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BOCCIA PARALÍMPICA Profª Esp. Josymari Araujo de Morais Fafs/Universidade Brasil - HISTÓRICO A bocha tem sua origem em 3 a 4 mil anos a.C.. Nesta época, o esporte era praticado com objetos esféricos (pedras) no Egito e na Grécia Antiga, como forma de passatempo. O esporte da bocha surge na Itália, no período dos imperadores, datado entre 68 / 69 d.C, o chamado “bocce”, tinha festivais organizados por nobres e governantes, criando o profissionalismo. A versão italiana da bocha consiste em rolar bochas pelo chão em direção a algum objetivo. Com a expansão do exército romano, a modalidade foi difundida pela Europa. Em 1500, o esporte já era praticado na França, Espanha, Portugal e Inglaterra, com diversas alterações na regra que culminaram na popularidade que o esporte tem atualmente. O bocha adaptado O bocha adaptado é similar ao bocha convencional, ou seja, o jogador tem como objetivo encostar o maior número de bolas na bola alvo. O jogo consiste em um conjunto de seis bolas azuis, seis bolas vermelhas e uma bola branca (bola alvo). A quadra deverá ser lisa e plana como o piso de um ginásio em madeira ou sintético. A área é delimitada por linhas que possui uma dimensão de 12,5m x 6m. O bocha adaptado foi criado inicialmente para atender as pessoas com encefalopatia crônica, conhecido como paralisia cerebral (PC) severas com alto grau de comprometimento motor nos quatro membros e que se utilizava de cadeira de rodas. Atualmente outras pessoas com deficiência também podem competir, desde que inseridas na mesma classe no grau da deficiência, como por exemplo: distrofia muscular progressiva, acidente vascular cerebral, disfunção motora progressiva, entre outras. O jogador, conforme descreve as regras previstas pela International Boccia Commission - (IBC) - CP-ISRA (2004), é dividido por classes de acordo com o grau de comprometimento motor ou limitação, sendo que em cada divisão jogam praticantes de ambos os sexos. As divisões são: Individual BC1 Individual BC3 - Individual BC4 Individual • Pares - para jogadores classificados como BC3 • Pares - para jogadores classificados como BC4 BC2 Equipe - para jogadores classificados como BC1 e BC2. A classificação também segue as normas e regras da CP-ISRA, sendo que cada classe é denominada pela funcionalidade de cada jogador. A classe BC1 é composta por pessoas com tetraplegia espástica severa com ou sem atetose, no qual há pouca amplitude de movimentos ou força funcional em todos os movimentos nas extremidades e no tronco. Dependem da cadeira de rodas e precisam de auxilio durante o jogo, assim como de assistência tanto para a remoção da cadeira de rodas, quanto para a aquisição da bola. BC1 – O atleta tem paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o corpo. a) não é capaz de impulsionar a cadeira de rodas manual; b) tem dificuldade de alterar a posição de sentar-se; c) usa o tronco em movimentos de cabeça e braços; d) tem dificuldades em movimentos de segurar e largar; e) não tem uso das funções das pernas A classe BC2 é composta por pessoas com tetraplegia espástica de severa a moderada, os mesmos itens relacionados a classe BC1, a única diferença é que podem impulsionar a cadeira de rodas manualmente. BC2 – O atleta tem paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o corpo. a) tem controle do tronco, mas envolvendo movimento dos membros; b) tem dificuldades em movimentos isolados e regulares dos ombros; c) capaz de afastar dedos e polegar, mas não rapidamente; d) é capaz de deslocar a cadeira de rodas com as mãos ou os pés; e) ser capaz de ficar de pé / andar de forma muito instável. Os atletas da BC3 têm maiores comprometimento motor e utilizam calha e um calheiro para realizar o jogo como suporte para remessar a bola. BC3 – O atleta tem paralisia cerebral ou não cerebral, ou de origem degenerativa. a) tem disfunção locomotora grave nos quatro membros; b) não apresenta força e coordenação suficientes para segurar e largar a bola; c) não apresenta força e coordenação suficientes para lançar a bola além da “linha V” em direção à quadra. Na BC4 aos jogadores possuem diplegia de moderada à severa com controle mínimo nas extremidades das mãos, e ainda, com limitações de tronco e pouca força funcional nos quatro membros. BC4 – O atleta tem grave disfunção locomotora nos quatro membros, de origem degenerativa ou não cerebral. a) a faixa ativa dos movimentos é pequena; b) demonstra pouca força ou severa falta de coordenação combinada com o controle dinâmico do tronco deficiente; c) usa a força de movimento da cabeça ou dos braços para o retorno à posição sentado após um desequilíbrio (Ex.: após um lançamento); d) é capaz de demonstrar destreza suficiente para manipular e lançar a bola além da “linha V” em direção à quadra. Entretanto, fica evidente o precário controle de segurar e largar a bola; e) apresenta com frequência um balanço tipo pêndulo ao invés de arremesso com a mão por cima; f) é capaz de movimentar e deslocar a cadeira de rodas; g) não é capaz de realizar movimentos bruscos. A QUADRA É DEMARCADA DA SEGUINTE MANEIRA REGRAS A partida será vencida pela equipe que primeiro totalizar o número de pontos estipulado para cada competição (12 ou 15 pontos). A pontuação obedecerá a seguinte norma: um ponto para cada bocha da mesma equipe mais próxima do bolim, em comparação às bochas da equipe adversária. As bochas devem ser de forma esférica e de material sintético. O bolim deve ser de forma esférica e, preferencialmente, de aço. Profª Esp. Josymari Araujo de Morais Fafs/Universidade Brasil
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