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AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO: EDITAL: 1 Direito do Trabalho: conceito, características, divisão, natureza, funções, autonomia. 2 Fundamentos e formação histórica do Direito do Trabalho. 3. Flexibilização e desregulamentação. 4 Fontes formais do Direito do Trabalho. Conceito, classificação e hierarquia. 4.1 Conflitos de normas e suas soluções. 5 Hermenêutica: interpretação, integração e aplicação do Direito do Trabalho. 5.1 Eficácia das normas trabalhistas no tempo e no espaço. 5.2 Revogação. 5.3 Irretroatividade. 5.4 Direito adquirido. 6 Princípios do Direito do Trabalho. 7 Renúncia e transação no Direito do Trabalho. 7.1 Comissão de Conciliação Prévia. 8 Relação de trabalho e relação de emprego. 8.1 Estrutura da relação empregatícia. 8.2 CTPS – prazo para anotação da carteira profissional e CTPS eletrônica. 9 Relações de trabalho lato sensu: trabalho autônomo, eventual, temporário e avulso. 9.1 Estágio. Cooperativas de mão-de-obra. Trabalho voluntário 9.2 Contratos de trabalho por equipe. 9.3 Cláusulas de exclusividade e de não concorrência. 10 Empregado: conceito e requisitos. 10.1 Altos empregados, trabalhadores intelectuais, exercentes de cargos de confiança e trabalhador hiperssuficiente. 10.2 Os diretores e os sócios. 10.3 Mãe social. 10.4 Aprendizagem. 10.5 Lei Geral do Desporto (Lei 9.615/1998) e Lei 13.155/2015. 10.6 Categorias especiais 11 Empregado doméstico: conceito, caracterização. Direitos. Emenda Constitucional 72/13 e Lei Complementar 150/15. 12 Empregador: conceito, caracterização. 12.1 Os poderes do empregador no contrato de emprego: diretivo, regulamentar, fiscalizatório e disciplinar. 12.2 Grupo econômico por subordinação e coordenação. 12.3 Sucessão de empresas e de empregadores. 12.4 Consórcio de empregadores. 12.5 Situações de responsabilização empresarial solidária e subsidiária. 13 Trabalho rural: empregador, empregado e trabalhador rural. 13.1 Normas de proteção ao trabalhador rural. 14 Terceirização no Direito do Trabalho (pessoas jurídicas de direito público e privado). 14.1 Terceirização. Consequências jurídicas. 15 Contrato de emprego: morfologia, conceito, classificação. 15.1 Elementos essenciais, naturais e acidentais. 15.2 Contratos especiais de trabalho. 16 Modalidades de contratos de emprego. 16.1 Espécies de contratos a termo. 16.2 Contrato de experiência. 16.3 Contrato de emprego e contratos afins. Contratação de pessoa jurídica (Pejotização). 16.4 Diferenças entre contratos de trabalho e locação de serviços, empreitada, representação comercial, mandato, sociedade e parceria. 16.5 Pré-contratações: requisitos para configuração, efeitos, direitos decorrentes, hipótese de perdas e danos pré e pós-contratuais. 17. Trabalho ilícito e trabalho proibido: conceitos e diferenças. 17.1 Efeitos da declaração de nulidade. 17.2 Fraudes na Relação de Emprego. 18 Trabalho infantil e trabalho do menor. 18.1 Conceito e normas legais aplicáveis. 18.2 Penalidades. 18.3 Efeitos da contratação. 18.4 Doutrina da proteção integral da criança e do adolescente. 19. Efeitos conexos do contrato: direitos intelectuais, invenções do empregado, direitos autorais e propriedade intelectual; indenização por danos material; classificação dos danos extrapatrimoniais, critérios de avaliação e quantificação. 20 Duração do trabalho. 20.1 Fundamentos e objetivos. 20.2 Jornada de trabalho. Trabalho extraordinário e trabalho noturno. 20.3 Acordo de prorrogação e acordo de compensação de horas; ponto por exceção. 20.4 Banco de horas. 20.5 Tempo à disposição 20.6 Empregados excluídos do limite de jornada. 20.7 Jornadas especiais - CLT e legislação extravagante. Bancário. 20.8 Trabalho em turno ininterrupto de revezamento, em escala, em regime de tempo parcial e trabalho intermitente. 20.9 Trabalho em domicílio e teletrabalho 21 Repousos. 21.1 Intervalos intrajornada e interjornada. Intervalos especiais 21.2 Repouso semanal remunerado e feriados. 21.3 Férias – conceito e regras. Abono pecuniário. Férias individuais e coletivas. 22 Remuneração e salário: conceito, distinções. 22.1 Gorjetas. 22.2 Características e classificação do salário. 22.3 Composição do salário. 22.4 Modalidades de salário. 22.5 Adicionais. 22.6 Gratificação. 22.7 Comissões. 22.8 13º salário – dinâmica e forma de pagamento. 22.9 Parcelas não-salariais. 22.10 Salário in natura e utilidades não salariais. 23 Formas e meios de pagamento e comprovação do salário. 23.1 Proteção ao salário. 23.2 Desconto salarial – espécies, condições e limites. 24 Equiparação salarial – conceito e requisitos. Discriminação salarial e efeitos 24.1 Desvio e acúmulo de função. Distinção e consequências. Reenquadramento. 25 Alteração do contrato de emprego. 25.1 Alteração unilateral e bilateral. 25.2 Transferência de local de trabalho. 25.3 Remoção. 25.4 Reversão. 25.5 Promoção e rebaixamento. 25.6 Alteração de horário de trabalho. 25.7 Redução de remuneração. 26. Acidente do trabalho: conceito, classificação, efeitos e espécies de danos indenizáveis. Benefícios previdenciários. Responsabilidade civil do empregador. 27 Interrupção e suspensão do contrato de trabalho: conceito, caracterização, espécies e CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO EDITAL DE ABERTURA XXXI EXAME DE ORDEM 31 distinções. 28 Cessação do contrato de emprego: hipóteses, causas e classificação. 28.1 Resilição unilateral e bilateral (distrato), Resolução e Rescisão. 28.2 Aposentadoria, morte, força maior, factum principis. Efeitos na dispensa individual, plúrima ou coletiva do Plano de Demissão AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 Voluntária ou Incentivada previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 29 Dispensas individual, plúrima e coletiva. 29.1 Obrigações decorrentes da cessação do contrato de emprego. 29.2 Aviso prévio. 29.3 Multa dos arts. 477 e 467 da CLT. 29.4 Quitação anual das obrigações trabalhistas. 30 Estabilidade e garantias provisórias de emprego: conceito, hipóteses e caracterização. 30.1 Formas de estabilidade. 30.2 Renúncia à estabilidade. 30.3 Despedida de empregado estável. 30.4 Readmissão e reintegração. 31 O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Conceito, dinâmica e hipóteses de saque 32 Prescrição e decadência no Direito do Trabalho. 32.1 Prescrição intercorrente. 33 Segurança e higiene do trabalho. 33.1 Periculosidade e insalubridade – conceitos, diferenças, percentuais e bases de cálculo. 33.2. Normas Regulamentadoras. 33.3 EPI e EPC. 34 Direito Coletivo do Trabalho: definição, denominação, conteúdo, função. 34.1 Os conflitos coletivos de trabalho e mecanismos para sua solução. 34.2 Representação dos empregados nas empresas. 35 Liberdade sindical. 35.1 Organização sindical brasileira. 35.2 Conceito de categoria. 35.3 Categoria profissional diferenciada. 35.4 Dissociação de categorias. 35.5 Membros da categoria e sócios do sindicato. 36 Entidades sindicais: conceito, natureza jurídica, estrutura, funções, requisitos de existência, atuação, prerrogativas e limitações. 36.1 Garantias sindicais. 37 Negociação coletiva e receitas sindicais. 38 Instrumentos normativos negociados: acordo coletivo e convenção coletiva de trabalho. 38.1 Cláusulas obrigacionais e cláusulas normativas. 38.2 A prevalência do negociado sobre o legislado – regras. 38.3 Direitos disponíveis e indisponíveis para negociação coletiva. 39 Poder normativo da Justiça do Trabalho. 40 Condutas antissindicais:espécies e consequências. 41 A greve no direito brasileiro: dinâmica, critérios e responsabilidade. 42 Direitos e interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos na esfera trabalhista. 43 Fiscalização e Multas aplicadas pelos órgãos da fiscalização do Trabalho. 44. Leis 13.467/17 (reforma da CLT) e 13.874/19 (declaração de direitos de liberdade econômica) DIREITO DO TRABALHO 1 Direito do Trabalho: conceito, características, divisão, natureza, funções, autonomia. O Direito do Trabalho na atualidade. Flexibilização e desregulamentação. -Direito do Trabalho – conceito - “É um sistema jurídico permeado por institutos, valores, regras e princípios dirigidos aos trabalhadores subordinados e assemelhados, aos empregadores, empresas coligadas, tomadores de serviço, para tutela do contrato mínimo de trabalho, das obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam à proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios constitucionais, principalmente o da dignidade da pessoa humana. Também é recheado de normas destinadas aos sindicatos e associações representativas; à atenuação e forma de solução dos conflitos individuais, coletivos e difusos, existentes entre capital e trabalho; à estabilização da economia social à melhoria da condição social de todos os relacionados”. (Vólia Bomfim Cassar) O Direito do Trabalho na atualidade, a partir da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) passou a trazer uma maior autonomia da vontade; descentralização produtiva; flexibilização e DIREITO DO TRABALHO INDIVIDUAL ART. 7˚ CRFB/88 COLETIVO ART.8˚ e 9˚ CRFB/88 AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 desregulamentação, com destaque para a possibilidade da Prevalência do Negociado sobre o Legislado (art.611-A e 611-B CLT). 2- HERMENÊUTICA: INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO. EFICÁCIA DAS NORMAS TRABALHISTAS NO TEMPO E NO ESPAÇO. REVOGAÇÃO. IRRETROATIVIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. - INTEGRAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO: REFORMA TRABALHISTA Art. 8º CLT: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. § 2˚ Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. § 3˚ No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Art. 702 CLT: Ao Tribunal Pleno compete I - em única instância: f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, pelo voto de pelo menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços das turmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; § 3˚ As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo, trinta dias de antecedência, e deverão possibilitar a sustentação oral pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pelo Advogado-Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. § 4˚ O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados de jurisprudência pelos Tribunais Regionais do Trabalho deverão observar o disposto na alínea f do inciso I e no § 3˚ deste artigo, com rol equivalente de legitimados para sustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição judiciária.” (NR) – APLICAÇÃO DA LEI TRABALHISTA NO TEMPO E NO ESPAÇO: – APLICAÇÃO TEMPORAL: Imediata, não retroage, passando a produzir efeitos a partir de sua vigência, respeitando o direito adquirido e o ato jurídico praticado sob a égide da Lei anterior. – APLICAÇÃO NO ESPAÇO: Regra: aplicação da LEI LOCAL DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS (se a prestação dos serviços for no Brasil, aplica-se a CLT e as leis trabalhistas, que são federais e aplicáveis em todo o território nacional) Exceção: trabalho no exterior – Lei 7.064/82 – lei brasileira, quando mais benéfica. AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 QUESTÃO: Lúcia trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 12 anos e, em razão de sua capacidade e experiência, Lúcia foi designada para trabalhar na nova filial do empregador que está sendo instalada na cidade do México, o que foi imediatamente aceito. Em relação à situação retratada e ao FGTS, à luz do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (XX EXAME OAB FGV) A) Lúcia terá direito ao depósito do FGTS enquanto estiver trabalhando no México, que deverá continuar sendo depositado na sua conta vinculada no Brasil. B) Usando-se a teoria atomista, chega-se à conclusão que Lúcia terá direito à metade do FGTS, que será depositado na sua conta vinculada. C) Uma vez que na legislação do México não há previsão de FGTS, Lúcia não terá esse direito assegurado. D) Para que Lúcia tenha direito ao FGTS, deverá assinar documento próprio para tal fim, devidamente traduzido. Gabarito: A Art. 3º, parágrafo único, da Lei 7.064/82. 3- PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO. DISTINÇÃO ENTRE PRINCÍPIO E NORMA. RENÚNCIA E TRANSAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO A) Princípio da Proteção: proteção ao hipossuficiente da relação – o empregado. PRINCÍPIO ESTE QUE, NA ATUALIDADE, COM A REFORMA TRABALHISTA ENFRENTA GRAVE CRISE, NÃO REFLETINDO A MESMA INTENSIDADE DE PROTEÇÃO AO EMPREGADO, ENFRAQUECIDO, MAIS AINDA EXISTENTE. Se subdivide em: A.1- Princípio do IN DUBIO PRO MISERO/ IN DUBIO PROOPERARIO/OPERATIO– dispõe que sempre que houver dúvida quanto à interpretação das normas, deve prevalecer a interpretação mais favorável ao empregado. A.2- Princípio da Condição Mais Benéfica – toda condição de trabalho mais benéfica concedida ao empregado de forma habitual e incondicional passa a integrar seu contrato de trabalho e não pode mais ser suprimida. Exceção: se essa condição mais favorável for concedida sob condição, pois, deste modo, quando a condição se implementar poderá ser suprimida. Exemplo: No contrato de trabalho, estipula-se que o trabalhador trabalhe 8 horas diárias. Na prática, o trabalhador passa a trabalhar, habitualmente, apenas 6 horas diárias, assim, essa passará a ser a regra em seu contrato. Ou seja, trabalhar apenas 6 horas diárias, sendo considerado como extra todo trabalho prestado além desse limite. Todavia, se o empregador admitisse que esse empregado trabalhasse 6 horas diárias apenas duranteos últimos seis meses de sua faculdade, até sua formatura, assim que se formasse na faculdade poderia perfeitamente voltar a trabalhar 8 horas. A.3- Princípio da Norma mais Benéfica ou Favorável – Havendo conflito de normas, ou seja, mais de uma norma aplicável a uma mesma situação, aplicar-se-á aquela que, no todo, no conjunto, seja mais favorável ao empregado. (majoritária: teoria do Conglobamento) Obs: Reforma Trabalhista: Lembrando que, neste caso, há a possibilidade expressa da Prevalência do Negociado sobre o Legislado nos moldes do art. 611-A da CLT, com as limitações do art. 611-B da CLT. E, ainda, a questão relativa aos empregados hiperssuficientes – art. 444, parágrafo único, da CLT. Negociações estas, que prevalecerão independentemente se mais benéficas ou não. AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 B) Princípio da Primazia da Realidade – No Direito do Trabalho, prevalece a realidade fática, o dia a dia, sobre aquilo que foi formalmente pactuado. Ex.: se o empregado provar que além seu salário fixo ainda recebia um “salário por fora”, prevalecerá a realidade dos fatos (salário fixo + salário por fora), e não apenas, o salário fixo anotado em sua CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). Ex. se o trabalhador foi contratado como autônomo, como estagiário, mas, na verdade, preenche os requisitos de uma relação de emprego, prevalecem os fatos e provada a existência da relação de emprego seu vínculo de emprego deve ser reconhecido com a consequente anotação de sua CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social). Obs: Contudo, com a Reforma Trabalhista, esse princípio está mitigado, deixando clara a possibilidade de prevalência do pactuado sobre a realidade, mesmo que o contrato seja menos favorável. Ex; A prestação de horas extras habituais não mais descaracteriza a compensação de jornada – art.59-A da CLT. Ex: Art. 611-A e 444,parágrafo único, da CLT – Prevalência do Pactuado sobre o legislado C) Princípio da Continuidade da Relação de Emprego – A relação de emprego deve ser preservada, deve ter continuidade no tempo, tendo em vista o caráter alimentar, salarial, de subsistência dos créditos trabalhistas. Como decorrência direta desse princípio, os contratos de trabalho são, em regra, por prazo indeterminado. Súmula 212 do TST: “O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negadas a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado”. D) Princípio da Intangibilidade, da Irredutibilidade e da Impenhorabilidade Salarial – O salário é irredutível (não pode ter seu valor reduzido - art. 7, VI, CRFB/88), impenhorável (não pode ser objeto de penhora) e intangível (pois o empregador não pode efetuar descontos no salário do empregado, salvo nos casos previstos no Art. 462 CLT). E) Princípio da Inalterabilidade Contratual in pejus. Pela incidência do Princípio da Inalterabilidade Contratual in pejus (Art.468 CLT), o empregador não pode, unilateralmente, alterar condições essenciais de trabalho contidas no contrato de trabalho de seus empregados – regra: alteração bilateral e não causar prejuízos ao empregado. No entanto, o próprio Capitulo da Alteração do Contrato de Trabalho (Art.468 ao 470 CLT), vem prevendo algumas exceções. Obs.: Com a Reforma Trabalhista passamos a perceber outras hipóteses de alterações contratuais in pejus, além das previstas no Capítulo da Alteração do Contrato de Trabalho, que passaram a ser possíveis, como por exemplo, o art. 611-A da CLT (alteração por acordo e convenção coletiva – prevalência do negociado sobre o legislado); a alteração na forma do art. 444, parágrafo único, CLT por acordo entre empregado e empregador para os empregados hiperssuficientes (diploma de nível superior e salário mensal igual ou superior a duas vezes o teto dos benefícios previdenciários); a alteração do contrato de presencial para teletrabalho na forma do art. 75-C da CLT; entre outros. F) Princípio da Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas: regra: os direitos trabalhistas dos empregados são de cumprimento obrigatório e, irrenunciáveis, ainda que vontade do próprio titular do direito, que é o empregado, salvo exceções. AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 RENÚNCIA X TRANSAÇÃO - REFORMA TRABALHISTA: hipóteses de RENÚNCIA trazidas pela Reforma -autorização de renúncia e transação feita por empregado, na forma do disposto no art. 444, parágrafo único, da CLT. - art. 443, §3˚, CLT e art. 452-A CLT: contrato de trabalho intermitente -art. 477-B: PDI; PDV (Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.) -art. 75-A e segs da CLT: teletrabalho -art. 484-A da CLT: extinção CT por distrato - art. 507-A da CLT: cláusula compromissória de arbitragem no contrato de trabalho -art. 507-B da CLT: quitação anual ao empregador - outras HIPÓTESES EXCEPCIONAIS NAS QUAIS A RENÚNCIA É PERMITIDA - hipóteses de flexibilização (salário, jornada e turnos ininterruptos de revezamento – art. 7, VI, XIII e XIV TST)- mediante a pactuação de acordos coletivos e convenções coletivas, com a participação obrigatória do sindicato da categoria profissional. - Súmula 276 TST : O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o valor respectivo, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. - renúncia à estabilidade decenal por opção retroativa ao FGTS (art. 14 Lei 8036/90) -empregado dirigente sindical que aceita ou solicita transferência para base territorial diversa– art. 543, § 1, CLT - direito adquirido às cláusulas do Regimento Interno da empresa em vigor no ato da admissão do empregado, ressalvada a possibilidade de renúncia expressa pelo empregado ao optar pelo novo regimento – Súm. 51 TST • ato unilateral de vontade. • pode ser expressa ou tácita, sendo vedada a renúncia a direitos futuros. • no direito do trabalho, as regras são irrenunciáveis, salvo exceções. RENÚNCIA: • ato bilateral. • decorre de concessões recíprocas. Ex: acordos judiciais; acordos extrajudiciais perante as CCP- Comissões de Conciliação Prévia (art. 625-A e seguintes CLT) e, ainda, termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho. TRANSAÇÃO: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art477b AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 4- RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO. ESTRUTURA DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA: ELEMENTOS COMPONENTES. EMPREGADO: CONCEITO E REQUISITOS. ALTOS EMPREGADOS, TRABALHADORES INTELECTUAIS, EXERCENTES DE CARGOS DE CONFIANÇA E TRABALHADOR HIPERSSUFICIENTE. OS DIRETORES E OS SÓCIOS. CONTRATOS DE TRABALHO POR EQUIPE. MÃE SOCIAL. – EMPREGADO URBANO - Conceito - Art. 3º CLT: toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual, a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único: Não haverá distinção relativa à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico ou manual. Art. 6º CLT: Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, oexecutado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Requisitos da relação de emprego? HOPPS, lembrei!!!! Habitualidade Onerosidade Pessoa física Pessoalidade Subordinação Obs1: Alguns autores acrescentam a alteridade, trazendo, em suma, a visão de que o empregado não corre o risco da atividade desenvolvida. Obs2: A exclusividade não pode ser considerada um requisito essencial e toda e qualquer relação de emprego, mas somente o será se for pactuada expressamente em determinado contrato de trabalho. -CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social: é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural e doméstica, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. (Art.13 da CLT e arts. 29 a 56 CLT). AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 ARMAZENAMENTO DE DADOS, ANOTAÇÃO DA CTPS E REGISTRO DE EMPREGADOS: MP 905/19 – ARMAZENAMENTO DE DADOS: A MP 905/19 inseriu o art. 12-A na CLT autorizando o armazenamento, em meio eletrônico, óptico ou equivalente, de documentos relativos a deveres e obrigações trabalhistas, incluídos aqueles relativos a normas regulamentadoras de saúde e segurança. A referida regra ganha destaque pois se coaduna com a Lei de Proteção de Dados –Lei 13.709/18. – ANOTAÇÃO DA CTPS: A CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural e doméstica, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. (Art.13 da CLT). A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) obedecerá aos modelos que o Ministério da Economia adotar, como prevê o § 2º do art. 13 da CLT. A CTPS será emitida, na forma do disposto no art. 14 da CLT, pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico. Excepcionalmente, a CTPS poderá ser emitida em meio físico, desde que: I - nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão; II - mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta; III - mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a administração, garantidas as condições de segurança das informações. Os procedimentos para emissão da CTPS ao interessado serão estabelecidos pelo Ministério da Economia em regulamento próprio, privilegiada a emissão em formato eletrônico. Art. 15 da CLT. A CTPS terá como identificação única do empregado o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), na forma do art. 16 da CLT. O art. 29 da CLT, por sua vez, determina que empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. A comunicação pelo trabalhador do número de inscrição no CPF ao empregador CTPS Prazo para anotação: art. 29 CLT (5 DIAS ÚTEIS) É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua CTPS; (art. 29, § 4º da CLT O empregador que mantiver empregado não registrado ficará sujeito a multa. (art. 47, 47-A e 47-B CLT) Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o parágrafo único do art. 41 CLT, o empregador ficará sujeito à multa por cada empregado prejudicado. (art. 47- A CLT) AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 equivale à apresentação da CTPS em meio digital, dispensado o empregador da emissão de recibo (§ 6º). Os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS em meio digital equivalem às anotações referidas na CLT. O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação (§ 7º e § 8º). As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: a) na data-base; b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; c) no caso de rescisão contratual; d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social, sob pena de, na forma do § 3º do art. 29 da CLT, gerar a lavratura do auto de infração pelo Auditor Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, lançar as anotações no sistema eletrônico competente, na forma a ser regulamentada pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. A CTPS regularmente emitida e anotada servirá de meio de prova, em conformidade como o disposto no art. 40 da CLT. Importante registrar, que é vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, como dispõe o § 4o do art. 29 da CLT, sob pena de pagamento da multa a que se refere o inciso II do caput do art. 634-A da CLT (§ 5º), sem prejuízo de eventual indenização por dano moral. - Da falsidade das anotações: Para os efeitos da emissão, substituição ou anotação de Carteiras de Trabalho e Previdência Social, o art. 49 da CLT considera como crime de falsidade, com as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal: I - fazer, no todo ou em parte, qualquer documento falso ou alterar o verdadeiro; II - afirmar falsamente a sua própria identidade, filiação, lugar de nascimento, residência, profissão ou estado civil e beneficiários, ou atestar os de outra pessoa; III- servir-se de documentos, por qualquer forma falsificados; IV - falsificar, fabricando ou alterando, ou vender, usar ou possuir Carteira de Trabalho e Previdência Social assim alteradas; V - anotar dolosamente em Carteira de Trabalho e Previdência Social ou registro de empregado, ou confessar ou declarar em juízo ou fora dele, data de admissão em emprego diversa da verdadeira. Comprovando-se falsidade, quer nas declarações para emissão de Carteira de Trabalho e Previdência Social, quer nas respectivas anotações, o fato será levado ao conhecimento da autoridade que houver emitido a carteira, para fins de direito e será aplicada a multa prevista no inciso I do caput do art. 634-A da CLT àquele que, comerciante ou não, vender ou expuser à venda qualquer tipo de carteira de trabalho igual ou semelhante ao tipo oficialmente adotado, na forma dos arts. 50,51, 52 e 55 da CLT. - Da falta ou recusa de anotação: Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sobre a não existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado a Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado (art. 39 CLT). De acordo com as alterações introduzidas no § 1º do art. 39 da CLT, pela Medida Provisória nº 905/19, na hipótese de ser reconhecida a existência da relação de emprego, o Juiz do Trabalho comunicará a autoridade competente para que proceda ao lançamento das anotações e adote as providências necessárias para a aplicação da multa cabível, conformeprevisto no § 3º do art. 29 da CLT (§ 3º A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração pelo Auditor Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, lançar as anotações no sistema eletrônico competente, na forma a ser regulamentada pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia). Contudo, há previsão contida no § 3º do art. 39 da CLT de que o Ministério da Economia poderá desenvolver sistema eletrônico por meio do qual a Justiça do Trabalho fará o lançamento das anotações de que trata o § 1º (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019). Igual procedimento observar-se-á no caso de processo trabalhista de qualquer natureza, quando for verificada a falta de anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social, devendo o Juiz, nesta hipótese, mandar proceder, desde logo, àquelas sobre as quais não houver controvérsia (art. 39,§ 3º, CLT AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - DO REGISTRO DE EMPREGADOS: Em todas as atividades será obrigatório para o empregador possuir o registro dos respectivos trabalhadores, na forma do art. 41 da CLT, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador, sob pena de multa prevista no inciso II do caput do art. 634-A da CLT acrescida de igual valor em cada reincidência, sendo que a referida infração e consequente punição constitui exceção ao critério da dupla visita orientadora. A Medida Provisória nº 905, de 2019, ainda trouxe a previsão estabelecida nos artigos 47-A e 47-B da CLT. Art. 47-A CLT Fica sujeito à aplicação da multa prevista no inciso II do caput do art. 634-A o empregador que não informar os dados a que se refere o parágrafo único do art. 41. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Art. 47-B CLT Sendo identificada pelo Auditor Fiscal do Trabalho a existência de empregado não registrado, presumir-se-á configurada a relação de emprego pelo prazo mínimo de três meses em relação à data de constatação da irregularidade, exceto quando houver elementos suficientes para determinar a data de início das atividades. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) - Algumas espécies de empregados: CLASSIFICAÇÃO – Empregados em domicílio – Artigo 83, CLT: É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere. Exemplos: Costureira que possui vínculo de emprego, mas trabalha em casa. – Empregados Intelectuais (= profissionistas): São aqueles que desempenham seu trabalho por possuírem uma cultura científica específica (Advogado; dentista; médico; etc.) ou dom artístico (Pintor; artista; músico; escritor; etc). Súmula 6 TST -VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. – Profissionais Liberais: podem ser Autônomos ou Empregados, dependendo da forma como a relação se desenvolve. Caso preenchidos os requisitos do art. 3˚ da CLT, terão uma relação de emprego e serão empregados. – Altos Empregados (Empregados de confiança) - Importante:Saber qual o nível de confiança, porque quanto maior for a confiança, mais afasta o empregado dos direitos contidos na CLT. - Empregados Hiperssuficientes: Com a Reforma Trabalhista passamos a perceber a presença de um nova categoria de empregados, denominados EMPREGADOS HIPERSSUFICIENTES - Art. 444, parágrafo único, CLT. - contrato de equipe: constitui-se de um feixe de contratos individuais - possibilidade de romper um dos contratos e continuar com os demais membros da equipe sem rompimento contratual. 5- PRINCIPAIS ESPÉCIES DE RELAÇÕES DE TRABALHO - Trabalhador Autônomo: (falta subordinação) – Art. 442-B CLT: “A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação.” AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - Representante Comercial Autônomo (Lei 4886/65 e Portaria 8 MTE: imprescindível registro nos Conselhos Regionais). Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física sem relação de emprego, que desempenha em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando proposta ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com execução dos negócios. (Art. 1º). É obrigatório o registro dos que exerçam a representação comercial autônoma nos Conselhos Regionais criados pelo art. 6º desta Lei. (Art. 2º) - Trabalhador Avulso: (falta habitualidade) Há dois tipos de trabalhadores avulsos: portuários e não portuários. A contratação do avulso não portuário é intermediada pelo Sindicato e são, e regra, regidos pela Lei 12.023/09. Já os portuários são regidos pela Lei 12.815/13 e a contratação é intermediada pelo OGMO- Órgão Gestor de Mão de Obra. IMPORTANTE!! Embora não possuam vínculo de emprego, a CRFB/88, em seu Art. 7º,XXXIV, garante igualdade de direitos dos avulsos com os trabalhadores urbanos com vínculo de emprego. - Estagiários: possuem uma relação de trabalho e são regidos pela Lei 11.788/2008. O estagio é considerado como uma complementação do ensino, por isso o art. 1˚ da referida lei exige que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior,de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Há a celebração de um termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino. (art. 3˚) Importante!!!!: ESTAGIÁRIO (relação de trabalho) x APRENDIZ (relação de emprego) APRENDIZ: Art. 428 ao 433 CLT (art. 7, XXXIII,CF/88): relação de emprego, logo, é um empregado com contrato de trabalho especial. - conceito e requisitos de validade: Art. 428 CLT: Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. - Residentes: possuem apenas uma relação de trabalho por também ser considerada como complementação do ensino. A residência é uma especialização e corresponde a uma pós- graduação. - Trabalho Voluntário: Lei 9608/98: (falta onerosidade) - trabalho com “atividade não remunerada, prestado por uma pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenham objetivos cívicos, culturais, educacionais,científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade”. (Art. 1º) Obs.: O fato de o prestador do serviço voluntário ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias não descaracteriza, por si só, o trabalhovoluntário. (art. 3º, Lei 9608/98) - Cooperativados: Lei 5.764/71 e Art. 442, parágrafo único, CLT – não existe vínculo de emprego entre os cooperados e uma verdadeira cooperativa, nem entre os cooperados e os tomadores de serviço da cooperativa. Obs.: se for uma cooperativa fraudulenta, preenchidosos requisitos do Art. 3º c/c art. 9º da CLT, é possível o reconhecimento do vínculo de emprego. (Princípio da Primazia da Realidade) Obs: Cooperativas de Trabalho – Lei 12.690/12 QUESTÃO: A empresa Info hoje Ltda. firmou contrato com Paulo, pelo qual ele prestaria consultoria e suporte de serviços técnicos de informática a clientes da empresa. Para tanto, Paulo receberia 20% do valor de cada atendimento, sendo certo que trabalharia em sua própria residência, AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 realizando os contatos e trabalhos por via remota ou telefônica. Paulo deveria estar conectado durante o horário comercial de segunda a sexta-feira, sendo exigida sua assinatura digital pessoal e intransferível para cada trabalho, bem como exclusividade na área de informática. Sobre o caso sugerido, assinale a afirmativa correta. (FGV/OAB XIII EO Unificado) A) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente a subordinação, já que inexistente fiscalização efetiva física. B) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente o pagamento de salário fixo. C) Paulo é prestador de serviços autônomo, não tendo vínculo de emprego, pois ausente o requisito da pessoalidade, já que impossível saber se era Paulo quem efetivamente estaria trabalhando. D) Paulo é empregado da empresa, pois presentes todos os requisitos caracterizadores da relação de emprego. Gabarito: D Art. 3º e 6º CLT 6 - EMPREGADO RURAL - Art. 2º Lei 5889/73: é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviço de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Não é regido pela CLT. Possui igualdade de direitos com o trabalhador urbano, previstos no Art. 7º da CRFB/88. – Art. 3º Lei 5889/73: considera-se empregador rural a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agroeconômica (agricultura ou pecuária), em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Principais artigos: - art. 3º, § 2º, Lei 5889/73: GRUPO ECONÔMICO RURAL – responsabilidade solidária -art. 5˚ Lei 5889/73: INTERVALOS INTRAJORNADA E INTERJORNADA - INTERVALO INTRAJORNADA: mín.1 h, respeitados os “usos e costumes da região. - INTERVALO INTERJORNADA: mín. 11h consecutivas -art. 7˚ Lei 5889/73: TRABALHO NOTURNO AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 -art. 15 Lei 5889/73: AVISO PRÉVIO TRABALHADO – redução: menos 1 dia por semana -art. 17 Lei 5889/73: APLICAÇÃO DA LEI, NO QUE COUBER, AOS TRABALHADORES RURAIS NÃO COMPREENDIDOS NA DEFINIÇÃO DO ART. 2˚, QUE PRESTE SERVIÇOS A EMPREGADOR RURAL. Isso significa que, ainda que ele não seja um empregado rural, que não seja um rurícula, aplica-se a lei 5889/73. Por exemplo, pelo disposto neste artigo, a referida lei se aplica aos bóias-frias, que não são empregados, possuem apenas uma relação de trabalho, são considerados trabalhadores eventuais pois lhes falta o requisito da habitualidade. - Consórcio de Empregadores Rurais: art. 25-A Lei 10.256/01(*) -Produtor Rural Pessoa Física: art. 14 Lei 5889/73 QUESTÃO: Paulo possuía uma casa de campo, situada em região rural da cidade de Muzambinho – MG, onde costumava passar todos os finais de semana e as férias com a sua família. Contratou Francisco para cuidar de algumas cabeças de gado destinadas à venda de carne e de leite ao mercado local. Francisco trabalhava com pessoalidade e subordinação, de segunda a sábado, das 11h às 21h, recebendo um salário mínimo mensal. Dispensado sem justa causa, ajuizou reclamação trabalhista em face de Paulo, postulando o pagamento de horas extraordinárias, de adicional noturno e dos respectivos reflexos nas verbas decorrentes da execução e da ruptura do contrato de trabalho. Aduziu, ainda, que não era observada pelo empregador a redução da hora noturna. Diante dessa situação hipotética e considerando que as verbas postuladas não foram efetivamente pagas pelo empregador, assinale a alternativa correta. (Exame de Ordem – OAB 2010.3 – FGV) A) Francisco tem direito ao pagamento de horas extraordinárias e de adicional noturno, não lhe assistindo o direito à redução da hora noturna. B) Francisco tem direito ao pagamento de horas extraordinárias, mas não lhe assiste o direito ao pagamento de adicional noturno, já que não houve prestação de serviços entre as 22h de um dia e as 5h do dia seguinte. C) Francisco não tem direito ao pagamento de horas extraordinárias e de adicional noturno, por se tratar de empregado doméstico. D) A redução da hora noturna deveria ter sido observada pelo empregador. Gabarito: A •Horário noturno: 20 às 4h •Adicional noturno: 25% •Não há hora reduzida: 60 minPECUÁRIA •Horário noturno: 21 às 5h •Adicional noturno: 25% •Não há hora reduzida: 60 min AGRICULTURA AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 Art. 2º; 3º e 7º Lei 5.889/73 – Empregado Rural. 7- EMPREGADO DOMÉSTICO: LC 150/15 - conceito: Art. 1oLC 150/15: Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica- se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. - CTPS: Art. 9o LC 150/15: prazo de 48h anotação - CONTRATAÇÃO POR PRAZO DETERMINADO: Art. 4o ao 8o LC 150/15 - CONTRATAÇÃO POR TEMPO PARCIAL: Art. 3o LC 150/15 - JORNADA DE TRABALHO: HORAS EXTRAS E COMPENSAÇÃO DA JORNADA: Art. 2o e 12 LC 150/15 - JORNADA 12 X 36: Art. 10 LC 150/15 -INTERVALO INTRAJORNADA: Art. 13 LC 150/15 -INTERVALO INTERJORNADA: Art. 15 LC 150/15 - TRABALHO NOTURNO: Art. 14 LC 150/15 - R.S.R.: Art. 16 LC 150/15 - FÉRIAS: Art. 17 LC 150/15 - ACOMPANHAMENTO DO EMPREGADOR EM VIAGEM: Art. 11 LC 150/15 - VEDAÇÕES DE DESCONTOS NO SALÁRIO: Art. 18 LC 150/15: - AVISO PRÉVIO: Art. 23 e 24 LC 150/15 - JUSTA CAUSA E RESCISÃO INDIRETA: Art. 27 LC 150/15: - SIMPLES DOMÉSTICO: Art. 34 LC 150/15 - LICENÇA MATERNIDADE E ESTABILIDADE GESTANTE: Art. 25 LC 150/15 - FIQUEM ATENTOS!!! direitos do domésticos previstos na Constituição: Art. 7º, parágrafo único, CRFB/88 (nova redação EC 72/13)- 02/04/13 “São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social." (NR) http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6481.htm AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KAM O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - outros direitos do domésticos: Art. 19 LC 150/15: Observadas as peculiaridades do trabalho doméstico, a ele também se aplicam as Leis nº 605, de 5 de janeiro de 1949, no 4.090, de 13 de julho de 1962, no 4.749, de 12 de agosto de 1965, e no 7.418, de 16 de dezembro de 1985, e, subsidiariamente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. -Lei 7418/85 -vale-transporte -Lei 605/49 -feriados QUESTÃO: Joana foi contratada para trabalhar de segunda a sábado na residência do Sr. Demétrius, de 70 anos, como sua acompanhante, recebendo salário mensal. Ao exato término do terceiro mês de prestação de serviços, o Sr. Demétrius descobre que a Sra. Joana está grávida, rescindindo a prestação de serviços. Joana, inconformada, ajuíza ação trabalhista para que lhe seja reconhecida a condição de empregada doméstica e garantido o seu emprego mediante reconhecimento da estabilidade provisória pela gestação. Levando-se em consideração a situação de Joana, assinale a alternativa correta. (42º EXAME OAB FGV) A) A função de acompanhante é incompatível com o reconhecimento de vínculo de emprego doméstico. B) Joana faz jus ao reconhecimento de vínculo de emprego como empregada doméstica. C) Joana não fará jus à estabilidade gestacional, pois este não é um direito garantido à categoria dos empregados domésticos. D) Joana não fará jus à estabilidade gestacional, pois o contrato de três meses é automaticamente considerado de experiência para o Direito do Trabalho e pode ser rescindido ao atingir o seu termo final. Gabarito: B Art. 1º LC 150/15 8- EMPREGADOR: CONCEITO, CARACTERIZAÇÃO. CARTÓRIO NÃO OFICIALIZADO. GRUPO ECONÔMICO. SUCESSÃO DE EMPREGADORES. CONSÓRCIO DE EMPREGADORES. SITUAÇÕES DE RESPONSABILIZAÇÃO EMPRESARIAL. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-RETIRANTE. - EMPREGADOR – Conceito - Art. 2º CLT, caput e § 1º: É a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. - PODERES DO EMPREGADOR: → DIRETIVO: art. 2˚ CLT: poder de direção, comando, de subordinação. É o poder maior do empregador, do qual todos os outros poderes derivam. http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L0605.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L4090.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L4090.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L4749.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L7418.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 → REGULAMENTAR: Súm. 51 TST: criar regras, como regimentos internos, circulares, portarias →FISCALIZATÓRIO: poder de controle, de vigilância – grande cuidado para não violar direitos fundamentais do empregado com à sua intimidade (art. 5, X, CF/88) ou a submetê-lo a tratamento desumano ou degradante (art. 5, III, CF/88) → DISCIPLINAR: pode de punição; de impor sanções aos empregados (advertência: verbal ou escrita; suspensão disciplinar (art. 474 CLT) e justa causa (art 482 CLT). - GRUPO ECONÔMICO –REFORMA TRABALHISTA: Art. 2º, § 2º E 3˚, CLT: “ (...) § 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” (NR) - SUCESSÃO EMPRESARIAL OU DE EMPREGADORES: Arts. 10 e 448 E 448-A CLT: A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Ex: Se a Empresa B passar a ser explorada por um novo grupo de sócios que, por sua vez, continuam a explorar a mesma atividade econômica, a empresa será a mesma, portanto não se deve dispensar os empregados e contratá-los novamente. Os contratos de trabalho devem permanecer inalterados, pois o empregador será o mesmo. Houve sucessão. Hipóteses que podem gerar sucessão: fusão, cisão, incorporação, compra e venda, arrendamento, substituição na concessão de serviço público (*ver OJ 225 e 411 SDI-1 TST) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art2%C2%A72. AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 REFORMA TRABALHISTA: Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.” - DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E RESPONSABILIDADE DO SÓCIO- RETIRANTE. REFORMA TRABALHISTA: ART. 855-a E 10-A CLT Seção IV Do Incidente de Desconsideração daPersonalidade Jurídica ‘Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. § 1o Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 893 desta Consolidação; II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal. § 2o A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).’ “Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante REGRA • SUCESSOR: RESPONDE POR TODOS OS DÉBITOS TRABALHISTAS (TANTO ANTERIORES QUANTO PÓS-SUCESSÃO) •SUCEDIDO: FICA ISENTO DE RESPONSABILIDADE TRABALHISTA EXCEÇÃO •FRAUDE: RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCEDIDO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art448a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#tituloxcapituloiiisecaoiv http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art855a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art133 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art133 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art301 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art301http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art10a AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.” 9 -TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA E ILÍCITA. TRABALHO TEMPORÁRIO. ENTES ESTATAIS E TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE NA TERCEIRIZAÇÃO. LEI 6019/74: ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI 13.429/17 E LEI 13.467/17 (REFORMA) Art. 4o LEI 6.019/74: Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente Art. 4o-A. LEI 6.019/74:Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. (REFORMA TRABALHISTA) Art. 4o-BLEI 6.019/74: São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros: I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); II - registro na Junta Comercial; III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se os seguintes parâmetros; a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais); b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Art. 4o-C LEI 6.019/74: São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. § 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. § 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.” Art. 5o LEI 6.019/74: Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4o desta Lei. Art. 5o-A LEI 6.019/74: Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. (REFORMA TRABALHISTA). § 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços. § 2o Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes. § 3o É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente convencionado em contrato. § http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm#art4a. AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 5o-B LEI 6.019/74: O contrato de prestação de serviços conterá: I - qualificação das partes; II - especificação do serviço a ser prestado; III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; IV - valor. Art. 5o-C LEI 6.019/74: Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. Art. 5o-D LEI 6.019/74: O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado. -TERCEIRIZAÇÃO REGULAR/ LÍCITA (ÂMBITO PRIVADO): VÍNCULO DE EMPREGO E RESPONSABILIDADE DIRETA PELO PAGAMENTO DOS DIREITOS TRABALHISTAS ►INTERMEDIADOR e RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA ►CONTRATANTE (TOMADOR DOS SERVIÇOS) -TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: ADC 16 – STF declarou a constitucionalidade do art. 71,§ 1º, Lei 8666/93 (Lei de Licitações) – terceirização regular: regra: irresponsabilidade do tomador Administração Pública, se observado todo o processo licitatório previsto em lei- exceção: se a Administração Pública agir com culpa, não fiscalizar a prestação dos serviços da empresa escolhida, neste caso, provada em juízo sua negligência ante a não fiscalização, de igual sorte, também responderá de forma subsidiária. (Súmula 331, V, TST) Março de 2017: O plenário do STF concluiu o julgamento do RE 760.931, com repercussão geral reconhecida, confirmando-se o entendimento, adotado na ADC 16, que veda a responsabilização automática da administração pública, só cabendo sua condenação se houver prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos. 10 - TEMPORÁRIOS (Lei 6019/74, regulamentada pelo Decreto 10.060/19) Apenas 2 motivos autorizam a contratação válida de um temporário: para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente; à demanda complementar de serviços http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI256658,101048-STF+Administracao+publica+nao+e+responsavel+por+divida+trabalhista+de http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI256658,101048-STF+Administracao+publica+nao+e+responsavel+por+divida+trabalhista+de AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 Art. 2o LEI 6019/74: Trabalho temporário é aquele prestado por pessoafísica contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. § 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. Art. 4o LEI 6019/74: Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. Em seu art. 3º, o Decreto 10.060/19 traz algumas definições mais precisas desse tipo de contratação, quais sejam: I - empresa de trabalho temporário - pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério da Economia, responsável pela colocação de trabalhadores temporários à disposição de outras empresas, tomadoras de serviços ou clientes, que deles necessite, temporariamente; II - empresa tomadora de serviços ou cliente - pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que, em decorrência de necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou de demanda complementar de serviços, celebre contrato de prestação de serviços de colocação de trabalhadores temporários com empresa de trabalho temporário; III - trabalhador temporário - pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário, colocada à disposição de uma empresa tomadora de serviços ou cliente, destinada a atender a necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou a demanda complementar de serviços; IV - demanda complementar de serviços - demanda oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, que tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal; V - substituição transitória de pessoal permanente - substituição de trabalhador permanente da empresa tomadora de serviços ou cliente afastado por motivo de suspensão ou interrupção do contrato de trabalho, tais como férias, licenças e outros afastamentos previstos em lei; VI - contrato individual de trabalho temporário - contrato de trabalho individual escrito, celebrado entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário; e Trabalhador temporário demanda complementar de serviço fatores imprevisíveis fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. necessidade de substituição transitória de pessoal permanente AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 VII - contrato de prestação de serviços de colocação à disposição de trabalhador temporário - contrato escrito, celebrado entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviços ou cliente, para a prestação de serviços de colocação de trabalhadores temporários a que se refere o art. 9º da Lei nº 6.019, de 1974. Por outro lado, esclarece que não se considera demanda complementar de serviços: I - as demandas contínuas ou permanentes; ou II - as demandas decorrentes da abertura de filiais. O Decreto 10.060/19 deixa claro, ainda, não se tratar de uma terceirização e que o trabalhador temporário não é empregado da empresa com demanda complementar ou com necessidade transitória, mas sim, uma pessoa física prestadora de serviços colocada à disposição da contratante exclusivamente através de uma agência especializada em trabalho temporário e autorizada pelo Ministério da Economia. - Duração da contratação: Art. 10 LEI 6019/74 art. 26 a 31 do Decreto 10.060/19 - : Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. § 1o O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2o O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. § 4o Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. § 5o O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. § 6o A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. § 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991 DIREITOS: Art. 12 LEI 6019/74 e Decreto 10.060/19, art.20 a 25: Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos : Art. 20 Decreto 10.060/19. Ao trabalhador temporário são assegurados os seguintes direitos: I - remuneração equivalente àquela percebida pelos empregados da mesma categoria da empresa tomadora de serviços ou cliente, calculada à base horária, garantido, em qualquer hipótese, o salário-mínimo regional; II - pagamento de férias proporcionais, calculado na base de um doze avos do último salário percebido, por mês trabalhado, nas seguintes hipóteses: a) dispensa sem justa causa, b) pedido de demissão; ou c) término normal do contrato individual de trabalho temporário; III - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma prevista em lei; IV - benefícios e serviços da Previdência Social; V - seguro de acidente do trabalho; e VI - anotação da sua condição de trabalhador temporário em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, em anotações gerais, conforme regulamentado em ato do Ministro de Estado da Economia. Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso II do caput, será considerada como mês completo a fração igual ou superior a quinze dias úteis. Art. 21. A jornada de trabalho para os trabalhadores temporários será de, no máximo, oito horas diárias. AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 § 1º A jornada de trabalho poderá ter duração superior a oito horas na hipótese de a empresa tomadora de serviços ou cliente utilizar jornada de trabalho específica. § 2º As horas que excederem à jornada normal de trabalho serão remuneradas com acréscimo de, no mínimo, cinquenta por cento. Art. 22. Será assegurado ao trabalhador temporário o acréscimo de, no mínimo, vinte por cento de sua remuneração quando trabalhar no período noturno. Art. 23. Será assegurado ao trabalhador temporário o descanso semanal remunerado nos termos do disposto na Lei nº 605, de 5 de janeiro de 1949. Art. 24. Não se aplica ao trabalhador temporário o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943- Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 25. Não se aplica ao trabalhador temporário a indenização prevista no art. 479 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho. - Responsabilidade do tomador dos serviços: Art. 10 LEI 6019/74 - § 7o A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciáriasobservará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Art. 16 LEI 6019/74: No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 11- SUBEMPREITADA Art. 455 CLT Havendo um contrato de subempreitada, o subempreiteiro responderá de forma direta pelos direitos trabalhistas de seus empregados, contudo, o empreiteiro principal, que subempreitou o serviço, na qualidade de tomador, terá responsabilidade subsidiária. EMPREITADA X SUBEMPREITADA EMPREITADA: dono da obra: OJ 191 SDI-I do TST: A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais 1 do Tribunal Superior do Trabalho, em julgamento de incidente de recurso de revista repetitivo, definiu que, à exceção dos entes públicos, o dono da obra poderá responder subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas de empreiteiro inidôneo. Por unanimidade, a SDI-1, órgão responsável pela uniformização da jurisprudência trabalhista e competente para julgamento de incidente dessa natureza, definiu ainda que não são compatíveis com a diretriz consolidada na Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1 entendimentos de Tribunais Regionais do Trabalho que ampliem as possibilidades de responsabilização para excepcionar apenas pessoas físicas ou micro e pequenas empresas que não exerçam atividade econômica vinculada ao objeto contratado. As teses jurídicas aprovadas no julgamento do incidente de recurso de revista repetitivo foram as seguintes: I) A exclusão de responsabilidade solidária ou subsidiária por obrigação trabalhista a que se refere a Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1 do TST não se restringe à pessoa física ou micro e http://brs02.tst.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=BLNK&s1=191&s2=bddi.base.&pg1=NUMS&u=http://www.tst.gov.br/jurisprudencia/brs/nspit/nspitgen_un_pix.html&p=1&r=1&f=G&l=0 AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 pequenas empresas, compreende igualmente empresas de médio e grande porte e entes públicos (decidido por unanimidade); II) A excepcional responsabilidade por obrigações trabalhistas prevista na parte final da Orientação Jurisprudencial 191, por aplicação analógica do artigo 455 da CLT, alcança os casos em que o dono da obra de construção civil é construtor ou incorporador e, portanto, desenvolve a mesma atividade econômica do empreiteiro (decidido por unanimidade); III) Não é compatível com a diretriz sufragada na Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1 do TST jurisprudência de Tribunal Regional do Trabalho que amplia a responsabilidade trabalhista do dono da obra, excepcionando apenas "a pessoa física ou micro e pequenas empresas, na forma da lei, que não exerçam atividade econômica vinculada ao objeto contratado" (decidido por unanimidade); IV) Exceto ente público da Administração Direta e Indireta, se houver inadimplemento das obrigações trabalhistas contraídas por empreiteiro que contratar, sem idoneidade econômico- financeira, o dono da obra responderá subsidiariamente por tais obrigações, em face de aplicação analógica do artigo 455 da CLT e culpa in eligendo (decidido por maioria, vencido o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro). (Ricardo Reis e Carmem Feijó/GAB) - Matéria publicada originalmente em 17/5/2017 e republicada em 18/5/2017 com correção do conteúdo. Processo: IRR-190-53.2015.5.03.0090 12- DO CONTRATO DE TRABALHO - MODALIDADES DE CONTRATOS DE EMPREGO. TIPOS DE CONTRATOS A TERMO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA E PERÍODO DE EXPERIÊNCIA. CONTRATO DE EMPREGO E CONTRATOS AFINS. DIFERENÇAS ENTRE CONTRATOS DE TRABALHO E LOCAÇÃO DE SERVIÇOS, EMPREITADA, REPRESENTAÇÃO COMERCIAL, MANDATO, SOCIEDADE E PARCERIA. PRÉ-CONTRATAÇÕES: REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO, EFEITOS, DIREITOS DECORRENTES, HIPÓTESE DE PERDAS E DANOS. -contrato de trabalho - Conceito: Art. 442, CLT. Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. -contrato de trabalho - Morfologia: Art.442 e 443 CLT – como se forma: tácito ou expresso; verbal ou escrito; prazo determinado, indeterminado ou intermitente. Em regra, não exige forma especial. REFORMA: “Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. “Art. 443 § 3o CLT: Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.” (NR). Art. 452-A CLT: O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/consultaTstNumUnica.do?consulta=Consultar&conscsjt=&numeroTst=190&digitoTst=53&anoTst=2015&orgaoTst=5&tribunalTst=03&varaTst=0090&submit=Consultar http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art443. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art443%C2%A73 AN A PA UL A DO S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 - A NA P AU LA D O S SA NT O S BI TT EN CO UR T O KA M O TO - 01 71 52 09 98 2 § 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5o O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V - adicionais legais. § 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo. § 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.” -contrato de trabalho – Experiência Prévia: Art. 442-A CLT: Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 meses no mesmo tipo de atividade. -contrato
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