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SAMUEL FELIPE FAGUNDES DOS SANTOS / RA: 006657 / 5º SEM ENG. CIVIL RESENHA AO DOCUMENTARIO “HISTÓRIA DAS COISAS” O documentário “A história das coisas”, sem dúvida alguma, aborda diversos problemas de cunho social e ambiental. Trazendo de forma dinâmica, opiniões sobre diversos assuntos que abrangem desde a extração da matéria prima, produção, distribuição e consumo, finalizando no tratamento do lixo gerado por qualquer produto. Atualmente sabemos que vivemos em um planeta finito, ou seja, a matéria prima vai acabar e infelizmente, na velocidade que estamos caminhando, isso é logo. Desfrutamos de um sistema linear e esse sistema não condiz com a finitude do planeta, portanto, em breve “as contas não vão fechar”. Entretanto, esse não é o único problema, partindo do princípio de que hoje em dia, as empresas são maiores que o próprio estado, e que com isso, entendemos que o governo as prioriza, justamente por seu poder aquisitivo e sua influência direta na economia. Geralmente, quem não consome e não produz em grande escala não tem grande relevância para os governos, passa a fazer sentido o por que as grandes potencias tem tanta liberdade para extração e devastação dos meios naturais, pois usam demasiadamente os materiais sem importa-se com o fim deles. Assim como produzem em grande escala, o consumo acaba sendo proporcional. O ser humano tem como média o consumo de no mínimo três vezes mais do que necessita, sabendo o quão preocupante são esses dados, se torna ainda pior quando descobrimos que somente 1% do que é comprado ainda permanece com o consumidos após seis meses. Nesse sistema descontrolado, de consumo em excesso e sem conscientização, um dos pontos mais preocupantes são as questões relacionadas a poluição, que traz consigo um grande e abrangente grupo de afetados, pois a matéria prima pura é misturada com poluentes para se dar o produto final ao consumidor. Consequentemente, todos na cadeia produtiva sofrem com isso, diretamente e indiretamente, até mesmo o comprador que se acha favorecido por estar comprando um produto novo tem seus efeitos colaterais diretos – usando como exemplo o travesseiro que é misturado com tóxicos neurotransmissores e dormimos todos os dias sobre ele –, entretanto, como já dito, todos sofrem com isso e principalmente, o trabalhador que produz esses produtos, tendo contato direto e excessivo com tais substancias e matérias primas, causando em curto e longo prazo diversos problemas de saúde e psíquicos. O meio ambiente assim como o trabalhador, é extremamente afetado, pois a produção gera subprodutos – nome bonito para poluição –, sendo ela no ar, rios e solos. Muitos produtos tóxicos que são usados na produção (e que não são agregados ao produto final) não são reutilizados (na verdade perdem a utilidade), sendo assim, sempre se sobram “coisas” na produção, mas para onde vão essas “coisas”? Com certeza não fica com a empresa, são dejetos despejados indevidamente no meio ambiente, ou seja, se não tiram a matéria prima de forma irresponsável e excessiva, eles a poluem jogando resto de lixo tóxicos, deixando a mesma inutilizável. Todavia, o pior de tudo isso é que, como as empresas são os “queridinhos” do sistema, eles têm total liberdade para fazer isso, pois como sabemos, quem não produz e não influencia na economia, não tem importância, consequentemente o inverso dessa frase também se aplica. Entendemos que os funcionários precisam do emprego, mas se nos perguntarmos o por que eles precisam do emprego, somos pegos em um impasse, pois todos os dias observamos pessoas largando tudo que tinham (terras, propriedades, maquinários) e migrando para grandes cidades e trabalhando em grandes indústrias. Mas, por quê? Qual a explicação para isso? Simples, as empresas consomem excessivamente os meios naturais, que antes eram do produtor, chegando ao ponto que se torna infértil e sem lucratividade para o proprietário a produção e venda de seus produtos, mesmo sabendo que era o sustento da família, obrigando o mesmo, a procurar outro tipo de serviço. Sabemos que os produtos se tornaram algo tão fútil em nossas mãos somente lendo os dados apresentados no terceiro parágrafo, e isso não é tão chocante quando descobrimos que não pagamos integramente o devido produto comprado, quem paga é quem se vende por tão pouco para produzir, quem disponibiliza matéria a preço de “banana” para faze-los, todos esses pagam uma parte do produto e o consumidor final na verdade, paga um preço “simbólico” sobre tudo isso. O lamentável de tudo isso é que é imposto sobre a sociedade o consumismo excessivo e descontrolado. Para nos impor esse pensamento utilizam de vários recursos, sejam eles diretos (discursos, propagandas, etc.) ou indiretos (obsolescência planejada: um grande exemplo é o computador, que não se pode trocar só o processador quando aquele fica velho, tem que trocar tudo. Perceptiva: convence-nos jogar fora coisas úteis, só por que estão “ultrapassadas” e obrigando você a mudar para ficar na “moda”). Porém tudo isso que é trocado e fica obsoleto, tem um destino e aí está o grande problema, vai para onde? Sabemos que temos que levar na esquina de casa, mas só isso? Não, esses resíduos são altamente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, sendo qual for seu destino (aterros ou incineração). A reciclagem é uma das melhores opções, mas nem tudo se recicla então voltamos ao consumismo. Desse modo entendemos que a melhor forma de correção desse problema é a conscientização contra o consumo em excesso. No meio civil, se tem um grande problema com resíduos construtivos, e isso ainda deve ser explorado, para que o conforto e o crescimento urbano avancem, mas sempre mantendo um equilíbrio com o meio ambiente, mas como avançar de forma conscientizada? Investindo em reciclagem nas empresas que usam esses resíduos, para que outras áreas das obras ou até mesmo produtos que são produzidos com resto de obras sejam um meio de reciclagem. Por fim, concluo que devemos entender e propagar a conscientização de que realmente não precisamos de tanto. Que é nosso dever abrir nossa mente e lutar contra o consumismo excessivo, buscando conscientizar as pessoas ao nosso redor, procurar sempre estar atento a empresas que não cumpre com as leis, e principalmente sermos um exemplo em relação a isso (começando em nossas próprias casas e empresas). Portanto, não devemos ficar parados e estagnados, achando que uma pessoa apenas não vai fazer diferença, pois se cada um fizer a sua parte, com certeza um dia chegaremos a uma sociedade em equilíbrio com o meio ambiente.