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Prof. Vanderlei da Silva UNIDADE III Legislação Social e Previdenciária Representa os direitos e as garantias que o ser humano obteve ao longo do desenvolvimento social para fins de garantir condições mínimas de convívio harmônico e de justificativa para a existência de um Estado jurídico. No texto constitucional, os direitos sociais são definidos em dois títulos, que dizem respeito aos direitos e às garantias fundamentais e à ordem social. Essa divisão no texto constitucional visa a indicar que eles são, ao mesmo tempo, parte essencial daquilo que o Estado deve garantir a seus indivíduos e uma necessidade para o estabelecimento de uma sociedade funcional, capaz de perpetuar-se ao longo do tempo. Definição e divisão do Direito Social Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015). Assim, os direitos sociais são os direitos que visam a garantir aos indivíduos o exercício e o usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito. No direito ao trabalho se encaixam, principalmente, normas que amparam e humanizam os trabalhos. Direitos sociais na CF/88 É possível definir Direito do Trabalho como o ramo da ciência do Direito que tem por objeto as normas jurídicas que disciplinam as relações de trabalho por elas indicadas, determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas à sua proteção, em sua estrutura e atividade (NASCIMENTO, 2011, p. 306). No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ainda é a principal norma legislativa de regulamentação das leis referentes ao Direito do Trabalho e do Direito Processual do Trabalho. A Constituição Federal de 1988 também tratou do Direito do Trabalho, referindo-se ora a direitos e garantias fundamentais (art. 5º, I), a direitos humanos (art. 4º, II) e a direitos e liberdades constitucionais (art. 5º, LXXI) e ao trabalho como um dos direitos sociais (art. 6º). Direito do Trabalho O Direito do Trabalho surgiu com características marcadamente privatísticas, tanto que é do Direito Civil e do contrato de arrendamento que evoluiu o contrato de trabalho. Esse ramo do Direito apresenta uma divisão entre o direito individual do trabalho e o direito coletivo do trabalho. O Direito do Trabalho é, portanto, ramo do direito privado porque regula interesses imediatos dos particulares e é pluricêntrico. Tanto a convenção coletiva de trabalho como o contrato individual não se desvincularam do âmbito do direito privado, pois a liberdade sindical exige que assim o seja. Direito Individual do Trabalho Proteção: desse princípio decorrem três regras: In dúbio pro operário: consiste em regra de interpretação, ou seja, no caso de dúvida acerca do alcance de determinada norma, adota-se a interpretação mais favorável ao trabalhador. Norma mais favorável: no caso de conflito de normas, aplica-se a que for mais favorável ao trabalhador. Condição mais benéfica: envolve a noção de direito adquirido aplicada ao Direito do Trabalho. Segundo essa regra, os princípios que beneficiarem o empregado se incorporam ao seu contrato de trabalho. Princípios que orientam o Direito do Trabalho Irrenunciabilidade: conforme o presente princípio, os direitos do trabalhador não são passíveis de renúncia, vez que o Direito do Trabalho conta com normas cogentes, bem como subsiste a presunção de vício de consentimento. Continuidade: tal princípio traduz a preocupação do Direito do Trabalho no sentido de que a relação jurídica tenha a maior duração possível, considerando a presunção de que desta decorre a fonte de sobrevivência do trabalhador. Primazia da realidade: como a relação jurídica objeto de preocupação do Direito do Trabalho envolve partes reconhecidamente desiguais, a realidade documental não pode prevalecer sobre a realidade fática. Princípios que orientam o Direito do Trabalho Boa-fé e razoabilidade: o primeiro impõe a observância do dever de boa-fé e tem como destinatário ambas as partes da relação. O segundo, também tendo como destinatários os dois sujeitos do vínculo jurídico, estabelece a necessidade de que as partes se comportem de forma racional. Assim, podemos dizer que as relações individuais de trabalho são as que se constituem no âmbito do contrato individual de trabalho. Tendo como sujeitos o empregado e o empregador, singularmente considerados e como objeto interesses individuais de ambos no desenvolvimento do vínculo do trabalho do qual são sujeitos. Princípios que orientam o Direito do Trabalho O art. 8º, da CLT, descreve: “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.” Assim, são vários os dispositivos legais que tratam das garantias mínimas ao trabalhador. As principais fontes das normas trabalhistas são: Constituição Federal, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Convenção e Acordos Coletivos de Trabalho, Jurisprudência, Analogia etc. Principais dispositivos legais que tratam do direito individual do trabalho Ocorre a existência de um contrato de trabalho sempre que uma pessoa física se obrigar a realizar atos, executar obras ou prestar serviços para outra e sob dependência desta, durante um período determinado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma remuneração. Já a relação de emprego dar-se-á quando uma pessoa realizar atos, executar obras ou prestar serviços para outra, sob dependência desta, em forma voluntária e mediante o pagamento de uma remuneração, qualquer que seja o ato que lhe dê origem. De acordo com as normas trabalhistas, o contrato corresponde a uma relação de emprego (CLT, art. 442). Contrato individual de trabalho A pessoalidade: em princípio, será de trabalho toda relação jurídica cujo objeto residir na atividade profissional e pessoal de pessoa física para outrem. A profissionalidade: é ela que afasta os serviços gratuitos ou prestados com finalidades não profissionais. A profissionalidade pressupõe uma troca entre trabalho e retribuição. A indissociabilidade entre o trabalhador e o trabalho que presta: expressa que prestar o serviço é a própria atividade da pessoa, destacando a singularidade da relação de trabalho. A continuidade para a mesma fonte de trabalho: pode estar presente tanto no trabalho autônomo quanto na relação de emprego, porque é perfeitamente possível o autônomo continuativo, uma vez que a continuidade não faz nascer necessariamente a subordinação. Características do contrato de trabalho Quais são os direitos que visam a garantir aos indivíduos o exercício e o usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito? a) Direitos políticos. b) Direitos coletivos. c) Direitos civis. d) Direitos de imagem. e) Direitos sociais. Interatividade Quais são os direitos que visam a garantir aos indivíduos o exercício e o usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenhamuma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito? a) Direitos políticos. b) Direitos coletivos. c) Direitos civis. d) Direitos de imagem. e) Direitos sociais. Resposta Quanto à forma: o contrato pode ser verbal ou escrito. A relação jurídica pode ser formada pelo ajuste expresso escrito, pelo ajuste expresso verbal ou pelo ajuste tácito. Quanto à duração: há contratos por prazo indeterminado e contratos por prazo determinado (CLT, art. 443). A diferença entre ambos depende simplesmente de ver se na sua formação as partes ajustaram ou não o seu termo final. Se houve o ajuste quanto ao termo final, o contrato será por prazo determinado. A forma mais comum é o contrato por prazo indeterminado. Classificação dos contratos de trabalho Os tipos são contrato de trabalho individual e contrato de trabalho coletivo. O contrato de trabalho individual é o acordo, tácito ou expresso, formado entre empregador e empregado, para a prestação de serviço pessoal, contendo os elementos que caracterizam uma relação de emprego. Já o contrato de trabalho coletivo é o acordo de caráter normativo, formado por uma ou mais empresas com entidades sindicais, representativas dos empregados de determinadas categorias, visando à autocomposição de seus conflitos coletivos. Outro tipo importante é o contrato de trabalho e o contrato de empreitada. No contrato de empreitada, a execução do trabalho não é dirigida nem fiscalizada de modo contínuo pelo contratante, seu objeto é o resultado do trabalho. Tipos de contrato de trabalho Para o Direito do Trabalho, empregado é a pessoa física que presta pessoalmente a outrem serviços não eventuais, subordinados e assalariados. “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário” (CLT, art. 3º). Será empregador todo ente para quem uma pessoa física prestar, com pessoalidade, serviços continuados, subordinados e assalariados. É por meio da figura do empregado que se chegará a do empregador, independentemente da estrutura jurídica que tiver. Conceito de empregado e empregador Pessoa física: empregado é pessoa física e natural. Continuidade: empregado é um trabalhador não eventual. Subordinação: empregado é um trabalhador cuja atividade é exercida sob dependência. Salário: empregado é um trabalhador assalariado, portanto, alguém que, pelo serviço que presta, recebe uma retribuição. Pessoalidade: empregado é um trabalhador que presta pessoalmente os serviços. Requisitos legais do conceito de empregado O elemento fundamental que distingue empregado de trabalhador autônomo é a subordinação, pois empregado é trabalhador subordinado e autônomo trabalha sem subordinação. Outra definição é que autônomo é quem trabalha por conta própria e subordinado é quem trabalha por conta alheia. Existem outros autores que sustentam que a distinção será efetuada verificando- se quem suporta os riscos da atividade, ou seja, se os riscos forem suportados pelo trabalhador, ele será autônomo. Diferença entre empregado e trabalhador autônomo Teoria do evento, segundo a qual eventual é o trabalhador admitido numa empresa para um determinado evento. Teoria dos fins da empresa, para qual eventual é o trabalhador que vai desenvolver numa empresa serviços não coincidentes com os seus fins normais. Teoria da descontinuidade, segundo a qual eventual é o trabalhador ocasional, esporádico, que trabalha de vez em quando. Teorias sobre a diferença entre empregado e trabalhador eventual O ato de admissão do empregado envolve duas teorias. Teoria do contratualismo: a admissão é um ato de vontade das partes do vínculo jurídico, ou seja, é um contrato de adesão, pelo qual o empregado, sem maiores discussões sobre os seus direitos, simplesmente adere aos direitos previstos nas normas jurídicas sem sequer pleiteá-los ou negociá-los com o empregador. Teoria do anticontratualismo: o vínculo entre empregado e empregador não é um contrato, pois não há acordo de vontades. A admissão não tem natureza negocial, contratual; as partes não ajustam nada, pois o empregado começa simplesmente a trabalhar. A natureza do ato de admissão do empregado Os ajustes entre patrão e empregado poderão serão expressos ou tácitos, sendo que os contratos expressos serão verbais ou escritos. Porém, o contrato de trabalho também pode ser informal, pois pode alguém tornar-se empregado porque verbalmente fez um trato nesse sentido ou, ainda, porque assinou um contrato escrito. Pode, ainda, alguém tornar-se empregado porque, embora nada ajustado, começou a trabalhar para o empregador sem a oposição deste. Forma do contrato de trabalho O empregado, quando admitido de forma expressa, o será por prazo indeterminado ou determinado (CLT, art. 443). Silenciando-se as partes sobre o prazo, o contrato será por prazo indeterminado. Mas a CLT permite contratos a prazo, em se tratando de atividades de caráter transitório, de serviço cuja natureza ou transitoriedade o justifique e em se tratando de contratos de experiência. Contrato de experiência: é contrato de trabalho destinado a permitir que o empregador, durante um certo tempo, verifique as aptidões do empregado, tendo em vista a sua contratação por prazo indeterminado. Duração do contrato de trabalho A natureza do registro do vínculo empregatício na Carteira Profissional é de prova do contrato de trabalho. A carteira, quanto à sua obrigatoriedade, indica que nenhum empregado pode ser admitido sem apresentar a carteira, sendo que o empregador tem o prazo legal de 48 horas para as anotações, devolvendo-a em seguida ao empregado (CLT, art. 29). As anotações efetuadas na carteira geram presunção relativa quanto à existência da relação de emprego e serão efetuadas pelo empregador, salvo as referentes a dependentes do portador para fins previdenciários, que serão feitas pelo INSS, bem como as de acidentes de trabalho (arts. 20 e 30, CLT). Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Relativo ao contrato de trabalho, como é denominado o acordo feito com base na confiança entre empregado e empregador e não há um documento para comprová-lo? a) Tácito. b) Escrito. c) Expresso. d) De experiência. e) Por tempo indeterminado. Interatividade Relativo ao contrato de trabalho, como é denominado o acordo feito com base na confiança entre empregado e empregador e não há um documento para comprová-lo? a) Tácito. b) Escrito. c) Expresso. d) De experiência. e) Por tempo indeterminado. Resposta Princípio legal da imodificabilidade: de acordo com a legislação trabalhista, quando se tratar de contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente dessa garantia (art. 468, CLT). Princípio doutrinário do Jus variandi: é o direito do empregador, em casos excepcionais, de alterar, por imposição e unilateralmente, as condições de trabalho dos seus empregados. Esse princípio fundamenta alterações relativas à função, ao salário e ao local da prestação de serviços. Alteração nas condições de trabalho Suspensão do contrato de trabalho é a paralisação temporária dos seus principais efeitos. Na suspensão, o pagamento de salários não seria exigido como também não se computa o tempo de afastamento como tempo de serviço. Interrupção do contrato de trabalho é a paralisação durante a qual a empresa paga saláriose conta o tempo de serviço do empregado. Na interrupção do contrato, o empregado continuaria recebendo salários e haveria a contagem do tempo de serviço. Trata-se, portanto, de suspensão parcial, como paralisação temporária da prestação dos serviços, com a manutenção do pagamento de salários ou algum efeito do contrato de trabalho. Suspensão e interrupção do contrato de trabalho Existem diferentes tipos de demissão, dentre elas estão a demissão com justa causa (quando há motivos para a demissão) e a sem justa causa (é quando a empresa demite o funcionário, podendo ele receber seus direitos). Para que essas demissões ocorram é necessário que o contrato seja extinto e isso pode ocorrer tanto por parte do funcionário, quanto por parte da empresa. Quando o funcionário é demitido pela empresa, exemplo dos casos de contrato por tempo determinado, é paga uma indenização quando ocorre a demissão sem justa causa. Dentre os motivos para demissão por justa causa pode ser a existência de faltas graves, tais como abandonar o emprego, roubar, mostrar sinais de embriaguez durante o período de trabalho, ter má conduta etc. Como direitos, ele receberá apenas o salário e as férias. Dispensa do empregado As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. Sendo consideradas justificadas as faltas que o empregado pode dar, sem prejuízo da remuneração e dos demais direitos. As faltas justificadas estão previstas no art. 473, da CLT. Se é justificada, o empregado receberá a remuneração do dia, ou dos dias, bem como a remuneração do repouso semanal; não sofrendo, igualmente, qualquer desconto de dias de duração de férias. Já no caso das faltas injustificadas, todas as consequências acima mencionadas ocorrerão legalmente. Faltas ao serviço A CLT (art. 469) considera transferência o ato pelo qual o empregado passa a trabalhar em outra localidade, diferente da que resultar do contrato, desde que importar em mudança do seu domicílio. Como existe uma previsão legal, é lícita a transferência do empregado, com a sua anuência (CLT, art. 469). Porém, a concordância do empregado é que legitimará a transferência. A lei também prevê que sem sua anuência é lícita a transferência em caso de necessidade de serviço, mediante o pagamento de adicional de transferência de 25%, e ocorrendo a extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. Transferência de empregado Segundo a previsão legal, a jornada normal de trabalho será o espaço de tempo durante o qual o empregado deverá prestar serviço ou permanecer à disposição do empregador, com habitualidade, excetuadas as horas extras; nos termos da CF, art. 7º, XIII, sua duração deverá ser de até 8 horas diárias e 44 semanais. Porém, existem casos de empregados que trabalham em turnos ininterruptos de revezamento. Nessa situação, a jornada deverá ser de 6 horas, no caso de turnos que se sucedem, substituindo-se sempre no mesmo ponto de trabalho, salvo negociação coletiva. A redução legal da jornada poderá ser feita pelas partes, de comum acordo, por convenção coletiva e pela lei. Também é legal a jornada 12 X 36 horas. Jornada de trabalho De acordo com a lei, o período de férias anuais deve ser de 30 dias corridos, se o trabalhador não tiver faltado injustificadamente mais de 5 vezes ao serviço. As férias poderão ser divididas em até três períodos. Nenhum deles pode ser menor do que cinco dias corridos e um deles deve ser maior do que 14 dias corridos. Além disso, as férias não podem começar nos dois dias antes de um feriado ou do dia de descanso na semana. A decisão de dividir as férias, ou não, será negociada, mas o patrão não pode impor a divisão, porque o texto da reforma diz que deve existir a “concordância do empregado”. A empresa também não é obrigada a dividir em três partes, mesmo que o empregado queira. É preciso haver acordo entre os dois lados. Férias do trabalhador É considerado como salário o conjunto de valores econômicos que são devidos pelo empregador ao empregado. O salário não abrange somente a contraprestação do trabalho, mas também os períodos em que o empregado estiver à disposição do empregador, aguardando ordens. No seu cálculo também são considerados os descansos remunerados e as interrupções do contrato de trabalho ou por força de lei. Porém, não são considerados como de natureza salarial as indenizações, a participação nos lucros, os benefícios e complementações previdenciárias e os direitos intelectuais. Salário do trabalhador Por decisão do empregador: dispensa do empregado. Por decisão do empregado: demissão, dispensa indireta e aposentadoria. Por iniciativa de ambos, quando ocorre um acordo. Por desaparecimento dos sujeitos, por exemplo, morte do empregado, morte do empregador, pessoa física e extinção da empresa. Do contrato a prazo pelo decurso do prazo fixado ou por dispensa do empregado no curso do vínculo jurídico. A dispensa do empregado é o ato pelo qual o empregador põe fim à relação jurídica. Trata-se de uma das formas de extinção dos contratos de trabalho. Formas de extinção do contrato de trabalho É denominado como estabilidade o direito do trabalhador de permanecer no emprego, mesmo contra a vontade do empregador, enquanto inexistir uma causa relevante expressa em lei e que permita a sua dispensa. Desta forma, trata-se de uma garantia de ficar no emprego, perdendo-o unicamente se houver uma causa que justifique a dispensa indicada pela lei. A estabilidade é classificada como geral e especial. A geral só pode resultar de negociação coletiva. Nesse caso, a CF/88 faculta a dispensa mediante pagamento de indenização (multa de 40%). Já a estabilidade especial é a que perdura enquanto existir a causa em razão da qual foi instituída, que coincide com uma condição especial do empregado. Estabilidade adquirida pelo trabalhador Qual princípio justifica o direito do empregador, em casos excepcionais, de alterar, por imposição e unilateralmente, as condições de trabalho dos seus empregados? a) Imodificabilidade. b) Jus variandi. c) Primazia da realidade. d) Intangibilidade. e) Irrenunciabilidade. Interatividade Qual princípio justifica o direito do empregador, em casos excepcionais, de alterar, por imposição e unilateralmente, as condições de trabalho dos seus empregados? a) Imodificabilidade. b) Jus variandi. c) Primazia da realidade. d) Intangibilidade. e) Irrenunciabilidade. Resposta O Direito Coletivo do Trabalho estuda as relações coletivas de trabalho, o Direito Sindical e as organizações sindicais. Quando nos referimos ao Direito Coletivo do Trabalho, trata-se da área relativa ao Direito do Trabalho que vai se ocupar das relações coletivas. Nessas relações estão inseridas as normas e os princípios específicos que visam à solução dos conflitos surgidos. Essa parte do Direito do Trabalho também se ocupa da organização representativa dos trabalhadores, dos empregadores e da greve. O objetivo do Direito Coletivo do Trabalho é disciplinar suas interpelações e de, finalisticamente, empreender a melhoria nas condições de trabalho e de produção. Direito Coletivo do Trabalho O sindicato é uma organização criada para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses econômicos ou profissionais de todos os que, empregados, exerçam a mesma atividade, visando a tratar de problemas coletivos e individuais, com o objetivo de alcançar-lhes melhores condições de trabalho e vida. Assim como os trabalhadores, os patrões também se organizam por meio de sindicatos. O direito sindical é tratado na CF/88, nos arts. 10 a 12: Essas disposições constitucionais, que servem de base para a estrutura sindical, respaldam, em alguns pontos, a livre organização e a ação sindical; em outros, são restritivas. Organização sindical Conforme o ordenamento jurídico brasileiro, as entidades sindicais são formadas pelos seguintes entes: os sindicatos, as federações, as confederações e as centrais sindicais. As três primeiras são entidades de 1º, 2º e 3º graus, respectivamente, e representam tanto categorias profissionais, profissionais diferenciadas, econômicas e profissionais liberais. As centrais sindicais representam apenas os trabalhadores, sendo que não há previsão de entidade semelhante que represente os empregadores. O sindicato tem como objetivo representar, promover e defender, de forma permanente, os direitos e os interesses da categoria profissional ou econômica representada num dado espaço territorial. Entidades sindicais Exercer a função de representação e negociação, sendo que as demais entidades sindicais, federação e confederação, respectivamente, podem exercer essas funções em caso de inércia ou de inexistência do sindicato. Ajustar convenções coletivas de trabalho, nas quais serão fixadas regras a serem aplicáveis nos contratos individuais de trabalho dos empregados pertencentes à esfera de representação do sindicato. Prestar serviços aos seus representados, contribuindo para o desenvolvimento integral do ser humano. Arrecadação, mediante a qual o sindicato impõe contribuições, aprovada pela assembleia e fixada por lei (CF, art. 8º, IV), mensalidades sindicais e descontos assistenciais. Funções do sindicato As federações são organizações sindicais de segundo grau, que representam a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas. Para que seja viável sua constituição, há necessidade de ser fundada por, pelo menos, cinco sindicatos com registro no Ministério do Trabalho e Emprego. A base territorial mínima das federações é o Estado, sendo possível também que abranja mais de um Estado – interestaduais, ou todo o país – nacionais. As federações, por meio do agrupamento de sindicatos, podem coordenar os interesses de suas entidades filiadas. Contudo, não possui direito de representação da categoria representada por esses sindicatos. As federações As confederações são organizações sindicais de terceiro grau, que representam categorias profissionais, econômicas ou profissionais liberais. Na estrutura sindical brasileira ocupam o maior grau. Sua criação deve contar com, pelo menos, três federações com registro sindical da categoria que pretende representar. Por exigência legal, a sede da confederação deve ser na capital do país, ou seja, em Brasília (DF). As confederações As centrais sindicais, instituídas pela Lei n. 11.648, de 31 de março de 2008, no ordenamento jurídico brasileiro. São organizações de representação geral dos trabalhadores, de abrangência nacional, e possuem como atribuição a coordenação da representação dos trabalhadores e, como prerrogativa, a participação de negociações em diálogo social de composição tripartite, em que haja interesse dos trabalhadores. Elas não estão inseridas no sistema confederativo, que é composto de sindicatos, federações e confederações. Fazem parte da estrutura sindical brasileira e possuem uma relação de conexidade e de vinculação estreita com o sistema confederativo. As centrais sindicais É necessário que o sindicato possua um plano de marketing para reter e atrair novos sócios. Também é necessária a existência de um banco de dados eficiente capaz de fornecer aos dirigentes controle e informações que poderão auxiliar nas tomadas de decisão. Da mesma forma que uma empresa, os sindicatos precisam manter e criar departamentos como de Tecnologia da Informação, Financeiro, Marketing, Gestão de Pessoas e Comercial. As organizações sindicais também necessitam reter bons profissionais e aderir a novas práticas de gestão de pessoas, visando a manter e desenvolver seus talentos internos. Os desafios vivenciados na administração sindical As negociações coletivas são técnicas que trabalhadores e empregadores podem usar para a autocomposição dos seus conflitos coletivos de trabalho. Nesse sentido, a convenção coletiva de trabalho é considerada um importante instrumento de negociação. Ela assegura os direitos dos trabalhadores do Brasil. A Convenção Coletiva de Trabalho reúne as regras trabalhistas de cada categoria profissional, acordadas entre o sindicato laboral, ou seja, aquele que defende os interesses dos empregados, e o sindicato patronal, que tem como objetivo defender os interesses dos empregadores. Convenção coletiva do trabalho O conflito coletivo de trabalho é conceituado como o impasse surgido entre os empregados, coletivamente considerados, e os respectivos empregadores, acerca de condições de trabalho. Ao ser decidido um conflito coletivo, ele é estendido a todos os trabalhadores daquela empresa, ou daquela categoria, de determinada região. Existem duas formas de solução de controvérsias coletivas: a autocomposição e a heterocomposição. A autocomposição é a forma de encontrar a solução de um conflito pelas próprias partes. A heterocomposição é a solução do conflito por uma terceira pessoa. Conflitos do trabalho Qual alternativa corresponde a uma organização criada para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses econômicos ou profissionais de todos os que, empregados, exerçam a mesma atividade? a) Centrais sindicais. b) Confederações. c) Sindicato. d) Federações. e) Fundações. Interatividade Qual alternativa corresponde a uma organização criada para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses econômicos ou profissionais de todos os que, empregados, exerçam a mesma atividade? a) Centrais sindicais. b) Confederações. c) Sindicato. d) Federações. e) Fundações. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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