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resumo de direito administrativo

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Questionário de administrativo 2
1) Diferencie administração publica direta da indireta:
APD: desempenha atividade centralizada, ou seja, executa suas
tarefas diretamente por intermédio dos órgãos e agentes (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).
API: desempenha atividade descentralizada, ou seja, o Estado
delega a atividade a outras entidades.
A delegação pode ser feita por contrato ou ato administrativo
(particulares em colaboração – concessionaria e permissionárias) ou
por lei (API – as entidades)
OBS: a organização interna dos entes públicos é de iniciativa do
chefe do executivo e realizado por lei (art. 61, II, “a”, “e”, CF). Quando
da organização cria-se as entidades ocorre à descentralização,
porém quando cria-se órgãos ocorre a desconcentração.
2) Qual a diferença entre governo e administração?
O governo é o cérebro e a administração o braço, ou seja, o governo
planeja o que deve ser feito e a administração executa o planejado
(ato de governo x ato administrativo).
3) Quando ocorre o início da personalidade jurídica?
Em pessoa jurídica de direito publico o inicio ocorre na vigência da lei
criadora. Já em pessoa jurídica de direito privado, o inicio ocorre com
a inscrição no registro próprio de seus contratos, atos constitutivos ou
estatutos.
4) Quais os princípios da administração pública?
 Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência (art. 37, CF);
 Reserva Legal (art. 37, XIX e XX, CF): somente por lei
específica é que pode ser criadas autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedade de economia mista e
também depende de autorização legislativa para a criação de
subsidiarias destas entidades);
 Especialidade: é a obrigatoriedade de estar consignada em lei
a atividade que será exercida por pessoa jurídica.
5) Quais os princípios fundamentais do decreto 200/67?
Planejamento (art. 7º); Coordenação (art. 8º e 9º);
Descentralização (art. 10); Delegação de competência (art. 11
e 12); Controle (art. 13 e 14).
O controle pode ser:
 Politico;
 Institucional: é a busca que a entidade deve ter para alcançar
os fins para que foi criada;
 Administrativo: fiscalização dos agentes e das rotinas
administrativas;
 Financeiro: fiscalização dos setores financeiros e contábeis;
 Interno e externo: o controle interno é a subordinação e o
externo é a vinculação;
 Controle realizado pelo poder legislativo: tribunal de contas.
6) Quais as características das autarquias e fundação pública?
Autarquias: pessoas jurídicas de direito publico, criada por lei
especifica, possui autonomia administrativa, econômica e financeira,
desempenha atividade típica do Estado (só o ente e a autarquia
podem prestar). Não visam lucro.
Fundação Publica: desempenha atividade atípica do Estado (o ente
ou qualquer outra pessoa podem prestar), não visam lucro. Detém
personalidade publica de direto publico (Código Civil 2002) ou
privado (1987).
7) Quais as semelhanças entre EP e SEM?
 Personalidade jurídica de direito privado;
 Dependem de autorização legislativa para sua instituição;
 Deverão adotar o regime da CLT;
 Promoverão concurso publico;
 Patrimônio próprio que pode ser publico (EP) ou misto (SEM);
 Não gozam de privilégios estatais
 Sujeitam-se as regras da lei 8666/93;
 Objetivam a prestação de serviço publico ou a exploração
de atividade econômica
 Ambas visam lucro.
8) Quais as diferenças entre EP e SEM?
Empresa Publica Sociedade de Economia Mista
Forma Qualquer forma societária Somente S.A
Capital Exclusivamente publico
(100% publico)
Misto (público 50% + 1 ação e
privado)
9) O que é serviço público e quais suas características?
É toda atividade prestada pelo Estado ou por seus delegados,
basicamente sob o regime de direito público, com objetivo de
satisfazer as necessidades essenciais e secundárias da coletividade.
 São criados e regulamentados pelo poder público a quem
incumbe fiscalização;
 Visam o interesse da coletividade;
 Estão submetidos ao regime de direito público, porém, com
relação aos particulares em colaboração incidem algumas
regras de direito privado, mas não integralmente.
10) Como os serviços públicos se classificam?
 Próprios/Indelegáveis: são aqueles que só podem ser
prestados pela administração pública direta, ou seja, o Estado.
 Impróprios/Delegáveis: são aqueles que podem ser
executados pelo Estado ou por particulares em colaboração.
 Serviços de utilidade pública: são aqueles que se destinam
diretamente aos indivíduos. Ex: telefonia, gás, etc.
 Serviços gerais ou coletivos (uti universi): é o serviço em que
não há um usuário determinado, atendendo a toda a
coletividade;
 Serviços individuais ou singulares (uti singuli): são aqueles em
que existem a possibilidade de se individualizar o usuário,
mediante remuneração. Ex: energia elétrica dentro da casa.
11) Quais os princípios relativos a serviços públicos (art. 6º, §1º da lei
8987/95)?
Generalidade, modicidade das tarifas, eficiência, continuidade,
atualidade, cortesia, segurança, regularidade.
12) O que é Licitação?
É o procedimento pelo qual o ente público seleciona a proposta de
contratação mais vantajosa (preço e qualidade), dentre as que forem
oferecidas pelos interessados. É o procedimento anterior ao próprio
contrato.
Consequência da licitação: elaboração do contrato.
13) Quando é obrigatória a licitação?
Nas obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienação,
concessões, permissões e locações da administração quando
contratadas com terceiros.
14) Quais as exceções quanto à licitação?
 Licitação dispensada (art. 17, § 2º e 4º da lei 8666/93): são as
declaradas em lei. O rol é taxativo;
 Licitação dispensável (art. 24 lei 8666/93): fica a critério da
administração;
 Licitação inexigível (art.25 lei 8666/93): quando não há
possibilidade de competição.
15) Quais são as modalidades de licitações (art. 22 lei 8666/93)?
 Concorrência: destinada a transação de maior valor. Há mais
exigências.
 Tomada de preço: destinada a transação de valor médio;
 Convite: destinada a transação de valor mais baixo;
 Concurso
 Leilão
16) Diferencie concessão (art. 2º, II, lei 8987/95) e permissão de serviço
público (art. 40 da lei 8987/95)?
Ambas é a atuação descentralizada da prestação de serviço público.
Licitação Contrato P. física P. jurídica Consórcio de
empresa privada
Concessão Concorrência x x x
Permissão x x x
Consórcio são empresas privadas que se juntaram para fazer
licitação.
OBS: a permissão será formalizada mediante contrato de adesão,
deve observar os termos inclusive quanto a precariedade e a
revogabilidade.
17) Qual a diferença do edital da lei 8666/93 para a lei 10520/02?
Na lei 8666/93 haverá um envelope com documento e primeiro
haverá a habilitação do documento e depois o julgamento da
proposta. Na lei 10520/02 haverá um envelope com a proposta e
primeiro haverá o julgamento da proposta e depois a habilitação do
documento.
OBS: O art. 18-A da lei 8987/95 prevê a inversão da ordem das fases
de habilitação e julgamento, desde que previsto no edital.
OBS2: art. 31, § 2º lei 8666/93 - exigência de garantia como
requisito de habilitação, porém na lei 10520/02 não pode-se exigir a
garantia como requisito de participação.
18) O que é consórcio público (lei 11.107/05)?
É a junção de entes públicos para resolver questões de interesse
comum.
19) Qual o requisito para que a União participe do consórcio público?
A União somente participará do consórcio em que façam parte
também os Estados cujo território esteja situado os municípios
consorciados (art. 1º, § 2º da lei 11.107/05).
20) Como poderá ser constituído o consórcio público?
Poderá ser constituído por associação pública ou pessoa jurídica de
direito privado, porém com relação a esta o consórcio observará as
normas de direto público no que concerne à realização de licitação
(art.1º, § 2º e art. 6º, § 2º lei 11.107/05).
21) Quais as etapas de criação do consórcio público?
1º) subscrição do protocolo de intenções (art. 3º lei 11.107/05) ;
2º) publicaçãodo protocolo de intenções na imprensa oficial (art. 4º,
§ 5º, lei 11.107/05);
3º) promulgação de lei por cada um dos entes integrantes ratificando
o protocolo, salvo se existir lei previa autorizando a subscrição (art.
5º e § 4º, lei 11.107/05);
4º) celebração do correspondente contrato.
22) O que é contrato de rateio?
É o instrumento pelo qual os entes consorciados assumem o
compromisso de transferir recursos financeiros ao consórcio, para
que este possa atingir os objetivos estabelecidos no ato da criação,
podendo ser excluído do consorcio o ente que não consignar as
dotações suficientes para suportar as despesas assumidas (art. 8º e
§ 5º, da lei 11.107/05).
23) O que é parceria pública privada e quais suas modalidades (lei
11.079/04)?
É o contrato administrativo de concessão que pode ser nas seguintes
modalidades:
a) Concessão patrocinada (art. 2º, § 1º lei 11.079/04): é a concessão
de serviço público ou de obras públicas, quando envolver
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado;
b) Concessão administrativa (art. 2º,§ 2º lei 11.079/04): contrato de
prestação de serviço de que a administração é usuária direta ou
indiretamente.
24) Como será procedida a contratação?
Mediante licitação na modalidade concorrência (art. 10 lei 11.079/04).
25) Quais são as teorias de responsabilidade civil do Estado?
 Teoria da irresponsabilidade: os danos provenientes do
Monarca não acarretavam em reparação, pois ele era
representante de Deus na terra, logo não cometia erro. Essa
teoria se estendia aos seus funcionários.
 Teoria da responsabilidade com culpa: o Estado passa a ser
responsável pelos danos decorrentes das atividades de seus
agentes, porem essa responsabilidade se resume apenas aos
atos de gestão.
 Teoria da culpa administrativa: nesse caso, a vítima não
precisa apontar o agente causador do dano, basta apenas
comprovar o mau funcionamento do serviço público.
 Teoria da responsabilidade subjetiva: tem como pressupostos:
a) Existência de um dano efetivo;
b) Nexo de causalidade entre a conduta e o dano;
c) Existência de elemento subjetivo (dolo ou culpa).
 Teoria da responsabilidade objetiva: o prestador de serviço
responde objetivamente pelos danos causados por seus
agentes a terceiros (art. 37,§ 6º CF), sendo apenas necessária
a existência do nexo entre a conduta administrativa e o dano
sofrido.
Essa teoria é regida pelos princípios da equidade e
solidariedade social
26) Quais são as relações de responsabilidade?
 Poder público e seus delegados na prestação do serviço x
vítima do dano: responsabilidade objetiva;
 Responsabilidade do Estado por atos das entidades da API e
concessionária: responsabilidade subsidiária, ou seja, primeiro
responde o patrimônio dos delegados para depois responder a
do Estado;
OBS: se a relação for de consumo a responsabilidade é
solidaria, conforme estabelecido no CDC.
 Responsabilidade da concessionaria e permissionária x vítima:
se a atividade for vinculada a prestação de serviço público a
responsabilidade é objetiva, se for de outra atividade
responsabilidade de direito privado.
 Responsabilidade de contrato de obra pública: se for pelo fato
da obra, somente responde a administração pública;
 Responsabilidade das pessoas jurídicas que mantem contrato
de prestação de serviço público: responsabilidade objetiva e a
administração pública solidária, caso se comprove negligencia
na fiscalização do contrato ou na escolha do contrato a
responsabilidade da adm. Pública e da pessoa jurídica será
solidaria.
27) Qual a responsabilidade civil das empresas públicas e sociedade de
economia mista?
a) Na prestação de serviço público: solidaria (art. 37, § 6º CF);
b) Na realização de atividade econômica: responsabilidade jurídica
de direito privado;
c) Agente causador do dano x adm. Publica: responsabilidade
subsidiaria, depende de comprovação de dolo ou culpa do agente.
OBS: A responsabilidade do Estado/prestador de serviço (APD +
API+particular em colaboração (concessionária e permissionária))
com a vítima é objetiva, já a do Estado/prestador de serviço com
o agente é subjetiva, precisa identificar o agente.
28) Quais as teorias existentes na teoria objetiva?
 Teoria objetiva do risco integral: haverá a indenização de todo
e qualquer dano, mesmo que a vitima tenha dado causa.
 Teoria objetiva do risco administrativo: haverá indenização
apenas se houver o nexo de causalidade, não necessitando
de comprovação de dolo ou culpa. É a adotada no Brasil.
29) Quais as excludentes admitidas na teoria objetiva do risco
administrativo?
1º) participação da vitima: se a vitima concorreu o Estado indeniza
proporcional a sua participação, porém se a vitima é a causadora do
dano não haverá indenização.
2º) conduta de terceiro estranho a relação: haverá isenção do Estado;
3º) Em caso fortuito ou força maior: eventos futuros imprevisíveis
pelas partes que podem ser decorrente da ação do homem ou da
natureza
OBS: se a conduta é omissiva os tribunais estão entendendo que a
responsabilidade é subjetiva.
30) O que é o direito de regresso?
É a possibilidade que o prestador de serviço tem de buscar o
ressarcimento dos valores pagos a vítima a titulo de indenização.
Possui caráter subjetivo, devendo ser comprovado o dolo ou a culpa
(art. 37, § 6º CF; art. 43, CC; art. 12, CDC, art. 122, § 2º lei 8112/90).
31) Como esse direito poderá ser exercido?
 Administrativamente: instaura-se um processo administrativo
para apurar quem foi o agente causador, sendo proibido o
desconto em folha sem a anuência do mesmo.
 Judicialmente: por acordo ou determinação judicial.
a) Se a pessoa jurídica for a União, empresas públicas ou
entidades autárquicas o foro competente é a justiça federal,
os demais será a justiça estadual.
b) Por uma economia processual o STJ entendeu que pode
haver denunciação a lide, na ação de indenização movida
contra o Estado, para que o mesmo possa exercer o direito
de regresso contra o agente causador.
32) Qual o prazo prescricional para o ajuizamento da ação de reparação
do dano?
Será de 5 anos se a ré for entidade federativa, autarquia ou fundação
direito público. Caso contrario o prazo será de 3 anos, conforme
previsto no art. 206, § 3º, V, CC.
33) Qual o prazo prescricional para o Estado exercer o seu direito de
regresso?
Não há prazo prescricional para cobrar do agente o ressarcimento
caso o mesmo esteja no exercício da função pública mediante ato
formal conferido pelo Estado. Porém se for terceiro sem vinculo com
o Estado, aplica-se o prazo de 3 anos do CC.
34) Cabe indenização na pratica de atos legislativos e jurisdicionais?
Tanto os atos legislativos quando os jurisdicionais ( são aqueles atos
decorrentes da prestação jurisdicional do Estado), em regra não
geram responsabilização do Estado.
EXCEÇÕES: reedição de lei declarada inconstitucional pelo STF e
erro judicial (art. 5º, LXXV da CF e art. 630 CPP).
35) Quais as espécies de servidores públicos?
 Servidores estatutários: são aqueles cuja relação jurídica de
trabalho é disciplinada pelo estatuto, no qual é estabelecido
por lei e cada ente público criará o seu.
 Empregados públicos: são aqueles cuja relação jurídica de
trabalho é disciplinada pela CLT, embora tenham sido
aprovados em concurso público.
 Servidores temporários (há um contrato): são aqueles
contratados por tempo determinado para atender a
necessidade temporária e excepcional interesse público (art.
37, IX, CF). Exercem função, mas não estão vinculados a
cargo ou emprego público.
 Servidores públicos militares: os policiais militares e corpo de
bombeiro são servidores militares dos Estados, DF e dos
territórios, já os militares das forças armadas estão vinculado a
União.
OBS: Os servidores públicos constituem subespécies dos
agentes públicos administrativos.
36) Como são classificados os particulares em colaboração?
 Agentes delegados: são os particulares que desempenham a
função por sua conta e risco. Existe um contrato. Ex:
concessionariae permissionária;
 Agentes credenciados: são os particulares que foram
incumbidos pela administração para representa-la em
determinado ato ou praticar atividade específica. Não existe
contrato. Ex: leiloeiro, tabelião, tradutor, perito judicial.
 Agentes honoríficos: não são funcionários, porém são
convocados para executar determinado serviço por um lapso
temporal, com ou sem remuneração. Ex: estagiário, mesário,
jurados do tribunal do júri.
 Particular como gestores de negócio: são aqueles que
assumem determinada função pública em momento de
emergência, tais como, epidemia, incêndio, enchente, etc;
 Empregados de empresas que firmam contrato de prestação
de serviço com a adm. Pública: Ex: equipe de limpeza da
justiça federal.
37) Quais as formas de provimento?
 Originário: vincula inicialmente o servidor ao cargo, emprego
ou função, que poder ser a nomeação como a contratação,
dependerá do regime jurídico adotado.
 Derivado: depende de um vinculo anterior do servidor com a
administração. Ex: o policial expulso da corporação que
retorna após ajuizamento de ação.
 Efetivo: se reveste de caráter de permanência, consequência
da aprovação em concurso público.
 Vitalício: oferecem a maior garantia de permanência a seus
ocupantes. Só podem perder seu cargo mediante processo
judicial. Ex: magistrados (art. 95, I, CF), membros do MP (art.
128, § 5º, I, a, CF), ministros do tribunal de contas (art. 73, §
3º CF).
 Comissão: não dependem de aprovação de concurso público,
são aqueles cargos declarados por lei de livre nomeação e
exoneração.
38) O que é classe, carreira, quadro e lotação?
 Classe: conjunto de cargos com a mesma denominação,
atribuições e remuneração;
 Carreira: conjunto de classes da mesma profissão ou atividade,
escalonados segundo a hierarquia do serviço;
 Quadro: conjunto de carreiras, cargos isolados e funções
gratificantes de um mesmo serviço, órgão ou poder;
 Lotação: é o nº de servidores que devem ter exercício em
cada repartição pública
39) Disserte sobre as normas constitucionais do art. 37, CF:
 É necessário a aprovação prévia em concurso público de
provas ou provas e títulos, como regra de investidura em
cargos ou empregos públicos (art.37, II, CF).
 O concurso tem validade de até 2 anos, podendo ser
prorrogado por igual período (art. 37, III, CF).
OBS: a não observância destes dois incisos
supramencionados importará na nulidade do ato e a punição
da autoridade responsável.
 O cargo público pode ser ocupado tanto por brasileiro quanto
estrangeiros (art. 37, I, CF), entretanto, há cargos que
somente podem ser ocupados por brasileiros natos, como por
exemplo: presidente e vice presidente da republica, presidente
da câmara dos deputados, do senado federal, ministro do STF,
etc (art. 12, § 3º, CF).
 Há um percentual de cargos e empregos públicos reservados
aos portadores de deficiência (art. 37, VIII, CF).
 Poderá haver contratação temporária para atender as
necessidades temporárias e excepcional da administração (art.
37, IX, CF – ler também artigos 2º, 4º, 9º e 12 da lei 8745/93).
40) Diferencie remuneração de subsídio:
Remuneração é o montante percebido pelo servidor público a titulo
de vencimento e de vantagens pecuniárias permanentes. Já subsídio
é pago em parcela única, sendo vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, premio, ou outra espécie
remuneratória (art. 39, § 4º CF).
OBS: os agentes que devem receber por subsidio são: Chefes do
executivo, membros do judiciário (juízes, desembargadores e
ministros), membros de mandato eletivo (senador, deputados e
vereadores), membros do MP, do tribunal de contas, da advocacia-
geral da união, etc
41) Disserte sobre as peculiaridades relacionadas à remuneração e
subsídio:
 A remuneração dos servidores e o subsidio do art. 39, § 4º,
somente podem ser fixados ou alterados por lei especifica (art.
37, X, CF)
 A remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
empregos e funções públicas, percebidos cumulativamente ou
não, não podem exceder ao subsidio mensal daquele que é
paradigma para o seu subsidio. (art.37, XI, CF). EX: dentro do
município nenhum servidor pode ganhar mais do que o
prefeito.
 Os vencimentos dos cargos do poder legislativo e judiciário
não poderão ser superiores aos pagos pelo poder executivo
(art. 37, XII, CF)
 O subsidio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
empregos públicos são irredutíveis, ressalvados o disposto no
art. 37, XI e XIV, CF. EX: o prefeito ganha R$ 20,000,00 e o
servidor R$ 32,000,00, haverá um redução de R$ 12,000,00
de seu salario, pois este não pode ganhar mais do que o
prefeito.
 É vedada a acumulação remuneratória de cargos, funções e
empregos públicos, exceto quando houver compatibilidade de
horário e observado o disposto quanto a remuneração e
subsidio do agente (art. 37, XVI, CF)
 É vedada a percepção simultânea de proventos de
aposentadoria com a remuneração de cargo, emprego ou
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis. (art.37, §
10, CF). Só se pode acumular na inatividade aquilo que se
pode acumular na atividade.
42) Quais os direitos sociais assegurados aos servidores públicos (art.
39, § 3º CF)?
Salário mínimo, duração de trabalho não superior a 8 horas diárias e
44 semanais, repouso semanal remunerado, férias anuais
remuneradas, licença maternidade e paternidade, etc. entretanto não
são todos os direitos que lhe são assegurados, como por exemplo,
FGTS.
43) O que é o Regime jurídico único?
Em 1988 estados, municípios e a união adotaram o regime
estatutário. Porem em 1998, com a EC 19 acaba o RJU e vem a
possibilidade de dois regimes: um estatutário e outro celetista.
Contudo, a ADIN 2135-4/2007 suspendeu a redação do art. 39, CF
retornando ao RJU. Como a liminar ainda não foi julgada e caso o
voto final seja acompanhar a liminar, ou seja, manter o RJU, os
contratos celetistas realizados entre 1998 e 2007 continuarão
valendo, com efeitos EX NUNC.
44) Quais são os regimes previdenciários dos agentes públicos?
 Regime geral da previdência social: abrange 3 categorias de
servidores:
a) Servidores trabalhistas;
b) Servidores estatutários ocupantes apenas de cargo em
comissão;
c) Servidores temporário (art. 37, IX CF)
 Regime previdenciário especial dos servidores públicos
efetivos (art. 40, caput, CF). Os magistrados, membros do MP
e ministros do tribunal de contas, passaram a enquadra-se nas
regras do regime previdenciário especial (art. 40 CF).
A contribuição é solidária, sendo assim, a pessoa já beneficia
pelo regime continua tendo a obrigação de pagar a
contribuição previdenciária. A lei 10887/04 fixou em 11% a
contribuição dos aposentados e pensionistas de qualquer dos
poderes da união , incluídas suas autarquias e fundações.
OBS: a entidade pública não pode adotar mais de um regime
previdenciário especial (próprio) para os servidores ocupantes de
cargos efetivos, como também adotar mais de uma unidade gestora
(art. 40, § 20 CF).
45) Quais são as espécies de aposentadoria?
 Por invalidez: em caso de invalidez permanente, sendo com
proventos proporcionais, EXCETO em casos de acidente em
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
incurável (art.40, § 1º, I CF);
 Compulsória: ocorre quando o servidor completa 70 anos de
idade e normalmente não tem tempo de contribuição, sendo
assim, será com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição (art. 40, § 1º, II, CF).
 Voluntária: desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de
efetivo exercício no serviço público, cinco anos no cargo
efetivo em que se dará a aposentadoria, observada as
seguintes condições (art.40, § 1º, III, CF):
a) Proventos integrais: HOMEM tem que ter 60 anos de idade
e 35 de contribuição. MULHER tem que ter 55 anos de
idade e 30 de contribuição.
b) Proventos proporcionais: HOMEM tem que ter 65 anos de
idade. MULHER 60 anos de idade.
Com relação aos professores do ensino fundamental e médio,
os requisitos para a aposentadoria voluntária com proventos
integrais são: HOMEM ter 55 anos de idadee 30 de
contribuição. MULHER ter 50 anos de idade e 25 de
contribuição (art. 40, § 5º CF).
OBS: é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à
conta do regime previsto no art. 40 CF, ressalvadas as
aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis (art. 40, §
6º CF).
OBS2: os proventos de aposentadorias não pode exceder a
remuneração do respectivo servidor, uma pessoa não pode
receber na inatividade mais do que recebia na atividade (art.
40, § 2º CF).
OBS3: é vedada a contagem de tempo fictício (EC 20). Até
1998 os funcionários que não gozava das férias e licenças
poderia averbar com a finalidade de aposentadoria, esse
tempo seria contado em dobro. Entretanto, hoje em dia
somente poderá averbar as férias e licenças anteriores a 1998
que não foram gozadas, justamente por ser anterior a EC 20.
46) Quais são os servidores que gozam de aposentadoria especial?
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados a
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo art. 40 CF, com
EXCEÇÃO, dos portadores de deficiência, quem exerce atividade de
risco, cuja atividades sejam exercidas sob condições prejudiciais a
saúde ou a integridade física (art. 40, § 4º).
47)O que é previdência complementar?
Quando o servidor deseja receber proventos e pensões com o
mesmo valor, ou valor aproximado ao do serviço ativo, terá que
integrar ao regime de previdência complementar e, evidentemente
pagar a contribuição (art. 40 § 14 CF). Ou seja, o servidor só recebe
pelo regime próprio até o teto do INSS ( que é + ou - R$ 4,000,00), o
restante é recebido pela previdência complementar caso o mesmo
tenha aderido.
Será instituído por lei de iniciativa do respectivo poder executivo (art.
40 § 15 CF).
OBS: o regime de previdência complementar destinados aos
trabalhadores de iniciativa privada em geral, está disciplinada no art.
202, CF.
EX: o servidor de cargo efetivo recebe R$ 20,000,00, sendo assim,
receberá pelo seu regime próprio (regime previdenciário especial) o
valor de R$ 4,000,00 e os R$ 16,000,00 restante pela previdência
complementar, se tiver contribuído.
48) O que é o abono de permanência?
É quando o servidor após preenchidos os requisitos da
aposentadoria voluntaria opte por permanecer em atividade, fará jus
a um abono equivalente aos valor de sua contribuição previdenciária
até completar as exigências para a aposentadoria compulsória (art.40,
§ 19 CF).
OBS: o art. 38, CF é a possibilidade do servidor ausentar-se para
exercer mandato eletivo.
49) O que é o estagio probatório?
O servidor após ser aprovado em concurso público, ser investido
(nomeação + posse) e entrar em exercício, durante um período de 3
anos será avaliado quanto a sua aptidão e capacidade para
desempenho do cargo, visando buscar a estabilidade no cargo.
Sendo assim, somente após esse período (de 3 anos de efetivo
exercício) é que o servidor empossado em cargo de provimento
efetivo adquire a estabilidade. (art. 41CF c/c art. 20 e 21 lei 8112/90).
OBS: o STF definiu que o funcionário em estagio probatório não pode
ser exonerado sem inquérito ou as formalidades legais para a
apuração de sua capacidade.
50) Quando é que um servidor estável poderá perder seu cargo?
Em virtude de sentença judicial transitada em julgado, mediante
processo administrativo, mediante procedimento de avaliação
periódica de desempenho (quando o servidor não é aprovado no
estágio probatório – art. 20, § 2º da lei 8112/90).
51) Diferencie estabilidade de efetividade:
Este é uma situação jurídica que o servidor tem por ocupar um cargo
efetivo. Aquele é a garantia constitucional do servidor público
estatutário de permanecer no serviço público.
52) Diferencie demissão de exoneração:
Este é a dispensa do servidor por interesse deste ou da
administração. EX: quando o servidor, ocupante de cargo efetivo, não
passa no estágio probatório; em caso de cargo comissionário ou
função gratificante. Aquele é um ato de caráter punitivo, representa
uma penalidade aplicada ao servidor (art. 127 lei 8112/90).
53) Quais as formas de provimento do cargo público, segundo art. 8ª da
lei 8112/90?
 Nomeação: é ato administrativo que materializa o provimento
originário. Em se tratando de cargo vitalício ou efetivo, a
nomeação será precedida mediante prévia aprovação em
concurso público. Já em cargo em comissão é dispensável o
concurso;
OBS: ao ser aprovado em concurso o servidor será nomeado
e após o prazo de 30 dias, contados da publicação do ato de
provimento, é que o mesmo toma a posse. No ato da posse
deverá apresentar a declaração de bens e valores que
constitui o seu patrimônio. Após o termo de posse o servidor
terá até 15 dias para entrar em exercício. (art. 13, §§ 1º e 5º
c/c art. 15, § 1º da lei 8112/90)
 Promoção: passagem para um cargo de classe mais elevada.
 Readaptação (art.24 lei 8112/90): é a investidura do servidor
em cargo compatível com as limitações que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental.
 Reversão (art.25 lei 8112/90): é o retorno à atividade do
servidor aposentado. Ex: quando cessa a causa que gerou a
aposentadoria por invalidez.
 Reintegração (art. 28 lei 8112/90 c/c art. 41, § 2º CF): quando
o servidor retorna a sua atividade (é reinvestido ao cargo
anterior), em virtude de a sua demissão ter sido invalidade por
decisão judicial ou administrativa judicial (efeito EX TUNC).
 Recondução (art. 29 da lei 8112/90): é o retorno do servidor
estável ao cargo anteriormente ocupado, nas hipóteses de
inabilitação ou desistência em estagio probatório relativo a
outro cargo. Há a necessidade de se pedir uma licença sem
vencimento.
54) O que é vacância?
É quando o cargo está vago, ou seja, não há agente investido. (art.
33 lei 8112/90).
55) Quais os fundamentos da intervenção do Estado na propriedade?
Supremacia do interesse público sobre o particular e função social da
propriedade, pois muitas vezes o Estado deve intervir na propriedade
privada (restringindo seu uso, impondo dever ao proprietário ou
transferindo o bem para o seu domínio) por razão de interesse
público.
56) Quais são as formas de intervenção do Estado na propriedade?
 Desapropriação: é a mais severa, pois o proprietário perde o
bem. O poder público fundado em necessidade pública,
utilidade pública ou interesse social, retira o bem do
proprietário, mediante indenização (art. 5º, XXIV e 184 CF).
A desapropriação pode ocorrer quando a propriedade não está
cumprindo com sua função social ou quando ocorrer interesse
da sociedade.
 Tombamento;
 Ocupação temporária;
 Limitação administrativa;
 Servidão administrativa;
 Requisição administrativa.
Essas formas interventivas decorrem do poder de polícia.
57) O que é expropriação?
É a desapropriação que não gera direito a indenização, tendo em
vista o cultivo de plantas psicotrópicas (aquelas com efeitos
entorpecentes que são utilizadas para fins medicinais – previstas no
rol da ANVISA) sem a autorização do ministério da saúde.
OBS: os requisitos constitucionais para a indenização são:
desapropriação justa e prévia; necessidade pública (precisa de
qualquer maneira), utilidade pública, interesse social (pessoas menos
favorecidas – REFORMA AGRARIA E CONSTRUÇÃO DE CASAS
POPULARES).
OBS2: a lei 4132/62 trata da desapropriação por interesse social que
não seja a reforma agrária. A lei 8629/93 trata da desapropriação por
interesse social relativo a reforma agrária. E o decreto lei 3365/41
trata da desapropriação por utilidade ou necessidade pública.
58) Qual o objeto da desapropriação?
Em regra todos os bens podem ser desapropriados, inclusive o
espaço aéreo e o subsolo (art. 2º, § 1º decreto lei 3365/41). Os bens
públicos podem ser desapropriados mediante autorização legislativa,
desde que observada a “hierarquia constitucional”, ou seja, a União
pode desapropriar bens dos Estados, Municípios e DF, porém o
Município não pode desapropriar os bens da União ou dos Estados.
A união não desapropria seus bens, pois não pode desapropriar o
que já lhe pertence, o mesmo ocorre com Estados e Municípios.
OBS: o poder legislativopode dar inicio a desapropriação, mas o
executivo é quem dará prosseguimento (art.8º decreto 3365). O
judiciário não poderá desapropriar um bem, por trata-se de mérito
administrativo (conveniência e oportunidade).
59) Quem tem competência para realizar a desapropriação?
 Em se tratando de utilidade e/ou necessidade pública (decreto
3365/41) e interesse social que não reforma agraria (lei
4132/62), todos tem competência para realizar a
desapropriação.
 Em se tratando de reforma agrária (lei 8629/93) somente a
união tem competência.
 Em se tratando do estatuto da cidade, somente o Município
tem competência.
OBS: após a declaração de utilidade pública feita através de um
decreto pelo presidente, governador, prefeito, a autoridade
administrativa fica autorizada a penetrar no bem (art.7º decreto 3365).
60) O que deve conter na petição inicial de desapropriação?
A oferta do preço, o decreto de desapropriação e a planta ou
descrição dos bens e suas confrontações.(art.13 decreto 3365)
OBS: na ação de desapropriação o autor é o expropriante (quem
realiza a desapropriação) e o réu é o expropriado (quem sofre a
desapropriação).
Art. 14 do decreto 3365 - ao despachar o juiz nomeará um perito
para proceder a avaliação do bem, podendo também o autor e réu
indicarem um assistente técnico do perito.
61) Disserte sobre a contestação:
O expropriado em sua contestação poderá alegar: VÍCIO DO
PROCESSO JUDICIAL ou se não concordar com o valor da
avaliação do bem, poderá IMPUGNAR O PREÇO OFERTADO. As
demais questões deverão ser resolvidas por meio de ação direta,
tendo em vista o juiz não poder entrar no mérito da declaração de
utilidade, necessidade pública ou interesse social.
62) Qual o prazo de caducidade?
 Necessidade e utilidade pública: 5 anos (art. 10 decreto 3365).
 Interesse social que não reforma agrária: 2 anos (art. 3º da lei
4132/62).
 Interesse social relativo a reforma agrária: 3 anos (art. 16 da
lei 8629/93).
63)O que é imissão provisória na posse?
É quando o expropriante alegar urgência e depositar a quantia
arbitrada, o juiz mandará imiti-lo na posse provisoriamente. Mesmo
em caráter provisório o bem é levado ao registro de imóveis. (art. 15
do decreto 3365). O desapropriado poderá levantar até 80% da
quantia depositada, ainda que discorde do preço oferecido (art. 33, §
2º decreto 3365).
Art. 15-A decreto 3365: se houver divergência entre o valor ofertado
e o fixado na sentença incidirão juros compensatórios (que sevem
para compensar o expropriado pela perda do bem) sobre o valor de
diferença.
Art.15-B decreto 3365: incidirão juros moratórios (decorrem da
demora do pagamento) quando houver atraso no efetivo pagamento
da indenização fixada em sentença.
OBS: caso o desapropriado já tenha levantado 80% do valor
depositado em virtude da emissão provisória e na sentença seja
fixado um outro valor, os juros compensatórios será a diferença
entre o valor final determinado em sentença e o valor inicialmente
depositado. Entretanto, a ADIN 2332-2, concedida sobre efeito
liminar, suspendeu a parte final do art. 15-A que trata justamente
sobre qual valor incidirá os juros compensatórios, determinando que
a base de calculo dos mesmos, será a diferença entre 80% do preço
levantado em juízo e o valor determinado na sentença.
64) As benfeitorias serão indenizadas?
Se as benfeitorias foram realizadas antes do decreto expropriatório
(ato administrativo) deverão ser indenizadas, inclusive as
voluptuárias. Entretanto, se as benfeitorias foram realizadas após o
decreto expropriatório, serão indenizadas as benfeitorias necessárias,
as uteis mediante autorização do expropriante, porem as voluptuárias
não serão indenizadas por caracterizar ma-fé.
Art. 27, § 1º decreto 3365: os honorários advocatícios não poderão
exceder a R$ 151.000,00, porem a ADIN 2332-2 suspendeu a
eficácia dessa expressão.
65) Quais são as parcelas a serem incluídas no calculo da indenização
(paradigma bens imóveis)?
 O valor do bem;
 Benfeitorias;
 Juros compensatórios;
 Juros moratórios;
 Honorários advocatícios: terá como calculo a diferença entre a
oferta inicial e o valor da indenização acrescido de juros
moratórios e compensatórios;
 Custas e despesas judiciais;
 Correção monetária: conforme sumula 561 STF, que diz que
em caso de desapropriação é devida a correção monetária até
a data do efetivo pagamento, devendo proceder-se a
atualização do calculo ainda que por mais de uma vez;
 Despesas com desmonte e transporte de mecanismos
instalados e em funcionamento (art. 25 do decreto 3365).
66)O que é desapropriação indireta?
É quando o poder público se apossa de bens particulares sem
proceder a necessária desapropriação. É um verdadeiro esbulho
praticado pelo Estado. Cabe apenas ao proprietário a possibilidade
de ajuizar uma ação indenizatória pelos danos havidos. O prazo para
ajuizar a ação é de 5 anos, conforme art. 10, § único do decreto 3365.
67) O que é retrocessão
Se o bem expropriado não tiver o destino para que se expropriou ou
não for utilizada em obras ou serviços públicos, o expropriado terá o
direito de preferencia , pelo preço atual da coisa. (art. 519, CC), ou
seja, o direito de reaver o bem expropriado.
68)O que é tredestinação?
Ocorre quando o bem expropriado tiver sido empregado em
finalidade diversa da que foi inicialmente prevista. Pode ser: Licita (a
destinação é diversa da inicialmente prevista, porem mantem o
atendimento ao interesse público, neste caso, não gera direito a
retrocessão) e Ilícita (o destino do bem não visa o interesse público,
praticando assim desvio de finalidade).
69) Disserte sobre a desapropriação para fins de reforma agrária:
 Está prevista no art. 184 CF e regulamentado pela lei 8629/93;
 A competência é da União;
 Será desapropriada a propriedade que não atender sua função
social (art. 184 CF c/c art. 2º lei 8629/93);
 A desapropriação será feita mediante prévia e justa
indenização (art. 12 lei 8629/93) em títulos da divida agrária
resgatáveis em até 20 anos (art.184 CF c/c arts. 5º da lei
8629/93);
 As benfeitorias necessárias e uteis serão pagas em dinheiro
(art. 184, § 1º CF c/c art. 5º, § 1º lei 8629/93);
 O imóvel rural é um prédio rustico de área continua, que esteja
localizado em qualquer lugar, desde que se destine a
exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou
agro-industrial (art. 4º, I, lei 8629/93);
 Pequena propriedade é o imóvel rural que possua área
compreendida entre 1 a 4 módulos fiscais, já media
propriedade possui área compreendida superior a 4 até 15
módulos fiscais (art. 4º, II e III lei 8629/93);
OBS: é insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma
agraria a pequena e media propriedade rural, desde que o seu
proprietário não possua outra propriedade rural (art. 185 CF
c/c § único do art. 4º lei 8629/93).
 A distribuição do imóvel far-se-á por meio de titulo de domínio,
concessão de uso ou concessão de direito real de uso,
inegociáveis pelo prazo de 10 anos. A obrigatoriedade de
cultivar o imóvel pode ser direta e pessoalmente, ou por meio
de núcleo familiar, mesmo que por intermédio de cooperativa
(art. 189 CF c/c art. 18 e 21 lei 8629/93).
 O imóvel rural que for objeto de esbulho possessório ou
invasão por conflito agrário, não será vistoriada, avaliada ou
desapropriada nos dois anos seguintes à sua desocupação,
em caso de reincidência o prazo será o dobro (art. 2º, § 6º lei
8629/93);
 Será excluído do programa de reforma agraria aquele que já
está beneficiado pelo programa ou é pretendente desse
beneficio, se for efetivamente identificado como participante
direto ou indireto da invasão ou esbulho de imóvel rural (art. 2º,
§ 6º lei 8629/93)
70) Disserte sobre o estatuto da cidade?
 Tem como instrumento da politica urbana o plano diretor, que
é uma politica de desenvolvimento local, fixada em lei (lei
municipal) cujo objetivo é ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e garantir o bem estar dos
habitantes, ou seja, estabelece as regras de como o municípioirá funcionar (art. 182 CF c/c art. 4º, III, “a” do estatuto);
 É obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes
(art. 182, § 1º CF);
 É voltada às propriedades urbanas não edificadas,
subutilizadas ou não utilizadas, incluídas no plano diretor e
mediante lei especifica, o município poderá determinar que o
proprietário promova o adequado aproveitamento da
propriedade sob pena, sucessivamente de (art. 182, § 4º CF)
a) Parcelamento ou edificação compulsório;
b) Imposto sobre propriedade (IPTU) progressivo no tempo;
 Desapropriação feita com previa e justa indenização. O
pagamento é mediante títulos da divida pública resgatáveis em
até 10 anos (art. 182, § 3º e § 4º, III, CF);
71) Disserte sobre o art. 5º do estatuto da cidade:
 Quando for determinado o parcelamento, edificação ou a
utilidade compulsórios, em virtude do não aproveitamento
adequado da propriedade, o proprietário será notificado
(pessoal ou por edital), devendo a notificação ser averbada no
registro de imóveis. (§ 2º e § 3º);
 A partir da notificação terá o prazo de 1 ano para que seja
protocolado o projeto no órgão municipal competente (§ 4º, I);
 Aprovado o projeto tem até 2 anos para dar inicio as obras do
empreendimento (§ 4º, II);
OBS: em caso de descumprimento das condições e dos
prazos previsto neste artigo, o município procederá a
aplicação de IPTU progressivo no tempo, pelo prazo de 5 anos
consecutivos (art. 7º). Decorrido os 5 anos da cobrança do
IPTU sem que o proprietário tenha cumprido a obrigação
imposta, o município procederá a desapropriação do imóvel,
mediante pagamento (art. 8º)
EX: notificação_____ 1 ano para apresentar o projeto ____
aprovado terá até 2 anos para dar inicio______ 5 anos de
IPTU progressivo____ desapropriação.
EX2: notificação ____ não apresentação do projeto no prazo
de 1 ano ____IPTU progressivo até haver a desapropriação.
72) Disserte sobre tombamento do decreto lei 25/37?
 É a forma de intervenção do Estado na propriedade que visa
proteger e conservar o patrimônio cultural brasileiro, tutelados
no art. 216 CF.
 O proprietário não perde o bem.
 Qualquer bem pode ser tombado, bens moveis, imóveis,
tangíveis, intangíveis, público, particular, de interesse cultural
ou ambiental
 Art. 1º decreto lei 25/37: constitui patrimônio histórico e
artístico nacional, o conjunto de bens moveis e imóveis
existentes no país, cuja conservação seja de interesse público.
 O IPHAN é o órgão responsável em âmbito federal para
promover o tombamento. Tem 4 livros de tombos contendo as
características do bem e do proprietário.
 Há a possibilidade de o Município realizar o tombamento dos
bens do Estado.
 Pode haver isenção total ou parcial do IPTU ao proprietário.
 Art. 3º do decreto 25/37 trata da exclusão do patrimônio
histórico e artístico nacional as obras de origem estrangeiras.
 O tombamento pode ser:
a) Voluntário: é a pedido do proprietário ou quando o
proprietário é notificado do tombamento compulsório,
concordar, por manifestação escrita, com a inscrição do
bem no livro de tombo (art. 7º do decreto).
b) Compulsório: o poder público promove o tombamento
independentemente da vontade do proprietário (art. 8º do
decreto), ou seja, quando o proprietário notificado do
tombamento se recusa a anuir a inscrição da coisa.
A partir da notificação tem um prazo de 15 dias para anuir
ao tombamento ou até mesmo apresentar sua impugnação
(art. 9º, 1).
c) Provisório: se dá no momento da notificação e já produz
todos os efeitos como se fossem definitivo (art. 10 decreto).
d) Definitivo: quando há a inscrição no livro de tombo (art. 10
decreto).
73) Disserte sobre os efeitos do tombamento:
 Se o bem tombado é público só pode ser transferido para
outro ente público (art. 11 do decreto).
 Todo bem tombado deve ser averbado ao registro de imóveis
para garantia de direito de terceiros de boa fé.
 O bem tombado não pode sair do país, senão por curto prazo,
sem transferência de domínio e para fins de intercambio
cultural, sob pena de responder pelo crime de contrabando
além do pagamento de multa de 50% do valor do bem. (art. 14
e § 1º do art. 15 do decreto).
 Caso se tente sair do país, tirando as exceções do art. 14, o
bem será sequestrado pela União ou pelo Estado em que se
encontrar (art. 15 do decreto).
 Apurada a responsabilidade do proprietário o bem continuará
sob responsabilidade daquele que o sequestrou para garantir
o pagamento da multa correspondente. Em caso de
reincidência a multa será elevada ao dobro (art. 15, § 2º do
decreto).
OBS: em regra, o tombamento não gera direito à indenização, apenas
quando o tombamento de determinados bens tragam prejuízo aos seus
proprietários, gerando, a partir de então, a obrigação de indenizar.
74) O ocorre no caso de extravio ou furto de qualquer bem tombado?
O proprietário, dentro do prazo de 5 dias, deverá informar o ocorrido
ao IPHAN, sob pena de multa de 10% sobre o valor do bem (art. 16
do decreto).
75) Pode o bem tombado sofrer alguma alteração?
Somente com autorização do IPHAN é que o bem tombado pode
sofrer alteração (ser reparado, pintado, ou restaurado), caso ocorra
sem autorização, o proprietário deverá pagar uma multa de 50% do
valor do bem (art.17 do decreto).
OBS: em hipótese alguma o bem pode ser destruído, demolido ou
mutilado.
OBS2: se for bem público, e havendo qualquer violação ao artigo
supramencionado, a autoridade responsável pela infração é que se
responsabilizará pessoalmente pelo pagamento da multa (§ único).
76) Os vizinhos sofrem alguma restrição em relação ao bem tombado?
Sim, pois não podem fazer qualquer construção que impeça ou
reduza a visibilidade do bem, nem colocar qualquer anuncio, placa,
sob pena de determinação de demolição da construção ou retirada
da placa, impondo-se nesse caso multa de 50% do valor do objeto
(art.18 do decreto).
77) O que ocorre quando o proprietário não possui recursos para
realização de obras no bem tombado?
O proprietário deverá informar ao IPHAN a necessidade de
realização da obra, sob pena de multa correspondente ao dobro do
dano sofrido (art.19 do decreto).
 Após o recebimento da comunicação o IPHAN irá avaliar a
necessidade da obra e constatando a real necessidade
determinará a execução da obra, sob as expensas da União,
devendo as mesmas serem iniciadas dentro do prazo de 6
meses, ou providenciará que seja realizada a desapropriação
do bem (§ 1º).
 Caso nenhuma providencia seja tomada, o proprietário poderá
pleitear o cancelamento do tombamento (§ 2º) OBS: o
presidente da republica pode cancelar o tombamento –
decreto lei 3866/41.
 Feita a inspeção periódica e verificando que há urgência na
realização de obras, as mesmas ficara às expensas da União,
mesmo que não tenha havido a comunicação (§ 3º).
78) O bem tombado pode ser alienado (art.22 do decreto)?
Sim, desde que observados o direito de preferencia da União,
Estados e Municípios, que deverão ser notificados formalmente sobre
a vontade do proprietário de alienar o bem. Esse direito deverá ser
exercido no prazo de 30 dias, sob pena de perda.
79) O que ocorre se não for observado esse direito de preferencia?
A alienação será nula, ficando qualquer dos titulares do direito de
preferencia habilitado a sequestrar o bem e impor multa de 20% do
valor do negocio. O proprietário e o adquirente do bem alienado
serão responsáveis solidariamente (art.22, § 2º do decreto).
OBS: o direito de preferencia não impede que o proprietário, ofereça
o bem tombado em garantia (penhor, anticrese e hipoteca). – (art.22,
§ 3º do decreto)
80)O que ocorre em caso de venda judicial do bem tombado?
Em toda venda judicial de bem tombado os entes públicos que
possuem o direito de preferencia deverão ser notificados
judicialmente, não podendo os editais de praça serem expedidos
antes da notificação, sob pena de nulidade.
OBS: os entes públicos com direito de preferencia tem prioridade no
pagamento das multas, quando o bem tiver sido levado a praça.
Entretanto somente terão a prioridade se os créditos inscritosforem
anteriores ao tombamento (art.29 e § único do decreto).
81) O que os negociantes de antiguidades são obrigados a fazerem?
Os negociantes de antiguidades, obras de arte, manuscritos e livros
antigos ou raras são obrigados a terem um registro especial no
IPHAN e encaminharem, semestralmente, uma relação dos bens
(art.26 do decreto).
82) Qual a obrigação do leiloeiro quando houver leilão com peças
históricas?
Os leiloeiros que estejam com a incumbência de prover o leilão com
peças de valor histórico também é obrigado a informar ao IPHAN,
sob pena de multa de 50% sobre o valor dos objetos vendidos (art.27
do decreto).
OBS: todos esses bens somente podem serrem postos a venda se
tiverem autenticidade emitida pelo IPHAN ou por um perito, sob pena
de multa de 50% sobre o valor atribuído ao objeto. E essa
autenticidade (pelo IPHAN) será mediante pagamento equivalente a
5% do valor atribuído ao bem (art.28 e § único do decreto).
83) Disserte sobre a ocupação temporária (art.36 decreto lei 3365/41):
É uma forma de intervenção do Estado em que há a utilização
temporária e compulsória pela administração de terrenos não
edificados, vizinhos à obras e necessários à sua realização. Nesse
caso especifico que pode ocorrer durante o processo de
desapropriação será devida indenização (uma remuneração), pela
utilização do bem, pois se pressupõe que o imóvel vizinho ao que foi
desapropriado ficará ocupado por longo período.
EX: utilização de terreno para alocação de maquinários durante
obras em uma estrada.
Há também a possibilidade de indenização em casos de prejuízos
efetivamente comprovados pelo proprietário (art.37, § 6º CF).
84) Disserte sobre a limitação administrativa:
É uma forma de intervenção do Estado, onde há uma determinação
estabelecida por lei ou decreto, de caráter geral, gratuito, unilateral e
de ordem pública, que condiciona o exercício do direito propriedade à
observância de exigências legais.
Tendo em vista ser imposta de forma genérica não há que se falar
em indenização (pois não cabe indenização de ato legislativo, salvo
na reedição de lei declarada inconstitucional pelo STF). Caso ocorra
alteração da norma a limitação também deverá ser alterada.
85) Quais são as modalidades de limitação administrativa?
a) Positiva: quando o proprietário está obrigado a fazer o que a
administração exige.
EX: construir o muro pelo alinhamento, limpeza de terreno,
parcelamento ou edificação compulsória.
b) Negativa: quando o proprietário é obrigado a não fazer alguma
coisa. EX: gabarito de prédios (é a altura que o prédio pode ter).
c) Permissiva: quando o proprietário é obrigado a permitir que em
seus domínios seja realizada alguma atividade. EX: vistoria de
elevadores, permitir ingresso de agentes da vigilância sanitária.
86) Disserte sobre a requisição administrativa (art.5º, XXV, CF):
É uma forma de intervenção do Estado em que há a utilização
compulsória de bens moveis e imóveis e serviços particulares
visando proteger a sociedade de situação transitória de emergência
ou de iminente perigo público.
A requisição se extingue quando o perigo público deixa de existir.
EX: requisição de barco pela defesa civil para prestar socorra a
vitima de alagamento.
Pode ser:
a) Civil: visa evitar danos a vida, a saúde e bens da coletividade;
b) Militar: visa resguardar a segurança interna e manutenção da
soberania nacional.
OBS: compete a União legislar sobre as requisições civis e militares
(art.22, III, CF).
OBS2: a indenização é devida somente se houver dano. Caso a
requisição recaia sobre bens fungíveis, o proprietário será indenizado
pela integralidade do bem, como se fosse uma desapropriação.
OBS3: o decreto 4812/42 trata da requisição de bens e serviços
pelas forças armadas.
87) Disserte sobre a servidão administrativa (art.40 decreto lei 3365/41):
É uma forma de intervenção do Estado. É um direito real público
imposto pela administração que impõe algumas restrições ao uso e
gozo de determinada propriedade imóvel, para assegura a realização
e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública,
mediante indenização dos danos efetivamente suportados pelo
proprietário. (o proprietário deverá comprovar os prejuízos
suportados).
Nesse caso, o proprietário não perde o direito de propriedade,
apenas sofre restrições ao uso.
EX: postes de luz.
 Admite-se a instituição de servidão por meio de lei, acordo (é
auto executório) e sentença judicial (não é auto executório).
 No caso de servidões legais não precisa ser registradas,
porque o ônus real se constitui a partir da promulgação da lei.
Nas demais, torna-se necessária a inscrição para que se torne
oponíveis erga omnes.
 Quando recair sobre bens públicos deve-se observar o
disposto no art.2º, § 2º, ou seja, a hierarquia aplicada à
desapropriação (União > Estados > Municípios. O contrario
não pode).
 Em regra, as servidões são perpetuas ou permanentes,
entretanto cessada a necessidade do poder público ou
utilidade do prédio serviente, a servidão será extinta.
88) Quais são as formas de instituição?
a) Por acordo: após declarada a necessidade pública de instituir a
servidão por meio de decreto do chefe do executivo, o proprietário
consente a utilização da propriedade para este fim devendo as
partes celebrarem acordo formal por escritura pública.
b) Por sentença judicial: não existindo acordo o poder público
promove à ação em face do proprietário demostrando ao juiz a
existência de decreto específico, indicativo de declaração de
utilidade pública e deverá ser inscrita no RGI.
Processo administrativo no âmbito Federal – lei 9784/99
89) O que é processo administrativo?
É o instrumento que formaliza a sequencia de atos e atividades do
Estado e dos particulares a fim de ser produzida uma vontade final
da administração, ou seja, é o instrumento no qual a administração
pública irá expressar sua manifestação de vontade.
OBS: Estados e Municípios devem criar suas leis de processo
administrativo, porém utilizam a lei 9784/99 (processo administrativo
no âmbito federal) por analogia.
90) Quais os princípios que fundamentam o processo administrativo?
A lei 9784/99 estabelece que deverão ser obedecidos, dentre outros,
aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público (art.2º da lei).
Porém a doutrina costuma apontar também os seguintes princípios:
a) Oficialidade: uma vez iniciado, o processo será conduzido pela
autoridade competente, ainda que tenha sido instaurado pelo
particular. A administração deverá impulsioná-lo até a decisão
final, podendo seus agentes serem responsabilizados por
omissão (art. 2º, XII da lei).
b) Informalidade: o processo administrativo não há o rigor que existe
no processo judicial. Serão dispensadas normas rígidas e formais
para os atos incumbidos ao particular que não possui todo o
conhecimento técnico e pratico que o administrador público
possui (art.2º, IX da lei).
Só será exigida forma especifica para o ato se a lei determinar.
c) Verdade real ou verdade material: deve-se buscar a verdade dos
fatos. E a administração pode valer-se de qualquer prova licita a
qualquer tempo.
OBS: são inadmissíveis as provas obtidas por meio ilícito (art.30
da lei).
d) Garantia de defesa: utilizado direito constitucional do contraditório
(art.5º, LV CF) e ampla defesa. Caso não haja a notificação para
o interessado apresentar defesa, poderá ser declarada a nulidade,
na via judicial, de todos os atos, por cerceamento de defesa.
e) Publicidade: todos aos atos devem ser divulgados, ressalvada as
hipóteses de sigilo previstas na constituição (art. 2º, V da lei e
art.37 CF).
f) Moralidade: deve-se agir com padrões éticos de probidade,
decoro e boa fé (art.2º, IV da lei).
g) Motivação: os atos devem ser motivados com a indicação dos
fatos e fundamentos que determinaram a decisão, caso contrário,
o ato será invalido (art.2º, VII e art.50 da lei).
OBS: é proibida a cobrança de despesas processuais,ressalvadas as previstas em lei (art.2º, XI da lei).
91) Quais as fases do processo administrativo?
a) Instauração: o processo administrativo pode iniciar-se por
provocação do interessado ou de oficio pelo administrador por meio
de portaria, auto de infração, representação ou por despacho inicial
de autoridade competente. (art.5º da lei).
Quando iniciar-se por provocação do interessado, o requerimento
inicial, salvo nos casos em que for admitida solicitação oral, deve ser
formulado por escrito e conter os seguintes dados: (art.6º da lei)
I) Órgão ou autoridade a que se dirige;
II) Identificação do interessado ou de quem o represente;
III) Domicilio do requerente;
IV) Formulação dos pedidos, com exposição dos fatos e
fundamentos;
V) Data e assinatura do requerente ou de seu representante.
OBS: a administração não pode recusar sem motivo justo o
recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o
interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
b) Instrução: do processo e defesa: é a etapa em que se busca
elucidar os fatos que constam na peça de sua instauração.
Todas as provas serão apresentadas, cabendo ao interessado o
ônus da prova dos fatos que tenha alegado. Poderão ser
realizadas diligencias, pericias, oitiva de testemunha e o interessa
irá exercer seu direito de defesa.
A defesa pode ser feita por um advogado ou pelo próprio
interessado, pois não existe a obrigatoriedade de defesa por
advogado (sumula vinculante nº5). Em se tratando de revelia será
dado ao interessado um defensor dativo (art.164, §2º lei 8112).
c) Relatório: é a descrição de toda apuração da instrução. Tem
caráter meramente opinativo, não estando a autoridade com
poder decisório vinculada ao mesmo para o seu julgamento.
d) Decisão: a autoridade após analise decidirá o processo. A
decisão deverá ser motivada, devendo a motivação ser explícita,
clara e congruente. O processo administrativo não faz coisa
julgada.
Art.9º - legitimidade (quando o pedido for o mesmo poderá haver
vários interessados no processo).
Art.10 - capacidade postulatória
Art.11- a competência é irrenunciável, salvo nos casos de delegação
e avocação legalmente admitidos.
Art.13 – não pode ser objeto de delegação
Art.18 – impedimento (a administração precisará criar uma comissão
especifica por conta do impedimento)
OBS: com relação ao reconhecimento de firma, a lei não exige,
porem na pratica se não juntar os documentos já reconhecido firma,
os mesmos cairão em exigência.
OBS2: copia autenticada poderá ser feita pelo próprio servidor
público.
Art.26 – comunicação dos atos
A administração determinará a intimação do interessado para ciência
de decisão ou a efetivação de diligencias.
§2º - a intimação deverá ser feita com antecedência mínima de 3 dias
úteis quanto à data de comparecimento.
§3º - a intimação pode ser feita por ciência no processo, por via
postal, por edital.
Art.27 – o não atendimento a intimação não equivale a concordância.
Art.37 – quando o interessado declare que fatos e dados estão
registados em documentos arquivados na própria administração
responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão
competente proverá de oficio a obtenção do documento ou das
respectivas copias.
Art.51 – o interessado, mediante manifestação escrita, poderá
desistir do pedido formulado ou ainda renunciar a direito disponível.
Porem mesmo com a desistência a administração continuará com o
processo, caso haja interesse público.
Se houver mais de um interessado, o processo continuará para os
demais e o que desistiu aplica-se o disposto no §2º.
Art.54 – passados 5 anos a administração não poderá declarar a
nulidade, salvo em caso de má fé.
Art.66 – os prazos começam a correr a partir da data da cientificação
oficial, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do
vencimento

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