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Germana Costa Paixão Eloisa Maia Vidal (organizadoras) Orientações P e d a g ó g i c a s 1 Ferramentas tecnopedagógicas em EaD: orientações sobre processos de avaliação formativa 2015 Tecnopedagogicas.indd 1 07/05/15 16:33 Exped ien te Presidente da República Dilma Vana Rousseff Ministro da Educação Renato Janine Ribeiro Presidente da CAPES Jorge Almeida Guimarães Diretor de Educação a Distância da CAPES Jean Marc Georges Mutzig Governador do Estado do Ceará Camilo Santana Reitor da Universidade Estadual do Ceará José Jackson Coelho Sampaio Pró-Reitora de Graduação Marcília Chagas Barreto Coordenador da SATE e UAB/ UECE Francisco Fábio Castelo Branco Coordenadora Adjunta UAB/UECE Eloísa Maia Vidal Direção do CCS/UECE Glaúcia Posso Lima Coordenação da Licenciatura em Ciências Biológicas Germana Costa Paixão Coordenação de Tutoria e Docên- cia em Ciências Biológicas Roselita Maria de Souza Mendes Coordenadora Editorial Rocylânia Isidio de Oliveira Projeto Gráfico e Capa Rocylânia Isidio de Oliveira Diagramador Francisco Oliveira Tecnopedagogicas.indd 2 07/05/15 16:33 Sumár io Apresentação ......................................................................................5 1. Diretrizes de elaboração e avaliação de planos de aula .....................7 2. Diretrizes para avaliação de fóruns .................................................21 3. Diretrizes para participação e avaliação de participação em chats ................................................................27 4. Diretrizes para avaliação de textos coletivos - Wikis ........................31 5. Diretrizes para elaboração e avaliação de podcasts .........................33 6. Diretrizes para elaboração e avaliação de mapas conceituais ..........................................................................37 7. Diretrizes para elaboração e avaliação de e-books ..........................44 8. Diretrizes para elaboração e avaliação de blogs ..............................49 9. Diretrizes para elaboração e avaliação de vídeo educacional ..........52 10. Produção de quizzes/questionários/enquetes on line .....................56 11. Diretrizes para elaboração de resenhas críticas e fichamentos ...............................................................................62 12. Diretrizes de elaboração e correção de portfólios/webfólios educacionais .................................................66 13. Diretrizes para elaboração e avaliação de histórias em quadrinhos................................................................70 Sobre os organizadores e autores .......................................................80 Tecnopedagogicas.indd 3 07/05/15 16:33 Tecnopedagogicas.indd 4 07/05/15 16:33 Apresentação O uso de recursos tecnológicos na educação a distância vem au- mentando de forma vertiginosa nos últimos anos, e um dos aspectos que se destacam na decisão sobre o uso desses recursos se refere à interativi- dade mediada pelos ambientes virtuais de aprendizagem. Na Universidade Estadual do Ceará, as estratégias de interação se dão a partir de alguns pressupostos apontados na literatura da área, e es- tão claramente definidas no que tange à relação entre professores, alunos e conteúdos, considerando que esse triângulo didático pode se articular a partir de várias dimensões. A proposta da Universidade Aberta do Brasil na UECE para a edu- cação à distância, busca incorporar o uso das novas tecnologias, e o crescente grau de interatividade que tem permitido alterar as relações de tempo e de espaço, caminhando para uma convergência entre o real e o virtual. Isso nos leva a redefinir os limites entre o que seja educação pre- sencial e educação a distância e a criação de um modelo de oferta que, na literatura internacional, se denomina blended learning que se pode traduzir como cursos híbridos. O blended learning consiste na combinação de aprendizagem pre- sencial com aprendizagem virtual interativa. Nessa perspectiva, se na modalidade presencial pode-se fazer uso de diversas linguagens, na edu- cação a distância todas podem ser utilizadas simultaneamente, conferin- do-se ao processo um potencial maior de comunicação e de integração espaço/tempo. Esse modelo apresenta como vantagem o fato de que, nas atividades remotas, ou com apoio de recursos virtuais, é possível atender a diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e aumentar a produtividade do professor e do aluno. Hoje, um aluno a quilômetros de distância pode interagir face a face com seu professor, enquanto outro, assistindo a uma aula presencial, pode passar todo o tempo sem nenhuma interação. A relativização dos termos presencial, a distância, real e virtual se colocam num novo Tecnopedagogicas.indd 5 07/05/15 16:33 paradigma comunicacional, que na visão de Pierre Lévy representa uma mudança de mentalidade e a construção de um novo mundo. Um dos desafios para os cursos de educação a distância é atingir um equilíbrio adequado entre estudo independente e atividades interativas. A interação não é sinônimo apenas de interação professor/aluno, mas há que se considerar diversos tipos de interatividade e diversas tecnologias que podem ser utilizadas, respeitando as características próprias de cada mídia e o planejamento da interação concebido para o curso em EaD. No caso dos cursos oferecidos na UAB/UECE, a opção institucional foi pela adoção da modalidade a distância conforme preconiza a propos- ta da UAB, com a inclusão de recursos tecnológicos que permita graus diferenciados de interatividade. Nesse sentido, o Grupo de Estudos “Fer- ramentas Híbridas em EaD para cursos de Ciências Biológicas da UECE” realizou um trabalho ao longo de dois anos, motivado pelas inquietações dos tutores, que constantemente buscavam referências e orientações para melhor avaliar os trabalhos dos alunos e está disponibilizando para o público em geral, esperando que possa ter utilidade para professores, tutores e gestores dos demais cursos. Essas orientações pedagógicas procuram descrever metodologias e procedimentos utilizados para um conjunto de ferramentas digitais dispo- nibilizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle) para as disci- plinas dos cursos, visando subsidiar os processos de avaliação formativa dos alunos que essas ferramentas possibilitam. Ao utilizar tais recursos tecnológicos a partir de orientações adequa- das e subsidiadas por referências teóricas que lhe deem suporte, o ob- jetivo é estimular cada vez mais, os aspectos colaborativo e cooperativo entre alunos, tutores e professores, diminuindo a sensação de isolamento do estudo a distância e ajudando no processo de avaliação de desempe- nho da aprendizagem dos alunos. As organizadoras Tecnopedagogicas.indd 6 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 7 1. Diretrizes de elaboração e avaliação de Planos de Aula Edson Lopes da Ponte Laura Helena Pinto de Castro 1.1. Introdução O planejamento está presente em quase todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades, sendo essencial em diferentes setores da vida social e tornando-se imprescindível na atividade docente. O planejamento de aula é fundamental para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como conse- quência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinte- resse dos alunos pelo conteúdo e tornando-as desestimulantes. Dessa forma, buscamos elaborar um documento que possa nortear os alunos na elaboração dos seus planos de aula. Os planos devem ser flexíveis frente às situações imprevistas, ter clareza e objetividade, articu- lar teoria e prática e utilizar metodologias diversificadas, inovadoras, que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem. O modelo padrão de plano de aula a seguir, baseia-se na proposta do Portal do Professor/MEC, um site lançado em 2008 em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia,que objetiva apoiar os processos de formação de professores brasileiros e enriquecer a sua prática pedagógica, disponibilizando um espaço para produzir e compartilhar sugestões de aulas. 1.2. Elaboração de Plano de Aula 1) Título da aula O título da aula precisa ser objetivo, claro e relacionado diretamente com o conteúdo ou com o tema a ser trabalhado. Por exemplo: se o tema da aula é “Citologia”, você deve escolher um título que corresponda ao tema, como “O transporte de substâncias através da membrana celular”. 2) Autor Toda aula deve vir com o nome da pessoa que a elaborou, no caso, o nome do professor. Tecnopedagogicas.indd 7 07/05/15 16:33 Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado 8 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. 3) Estrutura curricular a) Modalidade/nível de ensino Ao planejar sua aula, verifique a que nível de ensino ela se desti- na: Fundamental I ou II, Médio/Profissional ou a outra modalidade, por exemplo, o EJA (1º e 2º ciclos), Educação Escolar Indígena, etc. b) Componente curricular (disciplina) Defina, claramente, a que disciplina se destina a aula (Ciências, Biologia, Física, Matemática). c) Tema Antes de elaborar sua aula, verifique se o tema escolhido vai de encontro aos interesses do aluno e aos objetivos que se quer alcançar. Por exemplo: Tema: Citologia Título da aula: O transporte de substâncias através da membrana celular 4) Dados da aula a) O que o aluno poderá aprender com esta aula (objetivos) O objetivo de uma aula deve indicar claramente o que é esperado do aluno. • Quais mudanças nós esperamos que aconteçam a partir da nossa aula? • O que, exatamente, o aluno poderá aprender? Um objetivo educacional deve indicar um comportamento passível de avaliação. Uma aula bem sucedida deve ter seus objetivos alcançados e isso só se confirma pela avaliação da referida aula. Portanto, objetivo e avaliação têm estreita relação. Liste os objetivos com verbos de ação no infinitivo e que indiquem precisão (construir, avaliar, analisar, identificar, escrever, ler, listar, defi- nir, reproduzir, organizar, traduzir, demonstrar, dramatizar, jogar, explorar, saltar, percorrer, etc.) Obs: Existem outros verbos adequados para apresentação de objetivos de aulas, como: calcular, criticar, defender, escolher, redigir, reescrever, relatar, reproduzir, separar, reorganizar, reutilizar, resumir, inventar, selecionar, responder, atuar, tra- balhar, ajudar, mostrar, construir, compor, repartir etc. Dica: Verbos que possuem múltiplas interpretações como: apreciar, entender, compreender, evidenciar, gostar, julgar, pensar, refletir não devem ser utilizados para indicar os objetivos de uma aula. Tecnopedagogicas.indd 8 07/05/15 16:33 Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Realce Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Orientações Pedagógicas 1 9 b) Duração das atividades É importante que os professores deixem claro em quantas aulas o as- sunto apresentado poderá ser desenvolvido. Utilize a hora/aula como unida- de de medida de tempo (geralmente a hora/aula tem duração de 50 min). c) Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno Não apresente teorias ou grandes textos, ou seja, evite temas muito abrangentes. Liste apenas os temas de sua disciplina, indispensáveis para que o aluno possa acompanhar a sua proposta de aula. Por exemplo: para uma aula sobre divisão celular, é necessário que os alunos já tenham iniciado os estudos sobre a estrutura da célula, es- pecificamente, do núcleo celular e dos cromossomos. É importante que o professor detalhe, o que exatamente o aluno precisará saber sobre a estrutura celular, ou seja, quais tópicos serão abordados, para que ele possa acompanhar a aula. d) Estratégias e recursos da aula (metodologia) As estratégias representam o roteiro de trabalho. Ao apresentar as estratégias para sua aula, pense na sequência didática: se as atividades estão ordenadas, estruturadas, ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa, organizadas de acordo com os objetivos que o professor listou. Deixe claro o passo a passo sobre como fazer. e) Recursos Não confundir recursos com materiais. Os materiais podem ser te- soura, cartolina, cola, computador, etc. Recursos são ferramentas didáticas que ajudam o professor a ensi- nar melhor, que enriquecem o planejamento de uma aula ou uma ativi- dade. São exemplos de recursos as estratégias de leitura, de socialização do resultado de uma pesquisa ou de um trabalho de grupo, uso de áudios ou vídeos, jogos (incluindo os virtuais), simulações, jornais, livros, revis- tas, CDs, CD-ROM, sites, dentre outros podem fazer parte tanto dos re- cursos como dos materiais, dependendo do enfoque. Lembre-se de que a maioria desses recursos já faz parte do cotidiano dos alunos. Dê preferência a um conjunto de mídias para serem usadas de for- ma dinâmica em diferentes momentos da aula. Tecnopedagogicas.indd 9 07/05/15 16:33 Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Realce Jean Gleison Andrade do Nascimento Riscado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado Jean Gleison Andrade do Nascimento Sublinhado 10 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. Atenção! Integração de mídias não significa localizar e selecionar tudo que existe sobre o tema abordado, e sim selecionar aquelas que tratam do tema em questão e que também estejam adequadas aos objetivos da aula e das estratégias definidas por você. Os endereços web deverão ser apresentados completos, em formato de link e associados a uma imagem respectiva. O uso dos recursos multimídia deve ser agregado às possibilidades educativas listadas no item “Estratégias e recursos”. Para que ocorra maior comunicação e trocas entre os alunos, pro- mova o uso de ferramentas interativas e recursos tais como: • Blogs: para divulgar as aprendizagens e promover a comunicação en- tre alunos de diferentes localidades. • Links de portais ou de sites: espaços ricos de pesquisa para os alunos. • Podcasts ou áudios: novas linguagens para as produções dos alunos. • Google docs, wiki ou outro editor: para produção colaborativa entre os alunos. • Softwares educacionais: para criação de jogos, experimentações e outros. • Salas de chat, fóruns, redes sociais: para debates entre alunos de diferentes locais. • Jornais eletrônicos e murais digitais: para registro das novas aprendizagens. Dê ideias sobre como eles poderão registrar as novas aprendiza- gens: em que momento da aula, em quanto tempo e de que forma; uma mídia impressa(folder, panfleto, jornal, cartaz etc.), uma mídia digital (vídeo, áudio, blog, página web, jornal digital, imagens etc.) ou exposição na sala de aula/escola. Ressalta-se que os recursos didáticos podem ser quadro, giz, data show, e, ainda, usar fontes histórico-escolares como filmes, músicas, etc. f) Recursos complementares Além dos recursos multimídia ou links incluídos na estratégia da aula, indique também outras fontes complementares como livros, portais, blogs etc. Organize as informações e coloque links nos endereços web. Escrever neste espaço apenas endereços web completos, em formato de link e que sirvam de apoio ou de aperfeiçoamento sobre o tema, para o professor, caso ele necessite. Tecnopedagogicas.indd 10 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 11 g) Avaliação A avaliação pode ser diagnóstica, formativa e somativa. Nesse con- texto, deve-se discriminar, com base nos objetivos estabelecidos para a aula, as atividades e os critérios adotados para correção. São muitos os momentos em que os alunos podem ser avaliados: • Quando emitem suas opiniões, realizam as tarefas, os registros ou dis- cutem os resultados com a turma. • Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nos- sos alunos. Explique como a avaliação será realizada. Como saber se os alu- nos aprenderam? Que instrumentos ou estratégias podem ser utilizados? Não se trata aqui de provas e outras medições, mas de procedimentos dos quais o professor pode se valer a fim de que os alunos tenham opor- tunidade de “mostrar” o que e como aprenderam. Exemplificamos as respostas às perguntas-problema ao final da aula, discussão de roteiro, compreensão de gravuras e trabalho com documentos. É importante que o desempenho dos alunos seja considerado com a finalidade de se planejar as próximas ações, as próximas aulas e as ati- vidades seguintes. As avaliações mais importantes são as que orientam o ensino, integradas ao processo de ensino-aprendizagem. Ao propor uma gincana, por exemplo, em que os alunos escrevam bilhetes anônimos e numerados, é possível desenvolver a socialização enquanto são verifica- das as competências de ler e escrever de cada um. Atividades desse tipo, de múltiplos propósitos, da Educação Infantil ao Ensino Médio, revelam mais do que provas e devem ser bem elaboradas para não confundir o avaliador e prejudicar o aluno. h) Referências Bibliográficas Deve ser indicada toda a bibliografia consultada para o planeja- mento da aula, dividindo-a em básica e complementar. A bibliografia básica é composta por um conjunto de livros, ar- tigos ou qualquer outro material que, de modo geral, expõem todo, ou grande parte do conteúdo da disciplina, de forma que o aluno possa deter-se ao estudo de uma dessas obras e manter-se em dia com os con- teúdos lecionados em sala de aula. Mas há limitações. Nenhum livro é completo, nenhuma obra ou artigo ensina tudo nem responde a todas Tecnopedagogicas.indd 11 07/05/15 16:33 12 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. as perguntas. Os materiais da bibliografia básica não necessariamente devem ser seguidos do começo ao fim, sem necessidade de consulta a outras fontes. São apenas materiais que tratam, de forma mais ou menos aprofundada, dos conteúdos referentes a uma disciplina. A bibliografia complementar, por sua vez, é utilizada para pos- sibilitar o aprofundamento do estudo acerca de certos aspectos ou pon- tos do conteúdo. Não se trata de uma bibliografia secundária; ao menos não no sentido de sua relevância. Em alguns casos, textos da bibliografia complementar são de leitura indispensável. O que ocorre é que a biblio- grafia complementar nem sempre se restringe aos temas englobados no conteúdo programático e, de forma geral, quando o faz, é com maior aprofundamento. Observação: As referências podem estar embutidas nos tópicos do plano de aula. Em suma Bibliografia Básica: listagem de livros, artigos e outros materiais que seguem, com maior ou menor grau de aproximação, o conteúdo progra- mático estabelecido para a disciplina. Bibliografia Complementar: listagem de livros e textos que, versando sobre assuntos da área ou que apresentem ligação com os assuntos, tratem de uma forma mais aprofundada, certos pontos do conteúdo programático. EsquEmA BásIcO DE um PlAnO DE AulA Título: Autor: Estrutura curricular Modalidade Componente curricular Tema Dados da Aula O que o aluno poderá aprender com essa aula? (objetivos) Duração das atividades Conhecimentos prévios trabalhados pelos professores com os alunos Estratégias e recursos da aula (metodologia) Recursos complementares Avaliação Referências Tecnopedagogicas.indd 12 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 13 1.3. Avaliando o Plano de Aula Para a avaliação do plano de aula, serão considerados os seguintes critérios. 1) Apresentar todos os componentes do modelo padrão: título, autor, modalidade, componente curricular, tema, objetivos, duração das atividades, conhecimentos prévios, estratégias e recursos, recursos complementares, avaliação e referências (30 pontos - 2,5 pontos para cada item). 2) Objetivos: se foram bem explicitados e se estão de acordo com o tema proposto (15 pontos). 3) Criatividade na definição da metodologia: se foram utilizadas estratégias e recursos criativos na metodologia (20 pontos). 4) Avaliação: se estão claramente explicitados as atividades e os crité- rios avaliativos (20 pontos). 5) Referências: se as referências utilizadas foram colocadas e se estão de acordo com as normas (5 pontos). Sugere-se o uso de pelo menos 3 referências. 6) Ortografia e gramática: se o plano de aula está elaborado seguindo os critérios básicos de ortografia e de gramática (10 pontos). 1.4. critérios de Pontuação dos Planos de Aula cRITéRIOs PARA AvAlIAçãO DE PlAnOs DE AulA critério Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 1. Presença de todos os componentes 30 pontos 2. Objetivos 15 pontos 3. Criatividade na metodologia 20 pontos 4. Avaliação 20 pontos 5. Referências 5 pontos 6. Ortografia e gramática 10 pontos Total 100 pontos Nota final do aluno Segue modelo de plano de aula, retirado do Portal do Professor (http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html). Tecnopedagogicas.indd 13 07/05/15 16:33 14 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. 1-Título Genética: aprendendo sobre a 1ª Lei de Mendel – Parte 1 20/10/2013 2-Autor e coautor(es) Autor: Claudia Regina Montes Gumerato Uberlandia - MG Esc de Educacao Basica Coautor(es): Lérida de Oliveira 3-Estrutura curricular modalidade / nível de Ensino componente curricular Tema Ensino Médio Biologia Diversidade da vida e hereditariedade 4-Dados da aula a) O que o aluno poderá aprender com esta aula Conhecer as funções da 1ª Lei de Mendel, conforme competência 4 da matriz de referência do ENEM, especificamente a matriz de Ciências da Natureza e suas Tec- nologias. Reconhecer a importância da genética, conforme a habilidade H14 da matriz de referência do ENEM, especificamente a matriz de Ciências da Natureza e suas Tec- nologias. Relacionar as diferentes transformações que ocorrem no processo genético, con- forme a habilidade H16 da matriz de referência do ENEM, especificamente a matriz de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Desenvolver a leitura relacionada com o assunto e sua interpretação, conforme competência 5 da matriz de referência do ENEM, especificamente a de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. b) Duração das atividades aulas (50 minutos cada) 5- conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno Noções básicas de Genética (Ensino Fundamental). Noções básicas de Informática. 6- Estratégias e recursos da aula Primeiro momento: conhecendo o assunto Preparação do ambiente: Esse momento da aula poderá ser desenvolvido no Laboratório de Informática ou em sala de aula. Serão necessários um computador e um projetor multimídiapara a exibição do vídeo ‘Primeira Lei de Mendel’, o qual resume a trajetória de um jar- Tecnopedagogicas.indd 14 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 15 dineiro que fez uma grande descoberta na área da Genética. Caso o Laboratório de Informática não disponha de um projetor multimídia, os alunos podem assistir ao vídeo diretamente nos computadores acessando o link http://www.youtube.com/ watch?v=RDgZ6ihemV4 (Acesso em 05 de out. 2013). comentário: Caso seja necessário, o professor pode, previamente, fazer o downlo- ad do vídeo o e gravá-lo em DVD, para exibição em um televisor conectado a um DVD player em sala de aula. Os alunos deverão utilizar caderno para anotações, caneta e lápis. Observação: Fica a critério do professor a interrupção parcial do vídeo para a discussão de algu- mas cenas. Essa estratégia possivelmente será mais proveitosa se a turma demons- trar, mediante comentários espontâneos, maior interesse em determinadas passa- gens. Outra possibilidade é a exibição completa do vídeo seguida da discussão. Figura 1: Vídeo - Primeira Lei de Mendel (17:55) Fonte: Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=RDgZ6ihemV4 (Acesso em 05 de out. 2013) O professor deve incentivar a expressão de impressões e opiniões por parte dos alunos em relação ao conteúdo do vídeo. Finalizada a discussão, os alunos deverão se organizar em duplas para responde- rem o Questionário de Contextualização. O computador e o projetor multimídia utilizados na exibição do vídeo poderão ser empregados também para a veiculação do Questionário de Contextualização. Nesse caso, cada aluno deverá registrar as questões em seu caderno. Se não for possível utilizar o Laboratório de Informática, o professor pode também “copiar” e “colar” o Questionário de Contextualização em um editor de texto, como por exemplo, o software Microsoft Word, e imprimi-lo em uma transparência para exibição em um retroprojetor em sala de aula. Nesse caso, cada aluno deverá re- gistrar as questões em seu caderno. Outra opção é entregar a cada aluno uma via impressa do Questionário de Contextualização. Tecnopedagogicas.indd 15 07/05/15 16:33 16 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. questionário de contextualização 1 – Quem foi Mendel? 2 – O que fez Mendel entrar para um mosteiro? 3 – Por que Mendel escolheu estudar as ervilhas? 4 – Por que as ervilhas possuem uma farta descendência? Explique. 5 – Com funciona a polinização das flores da ervilha? 6 – Qual a primeira etapa do trabalho de Mendel? 7 – Qual a metodologia usada por Mendel? Explique. 8 – O que significa a geração P? 9 – Como surgiram as gerações F1 e F2? 10 – Quais são as três conclusões de Mendel? 11 – Por que Mendel não teve reconhecimento da sua descoberta? comentário: Os alunos deverão responder o Questionário de Contextualização por escrito, registrando as respostas no caderno. Depois disso, o professor pode, para cada item do Questionário de Contextualização, sortear uma dupla para apre- sentar oralmente a resposta elaborada pela mesma. O professor deve ficar atento com possíveis equívocos, cabendo a ele imediatamente interferir sempre que ne- cessário, assim como complementar as respostas se assim considerar conveniente. segundo momento: Pesquisa on-line Preparação do ambiente Esse momento da aula deverá ser desenvolvido no Laboratório de Informática. Agora serão utilizados computadores com acesso à internet, caderno para anota- ções, caneta e lápis. O professor deverá organizar a turma em sete grupos, preferencialmente com, pelo menos, quatro integrantes cada, para a utilização dos computadores, sendo neces- sário, no mínimo, um computador por grupo. Observação: Caso a escola não disponha de um Laboratório de Informática, o pro- fessor pode orientar os alunos a realizarem a coleta de dados em casa, mantendo a organização em grupos. Como se vê abaixo, cada um dos sete grupos ficará responsável por coletar dados sobre uma das diferentes descobertas da 1ª Lei de Mendel, consultando, para tan- to, sites específicos. Mais especificamente, cabe ao professor orientar cada um dos sete grupos a coletar dados referentes: - como foi feita a descoberta - principais características da descoberta - qual a importância da descoberta - qual o mecanismo genético presente na descoberta Cada um dos grupos deverá selecionar e arquivar, em um documento de um editor Tecnopedagogicas.indd 16 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 17 de texto – como, por exemplo, o Microsoft Word – as informações e as imagens que considerar mais importantes nos sites pesquisados a partir dos parâmetros estabe- lecidos, as quais serão utilizadas no momento seguinte da aula. sites indicados para consulta Grupo 1: 1ª lei de mendel Disponível: http://www.cb.ufrn.br/dbg/as%20primeiras%20leis%20de.html (Aces- so feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel3.php (Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_mendeliana (Acesso feito em 06 de out. 2013) Grupo 2 : Fenótipo Disponível: http://www.mundoeducacao.com/biologia/genotipo-fenotipo.htm (Aces- so feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.infoescola.com/genetica/fenotipo/ (Acesso feito em 06/10/2013) Disponível: http://www.infopedia.pt/$fenotipo;jsessionid=-VffMfaiaa0xujhlBfihVA__ Acesso feito em 06 de out. 2013) Grupo 3: Genótipo Disponível: http://www.infoescola.com/genetica/genotipo/ (Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.infopedia.pt/$genotipo(Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.mundoeducacao.com/biologia/genotipo-fenotipo.htm (Aces- so feito em 06 de out. 2013) Grupo 4: Dominância Disponível: http://www.infoescola.com/genetica/dominancia-incompleta/ (Acesso fei- to em 06 de out. 2013) Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Domin%C3%A2ncia_incompleta (Acesso fei- to em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel6.php (Acesso feito em 06 de out. 2013) Grupo 5: codominância Disponível: http://geneticavirtual.webnode.com.br/genetica-virtual-home/prefacio/ intera%C3%A7%C3%A3o%20g%C3%AAnica/co-domin%C3%A2ncia/ (Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.qieducacao.com/2011/05/codominancia.html (Acesso feito em 19 de out. 2013) Disponível: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel6.php (Acesso feito em 06 de out. 2013) Tecnopedagogicas.indd 17 07/05/15 16:33 18 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. Grupo 6: Alelos Disponível: http://www.infoescola.com/genetica/alelos/ (Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.odnavaiaescola.com.br/alelos.html(Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel7.php (Acesso feito em 06 de out. 2013) Grupo 7: Alelos múltiplos Disponível: http://www.infoescola.com/genetica/polialelia/(Acesso feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel10.php (Aces- so feito em 06 de out. 2013) Disponível: http://www.mundoeducacao.com/biologia/alelos-multiplos.htm (Aces- so feito em 06 de out. 2013) Terceiro momento: Organizando um seminário de pesquisa Preparação do ambiente Esse momento da aula poderá ser desenvolvido em sala de aula ou em outro local a critério do professor, e consiste na apresentação de seminários de pesquisa. Serão utilizadas as informações e imagens selecionadas e arquivadas pelos grupos no momento anterior da aula. Nesse sentido, cabe ao professor orientar os alunos a manter os mesmos grupos. O seminário de pesquisa nada mais é do que um procedimento metodológico que envolve o estudo e a apresentação em grupo sobre um determinado assun- to - informação disponível em: http://www.coladaweb.com/como-fazer/seminario (Acesso em 06 de out. 2013). A apresentação dos grupos poderá ser feita por meio de exposição oral, utilização do quadro-negro, flip-chart, cartazes, etc. Cabe ao professor, após a apresentação de todos os seminários, abrirespaço para uma discussão, estimulando os alunos a identificarem as informações que pude- ram adquirir a partir do trabalho dos colegas. Além disso, ele deve acompanhar a apresentação dos grupos, de modo a intervir para enfatizar informações relevantes, bem como para promover uma síntese das conclusões. quarto momento: Redação Preparação do ambiente Esse momento da aula poderá ser desenvolvido no Laboratório de Informática ou em sala de aula. Serão necessários um computador e um projetor multimídia para a projeção dos textos. O professor pode também “copiar” e “colar” os textos em documentos de um editor de texto – como, por exemplo, o Microsoft Word – e imprimi-los em transparências para exibição em um retroprojetor em sala de aula. Tecnopedagogicas.indd 18 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 19 Texto 1 - Terapia genética cura crianças impedidas de andar e falar, site Folha de são Paulo Disponível: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2013/07/1310016-terapia-genetica- -cura-criancas-impedidas-de-andar-e-falar.shtml (Acesso feito em 06 de out. 2013) Texto 2 - Estudo descobre falha genética que pode causar alergias, site veja Disponível: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/estudo-descobre-falha-geneti- ca-que-pode-desencadear-alergias (Acesso feito em 06 de out. 2013). O professor deverá solicitar que um aluno leia em voz alta o texto 1 e outro aluno faça o mesmo com o texto 2. Com base no conteúdo já trabalhado na aula e a partir das informações veiculadas por meio dos textos, o professor deverá orientar os alunos a, individualmente, ela- borarem uma redação com o seguinte tema: - Genética: limites e possibilidades Essa atividade poderá ser realizada em conjunto com o professor de Língua Portu- guesa, que poderá, durante sua aula, realizar, com os alunos, uma discussão sobre como elaborar uma redação dissertativa, por exemplo. Procedendo dessa forma, acredita-se que os alunos possam obter um melhor aproveitamento do conteúdo trabalhado na aula em ambos os conteúdos. Cabe ao professor promover a socialização convidando os alunos a exporem suas redações no mural da sala. Se o espaço do mural for insuficiente para expor todas as redações concomitantemente, o professor pode realizar um rodízio diário das reda- ções, adotando como critério, por exemplo, a ordem alfabética da lista de presença. 7- Recursos complementares sugestões de links para professores Texto: “Primeira Lei de Mendel”, site Brasil Escola Disponível: http://www.brasilescola.com/biologia/primeira-lei-mendel.htm(Acesso feito em 06 de out. 2013) Texto: “5 etapas para realizar uma boa pesquisa escolar”, site Nova Escola Disponível:http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planeja- mento/cinco-etapas-realizar-boa-pesquisa-escolar-607946.shtml?page=4(Acesso feito em 06 de out. 2013) sugestões de links para alunos Vídeo: “Genética Princípios Básicos”, site Youtube Disponível: http://www.youtube.com/watch?v=prA82ejgMiA(Acesso feito em 06 de out. 2013) Texto: “Primeira lei de Mendel”, site Info Escola Disponível: http://www.infoescola.com/biologia/primeira-lei-de-mendel/ (Acesso feito em 06 de out. 2013) Tecnopedagogicas.indd 19 07/05/15 16:33 20 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. Texto: “Primeira Lei de Mendel”, site Mundo Educação Disponível: http://www.mundoeducacao.com/biologia/primeira-lei-mendel.htm (Acesso feito em 06 de out. 2013) 5- Avaliação A avaliação dos alunos poderá ser feita em todos os momentos da aula. Como sugestão, o professor pode avaliar a participação e o envolvimento dos alunos nas atividades (com perguntas e comentários, por exemplo) ou, mais especificamen- te, o desempenho na atividade de contextualização, no seminário de pesquisa ou mesmo na redação. Os resultados dessa avaliação servirão de subsídio para o desenvolvimento das ati- vidades propostas na aula Genética: aprendendo sobre a 1ª Lei de Mendel – Parte 2, disponível no Portal do Professor. 6- Referências: estão elencadas em cada parte do plano de aula (Fonte: Portal do Professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fi- chatecnicaAula.html?aula=52922 Tecnopedagogicas.indd 20 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 21 2. Diretrizes para avaliação de Fóruns Laura Helena Pinto de Castro Francisco Wagner de Sousa Paula 2.1. Introdução As novas tecnologias se fazem cada dia mais presentes no universo da EaD, e as questões relacionadas à interface homem-máquina também ganham espaço nas discussões sobre ensino e aprendizagem. Os processos interativos em educação a distância acontecem basi- camente a partir das relações existentes entre alunos, professores, conteú- do e interface que estabelecem vários tipos de interação: aluno/professor, aluno/aluno, aluno/conteúdo, aluno/interface, vicária, professor/profes- sor, professor/conteúdo e conteúdo/conteúdo. Assim sendo, na atualidade, a interatividade pode ser implemen- tada como um continuum em que os espectros do espaço e do tempo podem intensificar-se graças ao baixo custo das tecnologias interativas. Dentre as ferramentas interativas mais utilizadas no Curso de Licen- ciatura em Ciências Biológicas, o fórum se caracteriza como uma ferramen- ta de interação colaborativa, assíncrona, que possibilita a comunicação en- tre todos os participantes com o propósito de compartilhar experiências, esclarecer dúvidas e debater assuntos relacionados às disciplinas. Registra as participações individuais, permitindo que todos leiam as mensagens que foram postadas, independentemente de data ou horário. As experiências trocadas/partilhadas promovem a interatividade, a troca e favorecem a aprendizagem colaborativa. Na plataforma Moodle temos os seguintes tipos de fóruns. • Fórum Geral: onde todos os participantes podem lançar temas va- riados para discussão. Todos os participantes podem abrir postagens e iniciar discussões. • Fórum com uma única discussão simples (fóruns temáticos): existe apenas um tema a ser discutido e esgotado. O fórum é sempre aberto pelo tutor e/ou professor, e os demais participantes vão respon- der unicamente ao questionamento inicial. • Fórum P e R (perguntas e respostas): usado para tirar dúvidas ou sintetizar questões por meio de perguntas e respostas rápidas. Tecnopedagogicas.indd 21 07/05/15 16:33 Jean Gleison Andrade do Nascimento Realce 22 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. • Fórum em formato de blog: permite ao participante comentar es- pecificamente um determinado comentário, a exemplo do que ocorre nas postagens em redes sociais. Permite interações organizadas mesmo sem uma ordenação temporal. • Fórum de mediação: modalidade de fórum em que as perguntas, a discussão e a síntese dos assuntos é feita exclusivamente pelos alunos, a partir de uma dinâmica em que os participantes se dividem em 3 possíveis papéis na mediação: provocador, moderador e sintetizador. a) Provocador: é o primeiro papel a ser desempenhado, o que abre a discussão mediante algumas perguntas/questionamentos de par- tida introduzindo o tema da semana, fazendo referências às leituras indicadas, contextualizando o tema, questionando. O Provocador deve manter a discussão aquecida, polemizando, apresentando di- ferentes pontos de vista, contrapondo opiniões, divergindo. b) Moderador: é o papel desempenhado quando já existem algu- mas visões expostas no debate. É preciso conciliar e integrar estas visões, convergindo para o objetivo planejado e para o resultado de aprendizagem. c) Sintetizador: papel que deve ser desempenhado ao “final” da discussão, quando já há debate suficiente para delinear o conhe- cimento construído. A síntese ressalta esse conhecimento e expli- cita para os participantes a aprendizagem gerada pelo grupo. Assim sendo, independentemente do tipo de fórum que esteja sen- do utilizado como espaço de construção de conhecimento, este deve ser acompanhado sistematicamente pelo professor/tutor, já que avaliar é me- diar o processo de ensino e de aprendizagem. Além disso, é essencialque os alunos sejam orientados sobre a di- nâmica do fórum e sobre como devem agir, adquirindo consciência da importância da sua participação ativa neste contexto de aprendizagem. Para tal, definimos um conjunto de informações que julgamos ser relevantes ao acompanhamento desses fóruns, ou seja, os critérios utiliza- dos pelo professor e pelo tutor para avaliar a sua participação. 2.2. Orientações gerais para participação nos Fóruns A seguir, procura-se fornecer algumas orientações básicas acerca de como se deve participar de um fórum, de acordo com regras aceitáveis por todos. Tecnopedagogicas.indd 22 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 23 1. Para evitar ideias repetidas que não acrescentam novas informações à discussão, é imprescindível que o aluno leia todas as mensagens já postadas no fórum antes de publicar sua participação. 2. O aluno poderá postar sua opinião no fórum a partir da questão ini- cial proposta pelo professor ou pelo tutor ou a partir da concordância ou da discordância fundamentada da opinião de outro aluno. 3. As participações devem ocorrer na forma de reflexão, questionamen- to, exemplificação, ampliação, crítica, contextualização etc. 4. O debate no fórum deve ser relevante, coerente e pertinente à discus- são proposta pelo professor ou pelo tutor e ao conteúdo do curso. 5. Todas as participações devem ser fundamentadas, baseando-se em experiência ou abordagem teórica, relacionada à discussão proposta pelo professor ou pelo tutor no fórum. 6. As considerações no fórum devem apresentar, de forma clara e objeti- va, os aspectos analisados que as subsidiaram e explicitar domínio do tema estudado. 7. Se possível, ao começar a interação, o aluno deve buscar sintetizar as opiniões dos outros alunos antes de apresentar sua opinião. 8. Ao comentar as mensagens de outros alunos, deve-se demonstrar po- lidez, cortesia e respeito a despeito de possíveis divergências (regras básicas de “netiqueta”). 9. As participações deverão contribuir para o fortalecimento do debate, e cada aluno deve expressar sua opinião, levantando novas possibi- lidades de discussão sobre o tema proposto e ampliando conceitos e argumentações. 10. Todas as fontes e autores de textos que não são próprios devem ser corre- tamente citados, preferencialmente de acordo com as normas da ABNT. 11. Antes de postar o texto, sugerimos relê-lo com cautela a fim de identificar a necessidade de possíveis correções gramaticais e ortográficas. Deve-se evitar os seguintes procedimentos: 1. Escrever textos com todas as letras maiúsculas, pois, na internet, sig- nificam gritar. 2. Postar considerações muito longas ou muitas considerações no mes- mo dia a fim de não cansar os demais participantes e esgotar o assun- to de forma precipitada e sem ampla discussão. 3. Utilizar expressões rebuscadas, colocações muito informais ou excesso de intimidade com os demais participantes. Tecnopedagogicas.indd 23 07/05/15 16:33 24 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. 2.3. Avaliação dos fóruns Os critérios avaliativos que serão adotados para avaliação dos fó- runs baseiam-se em duas dimensões: • Habilidades cognitivas em que serão consideradas as ações dos alunos no processo de participação on-line e sua contribuição para a construção do conhecimento e para a aprendizagem cooperativa. • Atitudes colaborativas em que observaremos ações que contribuem para a aprendizagem coletiva, a motivação, a socialização dos mem- bros, o estímulo à participação e a interação com os demais colegas e com o professor e com tutor. a) Avaliando a participação do aluno no Fórum O sucesso de um fórum depende de todos os participantes e requer disciplina, respeito e coerência. Num bom fórum, todos devem oferecer contribuições significativas e contribuir de forma equiparável. Quem par- ticipa sem se preparar pode desapontar e frustrar o grupo. Quem apenas lê ou vê mensagens não está participando, apenas assiste de forma si- lenciosa. Quando uma pessoa participa muito mais que as outras, está monopolizando a discussão. Assim, para avaliar a participação do aluno num fórum, considera- mos a qualidade de suas mensagens e a frequência de sua participação. Serão analisadas a quantidade de mensagens postadas e a relevân- cia dessas para as discussões propostas. Dessa forma, para avaliação da participação do aluno no fórum, serão considerados • comentários pessoais construtivos e gradativos ao longo do fórum. • postagem de textos, artigos científicos, vídeos, animações e figuras ilus- trativas comentados e criticados. b) Avaliando conteúdo no Fórum Para avaliação do conteúdo das postagens dos alunos, serão con- sideradas • coerência e síntese nas considerações apresentadas e articulação destas com o tema proposto, na forma de questionamento, dúvida, contrapo- sição, concordância ou aprofundamento. • postagens de novas e corretas abordagens acerca da temática em discussão. Tecnopedagogicas.indd 24 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 25 c) Avaliando procedimentos de comunicação em fóruns Serão considerados como referencial de análise, os procedimentos de comunicação no tocante à • capacidade de articulação e de diálogo com os demais participantes bem como de análise e de síntese das ideias apresentadas por estes. • clareza e objetividade na apresentação das considerações apresentadas. • polidez, cortesia e respeito às opiniões apresentadas (regras básicas de Netiqueta). 2.4. critérios para avaliação de participação no Fórum AvAlIAçãO DA PARTIcIPAçãO nO FóRum critério avaliado Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 1. Participação 1.1. Comentários pessoais construtivos e gra- dativos ao longo do fórum 10,0 1.2. Postagem de textos, artigos científicos, ví- deos, animações e figuras ilustrativas comenta- dos e criticados 20,0 subtotal 1 30,0 2. contéudo postado 2.1. Coerência e síntese nas considerações apresentadas e articulação destas com o tema proposto, na forma de questionamento, dúvi- das, contraposição, concordâncias ou aprofun- damentos 25,0 2.2. Postagem de novas e correta abordagens acerca da temática em discussão (verificar se o aluno cometeu algum erro conceitual em seus comentários) 25,0 subtotal 2 50,0 3.1. Capacidade de articulação e de diálogo com os demais participantes bem como de análise e de síntese das ideias apresentadas por estes 10,0 3.2. Clareza e objetividade na apresentação das considerações apresentadas 5,0 Tecnopedagogicas.indd 25 07/05/15 16:33 26 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. critério avaliado Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 3.3. Polidez, cortesia e respeito às opiniões apresentadas (regras de netiqueta) 5,0 subtotal 3 20,0 Total 100,0 Nota final do aluno Tecnopedagogicas.indd 26 07/05/15 16:33 Orientações Pedagógicas 1 27 3. Diretrizes para participação e avaliação de participação em chats Laura Helena Pinto de Castro Francisco Wagner de Sousa Paula 3.1. Orientações básicas O chat é um momento de conversa coletiva muito interessante. Mas, por ser uma atividade síncrona, exige também alguns cuidados para que evi- temos a sensação de excesso de informações postadas ao mesmo tempo e de desordem das discussões. A seguir, estão elencadas algumas diretrizes de utilização dos chats no curso de Ciências Biológicas que foram pensadas para tornar a utiliza- ção dessa ferramenta mais organizada e produtiva. 1. Entre na sala do chat 10 – 15 minutos antes do horário de início, evitando surpresas como ausência de conexão ou incompatibilidade de sistema operacional. A pontualidade é uma característica muito importante para as ferramentas síncronas, permitindo uma maior tranquilidade para o início da interação entre todos. 2. Respeite as orientações gerais do professor e do tutor, bem como a voz e a vez do colega. Procurem ler o que cada um escreveu antes de iniciar seu comentário. Sempre que um colega estiver escrevendo, é convenienteque aguarde sua vez de se pronunciar, evitando lançar várias informações ao mesmo tempo, que podem confundir os leito- res e desviar o foco da discussão do momento. 3. Evite frases longas, que demoram a ser digitadas e podem ser cansativas de ler numa ferramenta ágil com o chat. Procure ser breve e direto. 4. Durante seus estudos prévios de preparação para a participação nos chats, uma boa dica é digitar pequenos textos com ideias que você queira discutir num bloco de notas e na hora do chat copiá-los nos espaços devidos. Com isso você ganhará tempo e acompanhará me- lhor as discussões. 5. Erros de digitação são normais, não é necessário corrigi-los. 6. Use frases curtas e avise, utilizando reticências (...) ou (cont.), se você ainda vai escrever. 7. Todo chat se inicia com uma breve apresentação entre os participantes com 5 – 10 minutos para saudações iniciais. Caso você entre na sala Tecnopedagogicas.indd 27 07/05/15 16:33 28 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. após as saudações, procure não interromper o fluxo da conversa com saudações e se insira discretamente na temática que está sendo discuti- da. Observe que todos os participantes são avisados automaticamente da entrada de cada participante na sala do chat, não sendo necessário que nos anunciemos após o período oficial de apresentações. 8. Todas as postagens devem ter criticidade. Logo, evite manifestar-se apenas com “ok”, “concordo”, “legal”. 9. Antes de postar qualquer questionamento ou opinião, procure ler tudo o que já foi comentado e verifique se o assunto que você quer abordar já não foi discutido, evitando repetições que diminuem o tempo de novas discussões. 10. O professor ou o tutor organizará periodicamente todas as ideias do grupo e orientará os participantes a encontrar as respostas para todos os questionamentos. Caso o grupo não esteja desenvolvendo a conten- to as discussões ou saindo do tema proposto, o professor ou o tutor res- ponderá aos questionamentos na sequência cronológica dos assuntos no chat. Mas lembre-se que é fundamental que todos os participantes deem suas opiniões e procurem as respostas para as questões levanta- das. No chat, a riqueza das discussões deve ser gerada a partir da am- pla participação e da interação dos alunos. O professor ou o tutor deve proporcionar condições para que cada aluno tenha uma participação de qualidade. 11. Para melhor organizar as discussões, o professor ou o tutor coordena a conversa, evitando que alguns participantes monopolizem o tem- po e incentivando os alunos mais tímidos e vicários a participarem também. Para isso, pode ser preciso que o professor ou o tutor liste a ordem de participação dos alunos e chame-os para a discussão, encaminhando perguntas direcionadas. 12. Sempre que um participante quiser questionar algo, inicie a sua fala com o nome da pessoa para quem você quer deseja dirigir a pergunta. 13. O professor ou o tutor também deve iniciar suas falas com o nome da pessoa que questionou. 14. Para tornar os chats mais ricos, devemos direcionar as discussões para o tema proposto no planejamento da disciplina, evitando utilizar o es- paço para assuntos de outra natureza. As brincadeiras, descontrações e assuntos mais gerais podem ser abordados nos 5 minutos iniciais do chat. Caso haja demanda específica de algum assunto administrativo Tecnopedagogicas.indd 28 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 29 ou pedagógico, a coordenação do curso agendará outro momento para a discussão. 15. Caso sua dúvida não tenha sido respondida diretamente no chat, não se preocupe; use a plataforma e os fóruns de interação para obter a resposta. 16. Caso surjam outras dúvidas, comunique ao professor ou ao tutor. 17. Lembre-se que na web você é o que você escreve. Pergunte-se sem- pre se você gostaria de ler o que você está escrevendo. 18. Existem algumas regras de netiqueta para escritas nos chats, portanto evite usar letras em caixa alta (parece que, estamos gritando), muitos emoticons, letras coloridas etc. 19. Ao final de cada chat, a sessão completa fica gravada na plataforma. Acesse o texto integral e faça uma síntese com toda a discussão. Isso facilitará seus estudos e permitirá relembrar com mais tranquilidade os assuntos abordados. 3.2. Diretrizes de Avaliação de chats As atividades de chat na plataforma Moodle do curso de Ciências Biológicas serão avaliadas a partir de um conjunto de critérios. a) Divisão das turmas e duração dos chats Cada turma deverá ter entre 15 – 20 participantes. Caso a turma tenha um número de alunos superior a essa quantidade, os chats serão divididos em 2 ou 3 grupos, procurando estabelecer o tamanho mais homogêneo pos- sível entre eles, sendo realizados em dias ou em horários consecutivos. Cada chat terá duração de no mínimo 60 e no máximo 120 minu- tos, assim distribuídos: • 5 – 10 minutos iniciais destinados às saudações. • 40 – 100 minutos para as discussões sobre o tema proposto. • 5 – 10 minutos para fechamento e síntese final das discussões. 3.3. critérios para avaliação de participação em chat A participação do aluno será avaliada de acordo com os critérios listados, numa pontuação de 0 a 10 pontos. Tecnopedagogicas.indd 29 07/05/15 16:34 30 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. AvAlIAçãO DA PARTIcIPAçãO nO chAT critério Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 1. Pontualidade e permanência durante todo o chat 10,0 2. Domínio do conteúdo 40,0 3. Interação com professor ou com o tutor 10,0 4. Interação com colegas 20,0 5. Capacidade de síntese das ideias 20,0 Total 100,0 (A) Depreciadores Pontuação máxima a ser retirada Pontuação retirada do aluno 1. Interrupção contínua da fala dos demais participantes com desvio do tema Até 10,0 2. Ausência de netiqueta 5,0 3. Falta de respeito com os colegas ou profes- sores/tutores 5,0 Total 20,0 (B) Nota final do aluno (A) - (B) Tecnopedagogicas.indd 30 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 31 4. Diretrizes para avaliação de Textos coletivos - Wikis Charles Ielpo Mourão José Nelson Arruda Filho Lydia Dayanne Maia Pantoja 4.1. Introdução Com o advento da web 2.0, surge uma infinidade de ferramentas e ser- viços online que permitem a interação, a partilha e a colaboração a dis- tância. Entre essas ferramentas encontram-se as Wikis que podem ser utili- zadas para fins de aprendizagem nas mais variadas áreas disciplinares. O conceito de wiki baseia-se na ideia de que qualquer pessoa pode modifi- car, acrescentar ou eliminar informação de um texto, de modo que novos conhecimentos sejam adicionados aos existentes, de forma hipertextual. O aproveitamento educativo desse recurso educacional assíncrono nos direciona para uma matriz socioconstrutivista da aprendizagem, per- mitindo a construção conjunta de conhecimentos, adequando-se a uma aprendizagem flexível, em que o conhecimento não está completamente estruturado e pode ser elaborado e partilhado com a contribuição de todos os alunos. A utilização da wiki em meios educacionais demanda uma série de cuidados que procuraremos destacar a seguir. Os textos produzidos nas oficinas Wiki devem apresentar as seguin- tes características. a) Originalidade: o texto deve ser elaborado pelo grupo ou, pelo me- nos, adaptado por ele. b) Coerência de pensamentos: as ideias expostas devem seguir uma linha de pensamento coerente com o que foi solicitado. c) Capacidade de síntese: as ideias são trabalhadas de forma direta, resumida. O texto não pode se perder com ideias vagas e sem nexo. d) Interação e utilização da aba comentários: o grupo tem que interagir através da aba comentários, combinando as alterações que farão no texto. e) Referências: todas as referências utilizadas devem estar de acordo com as normas da ABNT. Tecnopedagogicas.indd 31 07/05/15 16:34 32 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. f) Ortografia e gramática: o texto deve seguir os critérios básicos de ortografia e gramática. g) Imparcialidade:os fatos abordados no texto devem ser colocados como realmente são e, no caso de opiniões, colocadas como tal, ou seja, como opinião de alguém. Observação 1: Será avaliado o texto final elaborado pelo grupo, mas, não se pode deixar de avaliar também a participação individual, utilizando o bom senso para resolver casos em que os cursistas apagam ou modificam erroneamente o texto coletivo, comprometendo o resultado final. Observação 2: Ao se falar em bom senso, no caso de um dos participantes da equipe realizar uma modificação de última hora, que venha a comprometer a qualidade final de um texto coletivo que vinha sendo construído de forma correta pelos outros par- ticipantes, este aluno poderá ser penalizado, enquanto os outros participantes terão uma nota equivalente à qualidade do texto que vinha sendo elaborado. 4.2. critérios para avaliação de wikis POnTuAçãO PARA cORREçãO DOs TExTOs cOlETIvOs-WIkIs critério Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 1. Originalidade 20 pontos 2. Coerência de pensamentos 20 pontos 3. Capacidade de síntese 20 pontos 4. Interação e utilização da aba co- mentários 10 pontos 5. Referências 10 pontos 6. Ortografia e gramática 10 pontos 7. Imparcialidade 10 pontos Total 100 pontos Nota final do aluno Tecnopedagogicas.indd 32 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 33 5. Diretrizes para elaboração e avaliação de podcasts Charles Ielpo Mourão José Nelson Arruda Filho Lydia Dayanne Maia Pantoja 5.1. Introdução O podcast é uma tecnologia desenvolvida em 2004 pelo norte americano Adam Curry. O termo surgiu com a união das palavras Ipod (dispositivo de armazenamento de áudio da Apple que reproduz mp3) e Cast – advin- da da palavra broadcast que significa transmissor e distribuidor de dados. Com isso, o podcast é um arquivo de áudio disponibilizado na internet onde qualquer usuário poderá criar um episódio (arquivo) de acordo com seu gosto e com seu interesse (BOTTENTUIT JUNIOR e COUTI- NHO, 2007; MOURA, 2006). A utilização do podcast em meios educacionais tem sido cada vez mais frequente por conta da facilidade de se produzir um arquivo de áudio e disponibilizá-lo em diferentes interfaces na internet, principalmente em Am- bientes Virtuais de Aprendizagem como o Moodle. Portanto, a proposta dos podcasts no ensino não reside propriamente no uso de som ou de vídeo, mas, como salienta Campbell (2005), na “facilidade em publicar, na facilida- de em subscrever e na facilidade em usar em múltiplos ambientes” (p. 34). Segundo Gomes et al. (2011), o podcast pode ser empregado dida- ticamente de duas formas: • A exploratória, em que o aluno acessa um podcast já elaborado e postado, ouve uma reportagem, uma música, um comentário ou uma entrevista e presencia falantes nativos em seu ato de comunicação; • A colaborativa, em que o aluno, só ou em grupo, participa da sua elaboração, gravando e postando o seu episódio. Nesta forma haverá uma colaboração, um comprometimento maior por parte dos alunos e, consequentemente, maior interação. As diretrizes aqui apresentadas objetivam auxiliar os alunos, orien- tando-os na elaboração de podcasts colaborativos, para que estes tenham qualidade, contenham bons textos que abordem adequadamente os con- teúdos em estudo e que possam ser disponibilizados de forma correta e co- erente para os colegas e para professores. Além disso, pretendem explanar Tecnopedagogicas.indd 33 07/05/15 16:34 34 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. de maneira clara e objetiva, que critérios serão utilizados para avaliar os podcasts produzidos. 5.2. construindo um podcast Para construir um bom podcast, sugerimos seguir algumas reco- mendações: 1. A elaboração de um podcast deve começar pela seleção dos conteú- dos que deverão ser abordados, a partir do tema solicitado. 2. Em seguida, elabore seu texto, paródia ou outro material similar, que comporá seu podcast. Lembre-se de utilizar linguagem direta, com vo- cabulário variado, científico e específico. 3. Ao gravar seu podcast, seja espontâneo e procure apresentar boa flu- ência verbal (sem erros de dicção ou concordância). Evite leituras lon- gas durante a gravação. 4. Para criar um programa de podcast é necessário gravar seus comentá- rios utilizando um microfone ligado ao computador e transformar esse arquivo em mp3. 5. Não é necessário ter voz de locutor de rádio ou possuir equipamentos sofisticados para a edição do áudio, mas somente um computador equipado com um microfone, fones de ouvido e uma placa de áudio com capacidade de gravação e reprodução de sons. Para isso, basta que você capture o áudio e crie um arquivo de som para ser disponi- bilizado na internet. 6. Existem também alguns softwares que permitem gravar qualquer som do computador, entre eles o Audacity (gratuito), que possibilita a cria- ção e edição de som com qualidade profissional. 7. Verifique a qualidade do áudio e da gravação. Veja se não há interfe- rências ou barulhos que dificultem o entendimento. 8. Nomeie seu podcast de acordo com a temática sugerida e salve-o em uma pasta específica de seu PC. 5.3. Avaliando os podcasts Como instrumento de avaliação, os podcasts permitem a aprendiza- gem do aluno à medida em que promovem a desinibição e o desenvolvi- mento de competências comunicativas como a oralidade e a escrita, tão importantes no ofício de professor. Tecnopedagogicas.indd 34 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 35 Ao falarmos em avaliação, não estamos nos referindo ao seu caráter classificatório somativo, mas à sua vertente formativa, no sentido de se observar aspectos positivos a manter e os aspetos negativos a melhorar. A avaliação dos podcasts é, nesse sentido, entendida como um instru- mento para promover a aprendizagem e a evolução dos alunos, pois, duran- te a elaboração dos seus podcasts, eles vão ouvindo as gravações efetuadas e prestando atenção aos pontos a melhorar. Isso desenvolve no aluno a ca- pacidade de avaliar a qualidade das suas produções fazendo com que eles assumam papel ativo na sua própria aprendizagem (MARMELEIRA, 2012). As produções orais realizadas pelos alunos por meio da elabora- ção de podcasts implicam um esforço de preparação, de execução e de reformulação até se chegar à versão final. Assim, é importante que os alunos preparem antecipadamente os podcasts, observando a estrutura, construindo o seu próprio texto com os conteúdos adequados que fo- ram solicitados e que querem transmitir, por meio de diferentes tipos de produção oral, como comentários críticos e reflexivos, apresentação de opiniões, exercícios de relembrança, construção de paródias etc. Dessa forma, os critérios avaliativos se baseiam em sua estrutura, na forma como os conteúdos são abordados e na oralidade desenvolvida pelos alunos com o uso dessa ferramenta. Tais critérios e a pontuação equivalente de cada um deles, estão elencadas no quadro a seguir. 5.4. critérios para avaliação de podcast AvAlIAçãO DO PODcAsT critério avaliado Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 1. Estrutura do podcast 1.1. Duração do podcast 5,0 1.2. Qualidade da gravação e do áudio 10,0 1.3. Criatividade (por exemplo uso de sonoplas- tias variadas) 5,0 subtotal 1 20,0 2. Oralidade 2.1. Uso de linguagem coloquial e de forma es- pontânea 5,0 2 2. Capacidade de comunicação e fluência verbal 10,0 Tecnopedagogicas.indd 35 07/05/15 16:34 36 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. critério avaliado Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 2.3. Uso de vocabulário variado, científico e es- pecífico 5,0 subtotal 2 20,0 3. conteúdo 3.1. Adequação do conteúdo abordado ao tema proposto para o podcast 40,0 3.2. Conteúdo explanado de forma correta, coe- sa e coerente e de acordo com o tema sugerido (qualidade do conteúdo) 20,0 subtotal 3 60,0 Total 100,0 Nota final do aluno Referências BOTTENTUIT JUNIOR, J. B.; COUTINHO, C. P. (2007). Podcast em Educação: um contributopara o estado da arte. In.: Barca, A.; Peralbo, M.; Porto, A.; Silva, B.D. & Almeida L. (Eds.), Actas do IX Congresso In- ternacional Galego Português de Psicopedagogia. A Coruña: Universida- de da Coruña. pp. 837-846. Disponível em: <https://repositorium.sdum. uminho.pt/bitstream/1822/7094/1/pod.pdf.> Acesso em: 17 jul. 2014 CAMPBELL, G. (2005). There’s Something in the Air. Podcasting in Education. EDUCAUSE 33-46. Disponível em: <http://www.calvin.edu/~dsc8/documents/ Podcasting-in-Education-Winter-2005.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2014. GOMES, A. F.; SÁ, C. G.; FIALHO, V. R. Podcast: uma opção didática para o ensino de E/LE. In: 5º Congresso Nacional de Ambientes Hipermídia para Aprendizagem - CONAHPA, 5 e 6 de setembro de 2011. Pelotas- RS. MARMELEIRA, A. M. R. O uso de Podcasts e Showcasts no ensino apren- dizagem do Francês Língua Estrangeira: do ensino a distância ao ensino presencial. (Dissertação de mestrado). Universidade Aberta, Departa- mento de Educação e Ensino a Distância. Setembro, 2012. Portugal.(131p) MOURA, A.; CARVALHO, A. A. (2006). Podcast: Uma ferramenta para Usar Dentro e Fora da Sala de Aula. In Rui José & Carlos Baquero (Eds.), Proceedings of the Conference on Mobile and Ubiquitous Syste- ms. Universidade do Minho, Guimarães, p.155-158. Tecnopedagogicas.indd 36 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 37 6. Diretrizes para elaboração e avaliação de mapas conceituais Charles Ielpo Mourão José Nelson Arruda Filho Lydia Dayanne Maia Pantoja 6.1. quadro conceitual Mapas conceituais (MC) são representações gráficas e esquemáticas se- melhantes a diagramas que indicam relações entre conceitos ligados por palavras. Essa tecnologia educacional é útil para esclarecer ou descrever um determinado assunto, tornando evidentes as relações entre os concei- tos e auxiliando na compreensão de textos. Assim, os MC representam uma estrutura visual que contêm con- ceitos dos mais abrangentes até os menos inclusivos, ajudando na cons- trução e inferências complexas, pois auxilia o desenvolvimento do pen- samento crítico, a organização de ideias, a compreensão de relações complexas, a integração da teoria com a prática, além de ser um recurso de acompanhamento da aprendizagem a distância. Na construção dos MC são utilizados substantivos, verbos e preposições para auxiliar a ordenação e a sequenciação hierarquizada dos conteúdos de ensino de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno (ver Figura. 1). Figura 1: Exemplo da estrutura geral de um mapa conceitual Tecnopedagogicas.indd 37 07/05/15 16:34 38 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. A abordagem dos mapas conceituais está embasada na teoria de aprendizagem significativa, pois entende que o indivíduo constrói conhe- cimento e significados a partir da sua predisposição para realizar esta construção. Servem como instrumentos para facilitar o aprendizado do conteúdo sistematizado em conteúdo significativo para o aprendiz, des- tacando conhecimentos prévios. Assim, o estudante aprende a partir do que sabe, já que o MC consegue realizar uma interação cognitiva entre conhecimentos novos e conhecimentos prévios. Esses mapas permitem também a aquisição da cognição como uma construção (construtivismo), em que o aluno não é simplesmente um receptor passivo de conhecimentos, mas participa da construção da sua própria estrutura cognitiva. Como aponta Czeszak (2011) por meio dos mapas conceituais o indivíduo pode visualizar de maneira não linear o conteúdo abordado e as relações que se estabelecem entre os diversos elementos envolvidos em sua construção. A estrutura dos mapas aproxima-se mais da forma como concebemos o conheci- mento do que os textos, que apresentam uma estrutura linear. Okada (2008) ressalta que num mapa cognitivo, as estruturas do conhecimento podem ser re- presentadas de acordo com a proximidade semântica de conceitos e ideias. As associações podem ser estabelecidas de acordo com os significados construídos, similaridades e analogias em escalas mul- tidimensionais. Com relação à estrutura morfológica dos mapas, Kinchin (2008) pro- põe três tipos: Spoke (radial), Chain (linear) e Network (rede) (figura 2). O chamado mapa Spoke caracteriza-se por apresentar estrutura semelhante a um polvo, em cuja cabeça localiza-se o conceito principal que é o tema do mapa, e seus tentáculos são formados pelos conceitos que são ramifica- ções originárias deste tema central (figura 24). O mapa Chain é caracterizado pela sua forma linear, lembrando uma corrente (figura 20). O mapa Network forma uma rede na qual diversos conceitos são interligados entre si (figura 28). Para Kinchin (2008), a forma assumida pelos mapas resulta da maneira como o tema é abordado, o que pode dar pistas da forma como seu autor se apropria (ou não) de determi- nados conceitos. Tecnopedagogicas.indd 38 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 39 O tipo Spoke refere-se à apresentação de conceitos, o tipo Chain descreve a ação desencadeada, e o tipo Network reflete a compreensão que o autor do mapa tem a respeito de determinado tema. Figura 2: Estruturas morfológicas de mapas conceituais. A: Mapa tipo Spoke; B: Mapa tipo Network; C: mapa tipo Chain. Os MC podem ser elaborados com diversos materiais e programas como o Power Point ou Prezi, porém atualmente conta-se com o auxílio de softwares para sua confecção, como Axon Idea Processor, CmapTools, Compendium, Hypersoft Knowledge Manager, Inspiration, Nestor e Smart Ideas. Dentre os softwares, destacamos o Cmaptools que é um recurso gra- tuito, com versão em língua portuguesa, disponível na internet que pode ser baixado e instalado em seu computador rapidamente. Ele pode ser Tecnopedagogicas.indd 39 07/05/15 16:34 40 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. utilizado off-line, além de permitir salvar parcialmente os MC construídos e sua importação para outros formatos, como pdf, por exemplo, favorecendo a inserção em textos e apresentações, como se fosse uma imagem. 6.2. construindo mapas conceituais Para construir um bom mapa conceitual, sugerimos seguir algumas recomendações: 1. Um bom MC começa com uma boa seleção de conceitos relacionados ao tema principal; assim, identifique os conceitos-chave do conteúdo a ser explorado e ponha-os em uma lista. Utilize entre 5 e 20 conceitos, de acordo com a complexidade do tema. 2. Ordene os conceitos, colocando o(s) mais geral(is) no topo do MC e, vá agregando os demais gradualmente até completar o diagrama de acordo com o princípio da diferenciação progressiva (ou seja, os con- ceitos devem ser trabalhados dos mais gerais aos mais específicos). Algumas vezes é difícil identificar os conceitos mais gerais. Nesse caso é útil analisar o contexto no qual os conceitos estão sendo conside- rados ou ter uma ideia da situação em que tais conceitos devem ser ordenados. 3. Conecte os conceitos com linhas e rotule essas linhas com uma ou mais palavras-chave que explicitem a relação entre os conceitos. Os conceitos e as palavras-chave devem sugerir uma proposição que ex- presse o significado da relação. 4. Setas podem ser usadas quando se quer dar um sentido a uma relação (unidirecional ou multidirecional). No entanto, evite o uso de muitas setas, que podem transformar o mapa conceitual em um diagrama de fluxo. 5. Evite palavras que apenas indiquem relações triviais entre os concei- tos. Busque relações horizontais e cruzadas. 6. Exemplos podem ser agregados ao mapa, abaixo dos conceitos corres- pondentes. Em geral, os exemplos ficam na parte inferior do mapa. 7. Geralmente, o primeiro mapa construído tem simetria pobre, e alguns conceitos ou grupos de conceitos acabam mal situados em relação a ou- tros que estão mais relacionados. Nesse caso, é útil reconstruir o mapa. 8. Um mapa conceitual é um instrumento dinâmico, refletindo a compre- ensão de quem o faz no momento em que o faz. Cada mapa conceitual é único. Você pode escolher cores, formatos, disposição de objetos va- riados. Ascores e as formas não desempenham função meramente esté- Tecnopedagogicas.indd 40 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 41 ticas. Elas servem para dar destaque a termos ou a grupos de conceitos relacionados. Se forem usadas sem sentido, podem poluir o mapa, pre- judicando sua clareza. 9. Um MC é estrutural, portanto não tem começo, meio e fim, devendo refletir a estrutura conceitual hierárquica do que está mapeado. 10. Um MC pode ser uma produção individual ou coletiva e, quando elabo- rado em grupo, promove a solução de problemas com negociação cole- tiva. Nesse caso, compartilhe o mapa com colegas e examine os mapas deles. Pergunte o que significam as relações, questione a localização de certos conceitos, a inclusão de alguns que não lhe parecem importantes e a omissão de outros que você julga fundamentais. O mapa conceitual é um bom instrumento para compartilhar e trocar significados. A Figura 3 resume as principais características de um mapa conceitual. Figura 3: Principais características de um mapa conceitual. Fonte: NUNES, J. S. O uso pedagógico dos mapas conceituais no contexto das novas tecnologias, 2008). Tecnopedagogicas.indd 41 07/05/15 16:34 42 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. 6.3. Avaliando mapas conceituais Como instrumento de avaliação da aprendizagem, mapas concei- tuais podem ser usados para se obter uma visualização da organização conceitual que o aprendiz atribui a um dado conhecimento. Trata-se de uma técnica não tradicional de avaliação que busca informações sobre os significados e relações significativas entre conceitos-chave da matéria de ensino segundo o ponto de vista do aluno. É apropriada para uma avaliação qualitativa e formativa da aprendizagem. A análise de mapas conceituais é essencialmente qualitativa, e não deve haver preocupação em atribuir escores ao mapa traçado pelo aluno, mas sim procurar interpretar a informação dada pelo aluno no mapa a fim de obter evidências de aprendizagem significativa. Os critérios avaliativos que serão adotados para avaliação dos ma- pas conceituais se baseiam nas habilidades cognitivas. Na avaliação de habilidades cognitivas serão consideradas as habilidades dos alunos ao expressar seus conhecimentos a partir do mapa conceitual construído. 6.4. critérios para avaliação de mapas conceituais AvAlIAçãO DO mAPA cOncEITuAl critério avaliado Pontuação máxima de cada critério Pontuação obtida pelo aluno 1. Estrutura do mapa conceitual 1.1. Aspectos gráficos demonstrando relação clara e hierárquica entre os conceitos (uso de linhas e setas, sentido das setas) 15,0 1.2. Impacto visual (design claro, com descri- ções fáceis de serem lidas, ilustrações bem em- pregadas e cores harmoniosas) 15,0 subtotal 1 30,0 2. contéudo 2.1. Relevância dos conceitos selecionados no mapa 30,0 2.2. Diversidade e profundidade dos conceitos abordados em relação ao tema 30,0 2.3. Conceitos suficientes para explanar a tota- lidade do tema 10,0 subtotal 2 70,0 Total 100,0 Nota final do aluno Tecnopedagogicas.indd 42 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 43 Referências GAVA, Tânia Barbosa Salles; MENEZES, Crediné Silva de; CURY, Da- vidson. Aplicações de mapas conceituais na educação. In: Isaura Alcina Martins Nobre; Vanessa Battestin Nunes; Tânia Barbosa Salles Gava; Ru- tinelli da Penha Fávero; Lydia Márcia Braga Bazet. (Org.). Informática na Educação: um caminho de possibilidades e desafios. 1ed.Serra - ES: Editora Ifes, 2011, v. 11, p. 103-126. MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem Significativa em Mapas Con- ceituais. In: Mapas conceituais e aprendizagem significativa, 01., 2013, São Paulo. Textos de Apoio ao Professor de Física. Rio Grande do Sul: Ppgenfis/ifufrgs, 2013. v. 24, p. 01 - 53. PACHECO, Sabrina Moro Villela; DAMASIO, Felipe. Mapas conceituais e diagramas V: ferramentas para o ensino, a aprendizagem e a avalia- ção no ensino técnico. Ciências & Cognição, Araranguá, v. 14, n. 2, p.166-193, 31 jul. 2009. CZESZAK, Wanderlucy A. Alves Corrêa. A construção dos saberes dos professores e as contribuições do mapeamento conceitual. 2011. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. OKADA, A. (org.) Cartografia Cognitiva – Mapas do Conhecimento para Pesquisa, Aprendizagem e Formação Docente. Cuiabá: KCM Edito- ra, 2008. KINCHIN, I. M; LYGO-BAKER, S; HAY, D. B. Universities as centre of non-learning. Studies in Higher Education. V.33, n.1, p. 89-103, 2008. Tecnopedagogicas.indd 43 07/05/15 16:34 44 Paixão, G. C. e ViDaL, E. M. 7. Diretrizes para elaboração e avaliação de e-Books Laura Helena Pinto de Castro Fatima Aurilane de Aguiar Lima 7.1. quadro conceitual O avanço e o desenvolvimento da internet estão transformando a maneira de ensinar e de aprender. Vários recursos tecnológicos têm surgido, e novas ferramentas didáticas estão sendo criadas a partir das tecnologias digitais. Barcelos e Lopes (2012) destacam que o computador apoiado nas novas tecnologias aparece como potencializador da prática didática por ofe- recer recursos que vão além da sala de aula e do livro didático, sendo capaz de envolver as diferentes funções cognitivas, por utilizar ferramentas que ins- tigam diferentes sentidos, possibilitando a inserção de novas informações no cotidiano escolar e permitindo confrontar as informações pertinentes ao con- teúdo que está sendo exposto com situações vivenciadas pelos estudantes. Dentre essas ferramentas destaca-se o livro virtual ou e-book. Segundo Bonezi (2007) o e-book™ ou livro eletrônico™ é todo e qualquer livro apresentado em forma digital, em qualquer formato de arquivo, como: .doc, .pdf, .txt, .rb, .html etc., dependendo do tipo de pro- grama que será usado para lê-lo. Pode-se acessá-lo on-line (conectando- -se na internet), zipado (fazendo um download, ou seja, copiando-o da internet para um computador) ou mesmo em CD-ROM. Atualmente en- contramos na internet uma grande variedade de títulos disponíveis para consulta e/ou aquisição. Stumpf (2014) afirma que os recursos interativos presentes nos li- vros digitais possibilitam uma leitura que vai além da experiência do texto linear. A inserção de outras mídias, bem como a possibilidade de incluir hiperlinks e a movimentação de elementos gráficos pela tela dos disposi- tivos digitais, proporcionam uma nova maneira de aprendizado. Os livros eletrônicos são vantajosos pois apresentam rápida e con- tínua difusão, poupam papel, são facilmente atualizados pelos autores, podem ser acessados em qualquer lugar, têm um custo inferior ao do li- vro impresso, podem vincular as informações em múltiplas mídias, como áudios e vídeos, o que possibilita privilegiar o uso dos sentidos da visão e da audição garantindo a percepção e o acúmulo de conhecimento com Tecnopedagogicas.indd 44 07/05/15 16:34 Orientações Pedagógicas 1 45 maior eficácia. Entretanto, podem também apresentar desvantagens, dentre elas, o fato de não serem atrativos para muitos leitores por ter que ler longos trechos em telas de computadores e depender de software compatível para acessar os arquivos (BARCELOS; LOPES, 2012). Assim, para que o livro seja inserido adequadamente nas institui- ções de ensino, é necessário que tanto os professores quanto os alunos conheçam suas vantagens e suas limitações, com o objetivo de fortalecer a interação com a leitura no processo de ensino-aprendizagem. Incenti- var os alunos a produzirem e-books representa uma estratégia de grande significado para esse processo. Dessa forma, as diretrizes aqui apresentadas objetivam auxiliar os alunos, orientando-os na elaboração de e-books com design atrativo e qualidade pedagógica, contendo bons textos que abordem adequada- mente os conteúdos em estudo e que possam ser disponibilizados de forma correta e coerente para os colegas e para os professores. Também apresentamos critérios serão utilizados para avaliar os e- -books produzidos pelos alunos. 7.2.
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