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Gli.Ck.Cadeia e lançadeiras

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Para ocorrer a contração muscular é necessário que haja a produção de ATP, sendo esta produzida principalmente pela glicólise.
A insulina se liga ao receptor de insulina (IR), a autofosforilação do receptor de insulina ativa a fosforilação de vários substratos proteicos que se ligam e ativam proteínas com domínio SH2, como o fosfatidilinositol 3-quinases (PI 3-quinases ou PI3Ks). Como resultado da ativação da PI(3)K ocorre fosforilação de uma serina quinase denominada Akt, que dentre outras funções, participa diretamente do transporte de glicose, esta que é fundamental para iniciar a translocação do GLUT4 para a membrana citoplasmática, este que  tem como sua principal função  proporcionar a captação de glicose pro meio intracelular dos músculos esqueléticos, assim, ocorrendo a glicólise.
GLICÓLISE
Resultado: 2 PIRUVATO + 2 NADH + 2H+ + 2ATP + 2H2O
Passo 1: Fosforização do carbono 6 da glicose, virando glicose – 6- fosfato vindo do ATP fornecido. Ocorre a fosforização para a glicose não sair da célula . - 1ATP
Passo 3: fosforilação do carbono 1 da frutose –6– fosfato -> frutose 1,6 bifosfato vindo do ATP fornecido. Nesse passo agem os hormônios insulina e glucagon. -1ATP
Passo 6: Desidrogenação – Hidrogênio captado pelo 2x NAD+ (NADH) e fosforilação do carbono 1 do gliceraldeido–3–fosfato transformando-o em 1,3 bifosfoglicerato. Começa a fase compensatória o 2x ADP no passo 7 retira o P do 1,3 bifosfoglicerato – 3-fosfoglicerato +2ATP
Passo 10: Transferência do P do fosfoenolpiruvato para o 2x ADP – transformação em 2x piruvato. +2ATPo
Em caso de Hipoglicemia – passo 3 reverso
Irá ativar a gliconeogênese, controlada pelo hormônio glucagon.
O pâncreas sintetiza e libera glucagon que interage com o receptor de Proteína G (alfa, beta, gama), a alfa se desloca pela membrana , ativa adenilato cyclase, esta que transforma ATP em AMPc que ativa a enzima frutose bifosfatase 2 (FBpase2) que vai retirar o P do carbono 2 da frutose 2,6 bifosfato transformando-se em frutose-6-fosfato, e, pela atividade das hexomerases, converte-se em glicose-6-fosfato, esta que é quebrada no fígado pela enzima glicose-6-fosfatase em glicose.
Obs: O musculo não tem glicose-6-fosfatase, mas ajuda na quebra de glicogênio, no entanto, o fígado coloca glicose na corrente sanguínea.
O 2x piruvatos e os 2x NADH vão para a matriz mitrocondrial, participando do Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo de Krebs).
Vitamina B1 (tiamina) – forma ativa TPP (tiamina pirofosfato) - de B1 menos conversão de piruvato em acetil CoA.
Resultado para cada piruvato (2x)
a) 2 CO2
b) 3 NADH
c) 1 FADH2
d) 1 GTP
A molécula de NADH é muito grande e não atravessa a membrana, logo, para ocorrer o transporte de Hidrogênio é utilizado as lançadeiras:
1. Malato-Aspartato
Por meiodo circuito malato-aspartato, nele o NADH citosólico reduz o oxaloacetato a malato que possui um canal especifico, o transportador malato-alfa-cetoglutarato, que transfere o H+ para o interior da mitocôndria. Nesta o malato é reoxidado a oxalocetato, doa H+, para conversão de NAD+ em NADH.
Cadeia Respiratória
Ocorre na membrana interna da mitocôndria 
Possui 4 grandes complexos inseridos 
Realizam transporte de elétrons de NADH e FADH2 ao gás O2
 
Complexo 1: NADH desidrogenase – passa 4 prótons
Complexo 2: Succinato desidrogenase – complexo do FADH2 – não passa prótons
Complexo 3: Citocromo – passa 4 prótons 
Complexo 4: complexo do O2 , que puxa os elétrons devido a sua eletronegatividade 
Este fluxo de H+ entre as membranas e o retorno para a matriz produz a energia produzida utilizada para a inserção de P na molécula de ADP – passa 2 prótons
O NADH produz mais ATP que o FDH2.
NADH: 10 prótons
FADH2: 6 prótons
Marcadores bioquímicos.
Marcadores de formação: ação dos osteoblastos
Marcadores de reabsorção: ação dos osteoclastos
Funções
PICP, PINP: produção de colágeno;
Osteocalcina: retenção de cálcio na matriz óssea;
ALP total, ALP ósseo e TRACP: retirar fosfato de uma proteína;
U-PYD e U-DPD: interligadoras do colágeno.
Relacionando marcadores com a osteoporose
Osteoporose semil: atividade osteoblasto marcadores de formação no sangue
Osteoporose pós-menopausa: estrógeno OPG interações entres os RANK(s) atividade osteoclástica reabsorção óssea marcadores de reabsorção óssea no sangue.
1. Como o exercício físico melhora na captação de glicose? 
Para entender como exercício físico melhora na captação de glicose pelo organismo é necessário entender o mecanismo insulina-glicose. 
A sinalização intracelular da insulina em tecidos insulinosensíveis inicia-se com a ligação do hormônio a um receptor específico de membrana. A insulina se liga ao receptor de insulina (IR) que é formado por duas subunidades α localizadas na parte externa da membrana e duas subunidades β transmembrana. Uma vez ligada a subunidade α, a insulina estimula a autofosforilação da região intracelular do receptor, correspondendo a subunidade β. A autofosforilação do receptor de insulina ativa a fosforilação de vários substratos proteicos sendo os principais os IRS-1 e o IRS-2, que quando fosforilados em tirosina se ligam e ativam proteínas com domínio SH2, como o fosfatidilinositol 3-quinases (PI 3-quinases ou PI3Ks). Como resultado da ativação da PI(3)K ocorre fosforilação de uma serina quinase denominada Akt, que dentre outras funções, participa diretamente do transporte de glicose, esta que é fundamental para iniciar a translocação do GLUT4 para a membrana citoplasmática, este que  tem como sua principal função  proporcionar a captação de glicose pro meio intracelular dos músculos esqueléticos. 
Desse modo, o exercício potencializa o efeito da insulina na fosforilação do IRS-2 com consequente aumento da atividade da PI3K, além disso, ocorre também uma maior fosforilação em serina da Akt e alguns estudos mostraram que os exercícios aeróbicos melhoram a sensibilidade à insulina, aumentando a fosforilação do IRS-1 e IRS-2 bem como a associação dessas proteínas com a PI3K.
Portanto, os efeitos da insulina e da contração muscular são aditivos, sugerindo que a insulina e o exercício ativam os transportadores de glicose por diferentes mecanismos.
2. Por que o nosso corpo não consegue produzir o ácido lático? E o que resulta na fadiga muscular?
Quando há uma realização de atividade física maior do que o corpo está condicionado a fazer vai haver uma falta de oxigênio para a quebra da glicose o que leva a produção de lactato e não de ácido lático.
Assim, muitos estudiosos comprovam que seu corpo não é capaz de produzir este ácido, por conta do alto pH do organismo, pois a constante pKa do ácido lático é de 3,87 em um ambiente com o pH entre 7,08 e 7,10. Assim, considerando-se que essa taxa de dissociação é dependente do equilíbrio ácido-base, substâncias que possuem a diferença de até mais ou menos uma unidade de pH mantêm a sua estrutura constante, ao passo que diferenças superiores ao valor da pKa tendem a facilitar a dissociação. Essa diferença apresentada entre a constante pKa do AL e do pH do meio intramuscular resultará em aproximadamente 99% na dissociação dessa substância em prótons (H+ ) e ânions (C3 H5 O3 -). Portanto, segundo Robergs (2002), em pH fisiológico (7.4) não existe a forma ácida deste produto vindo da utilização de glicose (glicogênio) como fonte de energia anaeróbica, existindo assim somente o lactato.  Além do mais, o lactato não é capaz de deixar o seus músculos mais ou menos ácidos. 
A molécula de adenosina trifosfato (ATP) é ressintetisada, predominantemente, pela degradação da fosfocreatina e do glicogênio muscular, com subsequente formação de lactato. Desse modo, o ATP é então dividido, liberando energia e outras moléculas, incluindo o hidrogênio, ao longo de seus músculos. Sendo assim, o que causa as dores da atividade física intensa são esses íons de hidrogênio. Quando o hidrogênio se acumula nos músculos, provoca uma queda no pH do corpo, tornando-o mais ácido e interferindona capacidade das fibras musculares contraírem, por conta disto, há a sensação de "queimação". Além do hidrogênio, a glicólise produz um subproduto chamado piruvato, que pode também auxiliar no armazenamento de íons de hidrogênio nos músculos e, consequente, formação de lactato, pois é necessário que o corpo tente deixar o pH constante sem elevar muito a acidez. O piruvato nem sempre consegue acabar com os íons de hidrogênio em velocidade suficiente para impedir seu acúmulo no músculo, ou seja, pode haver uma sensação de fadiga causada por este hidrogênio.
3. Explique por que devido à baixa concentração de estrogênio (colesterol) pós-menopausa pode estar envolvido em vários mecanismos relacionados à osteoporose.
Outro processo pelo qual o estrógeno também inibe a reabsorção óssea é pela via RANKL/RANK/OPG de regulação metabólica. Desse modo, uma das principais células responsáveis pela mineralização (osteoblasto) e desmineralização (osteoclasto) dos ossos. Os osteoblastos produzem o RANKL (ligante de RANK), molécula responsável interagir com o RANKR (Receptor ativador de fator nuclear-κB) dos osteoclastos e com isso aumenta sua atividade. Entretanto, Outra molécula denominada OPG (Osteoprotegerina) interage com o RANKL e impede sua interação com o RANKR. A questão notável é que o OPG é produzido a partir do estrógeno. Logo, na menopausa há redução da concentração de estrógeno, por conseguinte diminui a síntese de OPG, fato que causará uma super ativação dos osteoclastos, e com isso, redução da densidade óssea, fator indicativo de osteoporose.

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