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Adaptação e Crescimento Celular

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FISIOPATOLOGIA 27.03.2020 Aula 16 
 
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Adaptação e Crescimento Celular 
As adaptações são responsáveis estruturais e funcionais reversíveis, a 
estresse fisiológico mais excessivo e alguns estímulos patológicos, durante os 
quais estados constantes novos, porém alterados, são alcançados, permitindo 
que a célula sobreviva e continue a funcionar. A resposta adaptativa pode 
consistir em um aumento no tamanho das células (hipertrofia) e da atividade 
funcional, um amento do número de células (hipertrofia), uma diminuição do 
tamanho e da atividade metabólica das células (atrofia) ou uma mudança do 
fenótipo das células (metaplasia), podendo ter também alterações fenotípicas, 
de atividade metabólicas, funções celulares ou do seu ambiente. Quando o 
estresse é eliminado, a célula pode retornar a seu estado original, sem ter 
sofrido qualquer consequência danosa. 
Célula que pode ser submetida a um estímulo que ela possui capacidade de se adaptar como por 
exemplo o aumento de carga. Segundo os exemplos: 
- Indivíduos com hipertensão arterial, coração adaptado para ter uma maior forca contrátil – 
hipertrofia, ao qual os miócito aumenta de tamanho, aumentando a quantidade de proteínas resultando 
no aumento da atividade das células (contração); 
- Outra situação é a presença de um tipo de estímulo em que a célula não consiga se adaptar 
podendo ser representado pela isquemia ao qual a falta de oxigênio não dará condições necessárias 
para que a célula se adapte, ocorrendo uma lesão podendo ser irreversível. 
Os processos de adaptação de uma 
célula são processos interdependentes, ou 
seja, o tipo celular, o estímulo, intensidade 
e tempo importam para que ocorra 
corretamente uma adaptação específica. 
 
 
 
 
 
Influenciados por um grande número de agentes externos 
- Células que compõem o órgão estarem se diferenciando em células que compõem esse órgão; 
geneticamente essas células pode se diferenciar em células de outros órgãos. Há umas células 
precursoras que se diferenciará na célula necessária para aquele determinado órgão. 
- Célula com diferenciação terminal, neurônio, miocárdio e plasmocito, chegam ao seu momento de 
diferenciação. Em compensação, há algumas células que estão a alguns degraus anteriores de 
diferenciação terminal que consegue se diferenciar de acordo com o estímulo que recebem, como as 
células da epiderme. 
- Para que as células possam ter capacidade proliferativa ela precisa ter manutenção das suas 
regiões telomericas. As enzimas que faz isso é telomerase. As células diferenciadas têm baixa expressão 
Proliferação: responsável pela formação de 
conjunto de células que compõem os indivíduos. 
Desenvolvimento e reposição celular. 
 
Diferenciação: responsável pela 
especialização morfológica e funcional 
das células. Desenvolvimento integral. 
 
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desta enzima. Sendo assim, ela fica em estado de senescência, pois ela não responde a estímulos 
proliferativos, uma vez que sofre encurtamento dos telêmetros 
 
Ciclo Celular 
Sendo dividido em quatro fases, sendo elas a fase de mitose (divisão do núcleo e divisão do 
citoplasma), G1, síntese ou replicação de DNA e G2. A célula precisa passar por todas as fases para ter 
como resultado final a formação de suas células. Contudo, nem todas as células consegue, depois da 
diferenciação terminal, voltar para o ciclo celular; as células que ciclam continuamente conseguem fazer 
todo o tempo gastando muita energia, somente fica dentro desse ciclo continuamente as células que 
necessitam, sendo as principais as células de revestimento tendo uma perda constante de célula que 
precisam ser renovadas para que haja a mesma quantidade e ocorre também na medula óssea. 
Muitos tipos celulares ficam estacionados na fase G0, nessa fase a célula só replicará na presença de 
algum estímulo para então realizar a divisão celular. Ocorre principalmente em hepatócitos. 
Quanto maior a diferenciação de uma célula, menor será sua capacidade proliferativa. 
 
Ciclam Continuamente: epitélio de revestimento, medula óssea; 
Após a fase M deixam o ciclo e vão para G0: permanecem em G0 até 
estimuladas – hepatócitos 
Abandonam o ciclo = compartimento não replicativo: neurônios, 
miocélulas cardíacas 
 
Tecidos Lábeis: células em mitose, fase G1, fase S e fase G2. 
Tecidos Estáveis: células que se diferenciam e estacionam em G0 
(quiescentes) até serem estimuladas. 
Tecidos Perenes: células atingem diferenciação terminal e não mais se dividem. 
 
Sistema de Controle do Ciclo Celular 
Para uma célula sofrer a divisão, há pontos de checagem para que 
essa célula se dividir, esse resultado final tenha uma qualidade esperada. 
Um ponto de checagem acontecerá no G1 e será chamado de G1/S pois 
se a célula não passar pela checagem de G1 ela não entra na síntese. E o 
segundo ponto de checagem será em G2, denominado de G2/M pois se 
houver algum tipo de dano no DNA após a síntese e a duplicação do DNA 
se para o ciclo celular ou induzo a célula a sofrer apoptose. 
 
Regulação do Ciclo Celular 
CDK (cyclin dependente kinases) e ciclinas que são especificas para regular cada uma dessas fases. 
Há inibidores de CDK realizando o bloqueio do complexo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIAÇÃO QUÍMICA PARA PROLIFERAÇÃO FATORES DE CRESCIMENTO: 
A maioria dos fatores de crescimento tem como função a ligação a receptores específicos de superfície celular e o desencadeamento de sinais 
bioquímicos nas células 
● Atuam por meio de sinais endócrinos, parácrinos e autócrinos e, além de seus efeitos sobre o crescimento, influenciam o movimento, a contratilidade e 
a diferenciação celular. (mitoses) 
 
Os processos-chave na proliferação celular são a replicação do DNA e a mitose. A sequência de eventos que controlam esses processos é conhecida como 
ciclo celular. Neste ponto, é suficiente notar que células que não se dividem estão paradas na fase G1 ou saíram do ciclo e estão na fase G0. 
Os fatores de crescimento estimulam as células a passar da fase G0 para a fase G1 e depois para as fases de síntese de DNA (S), G2 e mitose (M). A 
progressão dessas fases é regulada por ciclinas, cuja atividade é controlada por cinases ciclina-dependentes. Uma vez as células entrando na fase S, seu 
DNA é replicado e elas progridem para G2 e mitose. 
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Numerosas substâncias têm a propriedade de controlar a taxa de divisão celular. As mais 
importantes são chamadas de fatores de crescimento. 
Quando há um estímulo, a célula não necessariamente ira se adaptar de uma única maneira e sim da 
melhor maneira para ela mesma, podendo aumentar ou diminuir seu volume, estando mais propensa e 
sofrer uma lesão. 
 
Hipertrofia – Volume 
É o aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. O órgão 
hipertrofiado não possui novas células, apenas células maiores. O tamanho aumenta das células é 
devido à síntese de mais componentes estruturais das células. Células capazes de divisão podem 
responder ao estresse submetendo-se a ambas, hiperplasia e hipertrofia, enquanto em células que não 
se dividem o aumento da massa tecidual é devido à hipertrofia. 
Aumento da demanda funcional, estímulo hormonal e de fatores de crescimento. 
FISIOLÓGICA: durante a gestação, o útero aumenta de tamanho devido ao estímulo por hormônios 
estrogênio que agem nos receptores de estrogênio do músculo liso, resultando em maior síntese de 
proteínas do músculo liso e um aumento do tamanho da célula. Hipertrofia das células de musculatura 
lisa do útero e esse mecanismo será desencadeado de um fator mecânico como o estiramento mecânico 
se há um aumento da carga de trabalho ou um desencadeamento trófico desencadeado por fatores de 
crescimento. Musculo liso consegue se dividir, aumentando de volume e sua quantidade (IMAGEM 2), 
há divisão células. 
 
PATOLÓGICA: sobrecarga hemodinâmica crônica, hipertensão arterial ou valvas deficientes. 
 
MECANISMOS 
A hipertrofiaé o resultado do aumento de produção das proteínas celulares. Podendo ser induzida 
por ações conjuntas de sensores mecânicos, fatores de crescimento e agentes vasoativos. Esses 
Hipertrofia do VE, 
do septo 
interventricular e 
dos músculos 
papilares em 
individuo com 
hipertensão arterial 
 
Útero durante a 
gravidez 
 
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estímulos atuam coordenadamente para aumentar a 
síntese de proteínas musculares que são responsáveis 
pela hipertrofia. 
Limites finitos – Vascularização – Suprimento 
Necessário – Lesão Celular 
Caso passe do limite, a célula sofre lesão. Há 
estímulo até o ponto de não retorno, tudo está 
acontecendo até o ponto de limite. 
Embora hiperplasia e hipertrofia sejam processos 
diferentes, frequentemente elas ocorrem juntas e 
podem ser induzidas pelos mesmos estímulos 
externos. 
 
 
 
 
 
 
Hiperplasia – Proliferacao 
É um aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando geralmente em aumento da 
massa de um órgão ou tecido. A hiperplasia ocorre se uma população celular é capaz de se dividir, 
aumentando, portanto, o número de células. 
Populações celulares capazes de se dividir simultaneamente com a hipertrofia em resposta ao 
mesmo estímulo. 
FISIOLÓGICA: podendo ser dividida em: 
(1) hiperplasia hormonal, que aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário - 
ex.: proliferação de epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez; 
(2) hiperplasia compensatória, que aumenta a massa de tecido após lesão ou ressecção parcial – 
ex.: indivíduos que doam um lobo do fígado para transplante, as células restauradas proliferam de tal 
maneira que logo o órgão cresce e retorna ao seu tamanho original. 
Ocorre na remoção ou perda de um órgão. As células que 
permaneceram aumentam em número para que esse órgão volte 
ao que ele era em relação ao tamanho; Dano em rim, por 
compensação do outro rim aumentando o número de células. 
 
PATOLÓGICA: é causada por estímulo excessivo de hormônios ou fatores de crescimento atuando 
em células-alvo. Ex. hiperplasia endometrial e hiperplasia prostática benigna, ambas induzidas por 
respostas hormonais. 
Ex.: sangramento anormal durante o ciclo menstrual - produção de 
estrogênio e progesterona em quantidade alteradas, ocorrendo a proliferação 
do epitélio uterino maior do que normalmente, esse epitélio não resiste e 
escama antes da fase menstrual. 
 
A hiperplasia é diferente do câncer, porém a hiperplasia patológica 
constitui um solo fértil no qual a proliferação cancerosa pode surgir 
Crescimento 
tecidual residual 
após remoção ou 
perda de um 
órgão 
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posteriormente. Por exemplo, pacientes com hiperplasia do endométrio estão sob risco aumentado de 
desenvolverem câncer endometrial. 
MECANISMOS 
É o resultado da proliferação de células maduras induzidas por fatores de crescimento e, em alguns 
casos, pelo surgimento elevado de novas células a partir de células-tronco teciduais. 
 
Hipertrofia – Volume 
Aumento dos constituintes estruturais e das funções celulares, o que resulta em aumento 
volumétrico das células e dos órgãos afetados. Para que ocorra deve haver: a) o fornecimento de O2 e 
de nutrientes deve suprir o aumento de exigência das células; (b) as células devem ter suas organelas e 
sistemas enzimáticos íntegros; células lesadas (degeneradas) não conseguem hipertrofiar-se como as 
células normais; (c) as células cuja atividade depende de estimulação nervosa só́ podem hipertrofiar se a 
inervação estiver preservada. 
Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, resultando em 
diminuição do volume das células. 
 
FISIOLÓGIA: ocorre de uma maneira sistêmica sem prejuízo para o individuo, diminuindo 
produção de hormônio e estímulo causando hipotrofia. 
Atrofia Senil - diminuição das atividades metabólicas e do ritmo de proliferação celular. Não 
há prejuízo funcional porque afeta o individuo como toda perda de estimulação endócrina. 
Afeta o sistema nervoso, destruindo os nervos motores interrompendo a conexão entre a fibra 
muscular ocorrendo uma atrofia por falta de estímulo, sem gasto energético como antes 
fazendo com que diminua de tamanho para conter esse desperdício de energia. 
 
PATOLÓGICA: Podendos ser induzida por inanição, desuso, compressão, 
obstrução vascular, substâncias tóxicas/hormônios, perda da inervação e 
inflamação crônica. Individuo com fratura que terá que fazer uma 
imobilização ocorrendo hipertrofia devido a ausência de uso dos músculos na 
mesma quantidade que antes. 
 
MECANISMO 
Pode ser uma diminuição da síntese de proteínas, aumento da 
degradação de proteínas células via ubiquitina-proteossoma, aumento da 
autofagia aumentando o número de vacúolos autofágicos, ou as duas 
condições ocorrendo simultaneamente causando a diminuição de proteínas 
diminuindo o tamanho da célula. 
Sendo seu estado evolutivo denomina-se Atrofia, ao qual caracteriza-se 
pela redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição 
do tamanho e do número de células. 
Hipoplasia - Proliferação 
É a diminuição da população celular de um tecido, de um órgão ou de parte do corpo. A região 
afetada é menor e menos pesada que o normal, mas conserva o padrão arquitetural básico. Há várias 
formas de hipoplásica. Durante a embriogênese, pode ocorrer defeito na formação de um órgão ou de 
parte dele (hipoplasia pulmonar, hipoplasia renal etc.). Após o nascimento, hipoplasia resulta de 
diminuição do ritmo de renovação celular, aumento da taxa de destruição das células ou ambos os 
fenômenos. 
Redução da população celular de um tecido, órgão ou parte do corpo, padrão arquitetural básico 
mantido. Diminuição do ritmo de renovação celular e aumento da taxa de destruição das células. 
O contrário de hipertrofia será uma situação ao qual a 
célula diminuirá de tamanho, diminuindo a quantidade 
de material que ela tem fazendo com que ela tenha 
menos gasto de energia. 
- Houve uma redução de estímulo ou suprimento 
gerando a sua diminuição de tamanho 
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Menor número de células presentes, mantendo a arquitetura do órgão normalmente, diminuição do 
ritmo de renovação celular, aumento da destruição das células ou ambos ocorrendo simultaneamente 
FISIOLÓGIA: são a involução do timo a partir da puberdade e a de 
gônadas no climatério. Na senilidade, ao lado de hipotrofia também existe 
hipoplasia de órgãos, por aumento de apoptose. 
PATOLÓGICA: as de maior interesse são as da medula óssea provocadas por 
agentes tóxicos ou por infecções. Disso resulta anemia aplásica (mais 
corretamente, hipoplásica), acompanhada ou não de redução do número das 
demais células sanguíneas. Outra hipoplasia importante é de órgãos linfoides 
na AIDS ou em consequência de destruição de linfócitos por corticoides. 
Podem ser reversíveis, exceto as anomalias congênitas. Tal como ocorre na 
hipotrofia, as consequências da hipoplasia dependem de sua localização e 
sua intensidade. Muitas vezes hipotrofia (redução volumétrica de células) e 
hipoplasia (redução numérica de células) andam juntas. Na prática, o termo mais usado para indicar um 
órgão reduzido de volume é hipotrofia, embora em geral exista também hipoplasia. 
Metaplasia – Diferenciação 
Caracterizado por um tipo celular adulto que é substituído por outro de uma mesma linhagem 
germinativa, que possa suportar o ambiente hostil ou estímulo agressor. Persistência das influências 
que induzem a transformação metaplásica = transformação maligna do epitélio. Célula que já tem 
características próprias, que já está diferenciada, passando a ter características de outras células que já 
está diferenciada. O ambiente muda essas células. 
Ocorre também por substituição por células-tronco que se diferenciam em outras celulas. 
No caso de fumantes habituais, as células epiteliais normais, colunares e ciliadas da traqueia e dos 
brônquios são,com frequência, substituídas por células epiteliais pavimentosa estratificado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESÔFAGO DE BARRETT é causada pela exposição crônica do ácido estomacal no refluxo gástrico 
crônico. Epitélio pavimentoso estratificado → Epitélio Colunar Gástrico ou Intestinal 
 
MECANISMOS 
É resultado de uma reprogramação de células-tronco que subitamente existem em tecidos normais ou 
de células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. A diferenciação de células-
Epitélio Respiratório 
Lâmina própria e 
fibras musculares 
lisas 
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tronco para uma linhagem em particular é causada por sinais gerados por citocinas, fatores de 
crescimento e componentes da MEC presentes no ambiente extracelular. Esses estímulos externos 
promovem a expressão de genes que direcionam as células para uma via de diferenciação. 
 
Displasia – Proliferação e Diferenciação 
É uma condição adquirida caracterizada por alterações da proliferação e da diferenciação celular 
acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das células afetadas. 
Ex.:displasias epiteliais, nas quais ocorrem aumento da proliferação celular e redução na maturação 
das células, que podem apresentar algumas atipias celulares e arquiteturais. Muitas vezes, displasias 
estão associadas a metaplasia ou se originam nela. As mais importantes são displasias de mucosas, 
como do colo uterino, de brônquios e gástrica, pois muitas vezes precedem os cânceres que se formam 
nesses locais. Todavia, nem sempre uma displasia progride para câncer, já que pode estacionar ou até 
mesmo regredir. 
A atipia mais importante em displasias é a cariomegalia, por 
alterações no conteúdo de DNA. No colo uterino, há poliploidia e até 
aneuploidia. Displasia, portanto, é um processo mais complexo e com 
mais alterações na expressão de genes que regulam a proliferação e a 
diferenciação das células, razão pela qual muitas displasias são 
consideradas lesões pré- cancerosas. Hoje, existe tendência a abandonar 
o termo displasia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui às 
displasias em epitélios a denominação neoplasias intraepiteliais, de baixo 
ou alto grau, conforme a intensidade e a extensão das alterações 
celulares. Assim, fala-se em neoplasia intraepitelial cervical (NIC), 
neoplasia intraepitelial vulvar (NIV), neoplasia intraepitelial da próstata 
(PIN, de prostatic intraepithelial neoplasia) etc. Quanto mais grave a displasia, maior o risco de sua 
evolução para um câncer. 
O termo displasia é empregado também para indicar outros processos patológicos cuja patogênese é 
variada e pouco conhecida. É o caso de certos defeitos malformativos (como a displasia renal) ou de 
doenças proliferativas acompanhadas de distúrbios arquiteturais, como a displasia óssea. 
Há também as hemartosas que são erros locais do crescimento. Tecido se desenvolve mais que o 
devido, com células maduras e normais, mas com arquitetura tissular anormal. 
 
 
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