INICIAÇÃO em SEGUROS Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros E73i Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. Iniciação em seguros / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Gerência de Planejamento e Escola Virtual. -- Rio de Janeiro: ENS, 2019. 34 p. ; 28 cm 1. Seguro – Teoria. I. Gerência de Planejamento e Escola Virtual. II. Título. 0019-2389 CDU 368.2:629.33(072) É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola. REALIZAÇÃO ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO ASSESSORIA TÉCNICA GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ESCOLA VIRTUAL PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ESCOLA VIRTUAL PICTORAMA DESIGN RIO DE JANEIRO 2019 1ª EDIÇÃO A Escola de Negócios e Seguros promove, desde 1971, diver- sas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capi- talização e resseguro cada vez mais qualificado. Principal provedora de serviços voltados à educação continuada para profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadê- mica. A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a competitividade é cada vez maior. Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros. INICIAÇÃO EM SEGUROS 1. O SEGURO NO TEMPO 6 A EVOLUÇÃO DO SEGURO NO TEMPO 8 SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS – SNSP 10 2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SEGURO 13 FINALIDADE DO SEGURO 14 DEFINIÇÕES DE SEGURO 14 ELEMENTOS BÁSICOS E ESSENCIAIS DO SEGURO 15 Risco 15 Segurado 17 Segurador ou Seguradora 17 Prêmio 18 Indenização 18 CARACTERÍSTICAS DO SEGURO 18 3. O CONTRATO DE SEGURO 20 DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS 21 CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE SEGURO 22 INSTRUMENTOS CONTRATUAIS 23 Proposta 23 Apólice 23 Outros Instrumentos Contratuais 24 SUMÁRIO INTERATIVO 5 UNIDADE INICIAÇÃO EM SEGUROS 4. OPERAÇÃO DE SEGURO 25 RISCOS COBERTOS 26 RISCOS NÃO COBERTOS OU EXCLUÍDOS 27 IMPORTÂNCIA SEGURADA (IS) OU LIMITE MÁXIMO DE GARANTIA (LMG) 28 PRÊMIO 29 PRAZO DE VIGÊNCIA DO SEGURO 29 SINISTRO 30 SALVADOS 30 INDENIZAÇÃO 30 FRANQUIA 31 CARÊNCIA 31 RESSARCIMENTO E SUB-ROGAÇÃO 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33 6 UNIDADE 1 INICIAÇÃO EM SEGUROS ■ Compreender a importância do seguro ao longo da história da humanidade. ■ Entender o organograma do Sistema Nacional de Seguros Privados. Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: ■ Segmentar as instituições integrantes do Sistema Nacional de Seguros Privados. ■ Conhecer a função de cada órgão pertencente ao Sistema Nacional de Seguros Privados. TÓPICOS DESTA UNIDADE A EVOLUÇÃO DO SEGURO NO TEMPO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS – SNSP O SEGURO no TEMPO 01 7 UNIDADE 1 INICIAÇÃO EM SEGUROS A luta por melhores condições de vida envolve, entre outros aspectos, a constituição de um patrimônio e de uma renda familiar, os quais são acu- mulados em anos de trabalho e que podem ser perdidos, de uma hora para outra, em virtude da exposição a riscos imprevisíveis e inevitáveis. A necessidade de proteção contra o perigo, a incerteza quanto ao futuro e a possibilidade de perdas dos bens e da receita da família e do indivíduo acompanham o Homem em sua evolução. Outras curiosidades Cerca de 2.500 anos antes de Cristo, os cameleiros da Babilônia, preocupados com as constantes perdas nas caravanas, instituíram uma forma mutualística de amparar o com- panheiro prejudicado, mediante um acordo, através do qual as perdas ocorridas durante a expedição seriam rateadas entre todos. Os navegadores fenícios e hebreus também rateavam os prejuízos ocorridos durante as suas viagens, principalmente nos mares Egeu e Mediterrâneo. No século XII d.C., surgiu uma modalidade de seguro chamada de Contrato de Dinheiro a Risco Marítimo, em que um financiador emprestava ao navegador o dinheiro no valor da embarcação. Se a embarcação se perdesse, o navegador não devolvia o dinheiro em- prestado, mas, se a embarcação chegasse intacta ao seu destino, o dinheiro emprestado era devolvido ao financiador, acrescido de juros. No mesmo século XII, o Papa Gregório IX proibiu a realização de Contratos de Dinheiro a Risco Marítimo e, consequentemente, surgiu uma forma similar de seguro denominada Feliz Destino, no qual um banqueiro comprava a embarcação, com a previsão de recom- pra pelo vendedor. Se a embarcação chegasse sem sofrer qualquer sinistro, a Cláusula de Recompra era acionada, e o banqueiro revendia a embarcação ao proprietário original por um valor maior. Se a embarcação e/ou a carga se perdesse, o dinheiro adiantado pelo banqueiro corresponderia à indenização pelo sinistro. Em 1347, surgiu em Gênova, Itália, o primeiro contrato de Seguro Marítimo, com a emissão de apólice de seguro. 8 UNIDADE 1 INICIAÇÃO EM SEGUROS A EVOLUÇÃO DO SEGURO NO TEMPO No século XVII, na França, foi criada uma associação de seguro denomi- nada Tontinas, cujos membros contribuíam durante um período determinado e, após esse prazo, distribuíam os recursos apurados entre os sobreviventes. No Brasil, o seguro surgiu em 1808, em consequência da vinda da família real e da abertura dos portos às nações amigas, sendo a primeira segura- dora brasileira a Companhia de Seguros Boa-Fé, fundada em 24/12/1808, regulada e dirigida pela Casa de Seguros de Lisboa. Neste período, a ativi- dade seguradora era regulada pelas leis portuguesas. A Previdência Privada (atual Previdência Complementar) surgiu em 1835, com a criação do Mongeral – Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado. Em 1850, foi promulgado o Código Comercial Brasileiro; então, o segu- ro marítimo foi pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos, sendo estabelecidos os direitos e deveres das partes contratan- tes. Este código foi de fundamental importância para o desenvolvimento do seguro no Brasil, incentivando o aparecimento de inúmeras segura doras, que passaram a operar não só com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas também com o seguro terrestre. Porém, esse Código foi parcialmente revogado pelo Código Civil – Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. “Tranquilidade” foi a primeira companhia de Seguros de Vida autorizada a funcionar no Brasil, em 1855, com sede no Rio de Janeiro, e a primeira a comercializar Seguro de Vida. Foi o Decreto 4.270, de 1901, que regulou as operações de seguros no Brasil e criou as Inspetorias de Seguros, subordinadas ao Ministério da Fazenda. Saiba mais Outros fatos importantes para o mercado segurador Em 1916, ocorreu o maior avanço de ordem jurídica no campo do contrato de seguro com a promulgação do Código Civil Brasileiro (substituído pelo atual Código Civil Brasileiro de 2002). Nele, foram fixados os princí- pios essenciais do contrato de seguros e disciplinados os direitos e obrigações das partes, de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princípios fundamentais que garantiram o desenvol- vimento da instituição do seguro. Em 1929, surgiu a capitalização, com a criação da SulAmérica Capitalização S.A. No ano de 1932, foi fundado o 1º Sindicato dos Corretores de Seguros e, em 1933, foi fundado o 1º Sindicato das Seguradoras, ambos no Rio de Janeiro. 9 UNIDADE 1 INICIAÇÃO EM SEGUROS O IRB – Instituto de Resseguros do Brasil