Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Insuficiência renal crônica – IRC Doença Renal Crônica - DRC Baseada em 3 componentes • Anatômico ou estrutural • Funcional – determinado pela TFG (taxa de filtração glomerular • Temporal – tempo das alterações Por esta definição é portador de DRC. Qualquer individuo que por um período maior ou igual a 3 meses, apresente alteração da TFG associada a alguma lesão da estrutura renal ( hematúria, proteinúria, microalbuminuria) Características Decorrente de mudanças degenerativas progressivas nos tecidos renais Nesse estágio permanecem poucos néfrons em funcionamento, que gradativamente se deterioram Pode resultar de diversas doenças que envolvem os néfrons 1. Doença metabólica com envolvimento renal (DM) 2. Hipertensão 3. Glomerulonefrite crônica Indivíduos com risco de desenvolver DRC Risco elevado Hipertensos Diabéticos Portadores de doença cardiovascular Indivíduos com historia familiar de DRC Risco moderado Portadores de glomerulopatias ou litíase renal Transplantados renais com rejeição crônica Indivíduos expostos a drogas nefrotóxicas Indivíduos com infecção sistêmica e neoplasias Sintomas são resultantes Perda progressiva de néfrons Redução do fluxo sanguíneo Os néfrons se deterioram e perdem gradativamente sua capacidade para manter o balanço hídrico , a concentração de solutos nos fluídos e o balanço de eletrólitos. Conforme a insuficiência renal progride, o nível de produtos de excreção leva aos sintomas de uremia, que é definida como a síndrome do mal estar, fraqueza, náusea e vômitos, comprometimento neurológico que é ocasionado por um nível inaceitável de excreções nitrogenadas no corpo. A perda de néfrons acarreta inúmeros danos metabólicos. 1. Equilíbrio de eletrólitos decorrente da redução da função dos néfrons Sódio com a diurese concentrada, a perda de sódio contribui para uma redução no volume de fluido extracelular, quando ocorre um aumento na ingestão de sódio, este não pode ser prontamente excretado, o que vem a causar edema. Potássio o equilíbrio do potássio não costuma ficar de imediato prejudicado, isso se dá quando a oligúria se agrava. 2. Retenção de nitrogênio o aumento da perda da função dos néfrons acarreta quantidades elevadas de metabólicos de nitrogênio, como a ureia e a creatinina. 3. Anemia ocorre prejuízo na produção de células vermelhas 4. Hipertensão resultante da isquemia ocorrida quando o fluxo sanguíneo para o tec. renal está cada vez mais prejudicado A sede, anorexia, perda de peso, diarreia ou vômito são consequências da função renal. A DRC pode ser classificada em estágios baseada na TFG Estágio Classificação TFG (ml/min) Albuminúria 1 Lesão renal com TFG normal ou aumentada ≥ 90 Presente 2 Lesão renal com leve da TFG 89 - 60 Presente 3 a Lesão renal com moderada da TFG 59 – 45 Presente ou ausente 3b Lesão renal com moderada da TFG 44 – 30 Presente ou ausente 4 Lesão renal com grave da TFG 29 - 15 Presente ou ausente 5 Insuficiência renal terminal ou fase dialítica < 15 Presente ou ausente Estado Nutricional e DRC Fatores que contribuem para a redução da ingestão alimentar Redução da acuidade do paladar Inflamação crônica Restrição alimentar excessiva Grande numero de medicamentos Aspectos emocionais e psicológicos Piorada qualidade de vidasedentarismo Uremia Aumento do catabolismo proteico Resistência à ação da insulina Acidose metabólica Peritonite inflamação crônica Avaliação Nutricional na DRC Cuidados com pacientes portadores de DRC • Peso seco- utilizados em pacientes dialíticos, peso sem edema • Descontar o peso do liquido dialítico dos pacientes em diálise peritonial • Utilizar marcadores bioquimicos Parâmetro Limites de normalidade Valores desejados na DRC Albumina (g/dl) 3,5 a 5 >3,8 a 4 Pré-albumina (g/dl) 19 a 38 > 30 Colesterol (mg/dl) < 200 100 a 200 Marcadores bioquímicos mais utilizados na avaliação nutricional do paciente com DRC Tratamento da DRC O tratamento da DRC compreende duas fase : • Fase não dialítica ou conservadora • Fase dialítica ou de terapia renal substitutiva: hemodiálise ou diálise peritonial Terapia Nutricional O tratamento deve ser individual e ajustado conforme a progressão da doença. Objetivos: Reduzir e minimizar a degradação proteica; Evitar desidratação ou super hidratação; Corrigir a depleção de eletrólitos e evitar excessos. Manter um bom estado nutricional Manter o apetite Controlar complicações – hipertensão, dislipidemias Retardar a progressão da insuficiência renal, adiando a diálise. Proteína os pacientes na fase pré-diálise da IRC necessitam em torno de 0,6g/kg para manter o balanço nitrogenado, podendo variar até 0,8g/kg. Para assegurar um bom aporte de aminoácidos essenciais, 2/3 da proteína ingerida devem ser de alto valor biológico. A recomendação de quando iniciar a dieta para os pacientes com IRC é baseada nos seguintes critérios. ❖Grau de DRC – é indicado o controle proteico na DRC moderada ❖Presença de progressão da DRC ❖Grau de proteinúria Energia Idade Energia ≥ 60 anos 30 a 35 kcal/kg/dia < 60 anos 35 kcal/kg/dia Carboidratos – 50 a 60% do VET Lipídios – 25 a 35 do VET Recomendação de Proteína DRC Proteína Estágios 1 e 2 (TFG ≥ 60ml/min) Normal – 0,8 a 1,0g/kg/dia Estágio 3 (TFG 59 a 30ml/min) 0,6 a 0,75g/kg/dia Estágio 4 (TFG 29 a 15 ml/min) 0,6 a 0,75g/kg/dia Estágio 5 (TFG < 15ml/min) 0,6 a 0,75g/kg/dia Diabete descompensado 0,8g/kg/dia Proteinúria 0,6 a 0,8g/kg/dia > 3g/24h 0,8 + 1g proteína para cada g de proteína excretado Em todos os estágios, 50% do total de proteína deve ser PAVB A redução na ingestão proteica visa retardar a progressão da DRC, prevenindo o dano renal. O consumo elevado de proteína leva a microalbuminúria e a proteinúria. Água deve ser controlada, suficiente para manter o volume urinário. O monitoramento do peso corporal e do volume de excreção urinária auxilia no manejo hídrico. Sódio a necessidade é bastante variada. Quando há edema ou hipertensão deve ser restrita. Normalmente irá variar de 1 a 3g de NaCl/dia. Não é recomendável o uso do sal dietético, pois contém potássio em sua composição. Potássio não é normalmente restringido, até que haja uma perda significativa na função renal. A ingestão deve ser adequada, conforme os níveis sérios. Fosforo deve ser restrito na hiperfosfatemia, que ocorre normalmente quando a TFG é inferior a 25ml/min. Presente em alimentos proteicos e nos aditivos alimentares a base de fosforo. Anemia Complicação frequente, sendo a depleção de eritropoetina o fator mais comum seguido da deficiência de ferro Carambola – pode provocar neurotoxidade, por causa de uma neurotoxina normalmente depurada pelo rim.
Compartilhar