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lição 4 de leitura e produção de texto

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PERGUNTA 1
	 A rinite é uma inflamação da mucosa nasal podendo ter uma causa alérgica em cerca de dois terços dos casos. A predisposição genética é decisiva. Fatores não alérgicos também podem precipitar e/ou agravar as rinites: poluição, fumaça de cigarro, odores fortes, ar frio, resfriados, mudanças climáticas, entre outros. O diagnóstico é realizado por meio de história clínica incluindo a predisposição familiar, exame direto das cavidades nasais (rinoscopia anterior), testes alérgicos cutâneos e/ou testes sanguíneos para detecção de anticorpos alérgicos IgE específicos (RAST). A rinite alérgica é fator de risco para asma. Cerca de 78% dos pacientes com asma têm rinite alérgica.
BEZERRA, Maria Auxiliadora; DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel (orgs). Gêneros textuais e ensino . Rio de Janeiro: Lucerna, 2007, p. 23.
 
Observe como os pesquisadores organizam os dados para descrever um estado de saúde. Pode-se dizer que, de acordo como o texto é apresentado, constitui-se uma narrativa científica porque 	 	 	 lança dados diversificados e os condensa em uma explicação. 
	 	 	 condensa dados específicos e os hierarquiza em uma explicação. 
	 	 	 aponta dados desconexos e os dão causalidade por meio de uma explicação. 
	 	 	 reúna dados dispersos e os organiza em uma explicação. 
	 	 	 sequencia dados específicos e os estrutura em uma explicação. 
 
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PERGUNTA 2
	 Havia um sol abrasador no céu, e ela surgiu com um copo de água fresquinha para mim. Daí, veio uma região fria e escura, e ela surgiu de novo com luz e cobertas. Daí, eu me cansei, e ela trouxe folhas para que eu me deitasse. E até me acariciou antes que eu dormisse... Daí, eu acordei e havia frutas maravilhosas deixadas por ela... E eu adorei tudo aquilo. Sentia-me nas nuvens! E esse estado de sonho, essa alegria... eu devia a ela. Só a ela! E eu quis que isso durasse para sempre. E passei a respirar o ar que ela respirava, olhar pelos seus olhos, beber pela sua boca. E isso foi bom. Até que um dia... uma fruta que nunca... nem nunca comi...
A fruta era uma delícia. Não sobrou nada e, naturalmente, quando ela chegou com as frutas de sempre, eu estava saciado. E eu conheci, então, uma mulher irada. Sim, ela queria que eu continuasse respirando só do seu ar, comendo só de seus frutos, bebendo só de sua água.Tudo isso muito bom! Mas e os outros ares, frutos e águas do mundo? E eu me dei conta de que também gostaria de que ela só respirasse o meu ar, comesse dos meus frutos e bebesse de minha água. Assustou-me a descoberta do egoísmo do amor. Mas todos os amores seriam assim? Ou só a primeira e arrebatadora paixão? O amor amadurece? Eu não queria ser destruído... ou destruir. E fui embora. Hoje eu me lembro dela e de tudo que vivi como um sonho. Um sonho bom, mas com gosto de saudade. Antes assim, Daqui a algum dia conhecerei outra e espero estar amadurecido para respirarmos, juntos, o ar de todas as outras criaturas.
Souza, Maurício de. Raposão . Revista da Mônica, jul.1982. nº 147.
 
Um texto, como um todo de sentido, é construído na medida em que produz, constrói, organiza, delimita e opta por determinados sentidos a serem produzidos. Essa seleção é feita por meio dos mecanismos constitutivos do sentido de um texto, os quais, por sua vez, delimitam sua interpretação. Como base nas opções lexicais feitas pelo autor do texto acima, pode-se dizer que se busca transmitia ideia de 	 	 	 saudosismo, visto que as escolhas lexicais utilizam recursos que apontam para um tempo passado, saudoso. 
	 	 	 perplexidade, uma vez que transmite um sentimento por parte do narrador com relação às escolhas feitas. 
	 	 	 epifania, já que o acontecimento no passado remete a um momento de descoberta que mudaria sua vida. 
	 	 	 arrependimento, uma vez que o narrador deixa claro seu desapontamento com as escolhas realizadas. 
	 	 	 revolta, visto que as escolhas lexicais apontam para um sentimento de indignação frente às escolhas feitas. 
 
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PERGUNTA 3
	 [Os] gêneros textuais emergentes possibilitaram a redefinição de alguns aspectos centrais na observação da linguagem em uso.
MARCUSCHI, Luiz Antônio.  Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino .  Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 99.
  
 
Há toda uma relação entre a renovação dos gêneros textuais e a produção científica cotidiana. Mas em que medida é possível dizer que o texto científico, o qual existe há séculos, pode também ser considerado, nos dias de hoje, um gênero emergente? 	 	 	 Por reinventa-se a partir do momento que precisa se adaptar às novas linguagens e meios de propagação. 
	 	 	 Por buscar se adaptar aos novos meios de divulgação, sendo utilizado em jornais e revistas. 
	 	 	 Por renova-se a partir do momento em que novas gerações fazem uso das suas possibilidades. 
	 	 	 Por refundar-se a partir do momento em que se alimenta de dados informais, como os das enciclopédias digitais livres. 
	 	 	 Por reestruturar-se de acordo com seu potencial de distribuição, sendo utilizado em jornais e revistas. 
 
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PERGUNTA 4
	 O indivíduo não desenvolve a habilidade da leitura, mas sim a capacidade de estabelecer relações de significado, socialmente e culturalmente.  Ele o faz identificando, reconhecendo, comparando, analisando e interpretando os códigos que lhe chegam, ou seja, o processo de intertextualidade.
DARNTON, Robert. História da leitura . São Paulo: Editora Unesp, 1992, p. 18.
 
O leitor cotidiano encontra várias formas de comunicação: sua leitura é colaborativa. Todo o texto com que trava contato contribui para produção de sentido, mesmo quando não lhe é perceptível. Isso ocorre devido ao fato de que esse leitor constrói uma 	 	 	 relação entre os textos lidos, ressignificando-os a cada nova leitura. 
	 	 	 comparação entre os textos mais significativos, tornando-os essenciais para sua formação. 
	 	 	 diferenciação entre os textos anteriores e atuais, ignorando o que não lhe é significativo. 
	 	 	 oposição entre os textos mais relevantes e as ideias a eles contrárias. 
	 	 	 combinação entre informações, cabendo-lhe selecionar posteriormente aquilo que lhe é mais útil. 
 
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PERGUNTA 5
	 O texto pode ser considerado o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores. (...) Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos. 
KOCH, I. ELIAS, V. Ler e compreender: os sentidos do texto . São Paulo: Contexto, 2006, p. 10-11.
  
 
Há toda uma literatura que aponta para a relação entre o texto e o sujeito, ou seja, num espaço interacional. Isso significa dizer que o sentido de um texto é produzido: 	 	 	 considerando a possibilidade dessa interação ocorrer. 
	 	 	 padronizando a interação e excluindo variantes. 
	 	 	 antecipando a interação, ainda só se consagre posteriormente a ela. 
	 	 	 antes dessa interação, nela se concretizando. 
	 	 	 pela mera tentativa de se realizar na interação. 
 
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PERGUNTA 6
	 Todo texto presume, então, uma espécie de leitor empírico, presumível para todo e qualquer texto literário. Leitor por que é para ele que é direcionado, presumível na medida em que o autor trava um diálogo com o indivíduo que será seu “alvo”, uma imagem não física, mas prevista.
ECO, Umberto. Seis passeios pelo bosque da ficção . 2004, p. 17.
 
Ao nos apropriarmos da metáfora de Umberto Eco, para o qual o texto pode ser comparado a um bosque e, por isso, possui um leitor específico que adentra nele. As características demandadas ao leitor de um texto técnico compreende, assim, o domínio de determinados termos 	 	 	 possibilitando que este reconfigure a seu gosto alguns sentidos. 
	 	 	 limitados a uma especialização teórica própria ao recorte de conhecimento designado em cada texto. 
	 	 	 tendo assim a capacidade de compreender um jargão, categoria ou conceito específico.permitindo que este possa adentrar o texto indiferente ao seus campos do saber. 
	 	 	 demandando uma competência sólida em vários campos do saber. 
 
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PERGUNTA 7
	 Pode-se conceber uma história da leitura da maneira mais simples, enquanto mero relato da progressão cronológica das obras escritas. Essa acepção, ainda que singela, impõe de imediato certas condições; a primeira é a de existir a escrita, reconhecida pela sociedade enquanto um de seus possíveis meios de comunicação; outra, é a de obras produzidas terem se tornado públicas, vale dizer, socializadas. Da sua parte, essa socialização decorre de algumas providências, como a de possibilitar o acesso à escrita por parte dos membros da sociedade, o que implica também o estabelecimento de uma instituição encarregada de fazê-lo: a escola, que, de seu lado, carece de pessoal qualificado para desempenhar a tarefa de decodificar letras e alfabetizar - o que corresponde à leitura. 
ZILBERMAN, Regina. A Leitura no Brasil: sua história e suas instituições . Disponível em: < https://www.unicamp.br/iel/memoria/projetos/ensaios/ensaio32.html >
 
Produzir conhecimento implica em realizar leituras. Entretanto, vivemos em meio a tentativa de moldar de novo uma geração mais reprodutora que criadora, que resume sua prática de leitura a uma série de recortes de informações, sem uma apreensão crítica. Mas, como aponta o texto de Zilberman, ler significa, também, a possibilidade de ler. No nosso cotidiano, isso implica um aporte didático do ato da leitura que seja 	 	 	 técnico, voltado para a dimensão racional da leitura. 
	 	 	 instintivo, voltado para a dimensão técnica do enunciado. 
	 	 	 intimista, voltado para a dimensão da percepção individual. 
	 	 	 espontâneo, voltado para a dimensão imediata do conteúdo. 
	 	 	 lúdico, voltado para a dimensão ampla e plural do texto. 
 
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PERGUNTA 8
	 Em solo brasileiro, eles têm dinheiro e fama, espécie de blindagem que costuma inibir as manifestações mais explícitas de preconceito racial. Mas no anonimato do voo 951 da American Airlines , que ia de Nova York ao Rio de Janeiro no dia 16 de novembro, o músico Dudu Nobre e sua mulher, a modelo e atriz Adriana Bombom, disseram ter sido alvo de discriminação associada à cor da pele. Os artistas acusam os comissários de bordo da empresa aérea de ofensas, injúrias preconceituosas e lesão corporal e pedem R$ l milhão de indenização por danos morais. Eles alegam ter sido chamados de “macacos”, entre outros xingamentos, na frente de suas duas filhas, de seis e cinco anos, e dos demais passageiros. “O constrangimento de ter sido xingado de macaco, junto com minha mulher, e chamado para brigar na frente de minhas filhas é inesquecível”, desabafa Dudu, que se diz disposto a lutar incansavelmente pela punição dos responsáveis. “Se acontece conosco, imagina com quem não aparece na mídia”, completou Adriana. O incidente aconteceu exatamente na semana em que se celebra o Dia da Consciência Negra, quinta-feira 20.
CABRAL, Renata. Músico Dudu Nobre afirma ter sido vítima de preconceito ao voltar dos Estados Unidos. ISTOÉ – ano 31, nº 2038.
 
Embora a reportagem apresente dados, informações, dados e registros, o motivo dela estar estruturada no formato narrativo dá-se pelo fato de o texto, organizado dessa maneira: 	 	 	 salientar mais as personagens do que os acontecimentos em si. 
	 	 	 enfatizar o cenário que serve de palco à tais acontecimentos. 
	 	 	 retirar o foco dos cantores e os contextualizar com todo um ambiente sociocultural. 
	 	 	 possibilitar ao leitor compreender uma sequência de eventos de maneira organizada. 
	 	 	 especificar o caráter racial do narrado, ampliando a identificação além dos brasileiros. 
 
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PERGUNTA 9
	 Ficava gemendo na beira do rio. Um gemido que só ele próprio ouvia, se tanto. “Por quê?”, indagariam se pudessem escutar. Mas ninguém perguntava nada àquele homem que ordenhava no escuro do estábulo. E que lá mesmo dormia. Para ele, gemer nas margens da correnteza era tão natural quanto olhar a igreja na praça. Via pessoas limpando, varrendo. Pareciam querer espelhar os ambientes no prateado do rio. Entrou na água como se procurasse interromper a mania de olhar. Veio uma coisa mais pesada do que nuvem. A pálpebra da Lua. Que desceu.
NOLL. Zé na Margem . 1999.
 
O ser humano produz textos que lhe são significativos, dentre os quais, narrativos. Mesmo numa época de produção midiática e hipertextual, ainda nos prendemos a construção de narrativas, pois são uma forma de 	 	 	 reunir dados, como armazenando-os. 
	 	 	 expor dados, padronizando-os. 
	 	 	 organizar dados, catalogando-os. 
	 	 	 expor dados, descontruindo-os. 
	 	 	 reunir dados, ressignificando-os. 
 
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PERGUNTA 10
	 Esses gêneros textuais que emergiram no último século no contexto das diversas mídias criaram formas comunicativas próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre a oralidade e a escrita e inviabiliza de forma definitiva a velha visão dicotômica ainda presente de ensino de língua. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio.  Língua Portuguesa em debate. Conhecimento e Ensino .  Rio de Janeiro, Editora Vozes, 2002, p. 87.
 
 
Os gêneros textuais são definidos de acordo com a função social exercida por determinado texto. Nas últimas décadas, as novas relações estabelecidas com os usos da linguagem, mediadas pelas novas tecnologias, deram margem para que novas formas de texto aparecessem. Foi assim que, por exemplo, e-mails, mensagens instantâneas, videoconferências e etc, passaram a fazer parte do cotidiano de grande parte das pessoas. Isso também se aplica, principalmente, aos gêneros textuais acadêmicos, os quais estão disponíveis em 	 	 	 periódicos digitais para serem lidos por alunos, desde que paguem uma mensalidade. 
	 	 	 bancas de jornal para serem lidos por todos, desde que paguem uma taxa. 
	 	 	 bancas de jornal especializadas para serem lidos por todos, livremente. 
	 	 	 periódicos digitais para serem lidos por todos, livremente. 
	 	 	 todas as bibliotecas para serem lidos por alunos, livremente. 
 
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