Deficiência auditiva

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Deficiência 
auditiva 
PROF. EVERALDO L. MODESTO 
História 
 Na China antiga os indivíduos surdos eram jogados ao mar, 
em Esparta eram jogados de altos rochedos, em Atenas eram 
rejeitados e abandonados em praças ou campos. 
 
 
“Surdo-mudo” 
 Na Idade Moderna, pela primeira vez, houve distinção entre 
a surdez e a mudez. A expressão “surdo-mudo” deixou de 
ser a designação do Surdo 
 
Se não acometidas por alterações psíquicas e/ou 
orgânicas que interfiram em suas pregas vocais, 
pessoas surdas podem sim produzir sonorização 
vocal 
Deficiência auditiva 
 A deficiência auditiva – ou surdez – é a perda parcial ou 
total da capacidade de conduzir e/ou perceber sinais 
sonoros. 
Funções da audição 
 Capacidade de receber e interpretar sons externos ; 
 
 O estado de alerta, ou seja, a capacidade que a audição nos 
proporciona de perceber os diferentes sons a 360º; 
 
 A avaliação de distâncias 
Órgão da audição 
Órgão da audição 
 O ouvido externo tem função de captar o som, e conduzir as vibrações 
sonoras para o ouvido médio; 
 
 O ouvido médio tem a função de amplificar as informações vindas do 
ouvido externo e repassá-las para o ouvido interno; 
 
 O ouvido interno é responsável pela transformação dos impulsos 
mecânicos em impulsos elétricos e pela detecção de orientação 
espacial da cabeça. 
 
Classificações 
 Local 
 
 Perda auditiva 
 
 Época em que surgiu 
 
Causas 
 Congênitas x Adquiridas 
 
 As infecções virais (rubéola materna, por exemplo), infecções bacterianas, 
distúrbios metabólicos, síndromes e alterações cromossômicas podem ser 
causas pré-natais da surdez. 
 
 As alterações auditivas pós-natais podem decorrer por traumas, distúrbios 
infecciosos de origem viral ou bacteriano (meningites, caxumba sarampo, herpes 
zoster, entre outras) ou mesmo por ruído excessivo. 
Frequência e 
decibéis 
Características principais 
 A deficiência auditiva pode implicar no desenvolvimento do indivíduo de 
maneira bastante variável. 
 
 Depende da intensidade ou da época em que surgiu e principalmente dos 
estímulos oferecidos no decorrer da vida e também das possibilidades de 
experimentação. 
 
 Em relação ao aspecto afetivo-social, é comum existir tendência ao 
isolamento 
 
Características motoras 
 Lesão no ouvido interno podem-se perceber distúrbios em algumas 
capacidades como o equilíbrio (estático e dinâmico), ritmo, 
coordenação e noção espacial. 
 
 Independente do atraso causado pela presença da deficiência auditiva 
desde os primeiros anos de vida deste aluno é importante ressaltar que 
a falta de vivências e experiências motoras são muito mais relevantes 
para um possível atraso no desenvolvimento global dessa criança do 
que a surdez em si. 
Dicas gerais 
 Incentive o intérprete a ficar perto do professor 
 
 Forneça os planos de aula ao intérprete com dias de antecedência. Inclua uma 
lista com vocábulo específico 
 
 Ao se dirigir ao aluno surdo olhe para ele e não para o intérprete 
 
 Diminua os ruídos de fundo, pessoas conversando 
 
 
Dicas gerais 
 Uso do sistema de circuito FM 
 
 Use comandos de ensino visuais e específicos 
 
 Utilize amplamente as demonstrações 
 
 Facilite a leitura labial e a visão das expressões faciais 
 
 Locais com iluminação adequada 
 
Dicas gerais 
 Promova atividades de liderança entre os alunos surdos 
 
 Incentive o aluno a tirar o aparelho quando houver um ruído 
excessivo e inevitável 
 
 Faça com que os alunos surdos ajudem os que ouvem e vice-versa 
 
 Aprenda tudo o que puder sobre a língua de sinais 
 
JOGOS 
 Jogos de imitação. 
Jogos motores. 
Jogo dos cartões 
 
SURDOLIMPÍADAS 
Em 1924 aconteceram os primeiros Jogos do 
Silêncio, em Paris. Esse evento reuniu atletas de diversos 
países e ocorrem até os dias atuais. Atualmente o evento 
é conhecido como Surdolimpíadas e ocorrem a cada 
quatro anos e é aprovada pelo Comitê Olímpico 
Internacional (COI). 
 
Ao contrário de outros jogos para atletas com 
deficiência, que são todos dirigidos por 
árbitros sem deficiência, as Surdolimpíadas 
são dirigidas por pessoas que também 
tenham deficiência auditiva. 
 
 
 
MODALIDADES 
 
 A Surdolimpíadas oferecem 20 modalidades para os jogos de verão e cinco para os jogos de 
inverno. 
 
 Modalidades de verão: atletismo, badminton, basquetebol, boliche, ciclismo, corrida de 
orientação, futebol, judô, karatê, luta livre, luta Greco-romana, mountain bike, natação, polo-
aquático, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro, vôlei de praia, voleibol. 
 
 Modalidades de inverno: esqui alpino, esqui cross-country, snowboard, curling (que está 
representado na foto ao lado) e hóquei no gelo. 
 
REGRAS 
 As regras de todas as modalidades esportivas são idênticas às dos esportes convencionais, 
apenas com algumas adaptações na comunicação entre árbitros e atletas. Para isso, é comum o 
uso de bandeiras ou cartões coloridos para advertir o atleta sobre os acontecimentos durante o 
jogo coletivo. 
 
Como exemplo: no atletismo e na natação as saídas são realizadas basicamente de 
duas formas: o árbitro abaixa o braço no momento da largada, ou um flash de luz é 
disparado na base da baliza, no momento da partida. 
CRITÉRIOS DE ELIGIBILIDADE 
 As Surdolimpíadas têm como meta reunir todos os atletas com deficiência auditiva, que são 
filiados, em uma competição honesta e imparcial. A participação nos jogos deve atender aos 
seguintes critérios: 
 
 Os atletas devem apresentar uma perda auditiva de pelo menos 55 dB (decibéis) no melhor 
ouvido. 
 
 Os atletas devem ser membros filiados à uma Federação reconhecida. 
 
 
Nas competições é 
proibida a utilização de 
equipamentos auditivos 
externos, como o 
aparelho de amplificação 
sonora individual 
(aparelhos auditivos)