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Universidade de Brasília DANIELE SILVA DIAS O ENSINO LÚDICO DA NATAÇÃO: Uma experiência do PST em Volta Redonda Volta Redonda 2007 Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com ii DANIELE SILVA DIAS O ENSINO LÚDICO DA NATAÇÃO : Uma experiência do PST em Volta Redonda Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar. Orientador: Profª. Ms. Patrícia Neto Fontes Volta Redonda 2007 Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com iii DIAS, Daniele Silva O ensino lúdico da natação. Volta Redonda, 2007. 56 p. Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília. Centro de Ensino a Distância, 2007. 1. Ensino da natação 2. lúdico 3. metodologia 4 jogo. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com iv DANIELE SILVA DIAS O ENSINO LÚDICO DA NATAÇÃO: Uma experiência do PST em Volta Redonda Trabalho apresentado ao Curso de Especialização em Esporte Escolar do Centro de Educação à Distância da Universidade de Brasília em parceria com o Programa de Capacitação Continuada em Esporte Escolar do Ministério do Esporte para obtenção do título de Especialista em Esporte Escolar pela Comissão formada pelos professores: Presidente: Professor Mestre PATRICIA FONTES NETO Universidade regional de Blumenau Membro: Professor Mestre ou Doutor CLAUDIA GOULART DOS SANTOS Universidade de Brasília Vota Redonda RJ, 20 de abril de 2007. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com v A Deus, fonte de vida. Ao meu marido, pelo incentivo e carinho constantes. As minhas filhas que se privaram de momentos nossos devido a pesquisa. E aos meus pais. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com vi AGRADECIMENTOS Agradecemos a todos aqueles que, direta ou indiretamente contribuíram para a elaboração desta monografia e, de modo especial a professora e Mestra Patricia Fontes Neto pela orientação. A professora Carolina Aparecida de Castro Granato, por aceitar participar, colocando a sua turma de natação a mercê da pesquisa. Ao marido e também Professor José Hélcio de Oliveira Júnior, pelo incentivo constante, apoio e paciência. Ao Ministério do Esporte pela oportunidade de participar de um curso de especialização à distância. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com vii “ A maior parte da aprendizagem não é resultado da instrução. É, em vez disso resultado de uma participação sem empecilhos em um contexto significativo.” Ivam Illich ( Shaw e D’Angour, 2001) Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 9 RESUMO O presente trabalho visa observar o ensino da natação, utilizando o lúdico como instrumento didático metodológico, onde o jogo é proposto para proporcionar situações pedagógica que estimulem o aprendizado habilidades motoras aquáticas, a participação, a criatividade e a autonomia. Foi realizado no Parque Aquático Municipal de Volta Redonda, com uma turma de natação para criança de seis a oito anos, integrante do Projeto Segundo Tempo. As aulas foram ministrada durante os meses de março e abril; estas foram observadas e registradas pela autora, e ministrada pela professora responsável pela mesma. A metodologia lúdica utilizou apenas de jogos, e através deles, os alunos foram levados a aprender, num referencial de ensino aberto, criativo e construtivista, valorizando as experiências, interesses e necessidades dos alunos. Após a realização do estudo podemos considerar que esta metodologia é muito eficaz, pois com ela conseguimos ampliar o repertório motor aquático dos alunos, eles atingiram os objetivos propostos. Ela também mostrou-se muito viável, de baixo custo, podendo ser adaptada as mais variadas situações; demandando apenas comprometimento educacional. Nos professores devemos deixar de ter medo de inovar, de ser criativo, de ser julgado inaptos, ou não sérios e romper este paradigma tecnicista, demonstrando na pratica, assim como ficou demonstrado no atual trabalho que o lúdico não só facilitam, como também otimizam o ensino da natação. Palavras chaves: ensino da natação, jogo, lúdico, metodologia. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Foto 1 –Alunos nadando com o tapete............................................................................ 33 Foto 2 – Alunos nadando com o tapete .......................................................................... 33 Foto 3 – O alunos na ‘hora da bagunça’..........................................................................35 Foto 4 – O alunos na ‘hora da bagunça’..........................................................................35 Foto 5 – Aluna sem flutuador, executando o nado utilitário ......................................... 36 Foto 6 – Os alunos nadando em decúbito ventral com a bexiga de ar........................... 38 Foto 7 – Os alunos nadando em decúbito dorsal com a bexiga de ar........................ 38 Foto 8 – Alunos em equilíbrio vertical na piscina olímpica........................................... 39 Foto 9 – Aluna com a capa do super-homem se preparando para pular ........................ 43 Foto 10 – Aluna portadora de necessidades especiais, integrante da amostragem ........ 43 Foto 11 – Aluna portadora de necessidades especiais, realizando assopro .................... 43 Foto 12 – Os aluna sem flutuadores, executando o pik- parede.......................................46 Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 11 SUMÁRIO LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................... 10 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 16 3 METODO................................................................................................................ 29 4 NADANDO COM LUDICIDADE ......................................................................... 31 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 47 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS (OU CONCLUSÃO) ............................................ 52 7 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 54 Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 12 1 INTRODUÇÃO Não é ilusório acreditar que a alegria pode estar presente no processo de ensino- aprendizagem. Para isto basta quebrar rotinas, inovar, criar, arriscar...Porém o ensino da natação tem se caracterizado pela sistematização das chamadas ‘seqüências pedagógicas’ compostas por conteúdos pré-determinados para aquisição das técnicas dos quatro estilos de nados (crawl, costa, peito e borboleta). Estes conteúdos são compostos na maioria das vezes por fragmentos de gesto técnico sem levar em conta a faixa etária, interesse e a motivação dos alunos. Todas estas pedagogias que supervalorizam a aquisição da técnica correta dos nados transforma a eficiência técnica em metas doprocesso, ao invés de serem conteúdo, como observou Fernandes & Lobo (2006). Elas afirmam que: Quando o ensino é focado no produto aspectos como a etapa de desenvolvimento da habilidade do nadar em que o aluno se encontra, sua faixa etária, seus interesses e possibilidades físicas particulares não são considerados, o que pode tornar a aprendizagem monótona e sem significado para quem aprende e repetitivo e desinteressante para quem ensina. (2006, p.5) Em seus estudos Garganta (1995) mostrou que ao fragmentar o ensino, há uma super valorização e uma hierarquização das técnicas com surgimento de ações pouco criativas e comportamento estereotipados, o que acarreta sérios problemas na compreensão do esporte com leitura deficiente e soluções para os problemas pobres. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 13 Acrescenta ainda que “priorizando a técnica estamos nos distanciando do criativo, do imprevisível, do lúdico e do coletivo, pois a esteriotipação técnica é limitadora, monótona, repetitiva e individual”. Visando romper com o ensino tradicional da natação, “onde a repetição mecânica passa, freqüentemente, a ser o recurso mais utilizado, com ênfase na aquisição e na repetição da técnica, desde o início conduz rapidamente a uma automatização dos movimentos” Freudeheim (2006). Este trabalho tem como objetivo investigar como se desenvolve o processo de ensino da natação para crianças, através da utilização de atividades lúdicas como recurso didático-metodológico. A criança por características próprias busca as atividades lúdicas, estas geram manifestações positivas no comportamento infantil e privilegiam a participação, a compreensão, a criatividade, a espontaneidade, o prazer e a afetividade. Dentro do ambiente lúdico a criança resolve conflitos com mais facilidade, no mundo de faz-de- conta tudo é possível, ela pode experimentar, sem ter um resultado ou objetivo, sem ser julgada ou criticada. Precisamos criar um contexto material e relacional no seio do qual a criança terá desejo de se integrar, pois o professor que elaborar condições lúdicas para um amadurecimento emocional da criança, terá um pré-requisito para o ato natatório. Então faz-se necessário, que as aulas de natação sejam momentos de pura alegria, porém elas desde de o princípio, também devem ter seu valor educativo. A aula lúdica quando bem planejada, tem caráter educativo, e que pode ser demonstrado na qualidade do aprendizado. O professor é a pessoa responsável por moldar o valor educativo das aulas, reforça Queiroz (1998), para ela do ponto de vista educacional ‘educar é abrir caminhos’, assim todo movimento deve ser para a busca do desenvolvimento global. E quando se trata de aprendizagem de natação principalmente para a criança, estamos falando de formação de indivíduos, do aperfeiçoamento das faculdades cognitivas, motoras e afetivas. Na tentativa de contribuir para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem da natação, surgiu o interesse de realizar esta pesquisa, que busca descrever a realidade de aulas de natação do Programa Segundo Tempo (PST) em Volta Redonda, que acontecem no Parque Aquático Municipal de Volta Redonda (PAMVR) através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 14 O PAMVR oferece gratuitamente, à população de Volta redonda, esporte e lazer através da prática de atividades aquáticas, em seus cursos sistemáticos de natação, hidroginástica e polo-aquático, e também nas atividades de lazer. O objetivo dos cursos é oportunizar a participação de crianças, adultos, idosos e deficientes em atividades aquáticas, estimulando o convívio com o meio e com o grupo, explorando as diversas situações que o meio oferece. Desta forma, o PAMVR contempla a filosofia do PST, que tem como objetivo democratizar o acesso ao esporte nas escolas públicas, inclusão social, bem estar físico, promoção da saúde e desenvolvimento intelectual crianças e adolescente. O PST no PAMVR, atualmente possui 900 alunos entre a faixa etária de 07 a 18 anos, além dos outros 3.800 das faixas etárias de 02 a 06 anos com a natação infantil e os alunos de 18 até 49 anos com os projetos viva a vida e os alunos de 50 anos em diante com o projeto melhor idade. Possui uma excelente estrutura física (área total de 11.300m2) para as aulas, que se distribuem em três piscinas: uma olímpica com 1,80m de profundidade e área total de 1.250m2, com arquibancada lateral; uma piscina de lazer, com 1,5m de profundidade, formato irregular e área total de 2.812 m2, com três toboáguas; e uma piscina infantil com 0,60 m de profundidade e área total de 500 m2, que possui quatro escorregas com formatos de bichos (sapo, elefante, borboleta e dinossauro). Esta pesquisa teve como objetivo observar e descrever como ocorre o processo de ensino-aprendizagem da natação, através da utilização de atividades lúdicas como recurso didático metodológico para crianças de seis a oito anos que participam do projeto Segundo Tempo no Parque Aquático Municipal de Volta Redonda – R.J. Buscamos com o presente trabalho levantar conhecimentos para caracterizar as tendências históricas do esporte e da natação, os conceitos sobre a natação e do ato de nadar e sobre a utilização de atividades lúdicas para o ensino da natação e aplicar na prática como método de ensino, e desta maneira tentar desfazer o paradigma tradicional e tecnicista, ainda verificado no ensino da natação, e quem sabe levar a uma pedagogia de ensino com qualidade no atendimento as necessidades educacionais, baseada em uma filosofia de escola cidadão, formadora de cidadãos, levando o aluno a participar do processo de ensino- aprendizagem, compreendo e percebendo-se como integrante deste processo, construindo valores e exercendo sua cidadania, e consequentemente melhorando a sua qualidade de vida. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 15 A pesquisa se desenvolveu sob aspectos descritivo-qualitativo, cuja a amostragem compõe-se de uma turma de crianças de 6 a 8 anos, que fazem aulas duas vezes por semana, com duração de cinqüenta minutos cada uma. Durante o período de março e abril, a turma participou de aulas elaboradas conjuntamente pela autora do trabalho e pela professora do PAMVR responsável pela turma, desenvolvidas através de uma abordagem lúdica. As aulas foram ministradas pela professora do PAMVR e observadas pela autora. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A natação é quase tão antiga quanto o homem que aprendeu a nadar por instinto de sobrevivência seja para se alimentar ou fugir. Esta aprendizagem, é adaptativa e necessita de algum tempo para se processar, apesar do homem ter estado por cerca de nove meses no meio líquido, ao nascer passou para o meio aéreo ou terrestre, o que o transformou, e para este estar na água do ponto de vista sensorial e psicomotor é amplamente diferente de estar em terra. QUADRO1 – Mudanças que afetam o corpo na passagem do meio terrestre para o aquático. Meio terrestre Meio aquático Equilíbrio Ação da gravidade; Apoio plantares; Membros superiores. Diminuição da gravidade – força de impuxo; Horizontalidade; Apoio no meio líquido; Membros inferiores. Propulsão Membros inferiores; Resistência do ar Membros superiores; Resistência maior do que a do ar. Respiração Domínio nasal Domínio bucal Inspiração Reflexa Automatizada Expiração Passiva Ativa Superfície de apoio Rígida e estável Não rígida e instável Efeito da força de reação do apoio Em repouso, o corpo fica em pé. Em repouso, o corpo gira. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line,buy it now. http://www.pdfdesk.com 17 Como mostra o quadro 1, como a densidade da água, é maior do que a do ar, a motricidade aquática rege-se por novas reorganizações posturais (flutuabilidade) e locomotora (propulsivas). O que determina que em contato com a água o corpo tem que respeitar alguns princípios como: o princípio de Arquimedes, as leis de Newton, a equação de Bernoulli e outros princípios hidrodinâmicos, sem a qual a adaptação ao meio líquido torna-se inviável, pois as propriedades físicas da água difere-se da aérea. Assim a pedagogia para ensino da natação deve considerar estas mudanças fisiológicas e mecânicas, e usar de estratégias para que o aluno experimente estas mudanças e utilize-as para se relacionar melhor com a água, estando ele em repouso ou em movimento. Esta pedagogia deve fazer com que o aluno sempre foque sua atenção na resposta da água aos seus movimentos, ao invés de dirigir sua atenção à técnica de nadar, ou seja, as conseqüências do movimento deve ser enfatizada pelo professor, que trabalhara com conceitos como eficiência, menor resistência ao avanço, entre outros. Pois precisamos é possibilitar a aquisição de uma grande bagagem de experiência motora para contribuir para o armazenamento e enriquecimento de um acervo de possibilidades de respostas, que permitirá desenvolver uma grande variedade de condutas motoras. Longe de uma especialização precoce, o ensino do esporte deve permitir a criança iniciante a obtenção de uma diversificada cultura esportiva. Uma das forma para se conseguir isto é ensinar o esporte, através de jogos. O professor deve ter o cuidado de propor atividades que sejam compatíveis com o nível de habilidade dos alunos, e assim, mediante as desafios, eles devem ser levados a obter sucessos durante todo processo de aprendizagem, sentindo-se competente. Nos jogos, sempre que necessário deve-se alternar suas regras e equipamentos, criando um ambiente desafiador que leve os alunos a melhorarem suas habilidades e propiciem rapidez nas tomadas de decisões, no momento de solucionar problemas exigido por uma determinada situação. Assim como Graça (1995) acredito que a importância do esporte do ponto de vista educativo, não repousa exclusivamente em seu ensino, mas por meio do aprendizado do mesmo, entendido como fator cultural, respeitando seus valores educativos, desenvolva-se o aluno como ser total, ultrapassando os limites do domínio das habilidades motora. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 18 Ensinar carrega consigo o peso do formar, Souza (2004) atribuiu ao professor a responsabilidade de possibilitar o transcender, a necessidade de estimular a criatividade, a importância de buscar a cidadania. Devemos compreender que mais do que educar pelo esporte, para o desenvolvimento de novos valores, é necessário educar também para o esporte, para que os alunos possam descobrir o prazer de apreciar as manifestações esportivas, ou outras maneiras de se praticar e ou assistir o esporte. Para formar um cidadão, devemos fazer mais do que capacita-lo com técnicas, mais do que reproduzir o esporte, devemos transforma-lo, e permitir que sejam resignificados e reconfigurados no futuro. Portanto, pensando pedagogicamente o ensino do esporte, acredito que devemos ensina-lo dentro do seu contexto, e proporcionar a aquisição de condutas motoras, o entendimento do esporte como fator cultural, estimulando os sentimentos de solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade; assim como os valores éticos, sociais e morais, para que o educando seja um agente transformador do seu tempo, preocupado com a cidadania que lhe permitira viver consciente e mais autonomamente. Pois somente desta forma, poderá assumir uma posição autônoma e crítica diante do fenômeno esportivo. Reforçando esta opinião Kunz (1994) afirma que devemos defender o ensino crítico, pois é a partir dele que os alunos compreendem a estrutura dos processos institucionalizados da sociedade e que forma falsos interesses e desejos. Por isto a tarefa é árdua, como salienta Medina (1992), “não é fácil formar homens quando o sistema pede robôs. Não é fácil desenvolver atletas cidadãos, críticos, conscientes, educados e criativos quando o sistema pede máquinas obedientes e consumidoras e automaticamente descartáveis quando deixam de produzir”. A educação física, deve então promover condições para romper estruturas, para que o ensino possa causar a emancipação do aluno. O esporte possui regras que o rege e limita, e na natação restringe as possibilidades de variações na forma de execução dos nados, nas saídas, viradas e chegadas, o que em parte justifica a visão do senso comum sobre ‘o nadar’ e a natação. Visão esta que deve ser ampliada, pois não é objetivo de todos os alunos competirem, e mesmo que seja este o objetivo do aluno, este antes de entrar em contato com as técnicas dos nados, ele deve estabelecer uma relação de integração com o meio líquido, interagindo e ampliando sua bagagem/ repertório motor, deve conhecer seu corpo e a resposta do meio a ele durante a execução dos mais variados gestos, gestos que devem Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 19 ser explorados para experimentar, ousar, criar, participar de forma ativa do processo ensino aprendizagem. Nesta concepção o aluno é o construtor de seu aprendizado e nadar não é apenas a execução das técnicas dos nados. Vários autores defendem uma concepção de nadar mais ampla do que simplesmente a execução do gesto técnico do nado crawl, costas, borboleta e peito, como veremos a seguir: Perez (1986:110), conceitua a “natação como o ato e/ou efeito de nadar”; e “nadar como uma sucessão de movimentos realizados pelo indivíduo que lhe permitirá deslocar-se ou manter-se sobre ou sob o meio líquido, apoiando-se exclusivamente neste”. Perez (op cit) Escobar e Burkhardt (1985:10), conceituam a “habilidade de nadar como manter-se sobre a água e ir por ela sem tocar no fundo”. Catteau e Garoff (1990), disse que saber nadar “é ter resolvido, qualitativamente e quantitativamente, em qualquer eventualidade, o triplo problema que se coloca permanentemente: melhor equilíbrio, melhor respiração, melhor propulsão no elemento líquido”. (p.61) De forma que para o autor “toda prática de atividade humana na água e na superfície, que exclui uma subordinação permanente á utilização de acessórios ou de artifícios para atingir uma autonomia sempre maior face ao meio e que se exprime por um desempenho” (p.65). Navarro (1978) afirma que “dominar o meio aquático tem uma extensão maior que o simples saber nadar”, este discute uma visão mais ampla do nadar e da natação. Fernandes & Lobo da Costa conceitua a natação como “um conjunto de habilidades motoras que proporcionam um deslocamento autônomo, independente, seguro e prazeroso no meio líquido, sendo a oportunidade de vivênciar experiências corporais e de perceber que a água, pode ser uma superfície de apoio, um espaço para emoções, aprendizados e relacionamentos consigo, com o outro e com a natureza.” Fica evidente que para todos os autores supracitados nadar não significa apenas a execução do gesto técnico da natação, para eles nadar é mais global e espontâneo e envolve ambientação ao meio líquido. Na história da natação os métodos divergiam muito. E o ensino sofreu contudo ações de várias correntes, e o suporte da pedagogia da natação foram as correntes global, a analítica e a sintética ou moderna. Catteau e Garrof (1998) discutem estas corrente: a Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 20 corrente global, foi a primeira a aparecer nesta a intervenção do professor estava ausente ou era muito discreta, e não tinha qualquer organização da aprendizagem, nem preocupaçãocom método, com o conhecimento sendo adquirido quase que por instinto; os defensores desta corrente defendiam que aprender a nadar se resumia em resolver uma sucessão de problemas ligados aos instinto de sobrevivência. Com o passar do tempo percebeu-se que além de lento, ele praticamente culminava numa única modalidade de nado alternado, que agora denominamos como crawl. Como ponto positivo nesta corrente destacamos a importância do trabalho na água, a atitude participativa do aluno e a valorização do mesmo. A corrente analítica veio em oposição a global, representa a tentativa de racionalizar a aprendizagem; esta partiu da definição que para que nadar é preciso executar movimentos que façam progredir na água. Promoveu estudos dos movimentos natatórios, procurando a análise e compreensão das partes, para chegar a um entendimento total do movimento, seguindo uma execução lógica. O que determinou na redução da natação a simples imitação dos gestos técnicos ou movimentos natatórios, esta redução foi tão exagerada a ponto de não ser um absurdo a execução e o treinamento dos movimentos fora da água, acentuando a mecanização e esteriotipação dos movimentos, movimentos que eram largamente executados em quartéis, ginásios e escolas e que na maioria das vezes gera dificuldades ao ser aplicados na água. Apesar de propor uma metodologia que defendia a progressão de dificuldade e a presença de exercícios educativos, comandada por professores ativos, esta não dava a oportunidade dos alunos resolverem problemas, o que prejudicou sua capacidade para isto, também restringiu a participação efetiva dos mesmo no processo de ensino. A concepção analítica foi muito aceita nos meios militares e também influenciou fortemente, além do ensino da natação a Educação Física no Brasil. As condições econômicas e políticas, juntamente com uma ausência de política nacional de natação influenciou sensivelmente as praticas pedagógicas e alimentaram as correntes global e analítica. Um exemplo claro e que freqüentemente acontece, e o fato de que por falta de tempo, ou para demonstrarem aprendizagem rápida, alguns professores tornam-se demasiadamente analíticos, alienando o processo de aprendizagem; outros profissionais por falta de espaço ou por possuírem turmas muito cheias, ou com muita diferença no nível de conhecimento, caminham para a corrente Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 21 global, no sentido de não conseguir intervir apropriadamente com todos, acabam acomodando-se deixando os alunos ‘livres’. Em ambas as situações, a nosso ver, o professor foge do seu papel de educador. A corrente moderna foi uma reação contra a fragmentação e o mecanicismo da corrente analítica ela se mostrou mais avançada e apoiava-se em aspectos psicológicos de gestalt, partindo do todo para as partes. Esta diferenciou a natação dos nados em si, determinou superfícies, formas e profundidades apropriadas as ações pedagógicas, buscando sempre satisfazer as necessidades dos alunos, e inovou também ao adotar elementos comum entre todas as formas de nado como a base do aprendizado: as unidades de equilíbrio, de respiração e de propulsão. Apartir desta corrente o professor foi levado a perceber as imperfeições de seu sistema de ensino, havendo uma evolução da teoria e da pratica de ensino através da experimentação. Conforme afirma Machado (1978) das metodologias aplicadas na natação, a maior parte dos estudos ocorreram com base nas concepções militares em detrimento da educação Física geral. E consistia basicamente na execução de gestos em etapas, para serem assimilados, compreendidos e fixados. Atualmente várias correntes orientam o ensino da natação, Segundo Fernandes e Lobo da Costa (2006); devido a falta de bases teóricas consistente, e de uma pedagogia para a natação, muitos professores adotaram métodos próprios. Concordo com Neira (2003) ao afirmar que mesmo sem um consenso entre as correntes, não se pode perder de vista princípios que elas deveriam estar de acordo, como: o fato de que a aprendizagem depende de características individuais, o conhecimento que cada indivíduo traz, que é resultado de sua experiência de vida; o modo como cada um aprende e o ritmo que varia segundo a capacidade, a motivação e o interesse individual. As autoras Fernades & Lobo da Costa (2006) afirmam haver hoje um consenso que os conhecimentos envolvendo a seqüência de desenvolvimento motor podem subsidiar a sistematização de muitos programas de Educação Física, inclusive de natação. Por outro lado a área de aprendizagem motora orienta o professor a valorizar o processo de aprendizagem motora, e reconhece a importância do aluno para uma aprendizagem de qualidade. A biomecânica contribui para a compreensão da interação do corpo humano com a água, valorizando a experiência do aluno na mesma. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 22 Porém ainda é discreta a aplicação de conhecimento sobre o desenvolvimento motor e aprendizagem motora na natação, mas a biomecânica, a fisiologia do exercício e a psicomotricidade tem exercido um papel importante no desenvolvimento da ciência da natação, demonstração que se confirma pelo sucesso de obras como: ‘Nadando ainda mais rápido’ de Maglisho (1999), ‘A natação segundo a psicomotricidade’ de Velasco (1994) e ‘O ensino da natação’ de Catteau e Garrof (1990). Tais influências de caráter militarista, tecnicista, baseadas em parâmetros biomecânicos e fisiológicos, também contribuiu para que a natação se pautasse por um ensino diretivo, fechado e tecnicista, com preocupação utilitária, higienista e desportivas. As primeiras literaturas sobre a natação, era como manuais, descreviam a técnica dos nados e a fragmentavam para uma melhor visualização e compressão do todo, uma metodologia que objetivava a execução perfeita do gesto técnico; o que ainda hoje se manifesta, onde o ensino dos quatro estilos dos nados são priorizados, é uma metodologia tradicional, o ensino das técnicas ocorre de forma sistemática e fragmentada, utilizando exercícios educativos/corretivos em uma seqüência pedagógica, que devem ser repetidos exaustivamente ate a perfeição do gesto técnico da natação. Esta seqüência pedagógica é composta pelo seguinte esquema: 1) ambientação da criança no meio líquido; 2) movimentos de perna (pernada dos estilos); 3) braçadas; 4) movimento da cabeça e respiração com pernada; 5) coordenação da cabeça e respiração com braçadas; 6) coordenação da respiração com braçadas e pernadas e nados completos. Estes estudos representaram um grande avanço tanto no aspecto de ‘o que ensinar’, pois traziam descrição mecânica dos nados, quanto na proposta de ensino com forte orientação desportiva. Em seus estudos Garganta (1995), criticou este tipo de metodologia, afirmando que priorizando o ensino da técnica, estamos nos distanciando do criativo, do imprevisível, do lúdico e do coletivo, do jogo, pois a esteriotipação técnica é limitadora, monótona, repetitiva e individual. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 23 O ensino do esporte, apesar de já existir algumas abordagens críticas, ainda sofre grande influência das tendências/abordagens tradicionais. A pedagogia tradicional ainda busca exageradamente a perfeição técnica, e faz nesta o fim para o aprendizado, fragmentando o ensino, caminhando das técnicas analíticas para o esporte formal, ocasionando uma super-valorização e uma hierarquização das técnicas, levando também ao surgimento de ações mecânicas ou pouco criativas e comportamento estereotipados, o que acarreta sérios problemas na compreensão do esporte, ou seja, uma leitura deficiente e soluções de problemas pobres para o mesmo. Concordamos com Souza (2004) ao afirmar que éo princípio do esporte que deve regular a necessidade do surgimento da técnica e não o inverso. Partindo de um processo de ensino com complexidade crescente decompondo-se o mesmo em unidades funcionais e não em fragmentos técnicos, viabilizando a técnica dentro das exigências do esporte, aprendendo não só o gesto técnico, mas principalmente quando e como usá- lo. O ensino do esporte através de abordagens críticas tem se difundido e Bento (1991) já estava preocupado em defender os valores educativos do esporte, e acreditava na necessidade de se lançar em uma ofensiva pedagógica, para que os técnicos e professores não deixarem diminuírem seu papel de educadores. O que justifica a busca de uma nova possibilidade de pedagogia, para a mudança do paradigma de ensino. Scaglia in Souza (2004) defendeu uma pedagogia inovadora, que se utilizasse de uma boa metodologia, permitindo ao educando vivênciar o processo de ensino-aprendizagem, por meio da possibilidade de exploração, onde eles constróem não um gesto motor apenas, mas uma conduta motora, fruto de sua competência interpretativa; e não aquela metodologia que demonstra um gesto para ser imitado, automatizado. Devemos Ter em mente que ensinar não é uma intervenção simples de transmissão de conhecimento ou imitação de gestos, Souza (2004) acrescenta ainda que o aluno não deve ser apenas um receptor passivo, acrítico, inocente e indefeso. Ensinar deve ser um processo de ensino-aprendizagem, que leve em conta o aluno, seu contexto, além de seus vários ambientes relacionáveis, criando possibilidades para a construção desse conhecimento, inserido e fazendo interagir o que ele já sabe com o novo, ampliando sua bagagem cultural. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 24 O ensino bancário, no qual apenas depositamos conhecimentos técnicos, sem reflexão, deve ser evitado, pois como dizia Paulo Freire (1996), “assim estaremos apenas capacitando, treinando o aluno no desempenho de destrezas motoras, sem permitir-lhe uma reflexão crítica sobre o conteúdo ensinado”. O aluno deve ser instigado a aprender esporte, por meio de uma pedagogia desafiante, que possibilite a busca pelo superar-se, trazendo assim conseqüência para sua vida. Concordamos com Manuel Sérgio (1985, p.5) ao que afirma: “...o desporto há- de ser uma actividade instauradora e promotora de valores. Na pratica desportiva o homem tem de aprender a ser mais homem.” “É por isto que transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheios à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar.” (Freire,1996) É consenso na literatura que para aprender a nadar, será necessário dominar três constantes: equilíbrio, respiração e propulsão, estas também são evidenciadas na definição citada anteriormente de nadar pelos autores Catteu e Garrof (1990). A constante equilíbrio compreende desde a entrada no meio líquido parcial e ou total, o seu equilíbrio nas diferentes posições com ou sem movimento e nas mudanças de posições com ou sem apoio nas diferentes profundidades. Na etapa da respiração prioriza-se a consciência do movimento ativo e passivo da respiração, já que na água ao contrario da terrestre a expiração acontece pelo nariz ( para evitar a expiração de água) e a expiração pela boca, sendo que quando ocorre dificuldade para expirar esta pode ocorrer pela boca. Além da consciência respiratória, o assopro e bloqueio, a imersão e abertura dos olhos, assim como a associação da respiração com ações propulsivas também são trabalhados. A propulsão é uma etapa que exige do aluno um grau de equilíbrio e consciência respiratória para que esta possa ser bem desenvolvida. Propulsão e o ato de dar impulso, produzir deslocamento, que pode ser de um simples deslize até movimentação de braços e ou pernas nas diferentes posições. Estes três componentes básicos não podem ser isolados pois interagem todo tempo. E devem ser trabalhados simultaneamente. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 25 A atual trabalho defende o lúdico como um valioso instrumento didático metodológico para o ensino da natação. Pois o elemento lúdico tem sido constantemente focalizado nas diferentes áreas de estudos, especialmente sobre a sua inserção no contexto pedagógico, mas no entanto, quando o foco se trata dos processos de ensino de esporte, não recebem a devida atenção. O elemento lúdico enquanto recurso didático metodológico sempre despertou o interesse dos profissionais que estudam o desenvolvimento infantil, mas este é pouco focalizou a natação, em detrimento aos estilos de ensino diretivos. Mas existem estudos e propostas lúdicas inseridas no contexto pedagógico da natação, que colocam as atividades lúdicas como facilitadoras do processo de apropriação das atividades motoras aquáticas. A décadas estudiosos como Machado (1978) já atribuía importância ao lúdico no ensino da natação, ele reconheceu que a criança aprende muito melhor brincando e aconselhou que os professores estruturassem uma pedagogia para a natação á luz da psicologia moderna para engrandecer o ensino. Shaw e D’Angour (2001) afirmaram que a natação não precisava ser séria e nem ensinada por meio de regras e procedimentos rígidos. Para estes autores o aluno deveria ter espaço para experimentar, inovar e encontrar sua própria maneira de sentir-se livre na água. Outros estudiosos como Freire (1996), Pereira (2001) e Allem (1999) viabilizam propostas motivadoras e criativas dentro deste meio, e aconselham a inserção do elemento lúdico nas aulas de natação para crianças e adultos, defendendo a abordagem lúdica como filosofia pedagógica, presente na fluidez das brincadeiras, gerando manifestações positivas que privilegiem a criatividade, a espontaneidade, o prazer e a afetividade, entre outros, o que traz uma característica diferente à cada aula. Concordamos com Gonçalves (1994) ao afirmar que “A criatividade implica em perceber em cada situação o elemento novo, e todo homem tem essa capacidade”. Por isto a necessidade de se libertar das aulas fechadas e diretivas e criar, dando espaço para os alunos também criarem e recriarem. O atual trabalho apresenta uma proposta metodológica para o aprendizado das habilidades motoras aquáticas e dos nados, através de um referencial do ensino aberto, criativo e construtivista. Onde o ensino da natação apoia-se em conceitos amplos e que contemplem a adaptação total ao meio líquido a apartir da percepção da ação da água Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 26 sobre seu corpo e vice-versa, em diferentes posições e posturas, enfatizando a utilização de diferentes recursos lúdicos, a integração entre os alunos e a inclusão. A fundamentação da metodologia de ensino baseia-se na utilização de um ‘ensino aberto’ hildebrantd onde há a adequação das atividades aos diferentes alunos, valorizando suas experiências, interesses e necessidades através de atividades lúdicas como jogos, brincadeiras, simulação, historiação, dramatização, desafios motores aquáticos e atividades cooperativas. Segundo Benda (1999) a intervenção do lúdico na aprendizagem da natação para ampliar as possibilidades de aprendizagem, a exemplo disse: “o lúdico deverá estar ´presente em ambientes que envolvam aprendizagem, principalmente com crianças.” Ela considera a brincadeira um instrumento valioso no processo ensino-aprendizagem infantil, porém acha necessário alternar a metodologia lúdica com a tradicional. Pereira (1999) concorda com a alternância das metodologias e realizou uma pesquisa com dois grupos um de 5 a 7 anos eoutro de 8 a 12 anos, e em ambos utilizou as duas metodologias, iniciando pela lúdica, os dois grupos durante a metodologia lúdica questionaram seu valor pedagógico – perguntando quando iam começar a nadar; durante a metodologia tradicional o grupo de 5 a 7 anos manifestou falta de interesse e de motivação sem as atividades lúdicas, o grupo de 8 a 12 anos aceitou esta metodologia um pouco melhor que o outro grupo, mas em alguns momentos também manifestou falta de interesse/motivação e cobrava a brincadeira. Desta forma concluímos que é importante analisar e classificar os níveis de aprendizagem e sugeriu alternar as metodologias com cautela, evitando o radicalismo, pois ainda há muita resistência em se aceitar o ensino lúdico. Allem (1999) através de estudos sobre as formas metodológicas, confrontou o resultado se dois grupos, um que se submeteu a aulas de natação, com a metodologia tradicional e outro com a metodologia lúdica. Ele observou que em ambos grupos os resultados foram proveitosos e semelhantes, porém o grupo da metodologia tradicional achou as aulas monótonas e por isto não executavam as tarefas da maneira que deveriam ( executavam um número menor de repetições, do que a que lhe foi solicitado) e no grupo da metodologia lúdica mesmo com bons resultados os pais e alguns alunos questionavam o método dizendo: “hoje só teve brincadeiras”? (Allem, 1999, p. 164). O que indica que o conceito sobre esta metodologia deve ser trabalhado com os professores, que podem transformar sua prática pedagógica em uma descoberta divertida Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 27 dia a dia, juntamente com seus alunos, e trabalhada também com os pais e alunos que devem estar cientes dos progressos obtidos através desta metodologia, quando bem aplicada. O elemento lúdico não deve ser inserido apenas como um facilitador da aprendizagem ou como um meio para alcançar um determinado objetivo que é o aprendizado dos nados, esquecendo-se do valor deste para o desenvolvimento global do aluno. Freire (2004) defende o lúdico como o norteador do planejamento e não o ensino dos estilos (técnica dos nados), seguindo uma estratégia metodológica. O lúdico na presente proposta pedagógica vai além do simples entretenimento ou recompensa por cumprimento das tarefas aquáticas, ele estará presente em todas as aulas, ele será instrumento metodológico para o ensino de todos conteúdos da natação. O lúdico possibilita desvelar emoções, sensações, assim como aspectos relacionados a afetividade. A criança motivada pela brincadeira tem a possibilidade de resolver seus conflitos no meio líquido, um exemplo, é quando a criança sente medo de colocar o rosto na água, se este contato ocorrer por meio de brincadeiras lúdicas, o medo pode ser minimizado, desvelando emoções e sensações que este contato possa gerar. O medo não permite que cheguemos ao nosso potencial máximo, atrapalhando a aprendizagem de conhecimentos e habilidades, ele é incapacitante, e torna a descoberta do novo menos atraente. Para que aprendizagem aconteça com qualidade é necessário um modelo seguro e apoiador e para isto o professor deve fazer a criança adquirir confiança e segurança. Argumentos estes que reforçam a importância dos procedimentos pedagógicos lúdicos, que garantirá a participação e motivação das crianças, pois dão prazer, descontração e aproximam os alunos. A natação lúdica passa a ser então um caminho de experimentação sensório motora global para a criança, levando à brincar, agindo num mundo de faz de conta, experimentando o movimento, vencendo obstáculos, evoluindo a nível de estruturação seu pensamento, ela vai compreendendo o mundo real á medida que se confronta com o meio, distanciando-se gradativamente do mundo de faz de conta. Conforme afirma LeBouch (1992, p.98): “o jogo simbólico pode transformar o organismo da criança, à medida que agindo em um mundo imaginário, ela pode satisfazer todos seus desejos e sair triunfante da realidade penosa.” Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 28 Todas as aulas deveriam ir de encontro com as necessidades, interesses e possibilidade da criança. Por isso o professor deve ter um plano de aula flexível, principalmente com a metodologia lúdica, pois tudo depende da necessidade de troca que se estabelece durante a aula, entre o aluno, o meio e o professor. Desta forma o professor conta com a criatividade, a motivação e a respostas dos alunos e também com a sua sensibilidade e criatividade para perceber cada situação e explora-la da melhor maneira. Ele deve deixar a criança interagir, inventar, imaginar e criar, mostrando sempre para elas o quanto elas realizam quando resolvem ousar experimentar. O lúdico nas aulas de natação possibilita o brincar, construindo laços afetivos entre o professor e o aluno em um relacionamento bilateral, onde ambos aprendem nesta construção do saber, o que motiva a relação pedagógica. Nesta relação o professor se permite brincar com o aluno por meio da fantasia, das musicas, historias, dramatizações e jogos cooperativos, influenciando a criança por meio da brincadeira proposta, levando o aluno a criar, expressar fantasias, por meio de faz-de-conta, mas para isto deve desenvolver um diálogo lúdico com a mesma, com um sorriso, um abraço, uma melodia e ou ate mesmo com a alegria e empolgação no tom de voz. Disto dependerá o bom relacionamento professor aluno, de que depende a entrega para a realização das aulas lúdicas. O diálogo lúdico segundo Queiroz (1998) acompanha a criança até debaixo d’água. Todas as mudanças metodológicas propostas para o ensino esportivo, ressalvando as atividades lúdicas decorrente de aprofundamentos teóricos no que se refere a identidade da educação física , segundo Moisés (2006): “Renovam conceitos e concepções da psicomotricidade (LeBouch, 1983), do ensino aberto (Hildebrandt e Laging, 1986), do desenvolvimentismo (Tani, Manoel, Kokubum e Proença, 1988), da reflexão político-pedagógica (Coletivo de Autores, 1992), do construtivismo (Freire, 1989), sob um modelo sociológico (Betti, 1991), da pedagogia emancipatória (Kunz, 1994), sob o foco da cultura corporal (Daolio, 1995) e com o enfoque cooperativo (Broto, 1997).” (MOISÉS, 2006). Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 29 3 MÉTODO Para a realização da pesquisa foram ministrados aulas de natação para crianças de seis a oito anos, somente com a utilização de atividades lúdicas como método de ensino, no período de março a abril de 2007. A execução deste projeto de enfoque qualitativo descritivo envolveu uma pesquisa de campo e teve como área geográfica a cidade de Volta Redonda, localizada no Estado do Rio de Janeiro. O universo pesquisado são todos participantes do Programa Segundo Tempo do Parque Aquático Municipal de Volta Redonda, cujo a amostra compõe-se de 20 alunos, da turma de natação da professora Carolina Granato, que fazem aulas as quartas e sextas-feiras, no horário de oito horas as oito horas e cinquenta minutos. Esta turma foi definida pela concordância da professora responsável pela mesma, em participar da pesquisa, submetendo a metodologia proposta e entrega as atividades da mesma, uma vez que a autora desta encontra-se desligada do programa. Após definida a turma com a qual a pesquisa aconteceria, houve um levantamento com a responsável pela mesma, para averiguar os conteúdos a serem trabalhados, de acordo com o planejamento para o período, e então planejar as aulas com a metodologia lúdica. Apartir das aulas ministradas com a metodologia lúdica procurou-se observar como se processava o ensino da natação, expressada principalmente através da observação de: a) Se o objetivo de cada aula foi atingido? Easy PDF Creator is professional softwareto create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 30 b) Como era a participação de cada aluno nas atividades proposta? c) Se o elemento lúdico ajudou os alunos a executarem tarefas, que na sua ausência haveria dificuldades? Todas as aulas foram elaboradas pela autora da pesquisa, baseado no planejamento da professora Carolina Granato, que é responsável pela turma da amostragem, e ministradas pela mesma, visando assim deixar os alunos mais receptivos e consequentemente participativos das mesmas, uma vez que a participação ativa e constante é essencial para o desenvolvimento da atual proposta metodológica. A autora esteve presente a todas as aulas auxiliando e observando o desenvolvimento das mesmas, com liberdade total dada pela professora responsável de intervir, sempre que julgasse necessário ou que fosse solicitado; filmando e tirando fotografias. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 31 3 NADANDO COM A METODOLOGIA LÚDICA Descrição da aulas com a metodologia lúdica Aula 1 – piscina social Objetivo: Explorar as diversas possibilidades de execução do nado utilitário (que é qualquer forma de deslocamento que o aluno execute para se deslocar, seja em decúbito ventral, dorsal ou lateral sem apoio, ou seja se apoiando apenas no meio líquido). Descrição: • Alongamento ( tradicional), fora da piscina de forma geral, nos músculos principais para o ato natatório. • Aquecimento: pik, escolhido pelos alunos. Eles escolheram o pik cola tradicional, onde há um pegador que ao encostar em um participante deve se manter no mesmo lugar, este só poderá se deslocar após ser descolado por um aluno que não esteja colado. • 1ª atividade: deslocar-se de um borda a outra de formas livres, mas variando as formas de deslocamento. As formas demonstradas por eles basicamente foram as formas rudimentares dos nados crawl, costas, peito e borboleta, também pernadas e braçada laterais. Nesta atividade o professor não dizia como cada aluno devia nadar, apenas que não poderiam repetir a forma anterior que o mesmo tive executado. Observamos que eles olhavam o colega e faziam igual, não ‘revolucionaram’ o ato Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 32 natatório, talvez por não ter o hábito de fazer a aula menos diretiva. • 2ª atividade: semelhante a anterior porém com alguma parte sob ou sobre o tapete. As formas demonstradas foram semelhantes a anterior, porém um pouco mais ‘trabalhada’- se aproximavam mais da técnica, talvez pelo apoio do flutuador os alunos atentavam mais para os detalhes de execução do gesto e se preocupavam menos com sua permanência na superfície/ flutuação. No decorrer da atividade a professora lembrou os alunos que poderiam nadar sob o tapete, ai eles começaram a mergulhar para atravessar o tapete. • 3ª atividade: Desafio: “ quem consegue fazer igual ao amigo! Vamos experimentar? Os alunos na atividades anteriores demonstraram pouca criatividade, executando em 90% das ocasiões as técnicas rudimentares dos nados, (gostaríamos de ressalvar que isto não foi solicitado, nem condenado). Por esta razão para ampliar, diversificar as experiências, destacamos movimentos como: * nadar com o braço encolhido, * nadar com o braço esticado, * com a mão aberta, depois fechada, * nadar com o rosto fora d’água, * sem bater a perna , depois sem bater o braço, * e de lado. Estas formas não foram sugeridas pela professora, o aluno demonstrou e só então a professora desafiou os demais a executar. E após executado perguntávamos o que percebeu naquele nado, se é melhor ou pior que o outro. Quando os alunos nadaram com o braço encolhido um deles disse: professora assim eu não saio do lugar!, o outro disse eu saio mas demoro mais! E a maioria disse ser pior do que como braço esticado. Então pedimos para nadar com ele esticado. Com o braço esticado eles perguntaram se não podia dobrar só um pouquinho, pois era difícil tirar o braço da água sem dobrar. Mas é melhor do que dobrado! Com a variação de mão aberta e fechada eles demonstraram dificuldades de perceber o apoio desta na água apenas um aluno disse que com a mão aberta ‘puxava’ mais água para nadar! Eu perguntei: isto é bom ou ruim? Ele respondeu: acho que é bom! Não é? E então pedi que executasse mais uma vez cada um, ele disse que é melhor com a mão aberta e com o dedo fechado. Ao executar um nado com o rosto fora d’água eles realizaram perna e braço de crawl e disseram que: com o rosto fora d’água a perna afunda! Pedi que realizasse a perna de sapo com o rosto fora da água não notaram grande diferença, o golfinho eles não conseguiram. Ao nadar sem bater a perna a grande maioria teve dificuldade de flutuação, e sem bater os braços todos admitiram ser melhor do que não bater o perna. Com o nado lateral alguns alunos não conseguiram manter-se nesta posição. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 33 Observações: Neste primeiro contato com os alunos observei que eles gostaram de estar livres para vivenciar o processo de ensino, porém mostraram também dificuldade de variar, criar formas de nadar, pois não conseguiam fugir muita das técnicas tradicionais de nados (crawl, costas, borboleta e peito). As atividades visavam explorar a diversidade de formas de nadar, com objetivo de variar sensações/ percepções de apoio na água. Eles adoram o pik, mas cansaram rápido (devido ao número pequeno de alunos). E o objetivo proposto foi atingido. Foto1e 2: Os alunos nadando com tapete flutuante. 2ª aula – piscina social Objetivo: Explorar as diversas possibilidades de execução do nado utilitário. Descrição: • aquecimento: pik mamãe da rua, variando as formas de se locomover. O professor destacou um aluno para ser a mamãe da rua, este ficou no centro da piscina e os demais nos cantos (como se fosse uma calçada) estes alunos deveriam atravessar a piscina (rua) ate o outro lado sem ser pego pela mamãe da rua, estes alunos poderiam atravessar livremente, porém sem repetir a forma com a qual nadou. O aluno pego viraria mamães ou papai de rua. • 1ª atividade: nados cooperativos: em duplas, trios, grupo da quatro e cinco. Os alunos deveriam se agrupar em duplas e nadar, sendo que eles deveriam ter algum contato físico. Depois fazerem trios, em grupo de quatro e de cinco também. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 34 • 2ª atividade: “hora da bagunça!” um tempo livre para os alunos experimentar o que eles tiverem vontade. Neste momento observamos que todos adoraram ter um momento livre, porém a maioria continuava nadando, outros ficavam em apoio invertido (plantavam bananeira) ou brincavam de pik, de passar pelo arco. Observações: O objetivo desta aula foi atingido. Os próprios alunos indicaram as formas de deslocamento durante a aula, para o pik e para os nados cooperativos. Não foi preciso que o professor induzisse os alunos a executar este ou aquele tipo de pernada ou braçada, pois eles estavam motivados com a brincadeira e fluiu naturalmente. E executaram os quatro estilos e alguns diferentes. Na brincadeira de mamãe da rua os alunos se divertiram muito, e esta atividade utilizou um tempo grande da aula , eles não queriam parar a brincadeira, executaram as formas natatórias convencionais, e como não existia mais nenhum tipo de nado conhecido, eles criaram um mais esquisito que o outro, como nadar com as mão entrelaçadas, puxando água para a barriga, nadaram batendo apenas uma perna, fazendo associação de duas ou mais técnica (pernada de crawl e braço de peito, perna de golfinho e braço de peito) e ate a perna direita de crawl e a esquerda de peito ( é claro que não ficou nítido, o aluno disse, quando perguntamos como se chamava o nado: crawl-sapo, uma perna de crawl e aoutra de sapo). Durante toda a aula, Nós a Carol e eu perguntávamos como é nadar assim? É melhor ou pior do que assado? E os alunos relataram suas experiências, e os incentivávamos a encontrar o melhor jeito para ele nadar. Durante os nados cooperativos eles não conseguiram grandes deslocamento, mas gostaram de brincar, começaram tímidos com vergonha de tocar no amigo, mas depois se entregaram a brincadeira. A forma que a maioria apresentou foi: Em duplas - nadando de mão dadas lateralmente; nadar de mão dadas um de frente para o outro; nadar um batendo o braço e outro segurando-o pela perna batendo a perna. Em trios ou mais: - nadando de mão dadas lateralmente; nadando dois na frente de mãos dadas e um atrás segundo uma das pernas dos da frente, sendo que o de trás batia as pernas. Grupo de quatro: - nadando dois na frente batendo os braços e dois atrás segurando as pernas dos da frente. Grupo de cinco: - nadando dois na frente batendo os braços e três atrás segurando as pernas dos da frente e o contrario também. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 35 Foto 3 e 4: ‘Os alunos na hora da bagunça’. 3ª aula – piscina Olímpica Objetivo: Promover a adaptação dos alunos ao fundo, desenvolvendo o equilíbrio vertical (sem apoio dos pés) e horizontal. Descrição: • Aquecimento: Pik cola americano na piscina rasa. O aluno que for colado, deve permanecer no local com as pernas afastadas, par se descolar outro aluno descolado deve passar por entre sua pernas, o pegador não pode colar quem esta descolando, nem sendo descolado ( no momento em que esta sob a perna do amigo). Este pik foi sugerido pelos próprios alunos, que já conheciam a brincadeira, visto que é uma brincadeira folclórica e popular, eles apenas a transferiram para a água. • 1ª atividade: Na piscina olímpica os alunos ficaram livres para explorar o espaço, deslocando-se livremente pela piscina com ou sem macarrão, para que eles sem se sentir pressionados explorassem e se ambientassem ao fundo. Esta atividade durou cerca de 5 minutos aproximadamente. Esta atividade foi proposta para os alunos com o comando de que eles estavam livres para entrar e explorarem livremente a piscina. Alguns alunos pularam imediatamente na piscina com e outros sem flutuadores. Alguns porém hesitaram um pouco ou por medo ou por não saber o que fazer uma vez que estavam acostumados com tarefas específicas a cumprir. Os alunos inseguros tiveram auxílio de materiais e do professor para adquirir a segurança necessária para sua permanência no fundo. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 36 • 2ª atividade: tentar sustentar-se nas diferentes posições com macarrão ou sem. Em seqüência os alunos fora desafiados a se sustentar na água. Não foi exigido uma forma específica, nem a permanência ou ausência de apoio material. Logo que cada aluno apresentava uma forma de sustentação, ele era desafiado a demonstrar outras. As formas que eles demonstraram foram as formas básica sem muitas variações: eles se sustentaram na horizontal, na vertical, lateralmente, com e sem deslocamento e com e sem apoio, apenas um menino (o Thales) inovou ficando na posição grupada, O Thales já estava adaptado ao fundo. Nos solicitamos aos demais alunos que tentassem executar em decúbito ventral e dorsal esta posição, alguns recusaram a fazer por medo de afundar o rosto visto que esta posição causa desequilíbrio. Mas esta atividade foi muito proveitosa. Os alunos com medo avançaram muito. Alguns que nunca tinham ido na olímpica por medo neste dia foi, com uma participação tímida/ retraída mas para eles um avanço. • 3ª atividade: pular da borda e ir nadando até a professora que estava próxima, pegar um macarrão e voltar para a escada. Esta atividade foi realizada através de ‘faz-de-conta’, contamos a eles a história de um naufrágio, onde algumas pessoas estavam ao mar, eles (como heróis) deveriam resgata-las. Observação: Esta aula por ser o primeiro contato com a piscina olímpica para metade dos alunos, foi necessário deixa-lo um pouco livre para saltar e experimentar, com e sem materiais e auxilio do professor. Alguns alunos nadaram sem apoio pela primeira vez após a última atividade. O pik cola foi super proveitoso, pois alguns alunos novatos tinham dificuldades em imergir e quando percebemos estavam descolando ou tentando descolar os colegas, visto que dois alunos imergiam por um tempo pequeno, não suficiente para passar por baixo de um colega. E o objetivo para esta aula foi atingido, uma vez que todos os alunos presente entraram em contato com o meio, adquiriram um certo grau de equilíbrio tanto vertical como horizontal. Foto 5: Aluna executando o nado utilitário, sem apoio; ela nunca havia feito e após a realização da de salvamento, criou coragem para tentar. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 37 4ª aula – piscina social Objetivo: Desenvolver nos alunos consciência respiratória, para reconhecerem a forma e a necessidade de execução do assopro e bloqueio, nas diversas situações aquáticas. Descrição: • 1ª atividade: cabo de guerra ‘soprado’. Os alunos divididos em duplas sopravam um contra o outro, sem poder tocar na bola (os próprios estipularam), quem conseguisse empurrar, fazer a dupla recuar com o sopro, ganhava o jogo. A piscina era de uma profundidade que todos os alunos tinham contato com o fundo, sua única preocupação era a de soprar para vencer. Eles se dedicaram a soprar com o intuito de vencer, durante o jogo demos intervalos para eles descansar e não ficarem tontos e também pedimos que eles tentassem soprar pelo nariz. Eles disseram não ser fácil a brincadeira e se sentiram cansados. • 2ª atividade: Foi proposta para eles deslocarem até a ilha que fica no meio da piscina com a bola, que eles variassem a forma. Eles foram e voltaram várias vezes porem sempre segurando ou empurrando a bola; então começamos a propor lhes desafios: ‘ Quem consegue nadar soprando a bola ate a ilha’? ‘ vamos fazer a mesma coisa soprando com o nariz’? ‘ Quem consegue fazer o maior assopro debaixo d’água? ‘Quem consegue fazer o assopro mais longo na água? ‘ mergulhando, ver quem fica mais tempo em apnéia, ora bloqueando, ora soltando o ar pelo nariz.’ ‘Quem consegue mergulhar abraçado com a bola de ar’? Imediatamente após este comando eles, disseram que não dava, que a bola não afundava. E perguntamos porque? Até que eles chegaram a constatação que era porque estava cheia de ar, e pedimos que fizessem uma relação entre a bola com ar e o pulmão cheio de ar, experimentando a experiência. Sendo os terceiro e quarto exercícios em forma de competição, observamos que os alunos se motivam muito ao competir, e que fazem isto o tempo todo em aula, chegando a não executar corretamente os exercícios, como no caso de soprar (eles empurrava com a mão para chegar primeiro, principalmente o Samuel e o Thales). O 3º item foi medido, pelo números de bolinhas subiram e o 4º pelo maior tempo, também com bolinhas. Alguns alunos não assopravam, bloqueavam e consequentemente flutuavam, e pedimos para eles assoprarem e conseguiram manter-se em baixo d’água. E discutimos o motivo, após ouvi-los explicamos os motivos para tal fenômeno. •3ª atividade: Escorregar no toboágua e imergir na queda. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 38 Observações: A metodologia lúdica na maioria das vezes esta sendo proposta de forma livre, onde os alunos são os agentes do processo porém algumas vezes, como na Segunda atividade o professor precisou intervir para levar os alunos a vivênciar outra experiências, uma vez que os mesmos apresentaram dificuldades em ser criativos, inovadores. O objetivo desta aula, foi atingido totalmente, visto que alguns alunos ao submergir bloqueavama respiração e ao final desta aula começaram a expelir o ar pelo nariz. Foto 6: Alunos executando pernada frontal. Foto 7: Alunos executando pernadas de costas. 5ª aula - piscina Olímpica Objetivo: Promover adaptação ao fundo, melhorando o equilíbrio vertical e horizontal, visando desenvolver nos alunos segurança para que eles realizem saltos da borda da piscina. Descrição: • Aquecimento: Todos alunos com flutuadores nadaram pelas laterais da piscina olímpica, dando a volta nela. Esta atividade foi historiada, estávamos atravessando um rio, e durante o percurso apareciam obstáculos que os faziam mudar/variar o estilo de nado. Apareceu jacaré! (disse a professora) - vamos ficar de costas para eles não nos pegar! (uma das alunas disse) Mais a frente, a professora disse: - o rio esta cheio de piranhas! - vamos bater a perna bem forte para espanta-las! (afirmou um outro aluno) -Olha o tubarão! ( disse a professora) - O que vamos fazer? Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 39 Eles pensaram, e um respondeu: Vamos nos esconder! Vamos virar de costas. -Tem um obstáculo no rio e a passagem está muito estreita! Como vamos conseguir passar? (professora) - Vamos virar e nadar de lados.(aluno). Ao final do percurso nadamos de frente lado e costa. Esta atividade estimulou a posição do corpo apenas, as pernadas e braçadas ficaram a critério dos próprios alunos. Esta atividade demorou pois a piscina é de 50 metros e os alunos a contornaram. Os alunos que terminasse o percurso poderia brincar livremente sob observação até que todos terminasse. • 1ª atividade: historiação do astronauta e com simulação de gravidade 0, onde os alunos sem macarrão tinham de deslizar da borda para dentro da piscina, se manter, ‘flutuar’ e voltar para a borda. Esta atividade foi executada sem material, os alunos com dificuldade foram auxiliado de perto pela professora, no inicio hesitaram um pouco mais aos poucos foram se soltando, conseguindo executar sua viagem pelo espaço. • 2ª atividade: ainda no ‘espaço’, da borda deslizar até a lua para ‘flutuar’ variando de posições. Estas posições não foram especificadas, ele flutuaram de frente, de costa, de lado, grupados, carpados, com piruetas e com e sem movimento, ou seja a maioria com palmateio e alguns boiando. Observações: Alguns alunos mostraram muito receio para executar as atividades sem auxilio de material, porém todos fizeram, estes alunos exploraram um pouco menos as variações de posições o que justificável, porém progrediram muito com as atividades lúdicas, coisa que muitos não conseguiam com a metodologia tradicional, eles mesmo relataram isto na aula. Foto 8: Alunas executando equilíbrio vertical, sem apoio. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 40 4ª Aula - piscina infantil e social: Aula temática: “Visita à floresta” Objetivo: Aula recreativa e de socialização comemorativa de Páscoa e visava desenvolver nos alunos o nado utilitário com ritmo respiratório. Descrição: aquecimento: na piscina infantil todos bateram as pernas segurando na borda (2 minutos) com musica. (dramatização da musica: meus pezinhos, meus pezinhos, vou bater, vou bater ficar fortinho e crescer...) • 1ª atividade: dramatizar/ imitar os bichos da floresta: Sapo, jacaré, boto, baleia (todos escolhidos pelos alunos, o professor perguntava que bicho tem na floresta e eles diziam e imitavam, um por vez). Cada aluno executou da forma que preferiu, sem definição prévia. • 2ª atividade: Pik- jacaré, No pik todos os deveriam deslocar-se como jacaré. Eles adoraram porém alguns alunos para se deslocar mais rápido burlava a única regra de deslocar-se apenas como o jacaré, mais foi interessante pois a forma que eles consideravam jacaré inicialmente era com as mãos apoiadas no fundo da piscina e o corpo na horizontal batendo ou não as pernas, no decorrer da brincadeira esta forma foi se modificando, alguns alunos utilizavam o braço e era repreendido por outros alunos, e estes se defendiam dizendo que o jacaré deles nadava, em fim depois de aproximadamente cinco minuto de atividade a brincadeira se transformou em um caos e como os professores não interviram imediatamente ( visando estimular a tomada de decisões e resolução de problemas) eles mesmo, os alunos decidiram o problema, estipulando de comum acordo, nadar da forma que cada um queria. • 3ª atividade: Na piscina social, todos iriam visitar uma ilha, nadando ou de barco (com macarrão). Esta atividade era para eles interagirem livremente no espaço. • 4ª atividade: Todos deveriam explorar o rio/espaço de forma livre. Com ou sem macarrão, e com estilo que preferissem, porém deveriam contar quantas vezes respiravam, e variar o número de vezes que executavam a respiração. Depois de algumas tentativas, os alunos foram reunidos para cada um dar sua opinião sobre qual forma era melhor para nadar. 90 % achou mais fácil nadar sem respirar – ‘faz menos força professora,(eles elevavam demasiamente a cabeça) e devido a distancia só um aluno conseguia fazer todo o percurso sem respirar e ele se sentia muito cansado no final. Durante a atividade foi solicitado aos alunos que não colocassem os pés no chão para respirar, e que todos deveriam respirar, pois deveriam mudar o número de vezes que executava a respiração. • Encerramento: uma história fantasiosa sobre um coelho que plantou ovos de páscoa, e que os professores estavam distribuindo para eles. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 41 Observações: Esta aula teve a participação de alunos de outras turmas demonstraram muita satisfação com a aula historiada, notamos que não estavam habituados com este tipo de metodologia. Os alunos adoraram esta atividade e interagiram muito, ate os alunos dos outros professores gostaram, e nas aulas seguinte perguntava se não iríamos fazer a aula juntos novamente. 7ª aula - piscina social Objetivo: Desenvolver nado utilitário, melhorando o equilíbrio vertical se apoio e o deslize nos alunos. Descrição: • aquecimento: Ir nadando ate a ilha ( esta é uma parte de concreto, localizada no meio da piscina social) livremente. • 1ª atividade: Com auxilio do macarrão os aluno deveriam ir ate a ilha, porém não podiam apoiar o pé no chão para respirar. • 2ª atividade: Os alunos deveriam deslizar, manter-se suspensos verticalmente sem apoio. Para esta atividade demos prosseguimento a historiação da floresta, com os comandos : - Vamos bater a perna para distrair os jacarés; - vamos observar se tem algum perigo, um bicho, (deslizar da escada em direção ao meio sem apoio, para observar, assim faziam a sustentação sem apoio e voltavam para a escada). • 3ª atividade: Os alunos sobem no barco (macarrão) para passear. Nadar livremente. Esta atividade foi solicitada porque alguns alunos demonstravam dificuldades para se manter equilibrado e motivados para esta atividade. No decorrer desta atividade os começaram a competir entre si, dizendo ‘o meu barco é mais rápido do que o seu’, um dos alunos que não conseguia ser mais rápido do que o seu amigo, disse: ‘mas o meu, é mais maneiro. Não é professora? Como solicitaram nossa intervenção. Alegamos que o nado deste aluno era diferente, pois executava uma pernada ora simultâneo, ora alternada, diferente de uma técnica específica e o aluno mais rápido executava a técnica do crawl. E através da exploração do tema barco eles foram levados a fazer pernada rudimentar dos nados. Observações: Nesta última atividade da aula, os alunos por conta própria, historiaram e dramatizaram, começaram a ter a capacidade de criar ( o que no inicio eles demostraram dificuldades) nós professores apenas embarcamos na viagem/história deles. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 42 8ª aula - piscina Olímpica,Aula temática: “A capa do super-homem”. Objetivo: Promover adaptação dos alunos ao fundo, para possibilitar que os mesmos executem entradas e saltos, demonstrando equilíbrio vertical, horizontal e também variando o equilíbrio com desenvoltura. Descrição: • aquecimento: pik-cola, o pegador com a capa do super-homem tenta pegar os demais alunos, e ao pega-lo tira sua capa para que ele coloque, desta forma fica bem evidente quem é o pegador. Obs: esta atividade pode ser feita com e sem macarrão de acordo com a preferencia do aluno. Eles se entregaram totalmente nesta atividade. • 1ª atividade: os alunos devem deslocar-se e flutuar (deslizar e manter-se sem apoio) em pé, deitado em decúbito ventral e dorsal, com e sem deslocamento, variando as posições. Obs: esta aula apareceram alunos que não estavam indo, dois deles estavam indo pela primeira vez na piscina olímpica, e não queriam soltar o macarrão. Mas com a ‘capa de super-herói’ que dava ‘super-poderes’ ele tentaram e todos conseguiram, e se divertiram. A princípio só faziam atividade com a capa, e como havia apenas uma, tivemos que incentiva-lo a fazer também sem, dizendo que depois que colocavam a capa os poderes eram adquiridos. Eu sinceramente não acreditava que eles acreditariam, e não sabemos se acreditaram, mas embarcaram no faz-de-conta e funcionou muito bem. • 2ª atividade: Pular da borda, com o comando: - ‘vamos treinar nosso vôo’ e ir nadando ate a escada sem flutuadores. Todos os alunos executaram, até mesmo uma aluna que possui a síndrome de Dawl e tinha medo de ir na piscina fundo, e mesmo com o auxílio resistia em permanecer e executar a tarefas neste ambiente e principalmente saltar, foi a primeira vez que ela saltou sem macarrão no fundo. 3ª atividade: A mesma atividade porém do bloco. Observações: Nos os surpreendemos com esta aula, a idéia da capa foi da Carol que ganhou um ovo de páscoa do super-homem. Eles adoraram e a aula foi citada várias vezes como a melhor ou mais divertida pelos alunos na pesquisa. Na atividade dos saltos os saltos que eles executaram foi: em pé, com pirueta, de costas, barrigada, fazendo cambalhota, estrela e de ponta. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 43 Foto 9 (As alunas que tinham medo de pular do bloco se preparando para saltar.) Foto 10: Nossa aluna portadora de necessidades especiais Foto 11: Ela fazendo imersão, com assopro. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 44 9ª aula: - piscina social Objetivo: Desenvolver o nado utilitário e ritmo respiratório. Descrição: • aquecimento: pik-cola americano • 1ª atividade: Os alunos escutaram uma história sobre barcos, e perguntou-se para eles quais eram as partes do barco, eles respondiam e faziam associações com alguma parte de seu próprio corpo. Eles falaram: motor - que para eles correspondiam as batidas de pernas, velas, porém não associaram a nada, remos – eram as mão, chaminé – era o nariz e a fumaça, borbulhas da expiração, pois eles colocavam o rosto na água e realizavam o assopro. Pedimos então para os barcos desatracarem e percorrer o oceano. Um dos alunos começou a dizer que era um transatlântico e que o amigo dele era uma jangadinha, nesta brincadeira o nado tradicional ou mal executado, eles diziam ser jangadinha, e os nados mais diferentes transatlânticos. • 2ª atividade: Nadar com o rosto dentro d’água até a ilha, e ao executar a respiração não poderiam apoiar o pé no chão, variando o número de vezes que executavam a respiração a cada tentativa. Ao final desta atividade conversamos sobre que perceberam, qual a diferença em respirar uma ou mais vezes. Eles relataram que nadando com a cabeça dentro d’água ‘vai mais rápido’ e perceberam que quando fossem nadar não deveriam levantar demais a cabeça e que ela deveria permanecer o mínimo possível fora d’água, e acrescentaram dizendo: ‘quando a cabeça está para a fora a perna afunda’ e não conseguem continuar nadando, e tocavam o chão. Segundo eles ‘não pode respirar nem muito e nem pouco’. Pedi explicação e disseram: é o tempo de soltar o ar pelo nariz dentro d’água. Perguntei como? Pelo nariz, senão entra água, né. Outro aluno disse que era verdade, pois já tinha entrado no dele. E com a cabeça fora d’água, quanto tempo devemos ficar? (perguntei) - Rapidinho’ (Thales). Insisti, rapidinho quanto? Ele respondeu: - só o tempo de abrir a boca e puxar o ar. Então precisa levantar a cabeça? Ele respondeu: não é só virar ela assim. E demonstrou com um pouco de dificuldade mas corretamente. • 3ª atividade: Pedimos para eles inventarem um jeito novo (próprio) de nadar para batizar seu transatlântico. Ou seja não poderia nadar um dos quatro estilos, pois na maioria das vezes que solicitamos para eles nadarem e variar as formas eles executam as formas tradicionais de nados, mesclando pernada de um com a braçada de outro • 4ª atividade: Todos os alunos foram brincar no o tobo-água. Uma das alunas demonstrou ter medo e disse nunca tinha ido ao toboágua,, então criamos o ‘mergulho do tobo’. Uma coisa que inventamos na hora, mas que Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 45 funcionou com esta aluna. Observações: A atividade de ir ao toboágua foi como lazer por que eles também cobram ir no toboágua e porque também uma aluna disse ter receio, e a atividade foi proposta para que ela se encorajasse e fosse ate lá, toda vez que eles iam no toboágua como parte livre, ou seja ia quem queria ela não ia, fazendo parte da aula, ou sendo uma da atividade da mesma ela foi. 10ª aula - piscina social e olímpica Objetivo: Promover adaptação ao fundo, visando o desenvolvimento de ritmo respiratório. Descrição: • aquecimento: Aconteceu na piscina social onde todos os alunos conseguem ficar de pé um pik, esta atividade foi uma solicitação dos alunos, que atendemos por não comprometer os objetivos da aula, visto que todos os jogos possui uma função e este além de aquecer com motivação e também desenvolve equilíbrio vertical e horizontal também, uma vez que todos os alunos para se deslocar rapidamente nadam e correm . • 1ª atividade: polo-aquático - O jogo foi adaptado para que todos pudessem participar. A atividade foi proposta como um futebol aquático e as regras elaboradas e reelaboradas a medida que preciso pelos próprios alunos. Todos participaram, porém alguns mais que outro, o que é natural dentro da características de cada alunos, estes alunos que são mais tímidos e menos participativos foram estimulados/ incentivados pelos professores a participarem mais ativamente, mas sem pressionai-los. • 2ª atividade: saltar da borda com ou sem macarrão para atravessar a piscina, os alunos que demonstraram receio fizeram a atividade com o auxilio da professora, e para não ficar esperando parado, ficou liberado a utilização de flutuadores até que pudesse executar com a professora. • 3ª atividade: pic- parede – um pic que o pegador não pode pegar quem estava na parede. Esta atividade foi desenvolvida necessariamente sem auxílio de flutuadores. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 46 Observações: O objetivo deste pik no final da aula, era que, sem o macarrão os alunos desencostasse da parede e fizessem o equilíbrio vertical para desafiar o pegador e também deslocar-se. Foto 12: Os alunos jogando, o pik-parede. Easy PDF Creator is professional software to create PDF. If you wish to remove this line, buy it now. http://www.pdfdesk.com 47 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa utilizou-se do elemento lúdico como instrumento didático- metodológico para o ensino da natação, desta forma, atividades como jogos, desafios, dramatizações e historiações, estavam sempre presentes e esta turma respondeu muito bem a elas, em todas as atividades, seja na
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