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Ergonomia no Consultório Odontológico

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Ergonomia no Consultório Odontológico
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A prevalência de desordens musculoesqueléticas no cirurgião-
-dentista é alta quando comparada com outras profissões. Em es-
tudos recentes, mais de 80% dos cirurgiões-dentistas entrevistados 
apresentavam alguma disfunção musculoesquelética, e os segmentos 
do corpo mais afetados, pela ordem de prevalência, foram coluna 
cervical, ombros, coluna torácica e braços. Isso mostra uma espe-
cificidade da profissão: a parte superior do tronco e os membros 
superiores são os principais envolvidos no trabalho. 
O aprimoramento da tecnologia tem permitido a introdução de 
novos instrumentos e técnicas que simplificam o trabalho do profis-
sional. Entretanto, fica em segundo plano a postura de trabalho, o 
que leva a doenças ocupacionais e faz com que o profissional tenha 
de diminuir a carga horária de trabalho ou até mesmo afastar-se do 
posto. 
Atualmente, muitos cirurgiões-dentistas praticam longas jor-
nadas de trabalho, por isso é necessário que diversas medidas sejam 
adotadas na rotina do consultório para aumentar o rendimento e evi-
tar doenças ocupacionais. As medidas que visam ao planejamento de 
dispositivos, sistemas técnicos e tarefas para aumentar a segurança, 
a saúde, o conforto e o desempenho dos trabalhadores podem ser 
definidas como ergonomia.
A palavra “ergonomia” é derivada do grego, em que ergo sig-
nifica “trabalho” e normos, “lei”. Também se pode definir ergonomia 
como um agrupamento de ciências que procura o ajuste confortável e 
produtivo entre o ser humano e seu ambiente de trabalho, buscando 
adaptar as condições de trabalho às características humanas. São 
várias as disciplinas e ciências que fornecem subsídios para a er-
gonomia: Medicina do Trabalho, Ortopedia, Reumatologia, Fisiatria, 
Psicologia, Terapia Ocupacional e Engenharia do Trabalho.
A ergonomia odontológica aplica os conceitos de ergonomia 
para que o cirurgião-dentista evite posturas e movimentos não pro-
dutivos e antianatômicos. Com isso, o dentista evita a fadiga e des-
gaste desnecessário, produzindo melhor e oferecendo mais conforto 
e segurança a seu paciente. 
São várias as adequações que a ergonomia odontológica re-
comenda ao dentista. Em relação ao local de trabalho, a adequação 
consiste num arranjo equilibrado dos componentes do consultório. 
A International Organization for Standardization (ISO) e a Federação 
Dentária Internacional (FDI) estabeleceram um gráfico em forma de 
relógio que sistematiza as principais posições que o dentista pode 
adotar em relação ao paciente, de 8h a 12h (Fig. 1).
A organização do trabalho também deve receber adequação 
em nome de mais qualidade de vida no consultório. O próprio den-
tista deve planejar suas ações para alternar esforço e repouso, e para 
aproveitar os tempos de espera no consultório. Deve fazer alonga-
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Figura 1. Esquema de posicionamento do dentista em relação ao paciente com referência 
ao ponteiro do relógio.
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mentos antes e depois da jornada de trabalho e, principalmente, evi-
tar o sedentarismo, que é um dos principais fatores de risco para os 
problemas musculoesqueléticos.
O atendimento odontológico planejado de forma estratégica é 
indispensável para que um profissional possa atingir suas metas, ga-
rantindo seu desempenho social e em seu trabalho. O estabelecimen-
to de metas e objetivos pressupõe uma criteriosa avaliação interna 
do ambiente em que se insere o profissional, de forma a determinar 
diretrizes de atendimento mais adequadas e eficazes. 
Algumas regras básicas de ergonomia para a organização bio-
mecânica do trabalho são: 
•	 escolher a melhor postura para trabalhar, de acordo com a 
exigência da tarefa;
•	 trabalhar com o corpo em “torque zero”;
•	 trabalhar com o corpo na vertical, sem curvatura do tronco 
e sem elevação dos membros superiores; e
•	 eliminar os esforços estáticos.
Com o intuito de adequar as regras básicas de ergonomia ao 
atendimento clínico, algumas medidas podem ser adotadas, entre as 
quais se destacam:
•	 colocar todos os instrumentos de uso frequente dentro da 
área de alcance;
•	 fazer movimentos anatomicamente harmônicos, adotando 
transições adequadas de uma postura para outra e evitando 
movimentos bruscos de arranque, para prevenir lesões agu-
das do sistema musculoesquelético;
•	 evitar a permanência em posturas estáticas por tempo pro-
longado (acima de 20 s);
•	 sentar-se no mocho com as coxas paralelas ao chão, for-
mando um ângulo entre coxa e perna de 90º a 110º, man-
tendo os pés apoiados no chão;
•	 elevar as pernas, estando na posição sentada ou deitada, 
durante alguns minutos por dia, para prevenir o apareci-
mento de varizes;
•	 estruturar uma boa organização do trabalho, planejando a 
agenda, com o intuito de alternar procedimentos com exi-
gências posturais diferentes; e
•	 praticar atividades físicas aeróbicas e treinamento de força, 
tais como musculação, pilates ou treino funcional, além de 
alongamentos, que podem ser feitos durante o trabalho.
Alongamentos indicados ao cirurgião-dentista
Alguns alongamentos podem ser feitos de forma simples, 
principalmente nos membros superiores e na cabeça. Vale a pena 
o cirurgião-dentista realizar alongamentos antes de iniciar um pro-
cedimento, seja ele de curta ou de longa duração. O alongamento 
das fibras musculares deixa os músculos mais relaxados, melhora a 
flexibilidade, tira os músculos do estado de tensão. 
São demonstrados a seguir alguns alongamentos, principal-
mente de membros superiores, de cabeça e de tronco superior, re-
giões comumente referidas pelos cirurgiões-dentistas como sobre-
carregadas. Músculos como romboides, trapézio superior, deltoides, 
peitorais, esplênios, escalenos, entre outros, são muito exigidos pelos 
profissionais durante os procedimentos odontológicos.
A sequência de figuras a seguir demonstra a forma correta 
de fazer alguns alongamentos, que podem ser realizados de forma 
simples e rápida dentro do consultório odontológico. Todos os alon-
gamentos ilustrados deverão ser feitos em três séries de 20 s por 
grupo muscular.
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O alongamento do trapézio superior deve ser feito bilateral-
mente, puxando-se a cabeça para o lado com um dos braços e colo-
cando o braço ipsilateral na região dorsal (Fig. 2).
O alongamento dos romboides deve ser feito em posição senta-
da, em uma cadeira ou mocho, de modo que os pés fiquem apoiados 
no chão. Curve o corpo levando a cabeça em direção aos joelhos 
como se fosse colocar a cabeça entre as pernas. Depois, cruze os 
braços, de modo a afastar a escápula, para alongar os romboides 
(Fig. 3).
O alongamento do deltoide posterior e do tríceps deve ser feito 
bilateralmente, com o cotovelo ou braço do membro a ser alonga-
do dobrado. Com a mão contralateral apoiada no cotovelo contrário, 
puxe o ombro em direção ao ombro contralateral, alongando, assim, 
a porção posterior do deltoide e o tríceps (Fig. 4).
Figura 2. Alongamento do trapézio superior.
Figura 4. Alongamento do deltoide posterior e do tríceps.
Figura 3. Alongamento dos romboides.
Figura 5. Alongamento dos esplênios.
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Os esplênios devem ser alongados cruzando-se as mãos atrás 
da cabeça, apoiadas na região occipital. Com o tronco fixo, puxe a 
cabeça para baixo, de forma a apenas movimentar a região cervical, 
levando o queixo em direção ao peito (Fig. 5).
Para o alongamento do músculo peitoral, três posições podem 
ser executadas, cada qual priorizando diferentes grupos de fibras 
musculares: em um canto da sala, apoie um antebraço em cada pa-
rede, com os cotovelos alinhados com o tronco, e, em seguida, deixe 
o corpo cair para frente, fazendo com que o próprio peso dele alongue 
a musculatura (Fig. 6a); apoiando um antebraçoem cada parede 
com os cotovelos em 90º, deixe o corpo cair para frente, fazendo com 
que o próprio peso do corpo alongue a musculatura (Fig. 6b); e com 
um antebraço em cada parede, de maneira que eles fiquem na altura 
da cabeça, deixe o corpo cair para frente, fazendo com que o próprio 
peso dele alongue a musculatura (Fig. 6c).
Figura 6a. Prioridade para as fibras umeroclaviculares. Figura 6b. Prioridade para as fibras umeroexternais. Figura 6c. Prioridade para as fibras umerocostais.
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O alongamento dos extensores de punho e dedos deve ser feito 
bilateralmente, com o membro a ser alongado todo esticado, e o an-
tebraço em pronação. Assim, com a mão contralateral, faça um apoio 
na face dorsal da mão e puxe o punho em direção ao corpo (Fig. 7).
O alongamento dos flexores de punho e dedos deve ser feito 
bilateralmente, com o membro a ser alongado todo esticado e o ante-
braço em supinação. Assim, com a mão contralateral, faça um apoio 
nos dedos e puxe o punho em direção ao corpo (Fig. 8).
O alongamento do bíceps braquial, do deltoide anterior e do 
peitoral deve ser feito bilateralmente, firmando-se em algum ponto 
fixo, com o membro a ser alongado a 90º. Chegue o corpo para frente 
e, assim que sentir que está começando a alongar, faça uma rotação 
externa de tronco para alongar um pouco mais (Fig. 9).
Figura 7. Alongamento dos extensores de punho e dedos.
Figura 8. Alongamento dos flexores de punho e dedos.
Figura 9. Alongamento do bíceps braquial, do deltoide anterior e do peitoral.
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Preensão dos instrumentos
Assim como as posições do dentista e do paciente contribuem 
para a eficiência do trabalho, assegurando maior produtividade e se-
gurança, a maneira correta de empunhar os instrumentos pode au-
xiliar na execução dos diferentes procedimentos operatórios. Podem 
ser usadas basicamente duas maneiras distintas: a posição de escrita 
e a posição digitopalmar.
Posição de escrita
A posição de escrita configura-se pela preensão dos instrumen-
tos à maneira de empunhar-se uma caneta. O instrumento é mantido 
entre o polegar e o indicador, e apoiado no dedo médio, o qual, por 
sua vez, se apoia na superfície dos dentes próximos à área em que se 
está trabalhando. Esse apoio é complementado pelos dedos anular e 
mínimo, o que proporciona o máximo de equilíbrio e segurança (Fig. 
10a).
Essa é a posição mais utilizada, uma vez que se adapta a in-
tervenções em quase todas as áreas da boca e permite a execução de 
pressões de suaves a acentuadas, além de ser uma posição de fácil 
aprendizado devido à prática escolar e habitual. 
Quando utilizada no arco superior, a posição passa a ser cha-
mada de escrita invertida. Neste caso, ela mantém as mesmas carac-
terísticas, porém com inversão da palma da mão (Fig. 10b).
Posição digitopalmar
Com esta posição é possível a obtenção de maior pressão de 
corte. Todavia, ocorre perda de estabilidade quando comparada com 
a posição de escrita.
A posição digitopalmar é configurada com a colocação do cabo 
do instrumento na palma da mão, preso entre os dedos. O polegar 
servirá de apoio e dirigirá juntamente com os outros dedos a ação 
Figura 10a. Posição de escrita.
Figura 10b. Posição de escrita invertida.
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do instrumento. Para maior segurança, o apoio deve ser utilizado o 
mais próximo possível do local de trabalho. Essa posição também é 
muito utilizada na empunhadura da peça reta, para trabalhos fora da 
cavidade bucal (Fig. 11).
Posição de trabalho
Para que o cirurgião-dentista realize seus procedimentos de 
forma mais ergonômica, são indicadas algumas posições de trabalho 
em relação ao procedimento clínico que será realizado.
Acesso ao hemiarco inferior esquerdo 
Para o acesso da superfície oclusal, o paciente (ou manequim, 
em casos de trabalhos em laboratório) deve ser posicionado de tal 
maneira que o plano oclusal dos dentes inferiores forme um ângulo 
de aproximadamente 45º com o solo, ligeiramente inclinado para o 
lado direito. Dessa forma, o profissional trabalhará sentado e na po-
sição correspondente a 12 horas (por trás do paciente). O operador 
trabalhará com visão direta, além de conseguir apoio suficiente para 
a execução do trabalho (Fig. 12a-b).
Para a realização de preparos e restaurações na face vestibular, 
a posição do paciente será basicamente a mesma, variando apenas 
sua inclinação para a direita, que deverá ser mais acentuada. A posi-
ção do operador também continuará a mesma (Fig. 12c-d).
Acesso ao hemiarco inferior direito
Para o acesso da superfície oclusal, o paciente (ou manequim, 
em casos de trabalhos em laboratório) deve ser posicionado de tal 
maneira que o plano oclusal dos dentes inferiores fique paralelo ao 
solo. Dessa forma, o profissional trabalhará sentado e na posição cor-
respondente a 8 ou 9 horas, isto é, lateralmente ao paciente. Tam-
bém nesta posição o operador trabalhará com visão direta, além de 
conseguir apoio suficiente para a execução do trabalho (Fig. 13a-b).
Figura 11. Posição digitopalmar.
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Para a realização de preparos e restaurações na face vestibular, 
o plano oclusal dos dentes inferiores deverá formar um ângulo de 45º 
com o solo, ligeiramente inclinado para o lado esquerdo, permane-
cendo o operador na posição correspondente a 8 ou 9 horas (Fig. 
13c-d).
Acesso ao hemiarco superior direito
Para o acesso à superfície oclusal, o paciente (ou manequim, 
em casos de trabalhos em laboratório) deve ser posicionado de tal 
maneira que o plano oclusal dos dentes superiores forme um ângulo 
de aproximadamente 90º com o solo. Dessa forma, o profissional 
trabalhará sentado e na posição correspondente a 12 horas (por trás 
do paciente). O operador trabalhará com visão indireta, auxiliado 
Figuras 12a-12b. Acesso à superfície oclusal do hemiarco inferior esquerdo.
Figuras 13a-13b. Acesso à superfície oclusal do hemiarco inferior direito.
Figuras 12c-12d. Acesso à face vestibular do hemiarco inferior esquerdo.
Figuras 13c-13d. Acesso à face vestibular do hemiarco inferior direito.
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por espelho bucal. O apoio é obtido pelo posicionamento dos dedos 
médio, anular e mínimo nas faces vestibulares dos dentes próximos 
ao que está sendo preparado (Fig. 14a-b). 
Para a realização de preparos e restaurações na face vestibular, 
o operador trabalhará na posição correspondente a 8 ou 9 horas, 
com a cabeça do paciente ligeiramente inclinada para a esquerda e o 
plano oclusal dos dentes superiores formando um ângulo de aproxi-
madamente 45º com o solo (Fig. 14c-d). 
Acesso ao hemiarco superior esquerdo
As mesmas posições sugeridas para os preparos e restaura-
ções da superfície oclusal na região superior direita são válidas para o 
lado esquerdo. Entretanto, o apoio é alcançado pelo posicionamento 
dos dedos na face oclusal ou palatina dos dentes próximos ao que 
está sendo preparado (Fig. 15a-b). Os preparos e restaurações na 
face vestibular exigem apenas a inclinação do paciente para o lado 
direito. A posição do operador continuará a mesma (Fig. 15c-d).
Figuras 14a-14b. Acesso à superfície oclusal do hemiarco superior direito. Figuras 14c-14d. Acesso à face vestibular do hemiarco superior direito.
Figuras 15a-15b. Acesso à superfície oclusal do hemiarco superior esquerdo. Figuras 15c-15d. Acesso à face vestibular do hemiarco superior esquerdo.
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Figuras 16a-16b. Acesso palatino ao hemiarco anterossuperior, próximo à linha média.
Figuras 16c-16d. Acesso palatino à região anterossuperior esquerda.
Figuras 16e-16f. Acesso palatino à região anterossuperior direita.
Acesso palatino ao arco anterossuperior 
Para intervenções na face palatina dos dentes anterossuperio-
res, o paciente deverá apresentar o planooclusal dos dentes supe-
riores perpendicularmente ao solo. O operador trabalhará com visão 
indireta auxiliado pelo espelho clínico. Quando se tratar de preparos 
realizados próximo à linha média, não é necessária a inclinação da 
cabeça do paciente, estando o profissional na posição 12 horas (Fig. 
16a-b). Quando intervenções distanciarem-se da linha média, a cabe-
ça deverá ser inclinada para o lado oposto (Fig. 16c-f).
Para maior estabilidade do instrumento rotatório, o apoio é ob-
tido com o dedo anular posicionado em um dente próximo ao dente 
que está sendo preparado. 
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Acesso vestibular ao arco anterossuperior 
Para intervenções na face vestibular dos dentes anterossupe-
riores, o paciente deverá apresentar o plano oclusal dos dentes su-
periores perpendicularmente ao solo. Quando se tratar de preparos 
realizados próximo à linha média, não é necessária a inclinação da 
cabeça do paciente, estando o profissional na posição 12 horas (Fig. 
17a-b). Quando intervenções distanciarem-se da linha média, a ca-
beça deverá ser inclinada para o lado oposto. Para maior estabilidade 
do instrumento rotatório, o apoio é obtido com o dedo anular posicio-
nado em um dente próximo ao que está sendo preparado (Fig. 17c-f). 
Após a elucidação da posição de trabalho do cirurgião-dentista 
em relação ao ambiente de trabalho e ao paciente, é de extrema 
importância que o profissional siga as normas de ergonomia em sua 
rotina diária, uma vez que isso permitirá a racionalização do atendi-
mento e uma produção maior e melhor, evitando fadiga e desgaste 
extra, e, ao mesmo tempo, oferecendo segurança e conforto ao pa-
ciente.
Figuras 17a-17b. Acesso à face vestibular da região anterossuperior próximo à linha mé-
dia.
Figuras 17c-17d. Acesso à face vestibular da região anterossuperior esquerda.
Figuras 17e-17f. Acesso à face vestibular da região anterossuperior direita.
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