Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bruno Diniz Fernandes de Oliveira - RA: 81610053 Giovanna Andrade Gerandilha - RA: 816155606 Jenniffer Gabrielly dos Santos Martins - RA:816120425 Vinicius Souza de Melo - RA:816112408 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE BARUERI – SP – TRT 2ª REGIÃO ROXANE ANTUNES GUIMARÃES , brasileira, solteira, nascida em 20/06/2000, inscrita no CPF nº 0012, portadora da cédula de identidade nº 0011, Carteira Profissional nº 0010, PIS º 0013, filha de Lordival Guimarães e Lola Antunes, domiciliada na Rua das Flores, nº 150 - Osasco/SP - CEP 10000-100, por seus advogados subscritos, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Sob o RITO ORDINÁRIO em face da empresa MARY HANNAH CHAGAS DE OLIVEIRA EIRELI , situada na Rua das Laranjeiras, nº 171 - Barueri - CEP 20000-200, pelos motivos a seguir expostos: I - PRELIMINARMENTE 1 - DA PRESCRIÇÃO Cabe ressaltar, que os direitos pleiteados pela Reclamante, não devem sofrer as consequências da prescrição, tendo em vista que a época dos fatos o obreiro era menor de 18 anos e, portanto, nos termos do art. 440 da CLT não corre o prazo prescricional em face deles. 2 - DO RECONHECIMENTO DA SUCESSÃO EMPRESARIAL O Reclamante foi contratado para laborar para a pessoa jurídica XPTO Abastecimentos Ltda. , em 05/07/2014, no entanto no curso da relação contratual a empresa empregadora foi desativada tendo sido vendida para a reclamada Mary Hannah Chagas de Oliveira Eireli , a quem o Autor também prestou serviços, até o dia 03/12/2019. A 1ª Reclamada é, por conseguinte, Sucessora da pessoa jurídica para quem trabalhou o Autor, nos termos dos arts. 10, 448 e 448-A, da CLT, pois adquiriu uma unidade produtiva autônoma, estando estabelecida no mesmo ponto comercial, exercendo a mesma atividade empresarial da Sucedida, tendo inclusive comprado os equipamentos da mesma e beneficia-se de sua clientela. Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial caracteriza-se a sucessão quando há o transpasse do ponto comercial, com o mesmo ramo de atividade empresarial. É o que se expressa nos ensinamentos de Amauri Mascaro Nascimento: "Sucessão de empresas significa mudança na propriedade da empresa". e afirma ainda que: Quando ocorre sucessão de empresas, porque o direito do trabalho garante o empregado nessas transformações que se operam sem sua intervenção, sub-roga-se o novo proprietário em todas as obrigações do primeiro desenvolvendo-se normalmente o contrato de trabalho, sem qualquer prejuízo para o trabalhador. Mesmo as obrigações trabalhistas vencidas à época do titular alienante, mas ainda não cumpridas, são exigíveis, porque a responsabilidade trabalhista existe em função da empresa." ( Curso de Direito do Trabalho, 7. ed. , atual. - São Paulo: Saraiva, 1989, pags. 370 a 373). Pacificada a jurisprudência entende que configurada a sucessão empresarial, ficam as empresas responsáveis pelos ressarcimentos de prejuízos causados ao autor, in verbis: RECURSO ORDINÁRIO. SUCESSÃO EMPRESARIAL. RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE AS EMPRESAS COMPROVADA. A teor do disposto nos artigos 10 e 448 da CLT, a sucessão de empresas, para fins de responsabilidade trabalhista, pressupõe alteração na estrutura jurídica da empresa ou transferência, ainda que parcial, da universalidade de bens que a compõe, bem assim a continuidade do empreendimento econômico. Independentemente de ter havido a continuidade da prestação de serviços pelo autor às reclamadas, restou patente, nos autos, a relação jurídica existente entre a empregadora formal do autor (Fibra Forte Ltda.) e as demandadas, a qual vai além de uma relação meramente comercial. Recurso provido. (Processo: RO - 0000776-27.2016.5.06.0008, Redator: Fabio Andre de Farias, Data de julgamento: 24/01/2018, Segunda Turma, Data da assinatura: 24/01/2018).(TRT-6 - RO: 00007762720165060008, Data de Julgamento: 24/01/2018, Segunda Turma) Veja Nobre Excelentíssimo, é fato que a responsabilidade pelos créditos trabalhistas devido ao obreiro é da 1ª reclamada, como sucessora empresarial, mas, ainda sim, ficando caracterizada a fraude do contrato, pede que seja reconhecida a responsabilidade solidária entre as reclamadas, nos termos do art. 448-A. 2 – DO CONTRATO DE TRABALHO O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 05/07/2014, sob a modalidade contratual de menor aprendiz, para exercer as atividades inerentes à função de OPERADOR DE CAIXA, tendo a sua CTPS assinada apenas no dia 21/06/2016 constando a função de Empacotadora. A época dos fatos o reclamante tinha apenas 14 anos, tendo percebido como última remuneração o valor de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais). O Reclamante foi dispensado por justa causa no dia 03/12/2019, com a alegada motivação de abandono de emprego por ter aderido ao movimento paredista desde o dia 02/11/2019. II - DO MÉRITO 1 – RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO - NULIDADE DO CONTRATO DE MENOR APRENDIZ Como mencionado acima, a obreira foi admitida pela reclamada em 05/07/2014, quando ainda tinha seus 14 anos de idade, para exercer a função de operadora de caixa, no entanto, somente teve sua CTPS anotada formalmente em 21/06/2016, registrada a função de empacotadora, tendo sido dispensada por justa causa em 03/12/2019. De acordo com a lei nº 10.097/2000 que introduziu a qualidade de Menor Aprendiz na CLT, prevê claramente em seu art. 403 é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. Assim, ao que dispõe tal lei, a reclamada descumpriu totalmente com a modalidade de contratação da reclamante, uma vez que, no momento de sua admissão a mesma deveria ser contratada na condição de aprendiz. Agravando mais a situação, durante o período de 05/07/2014 a 20/06/2018, a reclamante exerceu suas atividades em local que apresentava periculosidade, o que nos termos do artigo 405 da CLT é expressamente vedado, para menores de 18 anos, o que desqualifica eventual contrato de menor aprendiz que fosse celebrado no referido período entre as partes. Nesse sentido,diante da inobservância dos dispositivos legais que versam a condição de aprendiz, fica evidente o vínculo empregatício existente entre as partes no período em que a reclamante não tinha atingido a maioridade, preenchendo todos os requisitos para a configuração, previstos no art.3º da CLT. Conforme a jurisprudência , in verbis: “EMENTA VÍNCULO EMPREGATÍCIO - CONFIGURAÇÃO. Para o direito do trabalho o que importa é a forma real como praticada a relação jurídica entre as partes, ou seja, a primazia de realidade, de maneira que é indiferente se o autor prestou serviços sem a formalidade do contrato de emprego, ou mesmo, através de empresa na qual figura como controlador. O aspecto formal, consubstanciado no contrato social, não podem se sobrepor ao contrato de trabalho que se rege pelo princípio da realidade e, por isso, atos fraudulentos que tenham por escopo mascarar a relação de emprego, são tidos como nulos ao teor do artigo 9º da CLT. Sendo assim, logrando o autor demonstrar que trabalhou de forma remunerada, não eventual e prestando serviços ligados a atividade-fim das reclamadas que colhiam o fruto do seu trabalho, além de controlarem o serviço por ele desempenhado, provejo o recurso para reconhecer o vínculo empregatício do autor. (TRT-1 - RO: 01006933220175010005 RJ, Relator: JOSE ANTONIO TEIXEIRA DA SILVA, Data de Julgamento: 24/09/2019, Oitava Turma, Data de Publicação: 08/10/2019).” Afinal, tem-se como princípio fundamental a responsabilização daquele que se beneficia do trabalho que foi explorado, conforme destaca a doutrina especializada: “O que precisa ficar bem claro é que no campo do direito do trabalho jamais o beneficiário da atividade laboral pode ficar fora da responsabilidade. Ao contrário de outros segmentos jurídicos, em que cláusulas contratuais de desoneração de responsabilidade podem ser livremente pactuados, no direito do trabalho o objeto primordial é a energia humana, a qual, uma vez empreendida, é irrecuperável e irretornavél, sendo considerado imoral, além de ilegal, que o beneficiário dessa força de trabalho simplesmente sonegue a contraprestação e se considere irresponsável pelas reparações cabíveis,” (SILVA, Homero Batista da, Curso de Direito do Trabalho Aplicado. Vol 1. Editora RT, 2017. versão, Cap. 12) Ademais, demonstrada a relação existente entre as partes, não resta dúvida que a Reclamante faz jus à anotação do contrato de trabalho do período de 05/07/2014 a 21/06/2016 em sua CTPS, bem como o reconhecimento do vínculo empregatício, pelo desvirtuamento do contrato . 2 - ACÚMULO DE FUNÇÃO Excelentíssimo, apesar da reclamante ter sido contratada para executar as tarefas de Operador de caixa, desde sua contratação, além das tarefas rotineiras também acumulava habitualmente a função de frentista, realizando o abastecimento dos carros, cobrindo as faltas de colegas, mas desde o início de sua contratação. Portanto, ativando-se em trabalho outro que não apenas para o qual foi contratado, isto porque ao desempenhar as funções de caixa e frentista, naturalmente que naquele momento específico deixava a clientela lhe aguardando. Diante de tal fato, a jurisprudência pacífica que: PLUS SALARIAL POR ACUMULO DE FUNÇÕES. O obreiro faz jus a adicional salarial, pela execução de tarefas diferentes que não correspondam ao complexo de atividades inerentes a função que desempenha, mormente quando estas tarefas acarretam maiores obrigações e responsabilidades. Recurso ordinário da reclamada não provido.(TRT-4 - ROT: 00212017120175040016, Data de Julgamento: 12/09/2019, 11ª Turma) Ademais, na ocasião de sua contratação na função específica de operador de caixa, os serviços de frentistas não foram declinados como inerentes àquele mister, já que à época de sua contratação até dezembro de 2019, existia na Ré empregados que desempenha tal função. Houve, em verdade, alteração das condições de trabalho, em circunstância prejudicial e lesiva ao Autor, alargando o alcance das atribuições originais. Diante desse contexto, a autora faz jus ao reconhecimento do acúmulo de função , e a consequente condenação das reclamadas ao pagamento de um acréscimo salarial, á títulos de diferenças salariais, correspondente a 20% sobre a remuneração mensal recebida, por aplicação analógica do artigo 13 da Lei 6.615 /78, que trata do acúmulo de funções na profissão de radialista, por acúmulo de função, caixa e frentista, no período de julho de 2000 até a sua dispensa imotivada, com reflexos em férias + 1/3, 13º salário, aviso-prévio e FGTS com 40%, horas extras e mais repouso remunerado. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11659119/artigo-13-da-lei-n-6615-de-16-de-dezembro-de-1978 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109141/lei-6615-78 3- RETIFICAÇÃO DE CTPS Desde já o Reclamante pleiteia que seja respeitado o princípio da primazia da realidade, pois inobstante ter sido registrada na função de empacotadora, ela exercia função diversa da anotação. Como a presunção de veracidade das anotações na CTPS é iuris tantum (presunção relativa), o obreiro irá provar de todas as formas possíveis em Direito, que trabalhava em função diversa da registrada, devendo ser concedido o direito à retificação da CTPS bem como ao pagamento das diferenças salariais existentes em todo o período. Neste sentido, o Precedente Normativo nº 105 da Seção de Dissídios Coletivos – SDC do TST, traz que: “As empresas ficam obrigadas a anotar na carteira de trabalho a função efetivamente exercida pelo empregado, observada a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Requer de fato a retificação da CTPS para constar a verdadeira função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da diferença salarial entre as funções de operador de caixa e empacotador, se houver. 4 - DOS DESCONTOS EFETUADOS INDEVIDAMENTE DO SALÁRIO - CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA E DESCONTO DE QUANTIA ROUBADO DO ESTABELECIMENTO. Durante o pacto de trabalho, o Reclamante sob a justificativa de que, sofreu descontos indevidos e Contribuição Confederativa e desconto de quantia que fora roubada do estabelecimento. Ocorre que, por serem descontos manifestamente ilegais, além de afetar diretamentea subsistência do reclamante afetaram gravemente sua moral, que tem em sua remuneração o resultado de seu árduo trabalho. Nos termos da Súmula 666 do STF, somente poderá ser exigida a Contribuição Confederativa dos empregados filiados, o que não é o caso, vejamos: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10762468/artigo-29-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 Súm. 666, STF – CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA – EXIGIBILIDADE DOS FILIADOS AO SINDICATO. A contribuição confederativa de que trata o art. 8o, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Legislação: CF, art. 8o, IV. No mesmo sentido o TST redigiu o precedente normativo 119, que dispõe sobre a não compulsoriedade da contribuição confederativa aos não associados, in verbis: CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – (nova redação dada pela SDC em sessão de 02.06.1998 - homologação Res. 82/1998, DJ 20.08.1998. "A Constituição da República, em seus arts. 5o, XX e 8o, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados." A Reclamante teve sofreu diversos assaltos no posto e teve descontado ilegalmente de sua remuneração o dinheiro roubado, sendo assim empresa extrapolou seu poder diretivo, expondo o trabalhador a situações que atentam contra a sua dignidade, e conforme art. 462 da CLT, Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Não se trata de nenhum caso do artigo, uma vez que a reclamante sofreu assalto e teve a sua integridade física atingida, não há que se falar em dolo. Nesse diapasão, a jurisprudência entende: EMENTA: DESCONTO – ILEGALIDADE - RISCO DO EMPREENDIMENTO. MOTORISTA DE CAMINHÃO. ASSALTO. GUARDA DE VALORES. ARTIGOS 2º E 462 DA CLT . Em se tratando de descontos não autorizados por lei ou norma convencional, não há como chancelar o comportamento vedado por norma cogente e de interesse público, descrita no artigo 462 da CLT , http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634319/artigo-2-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 que consagra o princípio da intangibilidade do salário. Não comprovado o dolo ou a culpa do trabalhador, torna-se inadmissível o desconto efetivado em razão de assalto sofrido pelo reclamante ao conduzir caminhão de entrega de mercadorias da empregadora, sob pena de se transferir ao empregado os riscos do empreendimento (artigo 2º da CLT ) e de imputar lhe responsabilidade por fato alheio à sua vontade, principalmente porque a reclamada não fornecia aos motoristas os meios necessários à segurança na guarda dos valores recebidos. TRT-3 - MG: 01018-2006-032-03-00-0 , Data de Julgamento: 24/09/2019, Oitava Turma, Data de Publicação: 08/10/2019). Isto posto, requer que a Reclamada seja condenada a devolução dos mesmos, sendo os valores acrescidos de juros e correção monetária além de condenação a danos morais. 5 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE OU INSALUBRIDADE O Obreiro exercia suas funções em ambiente insalubre e perigoso, uma vez que estava em constante contato com substâncias inflamáveis, e ainda, sofreu assalto onde foi baleada e teve um dedo amputado de sua mão esquerda. A Reclamante foi contratada para exercer a função de operadora de caixa de uma posto de gasolina, com apenas 14 anos de idade, estando constantemente exposta aos perigos da profissão. É de conhecimento social que os postos de gasolina são assaltados constantemente, dessa forma, a NR16 do MTE dispõe que os empregados que estão expostos a roubos têm direito a perceber o adicional de 30% sobre o salário. Ademais, o obreiro além de operador de caixa ainda cumulava a função de frentista, em que habitualmente era responsável por cobrir faltas de outros funcionários, e acabava por realizar o abastecimento de veículos, com apenas 14 anos de idade, atividade essa proíbida para um menor exercer. E há 3 anos o empregador parou de efetuar o pagamentos dos adicionais devidos, alegando que fornecia equipamento de proteção individual e portanto, os adicionais não eram mais devidos. Veja, tamanho o absurdo dessa declaração, pois independentemente do fornecimento de EPis, o http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634319/artigo-2-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 empregador é obrigado a realizar o pagamento dos adicionais, conforme preceitua a Súmula nº 289 do TST, in verbis: “O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.” Ademais, de acordo com a Súmula nº 39 do TST, o empregado que opera bomba de combustível tem direito ao adicional de periculosidade. O que é pacificada pela própria jurisprudência: RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. MECÂNICO QUE OPERAVA BOMBA DE COMBUSTÍVEL. CONTRARIEDADE À SÚMULA 39 DESTA CORTE. CONFIGURAÇÃO. I - Saliente-se, de início, que o Quadro 3 do Anexo 2 da NR 16 do Ministério do Trabalho classifica como atividade perigosa a operação em postos de bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos,referindo-se expressamente ao "operador de bomba e trabalhadores que operam na área de risco". II - Nessa esteira, aliás, firmou-se a jurisprudência deste Tribunal, de que somente o empregado que opera bomba de combustível para abastecimento de veículos faz jus ao adicional de periculosidade. Precedentes. III - Vale ressaltar, ainda, o entendimento consolidado na Súmula 39 desta Corte, do seguinte teor: PERICULOSIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade (Lei nº 2.573, de 15.08.1955). IV - Por outro lado , não é demais salientar que a jurisprudência desta Corte vem se consolidando no sentido de que, nos casos em que a exposição ao agente perigoso se dá de forma habitual, ainda que por tempo reduzido, o contato deve ser considerado como intermitente e não eventual. Precedentes. V - Assim, da decisão regional que considerou indevido o pagamento do adicional de periculosidade ao reclamante que realizava abastecimento de veículo por três vezes na semana, sobrevém, por similutide temática, a pretendida contrariedade à Súmula 39 do TST. VI - Recurso conhecido e provido. (TST - RR: 687920165120017, Relator: Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 26/04/2017, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 28/04/2017). Ainda que de forma intermitente, a reclamante estava exposta aos agentes periculosos, uma vez que cobria faltas de funcionários, como sendo sua segunda função. Sendo assim, nesse sentido o TST assegurou seu direito na Súmula nº 364, mesmo que de forma intermitente, vejamos: Súmula nº 364 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). Com base em fundamentos legais e jurisprudências, requer o reclamantes prova pericial técnica para alegada situação, e uma vez provada a veracidade de suas alegações pede o deferimento do pagamento de adicional de periculosidade, conforme art. 193, I e II da CLT e caso esse não seja o entendimento do julgador, requer como pedido alternativo o pagamento de adicional de insalubridade, conforme art. 189 da CLT. 6- DA CUMULAÇÃO DOS ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE Não há mais como persistir o entendimento literal dado ao artigo 193, parágrafo 2º da CLT, cuja previsão é a de opção pelo adicional mais favorável ao trabalhador. A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXIII, garantiu de forma plena o direito ao recebimento dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade, não havendo qualquer ressalva quanto à impossibilidade de cumulação. Portanto, o artigo supracitado da norma celetista não foi recepcionado pela nossa Constituição da República. Nem se alegue que a cumulação dos referidos adicionais implicando pagamento em dobro, já que a insalubridade refere-se à saúde do empregado diante das condições nocivas do ambiente de trabalho, enquanto a periculosidade “traduz situação de perigo iminente que, uma vez ocorrida, pode ceifar a vida do trabalhador, sendo este o bem a que se visa proteger”. Noutro bordo, a norma prevista na CLT é inaplicável em virtude da introdução à nossa ordem jurídica brasileira das Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “que têm status de norma materialmente constitucional ou, pelo menos, supralegal”, como foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal. A Convenção 148, por sua vez, consagra a necessidade de atualização constante da legislação sobre as condições nocivas de trabalho, e a 155 determina que sejam levados em conta os “riscos para a saúde decorrentes de exposição simultânea a diversas substâncias ou agentes.” Nesse diapasão tem sido o entendimento de vários Tribunais Trabalhistas em seus respeitosos acórdãos, apresentando o seguinte: “POLÍTICA DE PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR. CUMULAÇÃO DE ADICIONAIS. INTELIGÊNCIA DO COMANDO CONSTITUCIONAL: A CF/88 ampliou a tutela à saúde do trabalhador, impondo a necessidade de eliminação dos riscos inerentes à saúde. Na nova redação dada ao tema dos adicionais de periculosidade, insalubridade e penosidade, no inciso XXIII do art. 7 da CF/88, existe previsão expressa para pagamento pelos respectivos adicionais, àquelas situações de fato cujas atividades sejam assim consideradas nocivas segundo a lei. Não há qualquer restrição no texto constitucional à cumulação dos adicionais. Se presentes uma ou mais das situações nocivas à saúde o adicional deve incidir sobre todas as hipóteses. Entretanto a Douta Maioria da Turma entende não ser possível esta cumulação. (Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. RO n. 01959-2006-142-03-00-0. Rel.Des.Vicente de Paula Maciel Júnior. Belo Horizonte, MG, 07 de junho de 2008.) Exatamente neste sentido também a 7ª Turma do C. Tribunal Superior do Trabalho prevista na CLT e na Norma Regulamentadora 16 do Ministério do Trabalho e Emprego, quanto à percepção de apenas um adicional quando o trabalhador estiver sujeito a condições insalubres e perigosas de trabalho concomitantemente. Frise-se, são agentes distintos, que também ocasionam perigos à integridade física e da saúde do trabalhador de modo diverso, não havendo mais espaço para a aplicação do artigo 193, parágrafo segundo da CLT. Assim, nos termos dos artigos 189 a 193 da CLT, cuja leitura deve estar emperfeita consonância aos termos das Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)e em face da excessiva exposição do Reclamante a agentes nocivos à saúde humana, caracterizando a insalubridade, deve a Reclamada ser condenada a realizar os pagamentos dos adicionais salariais de insalubridade e periculosidade de forma cumulativa. Acaso assim não entenda, que seja deferido o mais benéfico ao trabalhador. 7 - DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS (PCMSO, PPRA, PPP, LTCAT)- REQUERIMENTO DE PERÍCIA Conforme preconiza a Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho, são documentos de realização obrigatória por parte da reclamada, dentre eles, os programas relacionados aos meios ambientes do trabalho (PCMSO, PPRA, PPP, LTCAT, exames admissional, periódicos e demissional). Portanto, tratam-se de documentos de realização obrigatória, normatizados pela referida Portaria, e, de acordo com o artigo 157 da CLT, compete aos empregadores cumprir as normas expedidas pela Secretaria de Engenharia e Medicina do Trabalho ou demais órgãos do Ministério do Trabalho, no sentido de que o empregador é obrigado a manter laudos periciais acerca do ambiente de trabalho, dentre eles PCMSO e PPRA. Diante do explanado requer que a Ré exiba os seguintes documentos, sob pena de ser aplicada a regra prevista no artigo 359 do CPC c/c artigo 769 da CLT: Outrossim, em não ocorrendo a apresentação dos documentos e laudos obrigatórios supracitados, seja deferido de plano, o adicional ora requerido ou, caso assim entenda Vossa Excelência, seja designada perícia, cujo custo deverá ser integralmente suportado pela reclamada. Por fim, caso Vossa Excelência entenda que o ônus pericial seja de responsabilidade da obreira, o que se admite apenas por argumento, requer seja o adiantamento dos honorários prévios devidamente requisitados do Tribunal Regional do Trabalho da 15" Região, nos termos do Provimento GP - CR n" 03/2012, de 13 de junho de 2012. 8 - ACIDENTE DE TRABALHO - ESTABILIDADE PROVISÓRIA E READAPTAÇÃO No dia 02/08/2019 houve assalto ao posto de gasolina, onde na condição de caixa a reclamante foi ameaçada a entregar o dinheiro, e por consequência baleada e teve a amputação traumática de um dedo da mão esquerda. Durante 25 dias após o ocorrido a reclamante ficou na UTI por conta de seu estado grave de saúde. A Reclamante se submeteu a perícia do INSS, em que foi constatada pelo médico perito a perda de 20% da sua capacidade laborativa, caracterizada por incapacidade parcial e assim deveria ser readaptada em outra função. Acontece Vossa Excelência, que a reclamante não fora readaptada em nova função e ainda foi demitida em seu período de estabilidade. De acordo com o art. 118 da Lei 8.213/91: “O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.” Dessa forma, requer desde já que o empregado seja readmitido ao trabalho e por consequência seja readaptado em outra função. Veja o fato de ser readaptado em outra função, não exime o empregador de pagamento de pensão mensal decorrente da função que ele não poderá mais realizar, em razão do acidente sofrido, conforme entendimento do TST: “ “O fato de o empregado estar apto a desempenhar atividades diferentes daquelas que exercia anteriormente não afasta a efetiva perda da capacidade para o exercício de seu ofício ou profissão”” Sendo assim, pede deferimento para reconhecimento da estabilidade e que seja readaptado em outra função e caso não seja do entendimento de Vossa Excelência, e empregado não possa readaptar o obreiro, pede que seja revertido em pensão mensal vitalícia, uma vez que o obreiro não poderá trabalhar de forma adequada. 9 - SALDO DE SALÁRIO NÃO PAGO DEVIDO AO AFASTAMENTO E DO PERÍODO DE ESTABILIDADE. A época em que ocorreu o assalto no estabelecimento a reclamante teve que ficar afastada por 25 dias, e desse modo deveria receber seu salário pela empresa nos primeiros 15 dias e o restante do afastamento deveria ser pago pelo INSS, conforme encaminhado pela empresa. Ocorre Vossa Excelência, que a empresa não realizou o pagamento do salário como forma de punição a obreira, lhes dizendo que era sua culpa o roubo ocorrido, uma vez que a mesma deveria ter escondido o dinheiro como fora “ensinada”, colocando a si em perigo de vida, veja o tamanho descabimento da alegação. A Reclamante pleiteia o pagamento do salário correspondente aos primeiros 15 dias do afastamento, de acordo com o O regulamento da Previdência Social, decreto 3.048/1999, em que prevê em seu artigo 75, que é responsabilidade da empresa o pagamento dos 15 primeiros dias de afastamento do empregado por motivo de doença. O mesmo entendimento está no artigo 60, § 3º da lei 8.213/99, que trata dos planos da Previdência Nacional. E ainda, conforme art. 495, deve a reclamada efetuar o pagamento dos salários a que teria direito no período da suspensão, uma vez que não se trata de dispensa por justa causa, como será provado pelo obreiro. 10 - DANOS MATERIAIS E LUCRO CESSANTE Em decorrência do gravíssimo acidente de trabalho acometido, a reclamante teve perda da mobilidade da mão esquerda, verificando-se assim a perda parcial e permanente da capacidade laborativa. Tal situação representa obstáculo de ordem profissional, causando restrição ao desempenho de atividades profissionais passíveis de serem exercidas, bem como de natureza social e pessoal, destacando-se que no caso presente, o autor depende, de terceira pessoa para a realização de algumas necessidades pessoais básicas. Logo, não se deve considerar não apenas o trauma psíquico, como também os inegáveis reflexos imprevisíveis que a lesão acarreta, na impossibilidade de manutenção da atividade que o autor desenvolvia além das que poderia desenvolver. Assim, consoante a inteligência dos artigos, 402, 403 e 944, 949 e 950 todos do Código Civil, os lucros cessantes devem traduzir a redução potencial do patrimônio da reclamante vitimado poracidente de trabalho. São os rendimentos razoáveis que deixarão de ser recebidos pelo trabalhador em razão da limitação de sua capacidade laboral. E ainda, a indenização reparatória pela limitação da capacidade laborativa, é a pensão mensal, podendo ser adotado, como parâmetro de arbitramento e liquidação, o disposto nos Art. 949 e 950, determinando o pagamento de uma só vez, no caso da reclamante, é evidente o prejuízo material, pela ocorrência do acidente de trabalho, eis que a incapacidade para desempenhar a atividade extra que realizava de digitação de trabalhos de conclusão de curso para universitários, ganhando em média R$ 400,00 por mês com essa atividade, logo, não resta dúvidas que este dano é permanente, conforme se verifica dos documentos inclusos e será confirmado por meio de perícia médica, o que desde já requer seja deferida por Vossa Excelência. Pelo exposto, requer seja o reclamado condenado ao pagamento de indenização por danos materiais – lucros cessantes -, em parcela única, a ser calculada desde a data do acidente até a data em que a autora completará 79 anos de idade, tomando por base a remuneração que o autor percebia à época do acidente devidamente atualizada e com os reajustes concedidos a categoria profissional, com inclusão das parcelas de 13º salário e ⅓ de férias, observando-se o grau de incapacidade aferido pela perícia médica. Não obstante, em razão do acidente de trabalho ocorrido, a reclamante exacerbou seus gastos com honorários médicos e o tratamento com medicamentos, dessa forma, pleita o reclamante com base no artigo 927 do Código Civil que “aquele que por ato ilícito causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo”. Sucessivamente, não sendo do entendimento de Vossa Excelência pela condenação da reclamada a pagar a indenização em parcela única, requer seja deferida a indenização na forma de pensão mensal vitalícia nos mesmo parâmetros de cálculos acima apontados, eis que a limitação da capacidade laborativa do autor é permanente, com inclusão do 13º salário e 1/3 de férias na base de cálculo da pensão mensal, desde a data do acidente, cujo valor deverá ser reajustado de acordo com o reajuste da categoria profissional e as parcelas atrasadas atualizados desde a data em cada parcela se tornou devida até o efetivo pagamento. 12 - DANOS MORAIS - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EMPREGADOR POR ACIDENTE DE TRABALHO E DESCONTO DE SALÁRIO Como se já não bastasse ter sido a vítima mais lesada durante o assalto que presenciou, a reclamante ainda sofreu descontos indevidos em seu salário, alegando a reclamada, de ser responsabilidade dos funcionários. Absurdo! Não existem dúvidas que os riscos do empreendimento não podem ser repassados aos funcionários, no entanto, a reclamada fraudulosamente transferiu para o empregado o risco do seu próprio negócio, efetuando descontos totalmente indevidos e sujeitando o funcionário à situação de absoluta fragilidade financeira e desespero. É de extrema Importância ressaltar ainda, que no assalto sofrido, a autora além de ameaçada mediante arma de fogo, também acabou por sentir na pele o doloroso poder de fogo do assaltante, que acabou por resultar na amputação de um de seus dedos e como se não bastasse, a reclamante para poder continuar viva também teve que fazer morada na UTI de um hospital, sem receber qualquer ajuda ou restituição dos valores subtraídos. Destaca-se ainda, que a Reclamada jamais adotou medidas de segurança, mesmo ante ao fato de sua atividade profissional ser dona de um risco comum que é de seu conhecimento, uma vez que o ano de 2019 foi marcado por cerca de cinco assaltos, provando assim, que a obreira esteve diariamente sob risco de morte enquanto exercia sua profissão. Nesta esteira, é sabido que quando os assaltos se tornam rotineiros no dia a dia de uma empresa, estes adquirem "status" de eventos previsíveis para aquele que explora a atividade econômica, incorporando-se, portanto, ao risco do empreendimento, cujo encargo é do empregador (art. 2° da CLT). Portanto, a situação vivida pela obreira deve ser analisada sob a ótica de um acidente de trabalho que ostenta intrínseca relação com o objeto social da empresa Ré e com o risco da atividade econômica assumido pela reclamada (artigo 2º da CLT), motivo pelo qual o dever de indenizar é medida que se impõe. Este é o entendimento já pacificado no âmbito do E. TST, confirmado em decisões recentes. Confira-se: RECURSO DE REVISTA DO RECLAMADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANOS MORAIS. SERVIÇOS DE OFFICE BOY. TOMADOR DOS SERVIÇOS. ENTE PRIVADO. Assim, sendo hipótese de responsabilidade objetiva e presentes o dano (abalo psicológico decorrente do assalto à mão armada) e o nexo causal (assalto ocorrido no horário em que o reclamante desempenhava suas atividades laborais), devida a compensação por danos morais. Recurso de revista conhecido e provido, no tema.(TST - RR: 223008520095090673, Relator: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: 28/06/2017, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/06/2017) Cabe ainda mostrar a este nobre juízo, que além do recebimento de valores, a reclamante também estava incumbida de cobrir faltas de frentistas e, assim, acabava muitas vezes realizando o abastecimento de veículos. Logo, o entendimento do TST mais uma vez nos permite alcançar a justiça: RECURSO DE REVISTA. ASSALTO A POSTO DE COMBUSTÍVEL. FRENTISTA. ATIVIDADE DE RISCO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. A jurisprudência desta Corte tem admitido a aplicação da teoria da responsabilidade civil objetiva do empregador, prevista no art. 927, parágrafo único, do Código Civil, nos casos em que a própria dinâmica laborativa traz risco proeminente aos obreiros, como é a hipótese dos autos, porquanto o frentista de posto de gasolina está mais suscetível de sofrer assaltos do que trabalhador comum. Nesse passo, presentes o dano e o nexo causal - premissas expressamente reconhecidas no acórdão recorrido - , e, considerando a atividade de risco desempenhada pelo reclamante -frentista-, impõe-se o imperioso dever de indenizar empresarial, com o restabelecimento da sentençade origem que condenara o empregador ao pagamento de dano moral no importe de R$ 5.046, 60 (cinco mil, quarenta e seis reais e sessenta centavos). Precedentes desta Corte. Recurso de revista conhecido e provido. (TST -RR: 8582120115120023, Relator: Delaíde Miranda Arantes, Julgamento: 24/06/2015, 2ª Turma, Publicação: DEJT 01/07/2015). (grifo nosso). O que não pode ser esquecido ou muito menos desconsiderado, é o previsto pelo parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, que de maneira clara esclarece que o empregador, no presente caso, deverá reparar os danos sofridos pelo empregado, independentemente de dolo ou culpa, uma vez que sua atividade implica, por sua natureza, grande risco ao trabalhador. Ainda, ressalta-se que a aplicação do art. 927, parágrafo único, do Código Civil no direito do trabalho, como sua fonte subsidiária, é autorizada pelo art. 8º, §1°, da CLT. Logo, é incontroverso que estão presentes o dano - moral e material - e o nexo de causalidade, considerando que no momento do assalto a reclamante encontrava-se no exercício de suas funções laborais. O dano moral, em casos como o presente, é deduzido da própria ofensa, bastando o implemento do evento para criar a presunção dos efeitos negativos na órbita subjetiva da vítima (dano in re ipsa). Diante de tais circunstâncias, nos termos dos artigos 186 e 927 do Código Civil/02, requer a Autora uma indenização por danos morais no importe não inferior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) pelos danos morais sofridos no seu ambiente de trabalho. 13 - REVERSÃO DA JUSTA CAUSA - DA DEMISSÃO ILEGAL A demissão, que se deu por justa causa, foi arbitrária, dado que desprovida de justificativa e sem qualquer fundamentação legal, principalmente pelo longo período em que o Reclamante trabalhou para a Reclamada. Isso porque a demissão por justa causa deve ser aplicada pelo empregador após o conhecimento e a apuração da falta grave cometida pelo empregado, sempre que esta puder ser capitulada em uma das modalidades previstas no artigo 482 da CLT , o que não é o caso que aqui se apresenta. Pois bem, ante a total ausência de motivos que pudessem justificar a demissão sem justa causa em apreço, acredita-se que a adesão da greve que ensejou tal medida. E, ainda assim, com certas ressalvas, já que consta incoerentemente no comunicado de rescisão do contrato de trabalho que o motivo foi "abandono de emprego". Continuando, ao chegar ao seu local de trabalho, qual não foi a surpresa da Reclamante quando foi informado que não mais fazia parte do quadro de empregados da http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709394/artigo-482-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 Reclamada, tendo ainda sido informado que estava sendo demitida por justa causa, ante a adesão da greve . A Reclamante foi surpreendido pela demissão por justa causa, pois durante a relação empregatícia sempre exerceu sua função com zelo, jamais provocando qualquer ato que desabonasse sua pessoa ou atividade laborativa, como restará comprovado. Apesar da justificativa alegada, a Reclamada não aplicou outras penalidades menos severas antes da demissão que se busca reverter, demonstrando a real intenção da Reclamada, sendo esse o entendimento deste Egrégio TRT da 24ª Região, senão vejamos: EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE - PERMANÊNCIA DO MOVIMENTO PAREDISTA APÓS NEGOCIAÇÃO - DISPENSA POR JUSTA CAUSA - INVALIDAÇÃO JUDICIAL. A competência funcional para declarar a abusividade da greve é dos Tribunais do Trabalho (TRT ou TST) a teor do art. 8º da Lei n. 7.783/1989 e do PN n. 29 do TST. Logo, não havendo nos autos qualquer decisão, tampouco notícia, de que houve pronúncia judicial pelo Regional acerca da abusividade da greve deflagrada pelo sindicato profissional, é ilegal a dispensa do trabalhador durante o decurso do movimento paredista. Reversão da justa causa mantida, inclusive, sob o fundamento da legalidade, rectius, não-abusividade da greve. Recurso ordinário provido, por unanimidade. (TRT-24 - RO: 846200808624000 MS 00846-2008-086-24-00-0 (RO), Relator: NICANOR DE ARAÚJO LIMA, Data de Julgamento: 13/05/2009, Data de Publicação: DO/MS Nº 551 de 29/05/2009, pag. Há que se destacar que o poder do empregador tem limitações, tendo em vista que a CLT protege o empregado das arbitrariedades que possam vir a acontecer por parte do patrão, como é o caso aqui apresentado. Além do mais, Excelência já foi pacificado pelo Tribunal Superior do Trabalho, que simples adesão a greve não constitui falta grave: http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. JUSTA CAUSA. PARTICIPAÇÃO EM GREVE. NÃO RECONHECIMENTO. O Tribunal Regional, soberano na análise do substrato fático-probatório, concluiu pela não configuração da justa causa, fixando que a simples participação em greve não constitui falta grave. Incide aqui a diretriz traçada pela Súmula nº 316 da Suprema Corte, de acordo com a qual "a simples adesão a greve não constitui falta grave". Intangível a moldura fática delineada pelo acórdão, a teor da Súmula nº 126/TST, não se divisa violação ao art. 14 da Lei nº 7.783/1989, que considera abuso do direito de greve a "manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho". Isso porque não consta do acórdão tese no sentido de que houve continuidade da greve após decisão judicial de retorno ao trabalho. Intangível a premissa fática da ausência de prova da justa causa, o recurso de revista esbarra no óbice na Súmula nº 126/TST. Agravo de instrumento desprovido . (TST - AIRR: 17353320125060171, Data de Julgamento: 29/04/2015, Data de Publicação: DEJT 05/05/2015) Na verdade, a dispensa da Reclamante, sob a alegação de justo motivo, foi planejada pela empresa Reclamada com o único propósito de se ver livre dos encargos trabalhistas que a dispensa sem justa causa acarreta, tais como o aviso prévio, 13ºsalário e férias proporcionais, multa de 50% sobre o saldo do FGTS, liberação das guias de seguro desemprego e saque do FGTS. Essa atitude arbitrária e ilícita deixou o reclamante totalmente desamparado financeiramente: ● primeiro, porque não recebeu integralmente as verbas rescisórias; ● segundo, porque lhe obsta de receber o seguro-desemprego; ● terceiro, vedou-lhe o levantamento do saldo existente do FGTS, a fim de amenizar as despesas corriqueiras do ser humano, tais como: alimentação, despesas médicas, água, luz, medicamentos, dentre outras. Dessa forma, a presente reclamatória busca reverter a demissão por justa causa, ilegalmente imposta ao Reclamante, para que o mesmo possa reaver sua dignidade laboral ante tal atitude desproporcional da Reclamada. 14 - DA CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA REINTEGRANDO O RECLAMANTE ALÉM DE RECEBER O PAGAMENTO DAS VERBAS DURANTE SEU PERÍODO DE AFASTAMENTO. A reclamante foi dispensado por justa causa tendo a devida garantia de emprego conforme acima descrito, neste contexto o artigo 659, inciso x da CLT impõe a regra em que poderá ser concedida a liminar no presente caso. Além do mais, o Tribunal Superior do Trabalho pacificou pela súmula 378, que o trabalhador possui estabilidade provisória pelo período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. Súmula nº 378 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/1991. (inserido item III) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III – III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91. A presente reclamação tem o caráter processual, necessariamente de cautelar e sendo assim para a concessão da liminar é obrigatório o apontamento do "fumus boni iuris" e do "periculum in mora". O "fumus boni iuris" está demonstrado nas legislações acima expostas, ou seja, a reclamante é garantida no emprego e não poderia ser dispensado imotivadamente, conforme fora, já o "periculum in mora" é a necessidade da tutela de urgência por parte deste Juízo, pois se houver a demora o mandato do reclamante irá vencer. Concluindo, requer a concessão da liminar diante dos preenchimentos já demonstrados "inaudita altera pars", reintegrando o reclamante além do pagamento referente ao período de seu afastamento. 15 - DA JUSTIÇA GRATUITA A Reforma Trabalhista, em seu Art. 790 trouxe expressamente o cabimento do benefício à gratuidade de justiça ao dispor: § 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017. Assim, considerando que a renda do Autor gira em torno de, tem-se por insuficiente para cumprir todas suas obrigações alimentares e para a subsistência de sua família, em especial: Trata-se da necessária observância a princípios constitucionais indisponíveis preconizados no artigo 5º inc. XXXV da Constituição Federal , pelo qual assegura a todos o direito de acesso à justiça em defesa de seus direitos, independente do pagamento de taxas. Para tanto, junta em anexo declaração de hipossuficiência que possui presunção de veracidade e só pode ser desconsiderada em face de elementos probantes suficientes em contrário. Ou seja, não há razão para não concessão da Gratuidade de Justiça: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO À ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROVA EM CONTRÁRIO. 1.O direito ao benefício da assistência judiciária gratuita não é apenas para o miserável, e pode ser requerido por aquele que não tem condições de pagar as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Precedentes. 2.O escopo da gratuidade de justiça é assegurar a todos o acesso ao Judiciário, conferindo eficácia aos comandos constitucionais insculpidos nos incisos XXXV e LXXIV do art. 5º da Carta da Republica . 3.Ao impugnante incumbe o ônus de provar cabalmente a inexistência dos requisitos autorizadores à concessão do benefício da assistência judiciária gratuita. 4. Inexistindo prova de que, a despeito da parte impugnada atuar no ramo de paisagismo, aufira renda suficiente para arcar com o pagamento das custas e despesas do processo sem o comprometimento de seu próprio sustento, tem-se por correta a rejeição da Impugnação à Assistência Judiciária . 5.Apelação Cível conhecida e não provida. (APC 20140111258250 Orgão Julgador 1ª Turma Cível DJE : 23/02/2016 . Relator NÍDIA CORRÊA LIMA. Por tais razões, com fulcro no artigo 5º , LXXIV da Constituição Federal , pelo artigo 98 do CPC e 790 § 4º da CLT requer seja deferida a AJG ao requerente. 16 - DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Consoante com o artigo 791-A da CLT, requer a vossa excelência a condenação ao reclamado ao pagamento de Honorários Advocatícios de Sucumbência no valor de 15% sobre a liquidação da sentença. III - DOS PEDIDOS: Diante o exposto requer: a)Requer seja reconhecido a sucessão empresarial; b)Nulidade da modalidade contratual de trabalho de aprendiz e reconhecimento de vínculo empregatício para contrato de trabalho por prazo indeterminado; https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727456/inciso-lxxiv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727456/inciso-lxxiv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650125/artigo-790-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999916/par%C3%A1grafo-4-artigo-790-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 c) Pagamento pelo acúmulo de função; d) Retificação da CTPS para constar a real função da reclamante; e) Devolução dos descontos indevidos referente a contribuição confederativa e desconto realizado por dano patrimonial a empresa em razão de assalto f) Pagamento de adicional de periculosidade ou insalubridade dos últimos 3 anos, contados de sua demissão g) Cumulação de adicional de insalubridade e periculosidade; h)Entrega de documentos de PCMSO, PPRA, PPP e LTCAT i)Requerimento de perícia médica e técnica; j)Reconhecimento da estabilidade provisória e readptação de função; k)Pagamento de saldo de salário no período de afastamento por atestado médico; l)Indenização por danos morais no importe de R$ 50.000,00 reais (cinquenta mil reais) m) Indenização por danos morais em dcorencia do acidente de trabalho sofrido no importe de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais); n)Reversão da justa causa e pagamento de verbas rescisórias; o) Concessão da tutela de urgência para reintegração do reclamante ao trabalho; p) concessão do pedido de justiça gratuita; IV – REQUERIMENTOS FINAIS Diante o exposto, requer a procedência dos pedidos, a intimação das reclamadas para apresentar contestação à reclamação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato. A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial a prova pericial, documental e testemunhal. E por fim, a procedência dos pedidos e a condenação do reclamado ao pagamento de honorários advocatícios no importe de 15% conforme estabelece o art. 791-A da CLT . Atribui-se à causa o valor de R$ 350.000,00, correspondente a somatória dos pedidos. Nestes termos, Pede deferimento. São Paulo, 22/03/2020 Bruno Diniz Fernandes de Oliveira - OAB Nº: 81610053 Giovanna Andrade Gerandilha - OAB Nº: 816155606 Jenniffer Gabrielly dos Santos Martins - OAB Nº:816120425 Vinicius Souza de Melo - OAB Nº:816112408 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999906/artigo-791a-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Compartilhar