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PROJETO INTEGRADOR

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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
 
 
 PROJETO INTEGRADOR I
 
São Paulo, Novembro - 2019
SUMÁRIO
RESUMO
INTRODUÇÃO
CONCEITOS DE ESCOLA
A CONSTITUIÇÃO A RESPEITO DA FAMILIA E ESCOLA
A FAMILIA É O PRIMEIRO GRUPO ONDE A CRIANÇA OBTÉM CONTATO SOCIAL
A PARTICIPAÇÃO DA FAMILIA NA ESCOLA
A COLABORAÇÃO ENTRE OS PAIS E A ESCOLA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO
A pesquisa presente surgiu da preocupação sobre a relação família-escola. Analisando a frequência e o modo de participação dos familiares nos ambientes escolares dos filhos. Observando a educação como necessidade, algo permanente em toda a vida humana e como um processo contínuo, deve-se inserir a ela, todos os familiares, professores, alunos e sociedade em geral. 
Muito se discute sobre a evidente necessidade de diálogo entre escola e família, assim como a usual dificuldade enfrentada para que essa comunicação seja estabelecida de forma eficiente. Sabemos que ambas as instituições, educacional e familiar, possuem um objetivo em comum: a formação de indivíduos bem-sucedidos e preparados para enfrentar as complexidades da vida em sociedade de forma crítica e reflexiva. Pensando nisso, é preciso focar em estratégias para aproximar pais e responsáveis dos gestores das escolas, a fim de modificar essa realidade que tem se mostrado tão burocrática e prejudicial ao processo de crescimento e aprendizado dos estudantes.
 
INTRODUÇÃO
A relação entre escola e família enfrenta diversos desafios relacionados com o papel e responsabilidade que cada instituição possui na formação integral da criança. A partir de pesquisas bibliográficas em estudos sobre o tema, procura-se buscar caminhos e descaminhos que auxiliem na formulação de reflexões para que ocorra uma relação harmoniosa entre a instituição escolar e a família. A educação sempre ocupou um espaço importante na sociedade, na qual a escola e a família desempenham papéis fundamentais na transmissão dos conhecimentos. Entretanto, há muitos desafios em relação às responsabilidades que cada instituição possui no trabalho pedagógico. A política de participação dos pais é algo que intriga os profissionais da educação, já que se acredita que o bom desempenho escolar da criança está diretamente ligado à participação dos pais na vida escolar do indivíduo. Dessa forma, como fazer com que tal relação entre escola e família propicie condições favoráveis para que o aluno alcance o sucesso escolar? O que a escola deve fazer para que a família se interesse pelos assuntos relacionados à educação do seu filho? A escola se apresenta como objeto importante nesse processo, já que devido à formação que os profissionais possuem, é cabível que haja uma iniciativa por parte desta instituição para que se estabeleça uma relação harmoniosa e produtiva entre as duas partes envolvidas. Dessa forma, o estudo aqui apresentado abordará reflexões que possam buscar respostas para tais dúvidas, a fim de fazer com que ambas as instituições envolvidas trabalhem em regime de colaboração. O presente estudo tem como objetivo buscar reflexões acerca da relação entre escola-família no processo pedagógico, investigar em estudos bibliográficos análises já relacionadas ao tema em questão, compreender o papel que cada um desempenha na sociedade, de forma a encontrar caminhos e soluções que auxiliem nos problemas enfrentados pelas duas instituições. Escola e família são eixos fundamentais no processo de desenvolvimento do ser humano, entretanto ainda há divergências no papel que cada um deve desempenhar Ensino e Sociedade, dentro do processo pedagógico.
 CONCEITOS DE ESCOLA
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria ECA (p. 20).
Da mesma forma que a família, a escola também é uma instituição formadora do caráter social humano, ou seja, dos princípios, objetivos, conteúdos, direitos e deveres a fim de garantir que, em todos os seus níveis, ela reproduza conhecimentos e valores, necessários para a transmissão harmoniosa da cultura.
Sendo assim, gradualmente, repassando o conhecimento adquirido pelas gerações anteriores para as novas, procura assegurar o desenvolvimento de novos conhecimentos, para o progresso do país; e remontam ao mesmo instante o repasse do conhecimento, como outrora, ocorriam na antiguidade ou como ainda hoje, acontecem em algumas sociedades tribais.
O educador deixa de ser apenas um representante da família e passa a ser “o estranho” o distante do ”ninho familiar”, mas no mesmo instante o (profissional) que não procura apenas formar o indivíduo, mas todo o grupo da comunidade ao qual pertence.
Houve, em algum momento, a necessidade da cultura em educar um grande número de pessoas de uma mesma sociedade, ao mesmo tempo selecionando e separando-os por aptidões, atividades, entre outros critérios.
As escolas, ainda, em tempos atuais, levam em consideração às capacidades individuais, as idades, as classes. E, ao longo dos séculos, também, segregava a raça, o grupo étnico, os gêneros, a religião etc.
O Brasil, decorrente de uma sociedade latifundiária e escravocrata sustentou um conceito de educação no seu período colonial, inspiradas na sua economia agrícola e rudimentar da época. O Período Colonial foi marcado por um ensino da escolástica jesuítica aos índios e colonos.
Contudo, no século XX, ocorreram significativas mudanças quanto ao cenário educacional brasileiro. Essas mudanças promoveram as reformas que por sua vez, marcam as mudanças ainda referentes à LBD/1996.
Pela Constituição de 1988, a educação é direito de todos, dever do Estado e da família. Ela visa ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao seu preparo para o exercício da cidadania e à qualificação para o trabalho.
Devemos lembrar que a escola, nem sempre, foi do jeito que a conhecemos atualmente. Em vários momentos da história, tipos diversos de sociedades criaram diferentes caminhos para percorrer a estranha aventura de lidar com o saber e os poderes que ela carrega consigo.
Neste caso, a proposta realizada em 1988, passa a levar em consideração as condições de acesso e permanecia na escola, a liberdade e o pluralismo de ideias, uma gestão democrática, passaram a ser priorizado como padrão qualidade.
A escola atual vem sendo objeto de estudo e críticas que, muitas vezes, não levam em consideração os que fazem parte dela.
É preciso reconhecer, inicialmente, que nem todo saber resume-se no saber comum escolar. A vida é também uma grande escola, em que todos aprendem coisas essenciais.
Os (PCNs/1997) Parâmetros Curriculares Nacionais determina que a escola deva vincular-se ao mundo do trabalho e às práticas sociais (p.34). Desta forma, espera-se que a educação escolar prepare o estudante para a vida e que o inspire nos princípios de liberdade e em ideais de solidariedade humana.
Conforme o (PCNs/1997), menciona:
A importância dada aos conteúdos revela um compromisso da instituição escolar em garantir o acesso aos saberes elaborado socialmente, pois estes se constituem como instrumentos para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania democrática e a atuação no sentido de refutar ou reformular as deformações dos conhecimentos, as imposições de crenças dogmáticas e a petrificação de valores. Os conteúdos escolares que são ensinados devem, portanto, estar em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico (p. 30).
Tais princípios e valores devem orientar toda a ação educativa da escola, das organizações sociais, das famílias e de outros segmentos que queiram colaborar com a educação escolar.
De um lado a escola pode ser concebida como fornecedora de conhecimentos relacionados à realidade em que os indivíduos estão inseridos. De outros devemos constatar que essa compreensão deve ultrapassar as bases teóricas da educação escolar.
A distinção entre ambienteescolar e as manifestações sociais devem conciliar com as realidades aprendidas.
É notório que a partir destas perspectivas a presença dos pais na escola muitas vezes, se distancia do contexto escolar. Hoje, a presença dos pais e da comunidade está sendo considerada como uma ampliação das possibilidades de uma boa relação, tanto da escola quanto das famílias.
Assim um diálogo entre as partes família-escola se tornam necessárias devidos a singularidade conforme menciona os (PCNs/1997):
A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de convívio social, por constituir-se uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens durante um período contínuo e extenso de tempo (p. 33, 34).
O papel da escola, assim, como o da família é ajudar no desenvolvimento e formação da criança. Contudo, a escola em todos os lugares representa o saber que às vezes se confunde com a percepção dos pais. Para muitas pessoas, a escola é o lugar onde nasce a educação, porém, esta é na verdade a continuidade daquela ocorrida no grupo familiar, pois, passa a se tornar mais sistematizadas com as reais necessidades do campo social ao qual está inserido.
É um local que possibilita uma vivência social diferente daquela que a criança tem conhecimento, proporciona um contato com o conhecimento análogo e com um universo de interações com pessoas e ambientes diferentes.
Portanto, transformar a escola em ambiente cuja tolerância e as manifestações da igualdade nas oportunidades e no respeito às diferenças, em oposição as fortes disposições dos diferentes tipos de violência e preconceito atualmente, presente é um dos desafios trazidos para a educação brasileira, nos mais amplos cenários da sociedade brasileira.
As violências crescentes nas escolas exigem cada vez mais o aperfeiçoamento desta função; defendida pela ECA/1990, LBD/1996, PNEDH/2012.
Nas quais são vivenciados os direitos humanos e as responsabilidades de proteção e intervenções quando necessárias. Reforçando a função igualitária da escola, diante das eminentes situações referentes às desigualdades, sejam elas: sociais, gêneros ou etnias etc.
Dentro das conformidades contemporâneas, o Estatuto dos Direitos da Criança e dos Adolescentes (ECA), dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. É compromisso da família, da sociedade e do poder público em geral, garantir os direitos à vida, saúde, alimentação, educação, e convivência familiar e social. Com isso, estas diretrizes visam permitir à criança maiores fortalecimentos dos vínculos em contraste às negligências, discriminação e exploração.
A CONSTITUIÇÃO A RESPEITO DA FAMILIA E ESCOLA
Nos moldes do exposto pela nossa Carta Magna, especialmente no que versa a gramatica dos art. 205, e 229, aos pais reclama um dever escolar muito maior do que o requerido ao Estado no fornecimento da educação, senão vejamos:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.
Tanto é assim, que no Estatuto da Criança e do Adolescente está previsto que aos pais ou responsável tem obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino, art. 55 do ECA.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
No mesmo sentido, o art. 1.634 do Código Civil, não deixa dúvida que a escola tenha uma missão importante, mas não a principal, não é ela que cabe educar, mas sim aos pais.
Está comprovado que o "efeito família" é responsável por 70% do sucesso escolar. O envolvimento dos adultos com a Educação dá às crianças um suporte emocional e afetivo que se reflete no seu desempenho.
Não deixar de estar presente na vida dos filhos é um dever dos pais expresso no art. 129, inciso V, do ECA, o qual não deixa dúvidas quanto sua obrigação de acompanhar frequência e aproveitamento escolar dos filhos. Assim, o mero colocar na escola, consoante o já exposto art. 55 do ECA, não elide a obrigação dos pais de garantir a permanência, bem como no de observar e participar da evolução escolar da criança ou adolescente, avaliando seus progressos individuais e estimulando-os para que o estudo lhes seja rendoso.
É claro que as condições dos pais devam ser consideradas, até porque, ninguém é obrigado a dar o que não possui, sendo que eventuais omissões devem ser aferidas à luz do caso concreto, sendo que a desídia deve ser ponderada como negligência inescusável, descaso para o qual inexiste qualquer desculpa.
Contudo, o descumprimento indesculpável dos deveres relacionados à educação dos filhos faz incidir as medidas previstas no artigo 129 do Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo a mais grave a destituição do pátrio poder, “poder familiar”, bem como ainda, possivelmente constituir crime de abandono intelectual, punido com detenção de 15 dias a um mês, ou multa, art. 246 CP.
Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
VII - Advertência;
VIII - Perda da guarda;
IX - Destituição da tutela;
X - Suspensão ou destituição do pátrio poder familiar.
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos artigos: 23 e 24.
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
A família é o primeiro grupo onde a criança obtém contato social 
A família é o primeiro grupo onde a criança obtém contato e relação social. Uma das mais importantes funções dos pais e/ou responsáveis quando a criança ainda é um bebê é, justamente, dar início a este processo de socialização, repassando aos pequenos padrões de conduta e de moral de acordo com os valores que acreditam e com a cultura na qual estão inseridos.
Porém, quando começa a frequentar o colégio, tem início uma nova fase nesse processo de socialização. Se antes a criança vivia em um mundo mais ensimesmado, fechado e protegido, ao entrar na escola, ela passa a ter contato e a estar exposta a diferentes realidades, modelos de criação e valores.
E é nessa convivência que as competências sociais e emocionais da criança começam a ser desenvolvidas, com objetivo de capacitá-la a enfrentar os desafios da vida.
“A partir do momento que ela entra na escola, a escola se torna responsável por inserir a criança no coletivo. A noção de respeito e valores se constrói tanto em casa quanto na escola, apesar de serem relações e instituições diferentes. Uma complementa a outra. Não há como viver em sociedade se não trabalhar a questão dos valores”, afirma a psicóloga, psicopedagoga e terapeuta de casal, família e comunidade, Sandra Cristina Trambaiolli De Nadai.
Entretanto, é importante entender que, muito embora a escola tenha o papel de exercitar os valores construídos pelas famílias, isso não significa que ela determine o que é certo ou errado, mas sim, que trabalhe questões que desenvolvam os valores ético e moral nos alunos.
A Participação da Família na Escola
 A Ausência da Família
É possível perceber que, cada vez mais, as famílias estão se esquecendo de que são os principais responsáveis pela formação do caráter dos filhos, assim como dos aspectos da conduta ou da personalidade. Muitos pais mencionam que por causa do trabalho, eles não dispõem de muito tempo para ajudar na educação dos filhos ou, simplesmente, dizem que as educa, mas, porém, os jovens de hoje “não escutam” os mais velhos. Eles acabam por deixar essa formação apenas nas mãos dos professores, ficando as mesmas sem uma sustentação adequada. Dizer que a escola é a responsável pelas instruções das tradições, das posturas e do caráter da criança é um conceito desastroso e prejudicialà formação da criança.
A criança, ao nascer, encontra-se num estado de total incompletude, e sujeição. Isso acontece devido ao fator de desenvolvimento não ser, unicamente, biológico, mas de uma ordem psicossocial. O que o torna diferente de todos os outros animais, ele depende totalmente dos adultos que estão a sua volta por um período maior de tempo, principalmente, de seus familiares ou daqueles que se responsabilizam dessa função.
Para a Psicanálise a formação da criança ocorre através da repressão, conceito algumas vezes, mal interpretado, ela significa que a criança se desenvolverá a partir dos “egos externos” que serão os pais que se colocarão como mediadores do que é ou não possível, certo ou errado, dentro das atitudes das crianças. Logo, os valores e os princípios inerentes às atitudes serão aos poucos formatados através das proibições que a família e a cultura o impõem. 
Essas condições externas serão transmitidas mais especificamente, a partir da relação materna e paterna e continuando mais adiante através das instituições em que este participará. Uma vez que a comunicação se estabelecerá entre a criança-família e a sociedade ao longo de seu desenvolvimento. Porém, os distanciamentos dos pais na vida das crianças dentro da família e na escola vêm alterando, dramaticamente, essa realidade, especialmente, nas escolas públicas. Contudo, se percebe que o distanciamento dessas figuras. Cria-se uma lacuna, onde, seriam os pais que transmitiriam os conceitos de educação e cultura, para as crianças que amadurecem inseridas no convívio com eles.
A família é o princípio e o primeiro alicerce que a criança constrói com relação ao outro. A partir das interações família-criança, o construto social do jovem se desenvolve e se molda as experiências vividas. Entre outros fatores, a família, exerce importante influência, embora este aspecto transformador possa ser essencial, ainda, faz-se necessário que o desenvolvimento da criança em seu processo de socialização ocorra em outros ambientes. Os laços afetivos formados dentro da família, particularmente entre pais e filhos, podem ser aspectos desencadeadores de um desenvolvimento saudável e de padrões de interação positivos que possibilitam o ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes em que participará. Porém, a ausência desta pode repercutir em diversas mazelas na constituição social da criança, evasão escolar, desmotivação em ambiente estudantil, atitudes antissociais, omissão em realização das atividades, dificuldade em realizar atividades em grupos, retraimento e isolamento social.
Em resumo, vemos a consolidação nos últimos anos da família pós-moderna em função desta ampliação conceitual sobre família. Esse termo permite, atualmente, a inclusão de modelos variados de formação parental, para além daquele tradicionalmente conhecido. Os modelos familiares não mais se restringem à família nuclear que compreendia a esposa, o marido e seus filhos biológicos, ao qual estavam originalmente entrelaçadas.
Nessa perspectiva, os diversos núcleos familiares que têm sido averiguados com maiores frequências em âmbito social são: família homossexual ou casais homossexuais; família extensa; famílias multigeracionais; família reconstituída ou recasada; família de mãe ou pai solteiro; casais que coabitam/vivem juntos; vivem com cuidadores. Esses novos modelos familiares repercutem na metodologia de criação da criança em nossa cultura. Devido ao fato de os pais se dedicarem ao trabalho, muitas delas passam a ser educados pelos avós, que podem dedicar mais tempo à educação do que propriamente os pais da criança. O contato dos pais faz se necessário para a formação de um vínculo afetivo estável e duradouro entre pais e filhos, contudo, dentro do cenário contemporâneo esta relação torna-se cada vez mais escassa. Os pais muito das vezes, preso a uma vida exaustiva e desgastante, dificilmente, tem acesso às atividades que a criança realiza sejam em casa, na escola, ou em sociedade. A família tem de lidar com os fatores da mudança da estrutura familiar que por muito das vezes, interferem no modo da criança se relacionar com os demais membros do grupo ou da sociedade.
Se observarmos crianças em que os pais não impõem nenhum tipo de limite ou são simplesmente “transeuntes,” identificaremos na criança, situações que contrastam no cenário escolar. Sejam situações com pouco envolvimento social, irritadiças, egoístas e, geralmente, rejeitadas pelos colegas, pois não conseguem respeitar ninguém. Para que a criança saiba aceitar e respeitar os limites impostos pelos professores, colegas ou amigos com quem convivem. É preciso que ela tenha aprendido, exercitado, desde o início de sua vida este tipo de comportamento em sua família.
A divergência entre escola e a família está na tarefa de ensinar, sendo que a primeira tem a função de favorecer a aprendizagem dos conhecimentos construídos socialmente, em determinado momento histórico e de ampliar as possibilidades de convivência social e, ainda, de legitimar uma ordem social. Enquanto a segunda tem a tarefa de promover a socialização das crianças, incluindo o aprendizado de padrões comportamentais, atitudes e valores aceitos pela sociedade.
Os entendimentos do papeis da escola, da família e a relação que elas, desenvolvem, nem sempre foi à necessidade de partilharem responsabilidades, de se ajudarem mutuamente e de interagirem. Assim, durante longos anos a responsabilidade da educação não foi partilhada por estas duas instituições: Família e Escola. Cada uma assumia o seu papel, num total alheamento uma da outra.
Casual ou casuisticamente encontrava-se, pautando-se estes encontros por motivos que nem sempre eram os mais positivos. A família criava, educava, assinava documentos e pouco mais. A escola limitava-se a transmitir conhecimentos, a informar a família sobre os resultados obtidos e sobre o comportamento dos alunos.
A instituição familiar sempre foi e continua a ser a instituição-chave onde se estreia a socialização; é nela que a criança se inicia como indivíduo social desde o seu nascimento. Depois, surge a escola, em parceria com a comunidade, onde o indivíduo se insere num processo de socialização que se desenrola ao longo da vida. Sendo assim, o processo de desenvolvimento social da criança no meio familiar não pode ser isolado da sua função socializadora. Embora, na escola, essa interação social se expande, ganhando um espaço ainda maior, diversificando e multiplicando num processo dinâmico que funciona ou deve funcionar, sempre, numa convergência de esforços com a família. Embora, cientes que a responsabilidade de educar, cabe particularmente às famílias, facilmente, percebemos que a realidade social que vivemos torna impossível levar a cabo, com sucesso, essa tarefa sem apoios paralelos. A família surge-nos como uma entidade cultural, social, política, económica, psicológica e religiosa. Como grupo básico da estrutura social, tem vindo a ser questionada, sobre diversos pontos de vista, despertando o mais vivo interesse de todos os quadrantes.
Nesta pesquisa, os ambientes familiares e escolares são descritos como contextos de desenvolvimento humano, ressaltando a importância do estabelecimento de relações apropriadas entre ambos. É possível perceber que as famílias estão distanciando das funções de principais responsáveis para a formação do caráter dos filhos, como aspecto da conduta ou personalidade do indivíduo que designa a forma habitual, progressiva e constante de agir e reagir que é herdada das convivências sociais.
Nota-se que quando os pais são chamados à escola, ao invés de discutirem a questão metodológica usada, eles discutem o comportamento de alguns indivíduos o que acaba sem nenhuma solução eficaz por falta de suporte oferecido.
Antigamente, os pais eram os principais educadores dos filhos, isso raramente acontece na atualidade. Anteriormente, os pais no processo da formação de caráter da criança, conviviam por mais tempo com as elas. No contexto da sociedade moderna, os pais dividiram a responsabilidadeda educação dos filhos com a escola, o que ocasionou o seu afastamento neste processo, ficando toda a formação apenas nas mãos dos professores.
Uma estrutura familiar sólida facilita o processo de socialização, uma vez que permite a criança a ter um pleno desenvolvimento. A relação entre família e escola facilita inclusive a interação da criança na sociedade. Deste modo, cabe aos educadores orientar os pais de seu importante papel na formação de seus filhos. E se podemos dizer, a definição de “família ideal” é a caracterizada por ser um par de adultos com responsabilidades sobre as suas crianças. Então, o fato de existir a possibilidade de uma presença/ausência de um dos adultos, devido ao contratempo modernos, abre portas a uma nova questão: A quem deixar as crianças?
Embora, cientes que a responsabilidade de educar, cabe particularmente à ambos os pares, facilmente, percebemos que a realidade social que vivemos torna impossível levar a cabo, com sucesso se ocorrerem de forma isolada. Dentro deste argumento, a ausência da família, cada vez, se torna mais ampliadas, quantos as questões das problematizações escolares. Devemos lembrar que a formação subjetiva da criança, não se isola da família e; por sua vez esta não se distancia do contexto escolar. As responsabilidades não se distanciam, mas interconectam que constroem o desenvolvimento social desta. A Escola não poderá jamais substituir a presença dos pais, a educação é uma responsabilidade da família. Contudo, pode ser olhos e ouvidos dos efeitos que se apresentam em seu cenário estudantil.
A escolarização, simplesmente, a auxiliará neste processo de formação, com temas que propiciem a família a maior compreensão do desenvolvimento da criança em questões referentes às relações sociais, a educação, e a aprendizagem. Assim, como a sociedade, as famílias passaram por profundas mudanças em sua estrutura. Essas mudanças fizeram alterar ao longo dos anos os papéis da família na educação infantil. Ausência da família pode ser visualizada em diversos contextos. Durante as conversas a mesa, rede de televisão, com o surgimento das redes de comunicações (internet e telefonia móvel). Os surgimentos dessas ferramentas de telecomunicação, ironicamente, criaram o distanciamento dos diálogos e das participações entre pais e filhos dentro do ambiente familiar.
A família ausente propicia que outros acabem por direcionar os valores e os princípios que deveriam emanar da estrutura familiar. Porém os pais, estão cada vez mais comprometidos com assuntos externos à educação dos filhos, o que faz com que parte dessa tarefa seja delegada à escola. Por isso, conclui-se que uma relação produtiva entre a escola e a família inclui ganhos para a família em (coesão, empoderamento) e para a escola (eficácia) nas estruturas disciplinares, e para os estudantes o seu (desenvolvimento), e para a sociedade (a construção democrática) e participativa com base nas soluções de problemas do cotidiano. E ao simples fato que a família está aos poucos agregando suas responsabilidades para outras instituições sociais, como a escolas e creches. Essa pouca participação, acaba por transparecer que as famílias são desnecessárias nestes ambientes, uma vez que os profissionais ou o próprio governo são “os capazes” de influir 
A Colaboração entre os Pais e a Escola
A existência de objetivos que unem os laços entre a família e a escola é um dos caminhos que exigem maior atenção por parte dos profissionais das instituições escolares. Diversos estudos defendem que a família deve possuir uma parcela de representação nas decisões concernentes ao ambiente escolar. Sendo que os benefícios se confirmam na eficácia deste processo de socialização.
O compartilhar de decisões entre ambas as instituições, permitem elaborar estratégias significativas nas fases de desenvolvimento da criança, pois marcarão o começo de sua independência da família e de sua interação com outros ambientes. O compartilhamento de recurso e o voluntarismo são ideias poucos acessíveis na nossa sociedade moderna, pois, se supõem que as famílias se reorganizariam em grupos para realização de atividades para um bem-estar das escolas, alunos e educadores. Contudo, esses conceitos não deixariam de ser excelentes estratégias quando possíveis de serem aplicadas.
Dentro deste espaço, ambos serão os alicerces fundamentais para que este aluno se desenvolva em toda a sua plenitude. Nesse período em que a criança passa a ser influenciadas por outras. Ela passa a experimentar, sentimentos, hábitos e gostos diferentes dos vivenciados na família. O que se adquiriu dentro do ambiente familiar passa a ser utilizado nos relacionamentos com outras pessoas. Essa troca de experiências permitirá dividir situações de vitórias e derrotas, que outrora eram lhe situações favoráveis/desfavoráveis na situação de convívio com a família.
A rotina escolar difere de outros meios como a família. Mas sendo necessárias para a formação da criança. Por isso, é almejada uma construção de parcerias. Porque serão a partir delas que as significativas mudanças poderão ser alcançadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A partir dos resultados obtidos foi possível analisar que é de suma importância à participação da família no processo de educação junto a escola, pois através do trabalho conjunto possibilitará a formação de cidadãos críticos, reflexivos e dotados de potencialidades e habilidades, para que dessa forma possibilite a escola o cumprimento de sua função básica e social.
 Considera-se como relevante que família e escola caminhem de mãos juntas para conseguirem atingir o objetivo de formar cidadãos dotados de aptidões e assim com o trabalho destes dois agentes possa desenvolver mecanismos de intervenção frente às demandas dos filhos a fim de um desenvolvimento saudável seja ele cognitivo social e emocional.
REFERÊNCIAS
www.portaldaeducacao.com.br
www.webartigos.com
www.infoescola.com.br 
www.educacao.estadao.com.br
www.pedagogia.com.br
www.educacional.cpb.com.br
www.brasilescola.com.br
www.escolavillare.com.br
Artigo 54 da Lei n°8.069 de 13 de Julho de 1990.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define e regulariza a organização da educação brasileira com base nos princípios presentes na Constituição.
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais.

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