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Direito Processual Penal II - Etapa 2

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Direito Processual Penal II - Etapa 2 
16/10/2019 
PROCESSO E PROCEDIMENTO 
 
Processo 
❖ Étimo : Marcha adiante - movimento 
❖ Ideia fundamental : instrumento de viabilização do exercício da atividade jurisdicional 
❖ Prismas 
➢ Objetivo : Estático - complexo de atos seriados, coordenados, todos interligações com o 
objetivo de prover o exercício jurisdicional justo . 
➢ Subjetivo: Dinâmico - Relação jurídica processual. 
Conceito : Série de atos interligados e coordenados aos proteção a tutela jurisdicional justa(objetivo),a serem 
realizados no exercício justa, a serem realizadas no exercício de poderes e faculdades ou em cumprimento de 
deveres e ônus. (Subjetivo) 
 
Divisão : Processo de conhecimento e processo cautelar 
Teorias: 
a)Dinamarco : Teoria instrumentalista, sendo o processo um processo de viabilização do exercício da atividade 
jurisdicional. ( Está é a preferência) 
b)Andolina : Processo garantista 
c)Fazzalari : Procedimento em contraditório 
d)Leal : Neoinstitucionalismo processual - uma instituição constitucionalizada. 
Procedimento 
Ideia fundamental : Viabiliza o processo, eu só tenho o processo se tiver procedimento, devo ter uma 
coordenação​, e está coordenação eu chamo de procedimento. 
 
Identificação com elemento do processo 
Emaranhado Caótico - “noncesso” Tornaghi 
Sistemas processuais : 
● Inquisitivo - Um órgão acusa, defende e julga ( não voga mais) 
● Acusatório - Separação das funções (As funções são empenhadas por órgãos diferentes, um julga, outro 
acusa e outro defende.) 
● Misto - Duas fases processuais (Não se adota mais, e o I.P não entra aqui por que não é fase processual ) 
 
Brasil : Acusatório não ortodoxo (O juiz pode correr atrás da prova em determinados casos) Existe 
flexibilização. 
Princípios reitores : contraditório, ampla defesa, oralidade, verdade real, estado de inocência, oficialidade, juiz 
natural, iniciativa das partes, etc . 
 
Microreforma: Reformulação dos procedimentos 
(Lei n• 11.689 e 11.719 de 2008) 
Lei 11.689 : Júri - arts 406 a 497 do CPP 
Lei 11.719 : arts 394 e 405 do CPP 
 
Ritos 11.719 : O processo será de conhecimento, execução e cautelar, o procedimento será comum ou especial, 
dentro do procedimento comum temos o rito ordinário, sumário e sumaríssimo 
antes : qualidade ( Da sanção penal, o que era estabelecido pelo rito ordinário [detenção]e sumário, e teria o 
critério de qualidade da pena) 
Depois : quantidade (Agora temos o procedimento comum pelo rito ordinário [Quando a pena for maior ou igual 
a 4 anos, sendo esta a pena máxima] , sumário [ Quando a pena é menor que 4 anos e maior que 2 anos] e 
sumaríssimo [ Quando a pena é igual ou inferior a 2 anos, quando não couber transação penal.], e tendo como 
critério a quantidade de pena. 
 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. ​(Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1​o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: ​(Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 
(quatro) anos de pena privativa de liberdade; ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos 
de pena privativa de liberdade; ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. ​(Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 3​o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições 
estabelecidas nos ​arts. 406 a 497 deste Código​. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
art. 5º, LXXVIII, da CF/88 : Oralidade 
Curiosidades: 
a) agravantes e atenuantes não interferem ( súmula 231/STJ 
b) Conexão e continência (art. 78) 
Lei 9.099/95 e rito sumário : LJE , arts. 66 §ún., 77§ 3º CPP e art. 538 
Não previsão de rito: art. 394, § 2 
§ 2​o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código 
ou de lei especial. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Omissões, dentro do procedimento : art . 394,§ 5 rito ordinário pelo resíduo. 
§ 5​o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do 
procedimento ordinário. 
Procedimentos de 1º grau : art. 394, §4 
§ 4​o As disposições dos ​arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro 
grau, ainda que não regulados neste Código. ​(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Defesa preliminar é regra supra : Está regra não irá se aplicar em casos de defesa preliminar especial, pois feriria 
a Constituição Federal, Exemplo crimes de funcionários público, são anteriores a 2008, então eles dizem que se 
existe a defesa eu tenho que conceder a mesma, tendo em vista que ela prevê a defesa mesmo em caso de 
procedimento especial. 
 
Procedimento comum ordinário e sumário 
Fases: 
● Postulatória : Vai ocorrer o oferecimento da queixa ou denúncia 
● Instrutória: Instrução do processo, aquele que orienta, quem entrega a tutela jurisdicional justa é o órgão 
julgador 
○ Instrução probatória 
○ Alegações finais 
● Decisória: Quando a autoridade judiciária competente irá sentenciar. 
 
Rito Ordinário : 
A. Exordial: Petição inicial nas ações penais. (Denúncia ou queixa crime) o número de testemunhas 
possíveis é de 8, não sendo computadas as vítimas. 
B. Análise (Despacho Inaugural de Conteúdo Positivo /Negativo): O juiz irá analisar a expedição de 
despacho inaugural com conteúdo positivo ou negativo. 
C. Citação: Ele determina em caso positivo a citação do réu ao processo. 
D. Crise (art. 366) : Quando o réu não é encontrado o processo fica suspenso. 
E. Resposta - 10 dias : Terá 10 dias após a citação para apresentar sua resposta à acusação. 
F. Dativo : Um defensor dativo para que apresente a resposta caso o réu não apresente, tendo um prazo de 
10 dias. 
G. Nova análise (art. 397) : O juiz fará uma nova análise com base na resposta da acusação do réu, e nesta 
ele verificará se existem elementos para uma absolvição sumária, com base nas diretrizes do art. 397, 
quando há excludentes da antijuridicidade, culpabilidade, punibilidade, e atipicidade da conduta . 
H. Audiência Una (60 dias): Tudo é concentrado em uma única audiência ​em regra​, 
a. vítima 
b. testemunhas de acusação 
c. Testemunhas de defesa 
d. Esclarecimento de peritos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm#art406
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm#art395
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
 
e. Reconhecimento de pessoas e coisas 
f. Acareações eventualmente necessárias 
g. interrogação do réu 
I. Diligências: Somente será deferida caso se relacione com algum fato surgido durante a instrução 
J. Alegações : Após o encerramento da instrução processual, onde são apresentados os argumentos finais 
de ambas as partes, por meio de debate oral ou apresentação de memoriais. 
K. Sentença (ORDINÁRIO) : 10 dias para sentenciar 
 
SUMÁRIO : Testemunha (5 testemunhas) e Prazo (30 dias) 
 
23/10/2019 
Suspensão Condicional do Processo, transação penal e procedimento comum pelo Rito Sumarissimo 
 
Suspensão condicional do Processo 
 
Alocação : Art.89 da Lei de Juizados Especiais 
Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta 
Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, 
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os 
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena. 
Requisitos : condenação anterior e reincidência, ausência de processo criminal em tramitação ou anterior, 
antecedentes, conduta social, comportamento da vítima 
Art 59 do CP 
 
Crimes Dolosos e prescrição da reincidência (quinquênio prescricional) 
Pressuposto : a suspensão condicional do processo, pressupõe recebimento da denúncia, não posso suspender um 
processo sem ter recebido. 
 
Condições : 
Genéricas 
§ 1º - Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá 
suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições: 
I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; 
II - proibição de freqüentar determinados lugares; 
III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
 
Judiciais parágrafo 2º 
§ 2º - O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao 
fato e à situação pessoal do acusado. 
 
Discricionariedade: Se apresentar os requisitos o promotor irá decidir pela suspensão, a discricionariedade está 
na obrigatoriedade do processo. Está deve ser regrada, sem interferências de outros fatores, ele pode optar por 
abrir mão do processo, mas tem que estar presente os requisitos. 
 
Violação da Lei: art. 28, em analogia (STF, súmula 696, FONAJE) - Se estão presentes os requisitos e o 
promotor não oferece, sendo assim o juiz deverá remeter ao procurador- geral. 
Súm. 696 - Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se 
recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo, remeterá a questão ao Procurador-Geral, 
aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal. 
 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do 
inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, 
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só 
então estará o juiz obrigado a atender. 
 
 
Ação Penal ​Privada 
● Somente o promotor 
● Somente o Querelante (o ofendido), se ele como ofendido deixa de oferecer a ação, OK (corrente 
preferida pelo Brandão) 
○ Juiz, na recusa ilegal 
○ Promotor, na recusa ilegal 
Natureza de ajuste e papel do magistrado : A natureza do ajuste é de transação de sentido amplo, e o magistrado 
tem papel de mediador, ele não vai proteger direito, ele vai mediar apenas. 
§ 1º : expressão poderá : O juiz age dentro de certa discricionariedade, por que se for ilegal a proposta de 
suspensão ele não deverá homologar. 
Concurso de delitos : Súm. 243 do STJ - Ele impede a suspensão condicional do processo. 
Súmula 243 - STJ: "O benefício da suspensão do processo não é aplicável em relação às infrações penais 
cometidas em concurso material, concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, 
seja pelo somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano." 
Agravante e atenuante não impede 
 
Violência Doméstica contra a mulher : Lei 11.340, art.41 
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena 
prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. 
 
Justiça Militar- art. 90 -A da LJE (9.389/99) 
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 
9.839, de 27.9.1999 
 
Revogação : 
Obrigatória : § 3º - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por 
outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a ​reparação do dano. - Se ele não reparar, ou então cometer 
outro crime e ser processado será obrigatória a revogação. 
 
Facultativa: § 4º - A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por 
contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta. - Se for processado por contravenção ou 
discumprimir qualquer condição que não seja a reparação o juiz irá avaliar o caso concreto. 
 
Extinção da punibilidade : prorrogação possível ? 
Dentro do período de prova não cabe revogação, findo o período de prova ocorre a extinção da punibilidade. 
§ 5º - Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
 
Prescrição : 
§ 6º - Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo. 
Data do crime - começou correr prescrição - aí veio a suspensão - durante este tempo a prescrição não irá correr - 
agora se for revogada a suspensão irá computar todo prazo anterior, desde a data do fato. 
Revogação: consequências : Processo prossegue, aí a pessoa deverá apresentar a resposta da acusação, enfim 
correrá normalmente . 
Vantagens: instituto despenalização - preservação da primariedade. Extremamente vantajoso para o acusado. 
 
Transação Penal 
Alocação : 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções 
penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
Requisitos (negativos) : 
 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de 
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a 
ser especificada na proposta. 
 
§ 2º - ​Não se admitirá ​a proposta se ficar comprovado: 
 
 
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença 
definitiva; 
 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou 
multa, nos termos deste artigo; 
 
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as 
circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. 
Rito: arts 69 a 76 
 
 
1. TCO 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará ​termo circunstanciado e o 
encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisiçõesdos 
exames periciais necessários. 
 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou 
assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso 
de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou 
local de convivência com a vítima. 
 
2. Encaminhamento 
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sendo possível a realização imediata da audiência 
preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. 
3. Intimado 
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua intimação e, se 
for o caso, a do responsável civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei. 
 
4. Audiência Preliminar 
Art. 72. Na audiência preliminar, presente o representante do Ministério Público, o autor do fato e a vítima e, se 
possível, o responsável civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da 
composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade. 
a. Esclarecimentos e advertências - Esclarecimento do que está ocorrendo. 
Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientação. 
 
Parágrafo único. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recrutados, na forma da lei local, 
preferentemente entre bacharéis em Direito, excluídos os que exerçam funções na administração da 
Justiça Criminal. 
b. Composição de danos (eventual) - ações penais privadas e públicas condicionadas à 
representação do ofendido. 
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante 
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. 
 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada 
à representação, ​o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
 
5. Proposta( ausência injustificada da proposta - art. 28 do CPP) 
 
Art. 75. Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de 
exercer o direito de representação verbal, que será reduzida a termo. 
 
Parágrafo único. O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do 
direito, que poderá ser exercido no prazo previsto em lei. 
6. Aceitação (vontade do autor do fato) 
Aceita a proposta, o juiz suspende para o cumprimento daquilo que ficou condicionado. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de 
arquivamento, o Ministério Público poderá propor a ​aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a 
ser especificada na proposta. 
 
 
7. Suspensão do cumprimento, homologação e extinção da punibilidade 
3º - Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz. 
 
§ 4º - Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva 
de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o 
mesmo benefício no prazo de cinco anos. 
 
§ 5º - Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei. 
 
§ 6º - A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, 
salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação 
cabível no juízo cível. 
 
8. Eventual dissenso : processo pelo rito sumaríssimo - Quando não há aceitação da proposta 
Rito sumaríssimo - Prestígio a oralidade 
1. Exordial oral - Denúncia oral ou queixa 
2. Entrega-se cópia da ata e intime-se o acusado para a audiência una 
3. Testemunhas (3 nas contravenções penais ou 5 em outros crimes de menor potencial ofensivo) leva-se 
ou se requer as intimações (5 dias de antecedência) 
4. Abertura, resposta oral, apreciação exordial e instrução 
5. Debates 
6. Sentença : Prazo de 10 dias caso não sentencie na audiência. 
 
06/11/2019 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos 
O Rito 
 
 
 
 
Crimes funcionais : 
Crime funcionais são aqueles perpetrados por funcionário público no exercício de suas funções ou em 
decorrência destas. 
Crimes ​funcionais próprios são aqueles em que, caso não esteja presente a elementar do tipo “funcionário 
público” a conduta será considerada atípica. Por outro lado, crimes ​funcionais impróprios são aqueles nos 
quais, uma vez excluída a elementar “funcionário público” a conduta contra a Administração Pública será 
tipificada como outro crime. 
 
 
Peculiaridades: 
a) Defesa preliminar em 15 dias (CPP, art. 514) - Faculdade da defesa, sendo a notificação, contudo, 
obrigatória, a despeito da diretiva do Enunciado 330, da Súmula do STJ, combatida pelo 
posicionamento atual do STF na matéria; 
b) Capacidade postulatória - Dispensada no momento da apresentação da defesa preliminar, que é 
facultativa; 
c) Perda da condição de funcionário público - acarreta a perda do direito à defesa preliminar, que 
pressupõe o status ou posição jurídica do funcionário público (CP, art. 327); 
d) Concurso de infratores e infrações - Havendo mais de um réu, a defesa preliminar só será oportunizada 
àqueles que estejam na condição de funcionário público. Por seu turno, havendo concurso de crimes, 
sendo um funcional e outro não funcional, entendemos que deve haver notificação para defesa 
preliminar em face de ambos os delitos, e o procedimento mais amplo e especial abrangeria até mesmo 
o delito não funcional, ampliando-se a esfera defensiva. Para o STF no caso de concurso de infrações, 
não deve haver defesa preliminar para nenhuma delas, suprimindo-se a especialidade do procedimento. 
e) Efeitos da rejeição da inicial: a depender dos elementos trazidos na defesa preliminar, a rejeição da 
inicial acusatória terá o status de decisão definitiva, fazendo coisa julgada material. 
 
CRIMES CONTRA A HONRA (calúnia, injúria e difamação) 
 
 
Boa parte dos crimes contra a honra é regida pela lei dos juizados especiais. 
Com a promulgação da Lei n° 10.259/2001 Juizados Especiais Criminais Federais), a doutrina e a jurisprudência 
majoritária passaram a entender que a definição de delito de menor potencial ofensivo é baseada, 
exclusivamente, no quantitativo máximo da pena em abstrato, não excepcionando mais a especialidade do rito, 
como antes fazia a lei n° 9.099/1995, em seu art.61, alterado pela lei n° 11.313/2006. 
O que levou à consolidação dessa posição foi a noção de isonomia, de status constitucional. Dessa forma, quase 
todos os delitos contra a honra passaram a ser processados perante o juizado especial criminal federal ou 
estadual, à exceção, por exemplo: 
1) Dos crimes eleitorais, onde não se tem um juizado especial eleitoral e há um rito próprio das leis eleitorais; 
 2) Dos crimes militares, com previsão no Código de Processo Penal Militar; 
3) Dos crimes contra honra perpetrados por agente com prerrogativa de função, cujo processo tem rito próprio 
estatuído em disciplina normativa específica; 
4) Se o fato, em razão da sua complexidade, não permitir o oferecimentoda inicial nos juizados; 
5) Havendo necessidade de citação por edital, por ser incompatível com o rito sumaríssimo; 
 
Peculiaridades: 
a) Tentativa de Conciliação - Precede o recebimento da queixa, com designação de audiência de 
conciliação, quando o juiz ouve, separadamente sem a presença dos advogados, querelante e querelado 
art. 520, CPP. Seguida de promoção de entendimento art. 521, CPP, com arquivamento da queixa, 
 
exitosa a reconciliação, devendo-se declarar extinta a punibilidade por renúncia ​SUI GENERIS ao 
direito de ação, art. 522, CPP; 
b) Não comparecimento do querelante- Há duas correntes,uma, entende-se a aplicação da sanção 
processual da perempção ou manifestação tácita de não conciliar, outra pelo prosseguimento do feito 
(inadmissibilidade do reconhecimento da perempção, por ausência de ação penal em 
curso/demonstração do desejo de não conciliar); 
 
Procedimentos Especiais 
c) Não comparecimento do querelado - Análise imediata da admissibilidade da inicial. 
d) Ação titularizada pelo MP - Não há audiência de conciliação. 
 STF Súm. 714 
É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do ministério público, condicionada à 
representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do 
exercício de suas funções. 
e) Exceção da verdade ou notoriedade do fato imputado - Às hipóteses englobam antecedentes lógicos e 
necessários ao julgamento da ação, configurando questões prejudiciais homogêneas. Observe-se que a 
exceção da verdade deverá obedecer, quanto ao seu cabimento, ao estabelecido no CP. Caso o ofendido 
goze de foro privilegiado, a exceção da verdade deverá ser julgada perante o respectivo Tribunal. 
f) Composição Civil e Transação - Ainda que a infração refuja à esfera do juizado, deve-se fazer a devida 
adaptação para aplicação dos institutos referidos, segundo posição majoritária. 
 
CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL 
PROCEDIMENTO VÁLIDO PARA OS CRIMES DE AÇÃO PRIVADA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO VÁLIDO PARA OS CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
CRIMES DEFINIDOS NA LEI ANTIDROGAS 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES FALIMENTARES 
 
A Lei n.º 11.101/2005 passou a regular integralmente a matéria atinente à recuperação judicial, a extrajudicial e à 
falência do empresário e da sociedade empresária, com revogação dos arts. 503 a 512 do CPP. 
Os crimes falimentares são aqueles tipificados nos artigos ​168 a ​178 da ​Lei de Falencias (Lei n.º ​11.101​/05), 
muito embora não possuam definição específica no ordenamento jurídico brasileiro. 
São, portanto, crimes falimentares: fraude a credores; violação de sigilo empresarial; divulgação de informações 
falsas; indução a erro; favorecimento de credores; desvio, ocultação ou apropriação de bens; aquisição, 
recebimento ou uso ilegal de bens; habilitação ilegal de crédito; exercício ilegal de atividade; violação de 
impedimento; e omissão dos documentos contábeis obrigatórios. 
Deste modo, verifica-se, portanto, que os crimes falimentares tipificados na referida lei podem ocorrer tanto 
antes quanto depois da decisão de 
a) decretação da falência 
b) da concessão da recuperação judicial ou da 
c) homologação da recuperação extrajudicial, ressaltando-se que, sem essa decisão, não há falar-se em crime 
falimentar, tornando as condutas passíveis de serem caracterizadas como crimes de outra natureza. 
 
PROCEDIMENTO ESPECIAL DO JÚRI 
Nos termos da ​Constituição Federal (art. 5º, inciso XXXVIII, d), é reconhecida a instituição do júri, competente 
para julgar os crimes dolosos contra a vida, a saber: homicídio doloso, participação em suicídio, infanticídio e 
aborto. 
 
Princípios básicos: 
É regido por princípios previstos especialmente no art. 5º, XXXVIII, da Constituição Federal, dentre os quais 
podemos citar: 
A) PLENITUDE DA DEFESA​: No procedimento do júri, a autodefesa e a defesa técnica são exercidas de 
forma plena; 
B) SIGILO DAS VOTAÇÕES:​ Os votos dos jurados são secretos; 
C) SOBERANIA DOS VEREDICTOS: ​Cabe apenas aos jurados decidirem pela condenação ou absolvição do 
acusado; decisão essa que, em regra, não pode ser modificada pelos Tribunais, salvo nas hipóteses do art. 593, 
inciso III, alíneas "a", "b", "c" e "d", do Código de Processo Penal (apelação); ou dos arts. 621 a 631 do mesmo 
diploma (revisão criminal); 
D) COMPETÊNCIA PARA JULGAR CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA: ​O tribunal do júri é 
competente para julgar homicídio doloso, infanticídio, aborto, auxílio, induzimento ou instigação ao suicídio, em 
suas formas tentadas ou consumadas. Esse rol de crimes pode ser ampliado por meio de leis infraconstitucionais. 
Cabe também ao júri julgar os crimes comuns que são conexos aos crimes dolosos contra a vida (art. 78, I, do 
CPP); 
 
Características do Tribunal do Júri: 
A) ÓRGÃO COLEGIADO​: A decisão da causa é entregue a um número plural de pessoas; 
B) HETEROGENEIDADE : Composto por juiz togado + 25 juízes leigos (cidadãos leigos = jurados); 25 
Jurados + 01 Juiz Togado. 
C) HORIZONTALIDADE: ​Não existe hierarquia entre Juiz e Jurados; 
D) DECISÃO TOMADA POR MAIORIA DE VOTOS 
E) ÓRGÃO TEMPORÁRIO: ​Só é formado quando tem crime para julgar. 
ORGANIZAÇÃO DOS JURADOS: 
Os jurados são membros da sociedade que participam, no Tribunal do Júri, dos julgamentos dos crimes dolosos 
contra a vida. Os jurados decidem se o réu é culpado, ou inocente, com base nas respostas aos quesitos 
formulados pelo juiz presidente que, então, profere a sentença. 
O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os 
alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença, em cada sessão de julgamento. 
O alistamento dos jurados é realizado anualmente pelo juiz presidente do Júri e número de alistados é definido de 
acordo com o tamanho da comarca: ART. 425 do CPP 
● comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes: 800 a 1.500 jurados; 
● comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes: 300 a 700 jurados; 
● comarcas de menor população: 80 a 400 jurados. 
REQUISITOS PARA SER JURADO: 
● Pessoa comum escolhida na comunidade, não necessariamente com conhecimento de Direito; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10925259/artigo-168-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10924569/artigo-178-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
● Cidadão brasileiro, maior de 18 anos (alterado pela Lei 11.689/2008), residente na comarca; 
● Indivíduo com bons antecedentes. 
 
IMPEDIMENTOS PARA SER JURADO 
● Não podem participar do mesmo conselho marido e mulher, ascendente e descendente, sogro e genro ou 
nora, irmãos e cunhados, tio e sobrinho, padrasto e madrasta ou enteado, e pessoas que mantenham 
união estável reconhecida como entidade familiar. 
● Se tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa 
determinante do julgamento posterior. 
● No caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado.● Caso tenha manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado. 
 
DESAFORAMENTO= decisão judicial que altera a COMPETÊNCIA para o julgamento (art. S ​427​ e ​428​, ​CPP​): 
HIPÓTESES: 
a) Interesse de ordem pública; 
b) Dúvida sobre imparcialidade dos jurados; 
c) Segurança pessoal do acusado. 
-​Quem pode requerer? ​Ministério Público; Querelante; Acusado; Assistente. 
Procedimento 
O rito do júri é o mesmo para todos os crimes de sua competência, independente de serem apenados com 
detenção ou reclusão, sendo que seu procedimento é chamado de escalonado ou bifásico, por ser dividido em 
duas fases, quais sejam: 
1ª fase: ​sumário de culpa ou ​judicium accusationis: é realizada pelo juiz singular e segue procedimento 
semelhante ao dos crimes apenados com reclusão (rito ordinário até o art. 405 CPP - instrução criminal). Tem a 
finalidade de formar o juízo de admissibilidade da acusação (juízo de prelibação). Inicia-se com o recebimento 
da denúncia ou queixa e termina com a decisão de pronúncia, impronúncia, desclassificação ou absolvição 
sumária. 
 
2ª fase: juízo da causa ou ​judicium causae: ​é realizada pelo juiz presidente e pelo conselho de sentença (7 
jurados que irão julgar o acusado). Tem a finalidade de julgar o mérito do pedido (juízo de delibação). Inicia-se 
com o trânsito em julgado da sentença de pronúncia, quando o juiz determina a intimação do Ministério Público 
e do defensor para apresentarem, respectivamente, o rol de testemunhas. Termina com o trânsito em julgado da 
decisão do Tribunal do Júri. 
 
1. Sumário de culpa - 1ª fase 
Esta primeira etapa, que vai do art. 406 ao art. 412 do CPP, é semelhante ao procedimento ordinário de 
competência do juiz singular. Oferecida a denúncia pelo órgão acusatório o juiz poderá recebê-la ou rejeitá-la. 
Em recebendo ele ordenará a citação do réu para responder a acusação, no prazo legal de 10 (dez) dias, ocasião 
em que deverá arguir preliminares além de alegar qualquer tese que interesse a sua defesa, oferecendo 
documentos, justificações bem como especificando as provas que pretende produzir e arrolando testemunhas, no 
número máximo de 08 (mesmo número de testemunhas permitido a acusação). Em oferecendo exceções estas 
deverão ser processadas em apartado. 
Se o acusado trouxer alguma preliminar ou juntar algum documento, o órgão acusador deverá ser ouvido, no 
prazo legal de 05 (cinco) dias. 
O juiz ouvirá as testemunhas arroladas pelas partes, bem como praticará as diligências necessárias para elucidar 
o ocorrido. Na audiência de instrução, será ouvido primeiramente o ofendido, em havendo, após as testemunhas 
arroladas pela acusação e pela defesa, eventuais esclarecimentos de peritos, acareações, reconhecimentos de 
pessoas e coisas e, por fim, interrogará o acusado. 
Frise-se que as provas serão produzidas em uma só audiência e que as alegações serão orais, concedendo-se 
primeiro a palavra à acusação e depois à defesa, pelo prazo igual de vinte minutos, prorrogáveis por mais dez. 
Depois disso, será ouvido o assistente do Ministério Público pelo prazo de dez minutos, prorrogáveis pelo 
mesmo tempo. Terminados os debates o juiz proferirá a sentença na própria audiência ou no prazo de dez dias 
(art. 411 e §§ do CPP). 
Desta forma, pode-se observar que, diferentemente do que ocorre no procedimento ordinário comum, na 
primeira fase do procedimento do júri não existe a possibilidade de absolvição sumária após o oferecimento da 
resposta escrita pelo acusado. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634089/artigo-427-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633910/artigo-428-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
 
Outra diferença está no prazo para conclusão do procedimento. Com efeito, afirma o artigo 412, do CPP, que o 
procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias, ao passo que no procedimento ordinário 
comum o prazo para instrução do processo é de 60 (sessenta) dias. 
Finda essa primeira fase o juiz poderá proferir uma das seguintes decisões: 
A - Pronúncia 
Se o juiz se convencer da existência do crime e de indícios suficientes de que o réu seja o autor, deverá 
pronunciá-lo. A pronúncia consiste em decisão interlocutória mista não terminativa, ou seja, não julga o mérito, 
nem põe fim ao processo e deverá conter o dispositivo legal em que julgar ser o réu incurso, bem como 
especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento da pena. 
Proferida a sentença de pronúncia, e preclusa a via impugnativa, não poderá mais ser alterada, salvo se 
ocorrerem circunstâncias supervenientes que modifiquem a classificação do delito (art. 421 c.c. art. 384, 
parágrafo único, do CPP), caso em que deverá remeter os autos ao Ministério Público. 
 
- Efeitos da pronúncia 
1. submete o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri; 
2. interrompe a prescrição (art. 117, II, do CP); 
3. se o réu estiver preso, será mantido na prisão em que se encontrar; se estiver solto, será expedido mandado de 
prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes (hipótese em que poderá deixar de ser expedido mandado de 
prisão, ou, se preso, revogar a prisão). 
 
- Intimação da pronúncia 
A intimação da pronúncia será feita pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado, ao Ministério Público e, na 
forma do art. 370, §1º, do CPP, para o assistente do Ministério Público, ao defensor constituído e ao querelante. 
Se o réu estiver solto e não for encontrado será intimado por edital. 
- Recurso 
Contra a decisão de pronúncia cabe recurso em sentido estrito, previsto no art. 581, IV, do CPP. 
 
- Despronúncia 
A despronúncia pode ocorrer em razão da interposição do recurso em sentido estrito, em que o juiz se retrata e 
impronúncia o réu, ou quando o juiz mantém a sentença de pronúncia e o Tribunal dá provimento ao recurso em 
sentido estrito, impronunciando o réu. 
B - Impronúncia 
Se o juiz não se convencer da existência do crime ou de indícios suficientes de autoria, será proferida decisão de 
impronúncia, que também é uma decisão interlocutória mista terminativa, sendo que os crimes conexos serão 
remetidos ao juízo competente. Lembra-se que, "enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade poderá ser 
formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova" (art. 414, parágrafo único do CPP). Contra a decisão 
de impronúncia cabe apelação. 
Dispõe ainda o art. 417 da Lei em pauta que "se houver indícios de autoria ou de participação de outras pessoas 
não incluídas na acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o acusado, determinará o retorno dos autos ao 
Ministério Público, por 15 (quinze) dias, aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código". 
C - Desclassificação 
O juiz, com base nas provas produzidas nos autos, convencendo-se de que não se trata de crime de competência 
do júri, deverá proferir a sentença de desclassificação e remeterá os autos ao juízo competente para julgá-lo. Da 
decisão de desclassificação cabe recurso em sentido estrito. 
De acordo com o art. 492, §§ 1º e 2º do CPP "se houver desclassificação da infração para outra, de competência 
do juiz singular,ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o 
delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o 
disposto nos arts. 69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. § 2o Em caso de desclassificação, 
o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Júri, 
aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo". 
D - Absolvição sumária 
A absolvição sumária ocorre quando for comprovada a existência de excludente de ilicitude ou de culpabilidade. 
Ela faz coisa julgada material. Prevê o art. 415, do CPP, que "o juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o 
acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime". 
 
A inimputabilidade, via de regra, não será aplicada neste caso, salvo quando for a única tese defensiva. Da 
decisão de absolvição sumária cabe apelação. Na existência de crimes conexos deve o juiz apenas remeter os 
autos ao juízo competente. 
2. Juízo da causa - 2ª fase 
Determina o art. 422, do CPP, que "ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação 
do órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 (cinco) 
dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em 
que poderão juntar documentos e requerer diligência". 
Depois de decidido sobre as provas a serem produzidas o Juiz ordenará as "diligências necessárias para sanar 
qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse ao julgamento da causa e fará relatório sucinto do processo, 
determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal do Júri" (art. 423, I e II do CPP). 
Desaforamento 
Segundo estabelece o art. 427, do CPP, "se o interesse da ordem pública o reclamar ou houver dúvida sobre a 
imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Público, do 
assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representação do juiz competente, poderá determinar o 
desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região, onde não existam aqueles motivos, 
preferindo-se as mais próximas". 
O desaforamento somente terá efeito suspensivo se os motivos forem consideravelmente relevantes, devendo o 
relator fundamentar sua decisão. Cumpre ressaltar que ele poderá também ser requerido em caso de comprovado 
excesso de serviço, quando o julgamento não puder ser realizado dentro de seis meses contados do trânsito em 
julgado da decisão de pronúncia, sendo que, neste caso, o juiz presidente e a parte contrária deverão ser ouvidos 
(art. 428 da lei em questão). 
Também não será admitido o desaforamento quando houver pendência de recurso contra a decisão de pronúncia 
ou quando efetivado o julgamento, porém, nesta última hipótese, haverá admissão se o fato tiver ocorrido 
durante ou após a realização de julgamento anulado. 
Sorteio e convocação dos jurados 
Depois da organização de pautas, em que terão preferência os presos e dentre eles os que tiverem maior tempo de 
prisão, o juiz presidirá o sorteio dos jurados a ser realizado de portas abertas até que se complete o número de 
vinte e cinco jurados. Tal sorteio será realizado entre o 15o (décimo quinto) e o 10o (décimo) dia útil antecedente 
à instalação da reunião (art. 433, §1º do CPP), e será acompanhado pelo Ministério Público, pela OAB e pela 
Defensoria Pública. 
Vale lembrar que o jurado que não for sorteado pode ter seu nome incluído em reuniões futuras. Ademais, os 
jurados sorteados serão convocados pelo correio ou por qualquer outro meio hábil para comparecer no dia e hora 
designados para a reunião, sob pena de multa. 
Sessões do Tribunal do Júri 
O julgamento só será adiado pelo não comparecimento do Ministério Público ou do advogado do acusado. Não 
haverá adiamento do julgamento se não comparecerem o assistente e advogado do querelante, e o acusado solto, 
se devidamente intimados. Quando a testemunha intimada falta na sessão o juiz suspenderá os trabalhos até que a 
mesma seja conduzida, ou adiará o julgamento. 
O juiz declarará instalados os trabalhos com a presença de, pelos menos, quinze jurados. Caso contrário 
realizar-se-á o sorteio dos suplentes necessários e designar-se-á data pata nova sessão (art. 464 do CPP). Durante 
a sessão os jurados não poderão se comunicar entre si e com outras pessoas, nem dar opinião sobre o processo, 
sob pena de exclusão do conselho e multa (art. 466 do CPP). 
Serão sorteados sete jurados para compor o Conselho de Sentença, sendo que pode a defesa e depois o Ministério 
Público recusarem três dos jurados, cada um, sem motivar a recusa. Depois de formado o Conselho de Sentença 
o juiz entregará aos jurados cópias da pronúncia ou, se for o caso, das decisões posteriores que julgaram 
admissível a acusação e do relatório do processo (art. 472, parágrafo único do CPP). 
Instrução em plenário 
Dispõe o art. 473, do CPP, que "prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando 
o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e 
diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação". Tanto 
as partes como os jurados poderão inquirir as testemunhas (este último por intermédio do juiz), e requerer 
acareações, reconhecimento de pessoas e coisas. Feito isto, o acusado será interrogado, sendo que o Ministério 
Público, o assistente, o querelante e o defensor, nessa ordem, poderão formular, diretamente, perguntas a ele, 
conforme disposição do art. 474, § 1º, do CPP. Já as perguntas formuladas pelos jurados se darão por intermédio 
do juiz. 
Os depoimentos e o interrogatório serão registrados pelos meios ou recursos de gravação magnética, eletrônica, 
estenotipia ou técnica similar, devendo ser transcritos e juntado aos autos. 
 
Debates 
Encerrada a instrução será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acusação nos limites da 
pronúncia (art. 476 do CPP). O assistente falará em seguida, sendo que se se tratar de ação penal privada falará 
primeiro o querelante e depois o Ministério Público. Logo depois, a defesa se pronunciará, e a acusação terá 
direito a réplica e a defesa a tréplica, admitindo-se a reinquirição de testemunhas (art. 476, § 4º da mesma lei). 
O tempo concedido às partes é de uma hora e meia para cada, e uma hora para réplica e outro tanto para a 
tréplica. Quando houver mais de um acusador o tempo será dividido entre eles de comum acordo, ou pelo juiz. 
No caso de haver mais de um acusado, o tempo para a defesa será acrescido de uma hora e elevado em dobro 
para a réplica e tréplica. 
Não é permitido que as partes façam menção "à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram 
admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas como argumentode autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado; ou ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em 
seu prejuízo" (art. 478 do diploma legal em questão); assim como não será permitida a leitura de documento ou 
exibição de objeto que não tenham sido juntados aos autos com antecedência de pelo menos três dias. 
Concluídos os debates o juiz indagará aos jurados se já estão habilitados para o julgamento ou se ainda 
necessitam de outros esclarecimentos, caso em que serão prestados à vista dos autos, os quais poderão ser 
fornecidos aos jurados. Se houver necessidade de verificação de algum fato imprescindível ao julgamento, que 
não puder ser realizada na hora, o juiz designará as diligências cabíveis para o caso. 
Votação 
O Conselho de Sentença deverá responder alguns quesitos sobre a matéria de fato e sobre a possibilidade de 
absolvição do acusado. "Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de modo 
que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão. Na sua elaboração, o 
presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a 
acusação, do interrogatório e das alegações das partes" - art. 482, parágrafo único, do CPP. 
Se houver mais de três respostas negativas para os quesitos que indagaram sobre a materialidade do fato e da 
autoria e participação, o acusado será absolvido. Já se as resposta forem afirmativas, os jurados deverão 
responder se absolvem ou não o acusado. Se os jurados optarem pela condenação, deverão responder os quesitos 
formulados sobre as causas de diminuição da pena alegada pela defesa e circunstância qualificadora ou causa de 
aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação 
(art. 483, § 3º). 
Serão formulados quesitos sobre a desclassificação do crime, quando sustentada, e sobre a possível ocorrência do 
crime na forma tentada. Quando houver mais de um acusado os quesitos serão formulados de forma distinta. 
Feito isto, o juiz perguntará às partes se têm algum requerimento ou reclamação para fazer. "Não havendo dúvida 
a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do 
acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação" - art. 485 
da lei. Posteriormente, o juiz distribuirá cédulas aos jurados que serão utilizadas para a votação, sendo que a 
decisão será tomada por maioria de votos. 
Sentença 
Depois da votação, o juiz proferirá a sentença. "I - No caso de condenação: 
a) fixará a pena-base; 
b) considerará as circunstâncias agravantes ou atenuantes alegadas nos debates; 
c) imporá os aumentos ou diminuições da pena, em atenção às causas admitidas pelo júri; 
d) observará as demais disposições do art. 387 deste Código; 
e) mandará o acusado recolher-se ou recomendá-lo-á à prisão em que se encontra, se presentes os requisitos da 
prisão preventiva; 
f) estabelecerá os efeitos genéricos e específicos da condenação; 
II – no caso de absolvição: 
a) mandará colocar em liberdade o acusado se por outro motivo não estiver preso; 
b) revogará as medidas restritivas provisoriamente decretadas; 
c) imporá, se for o caso, a medida de segurança cabível" (art. 492 do CPP). 
 
13/10/2019 
- Nulidades no Processo Penal 
Noções introdutórias 
Relação do tema com a CF/88 
● Natureza do Rol do art. 564 do CPP 
Tipificação dos procedimentos e atos processuais: delimitação do exercício da Jurisdição. (Modelo legal) 
● Procedimento tipificado (complexo de atos, com uma ordem como rito ordinário) 
 
● Atos processuais típicos (Seguiu o modelo legal) 
● Outras possibilidades 
○ Inexistentes; ( ou não atos, não significa por conta de uma observação naturalística, pode 
existir pelo fato de não ser praticado) 
○ Atípicos ( quando não há correspondência com o modelo legal) 
Subdivisão 
Inexistentes : Materialmente; Não foi praticado 
Juridicamente ; Não ato injurie, ele naturalisticamente ele existe, porém existe um vício tão grande 
que é como se ele não existisse. (Ex: Uma sentença prolatada pelo escrivão, sem autorização do Juiz, pois não 
existe jurisdição, ele não é capaz de sentenciar.) 
Atípicos : Nulos ; Todos atos nulos são atípicos, porém nem todos atípicos são nulos. Ex: sentença prolatada por 
escrivão Extravasamento dos limites da jurisdição, mas a competência é um vício que macula o ato, atinge o 
interesse pretendido, podendo este ser público ou das partes . 
 
Irregulares : O escrevente esqueceu de assinar o ato, porém o restante está tudo na forma correta, 
todos assinaram o juiz, o interrogando, porém faltou está formalidade, porém esse vício é meramente irregular, 
não retirando a validade do ato. 
 
Atos nulos: o vício atinge o interesse protegido pela norma (fundo), retirado a validade do ato, que deve ser 
judicialmente declarada (reconhecida em decisão judicial.) 
 
Duplo aspecto de nulidades 
1. Vício do ato atípico; ( Desconformidade do ato praticado e o modelo necessário para aquele ato) 
2. Sanção de invalidade ( Quando reconhece o vício e decreta a invalidade do ato) 
 
Classificação de nulidades 
Absolutas (interesse público, normas constitucionais) 
Relativas (interesse das partes) Preclusão ? (Art. 571 do CPP) 
 
Sistema brasileiro ( art. 563 do CPP) 
Formalidade não é um fim em si mesmo ( ​Verdade real​ - finalidade, que é a proteção de um interesse) 
Outras : processo justo, legal, legítimo - garantia 
 
Princípios : 
1. Prejuízo ou transcendência - PÁS DE NULLITE SANS GRIEF - Não a nulidade se não há prejuízo, o 
magistrado somente vislumbrar a nulidade quando esta for prejudicial a uma das partes. 
2. Interesse (art. 565) - à inexistência do direito de arguir nulidade pela parte que, de má-fé, deu causa para 
o vício. Este princípio tem fundamento no texto do artigo 565 do Código Penal brasileiro que diz: 
“Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou 
referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.” 
3. Causalidade (art. 573, par. 1 e 2 nulidades originárias e derivadas) - lida notoriamente acerca de atos 
que, quando anulados, causarão o mesmo efeito em outros que dele dependem. Originárias 
simplesmente tratam-se do vício inicialmente reconhecido pelo magistrado, e não possuem esse efeito 
causal anulando outros atos. Em contrapartida, a nulidade derivada será reconhecida em um momento 
póstumo do processo, após o surgimento de outros atos ao decorrer da lide, logo acarretando em uma 
nulidade abrangente a todos que dele dependerem. 
4. Conservação (art.567) - É oriundo do entendimento utile per inutile non vitiatur, no português, “o útil 
pelo inútil não é viciado”, desta forma, mesmo que o princípio da causalidade assombre o processo, 
alguns atos, que por esse ato nulo não foram prejudicados, influenciados, ou mesmo descendendo dele, 
se de outra maneira fosse, teriam o mesmo fim, serão reaproveitados, respeitando também o princípio 
da economia e celeridade processual. 
5. Convalidação - Não há nulidade acerca de ato irrelevante ao andamento desfecho da causa, é em 
relação a nulidades relativas. 
6. Instrumentalidades formais- Está ligado a Transcendência , em uma relação muito íntima, visto que se 
tenho um vício de forma, é essa transcende a irregularidade formal e atinge o objetivo da verdade real, 
se eu tenho isso a minha forma só existe através de um instrumento da forma para atingir um fim. 
 
Análise do art. 564 do CPP 
 
 
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz; 
II - por ilegitimidade de parte; 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
a) Exordial - a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a 
portaria ou o auto de prisão em flagrante; 
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167; 
(Necrocpsia, documentoscópico, laudo que comprove falsidade de moeda) 
c) a nomeação de ​defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 
anos; 
d) a intervenção do ​Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada 
pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública; 
e) a ​citação do réu para ver-se processar, o seu ​interrogatório​, quando presente, e os ​prazos 
concedidos à acusação e à defesa; 
f) a sentença de ​pronúncia​, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos 
processos perante o Tribunal do Júri; 
g) Crise de instância - a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a 
lei não permitir o julgamento à revelia; 
h) a intimação das ​testemunhas arroladas do júri sem libelo e contrariedade 
i) a presença ​pelo menos de 15 jurados​ para a constituição do júri; 
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em ​número legal e sua incomunicabilidade​; 
k) os ​quesitos​ e as respectivas respostas; 
l) Debate - a acusação e a defesa, na sessão de julgamento; 
m) a ​sentença​; 
n) o ​recurso​ de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido; 
o) a ​intimação​, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba 
recurso; 
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o ​quorum​ ​legal​ para o julgamento; 
IV - por omissão de ​formalidade que constitua elemento essencial do ato. 
Essências - nulidade 
Acidentais - mera irregularidade 
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por ​deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e 
contradição entre estas. ​(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948) 
 
Convalidação e o art. 571 do CPP (momento oportuno) 
 
Art. 571. As nulidades deverão ser argüidas: 
I - as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art. 406; 
II - as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos especiais, 
salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500; 
III - as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo, 
logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes; 
IV - as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a audiência; 
V - as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as 
partes (art. 447); 
VI - as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500; 
VII - se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de 
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes; 
VIII - as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem. 
 
 
20 /11 2019 
 
- Recursos no Processo Penal 
 
Teoria geral 
Etimologia : recursus ( caminho de volta, retrocesso) 
 
Lato sensu : todo meio de defesa 
 
Conceito: Remédio jurídico no qual visa o reexame de uma decisão de um órgão superior ou pelo 
próprio órgão que proferiu a decisão impugnada. 
Meio voluntário de impugnação de decisão, utilizado antes da precipício e dentro da ​mesma relação 
processual​, apto a conferir ao recorrente resultado mais vantajoso​, decorrente da reforma, invalidação, 
esclarecimento ou integração​ de decisão impugnada. 
 
Fundamentos :A falibilidade humana é o principal argumento para a existência de recursos. Também se 
utiliza como argumento o natural sentimento do inconformismo do ser humano, necessidade psicológica 
de submeter o julgado a um grupo de juízes mais experientes. 
 
Natureza jurídica :É um desdobramento do direito de ação ou defesa que vinha sendo exercido até a 
decisão proferida. Expressão de garantia de ampla defesa - desdobramento do DUE PROCESS OF 
LAW (do direito de ação e defesa) 
 
- Espécies 
- Voluntários APELAÇÃO / RECURSO EM SENTIDO ESTRITO / AGRAVO EM 
EXECUÇÃO / RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL / EMBARGOS / 
CARTA TESTEMUNHÁVEL / RECURSO ESPECIAL / RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO / EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE / 
PROTESTO POR NOVO JÚRI 
- Ordinários; possibilita o revolvimento do processo, 
- Extraordinários; além de não ter o efeito suspensivo 
- De ofício (ex ofício) não tem natureza recursal, na realidade é um reexame necessário 
para que possa transitar em julgado. 
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de 
ofício, pelo juiz: 
I - da sentença que conceder ​habeas corpus​; 
II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou 
isente o réu de pena, nos termos do ​art. 411​. 
 
Art. 625. O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor, devendo funcionar como relator um 
desembargador que não tenha pronunciado decisão em qualquer fase do processo. 
§ 1​o O requerimento será instruído com a certidão de haver passado em julgado a sentença condenatória e com 
as peças necessárias à comprovação dos fatos argüidos. 
§ 2​o O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não advier dificuldade à execução 
normal da sentença. 
§ 3​o Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido e inconveniente ao interesse da justiça que se 
apensem os autos originais, indeferi-lo-á ​in limine​, dando recurso para as câmaras reunidas ou para o tribunal, 
conforme o caso (​art. 624, parágrafo único​). 
 
Art. 746. Da decisão que conceder a reabilitação haverá recurso de ofício. 
Princípios : 
A. Unirrecorribilidade - De cada decisão somente cabe um único meio de revisão. 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: ​(Redação dada pela Lei nº 263, 
de 23.2.1948) 
§ 4​o Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de 
parte da decisão se recorra. 
 
B. Variabilidade (desistência e nova interposição, sem preclusão consumativa) Permite o abandono 
respectivo e a interposição de outros recurso. 
C. Fungibilidade (conhecimento do inadequado como se fosse próprio, ausente má-fé e erro grosseiro) Um 
recurso interposto em lugar de outro não prejudica o direito da parte, pois o recurso inadequado 
interposto será conhecido como se fosse o recurso próprio quando não haver erro grosseiro nem má fé. 
D. Taxatividade (previsão em lei) não existe recurso inominado 
E. Voluntariedade - Os recursos são interpostos segundo a vontade das partes. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art411.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art624.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art8
 
F. Conversão ( remessa ao juiz competente) 
G. Complementaridade - O recorrente poderá complementar a fundamentação. 
H. Suplementariedade (suplementação da fundamentação) 
I. Dialeticidade (art. 601 do Cpp e súm. 707/ STF)- razões recursais 
J. Disponibilidade ( a parte pode desistir do recurso, exceto o MP) 
K. Irrecorribilidade des interlocutórias -As decisões interlocutórias simples no processo penal, em regra, 
não desafiam recurso, portanto, sua reapreciação pode ser feita como preliminar em apelação. 
L. Personalidade (NoN reformatio IN PEJUS - abrange a indireta) - Se por ventura somente a defesa 
recorrer, não houve recurso da acusação, então a decisão transitou em julgado para a acusação, pois o 
recurso é pessoal ) 
M. Convolação ( você convolar um recurso menos favorável para um mais favorável) não é usado mais 
 
Pressupostos de admissibilidade : 
 
Genéricos 
● Objetivos 
○ Cabimento - Previsto em lei 
○ Adequação - Próprio, aquele para aquela situação. 
○ Tempestividade - Prazo legal 
○ Regularidade formal - Interposição na forma legalmente imposta; 
○ Inexistência de fatos 
■ Impeditivos - ocorrem antes da interposição, impedindo seja apta e efetivada. Ex: 
renúncia e não recolhimento à prisão. 
■ Extintivo - ocorrem após a interposição, ex: desistência e deserção. 
● Subjetivos 
○ Interesse - Sucumbência,interesse de agir. 
○ Legitimidade - Às partes, o assistente e os terceiros interessados. 
Efeitos 
● Devolutivo - O recurso entrega(devolve) a matéria recorrida para ser apreciada pelo órgão do grau de 
jurisdição superior. 
● Suspensivo - Paralisar a eficácia da decisão 
● Regressivo - Reexame da decisão 
● Extensivo -Aproveitamento do recurso pelo comparsa que não recorreu. 
● Translativo - Devolução ao órgão ad quem de toda a matéria atingida pela preclusão. 
 
RESE - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
É o recurso cabível das decisões interlocutórias no processo penal, desde previstas no art. 581, possibilitando 
juízo de retratação na primeira instância. 
art. 581 do CPP: chave 
Não dado 
Casos : análise do art 
 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
IV - que pronunciar ou impronunciar o réu; 
IV – que pronunciar o réu; ​(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, ou indeferir requerimento de prisão 
preventiva, no caso do ​artigo 312​; 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão 
preventiva, ou relaxar prisão em flagrante. ​(Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão 
preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; ​(Redação dada 
pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989) 
VI - ​que absolver o réu, nos casos do ​art. 411​;​ ​(Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008) 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art312...
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6416.htm#art581v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7780.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7780.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art411
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art4
 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade; 
X - que conceder ou negar a ordem de ​habeas corpus​; 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; 
XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; 
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do ​art. 774​; 
XXII - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação; 
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
 
27/10/2019 
Apelação 
Origem: Direito romano, com intuito de anular sentenças; 
Conceito : Partindo do cabimento, é o recurso cabível das decisões em sentido estrito, lato e com força de 
definitivas, tendo a finalidade de rever as decisões. 
Característica 
A) amplo ( mas possível de restrição art. 599) Conhecimento pleno 
B) Residual (art 593, II, in fine) - quando não caber recurso em sentido estrito ou outro recurso próprio. 
C) Goza de primazia (no caso de caberem, aparentemente, dois recursos) 
D) Análise do art. 593, I,II e III 
 
Obs: RESE exclusivo;Não previsão de RESE; RESE e apelação 
 
Apelação plena e limitada ( art. 599) 
● Clareza na delimitação ou plenitude 
● Legitimidade 
Pressupostos da apelação : 
Ministério Público - Em regra, apela das sentenças absolutórias. Porém não tem legitimidade, para apelar das 
sentenças absolutórias propagadas em ação penal privada. Porém, pode apelar das sentenças condenatórias 
quando o faz em favor do Réu, na função de ​custos legis ​(ação pública ou privada). Art.385 
 
Assistente - Tem legitimidade recursal supletiva, só pode recorrer se o MP ficou inerte - art.598 - se a apelação 
do MP for ampla, não há espaço para apelação do assistente. 
 
Defensor público - Pode recorrer, independentemente da vontade do réu, Súmula 705 do STF. Tem prazo em 
dobro e vista pessoal dos autos. 
Defensor Dativo - Não é obrigado a recorrer. Observe-se que ele pode deixar de recorrer, mas não pode desistir 
do recurso interposto. 
 
Prazo da apelação : 
Art. 593 e 600 
05 dias para recorrer e 08 dias para arrazoar o recurso. 
 
O assistente, se habilitado, tem prazo de 05 dias, a contar da intimação, para recorrer e, se não estiver habilitado, 
terá 15 dias a contar do final do prazo para o MP recorrer. 
 
Cabimento: 
Fundamental: 
1. Livre 
2. Vinculada 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#art774
 
Decisões definitivas: 
● Stricto sensu : Sentenças condenatórias ou absolutórias. a fundamentação é livre. 
● Lato sensu : decisões terminativas de mérito, quando encerra-se a relação processual e ferir o mérito. 
Por exemplo: indeferimento ou deferimento da restituição de coisas apreendidas; levantamento de 
sequestro … 
Com força de definitivas : Decisões interlocutórias mistas terminativas. Encerra-se a relação processual, sem 
contudo julgar o mérito; Exemplos : coisa julgada, litispendência ; 
 
Júri: A fundamentação do apelo é vinculada : 
1. Nulidade posterior a pronúncia : gera a anulação do processo desde o evento causador da nulidade; 
2. Sentença do presidente do júri contrária à lei ou à decisão dos jurados - Reforma-se a sentença, e não o 
veredicto. 
3. Erro ou injustiçana aplicação da pena - Juiz presidente - trata-se, mais uma vez, de situação de Error in 
procedendo. 
4. Decisão manifestamente contrária à prova dos autos - Error in judicando- questão tática - só pode ser 
manejado uma única vez por qualquer das partes. 
Processamento : 
Interposição - Petição ou termo nos autos - razões na 1ª ou 2ª instâncias (art 600 parágrafo 4º cpp) - 
contrarrazões 
 
Deserção - Dava-se com a fuga do réu depois de ter apelado, nos termos do art 595 do CPP implicando a 
extinção anômala do recurso. 
 Efeitos: 
● Devolutivo : parcial ou pleno; 
● Suspensivo: retardamento da execução da sentença, ressalvado o disposto do art 596 (sentença 
absolutória) 
● Extensivo: art. 580 do CPP , cabível no recurso de agentes, desde que a causa do acolhimento da 
apelação seja objetiva, ou seja, não seja exclusivamente de caráter pessoal. 
 
Peculiaridades : 
Ne reformatio in pejus : Não se pode agravar a situação do teu no recurso exclusivo da defesa, nem mesmo para 
reconhecimento de nulidade absoluta. Súmula 160 do STF 
 
Reformatio in pejus indireta : ​ocorre quando o tribunal anula o primeiro julgamento e, no segundo, o juiz aplica 
pena mais grave ou agrava a situação do réu. Também é verdade como regra no sistema processual brasileiro. 
 
Reformatio in mellius : ​O STF não tem admitido que, em recurso exclusivo da acusação, seja melhorada a 
situação do réu. A doutrina majoritária, contudo, admite. 
 
 
Outros recursos ; principais aspectos 
● Embarguinhos (art.382) 
● Carta testemunhável (atenção para a apelação REQ e REXT 
● Protesto por novo júri 
● Embargos infringentes de nulidade; ROC e Correição Parcial

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