio...
Obs.: o ponto de exclamação substitui o uso da vírgula de um vocativo enfático.
Por Exemplo: 
Ana! venha até aqui! 
Reticências ( ... )
As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza 
emocional. Empregam-se:
- para indicar continuidade de uma ação ou fato.
Por Exemplo: 
O tempo passa...
- para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Por Exemplo: 
Vim até aqui achando que...
- para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. 
Exemplos: 
"Vamos nós jantar amanhã?
– Vamos...Não...Pois vamos."
Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.
- para realçar uma palavra ou expressão.
Por Exemplo: 
Não há motivo para tanto...mistério.
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- para realizar citações incompletas.
Por Exemplo: 
O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:
"Deitado eternamente em berço esplêndido..."
- para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.
Por Exemplo: 
"Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica 
do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. 
Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)
Saiba que
As reticências e o ponto de exclamação, sinais gráficos subjetivos de 
grande poder de sugestão e ricos em matizes melódicos, são ótimos 
auxiliares da linguagem afetiva e poética. Seu uso, porém, é antes 
arbitrário, pois depende do estado emotivo do escritor.
Parênteses ( ( ) )
Os parênteses têm a função de intercalar no texto qualquer indicação que, embora não pertença 
propriamente ao discurso,possa esclarecer o assunto. Empregam-se:
- para separar qualquer indicação de ordem explicativa, comentário ou reflexão.
Por Exemplo: 
Zeugma é uma figura de linguagem que consiste na omissão de um termo 
(geralmente um verbo) que já apareceu anteriormente na frase.
- para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.)
Por Exemplo: 
" O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros" (Jean- Jacques 
Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)
- para isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos 
travessões.
Por Exemplo: 
Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os 
carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
- para delimitar o período de vida de uma pessoa.
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Por Exemplo: 
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1986).
- para indicar possibilidades alternativas de leitura.
Por Exemplo: 
Prezado(a) usuário(a).
- para indicar marcações cênicas numa peça de teatro.
Por Exemplo: 
Abelardo I - Que fim levou o americano?
João - Decerto caiu no copo de uísque!
Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita)
(Oswald de Andrade)
Obs.: num texto, havendo necessidade de utilizar alíneas, estas podem ser ordenadas 
alfabeticamente por letras minúsculas, seguidas de parênteses (Note que neste caso as 
alíneas, exceto a última, terminam com ponto e vírgula).
Por Exemplo:
No Brasil existem mulheres:
a) morenas;
b) loiras;
c) ruivas.
Os Parênteses e a Pontuação
Veja estas observações:
1) As frases contidas dentro dos parênteses não costumam ser muito longas, mas devem manter 
pontuação própria, além da pontuação normal do texto.
2) O sinal de pontuação pode ficar interno aos parênteses ou externo, conforme o caso. Fica interno 
quando há uma frase completa contida nos parênteses.
Exemplos: 
Eu suponho (E tudo leva a crer que sim.) que o caso está encerrado.
Vamos confiar (Por que não?) que cumpriremos a meta.
Se o enunciado contido entre parênteses não for uma frase completa, o sinal de pontuação ficará 
externo.
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Por Exemplo: 
O rali começou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal).
3) Antes do parêntese não se utilizam sinais de pontuação, exceto o ponto. Quando qualquer sinal de 
pontuação coincidir com o parêntese de abertura, deve-se optar por colocá-lo após o parêntese de 
fecho.
Travessão ( – )
O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:
- no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos 
diálogos. 
Por Exemplo: 
– O que é isso, mãe?
– É o seu presente de aniversário, minha filha.
- para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.
Por Exemplo: 
"E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." 
(Machado de Assis)
- para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o 
aposto. 
Por Exemplo: 
"Junto do leito meus poetas dormem 
– O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron –
Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo)
- para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.
Por Exemplo: 
"Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a 
superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das 
religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia 
e como o êxtase." (Raul Pompeia) 
Aspas ( " " )
As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas: 
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- antes e depois de citações ou transcrições textuais. 
Por Exemplo: 
Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um 
beijo de moça namorada."
- para representar nomes de livros ou legendas.
Por Exemplo: 
Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.
Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. também podemos 
grifar as palavras, conforme o exemplo: 
Ontem assisti ao filme Central do Brasil.
- para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.
Exemplos: 
O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus 
usados no Brasil está cada vez mais descarado.(Veja)
Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se mandaram" rapidamente.
Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!
- para realçar uma palavra ou expressão.
Exemplos: 
Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".
Quem foi o "inteligente" que fez isso?
Obs.: em trechos que já estiverem entre aspas, se necessário usá-las novamente, 
empregam-se aspas simples. 
Por Exemplo: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, 
'olhos de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua, mas 
dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se 
fitar e examinar." (Machado de Assis)
Colchetes ( [ ] )
Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se restringe aos escritos de 
cunho didático, filológico, científico. Pode ser empregado:
- em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia da palavra.
Por Exemplo: 
amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o 
bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio 
artístico de sua terra. (Novo Dicionário Aurélio)
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- para intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto.
Por Exemplo: Em Aruba se fala o espanhol, o inglês, o holandês e o papiamento. 
Aqui estão algumas palavras de papiamento que você, com certeza, vai usar:
1- Bo ta bon? [Você está bem?]
2- Dios no ta di Brazil. [Deus não é brasileiro.]
- para inserir comentários e observações em textos já publicados.
Por Exemplo: 
Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte. [pseudônimo de 
Visconde de Taunay, autor de "Inocência"]
- para indicar omissões de partes na transcrição de um texto.
Por Exemplo: 
"É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e 
risonho" (Machado de Assis)
 
Asterisco ( * )
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, costuma ser empregado:
- nas remissões a notas ou explicações contidas em pé de páginas ou ao final de capítulos.
Por Exemplo: 
Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras 
que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de 
que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode 
indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria, etc.
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras 
palavras. 
- nas substituições de nomes próprios não mencionados.
Por Exemplo: 
O Dr.* conversou durante toda a palestra. 
O jornal*** não quis participar da campanha.
 
Parágrafo ( § )
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O símbolo para parágrafo, representado por §, equivale a dois ésses (S)entrelaçados, iniciais das 
palavras latinas "Signum sectionis" que significam sinal de secção, de corte. Num ditado, quando 
queremos dizer que o período seguinte deve começar em outra linha, falamos parágrafo ou alínea. 
A palavra alínea (vem do latim a + lines) e significa distanciado da linha, isto é, fora da margem em 
que começam as linhas do texto.
O uso de parágrafos é muito comum nos códigos de leis, por indicar os parágrafos únicos.
Por Exemplo: 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem 
obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.(Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE 
 Chama-se crase a união de dois sons iguais. Quando essa união se dá entre a 
preposição a e um outro a, usa-se o acento grave ou acento de crase.
Ex.: Irei a a festa.
 Irei à festa.
Tipos de crase 
1) Entre a preposição a e o artigo definido a.
Ex.: Vamos à cidade. 
Obs.: O a é artigo definido quando acompanha um substantivo.
2) Entre a preposição a e o pronome demonstrativo a.
Ex.: Ele se referiu à que deixei no armário.
Obs.: O a é pronome demonstrativo quando antecede que ou de, equivalendo a 
outro
pronome demonstrativo: aquela.
3) Entre a preposição a e o a inicial dos pronomes aquele, aquela, aquilo.
Ex.: Dirija-se àquele vendedor. 
4) Entre a preposição a e o a do pronome relativo a qual.
Ex.: Chegou a aluna à qual entreguei o resultado.
Observações
a) Como se vê, é necessária a presença da preposição a para que ocorra o 
fenômeno da 
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crase.
b) Costuma-se dizer por aí que só há crase antes de palavra feminina. Cuidado! 
Essa afirmação diz respeito apenas ao caso de preposição mais artigo a, quando, 
então, o substantivo tem de ser feminino. 
Para saber se há crase
1) Com nomes comuns Troca-se a palavra feminina por uma masculina; aparecendo ao, 
usa-se o acento de crase.
Ex.: Dirija-se à tesouraria. (Dirija-se ao escritório)
 Dei o livro à professora. (Dei o livro ao professor)
Obs.: Coisa se troca por coisa (tesouraria / escritório); pessoa, por pessoa 
(professora /professor). Respeite isso, ou você pode errar a questão.
2) Com nomes próprios de lugar
 Troca-se o verbo que pede a preposição a por outro, que peça outra preposição. 
Vamos adotar o verbo vir; aparecendo da, usa-se o acento de crase.
Ex.: Ela foi à Bahia. (Ela veio da Bahia)
 Ela foi a Cuiabá. (Ela veio de Cuiabá, e não da) 
Observações
a) Nomes de cidade (segundo exemplo) não se usam com artigo a. Mas, se 
determinarmos o substantivo, aparecerá o artigo e, conseqüentemente, a crase.
Ex.: Iremos à simpática Cuiabá. (Viremos da simpática Cuiabá) 
b) Não se devem misturar os dois macetes (nomes comuns ; nomes próprios de 
lugar).
Ex.: Ele foi a Cuiabá.
 Se trocarmos (indevidamente) Cuiabá por um substantivo masculino, aparecerá 
ao, o que nos levará a pôr, erradamente, o acento de crase: Ele foi ao Rio de Janeiro, 
Ele foi à Cuiabá.
Casos obrigatórios
1) Com a palavra hora, clara ou oculta, indicando o momento em que acontece 
alguma coisa.
Ex.: Saímos às três horas. 
 Retornamos às dez. 
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Obs.: Às vezes se usa o acento diante de palavra masculina, por estar oculta uma 
outra feminina. A mais comum e importante é a palavra moda.
Ex.: Escrevia à Machado de Assis. (Escrevia à moda Machado de Assis) 
2) Com determinadas locuções formadas por palavras femininas. 
● Adverbiais: duas ou mais palavras com valor de advérbio.
Ex.: Fiz tudo às pressas. 
 às pressas: locução adverbial de modo com palavra feminina: com acento.
 Ele irá a pé.
 a pé: locução adverbial de modo com palavra masculina: sem acento. 
Outros exemplos
 Trabalharam às escondidas. 
 Fui levado à força. 
 Quero deixar tudo às claras.
 Às vezes, íamos ao teatro.
 Isso foi feito à parte. 
 Paramos à beira-mar.
 O homem permaneceu à esquerda.
 Fiquem à vontade.
 Sempre falavam à meia-voz. 
 Saiu à noitinha. 
 Seguiu o conselho à risca. 
 Corriam às tontas.
 Estávamos à janela.
 Escreveu à margem.
 O objeto veio à tona.
 O material estava à mão. 
Observações
a) Geralmente, as locuções adverbiais com acento de crase são as de modo, mas 
existem outras. 
Ex.: Foi levado à força. (modo)
 Às vezes era teimoso. (tempo)
 O carro dobrou à direita. (lugar)
 Falaram à beça. (intensidade)
b) As locuções adverbiais de instrumento dividem as opiniões dos gramáticos. 
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Para alguns, sem acento; para outros, com. É polêmico. 
Ex.: Escreveu à caneta.
 Escreveu a caneta.
c ) Igualmente polêmica é a expressão à vista, contrário de a prazo. 
Ex.: Comprou os móveis à vista. 
 Comprou os móveis a vista.
 Não se trata de crase facultativa, da mesma forma que as da letra b. Convém, nesses 
casos, resolver a questão por eliminação. É preferível, hoje em dia, não usar o 
acento de crase, principalmente numa redação.
● Prepositivas: grupos de palavras que funcionam como preposição; as que nos interessam 
neste ponto começam por à e terminam por de.
Ex.: Ficarei à disposição de vocês.
 à disposição de: locução prepositiva com palavra feminina: com acento.
 Falavam a respeito de futebol.
 a respeito de: locução prepositiva com palavra masculina: sem acento.
Outros exemplos
 Vivia à custa do irmão.
 Estamos à mercê do patrão.
 Fez o trabalho à vista de todos.
 Agiu à maneira de um troglodita.
 É vidro à prova de choques.
 Permaneciam à frente do colégio.
 Ficou à beira do precipício. 
 Bateram à porta do amigo.
 Ficamos à distância de vinte metros.
 Aprendeu à força de tanto estudar. 
 Usava um pano branco à guisa de toalha.
 Vivia à margem da sociedade.
 Estava à espera de uma solução. 
● Conjuntivas: grupos de palavras que funcionam como conjunção; só existem duas com 
acento de crase: à medida que e à proporção que.
Ex.: À medida que corria, ia ficando vermelho.
 Aprenderá à proporção que estudar.
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Observações
a) Pelo que se vê nos exemplos, as locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas 
levam acento de crase quando os substantivos que as constituem são femininos.
b) Às vezes, o grupo parece uma locução, mas não é. 
Ex.: À frente da casa havia uma árvore. (locução prepositiva) 
 A frente da casa é muito bonita.
 À tarde ele chegou. (locução adverbial)
 A tarde estava chuvosa.
 Não será locução quando se puder substituir a por o: a frente / o lado, a tarde / o dia.
3) Com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo.
Ex.: Mostrei o quadro àquela mulher. (= a aquela)
 Prefiro este lenço àquele. (= a aquele)
 Não me refiro àquilo que ele fez. (= a aquilo)
Obs.: Não existem, em português: a aquele, a aquela, a aquilo. Sempre que isso 
aparecer, deverá ser feita a contração: àquele, àquela, àquilo.
4 Com o pronome demonstrativo a.
Ex.: Dirigi-me à que estava no balcão.
Obs.: Haverá acentode crase antes de que e de (à que, à de), sempre que se puder 
trocar por a aquela que ou a aquela de; outro macete é a troca pelo masculino; 
aparecendo ao, há crase.
Ex.: Minha camisa é semelhante à que ele comprou.
 Minha camisa é semelhante a aquela que ele comprou.
 Meu paletó é semelhante ao que ele comprou. 
Casos facultativos 
1) Antes de nomes de mulher. 
Ex.: Mandei uma carta à Patrícia. (Mandei uma carta ao Manuel)
 Mandei uma carta a Patrícia. (Mandei uma carta a Manuel)
Obs.: Com determinação, a crase é obrigatória.
Ex.: Mandei uma carta à culta Patrícia. (Mandei uma carta ao culto Manuel) 
2) Antes de pronomes adjetivos femininos no singular.
Ex.: Explicarei isso à sua irmã. (Explicarei isso ao seu irmão)
 Explicarei isso a sua irmã. (Explicarei isso a seu irmão)
Observações
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a) Se o possessivo estiver no plural, teremos: 
● Explicarei isso às suas irmãs. (crase obrigatória: a + as)
● Explicarei isso a suas irmãs. (crase proibida: apenas a preposição)
b) Se for pronome substantivo, a crase é obrigatória.
Ex.: Explicarei isso à sua.
3) Depois da preposição até.
Ex.: Ele foi até à praia. (Ele foi até ao campo)
 Ele foi até a praia. (Ele foi até o campo)
Observações
a) Não confunda com a palavra denotativa de inclusão até, que significa 
inclusive.
Ex.: Comprou até a revista. 
b) Até é a única preposição que admite um a craseado depois dela.
Ex.: Fazia o trabalho após as quatro horas. (e não às)
4) Com as palavras Europa, Ásia, África, França, Espanha, Inglaterra, Escócia e 
Holanda. 
Ex.: Viajaremos à França. (Viremos da França) 
 Viajaremos a França. (Viremos de França)
Obs.: Poucas gramáticas citam este caso de crase facultativa, porque a tendência, 
no português atual, é usar o artigo e, conseqüentemente, o acento de crase. Mas 
não é errado omiti-lo.
Casos proibitivos
1) Com a palavra casa sem determinação, quando, então, se refere ao próprio lar. 
Ex.: Ele foi a casa pela manhã. 
Obs.: Com determinação, aparece o acento.
Ex.: Ele foi à casa da esquina. 
2) Com a palavra distância, sem especificação, ou seja, sem precisar a distância.
Ex.: O guarda ficou a distância.
 O guarda ficou a grande distância.
Obs.: Com especificação, usa-se o acento.
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Ex.: O guarda ficou à distância de dez metros.
3) Com a palavra terra, quando é o contrário de bordo. 
Ex.: Os marujos foram a terra. 
4) Em locuções com palavra repetida.
Ex.: Os adversários estavam cara a cara.
5) Antes de palavra masculina. 
Ex.: Eles chegaram a cavalo.
6) Antes de verbo. 
Ex.: Estava prestes a chorar.
7) Com a antes de plural.
Ex.: Não se prendia a coisas materiais.
Obs.: Usando-se o artigo, haverá o acento.
Ex.: Não se prendia às coisas materiais. (Não se prendia aos bens materiais) 
8) Antes de:
● artigo indefinido, claro ou oculto
Ex.: Aspirava a uma posição melhor. (Aspirava a um emprego melhor)
 Jamais assisti a peça tão fraca. (a uma peça tão fraca / a um filme tão fraco)
● pronome indefinido
Ex.: Chegaram a alguma ilha do interior. (Chegaram a algum município do 
interior)
● pronome pessoal, inclusive o de tratamento.
Ex.: Diga a ela que voltarei.
 Já tinha pedido isso a Vossa Senhoria. 
Obs.: Os pronomes de tratamento senhora, senhorita, madame e dona (este 
último
quando acompanhado de adjetivo) admitem o acento de crase.
Ex.: Dirigiu-se à senhorita Denise.
● esta e essa
Ex.: Diga a verdade a essa funcionária.
9) Antes de nomes de vultos históricos.
Ex.: Referiu-se a Joana d’Arc.
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Obs.: Com determinação, aparece o acento.
Ex.: Referiu-se à valente Joana d’Arc.
10) Antes de Nossa Senhora e Maria Santíssima.
Ex.: Farei uma prece a Nossa Senhora.
Observações finais 
a) Há duas expressões parecidas com a palavra hora.
 Das oito às dez horas (as horas do relógio)
 De oito a dez horas (idéia de duração)
 É errado dizer “de oito às dez horas”, como normalmente se encontra por aí.
b) Veja as expressões abaixo, igualmente parecidas.
 Meu colega vivia à toa. (à toa − locução adverbial de modo)
 Ele é um homem à-toa. (à-toa − adjetivo)
c) Quando se diz “Voltei à uma hora”, não há erro de crase porque uma é 
numeral, e não artigo indefinido; veja o caso obrigatório com a palavra hora. 
c) Em expressões do tipo aquela hora, aquele minuto etc., pode haver o acento 
por se tratar de indicação de tempo. O macete é trocar por naquela ou naquele.
Ex.: Àquela hora, todos estavam cansados.
 Naquela hora, todos estavam cansados.
d) Veja algumas frases em que a presença do acento altera o sentido. 
 Bateu a porta. (Empurrou a porta para fechá-la)
 Bateu à porta. (Chamou)
 Chegou a tarde. (entardeceu)
 Chegou à tarde. (Ele chegou de tarde)
 Saiu a francesa. (A mulher francesa saiu)
 Saiu à francesa. (Saiu sem ninguém notar) 
 Trabalhavam as cegas. (Mulheres cegas trabalhavam)
 Trabalhavam às cegas. (Trabalhavam sem saber direito o que faziam)
 Escreveu a mulher uma carta. (Ela escreveu uma carta)
 Escreveu à mulher uma carta. (Ele mandou uma carta para a mulher)
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EXERCÍCIOS
312) Indique o erro no emprego do acento indicativo de crase.
 a) Enviei a encomenda à portaria.
 b) Voltando à escola, pegou a pasta do irmão. 
 c) Ele tem livre acesso à qualquer empresa.
 d) Permaneceram junto à parede.
313) Assinale o erro no emprego do acento indicativo de crase.
 a) Levei meu irmão à biblioteca.
 b) Eles voltaram à cena do crime.
 c) Entreguei os livros à professora. 
 d) Não se adaptava à nenhuma atividade. 
314) Há erro de crase na opção: 
 a) Mandaremos um cartão às pessoas ausentes.
 b) Era imensa sua dedicação à pátria. 
 c) Graças à enfermeira, ele não morreu.
 d) Explique à esta funcionária o problema.
315) Há erro de crase somente na seguinte alternativa:
 a) Ninguém irá à Polônia nem à Turquia. 
 b) Mandarei à Itália o meu assessor. 
 c) Pretendo ir à Cuba ou à Argentina em dezembro.
 d) Chegando à encantadora Florianópolis, procurou o amigo.
316) Assinale o erro de crase.
 a) Se você for à Romênia, visite meus avós.
 b) Regressando à Lisboa, farei o que me pediste. 
 c) Viajarei logo a Petrópolis.
 d) Quando cheguei à Suíça, fazia frio.
 317) Aponte a frase com erro de crase.
 a) Poucos alunos compareceram à prova.
 b) Não fiques alheio à dor do teu irmão.
 c) Ele agiu com total respeito à vizinha.
 d) Aquilo me cheirava à trapaça.
318) Marque a única frase correta quanto ao emprego do acento de crase.
 a) Seu amor à pátria e às causas do povo levou-o à uma grande vitória. 
 b) Mesmo estudando a matéria, não chegou à conclusão alguma.
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 c) Encaminhe-se a diretoria e peça a documentação. 
 d) Às alunas que se dedicaram serão dadas as medalhas.
319) Preencha as lacunase anote a alternativa adequada.
 Graças........ela fiquei bom. 
 Faltamos.........reunião. 
 Uma foto foi anexada.......petição. 
 Disse aquilo........cada vendedora.
 a) a, à, à, a 
 b) à, à, a, à 
 c) a, à, a, a
 d) à, à, à, a 
320) Preencha as lacunas e assinale a opção correspondente. 
 Recomendei ....... meninas que voltassem. 
 Todos foram........pé. 
 Voltarei........Portugal. 
 Compramos........ melhores roupas. 
 Entreguei..........mulher alguns perfumes. 
 a) às, a, a, as, à 
 b) às, à, a, as, a 
 c) as, a, à, às, à 
 d) às, a, a, às, à
321) Marque o erro de crase.
 a) Pedimos à garota que falasse baixo. 
 b) Chegarás à Alemanha em novembro.
 c) Ninguém fez mal à você.
 d) Informei à revista o meu ponto de vista. 
322) A frase que não deve levar acento de crase é.
 a) Ele fez tudo as escondidas. 
 b) Estávamos a mercê das ondas. 
 c) Fiquei a par dos acontecimentos. 
 d) Elas foram levadas a força.
323) Estão corretas quanto ao emprego do acento de crase as frases seguintes, 
 exceto:
 a) Estudou à beça para o concurso.
 b) Iremos à certa cidade do interior.
 c) Ele vive à sombra do tio.
 d) Por favor, encaminhe-se àquela loja. 
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324) Há erro de crase em:
 a) Essa máquina é idêntica à que você recomendou.
 b) Entreguei a chave à que chegou primeiro. 
 c) Minha casa é inferior à que ele tem. 
 d) Não me convenceu a história à que fizeram referência.
325) A frase que não deve levar acento de crase é:
 a) Permanecia a beira do abismo.
 b) Quero deixar isso as claras.
 c) Ele desmaiou a caminho de casa.
 d) As vezes, resolvia falar. 
326) Contraria a norma culta da língua quanto ao acento de crase a seguinte 
sentença:
 a) O ônibus dobrou à direita. 
 b) Ele tem um caminhão à frete. 
 c) Estou à disposição de vocês.
 d) Esse garoto só irá à força.
327) Assinale a frase imperfeita no que diz respeito ao acento de crase. 
 a) Minha camisa é igual à que você tem. 
 b) A gravata é idêntica à de cima.
 c) Demos o troféu à que fez mais pontos.
 d) Estava quebrada a cadeira à que ele se dirigiu.
328) Assinale o erro de crase.
 a) Minha amiga, a qual pedi desculpas, viajou para a Europa. 
 b) João, lembre àquele senhor que faltará energia na cidade.
 c) Mauro sempre fugia à responsabilidade.
 d) Levei-o à cidade. 
329) Só não há erro de crase em:
 a) Levaram o produto porta à porta. 
 b) Aquela hora não era apropriada para discussões.
 c) Aquela hora, todos já haviam saído. 
 d) Diga isso à quem quer ouvir.
330) O acento indicativo de crase só não é facultativo em:
 a) Viajou à Suécia com o amigo.
 b) Eles andaram até à fonte.
 c) Enviarei um telegrama à nossa tia.
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 d) O jovem se declarou à Helena.
331) O acento de crase é facultativo na seguinte opção. 
 a) Entreguei os presentes às minhas filhas.
 b) Sairemos à tarde.
 c) Explicamos à diretora o que nos aconteceu.
 d) Ainda não fui à França.
332) Marque a frase sem erro de crase.
 a) Estavam todos à conversar. 
 b) Queria ser útil à comunidade. 
 c) Levava as pessoas pobres algum alimento. 
 d) Mais uma vez, ficamos frente à frente.
333) Assinale a frase que não contraria a norma culta quanto ao acento de crase.
 a) Nossa ida à Brasília foi proveitosa. 
 b) Sempre fui leal à V.Exª.
 c) Entreguei o documento aquela senhora.
 d) Andavam as cegas pela rua.
334) Aponte a frase com erro de crase.
 a) Estudamos a proposta.
 b) Estavam a caminho do trabalho.
 c) Não irei à feira hoje.
 d) Obedeça a esta ordem, mas não aquela.
335) Há erro de crase em:
 a) Ela se candidatou à deputada estadual.
 b) Recorri à enfermeira que mora no prédio.
 c) Voltarei à linda Porto Alegre.
 d) Solicitei à jornalista que anotasse tudo.
336) O acento de crase só é inadmissível na seguinte opção:
 a) Pedirei à tua mãe uma orientação.
 b) Aludimos à cada ilha da região.
 c) Nós nos encontramos à uma hora.
 d) Viajarei à Teresópolis dos meus sonhos.
337) Assinale a única frase perfeita quanto ao emprego do acento de crase.
 a) A aula será das nove as onze. 
 b) Comprou canetas as dúzias.
 c) Triste e sozinho, pôs-se à chorar.
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 d) Ficamos a razoável distância. 
338) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correspondente. 
 Irei.......casa brevemente. 
 Retornem......base. 
 Carlos não é dado........fofocas.
 Ele é igual......mãe. 
 Ficou......frente de todos. 
 a) à, à, à, à, a
 b) a, à, a, à, à 
 c) à, a, a, a, à
 d) a, a, à, à, a
339) Observe as frases abaixo.
 I − Elogiei à Teresa.
 II − Foram escolhidos à dedo. 
 III − Estou à disposição da família.
 IV − Saboreou um peixe à brasileira.
 Quanto ao acento de crase, estão certas as frases dos itens: 
 a) I, III e IV
 b) III e IV
 c) I, II e III
 d) I e IV
340) Há erro de crase na opção seguinte: 
 a) É um canto de louvor à vida. 
 b) Caminhavam à passos largos.
 c) Ele andava às tontas pela casa.
 d) Estávamos todos à mesa. 
341) (EFOMM) Assinale a frase em que é obrigatório o acento da crase. 
 a) Agradeceu as irmãs o apoio recebido.
 b) Estarei lá desde as quatro horas da tarde.
 c) Escrevi a minha mãe, avisando-a da minha chegada. 
 d) Dirijo-me apenas a você.
 e) Minha amiga se candidatou a Rainha da Primavera.
342) (TALCRIM) "Não se trata de uma apologia às bermudas, longe disso."
 Na frase destacada, observa-se o correto emprego do acento indicador da crase. Esse
acento foi incorretamente usado na seguinte frase:
 a) O uso da gravata é até mesmo prejudicial à saúde.
 b) Era contrário à orientação de abolir o paletó e a gravata. 
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 c) A entrada será franqueada às pessoas que usarem paletó e gravata. 
 d) Mostrou-se indiferente à opinião de que paletó é roupa ultrapassada.
 e) A testemunha não fez referência à pessoa alguma em seu depoimento.
343) (TRF) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta.
 "Comunicamos ..........V.Sª que encaminhamos ........petição anexa.........
Divisão de Fiscalização que está apta........prestar........informações solicitadas." 
 a) a, a, à, a, as 
 b) à, a, à, a, às 
 c) a, à, a, à, as 
 d) à, à, a, à, às

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