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Relatório Anos Iniciais - Projeto Eu e a Minha Cultura


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FRANCIELY FIGUEIREDO DA SILVA
Eu e minha Cultura
Trabalho apresentado como requisito para a aprovação da disciplina de Estágio: 300h, do curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Orientadora: Síntia Lúcia Fae Ebert
Porto Alegre
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3
DESENVOLVIMENTO................................................................................................ 4
DADOS DA ESCOLA E DA TURMA.......................................................................... 4
RELATO DAS OBSERVAÇÕES................................................................................ 6
PROJETO E REFLEXÕES....................................................................................... 10
AVALIAÇÃO E REFLEXÃO FINAL.......................................................................... 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 27
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 28
ANEXOS .................................................................................................................. 30
1. INTRODUÇÃO
A disciplina de Estágio: 300h tem como objetivo nos direcionar para pensar numa organização, planejamento e, posteriormente, a prática e avaliação do desempenho individual como docente e dos alunos. É a partir das observações em sala de aula que pude refletir sobre o universo da escola e elaborar um projeto a ser trabalhando com os alunos.
A finalidade deste relatório é sintetizar as atividades realizadas durante o período de prática de Estágio Curricular, disciplina integrante do curso de Pedagogia. Foram realizadas cento e cinquenta horas de estágio supervisionado, executadas na Escola Estadual de Ensino Fundamental Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, situada à Rua Tunísia, 60, Bairro Jardim Itati, Porto Alegre – RS.
Durante o período de estágio, foi possível exercer a docência e sentir um pouco do universo de sala de aula e da escola. O intuito era obter conhecimento de sala de aula, um pouco de gestão escolar (Direção, SOE e SSE) e da rotina dos espaços da escola. O maior objetivo era pôr em prática as competências aprendidas em aula até então, que são essenciais ao ser professor. A participação efetiva nas orientações na FACED/PUCRS também foi de uma grande riqueza, pois pudemos trocar experiências e receber sugestões e direções de nossa supervisora, além do contato constante com ela, que sempre atenta, nos respondia com rapidez e eficiência a cada “grito” que demos. Estas aulas e contatos oportunizam a reflexão da experiência vivenciada na escola, articulando teoria e prática.
O relatório a seguir, apresentará questões significativas, momentos e experiências vividos, anotações das observações, as reflexões semanais e questionamentos embasados nas teorias estudadas até o presente momento, dados do projeto pedagógico exercido, aprendizagens e dificuldades vivenciadas na turma do 2º ano (T: 21) da Escola Brigadeiro.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Caracterização da escola e da turma
 
A escola escolhida fica próxima a que trabalho pela manhã. No mês de junho, quando comecei a trabalhar por ali, uma colega de trabalho indicou-me a escola Brigadeiro. 
À noite, quando cheguei à aula, uma professora falou sobre a mesma escola e muito bem, dando ótimas referências, e eu, mais do que nunca tive certeza de que era lá que faria. No dia seguinte fui até lá com minha colega Taciana, no início da tarde. Ao chegarmos na escola, conversamos com a supervisora que logo se prontificou em abrir espaço para que pudéssemos exercer nossa prática docente. Nossa conversa foi bem agradável e nos motivou muito. Ela ofereceu duas turmas, a 21 e a 31, sendo respectivamente segundo e terceiro ano. Como ainda era junho e a prática seria apenas para agosto, deixamos nossos contatos com ela e também fomos mantendo vínculo para não perder a oportunidade.
Chegando o dia da observação, fomos recebidas pela mesma supervisora e levadas até as salas. Fui muito bem recebida pela professora titular, uma senhora muito amável, que possui 20 anos na área. Ela é formada no curso Normal de Magistério e em Pedagogia. Participa das formações continuadas proporcionadas pelo Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, com encontros quinzenais.
A escola possui um pátio amplo, com uma quadra de concreto pintada com limites para jogos e duas praças, sendo uma para uso da Educação Infantil e dos primeiros anos e a outra para uso dos demais alunos dos anos iniciais. Há três prédios, dois de concreto e um de madeira, onde funciona a sala de aula de capoeira e taekwondo. O prédio principal possui três andares, sendo no primeiro andar a parte administrativa (SOE, SSE, Secretaria, Direção, Vice – direção, sala dos professores e refeitório, além do saguão de entrada). No segundo e terceiro funcionam as salas de aula do segundo ao nono ano, sendo anos finais pela manhã e anos iniciais à tarde. No segundo andar funciona a biblioteca e no terceiro a sala de recursos (AEE) e sala de áudio e vídeo.
Meu sentimento em relação à escola é de muita gratidão. Lá me sinto professora, valorizada, as pessoas se tratam dignamente e o respeito acontece. Desde as funcionárias da limpeza e refeitório até o diretor da escola, a vice, a supervisora, todos me tratam muito bem e com muito carinho. Sem contar os recursos disponíveis na escola, onde temos Xerox a nossa disposição, materiais escolares, livre acesso no refeitório, liberdade para pedir favores e o melhor, a parceria com as famílias.
A turma é formada por 19 alunos, sendo a maioria meninos. Há duas inclusões, porém uma sem laudo. Há um caso de desvio de conduta que me preocupa muito, mas no geral, a turma se dá muito bem e consegue realizar coisas maravilhosas juntos.
2.2 Relato das observações
· Dia 10 de Agosto (segunda – feira)
No primeiro dia das observações, cheguei à escola e me dirigi à sala da Supervisora, onde ela e minha colega estavam me aguardando. Dirigimo-nos até a sala de aula e fui apresentada a professora. Quando entrei, a professora me recebeu muito bem e chamou atenção da turma para que ela pudesse me apresentar a eles. Depois disso, um a um disse seu nome e ao final eu pude dizer o meu.
A professora me colocou a par do que estava acontecendo na aula. No quadro estava escrito a rotina da seguinte forma:
- Numerais até 100 (Adição);
- Recorte e colagem de palavras;
- Educação Física.
Procurei um lugar na sala e me assentei. Uma das alunas que estava sentada próxima a mim, fez um desenho meu e depois me ofereceu. 
Quanto à aula, em virtude de uma eventualidade de horário, a educação física foi feita em horário diferente, às 14h00min, em vez de ser no último período. Descemos até o ginásio e todos foram calmamente até lá. Uma aluna me deu a mão e pediu que eu fosse ao seu lado. Ao chegarmos à quadra a maioria dos alunos ficou atenta a ordem da professora, com exceção de três meninos. Ela os chamou e pediu que sentassem um pouco, após, comunicou ao resto da turma que seria brinquedo livre. Alguns jogaram futebol, outros brincaram de “cachorrinho”, brincadeira batizada por eles, onde um amarra a corda no tronco e outro o puxa como se fosse um cachorro. Não há separação de gênero, meninos e meninas brincam juntos tranquilamente. Aproveitei o momento para conversar com a professora e fazer algumas combinações. Ela me falou da turma e de como trabalha os conteúdos. Combinamos que toda a semana ela me passará o conteúdo que trabalhará para que eu desenvolva o plano de aula. Percebi que a professora é muito querida pela turma e toda hora algum aluno vem beijá-la ou dar um abraço. Chegando ao final do período, a professora apitou, chamando a atenção dos alunos para fazerem a fila e retornar para a sala de aula. Achei engraçado eles reclamando com um sonoro “aaaah” ao som do apito,mas mesmo assim obedeceram ao toque da professora.
Ao retornarmos à sala, tomei o meu lugar e continuei minhas anotações. A professora seguiu sua aula e entregou a eles duas folhas com atividades de matemática, onde trabalhava quantidades, unidade e dezena, números até 100, operações de adição e um caça – palavras com os nomes dos números que foram os resultados. Ela explicou passo – a – passo cada atividade e eles iniciaram. Ela auxiliou a todos com um jeito bem carinhoso e acessível. Chegando a hora do lanche, a professora os comunicou que o cardápio era sagu e que quem quisesse, poderia descer para lanchar. A maioria ficou na sala de aula e continuou a fazer os exercícios.
· Dia 11 de Agosto (terça – feira)
A tarde de hoje iniciou com um aviso do diretor no pátio escola em relação ao momento que o magistério estadual vive, a questão da possível greve das escolas. Todos ouviram e se dirigiram para suas salas. 
Quando cheguei à sala, fui recebida muito bem pela professora e pelos alunos. A aula iniciou tranquila e a professora, de um modo geral, consegue executar seu plano tranquilamente. O grupo de alunos é bem tranquilo e faz suas tarefas. Alguns necessitam da ajuda da professora, por apresentarem dificuldades e possuírem deficiência intelectual. Estes recebem uma atenção a mais e mesmo com suas limitações, acompanham e participam da aula. No quadro estava registrada a rotina da tarde:
- Dia do Estudante;
- Leitura e Interpretação;
- Palavras com G;
- Representação do numeral no material dourado.
Iniciariam com uma atividade que trabalha com a família silábica do G e logo após, a professora entregou uma leitura xerocada de uma fábula sobre uma girafa, onde eles tiveram que dar um título para a história. Percebi que a turma desenvolve muito bem as atividades e com o incentivo da professora tudo corre bem. Eles se esforçam para ler, para completar as atividades e acertar todas. 
A relação dos alunos com a professora é ótima, eles a obedecem e a respeitam muito. Gosto do jeito como ela se dirige a eles, com muito amor, carinho e respeito. Ganhei um pirulito da professora pelo dia do estudante.
· Dia 12 de Agosto (quarta – feira)
Por decisão do CPERS (Sindicato dos Professores do RS) não haverá aula na escola neste dia.
· Dia 13 de Agosto (quinta – feira)
A aula de hoje iniciou muito tranquila. Os alunos já me conhecem e alguns vêm me abraçar no pátio. Subimos para a sala de aula a professora iniciou a aula. Ela explicou a rotina abaixo e iniciou a aula de matemática. 
- Leitura e interpretação de texto;
- Sequência numérica e vizinhos;
- Produção textual: Como seria o meu gatinho?
Os alunos estão bem habituados com as operações e percebo que têm poucos com dificuldades. Realizaram as continhas no caderno, utilizando o quadro de ordens de dezena e unidade. Depois, foram convidados pela professora a corrigirem no quadro. Particularmente, gosto muito desta prática. Identifico-me muito com ela, com a forma que ela trata os alunos e a maneira com que passa o conteúdo.
Na hora do lanche, houve um probleminha entre os alunos, uma pequena bagunça, mas a professora mediou bem a situação. Na volta do lanche, iniciaram a atividade de produção textual e desenho da história: “Como seria o meu Gatinho?” Tudo correu super bem durante a tarde.
· Dia 14 de Agosto (sexta – feira)
A aula de hoje foi dada por uma professora substituta, que por sinal muito querida na escola. A professora titular precisou viajar por isso a presença da substituta. 
A aula era sobre o folclore. A professora separou os alunos em grupos mistos e iniciaram os trabalhos. Separados em três grupos, cada um ganhou um tema para pesquisar nos livros. Percebi que a turma trabalha bem em grupo e que não há muitos preconceitos entre eles. A turma gosta de se ajudar, de trabalharem unidos. Tudo correu bem e ao concluírem os trabalhos os grupos apresentaram. A professora elogiou os trabalhos e após isso, todos foram expostos ao fundo da sala, no varal.
Durante a semana os alunos saíram as 16h, em virtude da redução de carga horária dos professores do estado.
2.3 Projeto e reflexões:
Dados do projeto
Tema: Eu e minha Cultura
Turma: 2º Ano (21)
Período: 10/08/2015 à 02/10/2015
Turno: Tarde
Horário: 13h: 30min às 17h: 30min – 18h
JUSTIFICATIVA:
O presente projeto nasceu de uma conversa com a professora titular da turma acerca dos conteúdos que serão abordados. O desenvolvimento deste projeto visa repassar aos alunos um pouco da história da nossa região, da cultura, costumes, através das datas comemorativas que viveremos durante a aplicação do projeto, contextualizando com suas realidades e fatos da infância dos dias de hoje, como por exemplo, o apego à tecnologia de fácil acesso, celulares, televisão, computadores, tablets, etc, aparelhos estes que por muitas vezes tomam o lugar dos bons e velhos brinquedos e brincadeiras em grupos.
Observa-se uma necessidade nos alunos em compreender e valorizar a diversidade cultural existente na localidade e região que estão inseridos, a história, os valores e as tradições. Considera-se também importante levar-se em conta a realidade cultural dos alunos da turma, para que o projeto aplicado faça-se significativo.
OBJETIVO GERAL: 
Resgatar a cultura local e nacional, bem como oportunizar vivências e experiências significativas, indo ao encontro de suas realidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· LINGUAGEM ORAL E ESCRITA:
· Adquirir uma leitura mais fluente, utilizando textos e livros;
· Valorizar textos folclóricos considerando-os como patrimônio cultural que deve ser preservado; 
· Desenvolver linguagem oral, escrita e artística, ampliando o vocabulário e explorando riquezas dos textos e brincadeiras folclóricas; 
· Estimular a fantasia e imaginação através de pesquisas e reconstruções;
· Apreciar e participar de contações de histórias;
· Conhecer semelhanças e diferenças entre os gêneros da escrita, presentes no folclore brasileiro;
· Responder a questionamentos e realizar atividades que requeiram interpretação dos textos;
· Produzir frases e textos coerentes com o tema.
· MATEMÁTICA:
· Reconhecer os numerais de 0 a 100.
· Relacionar número e quantidade;
· Reconhecer os sinais das operações de adição e subtração e saber resolvê-las dentro e fora do quadro de ordens.
· Interpretar, apontar a operação e resolver a situação proposta em histórias matemáticas.
· Compreender e ler gráficos e tabelas;
· Aprender a escrita dos números por extenso;
· Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem e relações espaciais;
· CIÊNCIAS:
· Conhecer a culinária de cada região do país;
· Reconhecer os alimentos e o seu lugar na pirâmide alimentícia;
· Conhecer e entender o clima e vegetação presente em cada região;
· Trabalhar e identificar as estações do ano;
· Reconhecer a importância da água no país e no mundo.
· HISTÓRIA E GEOGRAFIA:
· Resgatar a nossa cultura popular por meio do folclore nacional regional;
· Conhecer crendices e costumes do país e da região
· Repassar valores culturais;
· Pesquisar e registrar as diversas manifestações culturais do folclore de cada região;
· EDUCAÇÃO FÍSICA E ARTÍSTICA:
· Participar de atividades de educação física, demonstrando atenção, respeito pelos colegas e cooperação.
· Desenvolver a expressão oral e corporal, coordenação motora fina e grossa, percepção auditiva, visual, ritmo e a criatividade através de músicas, danças, brincadeiras folclóricas e culturais, viabilizando a socialização.
· Produzir trabalhos de arte individual e em grupo, utilizando linguagem do desenho, da pintura, da colagem e da construção.
· Construir pequenos brinquedos, fantoches e bonecos feitos de sucata para brincadeiras e dramatizações em aula;
· Produzir sons com instrumentos feitos de sucata e com o próprio corpo;
· ENSINO RELIGIOSO:
· Conhecer sobre religiões e crenças
ATIVIDADES:
· Atividade Desencadeadora: Construção do Painel: O nosso projeto será... 
Será construído um painel com as figuras trazidas pelos alunos e pela professoraque representam o folclore nacional e regional, imagens que representem a cultura do país e do nosso estado. A construção será feita coletivamente, pondo um cartaz “gigante” no centro da sala de aula, de modo que todos tenham acesso à colagem das figuras, com o auxílio da professora. Ao final, o painel será colado do lado de fora da sala de aula para visão de todos.
· Atividade de Culminância: Exposição dos materiais produzidos durante o projeto: Livro do Folclore, painéis, pinturas...
DIAGNÓSTICO SOBRE O TEMA:
	O que sabemos?
	O que queremos aprender?
	Como poderemos aprender?
	· Podemos fazer coisas com ela;
· São coisas de um país;
· Podemos aprender com ela;
· Vem da imaginação;
· Nós fazemos a cultura
	· O que ela é;
· As leis do país;
· Sobre Futebol;
· Aprender a ler e escrever melhor;
· Fazer arte e desenhar;
· Coisas que podem virar realidade.
	· Prestar atenção;
· Ficar em silêncio;
· Fazer coisas novas;
· Estudar;
· Respeitar os colegas e a professora;
· Fazer as tarefas;
· Ser assíduo;
· Pesquisar.
RECURSOS:
· HUMANOS: Professora e alunos.
· MATERIAIS: Papel sulfite, caderno, lápis caneta, cartolina, papel pardo, papel colorset, grampeador, lápis de cor, giz de cera, cola, tesoura, tinta, pincel revistas, notebook.
2.3 Reflexões semanais
Semana 1: 17 à 21/08
A primeira semana foi bem intensa e desafiadora. No primeiro dia a ansiedade era grande, mas tudo correu bem. Pude sentir os alunos, suas habilidades, anseios e dificuldades.
Num primeiro momento a turma tentou me testar, para ver se conseguiam o que queriam. Aos poucos adaptamo-nos ao novo e nos demos muito bem. Eles são muito amáveis, carinhosos, respeitosos e solidários uns com os outros. Apreciam trabalhar em grupos e poder ajudar uns aos outros. Como diz Vygotsky, é na interação com o outro que as crianças constroem as verdadeiras aprendizagens, aquelas mais significativas. 
Os dias foram passando e eu pude perceber um pouco das necessidades e personalidade de cada um. Uns são mais habilidosos para desenhar, outros para escrever, para calcular e assim eles se completam. 
No primeiro dia tivemos a aula de educação física e ali o primeiro obstáculo: a relutância dos meninos para realizarem outras atividades que não seja jogar futebol. Precisei negociar com eles para que realizassem a atividade e depois eles puderam jogar. Durante a semana eles mostraram gostar do projeto e realizaram. Gostaram das charadas, das lendas, das atividades de matemática, de tudo que até agora fizemos. A turma é muito ágil, mas ainda preciso motivar alguns para acompanhar. 
Ainda estamos com horário reduzido e paralisação em um dia da semana. Construímos juntos novas regras para serem seguidas nas aulas, falamos sobre religiões e crenças, sobre TV e a sua influência e para encerrar a semana fizemos a parlenda dos dedinhos, nosso primeiro trabalho exposto em sala de aula.
No decorrer da semana, pude identificar os desejos do que aprender o que eles já sabiam através da aplicação de um diagnóstico. Para Zabala (2010, p.38), para a aprendizagem tornar-se significativa – intervém, junto as capacidades cognitivas, fatores vinculados às capacidades de equilíbrio pessoal, de relação interpessoal e de inserção social. Em outras palavras, importa considerar o que eles já sabem, o que dominam sobre o assunto. Meirieu narra muito bem o fato citado anteriormente:
“O professor deve sugerir projetos diversificados, concebidos de maneira tal que os alunos possam aderir a eles e encontrar, em sua execução, um objetivo – obstáculo que constitua um patamar decisivo para uma aprendizagem”. (Meirieu, 2005, p. 87)
Em minha concepção, o ponto de partida se inicia na observação e que a partir dela é preciso planejar aulas dinâmicas, para que o aluno seja o autor do próprio processo de construção do conhecimento, auxiliado pelo educador. Não apenas aulas de quadro e giz, onde um atrás do outro, sentam-se e produzem como máquinas, mas mudar a configuração da sala, permitir grupos para que se ajudem, trocar o caderno por cartazes e folhas, por sucatas, lápis por giz, por pedrinha para escrever no chão. Uns precisam dos outros e alguns muito mais. Para esse esta reflexão, trago o que Freire diz:
“O fato de ele (aluno) necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação pedagógica, não significa anular a sua criatividade e sua responsabilidade na construção da linguagem escrita e na leitura dessa linguagem.” (Freire, 2006 p. 19)
Quero levá-los a refletir, pensar, agir, terem autonomia, saber interpretar. Não quero de forma alguma anular seus pensamentos, mas puder ajudar a chegar a uma conclusão. Esta autonomia que desejo que eles desenvolvam através do projeto, deve ser percebida e construída não apenas na escola, mas que a escrita e a leitura, as problemáticas estão presentes em todos os lugares, como cita Batista:
“Um ambiente alfabetizador natural existe o tempo todo, seja nas ruas, nos logradouros, nos pontos de ônibus, no comércio, nas estradas, nas empresas e principalmente na televisão, veículo de comunicação que se caracteriza por uma proximidade muito grande com a criança. Portanto não há como desconsiderar o que as crianças das classes de alfabetização já sabem e quais suas experiências com o mundo da escrita.” (Batista, 2009 p.84)
Quero, para as próximas semanas, planejar de acordo com os desejos e com as dificuldades apresentadas, para que de forma direta, minha prática ajude-os a melhorar cada vez mais a escrita, a leitura, o calcular, o interpretar. 
Semana 2: 24 à 28/08
As tardes desta semana foram completas e bem intensas. Voltamos a ter aula a tarde toda, no horário normal, até às 17h30min. 
 Tivemos trabalhos muito significativos. Iniciamos com o dia do folclore, assunto muito dominado por eles. São expert neste assunto. Manjam das lendas, de personagens, deram um show durante esta semana. Percebi que esta turma está muito avançada em relação a outras que já vi. Uma turma de segundo ano onde quase todos leem, escrevem bem, conhecem os números e calculam com os pés nas costas. Meu Deus! Estou impressionada de verdade com as habilidades deles. Vogais e consoantes é fichinha pra eles. Cálculos simples eles dominam de ponta cabeça. Senti que eles querem mais, muito mais. Gostaria de poder ir mais além com eles, mas a professora titular me deu “freio”, pois algumas coisas não estão prescritas na grade curricular do ano.
Levei um livro para utilizar em algumas aulas, “Folclore Brasileiro”, da Turma da Mônica, com autoria de Maurício de Souza. Os alunos amaram tanto o livro que até briga deu para poder ficar um pouco com ele. Queriam ler, dizer as charadas, ver as imagens que eram bem coloridas. Realmente o livro era lindo.
Um fato ocorrido na semana foi uma atitude atrevida da aluna que possui desvio de conduta. Ela não pode ser contrariada, e quando isto acontece, ela se revolta, fica brava, derruba as coisas que vê pela frente, grita, responde à professora. Como isto não é novidade para mim, devido a outras experiências que já tive, soube contornar o caso. A presença da titular também me ajuda muito em relação a isso. Encaminhei a menina para a orientação e algum tempo depois professora foi conversar com ela. Ao retornar a menina me abraçou e pediu desculpas por sua atitude.
A aula de terça-feira foi bem legal. Confeccionamos os soldadinhos de sucata em homenagem ao dia do Soldado. Pintamos, recortamos, colamos foi uma sujeira só, uma curtição, uma descontração que vi que fez bem a eles. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), a arte tem como objetivo ajudar a criança a se desenvolver livremente, a estimular a criatividade e a expressão. A arte desenvolve o pensamento artístico, deixando o particular dar sentido às experiências do exterior, onde a criança aumenta a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. A criança sem o conhecimento das artes tem uma aprendizagem limitada, escapando o faz-de-conta, as cores do seu mundo, os gestos e as luzes (BRASIL, 1997).
As aulas de educação física foram muitoproveitosas. Fizemos atividades em grupos, competições, cooperações e eles também puderam jogar futebol e as meninas brincarem de outras coisas. A confecção do mosaico do Boto – cor – de – rosa ficou linda. Foi demais, eles apreciaram muito o trabalho. A escuta das lendas foi ótima também. A cada lenda contada eles faziam uma contribuição de algo que já sabiam sobre. 
Levei para eles um boneco de pano do personagem “Curupira”. Durante a aula cada um deles ficava um pouco com o tal boneco e fotografaram com ele. A inserção do personagem foi um arraso.
As aulas estão sendo muito boas. A cada dia que passa me surpreendo mais com estes alunos. Eles são demais, já os sinto meus!
Semana 3: 31 à 04/09
Chegou o dia do tão esperado e mais amado personagem do folclore. Estudamos no primeiro dia desta semana o “Saci”. Eles adoraram e deu até briga para ver quem leria o texto.
Trabalhamos palavras com P e B antes de M, ditados, a lenda da Iara, muito adorada pelas meninas. Eles tiveram que escrever um texto sobre o ponto de vista pessoal da Iara. Nossa! Mais uma vez eles me surpreenderam, escreveram muito bem. Que orgulho destes alunos!
Também nesta semana, na quarta – feira, fomos ao cinema. O passeio foi um prêmio que eles ganharam na gincana de festa junina e vinha sendo adiado por conta das férias e da greve. Então o grande dia chegou. Pegamos a van e fomos ao passeio. Foi um barato! Chegamos ao shopping e todos de comportaram muito bem. Vimos o filme “Carrossel”, muito legal por sinal. Até eu amei a historia. Foi uma tarde inesquecível que passei ao lado deles. 
Como estávamos na semana da pátria, fizemos algumas atividades relacionadas ao tema. Trabalhamos a Independência, assunto que mexeu com eles. Tinham muitas curiosidades em saber diversas coisas. O hino nacional apaixona a eles. Durante os ensaios era lindo de ver o empenho deles para cantar bem certinho a letra. Foi uma pena que tivemos uma semana chuvosa e não foi possível ter a hora cívica. Em compensação, confeccionamos uns óculos e uma viseira do Brasil. Eles adoraram. Desfilaram pela escola com os adornos produzidos por eles. Também na sexta – feira, confeccionamos a bandeira do Brasil, utilizando a palma da mão com tinta para pintá-la. E bem neste momento a professora Síntia chegou para nos visitar. Foi muito boa sua presença. Pensei que ficaria nervosa, mas pelo contrário, ela até ajudou na atividade e me deixou super tranquila. 
Sobre o amor à pátria que deve ser despertado nas crianças, deixo um pensamento de Sèneca (4a.c. - 65d.c.) que traduz bem o sentimento do brasileiro quando diz que "Ninguém ama sua pátria porque ela é grande, mas porque é sua". 
Estas experiências me fazem refletir sobre o meu lugar quanto professora e tudo que venho aprendendo com eles. Durante o dia, nos finais de semana eu penso neles, se estão bem, se conseguiram realizar as tarefas de casa se gostaram das aulas, suas relações familiares. Acredito fortemente que isto se concebe quando se cria um vínculo forte com o grupo. Sinto-me responsável por eles, como se fosse sua professora mesmo. Já tenho um sentimento forte demais, um amor de mãe por cada um deles. 
Semana 4: 08 à 11/09
A quarta semana de estágio foi bem reflexiva. Trabalhamos sobre o meio ambiente, a Amazônia, e coloquei-os a pensarem sobre tudo o que acontece com a natureza. Eles elaboraram respostas para algumas indagações que os fiz sobre o lixo de casa, o uso da água e os cuidados com o meio ambiente. A frase a seguir relata a importância de uma reflexão das nossas atitudes como cidadãos em relação ao meio ambiente:
“A terra é capaz de absorver as necessidades dos homens, mas não a ganância. Sejamos nós a mudança que nós queremos para o mundo” (Mahatma Gandhi)
Uma coisa que notei foi um pouco de preguiça em alguns. Passei um texto no quadro sobre o dia da Amazônia e alguns reclamaram de ter que copiar tudo. Conversamos a respeito disso e disse a eles que a cópia do quadro também é importante para o desenvolvimento da escrita. 
Desenvolvemos atividades de matemática, uso da calculadora e a sequência de números até 100. Outro assunto que mexeu muito com eles foi os elementos naturais e culturais, onde falamos sobre as modificações das paisagens. Vimos vídeos explicativos, o que chamou muito a atenção deles. O uso destes equipamentos em sala de aula enriquece muito o aprender dos alunos. Zabala (1998, p. 184) diz que os avanços tecnológicos nos permitem dispor de instrumentos com novas utilidades e capacidades. A combinação da informática e do vídeo com o uso de CD – Rom abre muitas possibilidades. A interação do suporte da informática, com as imagens estáticas ou em movimento, e a capacidade de interagir garantem que as emulações, a busca de informação ou o trabalho de sistematização sejam cada vez mais ricos.
Na sexta – feira desta semana, realizei um retiro e não fui à escola. Já havia combinado com a minha supervisora e com a titular da turma com bastante antecedência, para nos programarmos. Deixei o plano de aula para ela executar e no meu retorno, ela disse que correu tudo bem. Os alunos trabalharam agrupamentos, noções de divisão e organização do espaço da sala e dos alunos dentro dela. Ao final, eles tiveram de apresentar seus resultados a todos, já que realizaram em grupo.
Foi realizada também nesta semana a construção de brinquedos de sucata que juntamos ao longo das semanas. Eles construíram em aula e alguns concluíram em casa. Segundo a professora titular, deu tudo certo, eles curtiram muito esta atividade e fizeram brinquedos muito divertidos e criativos, desde aviões, robôs, ônibus, bonecas, binóculos, entre outros.
“A “sucata” contribui para um desenvolvimento lúdico em sala de aula, uma vez que facilita a aprendizagem, é também fator relevante para o processo de socialização, através da comunicação e da expressão da criança. Além disso, como já foi abordado, o uso do brinquedo-sucata na sala de aula é importante por incentivar a criatividade, oportunizando o manuseio de diversos tipos de material sucateado.” (Autor desconhecido)
A semana foi muito proveitosa e espero que as próximas sejam assim, de bastante criatividade, aprendizados e desafios.
Semana 5: 14 à 18/09
Chegamos à Semana Farroupilha, dias de muita festa e alegria para nós gaúchos. Foi hora de despertar neles ainda mais o amor pelo nosso estado e relembrar alguns dos eventos mais importantes para nós, como a Guerra dos Farrapos, conhecer os símbolos gaúchos, costumes, crenças, cultura gaúcha, entre outros.
Os alunos gostaram de desbravar mais sobre a guerra e entender os motivos que levaram os líderes daquela época a lutarem por seus direitos. Trabalhamos os símbolos e seu sentidos, lendas gaúchas como a do Negrinho do Pastoreio e do Umbú, que foi muito significativo para eles. Fizemos um lindo painel de desenhos do Negrinho com sua madrinha, Nossa Senhora da Conceição. Nas aulas de matemática, eles manifestaram a vontade de irem ao quadro resolverem as contas. Era a maior discussão, pois todos queriam ir. Eu estabelecia uma ordem, a fim de contemplar a todos. Nas aulas de língua portuguesa era a mesma coisa. A turma é muito participativa e veloz em suas tarefas.
Achei lindo demais, assim como na semana da pátria, o empenho deles em aprender a pronunciar cada palavra do hino rio-grandense. Todos os dias, chegando ao final da aula, ensaiávamos para a hora cívica. Numa destas horas, recebemos outra vez a visita da professora Síntia. Quando ela chegou à porta da sala foi a maior festa, já que os alunos a conhecem e têm um carinho muito grande. Ela entrou e interagiu com eles, conversou com a professora titular e por fim comigo. Deixou-me tranquila quanto ao meu desempenho. Ter uma professora orientadora e amiga, faz toda a diferença na prática. Com ela me sinto segura.
“A avaliação só nos propiciará condições para a obtenção de uma melhor qualidade de vida se estiver assentada sobre a disposição para acolher, pois é a partir daí que podemos construir qualquer coisa que seja." O professor tem que estar dispostoa transformar a realidade do seu aluno, mas primeiro terá que aceitá-lo do jeito em que se encontra. Ao acolher esse sujeito está dando uma chance de mudança, apresentando novos caminhos construirá, juntamente com ele, uma nova realidade.” (LUCKESI, Carlos.)
Semana 6: 21 à 25/09
Mais uma vez demos ênfase ao meio ambiente, trabalhando o dia da árvore. Vimos conceitos e abordagens sobre este elemento natural tão importante para nossas vidas. 
Foi a vez de marcarmos nossas mãos em uma árvore desenhada num cartaz. As folhas eram as palmas das mãos. Eles enfeitaram como quiseram, colocaram brilhos e frutas na árvore. Foi uma festa, noto que eles adoram coisas lúdicas. Quando ficou pronta, colamos na subida da escada, onde fica visível a todos. 
Uma história contada a eles marcou-os muito, e fez com que lessem e relessem várias vezes na aula, que foi “O sonhos das três árvores”, uma pequena história cristã, que narra a trajetória de três árvores que serviram de suporte durante a vida de Jesus Cristo. Percebi que eles gostaram demais do texto e a interpretação fluiu super bem. Eles têm muito forte a espiritualidade, a crença em Deus. A maioria deles frequenta Igrejas e respeitam-se entre si. Outro fato bem engraçado foi quando contei a eles sobre a existência da palmatória pedagógica, usada antigamente por professoras como método castigador. Eles ficaram apavorados e disseram que nunca querem levar uma palmada dessas. 
Trabalhamos algumas dificuldades ortográficas, como o uso do R e RR, através de cruzadinhas e caça – palavras. Fizemos também uma pequena avaliação do que aprendemos até agora, para que a professora titular também tivesse um retorno e assim concluir os parecerem que devem serem entregues dia 03 de Outubro. Eles responderam e muitas dúvidas surgiram quanto ao preenchimento das respostas. Tivemos que explicar uma a uma das questões, para que eles pudessem refletir. Perguntas como, o que aprendi até agora, o que eu mais gostei, o que eu não aprendi tanto e por quê, e uma avaliação da professora. Esta para eles foi a parte mais difícil. Notei que eles tem medo de avaliar-me ou avaliar a professora titular, talvez por acharem que pudéssemos castiga-los de alguma forma caso não gostássemos do que citaram. É necessário que isto aconteça, pois precisamos de um retorno dos alunos. Para Zabala (1998, p. 210) dificilmente podemos conceber a avaliação como formativa se não desfazermos de algumas maneiras de fazer que impedem mudar as relações ente os alunos e os professores. Tive a oportunidade de participar do conselho de classe das turmas, onde aprendi muito. Foi significativo para mim quanto professora da turma naquele momento, partilhar algumas situações e buscar melhorar a cada aula.
Em fim chegou a primavera e com ela uma decoração linda. Enchemos a sala de flores, passarinhos... Ficou um encanto. E para encerrar a semana, trabalhamos um pouco sobre o trânsito.
Semana 7: 28/09 à 02/10
Chegou a última semana de estágio. Eu nem acredito que já passou. E como foi rápido. Num piscar de olhos passaram-se mais de um mês. Sinto uma tristeza em saber que não estarei mais com eles, por outro lado, conseguirei permanecer na escola para fazer o estágio em Educação Infantil, assim, ainda os verei pelo pátio e pelos corredores.
Trabalhamos coisas bem legais e de certa forma, notei que foi bem construtivo para eles. No primeiro dia da semana, conhecemos o Tesouro, que depois de uma atividade, eles descobriram que o tal tesouro eram eles mesmos. Os meus tesouros lindos. Levei – os a refletir qual o sentido e o valor que eles se dão, sua importância e assim, eles puderam criar um texto sobre si próprio e desenhar uma caricatura sua.
Souza (2010) cita que a autoestima de uma criança está muito relacionada com a sua aprendizagem, uma vez que é através de seus sucessos e fracassos neste âmbito, que durante a infância ocupa a maior parte de sua vida, que ele vai formando o seu autoconceito. Por isso a necessidade de nesta semana trabalhar sobre suas vidas, suas culturas, suas realidades.
Estudamos sobre alimentação saudável, a importância que isto tem para uma boa aprendizagem, refletimos sobre a riqueza dos alimentos, o seu consumo e o desperdício, refletindo que muitos não tem o que comer. Fizemos também dois trabalhos de colagem em folha colorida, onde eles colaram figuras que representam as coisas que eles mais gostam na vida. O outro foi um desafio, onde eles dispunham de R$ 100,00 para gastar num shopping. Eles recortaram de encartes figuras de comidas, brinquedos, roupas, entre outras coisas que eles gostariam de comprar. Realizaram pesquisas sobre seu nome, sua origem e sua família. Construímos ao final um polígrafo sobre a vida de cada um deles.
É chegada a sexta, o último dia com eles. Meu coração está apertado e eu nem sei o que dizer. Preparei a aula, pois tínhamos programado um piquenique, mas devido à chuva não pudemos sair. Que pena! Eles preencheram uma avaliação final e depois seguimos com a festa. Cada um trouxe um prato de doce ou salgado, suco, refrigerante e assim festejamos a nossa convivência. Eles prepararam uma surpresa para mim, um cartão lindo. Também deram-me de presente um diário. Eu amei! 
Durante a semana eu havia preparado uma lembrancinha para eles. Preparei um saquinho com balas de goma e um lápis de escrever. Entreguei a eles e quase todos gostaram, com exceção de um aluno que tem se mostrado bem revoltado ultimamente. Ele não quis pegar a lembrança, o que me deixou bem triste. A professora titular viu e reprendeu a ele. Mas depois ficou tudo bem.
Tiramos uma foto e eles abraçaram-me um a um, despedindo-se. Foi demais ter estado com eles. Que experiência nota mil. Jamais esquecerei dos meus alunos da turma 21, escola Brigadeiro.
2.4 Avaliação e reflexão final:
A turma 21 mostrou-se participativa, entusiasmada com as propostas, respeitosa, companheira e afetiva com os colegas e também com a professora. Topavam e faziam tudo, muitas vezes com bastante rapidez. Os alunos foram muito prestativos quanto às solicitações da professora. 
Para que as coisas corressem bem no decorrer do estágio, foi preciso relembrar algumas combinações de convivência elaboradas em conjunto. Estas combinações foram importantes para o melhor desenvolvimento e rendimento nas aulas.
Meirieu (2005, p. 194), em sua obra, cita que a avaliação individual continua sendo a pedra – de – toque da eficácia das atividades escolares. Ela não é concebida para colocar os alunos em rivalidade com os outros, mas permite-lhes assumir desafios para si mesmos e superá-los. Cada passo dado, cada aprendizado concebido, as ajudas mútuas, o desejo de ser útil, de se aproximar do colega e da professora para colaborar com algo, se fizeram presentes durante o período de prática.
A preocupação que temos em dar conta dos planos, dos projetos, das atividades, que por muitas vezes não saíram como planejado. Modificações tiveram de serem feitas. No parágrafo a seguir, Libâneo (200, p. 122) narra claramente isso, dizendo que o futuro professor pode assustar-se com tantos objetivos e pode estar perguntando-se como dará conta de realizá-los, ou se realmente eles são necessários para o seu trabalho cotidiano em sala de aula. A verdade é que não devemos ter dúvidas que o trabalho docente é uma atividade que envolve convicções e opções sobre o destino do homem e da sociedade, e isso tem a ver diretamente com o nosso relacionamento com os alunos. Em outras palavras, isso significa que, conscientemente ou não, sempre trabalhamos com base em objetivos. (LIBÂNEO, 2000, p.122)
Tudo aconteceu como deveria ter sido. Sinto que o dever foi cumprido. Estes alunos mudaram minha vida, meu pensamento, minha confiança na profissão. Quanto à professora, esta me deixou muito confortável, a vontade, tranquila e confiante. Ela esteve ao meu lado o tempo todo, me dando apoio, ajudando em muitas situações e me ensinando muito. Estabelecemos um ótimo vínculo e fizemos juntas um maravilhoso trabalho.
A escola em si me deixou de “boca aberta”. Alguns fatosvistos lá eu jamais vi em outras, nem mesmo em particulares. Escola pública com uma estrutura nota dez. Os alunos alfabetizados no tempo certo, os materiais oferecidos para a prática, onde não precisei gastar nem um real. Eu tinha livre acesso a tudo que precisasse. 
Todos os funcionários, professores, diretores, e principalmente a supervisora da escola me fizeram sentir como se estivesse em casa. E realmente, esta escola foi uma extensão do meu lar. Levo de lá muitos aprendizados, coisas jamais vividas e vistas. Encerro alegre e confiante de que a educação tem esperança de viver dias melhores.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As experiências mencionadas neste relatório são de todos os momentos vivenciados desde a observação até o último dia com a turma 21. O que foi lá vivenciado implicou diretamente na minha caminhada docente, que está em constante construção. 
Desde as primeiras observações durante o curso, os estágios e experiências em sala de aula, pude ir alicerçando minha casa de docência, que está sendo construída sobre a rocha. Assim construo a minha identidade docente, com base em toda a teoria que levo de bagagem e no meu comprometimento com a educação.
Tudo que aprendi com eles durante este período, levarei para minha vida toda. As conversas com a professora titular, os momentos de falar sério com os alunos, as horas de descontração, as trocas com os demais profissionais da escola, que me apoiaram muito para que pudesse realizar uma prática de qualidade. 
O estágio pôs-me a refletir dia após dia sobre a minha própria prática pedagógica. Conheci-me melhor enquanto educadora, minhas metodologias, formas de ensinar e de aprender. Do início ao fim, um misto de emoções tomaram conta de mim, como, medos, angústias, alegrias, certezas, dúvidas e convicções. Aprendi a me organizar quanto a gestão da sala de aula, organização dos materiais, planejamento, planos de aula, elaboração de relatórios e projetos. 
O professor é um indivíduo que está em constante mudança. Precisa se reformular e reinventar as práticas pedagógicas, visando sempre seu aluno, seu meio, que os forme cidadãos críticos, capazes de assumir uma identidade, defender sua pátria, sua família, suas crenças e que sejam pessoas de bem.
4. REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Ricardo, 1949 – Meu livro de folclore : um punhado de literatura popular / Ricardo Azevedo. – 6. Ed. – São Paulo : ática, 1999. 
BATISTA, Cleide Vitor Mussini; BRANDÃO, Carlos da Fonseca; MORENO, Gilmara Lupion; PSCHOAL, Jaqueline Delgado; Moura, Jeani Delgado Paschoal Moura; Ensino Fundamental de Nove Anos: teoria e prática na sala de aula – 2009.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1997.
EDUCADORES ONLINE. Disponível em: <http://www.educadoresonline.com.br/fique-por-dentro/educacao-ambiental> Acesso em outubro de 2015.
ENSINAR APRENDER. Disponível em: <http://www.ensinar-aprender.com.br/2011/07/projeto-folclore-para-ensino.html> Acesso em Agosto de 
FERRARI, Paulo Roberto. Borghettinho: A história do menino gaiteiro. / Paulo Roberto Ferrari e Wilson Tubino : Ilustrações do autor. – Porto Alegre : Fábrica de leitura, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2000.
LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Disponível em: <http://www.artmed.com.br/patioonline/patio.htm?PHPSESSID=47c842e39090dec902020db09b210123.> Acesso em: outubro de 2015.
MEIRIEU, Philippe. O cotidiano da escola e da sala de aula: o fazer e o compreender / Philippe Meirieu; trad. Fátima Murad. – Porto Alegre : Artmed, 2015.
MINI WEB. Disponível em <http://www.miniweb.com.br/Cidadania/Dicas.html>. Acesso em Outubro de 2015.
PARTES. Disponível em: <http://www.partes.com.br/2013/07/05/experiencias-com-o-brinquedo-sucata-e-a-aprendizagem/#.ViVXm36rRdg> Acesso em outubro de 2015.
REVISTA ESCOLA. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/indice-fundamental-2.shtml?ensino-fundamental-2.ciencias> Acesso em Agosto de
2015.
SANTOS, Joel Rufino dos, 1941 – O Saci e o Curupira e outras histórias de folclore / Joel Rufino dos Santos ; Ilustrações Zeflavio Terixeira. – I. Ed. – São Paulo : Ática, 2002.
SOUZA, Maurício de. Turma da Mônica : folclore brasileiro / Maurício de Souza. – Barueri, SP : Girassol, 2009.
SOUZA, Maria do Rosário Silva. Auto estima. Disponível em:
<http://www.saudevidaonline.com.br/artigo57.htm>. Acesso em Outubro de 2015.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Antoni Zabala; trad. Ernani F. da F. Rosa -- Porto Alegre: Artmed, 1998 (2010).
5. ANEXOS:
Cartaz sobre o projeto:
Confecção do soldadinho:
O boneco do “Curupira” e o “Saci” na garrafa:
Passeio ao cinema:
Confecção da bandeira, viseira e dos óculos do Brasil:
Aula de educação física:
Mosaico do Boto – cor – de – rosa:
O Dia da Árvore:
Exposição dos trabalhos:
Último dia com a turma:
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