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Universidade de Brasília
DANIELE SILVA DIAS
O ENSINO LÚDICO DA NATAÇÃO:
Uma experiência do PST em Volta Redonda
Volta Redonda
2007
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ii
DANIELE SILVA DIAS
O ENSINO LÚDICO DA NATAÇÃO :
Uma experiência do PST em Volta Redonda
Trabalho apresentado ao Curso de
Especialização em Esporte Escolar do
Centro de Educação à Distância da
Universidade de Brasília em parceria com
o Programa de Capacitação Continuada
em Esporte Escolar do Ministério do
Esporte para obtenção do título de
Especialista em Esporte Escolar.
Orientador:
Profª. Ms. Patrícia Neto Fontes
Volta Redonda
2007
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iii
DIAS, Daniele Silva
O ensino lúdico da natação. Volta Redonda, 2007.
56 p.
Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília. Centro de Ensino a Distância, 2007.
1. Ensino da natação 2. lúdico 3. metodologia 4 jogo.
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iv
DANIELE SILVA DIAS
O ENSINO LÚDICO DA NATAÇÃO:
Uma experiência do PST em Volta Redonda
Trabalho apresentado ao Curso de
Especialização em Esporte Escolar do
Centro de Educação à Distância da
Universidade de Brasília em parceria com
o Programa de Capacitação Continuada
em Esporte Escolar do Ministério do
Esporte para obtenção do título de
Especialista em Esporte Escolar pela
Comissão formada pelos professores:
Presidente:
Professor Mestre PATRICIA FONTES NETO
Universidade regional de Blumenau
Membro:
Professor Mestre ou Doutor CLAUDIA GOULART DOS SANTOS
Universidade de Brasília
Vota Redonda RJ, 20 de abril de 2007.
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v
A Deus, fonte de vida.
Ao meu marido, pelo incentivo e
carinho constantes.
As minhas filhas que se privaram
de momentos nossos devido a
pesquisa.
E aos meus pais.
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vi
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para a
elaboração desta monografia e, de modo especial a professora e Mestra Patricia Fontes
Neto pela orientação.
A professora Carolina Aparecida de Castro Granato, por aceitar participar,
colocando a sua turma de natação a mercê da pesquisa.
Ao marido e também Professor José Hélcio de Oliveira Júnior, pelo incentivo
constante, apoio e paciência.
Ao Ministério do Esporte pela oportunidade de participar de um curso de
especialização à distância.
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“ A maior parte da aprendizagem não é
resultado da instrução. É, em vez disso
resultado de uma participação sem
empecilhos em um contexto significativo.”
Ivam Illich
( Shaw e D’Angour, 2001)
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RESUMO
O presente trabalho visa observar o ensino da natação, utilizando o lúdico como
instrumento didático metodológico, onde o jogo é proposto para proporcionar situações
pedagógica que estimulem o aprendizado habilidades motoras aquáticas, a participação,
a criatividade e a autonomia. Foi realizado no Parque Aquático Municipal de Volta
Redonda, com uma turma de natação para criança de seis a oito anos, integrante do
Projeto Segundo Tempo. As aulas foram ministrada durante os meses de março e abril;
estas foram observadas e registradas pela autora, e ministrada pela professora
responsável pela mesma. A metodologia lúdica utilizou apenas de jogos, e através deles,
os alunos foram levados a aprender, num referencial de ensino aberto, criativo e
construtivista, valorizando as experiências, interesses e necessidades dos alunos. Após a
realização do estudo podemos considerar que esta metodologia é muito eficaz, pois com
ela conseguimos ampliar o repertório motor aquático dos alunos, eles atingiram os
objetivos propostos. Ela também mostrou-se muito viável, de baixo custo, podendo ser
adaptada as mais variadas situações; demandando apenas comprometimento
educacional. Nos professores devemos deixar de ter medo de inovar, de ser criativo, de
ser julgado inaptos, ou não sérios e romper este paradigma tecnicista, demonstrando na
pratica, assim como ficou demonstrado no atual trabalho que o lúdico não só facilitam,
como também otimizam o ensino da natação.
Palavras chaves: ensino da natação, jogo, lúdico, metodologia.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Foto 1 –Alunos nadando com o tapete............................................................................ 33
Foto 2 – Alunos nadando com o tapete .......................................................................... 33
Foto 3 – O alunos na ‘hora da bagunça’..........................................................................35
Foto 4 – O alunos na ‘hora da bagunça’..........................................................................35
Foto 5 – Aluna sem flutuador, executando o nado utilitário ......................................... 36
Foto 6 – Os alunos nadando em decúbito ventral com a bexiga de ar........................... 38
Foto 7 – Os alunos nadando em decúbito dorsal com a bexiga de ar........................ 38
Foto 8 – Alunos em equilíbrio vertical na piscina olímpica........................................... 39
Foto 9 – Aluna com a capa do super-homem se preparando para pular ........................ 43
Foto 10 – Aluna portadora de necessidades especiais, integrante da amostragem ........ 43
Foto 11 – Aluna portadora de necessidades especiais, realizando assopro .................... 43
Foto 12 – Os aluna sem flutuadores, executando o pik- parede.......................................46
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SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 16
3 METODO................................................................................................................ 29
4 NADANDO COM LUDICIDADE ......................................................................... 31
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 47
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS (OU CONCLUSÃO) ............................................ 52
7 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 54
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1 INTRODUÇÃO
Não é ilusório acreditar que a alegria pode estar presente no processo de ensino-
aprendizagem. Para isto basta quebrar rotinas, inovar, criar, arriscar...Porém o ensino da
natação tem se caracterizado pela sistematização das chamadas ‘seqüências
pedagógicas’ compostas por conteúdos pré-determinados para aquisição das técnicas
dos quatro estilos de nados (crawl, costa, peito e borboleta). Estes conteúdos são
compostos na maioria das vezes por fragmentos de gesto técnico sem levar em conta a
faixa etária, interesse e a motivação dos alunos.
Todas estas pedagogias que supervalorizam a aquisição da técnica correta dos
nados transforma a eficiência técnica em metas doprocesso, ao invés de serem
conteúdo, como observou Fernandes & Lobo (2006). Elas afirmam que:
Quando o ensino é focado no produto aspectos como a
etapa de desenvolvimento da habilidade do nadar em
que o aluno se encontra, sua faixa etária, seus
interesses e possibilidades físicas particulares não são
considerados, o que pode tornar a aprendizagem
monótona e sem significado para quem aprende e
repetitivo e desinteressante para quem ensina. (2006,
p.5)
Em seus estudos Garganta (1995) mostrou que ao fragmentar o ensino, há uma
super valorização e uma hierarquização das técnicas com surgimento de ações pouco
criativas e comportamento estereotipados, o que acarreta sérios problemas na
compreensão do esporte com leitura deficiente e soluções para os problemas pobres.
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Acrescenta ainda que “priorizando a técnica estamos nos distanciando do criativo, do
imprevisível, do lúdico e do coletivo, pois a esteriotipação técnica é limitadora,
monótona, repetitiva e individual”.
Visando romper com o ensino tradicional da natação, “onde a repetição
mecânica passa, freqüentemente, a ser o recurso mais utilizado, com ênfase na
aquisição e na repetição da técnica, desde o início conduz rapidamente a uma
automatização dos movimentos” Freudeheim (2006). Este trabalho tem como objetivo
investigar como se desenvolve o processo de ensino da natação para crianças, através da
utilização de atividades lúdicas como recurso didático-metodológico.
A criança por características próprias busca as atividades lúdicas, estas geram
manifestações positivas no comportamento infantil e privilegiam a participação, a
compreensão, a criatividade, a espontaneidade, o prazer e a afetividade. Dentro do
ambiente lúdico a criança resolve conflitos com mais facilidade, no mundo de faz-de-
conta tudo é possível, ela pode experimentar, sem ter um resultado ou objetivo, sem ser
julgada ou criticada.
Precisamos criar um contexto material e relacional no seio do qual a criança terá
desejo de se integrar, pois o professor que elaborar condições lúdicas para um
amadurecimento emocional da criança, terá um pré-requisito para o ato natatório. Então
faz-se necessário, que as aulas de natação sejam momentos de pura alegria, porém elas
desde de o princípio, também devem ter seu valor educativo.
A aula lúdica quando bem planejada, tem caráter educativo, e que pode ser
demonstrado na qualidade do aprendizado. O professor é a pessoa responsável por
moldar o valor educativo das aulas, reforça Queiroz (1998), para ela do ponto de vista
educacional ‘educar é abrir caminhos’, assim todo movimento deve ser para a busca do
desenvolvimento global. E quando se trata de aprendizagem de natação principalmente
para a criança, estamos falando de formação de indivíduos, do aperfeiçoamento das
faculdades cognitivas, motoras e afetivas.
Na tentativa de contribuir para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem
da natação, surgiu o interesse de realizar esta pesquisa, que busca descrever a realidade
de aulas de natação do Programa Segundo Tempo (PST) em Volta Redonda, que
acontecem no Parque Aquático Municipal de Volta Redonda (PAMVR) através da
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer.
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O PAMVR oferece gratuitamente, à população de Volta redonda, esporte e
lazer através da prática de atividades aquáticas, em seus cursos sistemáticos de natação,
hidroginástica e polo-aquático, e também nas atividades de lazer. O objetivo dos cursos
é oportunizar a participação de crianças, adultos, idosos e deficientes em atividades
aquáticas, estimulando o convívio com o meio e com o grupo, explorando as diversas
situações que o meio oferece.
Desta forma, o PAMVR contempla a filosofia do PST, que tem como objetivo
democratizar o acesso ao esporte nas escolas públicas, inclusão social, bem estar físico,
promoção da saúde e desenvolvimento intelectual crianças e adolescente.
O PST no PAMVR, atualmente possui 900 alunos entre a faixa etária de 07 a
18 anos, além dos outros 3.800 das faixas etárias de 02 a 06 anos com a natação infantil
e os alunos de 18 até 49 anos com os projetos viva a vida e os alunos de 50 anos em
diante com o projeto melhor idade. Possui uma excelente estrutura física (área total de
11.300m2) para as aulas, que se distribuem em três piscinas: uma olímpica com 1,80m
de profundidade e área total de 1.250m2, com arquibancada lateral; uma piscina de lazer,
com 1,5m de profundidade, formato irregular e área total de 2.812 m2, com três
toboáguas; e uma piscina infantil com 0,60 m de profundidade e área total de 500 m2,
que possui quatro escorregas com formatos de bichos (sapo, elefante, borboleta e
dinossauro).
Esta pesquisa teve como objetivo observar e descrever como ocorre o processo
de ensino-aprendizagem da natação, através da utilização de atividades lúdicas como
recurso didático metodológico para crianças de seis a oito anos que participam do
projeto Segundo Tempo no Parque Aquático Municipal de Volta Redonda – R.J.
Buscamos com o presente trabalho levantar conhecimentos para caracterizar as
tendências históricas do esporte e da natação, os conceitos sobre a natação e do ato de
nadar e sobre a utilização de atividades lúdicas para o ensino da natação e aplicar na
prática como método de ensino, e desta maneira tentar desfazer o paradigma tradicional
e tecnicista, ainda verificado no ensino da natação, e quem sabe levar a uma pedagogia
de ensino com qualidade no atendimento as necessidades educacionais, baseada em uma
filosofia de escola cidadão, formadora de cidadãos, levando o aluno a participar do
processo de ensino- aprendizagem, compreendo e percebendo-se como integrante deste
processo, construindo valores e exercendo sua cidadania, e consequentemente
melhorando a sua qualidade de vida.
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A pesquisa se desenvolveu sob aspectos descritivo-qualitativo, cuja a
amostragem compõe-se de uma turma de crianças de 6 a 8 anos, que fazem aulas duas
vezes por semana, com duração de cinqüenta minutos cada uma. Durante o período de
março e abril, a turma participou de aulas elaboradas conjuntamente pela autora do
trabalho e pela professora do PAMVR responsável pela turma, desenvolvidas através de
uma abordagem lúdica. As aulas foram ministradas pela professora do PAMVR e
observadas pela autora.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A natação é quase tão antiga quanto o homem que aprendeu a nadar por instinto
de sobrevivência seja para se alimentar ou fugir. Esta aprendizagem, é adaptativa e
necessita de algum tempo para se processar, apesar do homem ter estado por cerca de
nove meses no meio líquido, ao nascer passou para o meio aéreo ou terrestre, o que o
transformou, e para este estar na água do ponto de vista sensorial e psicomotor é
amplamente diferente de estar em terra.
QUADRO1 – Mudanças que afetam o corpo na passagem do meio terrestre para
o aquático.
Meio terrestre Meio aquático
Equilíbrio Ação da gravidade;
Apoio plantares;
Membros superiores.
Diminuição da gravidade – força de
impuxo;
Horizontalidade;
Apoio no meio líquido;
Membros inferiores.
Propulsão Membros inferiores;
Resistência do ar
Membros superiores;
Resistência maior do que a do ar.
Respiração Domínio nasal Domínio bucal
Inspiração Reflexa Automatizada
Expiração Passiva Ativa
Superfície de
apoio
Rígida e estável Não rígida e instável
Efeito da força de
reação do apoio
Em repouso, o corpo
fica em pé.
Em repouso, o corpo gira.
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Como mostra o quadro 1, como a densidade da água, é maior do que a do ar, a
motricidade aquática rege-se por novas reorganizações posturais (flutuabilidade) e
locomotora (propulsivas). O que determina que em contato com a água o corpo tem que
respeitar alguns princípios como: o princípio de Arquimedes, as leis de Newton, a
equação de Bernoulli e outros princípios hidrodinâmicos, sem a qual a adaptação ao
meio líquido torna-se inviável, pois as propriedades físicas da água difere-se da aérea.
Assim a pedagogia para ensino da natação deve considerar estas mudanças
fisiológicas e mecânicas, e usar de estratégias para que o aluno experimente estas
mudanças e utilize-as para se relacionar melhor com a água, estando ele em repouso ou
em movimento. Esta pedagogia deve fazer com que o aluno sempre foque sua atenção
na resposta da água aos seus movimentos, ao invés de dirigir sua atenção à técnica de
nadar, ou seja, as conseqüências do movimento deve ser enfatizada pelo professor, que
trabalhara com conceitos como eficiência, menor resistência ao avanço, entre outros.
Pois precisamos é possibilitar a aquisição de uma grande bagagem de experiência
motora para contribuir para o armazenamento e enriquecimento de um acervo de
possibilidades de respostas, que permitirá desenvolver uma grande variedade de
condutas motoras.
Longe de uma especialização precoce, o ensino do esporte deve permitir a
criança iniciante a obtenção de uma diversificada cultura esportiva. Uma das forma para
se conseguir isto é ensinar o esporte, através de jogos. O professor deve ter o cuidado de
propor atividades que sejam compatíveis com o nível de habilidade dos alunos, e assim,
mediante as desafios, eles devem ser levados a obter sucessos durante todo processo de
aprendizagem, sentindo-se competente.
Nos jogos, sempre que necessário deve-se alternar suas regras e equipamentos,
criando um ambiente desafiador que leve os alunos a melhorarem suas habilidades e
propiciem rapidez nas tomadas de decisões, no momento de solucionar problemas
exigido por uma determinada situação.
Assim como Graça (1995) acredito que a importância do esporte do ponto de
vista educativo, não repousa exclusivamente em seu ensino, mas por meio do
aprendizado do mesmo, entendido como fator cultural, respeitando seus valores
educativos, desenvolva-se o aluno como ser total, ultrapassando os limites do domínio
das habilidades motora.
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Ensinar carrega consigo o peso do formar, Souza (2004) atribuiu ao professor a
responsabilidade de possibilitar o transcender, a necessidade de estimular a criatividade,
a importância de buscar a cidadania. Devemos compreender que mais do que educar
pelo esporte, para o desenvolvimento de novos valores, é necessário educar também
para o esporte, para que os alunos possam descobrir o prazer de apreciar as
manifestações esportivas, ou outras maneiras de se praticar e ou assistir o esporte.
Para formar um cidadão, devemos fazer mais do que capacita-lo com técnicas,
mais do que reproduzir o esporte, devemos transforma-lo, e permitir que sejam
resignificados e reconfigurados no futuro. Portanto, pensando pedagogicamente o ensino
do esporte, acredito que devemos ensina-lo dentro do seu contexto, e proporcionar a
aquisição de condutas motoras, o entendimento do esporte como fator cultural,
estimulando os sentimentos de solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade;
assim como os valores éticos, sociais e morais, para que o educando seja um agente
transformador do seu tempo, preocupado com a cidadania que lhe permitira viver
consciente e mais autonomamente. Pois somente desta forma, poderá assumir uma
posição autônoma e crítica diante do fenômeno esportivo.
Reforçando esta opinião Kunz (1994) afirma que devemos defender o ensino
crítico, pois é a partir dele que os alunos compreendem a estrutura dos processos
institucionalizados da sociedade e que forma falsos interesses e desejos. Por isto a tarefa
é árdua, como salienta Medina (1992), “não é fácil formar homens quando o sistema
pede robôs. Não é fácil desenvolver atletas cidadãos, críticos, conscientes, educados e
criativos quando o sistema pede máquinas obedientes e consumidoras e
automaticamente descartáveis quando deixam de produzir”. A educação física, deve
então promover condições para romper estruturas, para que o ensino possa causar a
emancipação do aluno.
O esporte possui regras que o rege e limita, e na natação restringe as
possibilidades de variações na forma de execução dos nados, nas saídas, viradas e
chegadas, o que em parte justifica a visão do senso comum sobre ‘o nadar’ e a natação.
Visão esta que deve ser ampliada, pois não é objetivo de todos os alunos competirem, e
mesmo que seja este o objetivo do aluno, este antes de entrar em contato com as técnicas
dos nados, ele deve estabelecer uma relação de integração com o meio líquido,
interagindo e ampliando sua bagagem/ repertório motor, deve conhecer seu corpo e a
resposta do meio a ele durante a execução dos mais variados gestos, gestos que devem
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ser explorados para experimentar, ousar, criar, participar de forma ativa do processo
ensino aprendizagem. Nesta concepção o aluno é o construtor de seu aprendizado e
nadar não é apenas a execução das técnicas dos nados.
Vários autores defendem uma concepção de nadar mais ampla do que
simplesmente a execução do gesto técnico do nado crawl, costas, borboleta e peito,
como veremos a seguir:
Perez (1986:110), conceitua a “natação como o ato e/ou efeito de nadar”; e
“nadar como uma sucessão de movimentos realizados pelo indivíduo que lhe permitirá
deslocar-se ou manter-se sobre ou sob o meio líquido, apoiando-se exclusivamente
neste”. Perez (op cit)
Escobar e Burkhardt (1985:10), conceituam a “habilidade de nadar como
manter-se sobre a água e ir por ela sem tocar no fundo”.
Catteau e Garoff (1990), disse que saber nadar “é ter resolvido, qualitativamente
e quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca
permanentemente: melhor equilíbrio, melhor respiração, melhor propulsão no elemento
líquido”. (p.61)
De forma que para o autor “toda prática de atividade humana na água e na
superfície, que exclui uma subordinação permanente á utilização de acessórios ou de
artifícios para atingir uma autonomia sempre maior face ao meio e que se exprime por
um desempenho” (p.65).
Navarro (1978) afirma que “dominar o meio aquático tem uma extensão maior
que o simples saber nadar”, este discute uma visão mais ampla do nadar e da natação.
Fernandes & Lobo da Costa conceitua a natação como “um conjunto de
habilidades motoras que proporcionam um deslocamento autônomo, independente,
seguro e prazeroso no meio líquido, sendo a oportunidade de vivênciar experiências
corporais e de perceber que a água, pode ser uma superfície de apoio, um espaço para
emoções, aprendizados e relacionamentos consigo, com o outro e com a natureza.”
Fica evidente que para todos os autores supracitados nadar não significa apenas a
execução do gesto técnico da natação, para eles nadar é mais global e espontâneo e
envolve ambientação ao meio líquido.
Na história da natação os métodos divergiam muito. E o ensino sofreu contudo
ações de várias correntes, e o suporte da pedagogia da natação foram as correntes global,
a analítica e a sintética ou moderna. Catteau e Garrof (1998) discutem estas corrente: a
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corrente global, foi a primeira a aparecer nesta a intervenção do professor estava ausente
ou era muito discreta, e não tinha qualquer organização da aprendizagem, nem
preocupaçãocom método, com o conhecimento sendo adquirido quase que por instinto;
os defensores desta corrente defendiam que aprender a nadar se resumia em resolver
uma sucessão de problemas ligados aos instinto de sobrevivência.
Com o passar do tempo percebeu-se que além de lento, ele praticamente
culminava numa única modalidade de nado alternado, que agora denominamos como
crawl.
Como ponto positivo nesta corrente destacamos a importância do trabalho na
água, a atitude participativa do aluno e a valorização do mesmo.
A corrente analítica veio em oposição a global, representa a tentativa de
racionalizar a aprendizagem; esta partiu da definição que para que nadar é preciso
executar movimentos que façam progredir na água. Promoveu estudos dos movimentos
natatórios, procurando a análise e compreensão das partes, para chegar a um
entendimento total do movimento, seguindo uma execução lógica. O que determinou na
redução da natação a simples imitação dos gestos técnicos ou movimentos natatórios,
esta redução foi tão exagerada a ponto de não ser um absurdo a execução e o
treinamento dos movimentos fora da água, acentuando a mecanização e esteriotipação
dos movimentos, movimentos que eram largamente executados em quartéis, ginásios e
escolas e que na maioria das vezes gera dificuldades ao ser aplicados na água.
Apesar de propor uma metodologia que defendia a progressão de dificuldade e a
presença de exercícios educativos, comandada por professores ativos, esta não dava a
oportunidade dos alunos resolverem problemas, o que prejudicou sua capacidade para
isto, também restringiu a participação efetiva dos mesmo no processo de ensino.
A concepção analítica foi muito aceita nos meios militares e também
influenciou fortemente, além do ensino da natação a Educação Física no Brasil.
As condições econômicas e políticas, juntamente com uma ausência de política
nacional de natação influenciou sensivelmente as praticas pedagógicas e alimentaram as
correntes global e analítica. Um exemplo claro e que freqüentemente acontece, e o fato
de que por falta de tempo, ou para demonstrarem aprendizagem rápida, alguns
professores tornam-se demasiadamente analíticos, alienando o processo de
aprendizagem; outros profissionais por falta de espaço ou por possuírem turmas muito
cheias, ou com muita diferença no nível de conhecimento, caminham para a corrente
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21
global, no sentido de não conseguir intervir apropriadamente com todos, acabam
acomodando-se deixando os alunos ‘livres’. Em ambas as situações, a nosso ver, o
professor foge do seu papel de educador.
A corrente moderna foi uma reação contra a fragmentação e o mecanicismo da
corrente analítica ela se mostrou mais avançada e apoiava-se em aspectos psicológicos
de gestalt, partindo do todo para as partes. Esta diferenciou a natação dos nados em si,
determinou superfícies, formas e profundidades apropriadas as ações pedagógicas,
buscando sempre satisfazer as necessidades dos alunos, e inovou também ao adotar
elementos comum entre todas as formas de nado como a base do aprendizado: as
unidades de equilíbrio, de respiração e de propulsão.
Apartir desta corrente o professor foi levado a perceber as imperfeições de seu
sistema de ensino, havendo uma evolução da teoria e da pratica de ensino através da
experimentação.
Conforme afirma Machado (1978) das metodologias aplicadas na natação, a
maior parte dos estudos ocorreram com base nas concepções militares em detrimento da
educação Física geral. E consistia basicamente na execução de gestos em etapas, para
serem assimilados, compreendidos e fixados.
Atualmente várias correntes orientam o ensino da natação, Segundo Fernandes e
Lobo da Costa (2006); devido a falta de bases teóricas consistente, e de uma pedagogia
para a natação, muitos professores adotaram métodos próprios.
Concordo com Neira (2003) ao afirmar que mesmo sem um consenso entre as
correntes, não se pode perder de vista princípios que elas deveriam estar de acordo,
como: o fato de que a aprendizagem depende de características individuais, o
conhecimento que cada indivíduo traz, que é resultado de sua experiência de vida; o
modo como cada um aprende e o ritmo que varia segundo a capacidade, a motivação e o
interesse individual.
As autoras Fernades & Lobo da Costa (2006) afirmam haver hoje um consenso
que os conhecimentos envolvendo a seqüência de desenvolvimento motor podem
subsidiar a sistematização de muitos programas de Educação Física, inclusive de
natação. Por outro lado a área de aprendizagem motora orienta o professor a valorizar o
processo de aprendizagem motora, e reconhece a importância do aluno para uma
aprendizagem de qualidade. A biomecânica contribui para a compreensão da interação
do corpo humano com a água, valorizando a experiência do aluno na mesma.
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22
Porém ainda é discreta a aplicação de conhecimento sobre o desenvolvimento
motor e aprendizagem motora na natação, mas a biomecânica, a fisiologia do exercício e
a psicomotricidade tem exercido um papel importante no desenvolvimento da ciência da
natação, demonstração que se confirma pelo sucesso de obras como: ‘Nadando ainda
mais rápido’ de Maglisho (1999), ‘A natação segundo a psicomotricidade’ de Velasco
(1994) e ‘O ensino da natação’ de Catteau e Garrof (1990).
Tais influências de caráter militarista, tecnicista, baseadas em parâmetros
biomecânicos e fisiológicos, também contribuiu para que a natação se pautasse por um
ensino diretivo, fechado e tecnicista, com preocupação utilitária, higienista e
desportivas.
As primeiras literaturas sobre a natação, era como manuais, descreviam a técnica
dos nados e a fragmentavam para uma melhor visualização e compressão do todo, uma
metodologia que objetivava a execução perfeita do gesto técnico; o que ainda hoje se
manifesta, onde o ensino dos quatro estilos dos nados são priorizados, é uma
metodologia tradicional, o ensino das técnicas ocorre de forma sistemática e
fragmentada, utilizando exercícios educativos/corretivos em uma seqüência pedagógica,
que devem ser repetidos exaustivamente ate a perfeição do gesto técnico da natação.
Esta seqüência pedagógica é composta pelo seguinte esquema:
1) ambientação da criança no meio líquido;
2) movimentos de perna (pernada dos estilos);
3) braçadas;
4) movimento da cabeça e respiração com pernada;
5) coordenação da cabeça e respiração com braçadas;
6) coordenação da respiração com braçadas e pernadas e nados completos.
Estes estudos representaram um grande avanço tanto no aspecto de ‘o que
ensinar’, pois traziam descrição mecânica dos nados, quanto na proposta de ensino com
forte orientação desportiva.
Em seus estudos Garganta (1995), criticou este tipo de metodologia, afirmando
que priorizando o ensino da técnica, estamos nos distanciando do criativo, do
imprevisível, do lúdico e do coletivo, do jogo, pois a esteriotipação técnica é limitadora,
monótona, repetitiva e individual.
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23
O ensino do esporte, apesar de já existir algumas abordagens críticas, ainda sofre
grande influência das tendências/abordagens tradicionais. A pedagogia tradicional ainda
busca exageradamente a perfeição técnica, e faz nesta o fim para o aprendizado,
fragmentando o ensino, caminhando das técnicas analíticas para o esporte formal,
ocasionando uma super-valorização e uma hierarquização das técnicas, levando também
ao surgimento de ações mecânicas ou pouco criativas e comportamento estereotipados, o
que acarreta sérios problemas na compreensão do esporte, ou seja, uma leitura deficiente
e soluções de problemas pobres para o mesmo.
Concordamos com Souza (2004) ao afirmar que éo princípio do esporte que
deve regular a necessidade do surgimento da técnica e não o inverso. Partindo de um
processo de ensino com complexidade crescente decompondo-se o mesmo em unidades
funcionais e não em fragmentos técnicos, viabilizando a técnica dentro das exigências
do esporte, aprendendo não só o gesto técnico, mas principalmente quando e como usá-
lo.
O ensino do esporte através de abordagens críticas tem se difundido e Bento
(1991) já estava preocupado em defender os valores educativos do esporte, e acreditava
na necessidade de se lançar em uma ofensiva pedagógica, para que os técnicos e
professores não deixarem diminuírem seu papel de educadores.
O que justifica a busca de uma nova possibilidade de pedagogia, para a mudança
do paradigma de ensino. Scaglia in Souza (2004) defendeu uma pedagogia inovadora,
que se utilizasse de uma boa metodologia, permitindo ao educando vivênciar o processo
de ensino-aprendizagem, por meio da possibilidade de exploração, onde eles constróem
não um gesto motor apenas, mas uma conduta motora, fruto de sua competência
interpretativa; e não aquela metodologia que demonstra um gesto para ser imitado,
automatizado.
Devemos Ter em mente que ensinar não é uma intervenção simples de
transmissão de conhecimento ou imitação de gestos, Souza (2004) acrescenta ainda que
o aluno não deve ser apenas um receptor passivo, acrítico, inocente e indefeso. Ensinar
deve ser um processo de ensino-aprendizagem, que leve em conta o aluno, seu contexto,
além de seus vários ambientes relacionáveis, criando possibilidades para a construção
desse conhecimento, inserido e fazendo interagir o que ele já sabe com o novo,
ampliando sua bagagem cultural.
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24
O ensino bancário, no qual apenas depositamos conhecimentos técnicos, sem
reflexão, deve ser evitado, pois como dizia Paulo Freire (1996), “assim estaremos
apenas capacitando, treinando o aluno no desempenho de destrezas motoras, sem
permitir-lhe uma reflexão crítica sobre o conteúdo ensinado”. O aluno deve ser
instigado a aprender esporte, por meio de uma pedagogia desafiante, que possibilite a
busca pelo superar-se, trazendo assim conseqüência para sua vida.
Concordamos com Manuel Sérgio (1985, p.5) ao que afirma: “...o desporto há-
de ser uma actividade instauradora e promotora de valores. Na pratica desportiva o
homem tem de aprender a ser mais homem.”
“É por isto que transformar a experiência educativa
em puro treinamento técnico é amesquinhar o que
há de fundamentalmente humano no exercício
educativo: o seu caráter formador. Se respeita a
natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos
não pode dar-se alheios à formação moral do
educando. Educar é substantivamente formar.”
(Freire,1996)
É consenso na literatura que para aprender a nadar, será necessário dominar três
constantes: equilíbrio, respiração e propulsão, estas também são evidenciadas na
definição citada anteriormente de nadar pelos autores Catteu e Garrof (1990).
A constante equilíbrio compreende desde a entrada no meio líquido parcial e ou
total, o seu equilíbrio nas diferentes posições com ou sem movimento e nas mudanças
de posições com ou sem apoio nas diferentes profundidades.
Na etapa da respiração prioriza-se a consciência do movimento ativo e passivo
da respiração, já que na água ao contrario da terrestre a expiração acontece pelo nariz (
para evitar a expiração de água) e a expiração pela boca, sendo que quando ocorre
dificuldade para expirar esta pode ocorrer pela boca. Além da consciência respiratória, o
assopro e bloqueio, a imersão e abertura dos olhos, assim como a associação da
respiração com ações propulsivas também são trabalhados.
A propulsão é uma etapa que exige do aluno um grau de equilíbrio e consciência
respiratória para que esta possa ser bem desenvolvida. Propulsão e o ato de dar impulso,
produzir deslocamento, que pode ser de um simples deslize até movimentação de braços
e ou pernas nas diferentes posições.
Estes três componentes básicos não podem ser isolados pois interagem todo
tempo. E devem ser trabalhados simultaneamente.
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A atual trabalho defende o lúdico como um valioso instrumento didático
metodológico para o ensino da natação. Pois o elemento lúdico tem sido
constantemente focalizado nas diferentes áreas de estudos, especialmente sobre a sua
inserção no contexto pedagógico, mas no entanto, quando o foco se trata dos processos
de ensino de esporte, não recebem a devida atenção.
O elemento lúdico enquanto recurso didático metodológico sempre despertou o
interesse dos profissionais que estudam o desenvolvimento infantil, mas este é pouco
focalizou a natação, em detrimento aos estilos de ensino diretivos. Mas existem estudos
e propostas lúdicas inseridas no contexto pedagógico da natação, que colocam as
atividades lúdicas como facilitadoras do processo de apropriação das atividades motoras
aquáticas.
A décadas estudiosos como Machado (1978) já atribuía importância ao lúdico no
ensino da natação, ele reconheceu que a criança aprende muito melhor brincando e
aconselhou que os professores estruturassem uma pedagogia para a natação á luz da
psicologia moderna para engrandecer o ensino. Shaw e D’Angour (2001) afirmaram que
a natação não precisava ser séria e nem ensinada por meio de regras e procedimentos
rígidos. Para estes autores o aluno deveria ter espaço para experimentar, inovar e
encontrar sua própria maneira de sentir-se livre na água.
Outros estudiosos como Freire (1996), Pereira (2001) e Allem (1999) viabilizam
propostas motivadoras e criativas dentro deste meio, e aconselham a inserção do
elemento lúdico nas aulas de natação para crianças e adultos, defendendo a abordagem
lúdica como filosofia pedagógica, presente na fluidez das brincadeiras, gerando
manifestações positivas que privilegiem a criatividade, a espontaneidade, o prazer e a
afetividade, entre outros, o que traz uma característica diferente à cada aula.
Concordamos com Gonçalves (1994) ao afirmar que “A criatividade implica em
perceber em cada situação o elemento novo, e todo homem tem essa capacidade”. Por
isto a necessidade de se libertar das aulas fechadas e diretivas e criar, dando espaço para
os alunos também criarem e recriarem.
O atual trabalho apresenta uma proposta metodológica para o aprendizado das
habilidades motoras aquáticas e dos nados, através de um referencial do ensino aberto,
criativo e construtivista. Onde o ensino da natação apoia-se em conceitos amplos e que
contemplem a adaptação total ao meio líquido a apartir da percepção da ação da água
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sobre seu corpo e vice-versa, em diferentes posições e posturas, enfatizando a utilização
de diferentes recursos lúdicos, a integração entre os alunos e a inclusão.
A fundamentação da metodologia de ensino baseia-se na utilização de um
‘ensino aberto’ hildebrantd onde há a adequação das atividades aos diferentes alunos,
valorizando suas experiências, interesses e necessidades através de atividades lúdicas
como jogos, brincadeiras, simulação, historiação, dramatização, desafios motores
aquáticos e atividades cooperativas.
Segundo Benda (1999) a intervenção do lúdico na aprendizagem da natação para
ampliar as possibilidades de aprendizagem, a exemplo disse: “o lúdico deverá estar
´presente em ambientes que envolvam aprendizagem, principalmente com crianças.”
Ela considera a brincadeira um instrumento valioso no processo ensino-aprendizagem
infantil, porém acha necessário alternar a metodologia lúdica com a tradicional.
Pereira (1999) concorda com a alternância das metodologias e realizou uma
pesquisa com dois grupos um de 5 a 7 anos eoutro de 8 a 12 anos, e em ambos utilizou
as duas metodologias, iniciando pela lúdica, os dois grupos durante a metodologia lúdica
questionaram seu valor pedagógico – perguntando quando iam começar a nadar; durante
a metodologia tradicional o grupo de 5 a 7 anos manifestou falta de interesse e de
motivação sem as atividades lúdicas, o grupo de 8 a 12 anos aceitou esta metodologia
um pouco melhor que o outro grupo, mas em alguns momentos também manifestou falta
de interesse/motivação e cobrava a brincadeira. Desta forma concluímos que é
importante analisar e classificar os níveis de aprendizagem e sugeriu alternar as
metodologias com cautela, evitando o radicalismo, pois ainda há muita resistência em se
aceitar o ensino lúdico.
Allem (1999) através de estudos sobre as formas metodológicas, confrontou o
resultado se dois grupos, um que se submeteu a aulas de natação, com a metodologia
tradicional e outro com a metodologia lúdica. Ele observou que em ambos grupos os
resultados foram proveitosos e semelhantes, porém o grupo da metodologia tradicional
achou as aulas monótonas e por isto não executavam as tarefas da maneira que deveriam
( executavam um número menor de repetições, do que a que lhe foi solicitado) e no
grupo da metodologia lúdica mesmo com bons resultados os pais e alguns alunos
questionavam o método dizendo: “hoje só teve brincadeiras”? (Allem, 1999, p. 164). O
que indica que o conceito sobre esta metodologia deve ser trabalhado com os
professores, que podem transformar sua prática pedagógica em uma descoberta divertida
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dia a dia, juntamente com seus alunos, e trabalhada também com os pais e alunos que
devem estar cientes dos progressos obtidos através desta metodologia, quando bem
aplicada.
O elemento lúdico não deve ser inserido apenas como um facilitador da
aprendizagem ou como um meio para alcançar um determinado objetivo que é o
aprendizado dos nados, esquecendo-se do valor deste para o desenvolvimento global do
aluno.
Freire (2004) defende o lúdico como o norteador do planejamento e não o ensino
dos estilos (técnica dos nados), seguindo uma estratégia metodológica.
O lúdico na presente proposta pedagógica vai além do simples entretenimento ou
recompensa por cumprimento das tarefas aquáticas, ele estará presente em todas as
aulas, ele será instrumento metodológico para o ensino de todos conteúdos da natação.
O lúdico possibilita desvelar emoções, sensações, assim como aspectos relacionados a
afetividade. A criança motivada pela brincadeira tem a possibilidade de resolver seus
conflitos no meio líquido, um exemplo, é quando a criança sente medo de colocar o
rosto na água, se este contato ocorrer por meio de brincadeiras lúdicas, o medo pode ser
minimizado, desvelando emoções e sensações que este contato possa gerar.
O medo não permite que cheguemos ao nosso potencial máximo, atrapalhando a
aprendizagem de conhecimentos e habilidades, ele é incapacitante, e torna a descoberta
do novo menos atraente. Para que aprendizagem aconteça com qualidade é necessário
um modelo seguro e apoiador e para isto o professor deve fazer a criança adquirir
confiança e segurança. Argumentos estes que reforçam a importância dos procedimentos
pedagógicos lúdicos, que garantirá a participação e motivação das crianças, pois dão
prazer, descontração e aproximam os alunos.
A natação lúdica passa a ser então um caminho de experimentação sensório
motora global para a criança, levando à brincar, agindo num mundo de faz de conta,
experimentando o movimento, vencendo obstáculos, evoluindo a nível de estruturação
seu pensamento, ela vai compreendendo o mundo real á medida que se confronta com o
meio, distanciando-se gradativamente do mundo de faz de conta.
Conforme afirma LeBouch (1992, p.98): “o jogo simbólico pode transformar o
organismo da criança, à medida que agindo em um mundo imaginário, ela pode
satisfazer todos seus desejos e sair triunfante da realidade penosa.”
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Todas as aulas deveriam ir de encontro com as necessidades, interesses e
possibilidade da criança. Por isso o professor deve ter um plano de aula flexível,
principalmente com a metodologia lúdica, pois tudo depende da necessidade de troca
que se estabelece durante a aula, entre o aluno, o meio e o professor. Desta forma o
professor conta com a criatividade, a motivação e a respostas dos alunos e também com
a sua sensibilidade e criatividade para perceber cada situação e explora-la da melhor
maneira. Ele deve deixar a criança interagir, inventar, imaginar e criar, mostrando
sempre para elas o quanto elas realizam quando resolvem ousar experimentar.
O lúdico nas aulas de natação possibilita o brincar, construindo laços afetivos
entre o professor e o aluno em um relacionamento bilateral, onde ambos aprendem nesta
construção do saber, o que motiva a relação pedagógica. Nesta relação o professor se
permite brincar com o aluno por meio da fantasia, das musicas, historias, dramatizações
e jogos cooperativos, influenciando a criança por meio da brincadeira proposta, levando
o aluno a criar, expressar fantasias, por meio de faz-de-conta, mas para isto deve
desenvolver um diálogo lúdico com a mesma, com um sorriso, um abraço, uma melodia
e ou ate mesmo com a alegria e empolgação no tom de voz. Disto dependerá o bom
relacionamento professor aluno, de que depende a entrega para a realização das aulas
lúdicas. O diálogo lúdico segundo Queiroz (1998) acompanha a criança até debaixo
d’água.
Todas as mudanças metodológicas propostas para o ensino esportivo,
ressalvando as atividades lúdicas decorrente de aprofundamentos teóricos no que se
refere a identidade da educação física , segundo Moisés (2006):
“Renovam conceitos e concepções da
psicomotricidade (LeBouch, 1983), do ensino
aberto (Hildebrandt e Laging, 1986), do
desenvolvimentismo (Tani, Manoel, Kokubum e
Proença, 1988), da reflexão político-pedagógica
(Coletivo de Autores, 1992), do construtivismo
(Freire, 1989), sob um modelo sociológico (Betti,
1991), da pedagogia emancipatória (Kunz, 1994),
sob o foco da cultura corporal (Daolio, 1995) e com
o enfoque cooperativo (Broto, 1997).” (MOISÉS,
2006).
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3 MÉTODO
Para a realização da pesquisa foram ministrados aulas de natação para crianças
de seis a oito anos, somente com a utilização de atividades lúdicas como método de
ensino, no período de março a abril de 2007.
A execução deste projeto de enfoque qualitativo descritivo envolveu uma
pesquisa de campo e teve como área geográfica a cidade de Volta Redonda, localizada
no Estado do Rio de Janeiro. O universo pesquisado são todos participantes do
Programa Segundo Tempo do Parque Aquático Municipal de Volta Redonda, cujo a
amostra compõe-se de 20 alunos, da turma de natação da professora Carolina Granato,
que fazem aulas as quartas e sextas-feiras, no horário de oito horas as oito horas e
cinquenta minutos. Esta turma foi definida pela concordância da professora responsável
pela mesma, em participar da pesquisa, submetendo a metodologia proposta e entrega as
atividades da mesma, uma vez que a autora desta encontra-se desligada do programa.
Após definida a turma com a qual a pesquisa aconteceria, houve um
levantamento com a responsável pela mesma, para averiguar os conteúdos a serem
trabalhados, de acordo com o planejamento para o período, e então planejar as aulas
com a metodologia lúdica.
Apartir das aulas ministradas com a metodologia lúdica procurou-se observar
como se processava o ensino da natação, expressada principalmente através da
observação de:
a) Se o objetivo de cada aula foi atingido?
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b) Como era a participação de cada aluno nas atividades proposta?
c) Se o elemento lúdico ajudou os alunos a executarem tarefas, que na sua
ausência haveria dificuldades?
Todas as aulas foram elaboradas pela autora da pesquisa, baseado no
planejamento da professora Carolina Granato, que é responsável pela turma da
amostragem, e ministradas pela mesma, visando assim deixar os alunos mais receptivos
e consequentemente participativos das mesmas, uma vez que a participação ativa e
constante é essencial para o desenvolvimento da atual proposta metodológica. A autora
esteve presente a todas as aulas auxiliando e observando o desenvolvimento das
mesmas, com liberdade total dada pela professora responsável de intervir, sempre que
julgasse necessário ou que fosse solicitado; filmando e tirando fotografias.
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3 NADANDO COM A METODOLOGIA LÚDICA
Descrição da aulas com a metodologia lúdica
Aula 1 – piscina social
Objetivo: Explorar as diversas possibilidades de execução do nado utilitário (que é
qualquer forma de deslocamento que o aluno execute para se deslocar, seja em
decúbito ventral, dorsal ou lateral sem apoio, ou seja se apoiando apenas no meio
líquido).
Descrição:
• Alongamento ( tradicional), fora da piscina de forma geral, nos músculos
principais para o ato natatório.
• Aquecimento: pik, escolhido pelos alunos. Eles escolheram o pik cola tradicional,
onde há um pegador que ao encostar em um participante deve se manter no mesmo
lugar, este só poderá se deslocar após ser descolado por um aluno que não esteja
colado.
• 1ª atividade: deslocar-se de um borda a outra de formas livres, mas variando as
formas de deslocamento.
As formas demonstradas por eles basicamente foram as formas rudimentares dos
nados crawl, costas, peito e borboleta, também pernadas e braçada laterais.
Nesta atividade o professor não dizia como cada aluno devia nadar, apenas que não
poderiam repetir a forma anterior que o mesmo tive executado.
Observamos que eles olhavam o colega e faziam igual, não ‘revolucionaram’ o ato
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natatório, talvez por não ter o hábito de fazer a aula menos diretiva.
• 2ª atividade: semelhante a anterior porém com alguma parte sob ou sobre o
tapete.
As formas demonstradas foram semelhantes a anterior, porém um pouco mais
‘trabalhada’- se aproximavam mais da técnica, talvez pelo apoio do flutuador os
alunos atentavam mais para os detalhes de execução do gesto e se preocupavam
menos com sua permanência na superfície/ flutuação.
No decorrer da atividade a professora lembrou os alunos que poderiam nadar sob o
tapete, ai eles começaram a mergulhar para atravessar o tapete.
• 3ª atividade: Desafio: “ quem consegue fazer igual ao amigo! Vamos
experimentar?
Os alunos na atividades anteriores demonstraram pouca criatividade, executando em
90% das ocasiões as técnicas rudimentares dos nados, (gostaríamos de ressalvar que
isto não foi solicitado, nem condenado). Por esta razão para ampliar, diversificar as
experiências, destacamos movimentos como:
* nadar com o braço encolhido,
* nadar com o braço esticado,
* com a mão aberta, depois fechada,
* nadar com o rosto fora d’água,
* sem bater a perna , depois sem bater o braço,
* e de lado.
Estas formas não foram sugeridas pela professora, o aluno demonstrou e só então a
professora desafiou os demais a executar. E após executado perguntávamos o que
percebeu naquele nado, se é melhor ou pior que o outro.
Quando os alunos nadaram com o braço encolhido um deles disse: professora assim
eu não saio do lugar!, o outro disse eu saio mas demoro mais! E a maioria disse ser
pior do que como braço esticado. Então pedimos para nadar com ele esticado.
Com o braço esticado eles perguntaram se não podia dobrar só um pouquinho, pois
era difícil tirar o braço da água sem dobrar. Mas é melhor do que dobrado!
Com a variação de mão aberta e fechada eles demonstraram dificuldades de perceber
o apoio desta na água apenas um aluno disse que com a mão aberta ‘puxava’ mais
água para nadar! Eu perguntei: isto é bom ou ruim? Ele respondeu: acho que é
bom! Não é? E então pedi que executasse mais uma vez cada um, ele disse que é
melhor com a mão aberta e com o dedo fechado.
Ao executar um nado com o rosto fora d’água eles realizaram perna e braço de crawl
e disseram que: com o rosto fora d’água a perna afunda! Pedi que realizasse a
perna de sapo com o rosto fora da água não notaram grande diferença, o golfinho eles
não conseguiram.
Ao nadar sem bater a perna a grande maioria teve dificuldade de flutuação, e sem
bater os braços todos admitiram ser melhor do que não bater o perna. Com o nado
lateral alguns alunos não conseguiram manter-se nesta posição.
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Observações: Neste primeiro contato com os alunos observei que eles gostaram de
estar livres para vivenciar o processo de ensino, porém mostraram também
dificuldade de variar, criar formas de nadar, pois não conseguiam fugir muita das
técnicas tradicionais de nados (crawl, costas, borboleta e peito).
As atividades visavam explorar a diversidade de formas de nadar, com objetivo de
variar sensações/ percepções de apoio na água.
Eles adoram o pik, mas cansaram rápido (devido ao número pequeno de alunos).
E o objetivo proposto foi atingido.
Foto1e 2: Os alunos nadando com tapete flutuante.
2ª aula – piscina social
Objetivo: Explorar as diversas possibilidades de execução do nado utilitário.
Descrição:
• aquecimento: pik mamãe da rua, variando as formas de se locomover. O
professor destacou um aluno para ser a mamãe da rua, este ficou no centro da piscina
e os demais nos cantos (como se fosse uma calçada) estes alunos deveriam atravessar
a piscina (rua) ate o outro lado sem ser pego pela mamãe da rua, estes alunos
poderiam atravessar livremente, porém sem repetir a forma com a qual nadou. O
aluno pego viraria mamães ou papai de rua.
• 1ª atividade: nados cooperativos: em duplas, trios, grupo da quatro e cinco. Os
alunos deveriam se agrupar em duplas e nadar, sendo que eles deveriam ter algum
contato físico. Depois fazerem trios, em grupo de quatro e de cinco também.
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• 2ª atividade: “hora da bagunça!” um tempo livre para os alunos experimentar o
que eles tiverem vontade.
Neste momento observamos que todos adoraram ter um momento livre, porém a
maioria continuava nadando, outros ficavam em apoio invertido (plantavam
bananeira) ou brincavam de pik, de passar pelo arco.
Observações: O objetivo desta aula foi atingido. Os próprios alunos indicaram as
formas de deslocamento durante a aula, para o pik e para os nados cooperativos.
Não foi preciso que o professor induzisse os alunos a executar este ou aquele tipo de
pernada ou braçada, pois eles estavam motivados com a brincadeira e fluiu
naturalmente. E executaram os quatro estilos e alguns diferentes.
Na brincadeira de mamãe da rua os alunos se divertiram muito, e esta atividade
utilizou um tempo grande da aula , eles não queriam parar a brincadeira, executaram
as formas natatórias convencionais, e como não existia mais nenhum tipo de nado
conhecido, eles criaram um mais esquisito que o outro, como nadar com as mão
entrelaçadas, puxando água para a barriga, nadaram batendo apenas uma perna,
fazendo associação de duas ou mais técnica (pernada de crawl e braço de peito, perna
de golfinho e braço de peito) e ate a perna direita de crawl e a esquerda de peito ( é
claro que não ficou nítido, o aluno disse, quando perguntamos como se chamava o
nado: crawl-sapo, uma perna de crawl e aoutra de sapo).
Durante toda a aula, Nós a Carol e eu perguntávamos como é nadar assim? É melhor
ou pior do que assado? E os alunos relataram suas experiências, e os incentivávamos
a encontrar o melhor jeito para ele nadar.
Durante os nados cooperativos eles não conseguiram grandes deslocamento, mas
gostaram de brincar, começaram tímidos com vergonha de tocar no amigo, mas
depois se entregaram a brincadeira. A forma que a maioria apresentou foi:
Em duplas - nadando de mão dadas lateralmente; nadar de mão dadas um de frente
para o outro; nadar um batendo o braço e outro segurando-o pela perna batendo a
perna.
Em trios ou mais: - nadando de mão dadas lateralmente; nadando dois na frente de
mãos dadas e um atrás segundo uma das pernas dos da frente, sendo que o de trás
batia as pernas.
Grupo de quatro: - nadando dois na frente batendo os braços e dois atrás segurando
as pernas dos da frente.
Grupo de cinco: - nadando dois na frente batendo os braços e três atrás segurando as
pernas dos da frente e o contrario também.
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Foto 3 e 4: ‘Os alunos na hora da bagunça’.
3ª aula – piscina Olímpica
Objetivo: Promover a adaptação dos alunos ao fundo, desenvolvendo o equilíbrio
vertical (sem apoio dos pés) e horizontal.
Descrição:
• Aquecimento: Pik cola americano na piscina rasa. O aluno que for colado, deve
permanecer no local com as pernas afastadas, par se descolar outro aluno descolado
deve passar por entre sua pernas, o pegador não pode colar quem esta descolando,
nem sendo descolado ( no momento em que esta sob a perna do amigo). Este pik foi
sugerido pelos próprios alunos, que já conheciam a brincadeira, visto que é uma
brincadeira folclórica e popular, eles apenas a transferiram para a água.
• 1ª atividade: Na piscina olímpica os alunos ficaram livres para explorar o espaço,
deslocando-se livremente pela piscina com ou sem macarrão, para que eles sem se
sentir pressionados explorassem e se ambientassem ao fundo. Esta atividade durou
cerca de 5 minutos aproximadamente. Esta atividade foi proposta para os alunos com
o comando de que eles estavam livres para entrar e explorarem livremente a piscina.
Alguns alunos pularam imediatamente na piscina com e outros sem flutuadores.
Alguns porém hesitaram um pouco ou por medo ou por não saber o que fazer uma
vez que estavam acostumados com tarefas específicas a cumprir. Os alunos inseguros
tiveram auxílio de materiais e do professor para adquirir a segurança necessária para
sua permanência no fundo.
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• 2ª atividade: tentar sustentar-se nas diferentes posições com macarrão ou sem.
Em seqüência os alunos fora desafiados a se sustentar na água. Não foi exigido uma
forma específica, nem a permanência ou ausência de apoio material. Logo que cada
aluno apresentava uma forma de sustentação, ele era desafiado a demonstrar outras.
As formas que eles demonstraram foram as formas básica sem muitas variações: eles
se sustentaram na horizontal, na vertical, lateralmente, com e sem deslocamento e
com e sem apoio, apenas um menino (o Thales) inovou ficando na posição grupada,
O Thales já estava adaptado ao fundo. Nos solicitamos aos demais alunos que
tentassem executar em decúbito ventral e dorsal esta posição, alguns recusaram a
fazer por medo de afundar o rosto visto que esta posição causa desequilíbrio.
Mas esta atividade foi muito proveitosa. Os alunos com medo avançaram muito.
Alguns que nunca tinham ido na olímpica por medo neste dia foi, com uma
participação tímida/ retraída mas para eles um avanço.
• 3ª atividade: pular da borda e ir nadando até a professora que estava próxima,
pegar um macarrão e voltar para a escada.
Esta atividade foi realizada através de ‘faz-de-conta’, contamos a eles a história de
um naufrágio, onde algumas pessoas estavam ao mar, eles (como heróis) deveriam
resgata-las.
Observação: Esta aula por ser o primeiro contato com a piscina olímpica para metade
dos alunos, foi necessário deixa-lo um pouco livre para saltar e experimentar, com e
sem materiais e auxilio do professor. Alguns alunos nadaram sem apoio pela
primeira vez após a última atividade.
O pik cola foi super proveitoso, pois alguns alunos novatos tinham dificuldades em
imergir e quando percebemos estavam descolando ou tentando descolar os colegas,
visto que dois alunos imergiam por um tempo pequeno, não suficiente para passar
por baixo de um colega. E o objetivo para esta aula foi atingido, uma vez que todos
os alunos presente entraram em contato com o meio, adquiriram um certo grau de
equilíbrio tanto vertical como horizontal.
Foto 5: Aluna executando o nado utilitário, sem apoio; ela nunca havia feito e após a realização da de
salvamento, criou coragem para tentar.
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4ª aula – piscina social
Objetivo: Desenvolver nos alunos consciência respiratória, para reconhecerem a
forma e a necessidade de execução do assopro e bloqueio, nas diversas situações
aquáticas.
Descrição:
• 1ª atividade: cabo de guerra ‘soprado’.
Os alunos divididos em duplas sopravam um contra o outro, sem poder tocar na bola
(os próprios estipularam), quem conseguisse empurrar, fazer a dupla recuar com o
sopro, ganhava o jogo. A piscina era de uma profundidade que todos os alunos
tinham contato com o fundo, sua única preocupação era a de soprar para vencer. Eles
se dedicaram a soprar com o intuito de vencer, durante o jogo demos intervalos para
eles descansar e não ficarem tontos e também pedimos que eles tentassem soprar
pelo nariz. Eles disseram não ser fácil a brincadeira e se sentiram cansados.
• 2ª atividade: Foi proposta para eles deslocarem até a ilha que fica no meio da
piscina com a bola, que eles variassem a forma. Eles foram e voltaram várias vezes
porem sempre segurando ou empurrando a bola; então começamos a propor lhes
desafios:
‘ Quem consegue nadar soprando a bola ate a ilha’?
‘ vamos fazer a mesma coisa soprando com o nariz’?
‘ Quem consegue fazer o maior assopro debaixo d’água?
‘Quem consegue fazer o assopro mais longo na água?
‘ mergulhando, ver quem fica mais tempo em apnéia, ora bloqueando, ora
soltando o ar
pelo nariz.’
‘Quem consegue mergulhar abraçado com a bola de ar’?
Imediatamente após este comando eles, disseram que não dava, que a bola não
afundava. E perguntamos porque? Até que eles chegaram a constatação que era
porque estava cheia de ar, e pedimos que fizessem uma relação entre a bola com ar e
o pulmão cheio de ar, experimentando a experiência.
Sendo os terceiro e quarto exercícios em forma de competição, observamos que os
alunos se motivam muito ao competir, e que fazem isto o tempo todo em aula,
chegando a não executar corretamente os exercícios, como no caso de soprar (eles
empurrava com a mão para chegar primeiro, principalmente o Samuel e o Thales). O
3º item foi medido, pelo números de bolinhas subiram e o 4º pelo maior tempo,
também com bolinhas.
Alguns alunos não assopravam, bloqueavam e consequentemente flutuavam, e
pedimos para eles assoprarem e conseguiram manter-se em baixo d’água. E
discutimos o motivo, após ouvi-los explicamos os motivos para tal fenômeno.
•3ª atividade: Escorregar no toboágua e imergir na queda.
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Observações: A metodologia lúdica na maioria das vezes esta sendo proposta de
forma livre, onde os alunos são os agentes do processo porém algumas vezes, como
na Segunda atividade o professor precisou intervir para levar os alunos a vivênciar
outra experiências, uma vez que os mesmos apresentaram dificuldades em ser
criativos, inovadores. O objetivo desta aula, foi atingido totalmente, visto que alguns
alunos ao submergir bloqueavama respiração e ao final desta aula começaram a
expelir o ar pelo nariz.
Foto 6: Alunos executando pernada frontal. Foto 7: Alunos executando pernadas de costas.
5ª aula - piscina Olímpica
Objetivo: Promover adaptação ao fundo, melhorando o equilíbrio vertical e
horizontal, visando desenvolver nos alunos segurança para que eles realizem saltos
da borda da piscina.
Descrição:
• Aquecimento: Todos alunos com flutuadores nadaram pelas laterais da piscina
olímpica, dando a volta nela.
Esta atividade foi historiada, estávamos atravessando um rio, e durante o percurso
apareciam obstáculos que os faziam mudar/variar o estilo de nado.
Apareceu jacaré! (disse a professora)
- vamos ficar de costas para eles não nos pegar! (uma das alunas disse)
Mais a frente, a professora disse: - o rio esta cheio de piranhas!
- vamos bater a perna bem forte para espanta-las! (afirmou um outro aluno)
-Olha o tubarão! ( disse a professora) - O que vamos fazer?
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Eles pensaram, e um respondeu: Vamos nos esconder! Vamos virar de costas.
-Tem um obstáculo no rio e a passagem está muito estreita! Como vamos conseguir
passar? (professora)
- Vamos virar e nadar de lados.(aluno).
Ao final do percurso nadamos de frente lado e costa. Esta atividade estimulou a
posição do corpo apenas, as pernadas e braçadas ficaram a critério dos próprios
alunos. Esta atividade demorou pois a piscina é de 50 metros e os alunos a
contornaram. Os alunos que terminasse o percurso poderia brincar livremente sob
observação até que todos terminasse.
• 1ª atividade: historiação do astronauta e com simulação de gravidade 0, onde os
alunos sem macarrão tinham de deslizar da borda para dentro da piscina, se manter,
‘flutuar’ e voltar para a borda. Esta atividade foi executada sem material, os alunos
com dificuldade foram auxiliado de perto pela professora, no inicio hesitaram um
pouco mais aos poucos foram se soltando, conseguindo executar sua viagem pelo
espaço.
• 2ª atividade: ainda no ‘espaço’, da borda deslizar até a lua para ‘flutuar’ variando
de posições. Estas posições não foram especificadas, ele flutuaram de frente, de
costa, de lado, grupados, carpados, com piruetas e com e sem movimento, ou seja a
maioria com palmateio e alguns boiando.
Observações: Alguns alunos mostraram muito receio para executar as atividades
sem auxilio de material, porém todos fizeram, estes alunos exploraram um pouco
menos as variações de posições o que justificável, porém progrediram muito com as
atividades lúdicas, coisa que muitos não conseguiam com a metodologia tradicional,
eles mesmo relataram isto na aula.
Foto 8: Alunas executando equilíbrio vertical, sem apoio.
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4ª Aula - piscina infantil e social: Aula temática: “Visita à floresta”
Objetivo: Aula recreativa e de socialização comemorativa de Páscoa e visava
desenvolver nos alunos o nado utilitário com ritmo respiratório.
Descrição:
aquecimento: na piscina infantil todos bateram as pernas segurando na borda (2
minutos) com musica. (dramatização da musica: meus pezinhos, meus pezinhos, vou
bater, vou bater ficar fortinho e crescer...)
• 1ª atividade: dramatizar/ imitar os bichos da floresta: Sapo, jacaré, boto, baleia
(todos escolhidos pelos alunos, o professor perguntava que bicho tem na floresta e
eles diziam e imitavam, um por vez). Cada aluno executou da forma que preferiu,
sem definição prévia.
• 2ª atividade: Pik- jacaré, No pik todos os deveriam deslocar-se como jacaré.
Eles adoraram porém alguns alunos para se deslocar mais rápido burlava a única
regra de deslocar-se apenas como o jacaré, mais foi interessante pois a forma que
eles consideravam jacaré inicialmente era com as mãos apoiadas no fundo da piscina
e o corpo na horizontal batendo ou não as pernas, no decorrer da brincadeira esta
forma foi se modificando, alguns alunos utilizavam o braço e era repreendido por
outros alunos, e estes se defendiam dizendo que o jacaré deles nadava, em fim depois
de aproximadamente cinco minuto de atividade a brincadeira se transformou em um
caos e como os professores não interviram imediatamente ( visando estimular a
tomada de decisões e resolução de problemas) eles mesmo, os alunos decidiram o
problema, estipulando de comum acordo, nadar da forma que cada um queria.
• 3ª atividade: Na piscina social, todos iriam visitar uma ilha, nadando ou de
barco (com macarrão). Esta atividade era para eles interagirem livremente no espaço.
• 4ª atividade: Todos deveriam explorar o rio/espaço de forma livre. Com ou sem
macarrão, e com estilo que preferissem, porém deveriam contar quantas vezes
respiravam, e variar o número de vezes que executavam a respiração. Depois de
algumas tentativas, os alunos foram reunidos para cada um dar sua opinião sobre
qual forma era melhor para nadar. 90 % achou mais fácil nadar sem respirar – ‘faz
menos força professora,(eles elevavam demasiamente a cabeça) e devido a
distancia só um aluno conseguia fazer todo o percurso sem respirar e ele se sentia
muito cansado no final. Durante a atividade foi solicitado aos alunos que não
colocassem os pés no chão para respirar, e que todos deveriam respirar, pois
deveriam mudar o número de vezes que executava a respiração.
• Encerramento: uma história fantasiosa sobre um coelho que plantou ovos de
páscoa, e que os professores estavam distribuindo para eles.
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Observações: Esta aula teve a participação de alunos de outras turmas demonstraram
muita satisfação com a aula historiada, notamos que não estavam habituados com
este tipo de metodologia. Os alunos adoraram esta atividade e interagiram muito, ate
os alunos dos outros professores gostaram, e nas aulas seguinte perguntava se não
iríamos fazer a aula juntos novamente.
7ª aula - piscina social
Objetivo: Desenvolver nado utilitário, melhorando o equilíbrio vertical se apoio e o
deslize nos alunos.
Descrição:
• aquecimento: Ir nadando ate a ilha ( esta é uma parte de concreto, localizada no
meio da piscina social) livremente.
• 1ª atividade: Com auxilio do macarrão os aluno deveriam ir ate a ilha, porém não
podiam apoiar o pé no chão para respirar.
• 2ª atividade: Os alunos deveriam deslizar, manter-se suspensos verticalmente
sem apoio. Para esta atividade demos prosseguimento a historiação da floresta,
com os comandos :
- Vamos bater a perna para distrair os jacarés;
- vamos observar se tem algum perigo, um bicho, (deslizar da
escada em direção ao meio sem apoio, para observar, assim
faziam a sustentação sem apoio e voltavam para a escada).
• 3ª atividade: Os alunos sobem no barco (macarrão) para passear. Nadar
livremente.
Esta atividade foi solicitada porque alguns alunos demonstravam dificuldades para se
manter equilibrado e motivados para esta atividade. No decorrer desta atividade os
começaram a competir entre si, dizendo ‘o meu barco é mais rápido do que o seu’,
um dos alunos que não conseguia ser mais rápido do que o seu amigo, disse: ‘mas o
meu, é mais maneiro. Não é professora? Como solicitaram nossa intervenção.
Alegamos que o nado deste aluno era diferente, pois executava uma pernada ora
simultâneo, ora alternada, diferente de uma técnica específica e o aluno mais rápido
executava a técnica do crawl. E através da exploração do tema barco eles foram
levados a fazer pernada rudimentar dos nados.
Observações: Nesta última atividade da aula, os alunos por conta própria, historiaram
e dramatizaram, começaram a ter a capacidade de criar ( o que no inicio eles
demostraram dificuldades) nós professores apenas embarcamos na viagem/história
deles.
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8ª aula - piscina Olímpica,Aula temática: “A capa do super-homem”.
Objetivo: Promover adaptação dos alunos ao fundo, para possibilitar que os mesmos
executem entradas e saltos, demonstrando equilíbrio vertical, horizontal e também
variando o equilíbrio com desenvoltura.
Descrição:
• aquecimento: pik-cola, o pegador com a capa do super-homem tenta pegar os
demais alunos, e ao pega-lo tira sua capa para que ele coloque, desta forma fica
bem evidente quem é o pegador.
Obs: esta atividade pode ser feita com e sem macarrão de acordo com a preferencia
do aluno. Eles se entregaram totalmente nesta atividade.
• 1ª atividade: os alunos devem deslocar-se e flutuar (deslizar e manter-se sem
apoio) em pé, deitado em decúbito ventral e dorsal, com e sem deslocamento,
variando as posições.
Obs: esta aula apareceram alunos que não estavam indo, dois deles estavam indo pela
primeira vez na piscina olímpica, e não queriam soltar o macarrão. Mas com a ‘capa
de super-herói’ que dava ‘super-poderes’ ele tentaram e todos conseguiram, e se
divertiram. A princípio só faziam atividade com a capa, e como havia apenas uma,
tivemos que incentiva-lo a fazer também sem, dizendo que depois que colocavam a
capa os poderes eram adquiridos. Eu sinceramente não acreditava que eles
acreditariam, e não sabemos se acreditaram, mas embarcaram no faz-de-conta e
funcionou muito bem.
• 2ª atividade: Pular da borda, com o comando: - ‘vamos treinar nosso vôo’ e ir
nadando ate a escada sem flutuadores. Todos os alunos executaram, até mesmo
uma aluna que possui a síndrome de Dawl e tinha medo de ir na piscina fundo, e
mesmo com o auxílio resistia em permanecer e executar a tarefas neste ambiente
e principalmente saltar, foi a primeira vez que ela saltou sem macarrão no fundo.
3ª atividade: A mesma atividade porém do bloco.
Observações: Nos os surpreendemos com esta aula, a idéia da capa foi da Carol que
ganhou um ovo de páscoa do super-homem. Eles adoraram e a aula foi citada várias
vezes como a melhor ou mais divertida pelos alunos na pesquisa.
Na atividade dos saltos os saltos que eles executaram foi: em pé, com pirueta, de
costas, barrigada, fazendo cambalhota, estrela e de ponta.
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Foto 9 (As alunas que tinham medo de pular do bloco se preparando para saltar.)
Foto 10: Nossa aluna portadora de necessidades especiais Foto 11: Ela fazendo imersão, com assopro.
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9ª aula: - piscina social
Objetivo: Desenvolver o nado utilitário e ritmo respiratório.
Descrição:
• aquecimento: pik-cola americano
• 1ª atividade: Os alunos escutaram uma história sobre barcos, e perguntou-se para
eles quais eram as partes do barco, eles respondiam e faziam associações com
alguma parte de seu próprio corpo. Eles falaram: motor - que para eles
correspondiam as batidas de pernas, velas, porém não associaram a nada, remos –
eram as mão, chaminé – era o nariz e a fumaça, borbulhas da expiração, pois eles
colocavam o rosto na água e realizavam o assopro. Pedimos então para os barcos
desatracarem e percorrer o oceano. Um dos alunos começou a dizer que era um
transatlântico e que o amigo dele era uma jangadinha, nesta brincadeira o nado
tradicional ou mal executado, eles diziam ser jangadinha, e os nados mais
diferentes transatlânticos.
• 2ª atividade: Nadar com o rosto dentro d’água até a ilha, e ao executar a
respiração não poderiam apoiar o pé no chão, variando o número de vezes que
executavam a respiração a cada tentativa.
Ao final desta atividade conversamos sobre que perceberam, qual a diferença em
respirar uma ou mais vezes. Eles relataram que nadando com a cabeça dentro d’água
‘vai mais rápido’ e perceberam que quando fossem nadar não deveriam levantar
demais a cabeça e que ela deveria permanecer o mínimo possível fora d’água, e
acrescentaram dizendo: ‘quando a cabeça está para a fora a perna afunda’ e não
conseguem continuar nadando, e tocavam o chão. Segundo eles ‘não pode respirar
nem muito e nem pouco’. Pedi explicação e disseram: é o tempo de soltar o ar
pelo nariz dentro d’água. Perguntei como? Pelo nariz, senão entra água, né.
Outro aluno disse que era verdade, pois já tinha entrado no dele.
E com a cabeça fora d’água, quanto tempo devemos ficar? (perguntei)
- Rapidinho’ (Thales). Insisti, rapidinho quanto? Ele respondeu: - só o tempo de
abrir a boca e puxar o ar. Então precisa levantar a cabeça? Ele respondeu: não é só
virar ela assim. E demonstrou com um pouco de dificuldade mas corretamente.
• 3ª atividade: Pedimos para eles inventarem um jeito novo (próprio) de nadar para
batizar seu transatlântico. Ou seja não poderia nadar um dos quatro estilos, pois na
maioria das vezes que solicitamos para eles nadarem e variar as formas eles
executam as formas tradicionais de nados, mesclando pernada de um com a
braçada de outro
• 4ª atividade: Todos os alunos foram brincar no o tobo-água.
Uma das alunas demonstrou ter medo e disse nunca tinha ido ao toboágua,, então
criamos o ‘mergulho do tobo’. Uma coisa que inventamos na hora, mas que
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funcionou com esta aluna.
Observações: A atividade de ir ao toboágua foi como lazer por que eles também
cobram ir no toboágua e porque também uma aluna disse ter receio, e a atividade foi
proposta para que ela se encorajasse e fosse ate lá, toda vez que eles iam no toboágua
como parte livre, ou seja ia quem queria ela não ia, fazendo parte da aula, ou sendo
uma da atividade da mesma ela foi.
10ª aula - piscina social e olímpica
Objetivo: Promover adaptação ao fundo, visando o desenvolvimento de ritmo
respiratório.
Descrição:
• aquecimento: Aconteceu na piscina social onde todos os alunos conseguem ficar
de pé um pik, esta atividade foi uma solicitação dos alunos, que atendemos por
não comprometer os objetivos da aula, visto que todos os jogos possui uma
função e este além de aquecer com motivação e também desenvolve equilíbrio
vertical e horizontal também, uma vez que todos os alunos para se deslocar
rapidamente nadam e correm .
• 1ª atividade: polo-aquático - O jogo foi adaptado para que todos pudessem
participar. A atividade foi proposta como um futebol aquático e as regras
elaboradas e reelaboradas a medida que preciso pelos próprios alunos. Todos
participaram, porém alguns mais que outro, o que é natural dentro da
características de cada alunos, estes alunos que são mais tímidos e menos
participativos foram estimulados/ incentivados pelos professores a participarem
mais ativamente, mas sem pressionai-los.
• 2ª atividade: saltar da borda com ou sem macarrão para atravessar a piscina, os
alunos que demonstraram receio fizeram a atividade com o auxilio da professora,
e para não ficar esperando parado, ficou liberado a utilização de flutuadores até
que pudesse executar com a professora.
• 3ª atividade: pic- parede – um pic que o pegador não pode pegar quem estava na
parede.
Esta atividade foi desenvolvida necessariamente sem auxílio de flutuadores.
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Observações: O objetivo deste pik no final da aula, era que, sem o macarrão os
alunos desencostasse da parede e fizessem o equilíbrio vertical para desafiar o
pegador e também deslocar-se.
Foto 12: Os alunos jogando, o pik-parede.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa utilizou-se do elemento lúdico como instrumento didático-
metodológico para o ensino da natação, desta forma, atividades como jogos, desafios,
dramatizações e historiações, estavam sempre presentes e esta turma respondeu muito
bem a elas, em todas as atividades, seja narealização de jogos coletivos, em desafios,
como também em jogos de faz-de-conta, que assumiu um papel importantíssimo na
pesquisa, por razões variadas: uma delas é que esta não depende de um número grande
de alunos presente, pois é comum a variação no número de alunos presente em aula,
principalmente se tratando de criança, pois algumas mães hesitam em levar os filhos nos
dias frios, ou porque adoeceram, ou por outros motivos particulares; outra razão, é que a
participação do aluno não está diretamente relacionada a do amigo, uma vez que
devemos considerar que alguns não participavam efetivamente de determinados jogos,
por serem tímidos, ou dispersos, ou por não ter gostado daquele jogo especificamente, o
que os levaram a fazer outras coisas, que não o jogo, comprometendo sua participação,
consequentemente sua aprendizagem. Problema este, que em último caso pode ser
contornado com algumas intervenções, à exemplo: a mudança de regras, a mudança no
número de componentes, estipulação do número de passes e caso não atendam, ou seja
não motivem os alunos a participar, faz-se necessário então a troca de atividade, de
forma que este se sintam motivados, pois sua participação é essencial para o sucesso
desta metodologia, onde o aluno é o agente de sua aprendizagem, ela depende de como
ele interage com o meio aquático através das atividades proposta.
Através da utilização da metodologia lúdica observamos que em todas as aulas
os objetivos foram alcançados, com a vantagem de em todas elas proporcionar prazer
aos alunos. A participação deles foi excelente e todos interagiram de forma satisfatória e
os próprios alunos relataram isto durante a pesquisa.
Ao iniciar as aulas, observei que os alunos não sabiam executar tarefas se esta
não fossem específicas, não sabiam criar, inovar, talvez por não estarem acostumados, e
com a aula menos diretiva não estava conseguindo fazer que eles experimentasse novas
forma de nadar, novas possibilidades para o nado utilitário, que é descomprometido com
a técnica. Os alunos demonstraram apenas os quatros estilos e seus educativos, e para as
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variações solicitadas, mesclava os mesmos. Após esgotadas estas possibilidades, os
alunos disseram não ter mais o que fazer, e perguntaram: O que vamos fazer agora?
Nós dizíamos: criem! Desde de que seja diferente do que já demonstrou pode fazer o
que quiser! E então que eles ficavam um bom tempo parados, pensando no que fazer e
quando alguém apresentava alguma coisa todos o imitavam, e o nível de interesse caía.
Para recuperar a motivação introduzimos o tapete flutuante, para continuar com a
mesma tarefa. A motivação melhorou, porém continuavam sem variações no nado. E
então trabalhamos com desafios, para que demonstrassem posições que ainda não
haviam executado.
Nas aulas seguintes, eles já demonstraram um pouco mais de autonomia, que
ficou explicito em um pik mamãe-da-rua, uma brincadeira da cultura popular adaptada a
água, com uma alternância na regra para atingir o objetivo, que era explorar as
diferentes formas do nado utilitário. Esta regra era que a cada ultrapassagem de rua
deveria se mudar a forma de deslocamento; foi excelente, pois todos estavam motivados
e entregues ao jogo, tanto que esta atividade durou bem mais do que o previsto, haja
visto o aproveitamento da mesma, em que os alunos conseguiram variar sua forma de
nadar. Porém nesta mesma aula, pedimos que eles realizassem nados cooperativos, ou
seja, deveriam nadar em conjunto com um ou mais amigos, estes deveriam manter
contato, sempre variando o número e as formas de nadar; e os alunos voltaram a
apresentar dificuldade em executar os ‘nados criativos’( não especificados quanto a
forma), mas pouco a pouco conseguiram. E ao final desta aula eles elogiaram a mesma e
perguntaram se a próxima aula só haveria brincadeira.
Na aula com bexiga de ar, cujo objetivo era desenvolver consciência respiratória,
utilizamos durante toda aula uma bola/bexiga de ar, e através de atividades lúdicas.
Durante a aula alguns alunos nos interrompiam dizendo: ‘professoras, nós não vamos
nadar hoje’? nos dizíamos, nós já estamos nadando. Este fato demonstra que para eles,
para se aprender a nadar, eles devem executar uma série de exercícios pré-determinados
e repetitivos; e que eles ainda não conseguiram notar o papel educativo das atividades
lúdicas.
Em nossa primeira aula na piscina olímpica, tínhamos como objetivo adaptar os
alunos ao fundo, desenvolvimento equilíbrio vertical e horizontal, e fizemos o
aquecimento na piscina social para que todos participassem ativamente, deixando que
eles escolhessem um pik, eles escolheram pik-cola americano, que foi providencial, pois
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ao imergirem nesta piscina rasa adquiriram confiança para ir na funda, onde foi nossa
próxima atividade. Para eles se ambientarem, os deixamos livres para interagir com o
sem flutuadores, pois muitos deles estavam tendo seu primeiro contato com esta piscina.
A atividade seguinte foi estimular que eles assumissem posições diferentes com o sem
apoio, após eles explorarem esta situação contamos a eles a historia de um naufrágio,
onde eles eram os heróis que deveriam salvar as vítimas de um afogamento, e através da
brincadeira os alunos pularam da borda, nadaram pequenas distâncias, seguraram a
vítima (macarrão) e voltaram para a borda ( que poderia ser a margem de um rio, uma
praia ou bote etc..). Apenas dois alunos não saltaram sem o macarrão os demais
saltaram, nadaram e só então seguraram o macarrão, mesmo sendo para a maioria seu
primeiro com a piscina profunda, o que lhe causaram muita alegria e satisfação. Apartir
deste dia eles começaram a dizer que “brincando a gente aprende”; “Que brincando
agente esquece o medo”.
Em outra aula na piscina olímpica exploramos o tema: viagem extraterrestre,
com simulação de gravidade zero, falamos sobre o astronauta brasileiro que estava em
missão e ele estava aparecendo sempre na mídia e direcionamos as atividades através do
faz-de-conta, onde os astronautas (alunos) tinham que se deslocar da nave até a lua
(deslizar da borda em direção ao centro da piscina) e explorar a superfície lunar (manter-
se nas diferentes posições sem apoio) e retornar a nave (borda). Nesta aula os alunos
inovaram nas formas de ‘voar’ e de se manter em ‘gravidade zero’.
Em outra aula também na piscina funda, cujo objetivo era desenvolver nos
alunos adaptação para que os permitam executar entradas e saltos, demonstrando
equilíbrio vertical, horizontal e nas suas variações com desenvoltura, utilizamos como
tema: Os poderes da capa do super-homem, que tornava poderoso quem a vestisse. Os
alunos adotaram as atividades com a capa e todos perderam o medo de executar as
atividades com a mesma, porém quando a retiravam sentiam receio novamente, e como
tínhamos apenas uma capa, dissemos que uma vez utilizado a capa, os poderes
adquiridos não terminavam, mesmo após retira-la. E a aula foi excelente; os alunos
disseram que adoraram e que se sentiam poderosos com a capa, e este faz-de-conta foi o
que eles mais se entregaram.
Observei que alguns jogos coletivos criavam conflitos como no caso do pik
jacaré (descrito na aula 6), porém deixamos que os mesmo os solucionassem, e apenas e
eles não tivessem êxito e que nos iríamos intervir, porém não foi necessária. Esta é uma
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das filosofias desta metodologia é dar a oportunidade do aluno ser o agente do processo
de sua aprendizagem, e para isto ele deve experimentar movimentos, descobrir como seu
corpo interage com a água nas diferentes ocasiões, resolver problemas, para com suas
tentativas, atravésde seus erros e acertos, vivenciando, descobrir a melhor forma de se
executar os diferentes movimentos. Então sua aprendizagem está diretamente ligada a
sua forma de agir e de criar, e ele só fará isto quando aprender a se libertar dos
comandos para resolver os problemas decorrente de sua ação na água.
Os jogos coletivos de maneira geral, durante a sua execução surgem alguns
pontos para se discutir, como as regras, que podem ser as tradicionais, adaptadas para
cada situação ou totalmente novas, criadas pelos alunos, ou pelos professores de acordo
com o objetivo da aula.
Procuramos durante a pesquisa utilizar regras criadas e ou combinadas pelos
próprios alunos; para fortalecer seu espírito criativo e para que eles a respeitem, uma vez
que foram responsáveis pela mesma. Mesmo com este cuidado, surge a necessidade de
intervenção, para manter a motivação e participação nas atividades.
Na aula em que realizamos um polo-aquático, chamamos de futebol com a mão,
os alunos combinaram todas as regras e uma das regras era que eles não poderiam apoiar
o pé no chão e nem afundar a bola; porém este foi realizado na piscina social, onde
todos conseguiam apoiar o pé no fundo, poucos a cumpriram, o que gerou um conflito,
ele mesmo resolveram validar o apoio dos pés durante o jogo.
Por isto acredito que o lúdico, com todas as suas possibilidades de jogos, sejam
jogos coletivos ou de faz-de-conta são um bom recurso metodológico para o ensino da
natação, pois estes também geram e resolvem muitos conflitos internos, como o medo, a
ansiedade, a motivação, o prazer entre outros, otimizando o ensino. Ficou claro com a
pesquisa que conseguimos ensinar com ele, porém o direcionamos para alcançar nossos
objetivos.
O direcionamento das atividades lúdicas a meu ver, é que determinam o sucesso
desta metodologia, ao ser aplicada apropriadamente não necessita ser mesclada com
outras metodologias, como a tradicional sugerida por Pereira (1999) explicita no
desenvolvimento do trabalho.
Ao propor um jogo ou atividade o professor deve ter um objetivo para o mesmo;
e durante o desenvolvimento do mesmo explorá-lo, de forma que potencialize os
resultados objetivados. Ressalvando que os jogos coletivos tradicionais não são os
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únicos recursos lúdicos da metodologia lúdica proposta. A dramatização, as
historiações, os desafios, as atividades cooperativas também foram exploradas e também
se configuram como jogo.
Sendo que a historiações, dramatizações e faz-de-conta despertou grande
interesse nos alunos, talvez este fato deva-se a faixa etária, provavelmente crianças
maiores preferiam jogos coletivos, de regras ou de exercícios ao invés das brincadeiras
historiadas.
Constatamos que as atividades historiadas e os desafios permitem um maior
direcionamento das aulas, um maior controle de comportamento e dos resultados
demonstrados pelos alunos, sem precisar que a aula seja autoritária e diretiva. O aluno
foi levado a um mundo de faz de conta, onde ele se deparou com a realidade que o
professor propôs para ele resolver, conduzindo-o a exploração deste mundo,
direcionando sua imaginação e criatividade. Desta forma o aluno participou do processo
e não apenas executou comandos, ele teve a oportunidade de ser um agente na sua
aprendizagem, teve um papel ativo, criando e recriando, potencializando seu
aprendizado.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÃO
Dentro do Programa Segundo Tempo, que tem como objetivo democratizar o
esporte, promover inclusão social, bem estar físico, promoção de saúde e
desenvolvimento, o ensino esportivo deve ser um projeto educativo, e antes de ser uma
especialização, ele deve permitir a obtenção de uma diversificada vivência aquática e a
natação entendida como um fator cultural, respeitando seus valores educativos,
desenvolvendo o aluno como um ser total, estimulando sentimentos de solidariedade,
cooperação, autonomia e criatividade, com valores éticos, sociais e morais, para o
mesmo ser um agente transformador de seu meio, ultrapassando os limites do domínio
das habilidades motoras, preocupado com a cidadania, consciente e autônomo.
O professor de natação, tão freqüentemente chamado de técnico, é antes de tudo
um educador, e por isso possui compromissos não só com o aprendizado dos nados em
si, mas acima de tudo com valores e atitudes que possibilitem o aluno transcender em
busca de sua cidadania. E para alcançar este objetivo, ele deve romper com o paradigma
tecnicista, pois o aluno só exercerá sua cidadania, quando ele aprender a participar,
observar de forma crítica, se expor, intervir, tomar decisões, interagir, e quando ele, ao
se apropriar de um conhecimento historicamente construído se transformar e transforma-
lo, mudando sua realidade em aula e na sociedade. Porém a realidade das aulas de
natação na maioria das escolinhas, clubes e academias de Volta Redonda não é esta.
Acreditando no desenvolvimento de ações educativas através do esporte,
principalmente dentro do Projeto Segundo Tempo, que baseia em parâmetros
democráticos, é que a atual pesquisa foi desenvolvida, propondo-se a desenvolver,
observar e descrever como se processa o ensino da natação para crianças de seis a oito
anos do Parque Aquático Municipal de Volta Redonda; onde através de jogos elas foram
levadas a aprender, num referencial de ensino aberto, criativo e construtivista,
valorizando as experiências, interesses e necessidades dos alunos.
Através da observação das aulas que se utilizaram da metodologia lúdica,
podemos afirmar que ela é muito eficaz, uma vez que através dela conseguimos alcançar
os objetivos propostos para todas as aulas. E também é muito viável, pois pode ser
adaptadas as mais variadas situações e não requer muito investimento financeiro, requer
apenas comprometimento educacional por parte dos professores. Estes devem se
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entregar, mergulhar no lúdico e não ter medo de ser julgado, de parecer inapto, pois esta
a metodologia lúdica provou ser apropriada para o ensino, principalmente de crianças e
com passar o tempo o paradigma atual vai se desfeito, e esta imagem de que estas
‘brincadeiras’ serem apenas isto, será desfeita. E preciso começar a caminhada, e os
alunos e pais vão observar na prática, o resultado das ‘brincadeiras’, que podem e devem
ser sérias, no sentido de serem educativas, de possuírem objetivos, confirmando o papel
importante que elas tem na aprendizagem infantil; e que as atividades lúdicas auxiliam,
como ficou demonstrado na pesquisa, as crianças a executarem tarefas, que fora do
contexto lúdico demonstrariam dificuldades.
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