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transtornos emocionais

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1.5. Transtornos Emocionais e de Comportamento 
Os transtornos emocionais e de comportamento são caracterizados pela presença de um comportamento agressivo, dissocial ou provocador, associado a sinais patentes e marcantes de depressão, ansiedade e de outros transtornos emocionais. 
1.5.1.Transtorno de sintomas somáticos 
O termo psicossomático compreende toda perturbação somática resultante de um determinismo psicológico que intervém de modo constante na gênese da doença. Introduzido por Heinroth, no início do século XIX, traduz uma concepção dualista do homem e a influência recíproca de uma parte sobre a outra. Atualmente, o estudo da Psicossomática tem como finalidade integrar a doença à dimensão psicológica, propiciando um melhor entendimento do paciente e uma ação terapêutica mais abrangente e significativa. (Melo filho 2002)
Os transtornos situados na fronteira mente-corpo encontram-se classificados no DSM-IV-TRTM (APA, 2002), como Transtornos Somatoformes. No geral, a característica comum dos Transtornos Somatoformes é a presença de sintomas físicos que sugerem uma condição médica geral, não sendo, porém, completamente explicados por essa condição nem pelos efeitos de qualquer substância ou nem, ainda, por um outro transtorno mental. Os Transtornos Somatoformes estão divididos em Transtorno de Somatização, Transtorno Somatoforme Indiferenciado, Transtorno Conversivo, Transtorno Doloroso, Hipocondria, Transtorno Dismófico Corporal e Transtorno de Somatização Sem Outra Especificação.
Quase todos nós aceitamos sem problemas que o coração bata com mais força quando nos aproximamos da pessoa por quem estamos apaixonados,ou que as nossas pernas tremam quando é preciso falar em público. São emoções que provocam sintomas físicos reais. Entretanto, custa aceitar que os mesmos pensamentos que causam um frio na barriga cheguem a desencadear doenças graves, como cegueira, convulsões ou paralisias. 
Transtorno de sintomas somáticos para a Análise do Comportamento 
A análise do comportamento compreende que, tanto o que fazemos (nossos comportamentos) como as nossas emoções e sentimentos são produtos das contingências às quais estamos expostos. As doenças psicossomáticas estariam também diretamente relacionadas às contingências. É importante ressaltar que não é qualquer tipo de contingência que pode culminar em doenças psicossomáticas. São as contingências aversivas presentes constantemente, por um longo período, na vida de um indivíduo que não tem como delas escapar ou até mesmo contra-controlar aquele que as estabelece, que geram as alterações fisiológicas que levam a essas doenças. É possível que uma pessoa não possa escapar das contingências aversivas ou porque não é possível, ou porque não possui o repertório de esquiva necessário.
Veja que a análise do comportamento não direciona a causalidade de uma doença psicossomática diretamente ao estresse ou à ansiedade, mas recorre às contingências para explicar o funcionamento do organismo, seja nos seus aspectos públicos ou privados. A doença psicossomática e os seus comportamentos frente às situações aversivas são todos causados pelas contingências.
Uma boa relação com a mãe propicia dentro da criança um sentimento básico de confiança. Caso isso não ocorra, a criança pode perceber que só conseguirá despertar o interesse, a atenção  e os cuidados da mãe, adoecendo, principalmente quando isso é reforçado. 
Quando a criança sente que só é valorizada quando doente, ela passa a adoecer com frequência, relacionando a atenção, afeto e amor com doenças. Como a criança não possui outra forma de se expressar, ela aprende a usar o corpo como meio de comunicação e defesa. Muitas crianças também podem apresentar sintomas decorrente de excesso de cobrança sobre ela.

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