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2ª Peça - Reclamação Trabalhista

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Bruno Diniz Fernandes de Oliveira - RA: 81610053 
Giovanna Andrade Gerandilha - RA: 816155606 
Jenniffer Gabrielly dos Santos Martins - RA:816120425 
Vinicius Souza de Melo - RA:816112408 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO 
DE BARUERI – SP – TRT 2ª REGIÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROXANE ANTUNES GUIMARÃES , brasileira, solteira, nascida em 
20/06/2000, inscrita no CPF nº 0012, portadora da cédula de 
identidade nº 0011, Carteira Profissional nº 0010, PIS º 0013, 
filha de Lordival Guimarães e Lola Antunes, domiciliada na Rua das 
Flores, nº 150 - Osasco/SP - CEP 10000-100, por seus advogados 
subscritos, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, 
propor a presente: 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Sob o RITO ORDINÁRIO em face da empresa MARY HANNAH CHAGAS DE 
OLIVEIRA EIRELI , situada na Rua das Laranjeiras, nº 171 - Barueri - 
CEP 20000-200, pelos motivos a seguir expostos: 
 
 
I - PRELIMINARMENTE 
 
 
1 - DA PRESCRIÇÃO 
 
Cabe ressaltar, que os direitos pleiteados pela 
Reclamante, não devem sofrer as consequências da prescrição, 
tendo em vista que a época dos fatos o obreiro era menor de 
18 anos e, portanto, nos termos do art. 440 da CLT não corre 
o prazo prescricional em face deles. 
 
 
 
2 - DO RECONHECIMENTO DA SUCESSÃO EMPRESARIAL 
 
O Reclamante foi contratado para laborar para a pessoa 
jurídica XPTO Abastecimentos Ltda. , em 05/07/2014, no entanto 
no curso da relação contratual a empresa empregadora foi 
desativada tendo sido vendida para a reclamada Mary Hannah 
Chagas de Oliveira Eireli , a quem o Autor também prestou 
serviços, até o dia 03/12/2019. 
A 1ª Reclamada é, por conseguinte, Sucessora da pessoa 
jurídica para quem trabalhou o Autor, nos termos dos arts. 
10, 448 e 448-A, da CLT, pois adquiriu uma unidade produtiva 
autônoma, estando estabelecida no mesmo ponto comercial, 
exercendo a mesma atividade empresarial da Sucedida, tendo 
inclusive comprado os equipamentos da mesma e beneficia-se de 
sua clientela. 
Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial 
caracteriza-se a sucessão quando há o transpasse do ponto 
comercial, com o mesmo ramo de atividade empresarial. É o que 
se expressa nos ensinamentos de Amauri Mascaro Nascimento: 
"Sucessão de empresas significa mudança na propriedade da 
empresa". e afirma ainda que: 
Quando ocorre sucessão de empresas, porque o direito do 
trabalho garante o empregado nessas transformações que 
se operam sem sua intervenção, sub-roga-se o novo 
proprietário em todas as obrigações do primeiro 
desenvolvendo-se normalmente o contrato de trabalho, sem 
qualquer prejuízo para o trabalhador. Mesmo as 
obrigações trabalhistas vencidas à época do titular 
alienante, mas ainda não cumpridas, são exigíveis, 
porque a responsabilidade trabalhista existe em função 
da empresa." ( Curso de Direito do Trabalho, 7. ed. , 
atual. - São Paulo: Saraiva, 1989, pags. 370 a 373). 
Pacificada a jurisprudência entende que configurada a 
sucessão empresarial, ficam as empresas responsáveis pelos 
ressarcimentos de prejuízos causados ao autor, in verbis: 
RECURSO ORDINÁRIO. SUCESSÃO EMPRESARIAL. RELAÇÃO 
JURÍDICA ENTRE AS EMPRESAS COMPROVADA. A teor do 
disposto nos artigos 10 e 448 da CLT, a sucessão de 
empresas, para fins de responsabilidade trabalhista, 
pressupõe alteração na estrutura jurídica da empresa ou 
transferência, ainda que parcial, da universalidade de 
bens que a compõe, bem assim a continuidade do 
empreendimento econômico. Independentemente de ter 
havido a continuidade da prestação de serviços pelo 
autor às reclamadas, restou patente, nos autos, a 
relação jurídica existente entre a empregadora formal 
do autor (Fibra Forte Ltda.) e as demandadas, a qual 
vai além de uma relação meramente comercial. Recurso 
provido. (Processo: RO - 0000776-27.2016.5.06.0008, 
Redator: Fabio Andre de Farias, Data de julgamento: 
24/01/2018, Segunda Turma, Data da assinatura: 
24/01/2018).(TRT-6 - RO: 00007762720165060008, Data de 
Julgamento: 24/01/2018, Segunda Turma) 
Veja Nobre Excelentíssimo, é fato que a responsabilidade 
pelos créditos trabalhistas devido ao obreiro é da 1ª 
reclamada, como sucessora empresarial, mas, ainda sim, 
ficando caracterizada a fraude do contrato, pede que seja 
reconhecida a responsabilidade solidária entre as reclamadas, 
nos termos do art. 448-A. 
 
2 – DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 05/07/2014, 
sob a modalidade contratual de menor aprendiz, para exercer 
as atividades inerentes à função de OPERADOR DE CAIXA, tendo 
a sua CTPS assinada apenas no dia 21/06/2016 constando a 
função de Empacotadora. 
 
A época dos fatos o reclamante tinha apenas 14 anos, 
tendo percebido como última remuneração o valor de R$ 
1.200,00 (um mil e duzentos reais). 
 
O Reclamante foi dispensado por justa causa no dia 
03/12/2019, com a alegada motivação de abandono de emprego 
por ter aderido ao movimento paredista desde o dia 
02/11/2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
II - DO MÉRITO 
 
 
1 – RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO - NULIDADE DO 
CONTRATO DE MENOR APRENDIZ 
 
Como mencionado acima, a obreira foi admitida pela 
reclamada em 05/07/2014, quando ainda tinha seus 14 anos de 
idade, para exercer a função de operadora de caixa, no 
entanto, somente teve sua CTPS anotada formalmente em 
21/06/2016, registrada a função de empacotadora, tendo sido 
dispensada por justa causa em 03/12/2019. 
 
De acordo com a lei nº 10.097/2000 que introduziu a 
qualidade de Menor Aprendiz na CLT, prevê claramente em seu 
art. 403 é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis 
anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 
quatorze anos. 
 
Assim, ao que dispõe tal lei, a reclamada descumpriu 
totalmente com a modalidade de contratação da reclamante, uma 
vez que, no momento de sua admissão a mesma deveria ser 
contratada na condição de aprendiz. 
 
Agravando mais a situação, durante o período de 
05/07/2014 a 20/06/2018, a reclamante exerceu suas atividades 
em local que apresentava periculosidade, o que nos termos do 
artigo 405 da CLT é expressamente vedado, para menores de 18 
anos, o que desqualifica eventual contrato de menor aprendiz 
que fosse celebrado no referido período entre as partes. 
 
Nesse sentido,diante da inobservância dos dispositivos 
legais que versam a condição de aprendiz, fica evidente o 
vínculo empregatício existente entre as partes no período em 
que a reclamante não tinha atingido a maioridade, preenchendo 
todos os requisitos para a configuração, previstos no art.3º 
da CLT. Conforme a jurisprudência , in verbis: 
 
“EMENTA VÍNCULO EMPREGATÍCIO - CONFIGURAÇÃO. 
Para o direito do trabalho o que importa é a 
forma real como praticada a relação jurídica 
entre as partes, ou seja, a primazia de 
realidade, de maneira que é indiferente se o 
autor prestou serviços sem a formalidade do 
contrato de emprego, ou mesmo, através de 
empresa na qual figura como controlador. O 
aspecto formal, consubstanciado no contrato 
social, não podem se sobrepor ao contrato de 
trabalho que se rege pelo princípio da 
realidade e, por isso, atos fraudulentos que 
tenham por escopo mascarar a relação de 
emprego, são tidos como nulos ao teor do 
artigo 9º da CLT. Sendo assim, logrando o 
autor demonstrar que trabalhou de forma 
remunerada, não eventual e prestando serviços 
ligados a atividade-fim das reclamadas que 
colhiam o fruto do seu trabalho, além de 
controlarem o serviço por ele desempenhado, 
provejo o recurso para reconhecer o vínculo 
empregatício do autor. (TRT-1 - RO: 
01006933220175010005 RJ, Relator: JOSE ANTONIO 
TEIXEIRA DA SILVA, Data de Julgamento: 
24/09/2019, Oitava Turma, Data de Publicação: 
08/10/2019).” 
 
Afinal, tem-se como princípio fundamental a 
responsabilização daquele que se beneficia do trabalho que 
foi explorado, conforme destaca a doutrina especializada: 
 
“O que precisa ficar bem claro é que no campo 
do direito do trabalho jamais o beneficiário 
da atividade laboral pode ficar fora da 
responsabilidade. Ao contrário de outros 
segmentos jurídicos, em que cláusulas 
contratuais de desoneração de responsabilidade 
podem ser livremente pactuados, no direito do 
trabalho o objeto primordial é a energia 
humana, a qual, uma vez empreendida, é 
irrecuperável e irretornavél, sendo 
considerado imoral, além de ilegal, que o 
beneficiário dessa força de trabalho 
simplesmente sonegue a contraprestação e se 
considere irresponsável pelas reparações 
cabíveis,” (SILVA, Homero Batista da, Curso de 
Direito do Trabalho Aplicado. Vol 1. Editora 
RT, 2017. versão, Cap. 12) 
 
Ademais, demonstrada a relação existente entre as 
partes, não resta dúvida que a Reclamante faz jus à anotação 
do contrato de trabalho do período de 05/07/2014 a 21/06/2016 
em sua CTPS, bem como o reconhecimento do vínculo 
empregatício, pelo desvirtuamento do contrato . 
 
 
 
 
2 - ACÚMULO DE FUNÇÃO 
 
Excelentíssimo, apesar da reclamante ter sido contratada 
para executar as tarefas de Operador de caixa, desde sua 
contratação, além das tarefas rotineiras também acumulava 
habitualmente a função de frentista, realizando o 
abastecimento dos carros, cobrindo as faltas de colegas, mas 
desde o início de sua contratação. 
Portanto, ativando-se em trabalho outro que não apenas 
para o qual foi contratado, isto porque ao desempenhar as 
funções de caixa e frentista, naturalmente que naquele 
momento específico deixava a clientela lhe aguardando. Diante 
de tal fato, a jurisprudência pacífica que: 
PLUS SALARIAL POR ACUMULO DE FUNÇÕES. O obreiro faz jus 
a adicional salarial, pela execução de tarefas 
diferentes que não correspondam ao complexo de 
atividades inerentes a função que desempenha, mormente 
quando estas tarefas acarretam maiores obrigações e 
responsabilidades. Recurso ordinário da reclamada não 
provido.(TRT-4 - ROT: 00212017120175040016, Data de 
Julgamento: 12/09/2019, 11ª Turma) 
Ademais, na ocasião de sua contratação na função 
específica de operador de caixa, os serviços de frentistas 
não foram declinados como inerentes àquele mister, já que à 
época de sua contratação até dezembro de 2019, existia na Ré 
empregados que desempenha tal função. Houve, em verdade, 
alteração das condições de trabalho, em circunstância 
prejudicial e lesiva ao Autor, alargando o alcance das 
atribuições originais. 
Diante desse contexto, a autora faz jus ao 
reconhecimento do acúmulo de função , e a consequente 
condenação das reclamadas ao pagamento de um acréscimo 
salarial, á títulos de diferenças salariais, correspondente a 
20% sobre a remuneração mensal recebida, por aplicação 
analógica do artigo 13 da Lei 6.615 /78, que trata do acúmulo 
de funções na profissão de radialista, por acúmulo de função, 
caixa e frentista, no período de julho de 2000 até a sua 
dispensa imotivada, com reflexos em férias + 1/3, 13º 
salário, aviso-prévio e FGTS com 40%, horas extras e mais 
repouso remunerado. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11659119/artigo-13-da-lei-n-6615-de-16-de-dezembro-de-1978
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109141/lei-6615-78
3- RETIFICAÇÃO DE CTPS 
Desde já o Reclamante pleiteia que seja respeitado o 
princípio da primazia da realidade, pois inobstante ter sido 
registrada na função de empacotadora, ela exercia função 
diversa da anotação. 
 
Como a presunção de veracidade das anotações na CTPS é 
iuris tantum (presunção relativa), o obreiro irá provar de 
todas as formas possíveis em Direito, que trabalhava em 
função diversa da registrada, devendo ser concedido o direito 
à retificação da CTPS bem como ao pagamento das diferenças 
salariais existentes em todo o período. 
 
Neste sentido, o Precedente Normativo nº 105 da Seção de 
Dissídios Coletivos – SDC do TST, traz que: “As empresas 
ficam obrigadas a anotar na carteira de trabalho a função 
efetivamente exercida pelo empregado, observada a 
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). 
 
Requer de fato a retificação da CTPS para constar a 
verdadeira função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o 
Precedente Normativo 105 do TST, além da diferença salarial 
entre as funções de operador de caixa e empacotador, se 
houver. 
 
 
4 - DOS DESCONTOS EFETUADOS INDEVIDAMENTE DO SALÁRIO - 
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA E DESCONTO DE QUANTIA ROUBADO DO 
ESTABELECIMENTO. 
 
 
Durante o pacto de trabalho, o Reclamante sob a 
justificativa de que, sofreu descontos indevidos e 
Contribuição Confederativa e desconto de quantia que fora 
roubada do estabelecimento. 
Ocorre que, por serem descontos manifestamente ilegais, 
além de afetar diretamentea subsistência do reclamante 
afetaram gravemente sua moral, que tem em sua remuneração o 
resultado de seu árduo trabalho. 
Nos termos da Súmula 666 do STF, somente poderá ser 
exigida a Contribuição Confederativa dos empregados filiados, 
o que não é o caso, vejamos: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10762468/artigo-29-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Súm. 666, STF – CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA – 
EXIGIBILIDADE DOS FILIADOS AO SINDICATO. A contribuição 
confederativa de que trata o art. 8o, IV, da 
Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato 
respectivo. Legislação: CF, art. 8o, IV. 
No mesmo sentido o TST redigiu o precedente normativo 
119, que dispõe sobre a não compulsoriedade da contribuição 
confederativa aos não associados, in verbis: 
CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE 
PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – (nova redação dada 
pela SDC em sessão de 02.06.1998 - homologação 
Res. 82/1998, DJ 20.08.1998. "A Constituição 
da República, em seus arts. 5o, XX e 8o, V, 
assegura o direito de livre associação e 
sindicalização. É ofensiva a essa modalidade 
de liberdade cláusula constante de acordo, 
convenção coletiva ou sentença normativa 
estabelecendo contribuição em favor de 
entidade sindical a título de taxa para 
custeio do sistema confederativo, 
assistencial, revigoramento ou fortalecimento 
sindical e outras da mesma espécie, obrigando 
trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas 
as estipulações que inobservem tal restrição, 
tornam-se passíveis de devolução os valores 
irregularmente descontados." 
A Reclamante teve sofreu diversos assaltos no posto e 
teve descontado ilegalmente de sua remuneração o dinheiro 
roubado, sendo assim empresa extrapolou seu poder diretivo, 
expondo o trabalhador a situações que atentam contra a sua 
dignidade, e conforme art. 462 da CLT, Ao empregador é vedado 
efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo 
quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei 
ou de contrato coletivo. Não se trata de nenhum caso do 
artigo, uma vez que a reclamante sofreu assalto e teve a sua 
integridade física atingida, não há que se falar em dolo. 
Nesse diapasão, a jurisprudência entende: 
EMENTA: DESCONTO – ILEGALIDADE - RISCO DO 
EMPREENDIMENTO. MOTORISTA DE CAMINHÃO. ASSALTO. 
GUARDA DE VALORES. ARTIGOS 2º E 462 DA CLT . Em se 
tratando de descontos não autorizados por lei ou 
norma convencional, não há como chancelar o 
comportamento vedado por norma cogente e de 
interesse público, descrita no artigo 462 da CLT , 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634319/artigo-2-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
que consagra o princípio da intangibilidade do 
salário. Não comprovado o dolo ou a culpa do 
trabalhador, torna-se inadmissível o desconto 
efetivado em razão de assalto sofrido pelo 
reclamante ao conduzir caminhão de entrega de 
mercadorias da empregadora, sob pena de se 
transferir ao empregado os riscos do 
empreendimento (artigo 2º da CLT ) e de imputar lhe 
responsabilidade por fato alheio à sua vontade, 
principalmente porque a reclamada não fornecia aos 
motoristas os meios necessários à segurança na 
guarda dos valores recebidos. TRT-3 - MG: 
01018-2006-032-03-00-0 , Data de Julgamento: 
24/09/2019, Oitava Turma, Data de 
Publicação: 08/10/2019). 
Isto posto, requer que a Reclamada seja condenada a 
devolução dos mesmos, sendo os valores acrescidos de juros e 
correção monetária além de condenação a danos morais. 
5 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE OU INSALUBRIDADE 
O Obreiro exercia suas funções em ambiente insalubre e 
perigoso, uma vez que estava em constante contato com 
substâncias inflamáveis, e ainda, sofreu assalto onde foi 
baleada e teve um dedo amputado de sua mão esquerda. 
A Reclamante foi contratada para exercer a função de 
operadora de caixa de uma posto de gasolina, com apenas 14 
anos de idade, estando constantemente exposta aos perigos da 
profissão. É de conhecimento social que os postos de gasolina 
são assaltados constantemente, dessa forma, a NR16 do MTE 
dispõe que os empregados que estão expostos a roubos têm 
direito a perceber o adicional de 30% sobre o salário. 
Ademais, o obreiro além de operador de caixa ainda 
cumulava a função de frentista, em que habitualmente era 
responsável por cobrir faltas de outros funcionários, e 
acabava por realizar o abastecimento de veículos, com apenas 
14 anos de idade, atividade essa proíbida para um menor 
exercer. E há 3 anos o empregador parou de efetuar o 
pagamentos dos adicionais devidos, alegando que fornecia 
equipamento de proteção individual e portanto, os adicionais 
não eram mais devidos. Veja, tamanho o absurdo dessa 
declaração, pois independentemente do fornecimento de EPis, o 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634319/artigo-2-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
empregador é obrigado a realizar o pagamento dos adicionais, 
conforme preceitua a Súmula nº 289 do TST, in verbis: 
“O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo 
empregador não o exime do pagamento do adicional de 
insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à 
diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais 
as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo 
empregado.” 
Ademais, de acordo com a Súmula nº 39 do TST, o 
empregado que opera bomba de combustível tem direito ao 
adicional de periculosidade. O que é pacificada pela própria 
jurisprudência: 
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 
13.015/2014. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. MECÂNICO QUE 
OPERAVA BOMBA DE COMBUSTÍVEL. CONTRARIEDADE À SÚMULA 39 
DESTA CORTE. CONFIGURAÇÃO. I - Saliente-se, de início, 
que o Quadro 3 do Anexo 2 da NR 16 do Ministério do 
Trabalho classifica como atividade perigosa a operação 
em postos de bombas de abastecimento de inflamáveis 
líquidos,referindo-se expressamente ao "operador de 
bomba e trabalhadores que operam na área de risco". II - 
Nessa esteira, aliás, firmou-se a jurisprudência deste 
Tribunal, de que somente o empregado que opera bomba de 
combustível para abastecimento de veículos faz jus ao 
adicional de periculosidade. Precedentes. III - Vale 
ressaltar, ainda, o entendimento consolidado na Súmula 
39 desta Corte, do seguinte teor: PERICULOSIDADE 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Os 
empregados que operam em bomba de gasolina têm direito 
ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 
15.08.1955). IV - Por outro lado , não é demais 
salientar que a jurisprudência desta Corte vem se 
consolidando no sentido de que, nos casos em que a 
exposição ao agente perigoso se dá de forma habitual, 
ainda que por tempo reduzido, o contato deve ser 
considerado como intermitente e não eventual. 
Precedentes. V - Assim, da decisão regional que 
considerou indevido o pagamento do adicional de 
periculosidade ao reclamante que realizava abastecimento 
de veículo por três vezes na semana, sobrevém, por 
similutide temática, a pretendida contrariedade à Súmula 
39 do TST. VI - Recurso conhecido e provido. (TST - RR: 
687920165120017, Relator: Antonio José de Barros 
Levenhagen, Data de Julgamento: 26/04/2017, 5ª Turma, 
Data de Publicação: DEJT 28/04/2017). 
Ainda que de forma intermitente, a reclamante estava 
exposta aos agentes periculosos, uma vez que cobria faltas de 
funcionários, como sendo sua segunda função. Sendo assim, 
nesse sentido o TST assegurou seu direito na Súmula nº 364, 
mesmo que de forma intermitente, vejamos: 
Súmula nº 364 do TST 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, 
PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o 
empregado exposto permanentemente ou que, de forma 
intermitente, sujeita-se a condições de risco. 
Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma 
eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo 
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. 
(ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 
280 - DJ 11.08.2003) 
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção 
coletiva de trabalho fixando o adicional de 
periculosidade em percentual inferior ao estabelecido 
em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, 
pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e 
segurança do trabalho, garantida por norma de ordem 
pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da 
CLT). 
 
 
Com base em fundamentos legais e jurisprudências, requer 
o reclamantes prova pericial técnica para alegada situação, e 
uma vez provada a veracidade de suas alegações pede o 
deferimento do pagamento de adicional de periculosidade, 
conforme art. 193, I e II da CLT e caso esse não seja o 
entendimento do julgador, requer como pedido alternativo o 
pagamento de adicional de insalubridade, conforme art. 189 da 
CLT. 
 
6- DA CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E 
INSALUBRIDADE 
Não há mais como persistir o entendimento literal dado 
ao artigo 193, parágrafo 2º da CLT, cuja previsão é a de 
opção pelo adicional mais favorável ao trabalhador. 
A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXIII, 
garantiu de forma plena o direito ao recebimento dos 
adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade, não 
havendo qualquer ressalva quanto à impossibilidade de 
cumulação. Portanto, o artigo supracitado da norma celetista 
não foi recepcionado pela nossa Constituição da República. 
Nem se alegue que a cumulação dos referidos adicionais 
implicando pagamento em dobro, já que a insalubridade 
refere-se à saúde do empregado diante das condições nocivas 
do ambiente de trabalho, enquanto a periculosidade “traduz 
situação de perigo iminente que, uma vez ocorrida, pode 
ceifar a vida do trabalhador, sendo este o bem a que se visa 
proteger”. 
Noutro bordo, a norma prevista na CLT é inaplicável em 
virtude da introdução à nossa ordem jurídica brasileira das 
Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho 
(OIT), “que têm status de norma materialmente constitucional 
ou, pelo menos, supralegal”, como foi decidido pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
A Convenção 148, por sua vez, consagra a necessidade de 
atualização constante da legislação sobre as condições 
nocivas de trabalho, e a 155 determina que sejam levados em 
conta os “riscos para a saúde decorrentes de exposição 
simultânea a diversas substâncias ou agentes.” 
Nesse diapasão tem sido o entendimento de vários 
Tribunais Trabalhistas em seus respeitosos acórdãos, 
apresentando o seguinte: 
“POLÍTICA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR. CUMULAÇÃO 
DE ADICIONAIS. INTELIGÊNCIA DO COMANDO CONSTITUCIONAL: 
A CF/88 ampliou a tutela à saúde do trabalhador, 
impondo a necessidade de eliminação dos riscos 
inerentes à saúde. Na nova redação dada ao tema dos 
adicionais de periculosidade, insalubridade e 
penosidade, no inciso XXIII do art. 7 da CF/88, existe 
previsão expressa para pagamento pelos respectivos 
adicionais, àquelas situações de fato cujas atividades 
sejam assim consideradas nocivas segundo a lei. Não há 
qualquer restrição no texto constitucional à cumulação 
dos adicionais. Se presentes uma ou mais das situações 
nocivas à saúde o adicional deve incidir sobre todas as 
hipóteses. Entretanto a Douta Maioria da Turma entende 
não ser possível esta cumulação. (Tribunal Regional do 
Trabalho da 3ª Região. RO n. 01959-2006-142-03-00-0. 
Rel.Des.Vicente de Paula Maciel Júnior. Belo Horizonte, 
MG, 07 de junho de 2008.) 
Exatamente neste sentido também a 7ª Turma do C. 
Tribunal Superior do Trabalho prevista na CLT e na Norma 
Regulamentadora 16 do Ministério do Trabalho e Emprego, 
quanto à percepção de apenas um adicional quando o 
trabalhador estiver sujeito a condições insalubres e 
perigosas de trabalho concomitantemente. 
Frise-se, são agentes distintos, que também ocasionam 
perigos à integridade física e da saúde do trabalhador de 
modo diverso, não havendo mais espaço para a aplicação do 
artigo 193, parágrafo segundo da CLT. 
Assim, nos termos dos artigos 189 a 193 da CLT, cuja 
leitura deve estar emperfeita consonância aos termos das 
Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho 
(OIT)e em face da excessiva exposição do Reclamante a agentes 
nocivos à saúde humana, caracterizando a insalubridade, deve 
a Reclamada ser condenada a realizar os pagamentos dos 
adicionais salariais de insalubridade e periculosidade de 
forma cumulativa. 
Acaso assim não entenda, que seja deferido o mais 
benéfico ao trabalhador. 
7 - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS (PCMSO, PPRA, PPP, LTCAT)- 
REQUERIMENTO DE PERÍCIA 
Conforme preconiza a Portaria 3.214/78 do Ministério do 
Trabalho, são documentos de realização obrigatória por parte 
da reclamada, dentre eles, os programas relacionados aos 
meios ambientes do trabalho (PCMSO, PPRA, PPP, LTCAT, exames 
admissional, periódicos e demissional). 
Portanto, tratam-se de documentos de realização 
obrigatória, normatizados pela referida Portaria, e, de 
acordo com o artigo 157 da CLT, compete aos empregadores 
cumprir as normas expedidas pela Secretaria de Engenharia e 
Medicina do Trabalho ou demais órgãos do Ministério do 
Trabalho, no sentido de que o empregador é obrigado a manter 
laudos periciais acerca do ambiente de trabalho, dentre eles 
PCMSO e PPRA. 
Diante do explanado requer que a Ré exiba os seguintes 
documentos, sob pena de ser aplicada a regra prevista no 
artigo 359 do CPC c/c artigo 769 da CLT: 
Outrossim, em não ocorrendo a apresentação dos 
documentos e laudos obrigatórios supracitados, seja deferido 
de plano, o adicional ora requerido ou, caso assim entenda 
Vossa Excelência, seja designada perícia, cujo custo deverá 
ser integralmente suportado pela reclamada. 
Por fim, caso Vossa Excelência entenda que o ônus 
pericial seja de responsabilidade da obreira, o que se admite 
apenas por argumento, requer seja o adiantamento dos 
honorários prévios devidamente requisitados do Tribunal 
Regional do Trabalho da 15" Região, nos termos do Provimento 
GP - CR n" 03/2012, de 13 de junho de 2012. 
8 - ACIDENTE DE TRABALHO - ESTABILIDADE PROVISÓRIA E 
READAPTAÇÃO 
No dia 02/08/2019 houve assalto ao posto de gasolina, 
onde na condição de caixa a reclamante foi ameaçada a 
entregar o dinheiro, e por consequência baleada e teve a 
amputação traumática de um dedo da mão esquerda. Durante 25 
dias após o ocorrido a reclamante ficou na UTI por conta de 
seu estado grave de saúde. 
A Reclamante se submeteu a perícia do INSS, em que foi 
constatada pelo médico perito a perda de 20% da sua 
capacidade laborativa, caracterizada por incapacidade parcial 
e assim deveria ser readaptada em outra função. Acontece 
Vossa Excelência, que a reclamante não fora readaptada em 
nova função e ainda foi demitida em seu período de 
estabilidade. 
De acordo com o art. 118 da Lei 8.213/91: “O segurado 
que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo 
mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de 
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença 
acidentário, independentemente de percepção de 
auxílio-acidente.” 
Dessa forma, requer desde já que o empregado seja 
readmitido ao trabalho e por consequência seja readaptado em 
outra função. 
Veja o fato de ser readaptado em outra função, não exime 
o empregador de pagamento de pensão mensal decorrente da 
função que ele não poderá mais realizar, em razão do acidente 
sofrido, conforme entendimento do TST: 
“ “O fato de o empregado estar apto a desempenhar 
atividades diferentes daquelas que exercia 
anteriormente não afasta a efetiva perda da capacidade 
para o exercício de seu ofício ou profissão”” 
Sendo assim, pede deferimento para reconhecimento da 
estabilidade e que seja readaptado em outra função e caso não 
seja do entendimento de Vossa Excelência, e empregado não 
possa readaptar o obreiro, pede que seja revertido em pensão 
mensal vitalícia, uma vez que o obreiro não poderá trabalhar 
de forma adequada. 
9 - SALDO DE SALÁRIO NÃO PAGO DEVIDO AO AFASTAMENTO E DO 
PERÍODO DE ESTABILIDADE. 
A época em que ocorreu o assalto no estabelecimento a 
reclamante teve que ficar afastada por 25 dias, e desse modo 
deveria receber seu salário pela empresa nos primeiros 15 
dias e o restante do afastamento deveria ser pago pelo INSS, 
conforme encaminhado pela empresa. 
Ocorre Vossa Excelência, que a empresa não realizou o 
pagamento do salário como forma de punição a obreira, lhes 
dizendo que era sua culpa o roubo ocorrido, uma vez que a 
mesma deveria ter escondido o dinheiro como fora “ensinada”, 
colocando a si em perigo de vida, veja o tamanho descabimento 
da alegação. 
 A Reclamante pleiteia o pagamento do salário 
correspondente aos primeiros 15 dias do afastamento, de 
acordo com o O regulamento da Previdência Social, decreto 
3.048/1999, em que prevê em seu artigo 75, que é 
responsabilidade da empresa o pagamento dos 15 primeiros dias 
de afastamento do empregado por motivo de doença. O mesmo 
entendimento está no artigo 60, § 3º da lei 8.213/99, que 
trata dos planos da Previdência Nacional. 
E ainda, conforme art. 495, deve a reclamada efetuar o 
pagamento dos salários a que teria direito no período da 
suspensão, uma vez que não se trata de dispensa por justa 
causa, como será provado pelo obreiro. 
10 - DANOS MATERIAIS E LUCRO CESSANTE 
Em decorrência do gravíssimo acidente de 
trabalho acometido, a reclamante teve perda da mobilidade da 
mão esquerda, verificando-se assim a perda parcial e 
permanente da capacidade laborativa. 
 
Tal situação representa obstáculo de ordem 
profissional, causando restrição ao desempenho de atividades 
profissionais passíveis de serem exercidas, bem como de 
natureza social e pessoal, destacando-se que no caso 
presente, o autor depende, de terceira pessoa para a 
realização de algumas necessidades pessoais básicas. 
 
Logo, não se deve considerar não apenas o 
trauma psíquico, como também os inegáveis reflexos 
imprevisíveis que a lesão acarreta, na impossibilidade de 
manutenção da atividade que o autor desenvolvia além das que 
poderia desenvolver. 
 
Assim, consoante a inteligência dos artigos, 
402, 403 e 944, 949 e 950 todos do Código Civil, os lucros 
cessantes devem traduzir a redução potencial do patrimônio da 
reclamante vitimado poracidente de trabalho. São os 
rendimentos razoáveis que deixarão de ser recebidos pelo 
trabalhador em razão da limitação de sua capacidade laboral. 
 
E ainda, a indenização reparatória pela 
limitação da capacidade laborativa, é a pensão mensal, 
podendo ser adotado, como parâmetro de arbitramento e 
liquidação, o disposto nos Art. 949 e 950, determinando o 
pagamento de uma só vez, no caso da reclamante, é evidente o 
prejuízo material, pela ocorrência do acidente de trabalho, 
eis que a incapacidade para desempenhar a atividade extra que 
realizava de digitação de trabalhos de conclusão de curso 
para universitários, ganhando em média R$ 400,00 por mês com 
essa atividade, logo, não resta dúvidas que este dano é 
permanente, conforme se verifica dos documentos inclusos e 
será confirmado por meio de perícia médica, o que desde já 
requer seja deferida por Vossa Excelência. 
 
 
Pelo exposto, requer seja o reclamado 
condenado ao pagamento de indenização por danos materiais – 
lucros cessantes -, em parcela única, a ser calculada desde a 
data do acidente até a data em que a autora completará 79 
anos de idade, tomando por base a remuneração que o autor 
percebia à época do acidente devidamente atualizada e com os 
reajustes concedidos a categoria profissional, com inclusão 
das parcelas de 13º salário e ⅓ de férias, observando-se o 
grau de incapacidade aferido pela perícia médica. 
 
Não obstante, em razão do acidente de trabalho 
ocorrido, a reclamante exacerbou seus gastos com honorários 
médicos e o tratamento com medicamentos, dessa forma, pleita 
o reclamante com base no artigo 927 do Código Civil que 
“aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica 
obrigado a repará-lo”. 
 
Sucessivamente, não sendo do entendimento de 
Vossa Excelência pela condenação da reclamada a pagar a 
indenização em parcela única, requer seja deferida a 
indenização na forma de pensão mensal vitalícia nos mesmo 
parâmetros de cálculos acima apontados, eis que a limitação 
da capacidade laborativa do autor é permanente, com inclusão 
do 13º salário e 1/3 de férias na base de cálculo da pensão 
mensal, desde a data do acidente, cujo valor deverá ser 
reajustado de acordo com o reajuste da categoria profissional 
e as parcelas atrasadas atualizados desde a data em cada 
parcela se tornou devida até o efetivo pagamento. 
 
 
12 - DANOS MORAIS - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO 
EMPREGADOR POR ACIDENTE DE TRABALHO E DESCONTO DE SALÁRIO 
Como se já não bastasse ter sido a vítima mais lesada 
durante o assalto que presenciou, a reclamante ainda sofreu 
descontos indevidos em seu salário, alegando a reclamada, de 
ser responsabilidade dos funcionários. Absurdo! 
Não existem dúvidas que os riscos do 
empreendimento não podem ser repassados aos 
funcionários, no entanto, a reclamada fraudulosamente 
transferiu para o empregado o risco do seu próprio negócio, 
efetuando descontos totalmente indevidos e sujeitando o 
funcionário à situação de absoluta fragilidade financeira e 
desespero. 
É de extrema Importância ressaltar ainda, que no assalto 
sofrido, a autora além de ameaçada mediante arma de fogo, 
também acabou por sentir na pele o doloroso poder de fogo do 
assaltante, que acabou por resultar na amputação de um de 
seus dedos e como se não bastasse, a reclamante para poder 
continuar viva também teve que fazer morada na UTI de um 
hospital, sem receber qualquer ajuda ou restituição dos 
valores subtraídos. 
Destaca-se ainda, que a Reclamada jamais adotou medidas 
de segurança, mesmo ante ao fato de sua atividade 
profissional ser dona de um risco comum que é de seu 
conhecimento, uma vez que o ano de 2019 foi marcado por cerca 
de cinco assaltos, provando assim, que a obreira esteve 
diariamente sob risco de morte enquanto exercia sua 
profissão. 
Nesta esteira, é sabido que quando os assaltos se tornam 
rotineiros no dia a dia de uma empresa, estes adquirem 
"status" de eventos previsíveis para aquele que explora 
a atividade econômica, incorporando-se, portanto, ao 
risco do empreendimento, cujo encargo é do empregador 
(art. 2° da CLT). 
Portanto, a situação vivida pela obreira deve ser 
analisada sob a ótica de um acidente de trabalho que 
ostenta intrínseca relação com o objeto social da 
empresa Ré e com o risco da atividade econômica 
assumido pela reclamada (artigo 2º da CLT), motivo pelo qual 
o dever de indenizar é medida que se impõe. Este é o 
entendimento já pacificado no âmbito do E. TST, confirmado em 
decisões recentes. Confira-se: 
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMADO. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANOS MORAIS. 
SERVIÇOS DE OFFICE BOY. TOMADOR DOS SERVIÇOS. 
ENTE PRIVADO. Assim, sendo hipótese de 
responsabilidade objetiva e presentes o dano 
(abalo psicológico decorrente do assalto à mão 
armada) e o nexo causal (assalto ocorrido no 
horário em que o reclamante desempenhava suas 
atividades laborais), devida a compensação por 
danos morais. Recurso de revista conhecido e 
provido, no tema.(TST - RR: 
223008520095090673, Relator: Hugo Carlos 
Scheuermann, Data de Julgamento: 28/06/2017, 
1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/06/2017) 
Cabe ainda mostrar a este nobre juízo, que além do 
recebimento de valores, a reclamante também estava incumbida 
de cobrir faltas de frentistas e, assim, acabava muitas vezes 
realizando o abastecimento de veículos. Logo, o entendimento 
do TST mais uma vez nos permite alcançar a justiça: 
RECURSO DE REVISTA. ASSALTO A POSTO DE 
COMBUSTÍVEL. FRENTISTA. ATIVIDADE DE RISCO. 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. A 
jurisprudência desta Corte tem admitido a 
aplicação da teoria da responsabilidade 
civil objetiva do empregador, prevista no 
art. 927, parágrafo único, do Código Civil, 
nos casos em que a própria dinâmica 
laborativa traz risco proeminente aos 
obreiros, como é a hipótese dos autos, 
porquanto o frentista de posto de gasolina 
está mais suscetível de sofrer assaltos do 
que trabalhador comum. Nesse passo, presentes 
o dano e o nexo causal - premissas 
expressamente reconhecidas no acórdão 
recorrido - , e, considerando a atividade 
de risco desempenhada pelo reclamante 
-frentista-, impõe-se o imperioso dever de 
indenizar empresarial, com o 
restabelecimento da sentençade origem que 
condenara o empregador ao pagamento de 
dano moral no importe de R$ 5.046, 60 
(cinco mil, quarenta e seis reais e 
sessenta centavos). Precedentes desta 
Corte. Recurso de revista conhecido e 
provido. (TST -RR: 8582120115120023, 
Relator: Delaíde Miranda Arantes, 
Julgamento: 24/06/2015, 2ª Turma, 
Publicação: DEJT 01/07/2015). (grifo nosso). 
 
O que não pode ser esquecido ou muito menos 
desconsiderado, é o previsto pelo parágrafo único do artigo 
927 do Código Civil, que de maneira clara esclarece que o 
empregador, no presente caso, deverá reparar os danos 
sofridos pelo empregado, independentemente de dolo ou 
culpa, uma vez que sua atividade implica, por sua natureza, 
grande risco ao trabalhador. Ainda, ressalta-se que a 
aplicação do art. 927, parágrafo único, do Código 
Civil no direito do trabalho, como sua fonte 
subsidiária, é autorizada pelo art. 8º, §1°, da CLT. 
Logo, é incontroverso que estão presentes o dano - moral 
e material - e o nexo de causalidade, considerando que no 
momento do assalto a reclamante encontrava-se no exercício de 
suas funções laborais. O dano moral, em casos como o 
presente, é deduzido da própria ofensa, bastando o 
implemento do evento para criar a presunção dos 
efeitos negativos na órbita subjetiva da vítima (dano in re 
ipsa). 
Diante de tais circunstâncias, nos termos dos 
artigos 186 e 927 do Código Civil/02, requer a Autora uma 
indenização por danos morais no importe não inferior a 
R$ 30.000,00 (trinta mil reais) pelos danos morais sofridos 
no seu ambiente de trabalho. 
13 - REVERSÃO DA JUSTA CAUSA - DA DEMISSÃO ILEGAL 
A demissão, que se deu por justa causa, foi 
arbitrária, dado que desprovida de justificativa e sem 
qualquer fundamentação legal, principalmente pelo longo 
período em que o Reclamante trabalhou para a Reclamada. Isso 
porque a demissão por justa causa deve ser aplicada pelo 
empregador após o conhecimento e a apuração da falta grave 
cometida pelo empregado, sempre que esta puder ser capitulada 
em uma das modalidades previstas no artigo 482 da CLT , o que 
não é o caso que aqui se apresenta. 
 
Pois bem, ante a total ausência de motivos que 
pudessem justificar a demissão sem justa causa em apreço, 
acredita-se que a adesão da greve que ensejou tal medida. E, 
ainda assim, com certas ressalvas, já que consta 
incoerentemente no comunicado de rescisão do contrato de 
trabalho que o motivo foi "abandono de emprego". 
 
Continuando, ao chegar ao seu local de 
trabalho, qual não foi a surpresa da Reclamante quando foi 
informado que não mais fazia parte do quadro de empregados da 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709394/artigo-482-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Reclamada, tendo ainda sido informado que estava sendo 
demitida por justa causa, ante a adesão da greve . 
 
A Reclamante foi surpreendido pela demissão 
por justa causa, pois durante a relação empregatícia sempre 
exerceu sua função com zelo, jamais provocando qualquer ato 
que desabonasse sua pessoa ou atividade laborativa, como 
restará comprovado. 
 
Apesar da justificativa alegada, a Reclamada 
não aplicou outras penalidades menos severas antes da 
demissão que se busca reverter, demonstrando a real intenção 
da Reclamada, sendo esse o entendimento deste Egrégio TRT da 
24ª Região, senão vejamos: 
 
EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE - PERMANÊNCIA DO 
MOVIMENTO PAREDISTA APÓS NEGOCIAÇÃO - DISPENSA 
POR JUSTA CAUSA - INVALIDAÇÃO JUDICIAL. A 
competência funcional para declarar a 
abusividade da greve é dos Tribunais do 
Trabalho (TRT ou TST) a teor do art. 8º da Lei 
n. 7.783/1989 e do PN n. 29 do TST. Logo, não 
havendo nos autos qualquer decisão, tampouco 
notícia, de que houve pronúncia judicial pelo 
Regional acerca da abusividade da greve 
deflagrada pelo sindicato profissional, é 
ilegal a dispensa do trabalhador durante o 
decurso do movimento paredista. Reversão da 
justa causa mantida, inclusive, sob o 
fundamento da legalidade, rectius, 
não-abusividade da greve. Recurso ordinário 
provido, por unanimidade. 
(TRT-24 - RO: 846200808624000 MS 
00846-2008-086-24-00-0 (RO), Relator: NICANOR 
DE ARAÚJO LIMA, Data de Julgamento: 
13/05/2009, Data de Publicação: DO/MS Nº 551 
de 29/05/2009, pag. 
 
Há que se destacar que o poder do empregador 
tem limitações, tendo em vista que a CLT protege o empregado 
das arbitrariedades que possam vir a acontecer por parte do 
patrão, como é o caso aqui apresentado. 
 
Além do mais, Excelência já foi pacificado 
pelo Tribunal Superior do Trabalho, que simples adesão a 
greve não constitui falta grave: 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM 
FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA 
LEI Nº 13.015/2014. JUSTA CAUSA. PARTICIPAÇÃO 
EM GREVE. NÃO RECONHECIMENTO. O Tribunal 
Regional, soberano na análise do substrato 
fático-probatório, concluiu pela não 
configuração da justa causa, fixando que a 
simples participação em greve não constitui 
falta grave. Incide aqui a diretriz traçada 
pela Súmula nº 316 da Suprema Corte, de acordo 
com a qual "a simples adesão a greve não 
constitui falta grave". Intangível a moldura 
fática delineada pelo acórdão, a teor da 
Súmula nº 126/TST, não se divisa violação ao 
art. 14 da Lei nº 7.783/1989, que considera 
abuso do direito de greve a "manutenção da 
paralisação após a celebração de acordo, 
convenção ou decisão da Justiça do Trabalho". 
Isso porque não consta do acórdão tese no 
sentido de que houve continuidade da greve 
após decisão judicial de retorno ao trabalho. 
Intangível a premissa fática da ausência de 
prova da justa causa, o recurso de revista 
esbarra no óbice na Súmula nº 126/TST. Agravo 
de instrumento desprovido . 
(TST - AIRR: 17353320125060171, Data de 
Julgamento: 29/04/2015, Data de Publicação: 
DEJT 05/05/2015) 
 
 
Na verdade, a dispensa da Reclamante, sob a 
alegação de justo motivo, foi planejada pela empresa 
Reclamada com o único propósito de se ver livre dos encargos 
trabalhistas que a dispensa sem justa causa acarreta, tais 
como o aviso prévio, 13ºsalário e férias proporcionais, 
multa de 50% sobre o saldo do FGTS, liberação das guias de 
seguro desemprego e saque do FGTS. 
 
Essa atitude arbitrária e ilícita deixou o 
reclamante totalmente desamparado financeiramente: 
 
● primeiro, porque não recebeu integralmente as verbas 
rescisórias; 
● segundo, porque lhe obsta de receber o 
seguro-desemprego; 
● terceiro, vedou-lhe o levantamento do saldo existente do 
FGTS, a fim de amenizar as despesas corriqueiras do ser 
humano, tais como: alimentação, despesas médicas, água, 
luz, medicamentos, dentre outras. 
 
Dessa forma, a presente reclamatória busca 
reverter a demissão por justa causa, ilegalmente imposta ao 
Reclamante, para que o mesmo possa reaver sua dignidade 
laboral ante tal atitude desproporcional da Reclamada. 
 
 
14 - DA CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA REINTEGRANDO O 
RECLAMANTE ALÉM DE RECEBER O PAGAMENTO DAS VERBAS DURANTE SEU 
PERÍODO DE AFASTAMENTO. 
 
A reclamante foi dispensado por justa causa tendo a 
devida garantia de emprego conforme acima descrito, neste 
contexto o artigo 659, inciso x da CLT impõe a regra em que 
poderá ser concedida a liminar no presente caso. 
 
Além do mais, o Tribunal Superior do Trabalho pacificou 
pela súmula 378, que o trabalhador possui estabilidade 
provisória pelo período de 12 meses após a cessação do 
auxílio-doença ao empregado acidentado. 
 
Súmula nº 378 do TST 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 
DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 
que assegura o direito à estabilidade provisória por 
período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença 
ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - 
inserida em 01.10.1997) 
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade 
o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente 
percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se 
constatada, após a despedida, doença profissional que 
guarde relação de causalidade com a execução do 
contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da 
SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
III – III - O empregado submetido a contrato de 
trabalho por tempo determinado goza da garantia 
provisória de emprego decorrente de acidente de 
trabalho prevista no n no art. 118 da Lei nº 
8.213/91. 
 
A presente reclamação tem o caráter processual, 
necessariamente de cautelar e sendo assim para a concessão da 
liminar é obrigatório o apontamento do "fumus boni iuris" e 
do "periculum in mora". 
 
O "fumus boni iuris" está demonstrado nas legislações 
acima expostas, ou seja, a reclamante é garantida no emprego 
e não poderia ser dispensado imotivadamente, conforme fora, 
já o "periculum in mora" é a necessidade da tutela de 
urgência por parte deste Juízo, pois se houver a demora o 
mandato do reclamante irá vencer. 
 
Concluindo, requer a concessão da liminar diante dos 
preenchimentos já demonstrados "inaudita altera pars", 
reintegrando o reclamante além do pagamento referente ao 
período de seu afastamento. 
 
15 - DA JUSTIÇA GRATUITA 
A Reforma Trabalhista, em seu Art. 790 trouxe 
expressamente o cabimento do benefício à gratuidade de 
justiça ao dispor: 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à 
parte que comprovar insuficiência de recursos para o 
pagamento das custas do processo. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017. 
Assim, considerando que a renda do Autor gira em torno 
de, tem-se por insuficiente para cumprir todas suas 
obrigações alimentares e para a subsistência de sua família, 
em especial: 
Trata-se da necessária observância a princípios 
constitucionais indisponíveis preconizados no artigo 5º inc. 
XXXV da Constituição Federal , pelo qual assegura a todos o 
direito de acesso à justiça em defesa de seus direitos, 
independente do pagamento de taxas. 
Para tanto, junta em anexo declaração de 
hipossuficiência que possui presunção de veracidade e só pode 
ser desconsiderada em face de elementos probantes suficientes 
em contrário. 
Ou seja, não há razão para não concessão da Gratuidade 
de Justiça: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA 
GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE 
PROVA EM CONTRÁRIO. 1.O direito ao benefício da 
assistência judiciária gratuita não é apenas para o 
miserável, e pode ser requerido por aquele que não tem 
condições de pagar as custas processuais e honorários 
advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua 
família. Precedentes. 2.O escopo da gratuidade de 
justiça é assegurar a todos o acesso ao Judiciário, 
conferindo eficácia aos comandos constitucionais 
insculpidos nos incisos XXXV e LXXIV do art. 5º da 
Carta da Republica . 3.Ao impugnante incumbe o ônus de 
provar cabalmente a inexistência dos requisitos 
autorizadores à concessão do benefício da assistência 
judiciária gratuita. 4. Inexistindo prova de que, a 
despeito da parte impugnada atuar no ramo de 
paisagismo, aufira renda suficiente para arcar com o 
pagamento das custas e despesas do processo sem o 
comprometimento de seu próprio sustento, tem-se por 
correta a rejeição da Impugnação à Assistência 
Judiciária . 5.Apelação Cível conhecida e não provida. 
(APC 20140111258250 Orgão Julgador 1ª Turma Cível DJE : 
23/02/2016 . Relator NÍDIA CORRÊA LIMA. 
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º , LXXIV da 
Constituição Federal , pelo artigo 98 do CPC e 790 § 4º da CLT 
requer seja deferida a AJG ao requerente. 
16 - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Consoante com o artigo 791-A da CLT, requer a vossa 
excelência a condenação ao reclamado ao pagamento de 
Honorários Advocatícios de Sucumbência no valor de 15% sobre 
a liquidação da sentença. 
III - DOS PEDIDOS: 
Diante o exposto requer: 
a)Requer seja reconhecido a sucessão empresarial; 
b)Nulidade da modalidade contratual de trabalho de aprendiz e 
reconhecimento de vínculo empregatício para contrato de 
trabalho por prazo indeterminado; 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727456/inciso-lxxiv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727456/inciso-lxxiv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650125/artigo-790-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999916/par%C3%A1grafo-4-artigo-790-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
c) Pagamento pelo acúmulo de função; 
d) Retificação da CTPS para constar a real função da 
reclamante; 
e) Devolução dos descontos indevidos referente a contribuição 
confederativa e desconto realizado por dano patrimonial a 
empresa em razão de assalto 
f) Pagamento de adicional de periculosidade ou insalubridade 
dos últimos 3 anos, contados de sua demissão 
g) Cumulação de adicional de insalubridade e periculosidade; 
h)Entrega de documentos de PCMSO, PPRA, PPP e LTCAT 
i)Requerimento de perícia médica e técnica; 
j)Reconhecimento da estabilidade provisória e readptação de 
função; 
k)Pagamento de saldo de salário no período de afastamento por 
atestado médico; 
l)Indenização por danos morais no importe de R$ 50.000,00 
reais (cinquenta mil reais) 
m) Indenização por danos morais em dcorencia do acidente de 
trabalho sofrido no importe de R$ 60.000,00 (sessenta mil 
reais); 
n)Reversão da justa causa e pagamento de verbas rescisórias; 
o) Concessão da tutela de urgência para reintegração do 
reclamante ao trabalho; 
p) concessão do pedido de justiça gratuita; 
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
Diante o exposto, requer a procedência dos pedidos, a 
intimação das reclamadas para apresentar contestação à 
reclamação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria 
de fato. 
A produção de todos os meios de provas em direito 
admitidos, em especial a prova pericial, documental e 
testemunhal. 
E por fim, a procedência dos pedidos e a condenação do 
reclamado ao pagamento de honorários advocatícios no importe 
de 15% conforme estabelece o art. 791-A da CLT . 
Atribui-se à causa o valor de R$ 350.000,00, 
correspondente a somatória dos pedidos. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
São Paulo, 22/03/2020 
 
Bruno Diniz Fernandes de Oliveira - OAB Nº: 81610053 
 
Giovanna Andrade Gerandilha - OAB Nº: 816155606 
 
Jenniffer Gabrielly dos Santos Martins - OAB Nº:816120425 
 
Vinicius Souza de Melo - OAB Nº:816112408 
 
 
 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999906/artigo-791a-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43

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