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A Importância do Brincar na Educação Infantil

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INTRODUÇÃO
O interesse em realizar esta pesquisa advém das inúmeras experiências obtidas durante os estágios realizados na brinquedoteca de uma universidade localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. 
Nestes estágios foi possível observar o papel do brincar no desenvolvimento da criança, tanto nos aspectos cognitivo, social e afetivo, quanto no que diz respeito ao raciocínio lógico, atenção, memória, coordenação motora e interação com os colegas. 
A escolha deste tema tem como ponto de partida o questionamento da importância do brincar como desenvolvimento infantil e sua influencia no comportamento e aprendizagem da criança, visando mostrar que através da brincadeira a criança estará desenvolvendo habilidades e fazendo uso de sua imaginação e criatividade, fomentando assim sua capacidade psíquica, no qual auxiliará seu processo de construção e formação pessoal, atingindo assim uma dimensão global. 
Para realização desta pesquisa, buscamos autores conceituados que evidenciam o brincar como uma importante ferramenta pedagógica nas mãos dos educadores, pois o lúdico quando aplicado de maneira coerente, se torna um aliado para os educadores. Entre os autores pesquisados, Luckesi (2006, p. 2) contribui para o nosso entendimento do significado de brincar quando diz que: 
Um ato lúdico, por si, traz contato consigo mesmo e, consequentemente, alegria para si mesmo e para o outro ao mesmo tempo. (2006, p. 2)
Assim, este trabalho busca relatar o quanto o espaço da brinquedoteca favorece a aprendizagem da criança através de um trabalho lúdico, prazeroso e significativo que é possível se realizar também nas escolas, no qual os jogos, as brincadeiras devem fazer parte do planejamento diário do professor. A união entre brincadeira e aprendizagem não só valorizará o lado cognitivo da criança, bem como sua expressão livre e criatividade.
Brincar vai muito além de divertimento, é uma necessidade básica da criança, para seu pleno desenvolvimento. Deve fazer parte do cotidiano escolar nas diversas áreas do conhecimento.
Nesse entendimento, este trabalho surgiu da preocupação de como a infância vem sendo tratada dentro das instituições educacionais e de como o brincar tem sido deixado de lado na etapa mais importante da vida do indivíduo. 
É necessário repensar nossas ações diante deste assunto, para enxergar se de fato estamos contribuindo para a formação de um cidadão que viverá em sociedade. Não podemos esquecer que a criança de hoje, será o adulto de amanhã. 
Nesse contexto, visamos trazer uma ampla visão do que o brincar representa na vida de uma criança, bem como conhecer como funciona uma brinquedoteca, que é um rico espaço lúdico, que tem como objetivo resgatar a brincadeira como forma de aprendizagem. Ao longo desse estudo pretende-se discutir de que forma a brincadeira contribui para o desenvolvimento infantil no aspecto cognitivo e social da criança, como precisar a importância do brincar na escola e como pensar no brincar como construção do conhecimento.
 
 
I – BRINQUEDOTECA: QUE LUGAR É ESSE?
Definir o que representa o brincar é uma tarefa complexa. Antes de tudo, é importante identificar alguns significados relacionados a este brincar. Esta palavra vem do latim ludus e este brincar, está incluído os jogos, brinquedos e divertimentos, bem como à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo.
A Brinquedoteca é um espaço que favorece que está aprendizagem ocorra de maneira espontânea, lúdica e prazerosa, no qual as crianças vão chegando para brincar, aprender e criar, para resgatar brincadeiras, para compartilhar momentos de alegria e permitir o acesso ao brinquedo de forma a socializar o seu uso. É a oportunidade que também se apresenta ao educador de oferecer de volta às crianças o direito de ser criança. É um espaço privilegiado do desenvolvimento da criança e deve ocupar lugar de destaque na educação infantil. Esse espaço sócio-interacionista, contribui para transformar e construir a identidade da criança, despertando o desejo de aprender. Este espaço tem como principal objetivo promover a interação, socialização e a descoberta de mundo com as crianças, ajudando a construir sua autonomia intelectual e moral, bem como o desenvolvimento de competências, potencialidades e habilidades. 
Ainda em relação ao significado do termo, segundo a definição do dicionário Aurélio (1988) temos que:
Brinquedoteca: é o recinto reservado aos brinquedos, em escolas e creches.
Escola: Estabelecimento de ensino
Creche: Instituição que abriga criança, enquanto seus pais trabalham.
Verifica-se que há um equívoco na definição, do dicionário Aurélio, quando restrita exclusivamente à etimologia da palavra. Conforme estudiosos da área, a escola não deve ser encarada somente como um lugar de ensino e depósito de informações, como também a creche ser um lugar para somente guardar os filhos enquanto seus pais trabalham. Desta maneira, a brinquedoteca também não deve ser confundida como um recinto que somente guarda brinquedos. Não são essas as definições adequadas a essas Instituições. O prazer em ensinar e aprender deve estar enraizado e tratado como primordial. Atualmente podemos encontrar diversos tipos de brinquedotecas. Elas podem ser encontradas em Shoppings Centers, Hospitais, escolas, creches, universidades, presídios e etc. 
Este é um espaço favorável para o desenvolvimento de integração social buscando tornar as crianças sujeitos de sua formação, capazes de tomar iniciativas, solucionar conflitos e resolver as eventuais situações de seu cotidiano. 
Através da brincadeira é possível conhecer um pouco mais do universo da criança e refletir sobre qual a importância deste brincar. 
A Brinquedoteca tem como um de seus objetivos, estudar o ambiente onde a criança interage, aprende, brinca, se socializa e cria vínculos com o mundo exterior, desse modo, acredita-se que a brincadeira deve ocupar um lugar de destaque na educação infantil. Porém, vale ressaltar que muitos educadores julgam a brincadeira menos importante no que diz respeito à educação. Percebemos esse pré-conceito em muitas escolas, onde a brincadeira ainda é encarada como algo secundário. 
Nesse sentido, Balthazar e Fischer (2006, p.128) afirmam que:
Não há idade para brincar e para se desenvolver, assim como não existe à hora de brincar e a hora de aprender, pois se pode brincar aprendendo e aprender brincando. “Esse é o perfil da brinquedoteca no contexto atual: incluir todos os atores sociais: escola, criança, adultos e idosos para a formação de uma cultura lúdica. ( 2006, p.128)
Apesar de todas as contribuições que o brincar oferece para o desenvolvimento infantil e o quanto ele fundamenta a aprendizagem, parece que essa realidade ainda se encontra ausente nas escolas. 
Pode-se perceber com isso que as concepções do educador diante da brincadeira como forma de desenvolvimento infantil ainda não está clara. Essa pesquisa vem contribuir para uma reflexão por parte dos educadores para que os mesmos enxerguem a brincadeira como uma ferramenta imprescindível no processo pedagógico, deixando de encará-la apenas como um “passa-tempo”.
Vale mencionar que as diferentes maneiras de brincar significam mais do que aparentam. Dentro de uma brinquedoteca a criança cria, inventa, reinventa, cria regras, transforma objetos, dá outras funções para um mesmo objeto, ou seja, no ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços representam muito mais do que se imagina. É uma verdadeira fonte de estudos e pesquisas.
Ao que nos parece, estudar este espaço onde a criança aprende brincando, interage com os outros, socializa conhecimentos e aprende normas de comportamentos de seu mundo exterior é mais que fundamental neste processo.
Então nosso papel é refletir sobre a contribuição do brincar no desenvolvimento cognitivo da criança, destacando as condições que o mesmo possibilita como ferramenta de aprendizagemna educação.
Observa-se que resgatar o prazer em aprender, que hoje, já é desconhecido por muitas crianças, e assim, consequentemente, proporcionar melhores condições de aprendizagem, se faz mais que necessário, se faz urgente. Então a brinquedoteca tem como função principal oferecer esse espaço e resgatar um direito que vem sendo negado às crianças, o de ser criança.
	Podemos destacar como atividades lúdicas: brincadeiras, jogos, música, arte, expressão corporal entre outras, atividades estas, que possibilitem a criança a agirem espontaneamente e construir sua própria visão de mundo. Percebe-se então que a brincadeira é uma linguagem natural da criança e essa deve estar presente nas instituições de ensino.
A Brinquedoteca vem proporcionar oportunidade para que as crianças possam brincar sem cobrança de desempenho, estimula a manifestação de suas potencialidades, ajuda a alimentar a inteligência e criatividade da criança. Além da brincadeira, ela faz com que a criança se socialize umas com as outras, trocando experiências e valores. Aprendem a jogar de acordo com as regras estabelecidas em cada jogo, a esperar a sua vez, a competir e a cooperar. 
Ela tem como perspectiva a divulgação da importância do lúdico, da arte e do brincar na formação humana.
Assim, de acordo com Rodari (1982), por meio das Brinquedotecas avaliamos nas crianças o seu desenvolvimento, através do acompanhamento, da observação diária, no que se refere a socialização, a iniciativa, a linguagem, ao desenvolvimento motriz e buscamos através das atividades lúdicas o desenvolvimento das suas potencialidades.
Ainda nesse mesmo aspecto, Santos (1997) relata que uma Brinquedoteca não significa apenas uma sala de brinquedos, mas em primeiro lugar, uma mudança de postura frente à educação. É mudar nossos padrões de conduta em relação à criança. É abandonar métodos e técnicas tradicionais. É buscar o novo, não pelo modernismo, mas pela convicção do que este novo representa. É acreditar no lúdico como estratégia do desenvolvimento infantil.
Dentro de uma Brinquedoteca, a criança aprende de forma significativa, prazerosa e cooperativa. Tudo o que a criança vive dentro de uma Brinquedoteca torna-se aprendizagem, seja no manuseio de diferentes materiais que possuem formas, cores, sons e texturas diferentes, seja no manuseio de sucatas, seja nos jogos pedagógicos. Esse acervo de materiais que uma Brinquedoteca possui, faz com que a aprendizagem se torne mais atraente, dinâmica e prazerosa. Porém vale ressaltar que uma Brinquedoteca também pode não existir brinquedos. Basta que outras atividades lúdicas sejam estimuladas. 
Figura 1: Brinquedoteca
1.1 – Os diferentes espaços da Brinquedoteca
Em uma Brinquedoteca existe a organização de vários cantinhos no qual a criança brinca livremente e expressa sua criatividade. Isso pôde ser observado em estágios realizados em uma Brinquedoteca de uma universidade localizada no bairro de Del Castilho. A mesma possuía vários cantinhos, como, cantinho do faz de conta, cantinho do pintando o sete, cantinho do camarim, cantinho da leitura, cantinho dos brinquedos, cantinho dos jogos, entre outros, no qual a criança brinca, sem que haja a intervenção de um adulto. Não é como na escola, que existe certo ou errado. Na Brinquedoteca o lúdico é adotado como forma de aprendizagem, muito mais que isso, uma aprendizagem significativa e prazerosa. 
Observando cada cantinho da brinquedoteca na qual o estágio foi realizado, apresento as seguintes características:
· Cantinho do Faz-de-conta
É um espaço onde a criança brinca e imita a realidade. Esse cantinho é cercado de mobílias infantis, bonecas, bicho de pelúcia, fogão, geladeira, panelinhas, sofá, cadeirinhas, entre outros objetos que configuram uma casa. 
É um espaço onde elas soltam a imaginação e se transformam no que tem vontade. Brincam de pai, mãe, professor, médico, motorista e etc. 
Figura 2: Cantinho do Faz de Conta
· Cantinho da leitura
É um espaço onde a criança tem o contato sem compromisso com o livro. Não existe aquela seriedade como na biblioteca. Deve ser um espaço aconchegante, com colchonetes, tapetes, almofadas, para a criança ler com mais conforto e ouvir histórias. Deve-se ter diferentes tipos de literaturas, gibis, revistas, livros somente com gravuras, etc. Nesse cantinho a criança tem contato com os livros de forma mais prazerosa. 
Figura 3: Cantinho da Leitura
· Cantinho do Camarim
Neste cantinho a criança encontra vários acessórios, como roupas, fantasias, sapatos, bijuterias, espelho, maquiagem, chapéus, etc. Ter um espelho neste espaço é fundamental. Como no cantinho do faz-de-conta, a criança também inventa, imita personagens de TV, se transforma em estrelas pops, entre outros. 
Figura 4: Cantinho do Camarim
· Cantinho do Pintando o Sete
É um espaço onde a criança pinta, desenha, faz recorte e colagem, mexe com sucatas, constroem brinquedos. Este espaço deve ser rico em materiais como, folhas, lápis de cor, hidrocor, tesoura sem ponta, giz de cera, massinha, tinta guache, sucata para confecção de brinquedos, entre outros. 
Figura 5: Cantinho do Pintando o Sete
· Cantinho dos Brinquedos
É um espaço com estantes com diferentes tipos de brinquedos. A criança brinca livremente, dando vida e formas especiais aos mesmos.
Figura 6: Cantinho dos Brinquedos
· Cantinho dos Jogos
 É um espaço que oferece diferentes tipos de jogos lúdicos, pedagógicos, enigmáticos, como quebra-cabeça, dominó, xadrez, cartas, material dourado, entre outros. 
 Percebemos então que cada cantinho tem sua funcionalidade específica, ou seja, possuem funções e atividades diferenciadas. A criança tem autonomia para escolher o cantinho que mais lhe agrada e ali desenvolver funções variadas. 
Figura 7: Cantinho dos Jogos
1.2 – Tipos de Brinquedotecas
 Existem diferentes tipos de brinquedotecas, no qual as mesmas atendem a diferentes demandas. Uma brinquedoteca é voltada para crianças, porém ela pode atuar em diferentes lugares, cumprindo funções divergentes. 
 Atualmente podemos encontrar brinquedotecas em escolas, universidades, creches, hospitais, presídios, clubes, museus etc. Cada ambiente mencionado possui um enfoque diferenciado. 
 Um exemplo disso é o papel da brinquedoteca dentro de uma escola, cuja função é auxiliar o professor nas suas atividades educacionais, servindo como uma ferramenta a mais no processo de ensino-aprendizagem. 
Figura 8: Brinquedoteca Escolar
 Já nas universidades, a brinquedoteca vem auxiliar em pesquisas voltadas para a importância no brincar no desenvolvimento da criança, para a formação do profissional, para prestação de serviço à comunidade, bem como para atender a filhos de alunos. 
Figura 9: Brinquedoteca em Universidades
 Em hospitais, a brinquedoteca tem um enfoque voltado para o lado terapêutico, ou seja, na recuperação dos pacientes, bem como para tornar a estadia no hospital mais alegre e menos dolorosa. 
Figura 10: Brinquedoteca Hospitalar
 Em presídios, as brinquedotecas têm como objetivo tornar a visita de crianças a seus pais ou parentes presidiários, menos desagradável. 
Figura 11: Brinquedoteca em presídios 
 Percebemos que em todos os tipos de brinquedoteca, seu objetivo principal é tornar a qualidade de vida da criança o melhor possível, sempre atendendo às suas necessidades. 
1.3 – História da Brinquedoteca
 A primeira ideia de brinquedoteca surgiu em Los Angeles, em 1934, quando brinquedos de uma loja foram roubados por crianças de uma escola municipal. A partir daí criou-se um serviço de empréstimo de brinquedos (Toy Libraries), que ainda é utilizado até hoje. 
 Na década de sessenta, países como, França, Inglaterra, Bélgica, adotaram esse serviço, porém não com a mesma função de empréstimo de brinquedos, mas para estímulo à aprendizagem e desenvolvimento da criança, bem como para crianças excepcionais. Assim a brinquedoteca passou a ser não só educacional, mas também terapêutica. 
 O Primeiro Congresso a abordar sobre o assunto ocorreu em Londres, em 1976. Porém, em 1987, o CongressoInternacional de Toy Libraries, que aconteceu no Canadá, discutiu sobre as outras funções que a brinquedoteca desenvolvia, não só mais como empréstimos de brinquedo, como também, apoio as famílias, orientação educacional, introdução do lúdico no desenvolvimento infantil, resgate a cultura, entre outras, questionando a adequação do nome Toy Libraries.
 No Brasil, a brinquedoteca já surgiu com um papel tanto educacional como terapêutico, pois em 1971, foi realizada em São Paulo, uma exposição no Centro de Habilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais  - APAE, que expunha brinquedos pedagógicos para pais de crianças excepcionais, estudantes e professores. O sucesso dessa exposição foi tão grande que a APAE criou um setor de Recursos Pedagógicos, com a finalidade de atender ao público. 
 Em 1973 surgiu a Ludoteca, criado pela APAE em 1973, que funcionava como um rodízio de brincadeiras e materiais pedagógicos. “Ludo” quer dizer jogo, brincadeira e “teca” quer dizer estojo, cofre. 
 Foi em 1981, em uma escola Brasileira de Indianópolis, que surgiu o primeiro espaço com o nome de brinquedoteca, voltada para o brincar da criança. A partir daí, várias brinquedotecas foram surgindo ao longo do tempo. E em 1984, foi criada a Associação Brasileira de Brinquedotecas no país. 
1.4 – Brinquedistas
 Não é qualquer pessoa que pode ser um brinquedista, é necessário um profissional específico para desenvolver essa função. Um brinquedista precisa ser um educador, que compreenda todos os aspectos pedagógicos da profissão, para desta forma realizar com êxito sua tarefa, pois é ele quem faz a mediação entre criança e brinquedo. 
 O brinquedista está sempre auxiliando nas brincadeiras, para que as mesmas aconteçam de maneira organizada. Deve haver um equilíbrio na postura de um brinquedista, no qual não se pode agir com muita rigidez, para que a brincadeira não se torne uma tarefa para a criança, como também agir com total liberdade, para que a brincadeira não perca seu lado mágico e se torne um caos. 
 O enfoque em uma brinquedoteca deve ser o de aprender brincando, no qual as brincadeiras não são apenas livres, mas também direcionadas a um propósito, visto que seu objetivo é o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem a partir da brincadeira. 
 Um brinquedista deve propiciar condições para um brincar de qualidade, que estimule o desenvolvimento da criança, porém de forma lúdica e espontânea, para que a brincadeira não perca seu maior atrativo, o prazer de brincar. 
‘‘O desafio do adulto reside em construir uma relação que permita à criança ser agente da sua própria brincadeira, tendo na figura dele um parceiro de jogo que a respeita e a estimula cada vez mais ampliar seus horizontes’’ (Oliveira, 2000, p.32)
 
 Assim, o papel do brinquedista é fundamental para que a brinquedoteca cumpra com a sua função de estabelecer uma estreita relação entre a criança e o brincar. 
II – O BRINCAR
Sem dúvidas a atividade lúdica é para a criança um dos principais meios de se expressar e exteriorizar seus sentimentos, e essa é uma verdadeira fonte de investigação e conhecimento sobre o mundo da criança. 
Como já abordado, o brincar deveria ocupar lugar de destaque na educação infantil, pois através dele a criança se desenvolve em diferentes aspectos, seja no cognitivo, social ou afetivo. 
Assim, Cunha (1994) contribui para este significado do brincar como sendo uma característica primordial na vida das crianças à medida que a autora, em seu livro "Brinquedoteca: um mergulho no brincar”, apresenta a importância do brincar para a criança. Nesse mesmo aspecto, a autora diz que:
Porque é bom, é gostoso e dá felicidade, e ser feliz é estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente. Porque é brincando que a criança se desenvolve, exercitando suas potencialidades. Porque, brincando, a criança aprende com toda riqueza do aprender fazendo, espontaneamente, sem pressão ou medo de errar, mas com prazer pela aquisição do conhecimento. Porque, brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, faz amigos e aprende a conviver respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo. Porque, brincando, aprende a participar das atividades, gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o hábito de estar ocupada, fazendo alguma coisa inteligente e criativa. Porque, brincando, prepara-se para o futuro, experimentando o mundo ao seu redor dentro dos limites que a sua condição atual permite. Porque, brincando, a criança está nutrindo sua vida interior, descobrindo sua vocação e buscando um sentido para sua vida. (p.11)
Observa-se assim que o brincar além de uma diversão para a criança, está voltado também para a educação, interação com o outro, construção do seu conhecimento, desenvolvimento de suas potencialidades, autonomia e autoconfiança. 
O ato de brincar proporciona à criança desenvolver raciocínio lógico e criativo, coordenação motora, inteligência, memória, atenção, curiosidade, imaginação, imitação, além de favorecer a interação com os outros, desenvolver a linguagem, o pensamento e a concentração.  
Figura 12: Criança brincando
Para se brincar não é necessário que haja um brinquedo concreto, mas pode acontecer por meio do jogo simbólico, ou seja, o faz-de-conta.
Observando uma criança brincar, pode se compreender como ela enxerga o mundo exterior, bem como seus desejos e conflitos. Através da atividade lúdica, ela vive o faz-de-conta como um suporte para a realidade. Na brincadeira ela interioriza a cultura na qual está inserida, e, ao mesmo tempo, questiona as regras e papéis sociais. 
Nesse aspecto, Vygotsky (1998), apresenta o faz-de-conta como uma atividade importante para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois exercita no plano da imaginação, a capacidade de planejar, imaginar situações lúdicas, os seus conteúdos e as regras inerentes a cada situação. Para este autor, “a situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de comportamento, embora possa não ser um jogo com regras formais estabelecidas a priori. A criança imagina-se como mãe da boneca e a boneca como criança e, dessa forma, deve obedecer às regras do comportamento maternal” (p. 124).
Ainda, em relação a esse mesmo aspecto, Kishimoto (2003) destaca a situação imaginária e as regras, como elementos importantes na brincadeira infantil, onde, nas situações imaginárias claras ou não, há regras implícitas e explícitas. Como exemplo, a criança ao imitar um motorista, segue suas regras implícitas, diferente do futebol, onde as regras são explícitas, variando conforme estratégias adotadas pelos jogadores. Podemos observar que através da brincadeira, a criança desenvolve a atenção, a memória, a autonomia, a capacidade de resolver problemas, se socializa, desperta a curiosidade e a imaginação, de maneira prazerosa e como participante ativo do seu processo de aprendizagem.
Neste aspescto, Kishimoto nos diz que, “ao prover uma situação imaginativa por meio da atividade livre, a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais” (2003, p. 43).
Geralmente quando uma criança está brincando de faz-de-conta, ela nunca quer ser a figura do filho, ou do aluno, pois enxerga o adulto como um ser superior ao seu. Então sempre escolhe representar o pai, a mãe, o professor, para que assim não precise se submeter às vontades dos adultos, como acontece na vida real. 
Figura 13: Menino brincando de boneca
Quando a criança brinca, a sua boneca é ora grande, ora pequena e, vendo-a como um ser inferior a si, certamente a prefere como pequena.(BENJAMIN, 1992, p.173)
2.1 – Fases do desenvolvimento 
Segundo Piaget, o ato de brincar possui características distintas de acordo com o desenvolvimento das estruturas mentais da criança, no qual ele divide em 03 etapas fundamentais:
Período Sensório-Motor – (0 a 2 anos de idade) -  Nesta fase ocorre o chamado Jogos de Exercício, no qual a criança adquiri suascompetências motoras e aumenta sua autonomia. Através dos sentidos, sente prazer ao descobrir seu próprio corpo. Começa a balbuciar, a explorar e manipular objetos através dos sentidos, essa manipulação fortalece a auto-estima da criança. Neste período a criança desenvolve a percepção, aquisição da linguagem, constrói frases simples, estabelece suas preferências afetivas e etc. 
Período Pré-Operatório – (2 a 6 / 7 anos de idade) – Nesta fase surge a simbologia que tem um papel fundamental nas brincadeiras. Um exemplo disso são as brincadeiras de Faz-de-conta, desenho, fantoche, entre outros. A tudo a criança atribui significados. Nesta fase a criança já tem habilidade de produzir imagens mentais. Substitui objetos pelo uso de símbolos, adquiri a coordenação motora fina. 
É este jogo simbólico que permite a criança compreender os papéis sociais que compõem a sua cultura. Um exemplo disso, é quando a criança brinca de pai, mãe, médico etc. 
Neste período ocorre o domínio da linguagem, como também o egocentrismo, que é quando a criança acredita que o mundo gira em torno dela e de suas vontades. Se apossam de objetos, acreditando que o mesmo afeta a sua vida e a do outro. Nesta idade, surgem brincadeiras individualizadas, a criança sente dificuldade em se colocar no lugar do outro. 
Período das Operações Concretas – (A partir dos 7 anos de idade) – Nesta fase a criança passa a ter uma afinidade com jogos de regras e raciocínio lógico. Nestes jogos ela aprende a respeitar regras, descobre que não é o único sujeito da ação, se socializa, encontra seus pares. Nos jogos com regras a criança tem um avanço na capacidade de pensar e refletir sobre suas ações, o que lhe permite deixar de agir com impulsividade e controlar seus comportamentos. 
A criança começa a assimilar a sua cultura, entender o mundo em que ela vive, conhecer os papéis sociais, através das atividades lúdicas, no qual ela aprende a interagir com o outro, tornando-se um ser social, além de incorporar valores morais e culturais, 
Neste período surge o moralismo, a auto-análise, compreensão dos seus erros e dos erros dos outros, planeja sua ações, respeita as necessidades dos outros, consegue resolver operações matemáticas complexas e etc. 
Já Vygotsky, ao contrário do que diz Piaget, acreditava que o indivíduo só se desenvolve através de sua relação com o outro, ou seja, que sua aprendizagem só acontece a partir de suas relações sociais. Enquanto um evidencia as fases do desenvolvimento através de fatores biológicos que determinam o avanço da aprendizagem (maturação), o outro tem uma perspectiva sócio-interacionista, de troca com o coletivo. 
Assim, Vygotsky buscou compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos ao longo da história da espécie humana, levando sempre em conta a individualidade de cada sujeito, o qual está imerso no meio cultural que o define. Para Vygotsky o homem enquanto ser social necessita do outro para desenvolver-se. 
Contrariando o que diz Piaget, Vygotsky enfatizava que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e suas condições de vida. Para ele, brincando a criança externaliza suas emoções, construindo um mundo a seu modo e, dessa forma, questionam o universo dos adultos. Portanto, na brincadeira são as normas que se encaixam em seu mundo. 
Vygotsky relata que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo, mas essas necessidades vão evoluindo no decorrer do desenvolvimento. O brinquedo surge das necessidades não realizáveis de imediato. 
É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não pelos incentivos fornecidos pelos objetos externos. ( VYGOTSKY, 1998)
Ainda neste contexto, Vygotsky relata que a aprendizagem da criança pode ser compreendida através da ZDP – Zona de desenvolvimento Proximal, segundo sua teoria, esse é o campo intermediário entre o que a criança sabe fazer sozinha (Zona de desenvolvimento real) e o que ela virá a ser capaz de fazer sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro. (Zona de desenvolvimento potencial). 
Figura 14: Pai auxiliando o filho
Já Wallon, assim como Vygotsky, acredita que as relações sociais também são importantes para o desenvolvimento da criança, porém, no início deste desenvolvimento, o fator biológico também influencia. Ele propõe, assim como Piaget, estágios de desenvolvimento. 
Segundo Wallon, o indivíduo precisa passar por crises e conflitos durante toda sua vida, e são esses conflitos que os desenvolvem e amadurecem. Diferentemente de Piaget, que acredita que o desenvolvimento da criança ocorre de maneira linear, Wallon nos mostra que, o ser humano necessita desses conflitos para crescer. 
Wallon divide os estágios de desenvolvimento da criança em três etapas fundamentais:
Período Sensório-motor – (1 a 3 anos) – Nesta período a criança está na fase de investigação, exploração do mundo que a cerca. Ainda não existe lógica em seu pensamento. Nesta fase ocorre suas relações cognitivas. 
Período Personalítico – (3 aos 6 anos) – Neste período surge a imitação inteligente, na qual a criança dá significados às suas próprias ações. É a fase do sentimento de propriedade, no qual a criança se apropria de objetos, chamando-os de “meu”. Surge a formação da personalidade. 
Período Categorial – (6 anos em diante) – Neste período há uma transição em seus pensamentos, surge os avanços na inteligência, maturação, moralidade. A criança é movida pela afetividade. Porém tudo isso ocorre de acordo com o meio cultural ao qual a criança pertence. 
 
 
 
III – O BRINQUEDO
O brinquedo é um objeto que dá suporte para a brincadeira, ele tem uma importância significante para o desenvolvimento da criança, pois propicia o seu simbolismo, raciocínio, imaginação, criatividade, e sua auto-estima. 
Alguns brinquedos além de divertirem as crianças, estão voltados para algum determinado assunto, já outros são mais livres e permitem a criança inventar mais. 
Neste contexto, Vygotsky (1989) nos mostra que, o brinquedo é responsável pelas maiores aquisições de uma criança, aquisições estas, que no futuro se tornarão seu nível básico de ação e moralidade. Para Piaget, a ludicidade é importante para as atividades intelectuais da criança, portanto é fundamental estarem integradas às práticas pedagógicas. 
Figura 15: Exemplos de brinquedos
Brinquedos como o jogo, podem desenvolver o senso crítico, a cooperação, a interação e a socialização, bem como ajuda a criança a pensar e refletir mais diante de suas atitudes, fazendo com que ela deixe a impulsividade de lado. 
O brinquedo surge de uma necessidade da criança de agir como um adulto, tornando o mundo dos objetos diretamente acessíveis a ela. No brinquedo as condições da ação podem ser modificadas conforme a necessidade da criança, sem perder, no entanto, sua relação com a situação real. Desta forma, a situação lúdica independe do resultado objetivo, visto que sua motivação reside na ação propriamente dita e é esta ação que ocasiona o surgimento de uma “situação lúdica imaginária” Assim, a ação torna necessária a imaginação originando-a. O desenvolvimento mental de uma criança é regulado pelo controle de sua relação com a realidade. Estabelecendo-se este controle e esta ação através do brinquedo, emergem mudanças no desenvolvimento psíquico da criança que conduzirão a etapa posterior de desenvolvimento. (LEONTIEV,1989, p.127)
Alguns brinquedos também podem ser usados com outra finalidade, ajudar no tratamento de pessoas. Seria a Ludoterapia, que trabalha com crianças com algum problema emocional causado por diferentes fatores. 
A finalidade do brinquedo é buscar entretenimento bem como cumprir um papel educativo. Ele ajuda no desenvolvimento cognitivo da criança e estimula a sua criatividade, além de desenvolver habilidades e competências físicas e mentais na criança.Segundo Santos (1999):
Entende o brinquedo como suporte e material da brincadeira que estimula a reapresentação, a expressão de imagens, ao mesmo tempo em que evoca aspectos da realidade vivida pela criança. 
Ainda sob o mesmo aspecto, Vygotsky relata que o brinquedo desempenha um importante papel para estruturar o funcionamento psíquico da criança, ajudando a desenvolver uma diferenciação entre ação e significado. Brincar é aprender, na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. 
Observa-se assim que o brincar além de uma diversão para a criança, está voltado também para a educação, interação com o outro, construção do seu conhecimento, desenvolvimento de suas potencialidades, autonomia e autoconfiança. 
A importância do brincar para o desenvolvimento infantil reside no fato de esta atividade contribuir para a mudança na relação da criança com os objetos, pois estes perdem sua força determinadora na brincadeira. “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir independentemente daquilo que vê.” (Vygotsky, 1998, p. 127).
O brinquedo está associado às necessidades das crianças e tem grande influência na formação de sua personalidade. Crianças, quando muito pequenas, não sabem esperar, não possuem maturidade para controlar seus desejos, são movidas pelo imediato. Segundo Vygotsky (1989), alguns desses desejos não são realizáveis naquele momento, ou, não podem ser realizados, e é neste momento que a criança entra em seu mundo imaginário, no qual tudo é possível, e resolvem suas tensões através deste mundo lúdico. Neste mundo é ela quem dita as regras, assume papéis e internaliza regras. Brincando, a criança vai exteriorizar suas angústias, desejos e seus conflitos. 
Podemos observar que o desenvolvimento da criança ocorre através do lúdico. A criança precisa brincar para crescer e assim aprender. Então é necessário que o brinquedo seja encarado com uma ferramenta pedagógica, que utilizado corretamente, é de grande contribuição para o processo ensino-aprendizagem. 
De fato a criança aprende melhor brincando. Através do brinquedo, ela vai superar sua insegurança, vai aguçar sua curiosidade, vai trazer um equilíbrio para dentro dela, favorecendo sua aprendizagem. Podemos dizer então que o brinquedo é um objeto estimulador, pois encarado como um recurso pedagógico, ele ajudará no desenvolvimento da linguagem, atenção, pensamento, criatividade, bem como suas habilidades.
Segundo Vygotsky (1989), ao brincar, a criança se desenvolve em diferentes aspectos como, afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade. Vale ressaltar que, é na infância que a criança começa a formar o seu caráter, então, o brincar se faz mais que importante, se faz imprescindível. 
Neste contexto, o brinquedo precisa deixar de ser percebido como um objeto que só propicia prazer, e sim como um instrumento importante no crescimento da criança. Brincar é tão importante como estudar. O brinquedo não é menos importante que um livro. Ambos são instrumentos pedagógicos que favorecem o desenvolvimento do indivíduo. 
Ao utilizar de modo metafórico a forma lúdica ( objeto suporte de brincadeiras) para estimular a construção do conhecimento, o brinquedo educativo conquistou espaço definitivo na educação infantil”. (KISHIMOTO; 1999.p.38)
3.1 – A Sucata como brinquedo
Reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para se transformar em um novo produto.
A sucata também serve de matéria-prima para produtos artesanais, que pode se transformar em brinquedo. As crianças podem usar o que seria lixo e transformá-lo em arte. Com a sucata é possível construir diversos brinquedos, além disso, ajuda a sensibilizar a criança sobre a importância da reutilização do lixo. 
Figura 16: Brinquedos de Sucata
Neste contexto, Bueno (2000) nos diz que, sucata é qualquer material que pode ser reaproveitado em trabalhos artesanais. 
Porém, vale mencionar que nem todo material descartável pode ser utilizado para a criança brincar, é preciso distinguir o que é lixo e o que pode ser re-aproveitável, além disso, é necessário que tudo esteja bem limpo e organizado, pois cada objeto terá de ter uma especificidade. 
Trabalhando com sucata, além de divertir as crianças, estará desenvolvendo nelas a criatividade, imaginação, autonomia, além de resgatar a importância do próprio brinquedo. 
É importante dar oportunidade para a criança criar o seu próprio brinquedo. Vale mencionar que a criança não liga para brinquedos caros, industrializados, elas gostam do brinquedo por si só. Pode-se dizer que uma criança valoriza muito mais o brinquedo que ela mesma produziu, ao que ela já encontrou pronto. 
Neste contexto, Benjamin (1984) enfatiza que:
O espírito do qual descendem os produtos, o processo total de sua produção e não apenas seu resultado está sempre presente para a criança no brinquedo; é natural que ela compreenda melhor um objeto produzido por técnicas primitivas do que com outro que se origina de um método industrial complicado. (p. 93)
O autor valoriza a construção do brinquedo, pois a criança gosta de explorar, montar, desmontar, abrir, quebrar para saber o que tem dentro, desta forma ela estabelece uma relação mais concreta com o objeto. 
Ainda neste contexto, Machado (1995) nos diz que:
Para brincar de maneira espontânea e criativa, a sucata, os restos, os refugos, a matéria antes de ser elaborada e depois de haver sido usada, são um material muito rico, que não custa nada e que muitas vezes estaria poluindo o meio ambiente, por não ser biodegradável. (p. 42)
Quando a criança está construindo o seu próprio brinquedo, além de ela estar explorando a sua criatividade, ela está interagindo socialmente em um espaço lúdico com materiais de baixo custo. 
3.1.1 - Exemplos de brinquedos confeccionados com sucata:
1 – Quebra cabeça
Para confeccionar um quebra cabeça utilizaremos caixas, figuras, cola e tesoura. Selecionar uma figura e colá-la em uma caixa (pode ser de leite) e recortar as partes da mesma. É necessário que a criança tenha a imagem inteira da figura a ser montada. 
Figura 17: Quebra Cabeça
Este jogo tem como objetivo desenvolver a atenção e a concentração da criança, bem como a relação parte/todo. 
2 – Dominó
Para confeccionar um dominó utilizaremos cartão, papel colorido e figuras. Escolher um número X de figuras que serão utilizadas, e cada figura deverá estar duplamente representada em uma peça. Colar o papel colorido no cartão e colar as figuras em cada extremidade do cartão. 
Figura 18: Dominó
Este jogo tem como objetivo desenvolver o pensamento lógico, atenção e concentração, no qual a criança identificará as semelhanças e diferenças nas peças. 
3 – Alinhavo com formas geométricas
Para confeccionar um alinhavo com formas geométricas utilizaremos madeira de espessura fina ou EVA colorido, cordão ou cadarço. Cortar a madeira ou o EVA em formas geométricas, furar as bordas, cortar barbantes ou cadarços para alinhavar as figuras. 
Figura 19: Alinhavo
O alinhavo tem como objetivo desenvolver percepção visual, conhecer as figuras geométricas e diferenciá-las, bem como desenvolver a coordenação motora. 
4 – Vaivém
Para confeccionar um vaivém utilizaremos garrafas pet, cordão, argolas e durex colorido. Cortar duas garrafas ao meio, juntar as partes iguais, colar com durex colorido, passar o cordão por dentro de ambas, e colocar as argolas em cada extremidade para ser o puxador. 
Figura 20: Vaivém
O vaivém tem como objetivo desenvolver a coordenação motora, bem como noções de distância e alternância. 
Vimos neste capítulo a importância que o brinquedo tem na formação do indivíduo. Que através do brinquedo a criança constrói seu próprio mundo e internaliza regras da sociedade. Brincando, a criança enriquece sua criatividade, se sociabiliza e amadurece. A sucata como brinquedo ajuda a desenvolver na criança essa criatividade, adquiremhabilidades manuais, bem como responsabilidades com o meio ambiente. 
IV – O JOGO
O jogo pode ser considerado um recurso pedagógico para a Educação Infantil quando aplicado adequadamente, pois através dele é possível desenvolver na criança criatividade, interação social, raciocínio lógico, respeito e compreensão de mundo. Quando a criança joga, além de estar sentindo prazer, está internalizando regras, se apropriando da realidade humana, bem como enriquecendo sua personalidade. 
O que ocorre nas escolas é que nem sempre o jogo e a brincadeira são levados em conta no currículo escolar, no qual a brincadeira só aparece como forma de recreação. Seria importante desfazer essa dicotomia que existe entre o pedagógico e o lúdico, adaptando o jogo nos planos pedagógicos, encarado-o como um recurso capaz de contribuir para a construção do conhecimento e auxiliar no desenvolvimento da criança, deixando de encará-lo apenas como uma atividade de lazer e prazer. 
“O jogo não é uma atividade isolada de um grupo de pessoas formadas ao acaso: reflete experiências, valores da própria comunidade que estão inseridas.” (ALMEIDA, 2000, p. 53)
A partir do jogo a criança desenvolve a capacidade de resolver problemas, criar alternativas, fazendo uso de sua imaginação. Segundo Kishimoto (2003, p. 16), o jogo possui três aspectos: sistema linguístico, sistema de regras e um objeto, que funciona em um contexto social. 
Existe uma variação para a categoria “jogo”, no qual pode ser jogo de faz de conta, jogos cognitivos, simbólicos, sensório-motores e etc. Tudo é denominado jogo, porém com especificidades diferentes. 
De acordo com o Referencial Curricular Nacional (1998), a criança se desenvolve através do lúdico, então ela precisa brincar, ter prazer e alegria em seu crescimento, necessita do jogo como equilíbrio entre ela e o mundo. Cabe a escola proporcionar e realizar este trabalho, introduzindo o jogo como possibilidade de aprendizagem. 
O jogo estimula a imaginação e favorece o desenvolvimento de habilidades de comunicação, comparação, discriminação. Através do jogo é possível garantir a integração social, bem como formar a independência da criança, que será capaz de criar e recriar soluções para seus problemas, obtendo autonomia de discernir o certo do errado, além de favorecer as relações interpessoais e o convívio ético. 
Figura 21: Criança jogando
Jogando a criança passa a internalizar regras e assimila a realidade, que talvez, sem o jogo, não seria capaz de compreender, ao relacionar-se com o mundo dos adultos. O jogo imita o real de maneira espontânea, adaptando regras aos dados da realidade. Segundo Piaget, 1994, no jogo, a afetividade também é um instrumento incentivador e motivador no processo de aprendizagem, já que proporciona à criança a necessidade de investigação, favorecendo sua inteligência. Para ele, o jogo tem duas funções básicas: consolidar esquemas já aprendidos pela criança, bem como gerar prazer e equilíbrio emocional a mesma. 
Neste contexto, Vygotsky (1989) enfatiza que, através do jogo, a criança aprende a agir, estimula sua curiosidade, adquire autoconfiança e iniciativa própria, desenvolve a comunicação, a concentração, o pensamento lógico e a socializar-se. 
O jogo como ferramenta educativa no ambiente escolar, contribui para o processo de ensino e aprendizagem da criança, pois além de gerar prazer, proporciona à criança a capacidade de ordenar e construir seu pensamento de maneira estruturada e coerente, além de ser um grande motivador da imaginação e criatividade. 
Quando a criança participa de jogos, ela desenvolve atitudes sociais, como respeito ao próximo, cooperação, respeito às regras, noção de coletividade, responsabilidade, justiça, iniciativa e etc, emergindo seu desenvolvimento integral. 
Para os cognitivistas, o jogo assume diferentes significados: Wallon(1981) interpreta o jogo como uma forma de transgressão do cotidiano e de normas. Bruner (1976) atribui ao ato lúdico a possibilidade de exploração de problemas. Vygotsky (1988) interpreta a brincadeira como uma situação imaginária mediatizada pela relação que a criança tem com a realidade social. Gardner (1998) entende a brincadeira como a elaboração de roteiros cognitivos manifestos em seqüências simbólicas, quando tratar um objeto como se fosse outro em brincadeiras de faz-de-conta é a forma principal de metarrepresentação. Piaget (1976) busca a equilibração como mecanismo de adaptação da espécie em que a brincadeira gera comportamentos de assimilação e acomodação (PERONDI, 2001, p.141). 
Através do jogo, a criança vive uma situação imaginária. Ele é um grande instrumento que auxilia no desenvolvimento do pensamento abstrato. Jogando a criança desenvolve capacidades, soluciona problemas e amplia seus conceitos.
O brinquedo, o jogo, a imaginação, são todos grandes aliados ao processo ensino-aprendizagem e estes precisam ser mais bem aproveitados, pois auxiliam no desenvolvimento de habilidades e conhecimentos. 
O jogo contribui para a criança compreender e respeitar regras, fazer previsões, traçar estratégias, analisar as possibilidades, criar e recriar situações, solucionar conflitos e etc. Então a escola deveria fazer mais uso deste recurso, em todos os níveis de conhecimento e principalmente no ensino da matemática. 
Nos jogos a criança está desenvolvendo seus aspectos cognitivos, seja nos jogos de exercício, simbólicos e de regras. Segundo Piaget (1978), esses jogos devem estar muito bem estruturados. 
Nos jogos de exercício a criança não modifica nada, ela apenas repete. É aonde ocorre suas primeiras ações lúdicas. Acontece no período sensório-motor, de 0 a 2 anos de idade. 
Os jogos simbólicos ocorre no período pré-operatório, no final dos 2 anos até os seis/sete anos de idade. Nestes jogos a criança representa objetos ausentes do jeito que ela quer. Busca explicar e dar significados às coisas que a cercam. 
Nos jogos de regras a criança sai da fase do egocentrismo e passa a interagir com os outros. Compreende que as regras existem e precisam ser respeitadas. Os jogos de regras ocorrem no período operatório-concreto, de 7 a 11 anos de idade. 
Figura 22: Criança jogando Xadrez 
Nesse aspecto, Wallon nos diz que toda atividade da criança é lúdica. Todas as suas aquisições vem a partir da ludicidade. Para ele, o jogo é uma atividade involuntária da criança, pois a partir do momento em que ela é imposta, ela assume um papel de trabalho, obrigação. 
Ainda nesse aspecto, Wallon relata que os jogos são classificados em quatro categorias: Jogos funcionais, Jogos de ficção, Jogos de aquisição e jogos de fabricação. 
Nos jogos funcionais a criança explora seu corpo através de seus sentidos. Descobre o prazer de seus gestos. Procura explorar objetos, sons, movimentos, a partir de sua motricidade. 
Nos jogos de ficção a criança imita a sua realidade, ou seja, assume papéis sociais. É o faz-de-conta, no qual através da imaginação, a criança se torna aquilo que ela quer ser. Brinca de casinha, se torna pai, mãe, médico, ou seja, imita o mundo real. 
Nos jogos de aquisição a criança desde pequena, busca compreender e imitar tudo que a cerca, como sons, imagens, histórias, canções, gestos e etc. 
Os jogos de fabricação se misturam um pouco aos jogos de ficção, pois é quando a criança cria, imita, inventa, dá vida aos objetos, manuseando-os e transformado-os em outros. Um exemplo disso é quando a criança pega um cabo de vassoura e o transforma em um cavalo. 
Figura 23: Crianças brincando com cabo de vassoura
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esta pesquisa percebemos a importância do brincar na educação infantil e o quanto ela potencializa o desenvolvimento da criança, seja no aspecto cognitivo, afetivo, social ou psicomotor. É possível descobrir o que a criança pensa e sente a partir do modo com que ela brinca e se comporta. 
Observamos que quando uma criança brinca, ela libera energia, sente prazer, age com entusiasmo, espontaneidade e deveríamos explorar mais essa fonte de movimentos e expressão que a criança exercena brincadeira, utilizando esse lúdico como forma de desenvolvimento e aprendizagem. 
Esta pesquisa nos remete a pensar que de que adianta saturar a criança com tantas atividades como, natação, balé, informática, inglês, espanhol, se o mais importante ela não faz, que é brincar?! Desta forma, os pais acabam pulando a etapa mais importante da vida de seus filhos, que é a infância. O direito de brincar consiste nesse momento da vida da criança, que é explorar suas potencialidades, desenvolver e adquirir novas habilidades, construir sua identidade, ter autonomia para resolver seus conflitos, compartilhar sentimentos com os amigos, aprender a respeitar o espaço do outro, a conhecer seus limites, assimilar regras, tudo isso se aprende quando a criança, brinca, interage, e não dentro de uma sala de aula. A criança precisa de liberdade e tempo para brincar e aprender, pois ela será o adulto de amanhã. 
Acreditamos então que as escolas precisam aprender a incorporar atividades lúdicas em seus planos pedagógicos, em seus currículos, para desta forma tornar a aprendizagem mais prazerosa e não fatigante. Que a criança passe a gostar de ir à escola e tenha vontade de aprender. 
Desta forma, brinquedos precisam deixar de serem vistos como simples objetos de prazer, mas também como elementos que promovem a aprendizagem. Tantos os educadores como também os pais, precisam ter ciência da importância da utilização do brinquedo, do jogo e da brincadeira para o desenvolvimento de habilidades e potencialidades. 
Com este estudo buscamos subsidiar reflexões a respeito das diversas contribuições que o brincar exerce dentro do desenvolvimento infantil. Que o brincar seja encarado com seriedade por parte de pais e professores e não mais como recreação. 
Nosso desafio é que as escolas encarem o brincar como parte de suas metodologias, integrando as atividades lúdicas dentro de seus currículos e ações pedagógicas. Que as instituições de ensino assegurem o direito das crianças brincarem, não como divertimento, mas como forma de expressão, interação, comunicação e pensamento. 
Nosso objetivo é que essa concepção de brincar mude. Que brincar não seja visto como menos importante que estudar, e sim como parte deste processo. Aprendizagem e brincadeira fazem parte do mesmo objetivo, que é educar. Ambas estão intimamente relacionadas. 
Brincar é mais que importante é um direito! A Constituição Brasileira defende o brincar como um direito de toda criança, como uma prioridade, e cabe à escola, à família, o Estado e a sociedade fazerem esses direitos valerem. 
Nosso Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (Brasil,1998, p.13) nos diz que: 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
 
REFERÊNCIAS
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MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata e a criança: a importância do brincar – Atividades e materiais. 2ed. São Paulo: Ed. Loyola, 1995, p. 42.KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2003.
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