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1654902_Apostila Neuroanatomia Psicologia (1)

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PUC MINAS
 NEUROANATOMIA
 Psicologia 
Prof. Ramon
GENERALIDADES SOBRE O SISTEMA NERVOSO
Através da história, as complexidades do corpo humano estimularam a imaginação. Cada mistério resolvido meramente revela os múltiplos caminhos dos modelos de organização complexa e intimamente envolvidos na função do ser humano vivo e pensante. Talvez mais fascinante do que a biologia molecular seja o conhecimento da habilidade do homem de compreender, aprender e agir como um organismo individual, não somente para descobrir a maravilha do mundo, mas para discuti-la e estudá-la.
O conhecimento do homem, do seu meio ambiente, torna-se possível graças ao funcionamento integrado do sistema nervoso, um grupo de células altamente especializadas que possuem características de excitabilidade e condutividade.
O sistema nervoso, em associação com o sistema endócrino, não somente cria um conhecimento do meio ambiente, mas torna-o possível para que o corpo humano responda às mudanças ambientais com a necessária precisão.
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso pode ser dividido em duas partes: SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) e SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP). O sistema nervoso central inclui o encéfalo que fica protegido pelo crânio e a medula espinhal que fica protegida pela coluna vertebral. O encéfalo é constituído pelo telencéfalo (dois hemisférios cerebrais), diencéfalo, o tronco encefálico (ponte, bulbo e mesencéfalo) e o cerebelo. O sistema nervoso periférico inclui os receptores espalhados pelo corpo, gânglios nervosos e os nervos (cranianos e espinhais).
O encéfalo e a medula espinhal são os locais para onde são encaminhadas todas as informações captadas pelos corpos neuronais fora do SNC e pelos nervos , os quais podem ser cranianos e em número de doze pares e espinhais em número de trinta e um pares. Esses nervos (espinhais) controlam a atividade voluntária e estão constituídos de fibras sensitivas (aferentes) e fibras motoras ( eferentes).
O SNP conduz impulsos dos receptores sensitivos para o sistema nervoso central e impulsos deste para os órgãos efetuadores (músculos e glândulas). Convencionou-se que as fibras nervosas eferentes que se distribuem aos músculos lisos, ao músculo cardíaco e glândulas constituem o sistema nervoso autônomo (SNA). Logo o SNA controla as atividades involuntárias como batimentos cardíacos, peristaltismo, a digestão, contração e dilatação das pupilas, dentre outras. É muito importante para a integração das atividades viscerais no sentido da manutenção da constância do meio interno (homeostase ).
Substância cinzenta: tecido nervoso constituído de acúmulo de corpos de neurônios 
Substância branca: tecido nervoso formado de fibras nervosas 
Núcleo: massa de substância cinzenta dentro de substância branca, ou grupo delimitado de neurônios com aproximadamente a mesma estrutura e mesma função.
 Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na superfície do cérebro e do cerebelo;
Trato: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e mesmo destino.
Funículo: o termo significa cordão e é usado para a substância branca da medula. Um funículo contém vários tractos ou fascículos. 
Decussação: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que têm aproximadamente a mesma direção. O exemplo mais conhecido é a decussação das pirâmides
Comissura: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano e que tem, por conseguinte, direções diametralmente opostas. O exemplo mais conhecido é o corpo caloso.
 
 COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é constituída por 33 vértebras, sendo 23 delas unidas por meio de discos intervertebrais, ligamentos e músculos. As vértebras são: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 3 ou 4 coccígeas.
MEDULA ESPINHAL
Macroscopia da Medula Espinhal
A medula espinhal é a porção mais caudal do sistema nervoso central e fica localizada no canal vertebral. Seu limite superior é um plano que passa ao nível do forame magno do osso occipital e o inferior, é a segunda vértebra lombar (L2). Ela tem em média 45 cm no homem adulto. A medula, como todo o sistema nervoso central, é revestida por três membranas denominadas meninges: a dura-máter, mais externa, espessa e resistente; a aracnoide, média e muito delicada; e a pia-máter, mais interna, delgada e em íntimo contato com o tecido nervoso.
As meninges delimitam entre si três espaços: o espaço epidural, entre a dura-máter e o canal vertebral, que contém veias e tecido adiposo; o espaço subdural cavidade virtual entre a dura-máter e a aracnoide; e o espaço subaracnóideo, entre a aracnoide e a pia- máter, que contém o líquido cérebro-espinhal ou líquor, que exerce função de proteção contra choques mecânicos. 
Como a medula termina ao nível de L2, abaixo desse ponto o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que, em conjunto, constituem a cauda equina.
A medula espinhal é achatada e apresenta nas regiões cervical e lombar, dilatações que constituem as intumescências cervical e lombar. Essas apresentam um acúmulo de neurônios cujos axônios tomarão parte dos nervos espinhais para os membros superiores e inferiores respectivamente. A medula termina afilando-se no cone medular. 
A superfície da medula é marcada por sulcos que a percorrem longitudinalmente. Na face anterior há a fissura mediana anterior (mais profunda) e os sulcos laterais anteriores, de onde emergem as raízes anteriores dos nervos espinhais. Na face posterior da medula notam-se o sulco mediano posterior e os sulcos laterais posteriores, onde penetram as raízes posteriores dos nervos espinhais. 
Nervos espinhais:
A medula espinhal da origem a 31 pares de nervos espinhais que emergem pelos forames intervertebrais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes posteriores e anteriores de cada segmento medular. A raiz anterior (eferente) é motora e a raiz posterior (aferente), é sensitiva e apresenta um gânglio espinhal onde ficam os corpos de neurônios sensitivos.
Corte transversal da medula:
Na medula, a substância branca fica localizada perifericamente e a substância cinzenta fica internamente e se dispõe em forma de um “H” central apresentando projeções denominadas colunas: duas anteriores, duas posteriores e duas laterais. Essas últimas estão presentes apenas nas regiões torácica e lombar. 
A porção da substância branca entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior de cada lado denomina-se funículo anterior direito e esquerdo. Entre os sulcos laterais anteriores e posteriores, encontram-se os funículos laterais direito e esquerdo. Posteriormente, as porções limitadas pelos sulcos mediano e laterais posteriores recebem os nomes de funículos posteriores direito e esquerdo onde estão os fascículos grácil e cuneiforme
Substância cinzenta:
A substância cinzenta da medula situa-se internamente à substância branca e constitui-se de corpos de neurônios e fibras predominantemente amielínicas.
Os neurônios medulares podem ser classificados como: aferentes ou sensitivos, eferentes ou motores e de associação.
Os neurônios aferentes recebem fibras aferentes (sensitivas) que entram na medula pelas raízes sensitivas (posteriores) dos nervos espinhais e seus axônios originam as fibras nervosas ascendentes da substância branca da medula. Do mesmo modo, os axônios dos neurônios eferentes constituem as fibras eferentes (motoras) que saem da medula, formando as raízes motoras (anteriores) dos nervos espinhais. Os neurônios de associação ligam os neurônios aferentes com os eferentes, através dos seus axônios, denominados fibras de associação, possibilitando a realização de reflexos medulares .
Substância branca:
A substância branca é externa à cinzenta e é formada exclusivamente por fibras nervosas. Essas fibras são axônios de neurônios, situados na medula,que fazem sinapses em neurônios localizados em níveis superiores (tronco encefálico, cerebelo ou cérebro) e na própria medula, ou são axônios de neurônios situados em níveis superiores e estão descendo para estabelecer sinapses com neurônios da medula.
As fibras da substância branca organizam-se em feixes denominados tratos ou fascículos. Cada feixe de fibras possui funções específicas e podem ser sensoriais (ascendentes), motores (descendentes) ou de associação (transversais e longitudinais). Como exemplo, podemos citar o trato espinotalâmico lateral, que sai da medula e vai ao tálamo levando informações de dor e temperatura, e o trato córtico-espinhal lateral, que vem do córtex cerebral e traz impulsos até os neurônios motores da medula.
 
 
Considerações funcionais da medula espinhal
Os nervos espinhais permitem a conexão entre a medula e os receptores sensoriais, localizados principalmente na pele (para informações de dor, tato e pressão) e para informações do grau de contração e tensão das fibras musculares (propriocepção), os nervos também ligam a medula aos músculos e às glândulas (que são os órgãos efetuadores). 
Esses nervos trazem todas as informações sensoriais do tronco e dos membros até a medula que irá, então, repassá-la aos segmentos superiores (tronco encefálico, cerebelo ou cérebro), onde serão processadas e, em alguns casos, se tornam conscientes, como, por exemplo, os impulsos de dor e de tato. Do mesmo modo, os impulsos motores vêm de fibras originadas no encéfalo até a medula e daí, pelos nervos espinhais, chega até os órgãos efetuadores. 
Reflexos medulares
Muitos dos impulsos sensoriais que entram na medula são processados ali mesmo, não alcançando os segmentos superiores do sistema nervoso. Assim, boa parte dos impulsos trazidos pelos neurônios do gânglio do nervo espinhal pode passar diretamente ou indiretamente (via neurônios de associação) a neurônios motores da própria medula e daí seguirem, pela raiz motora do nervo espinhal até o órgão efetuador, constituindo um reflexo medular. Envolvendo apenas uma sinapse e dois neurônios (um sensitivo e um motor) é denominado reflexo monossináptico ou arco reflexo simples . Se envolverem pelo menos duas sinapses e três neurônios (um sensitivo, um motor e pelo menos um de associação entre eles), é denominado reflexo polissináptico.
TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico é a porção do encéfalo que se continua superiormente com a medula espinhal, na altura do forame magno. Situa-se, portanto, acima da medula espinhal, abaixo do diencéfalo e anterior ao cerebelo. O tronco encefálico é dividido em bulbo, caudalmente, a ponte média e o mesencéfalo cranialmente. O tronco encefálico origina dez dos doze pares de nervos cranianos.
Macroscopia do tronco encefálico
Bulbo:
É a continuação direta da medula espinhal e, superiormente, se separa da ponte pelo sulco bulbopontino. Os sulcos medulares se prolongam na superfície do bulbo (fissura mediana anterior, sulco lateral anterior, sulcos laterais posteriores e sulco mediano posterior).
· a parte anterior do bulbo, de cada lado da fissura mediana anterior, localiza-se uma eminência, a pirâmide, que constitui a condensação do tracto motor voluntário, denominada córtico-espinhal, em direção à medula espinhal. A maior parte dessas fibras cruza obliquamente o plano mediano na região caudal do bulbo, constituindo a decussação das pirâmides . Lateralmente às piramides observamos as olivas.
· bulbo apresenta na face posterior, uma porção fechada semelhante e em continuidade com a medula e, logo acima, uma porção aberta que contribui para a formação do assoalho do IV ventrículo. Na porção fechada, o sulco mediano posterior termina, abrindo-se de maneira a constituir os limites ínfero-laterais do IV ventrículo. A partir dessa região uma condensação de fibras do bulbo dirige-se ao cerebelo para constituir os pedúnculos cerebelares inferiores.
· Ponte:
A ponte é a porção interposta entre bulbo, inferiormente, e o mesencéfalo, superiormente. Apresenta na porção anterior um sulco mediano raso, o sulco basilar, que aloja a artéria basilar. A partir deste sulco, numerosas fibras transversais convergem de cada lado para formar os pedúnculos cerebelares médios que penetram no cerebelo. Entre a base da ponte e o pedúnculo cerebelar médio nota-se a raiz do nervo trigêmeo (V par de nervos cranianos). A porção dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a porção aberta do bulbo, constituindo com ela o assoalho do IV ventrículo.
IV ventrículo:
· A parte posterior do bulbo e da ponte existe uma cavidade de forma de losango, que representa o assoalho do IV ventrículo. Essa cavidade contém um líquido cristalino denominado líquor. O teto do IV ventrículo é formado parcialmente pelo cerebelo. O IV ventrículo comunica-se com o espaço subaracnóideo. Superiormente, comunica-se com o III ventrículo (cavidade do diencéfalo) através do aqueduto cerebral, situado no mesencéfalo.
· Teto do IV ventrículo apresenta, na sua porção inferior, o plexo corióide, uma estrutura formada de vasos sanguíneos e epêndima, que é responsável pela produção do líquor.
Mesencéfalo:
O mesencéfalo situa-se cranialmente à ponte e caudalmente ao diencéfalo. É atravessado longitudinalmente pelo aqueduto cerebral. O aqueduto cerebral separa o mesencéfalo em parte anterior denominada pedúnculo cerebral, onde encontramos a substância negra do mesencéfalo que o divide em base (anterior) e tegmento (posterior), e outra posterior que é o teto do mesencéfalo, onde ficam os corpos quadrigêmios.
Os pedúnculos cerebrais são duas verdadeiras colunas de fibras descendentes do telencéfalo que se dirigem ao tronco encefálico. Entre os dois pedúnculos, e anteriormente a eles, existe uma depressão denominada fossa interpeduncular.
A sua face posterior apresenta quatro eminências arredondadas, que constituem os colículos superiores e inferiores. Esses colículos se relacionam com audição (os inferiores) e com visão (os superiores). Abaixo dos colículos há uma membrana, o véu medular superior, que representa o local de origem do IV par de nervos cranianos (troclear).Ao redor do aqueduto cerebral existe a substância cinzenta periaquedutal, um dos locais do encéfalo relacionados ao controle da dor.
Estrutura do tronco encefálico
Substância cinzenta:
No tronco encefálico a substância cinzenta apresenta-se fragmentada pelas fibras ascendentes, descendentes e transversais, e se distribui em uma série de núcleos . Esses núcleos constituem a substância cinzenta homóloga à da medula , que é constituída por neurônios que recebem fibras dos nervos cranianos ou enviam fibras para esses nervos, tal como a substância cinzenta medular se conecta aos nervos espinhais. Esses núcleos são, portanto, denominados núcleos próprios do tronco encefálico.
Substância branca:
A substância branca do tronco encefálico é constituída, como a da medula, por feixes de fibras mielínicas organizadas em tractos ou fascículos. Eles contêm: fibras motoras descendentes, vindas do cérebro ou do próprio tronco em direção à medula; fibras sensitivas ascendentes, originadas da medula e que sobem em direção ao tronco ou ao cérebro; fibras de associação, que ligam áreas diferentes do próprio tronco encefálico.
· Nervos cranianos: 
· Os nervos cranianos apresentam uma origem real, nos núcleos do tronco encefálico e uma origem aparente, no local onde emerge do (ou penetra no) SNC. Dos doze pares de nervos cranianos, dez se originam no tronco encefálico.
· Os nervos cranianos:
Par I – Nervo olfatório: Sensitivo; é responsável pela condução dos impulsos olfatórios da mucosa nasal ao cérebro.
Par II – Nervo óptico: Sensitivo; conduz impulsos visuais da retina ao cérebro.
Par III – Nervo oculomotor: Motor; inerva a maioria dos músculos extrínsecos (reto medial, reto superior, reto inferior e oblíquo inferior) e intrínsecos (músculo ciliar e esfíncter da pupila) do globo ocular. É responsável, portanto, por movimentos oculares, e pela contração da pupila.
Par IV – Nervotroclear: Motor; inerva um dos músculos extrínsecos do globo ocular (músculo oblíquo superior).
Par V – Nervo trigêmeo: Misto; sendo o sensitivo mais importante da cabeça. A sua raiz motora inerva os músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigoide lateral e medial). A sua raiz sensitiva conduz os impulsos de sensibilidade geral (tato, dor, temperatura) da cabeça. Essa raiz recebe também impulsos de propriocepção (percepção dos movimentos) dos músculos da cabeça (músculos da mastigação, mímicos e oculares). 
Par VI – Nervo abducente: Motor; inerva um dos músculos extrínsecos do globo ocular (músculo reto lateral).
Par VII – Nervo facial: Misto; por dois nervos: o facial propriamente dito, que é motor somático, e o nervo intermédio, motor visceral e sensitivo. Suas fibras motoras somáticas inervam os músculos da face. A parte motora visceral (nervo intermédio) inerva as glândulas sublingual, submandibular e lacrimal. As suas fibras sensitivas levam sensibilidade geral das seguintes regiões: região posterior da mucosa nasal, porção superior do palato mole (céu da boca), pequena poção do pavilhão auditivo . Também segue por suas fibras a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua.
Par VIII – Nervo vestíbulo-coclear: Sensitivo; inerva o ouvido interno e é constituído por uma porção coclear, responsável pela condução dos impulsos auditivos, provenientes da cóclea, e por uma porção vestibular que conduz os impulsos relacionados com a posição da cabeça (equilíbrio).
Par IX – Nervo glossofaríngeo: Misto; possui fibras motoras que inervam a glândula parótida, os músculos da faringe, responsáveis pela deglutição. A sua parte sensitiva leva impulsos de sensibilidade geral e gustativa do 1/3 posterior da língua e de sensibilidade geral da faringe.
Par X – Nervo vago: Misto; possui fibras motoras parassimpáticas (Sistema Nervoso Autônomo) que inervam vísceras torácicas e abdominais e fibras motoras para a musculatura da deglutição e fonação da faringe e laringe. As suas fibras sensitivas trazem impulsos de sensibilidade geral provenientes da dura-máter, de pequena porção do pavilhão auditivo, da faringe, da laringe, de vísceras torácicas e abdominais. O nervo vago possui, também, fibras gustativas provenientes da epiglote.
Par XI – Nervo acessório: Motor; é o único nervo craniano com uma raiz craniana e uma raiz espinhal. A raiz espinhal inerva músculos do pescoço (trapézio e esternocleidomastoideo).
Par XII – Nervo hipoglosso: Motor; inerva os músculos da língua.
Considerações funcionais do tronco encefálico
O tronco encefálico é um importante segmento do sistema nervoso por ser o ponto de passagem e de conexão intermediária de fibras ascendentes de trajeto medula-cérebro, medula-cerebelo ou cerebelo-cérebro e fibras descendentes, no sentido inverso. Além disso, o tronco encefálico contém núcleos de nervos cranianos e núcleos próprios que originam novos contingentes de fibras ascendentes, descendentes e de associação.
Os neurônios dos núcleos do tronco estão envolvidos, como os da medula, em reflexos somáticos e viscerais.
Um tipo de reflexo do tronco encefálico é o reflexo salivatório, um reflexo visceral, geralmente desencadeado pela imagem e/ou cheiro de um alimento, principalmente quando se está com fome. Para se ver ou sentir o cheiro do alimento é preciso que a sua imagem (captada na retina) ou o seu cheiro (percebido na mucosa nasal) sejam levados até o córtex cerebral pelo nervo óptico (no caso da imagem) ou pelo nervo olfatório (no caso do cheiro). No entanto, parte dos impulsos que estão seguindo para o córtex passa a neurônio de associação que os levam até os núcleos salivatórios do tronco encefálico. Desses núcleos saem as fibras dos nervos cranianos VII e IX que vão às glândulas salivares e estimulam a salivação.
Formação reticular
O tronco encefálico reveste-se de uma especial importância por ser a sede da formação reticular, sobre a qual faremos algumas considerações a seguir. Também denominada substância cinzenta reticular, ela possui uma constituição intermediária entre as substancias branca e cinzenta, contendo corpos de neurônios em meio a uma trama de fibras nervosas (daí o nome reticular, de rede, trama). Além disso, ela ocupa os espaços entre as substâncias branca e cinzenta, em especial nas porções mediais do tronco encefálico. Outra característica da formação reticular é apresentar grande diversidade de neurotransmissores em seus neurônios, destacando-se entre eles a noradrenalina, a serotonina e a dopamina. 
A formação reticular possui ainda, na sua porção bulbar, centros de reflexos como o centro do vômito, responsável pelo controle do reflexo de vômito e dois centros vitais: o centro respiratório, que controla o automatismo da respiração, e o centro vasomotor, que regula a pressão arterial. Além da integração desses reflexos, a formação reticular participa de outros reflexos do tronco encefálico. Sabe-se hoje que a formação reticular também participa dos seguintes mecanismos neurofisiológicos: ativação do córtex cerebral, através de um feixe de fibras denominado sistema ativador reticular ascendente, sono, vigília, controle neuroendócrino, analgesia, atenção, habituação e aprendizagem.
Pelo exposto anteriormente pode-se compreender por que lesões da formação reticular são particularmente graves e podem provocar o coma, por desativação do córtex cerebral, ou até mesmo a morte, por lesão do centro respiratório e/ou vasomotor.
CEREBELO
Macroscopia do cerebelo 
O cerebelo localiza-se dentro do crânio, , posteriormente ao tronco encefálico ao qual se encontra conectado pelos pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores.
O cerebelo apresenta uma porção mediana, o verme cerebelar, ladeado por duas massas laterais, os hemisférios cerebelares, sua superfície apresenta lâminas transversais de tecido nervoso, as folhas cerebelares que são separadas por sulcos cerebelares. Sulcos mais profundos denominados fissuras do cerebelo, delimitam lóbulos, cada lóbulo pode conter várias folhas. A face anterior do cerebelo forma parte do teto do IV ventrículo.
Em cortes do cerebelo pode-se observar uma fina camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar, revestindo a substância branca, o corpo medular do cerebelo. No interior do corpo medular do cerebelo existem 4 pares de núcleos de substância cinzenta que são os núcleos centrais do cerebelo
Embora lesões cerebelares não constituam risco de morte, o cerebelo, o pequeno cérebro, é um importante centro motor do sistema nervoso.
Como o cérebro, que possui córtex, centro branco medular e núcleos da base, o cerebelo apresenta córtex, corpo medular e núcleos centrais. Ao contrário do cérebro, no entanto, os impulsos que chegam ao córtex cerebelar não se tornam conscientes.
O cerebelo possui função motora e tem conexões com as seguintes estruturas ligadas à motricidade: áreas motoras do córtex cerebral, núcleos da base, núcleos motores do tronco encefálico e da medula que levam informações proprioceptivas.
O cerebelo está envolvido nos seguintes mecanismos neurofisiológicos: manutenção do equilíbrio, da postura corporal e do tônus muscular, planejamento motor e coordenação de movimentos finos. Assim, lesões do cerebelo podem resultar, dependendo da região afetada, em perda de equilíbrio, alterações do tônus e da postura corporal, tremores e incoordenação motora.
DIENCÉFALO
Macroscopia do diencéfalo
O cérebro é formado pelo diencéfalo e telencéfalo. O diencéfalo é constituído pelo hipotálamo, tálamo, subtálamo e epitálamo. No desenvolvimento embrionário, o telencéfalo cresce mais, de maneira a envolver o diencéfalo. Logo, para visualizarem todas as subdivisões do diencéfalo são necessários cortes no encéfalo. O diencéfalo possui uma cavidade ventricular, o III ventrículo.
III ventrículo 
É uma cavidade estreita e ímpar do diencéfalo, que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais (telencéfalo) pelos forames interventriculares. Um sulco hipotalâmico na parede lateraldo ventrículo estende-se do forame interventricular ao aqueduto cerebral, e separa o tálamo, acima, do hipotálamo, abaixo.
Tálamos
São duas massas de substância cinzenta de forma oval que delimitam entre si a cavidade do III ventrículo. Um tálamo se liga ao do lado oposto através da aderência intertalâmica.
Subtálamo
É um núcleo localizado na transição diencéfalo-mesencefálica, só visível em cortes.
 Epitálamo
É o conjunto de estruturas localizadas posteriormente aos tálamos e superiormente ao mesencéfalo. Limita posteriormente o III ventrículo. A mais evidente de suas estruturas é o corpo pineal.
Hipotálamo
É uma área localizada ântero-inferiormente aos tálamos, nas paredes laterais abaixo do sulco hipotalâmico e no soalho do III ventrículo. Fazem parte do hipotálamo ou estão intimamente relacionadas com ele as seguintes estruturas:
Quiasma óptico: localiza-se anteriormente no soalho ventricular e representa o cruzamento mediano de fibras do nervo óptico, do qual se originarão os tratos ópticos. Infundíbulo: É uma formação nervosa em forma de funil que é contínua com a neuro- hipófise. Na maior parte das peças, o infundíbulo se rompe na retirada do encéfalo, de que maneira a hipófise permanece presa dentro da sela turca, na base do crânio.
Hipófise: A hipófise é uma glândula endócrina dividida em um lobo posterior, a neuro- hipófise, e em um lobo anterior, a adeno-hipófise. Ambos os lobos recebem influências hipotalâmicas para exercer suas funções hormonais. No entanto, considera-se apenas a neuro-hipófise como estrutura anatômica do hipotálamo, por apresentar-se constituída de tecido nervoso.
Estruturas e considerações funcionais do diencéfalo
Tálamo:
O tálamo é essencialmente constituído por vários núcleos, que se compactam para formar uma massa ovóide na parede do terceiro ventrículo.
Os núcleos talâmicos são funcionalmente diferentes e alguns deles têm função ainda desconhecida. Entre as funções talâmicas destacam-se: função sensorial (todas as vias sensoriais passam pelo tálamo antes de chegarem ao córtex cerebral, com exceção da via olfatória); função motora (tem conexão com importantes áreas motoras do sistema nervoso); controle do comportamento emocional (faz parte do sistema límbico); e ativação cortical (auxilia a formação reticular nessa função).
Hipotálamo:
Essa pequena área situada na parede do terceiro ventrículo, abaixo do tálamo, é constituída por vários pequenos núcleos compactados. O hipotálamo tem complexas conexões, estando ligado a inúmeras áreas do sistema nervoso.
Apesar de suas reduzidas dimensões, o hipotálamo é extremamente importante e entre as suas funções se incluem: secreção de hormônios liberados pela neuro-hipófise (a oxitocina, que provoca contrações do miométrio e ejeção de leite nas glândulas mamárias e o hormônio antidiurético ou ADH que controla a diurese); regulação endócrina da adeno-hipófise (produz hormônios que estimulam ou inibem a secreção dos hormônios hipofisários); controle do sistema nervoso autônomo (regula as ações do simpático e do parassimpático); regulação da fome e da sede (controla a ingestão de alimentos e de líquidos e seus neurônios são sensíveis às variações osmóticas do sangue); controle da temperatura corporal (é sensível às variações térmicas); regulação do comportamento emocional (faz parte do sistema límbico)
Epitálamo:
Possui núcleos relacionados como o comportamento emocional e uma estrutura endócrina, a glândula pineal, que produz o hormônio melatonina.
Nos demais vertebrados, aves e mamíferos, a melatonina tem apenas função endócrina. Nos mamíferos, a melatonina tem diversas funções, algumas delas comprovadas em apenas algumas espécies: controle de ritmos biológicos (a pineal conecta-se com o núcleo supraquiasmático do hipotálamo e sofre ação da luz, que inibe a secreção de melatonina) e ação frenadora sobre gônadas (ovário e testículo)..
Subtálamo:
É uma diminuta área mais interna do diencéfalo, situada entre o hipotálamo e o mesencéfalo. É constituída por pequenos núcleos, conectados com o corpo estriado do telencéfalo, que participam do controle da motricidade .
TELENCÉFALO
Macroscopia do telencéfalo
O telencéfalo é a porção mais desenvolvida do encéfalo e apresenta-se separado em dois hemisférios cerebrais pela fissura longitudinal do cérebro. Apresenta uma superfície irregular marcada por sulcos que delimitam saliências, os giros ou circunvoluções cerebrais. As regiões mais proeminentes são os três pólos: frontal, temporal, occipital. No telencéfalo podem-se observar as faces: súpero lateral, que é convexa; inferior ou base do cérebro, e medial, plana.
Na face súpero-lateral, um sulco mais nítido e profundo que se estende ântero- posteriormente, é o sulco lateral. Na parte média dessa face, iniciando na face medial do hemisfério a uma meia distância entre os pólos occipital e frontal, nota-se o sulco central, que segue, para baixo e para frente, terminando no sulco lateral.
Podem-se descrever no telencéfalo regiões mais abrangentes, associadas anatomicamente aos ossos do crânio, que são denominadas lobos do telencéfalo. São eles:
Lobo frontal: compreende a região anterior ao sulco central e superior ao sulco lateral.
Lobo temporal: situa-se inferiormente ao sulco lateral.
Lobo parietal: fica localizado posteriormente ao sulco central e superiormente ao sulco lateral.
Lobo occipital: é a porção mais posterior do hemisfério cerebral.
Lobo insular ou ínsula: é o único que não se relaciona aos ossos do crânio, por estar situado profundamente no sulco lateral.
Face súpero-lateral
 
Lobo frontal:
São descritos o sulco pré-central, anterior e paralelo ao sulco central, e o sulco frontal superior e frontal inferior, perpendicular a este e bastante irregulares. Entre o sulco central e o sulco pré-central está o giro pré-central que é a principal área motora cortical. O giro frontal inferior localiza-se abaixo do sulco frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo é denominado giro de Broca e aí se localiza a área cortical da palavra falada.
Lobo parietal e occipital:
Posteriormente e paralelamente ao sulco central, nota-se o sulco pós-central, e perpendicular a esse, e em direção posterior no lobo parietal, situa-se o sulco intraparietal. Na maior porção do giro pós-central localiza-se a área somestésica primária e na sua porção inferior a área gustativa.
Lobo temporal: 
O lobo temporal é dividido em três giros, temporal superior, médio e inferior, por dois sulcos paralelos ao sulco lateral, o sulco temporal superior e temporal inferior.
Face medial: 
Nesta face destaca-se um grosso feixe de fibras brancas seccionadas no plano sagital mediano, o corpo caloso. Essas fibras cruzam o plano mediano (comissura), conectando os dois hemisférios telencefálicos. Logo abaixo do corpo caloso outro feixe complexo de fibras, o fórnix, arqueia-se posteriormente à comissura anterior, proveniente do lobo temporal, mais precisamente do hipocampo. Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, membrana que separa os dois ventrículos laterais.
 
Lobo occipital:
Nesta face, o sulco parietoccipital estende-se do corpo caloso à borda superior da face súpero-lateral do telencéfalo, separando os lobos parietal e occipital. Nota-se, ainda, um sulco de direção posterior, o sulco calcarino, em cujas margens se localiza o centro cortical da visão. Esses dois sulcos delimitam uma área triangular, o cúneo (área da memória visual).
Lobos frontal e parietal:
Acima do corpo caloso descreve-se um sulco que o acompanha, o sulco do corpo caloso, que se continua com o sulco do hipocampo no lobo temporal. Paralelamente ao sulco do corpo caloso, tem-se o giro do cíngulo,(está relacionado ao sistema límbico) delimitado superiormente pelo sulco do cíngulo.
Na região anterior do córtex, abaixo do corpo caloso e adiante da comissura anterior, existe uma área conhecida como área septal, que é uma das áreas de prazer do cérebro.
Face inferior:
Lobo temporal: 
O giro para-hipocampal,(relacionado ao sistema límbico) no lobotemporal é lateral ao sulco do hipocampo. Esse giro termina anteriormente numa dilatação denominada uncus (relacionado à olfação).
Medialmente ao giro para-hipocampal, no interior da cavidade do corno inferior do ventrículo lateral (ver adiante), situa-se o hipocampo, giro cortical só visível em preparações especiais ou cortes do lobo temporal. Ele é uma importante área da memória para fatos recentes e relaciona-se com o comportamento emocional.
O hipocampo, o giro para-hipocampal e o giro do cíngulo constituem o lobo límbico, relacionado com o comportamento emocional e com o controle do sistema nervoso autônomo.
Lobo frontal:
Nesta face, observa-se um sulco paralelo à fissura longitudinal do cérebro, o sulco olfatório, que aloja o bulbo e o tracto olfatório.
Ventrículos laterais:
São duas cavidades ventriculares do telencéfalo que se comunicam com o III ventrículo através dos forames interventriculares. Apresentam uma parte central e três cornos, que se projetam nos lobos: frontal, occipital e temporal, sendo denominados, respectivamente, cornos anterior, posterior e inferior .
Núcleos da base:
Em secções do telencéfalo observa-se que a substância cinzenta dispõe-se numa fina camada superficial denominada córtex cerebral. A substância branca fica internamente ao córtex, constituindo o centro branco medular do telencéfalo . No entanto, no interior do centro branco medular, observam-se massas de substância cinzenta que constituem os núcleos da base do telencéfalo, denominados núcleos caudado, lentiforme, claustro e amigdaloide.
Os núcleos caudado e lentiforme constituem o corpo estriado, importante área motora, ao passo que o corpo amigdaloide é importante área reguladora do comportamento sexual, da agressividade e memória.
Centro branco medular:
É constituído por fibras nervosas que são classificadas em dois grupos: de projeção e de associação. As fibras de associação conectam os dois hemisférios telencefálicos e são constituídas pela comissura anterior, comissura do fórnix e o corpo caloso. As fibras de projeção conectam o telencéfalo a outras áreas subcorticais, que são o fórnix e a cápsula interna.
Considerações morfofuncionais do telencéfalo 
O telencéfalo é a porção mais desenvolvida do cérebro humano e sede dos mecanismos psíquicos mais complexos. Como visto, o telencéfalo compreende o córtex cerebral e, sob ele, o centro branco medular, contendo no seu interior os núcleos da base.
Centro branco medular
As suas fibras de projeção conectam o córtex cerebral com áreas subcorticais, destacando-se entre elas a cápsula interna, principal feixe de fibras aferente e eferente ao córtex. As fibras de associação ligam o córtex dos dois hemisférios cerebrais e, delas, as mais importantes constituem o corpo caloso que permite o funcionamento acoplado dos dois hemisférios. Sem ele, os hemisférios tornam-se independentes, pois realizam diferentes funções.
· Núcleos da base:
· Claustro tem função ainda desconhecida. O corpo amigdaloide relaciona-se com o comportamento sexual, emocional e com a memória.
O putâmen e o globo pálido, juntos, constituem o núcleo lentiforme, e esse mais o núcleo caudado forma o chamado corpo estriado que tem conexões com importantes áreas motoras do sistema nervoso e participa do controle da motricidade. Lesões desses núcleos ou de suas conexões provocam doenças como a síndrome de Parkinson, a coréia de Huntington e a atetose, cujos sintomas mais evidentes são alterações do tônus muscular, incoordenação motora, tremores e movimentos anormais. 
Córtex cerebral
O córtex cerebral é a sede das funções psíquicas, como a linguagem, a memória e a inteligência, bem como das elaborações psíquicas que fazem do homem o mais genial e criativo dos animais.
Essa fina camada de substancia cinzenta, o córtex cerebral, é a mais complexa estrutura biológica que se conhece. Nele existe uma fantástica rede sináptica que envolve bilhões de neurônios. Em cada um dos giros e lobos, o córtex apresenta diferenças histológicas e funcionais. Isso explica por que pouco ainda se conhece do funcionamento cortical, apesar das inúmeras pesquisas sobre o assunto.
Áreas corticais:
As áreas corticais podem ser divididas, funcionalmente, em três tipos: primárias, secundárias e terciárias. Entre as áreas primárias, incluem-se áreas sensitivas, aonde chegam e são percebidos os impulsos sensoriais e as áreas motoras de onde partem os impulsos que resultarão em movimentos. As áreas secundárias e terciárias são áreas que realizam funções mais complexas, como, por exemplo, o planejamento dos movimentos, a linguagem, a memória e a regulação do comportamento emocional. 
· Área primária motora: localiza-se no giro pré-central e dela partem todos os impulsos motores que, via neurônios motores do tronco encefálico e da medula, chegarão aos músculos estriados esqueléticos de todo o corpo. É interessante lembrar que essa área exibe somatotopia, isso é o impulso destinado a cada parte do corpo se originam de partes específicas do giro pré-central e são proporcionais à importância funcional e não ao tamanho daquela parte. Assim, por possuírem uma musculatura muito mais ativa as áreas da mão e da face são muito maiores do que as áreas do tórax e do abdome. Lesões nessa área resultam em paralisias ou paresias (perda parcial dos movimentos).
· Área primária somestésica: localiza-se no giro pós-central e nela chegam todos os impulsos somestésicos ou exteroceptivos, como impulsos de tato, dor, propriocepção e estereognosia (percepção da forma de um objeto através do tato). Essa área exibe a mesma somatotopia da área motora. Lesões nessa área provocam perdas sensoriais somestésicas em áreas corporais correspondentes à parte lesada no giro.
· Área primária visual: ocupa uma faixa de córtex situado nos lábios do sulco calcarino.
· Área primária auditiva: situa-se no giro temporal transverso anterior. Lesões nessa área provocam surdez parcial ou total (se a lesão for bilateral).
· Área primária gustativa: ocupa a parte inferior do giro pós-central próxima à área somestésica da língua. Sua lesão resulta em deficiência gustativa ou ageusia.
· Área olfatória: está localizada no uncus. Déficit olfatório ou anosmia ocorre após lesão nessa área.
· Áreas da linguagem: essas áreas localizam-se apenas em um dos hemisférios cerebrais. Na maioria das pessoas estão situadas no hemisfério esquerdo. No lobo frontal localiza-se a área motora da linguagem: a área da linguagem falada, ou área de Broca, localizada numa pequena parte do giro frontal inferior esquerdo. Lesões nessas áreas provocam deficiências motoras de linguagem denominadas afasias motoras (anatria) que consistem na incapacidade de falar ou de escrever. A área sensorial da linguagem ocupa a região têmporo-parietal (parte dos lobos temporal e parietal) e sua lesão resulta em afasia sensorial, isso é, incapacidade de compreender as palavras ouvidas ou lidas.
O fato de as áreas da linguagem estarem, em geral, situadas apenas em um hemisfério cerebral, originou o conceito de dominância cerebral . Assim, o hemisfério esquerdo na maioria das pessoas foi considerado o hemisfério dominante, mas hoje se sabe que existem diferentes funções entre os hemisférios. O hemisfério esquerdo é a sede da linguagem e do raciocínio matemático, enquanto o hemisfério direito relaciona-se com a visão espacial, e o reconhecimento de fisionomias.
Meninges encefálicas
A dura-máter é a meninge mais externa e resistente e na sua superfície notam-se os ramos da artéria meníngea média. A dura-máter encefálica apresenta dois folhetos, um externo, intimamente aderido aos ossos do crânio, e outro interno. Em determinadas regiões, esse folheto interno separa-se do externo de maneira a constituir pregas e cavidades.
As pregas da dura-máter são: a foice do cérebro, que se projeta entre os hemisférios telencefálicos, a foice do cerebelo, que se projeta entre os hemisférios cerebelares, e a tenda do cerebelo, lâmina transversal que separa o cérebro do cerebelo.
As cavidades vasculares comportam-se como veias (contêmsangue não oxigenado) e constituem os seios da dura-máter. Esses podem estar localizados na calota craniana ou na base do crânio. Esses seios recebem as veias cerebrais e confluem em última análise para o forame jugular, onde desembocam na veia jugular interna.
A aracnoide e a pia-máter também revestem o cérebro, sendo mais internas à dura-máter, mais finas e transparentes. A pia-máter adere à superfície dos giros cerebrais, revestindo intimamente o córtex cerebral.
Líquor
O líquor (líquido cefaloespinhal) é um líquido transparente, cristalino, semelhante ao plasma sanguíneo, rico em cloretos e pobre em proteínas que circula nas cavidades do encéfalo e no espaço subaracnóideo.
Local de produção: plexos corióides existentes nas cavidades ventriculares;
Circulação: o líquor dos ventrículos laterais passa para o III ventrículo através dos forames interventriculares e daí passa através do aqueduto cerebral para IV ventrículo, de onde passa para o espaço subaracnóideo por duas aberturas laterais e uma mediana. Preenche todo o espaço e nele circula.
Local de reabsorção: nas granulações aracnoides (são projeções da aracnoide para o interior do seio sagital superior) onde então se mistura ao sangue venoso.
Função do líquor: Tem como função primordial a proteção mecânica do encéfalo contra choques mecânicos. Faz também proteção Biológica
Vascularização do encéfalo
O sistema nervoso central é irrigado por dois grandes sistemas arteriais, o sistema vértebro- basilar e o sistema carotídeo interno.
Sistema vértebro-basilar: É constituído pelas duas artérias vertebrais (direita e esquerda), originadas da artéria subclávia, que ascendem no pescoço pelos forames transversos das vértebras cervicais, penetrando no crânio pelo forame magno. Essas artérias dão ramos para a irrigação da medula e confluem para constituir a artéria basilar, na base da ponte. A artéria basilar emite vários ramos menores responsáveis pela irrigação do cerebelo, ponte e bulbo, e se divide em dois ramos terminais, as artérias cerebrais posteriores.
· Artérias cerebrais posteriores: dirigem-se posteriormente e irrigam a face inferior do lobo temporal e o lobo occipital.
Sistema carotídeo interno: é constituído pelas duas artérias carótidas internas (ramos das carótidas comuns), que penetram no crânio e emitem três ramos: artéria cerebral média, artéria cerebral anterior e artérias comunicantes posteriores.
Artéria cerebral média: Segue lateralmente acompanhando o sulco lateral e irriga a maior parte da face súperolateral do cérebro. 
Artéria cerebral anterior: segue acompanhando o corpo caloso e irriga a maior parte da face medial do cérebro. Ligando as artérias cerebrais anteriores direita e esquerda, existe a artéria comunicante anterior , que, em última análise representa uma anastomose entre as duas carótidas internas.
Artérias comunicantes posteriores: São ramos das artérias carótidas interna direita e esquerda que se dirigem posteriormente, ligando-as com as artérias cerebrais posteriores, anastomosando, portanto, os sistemas carotídeo e vertebro-basilar.
As anastomoses entre as carótidas direita e esquerda e entre essas e o sistema vertebro-basilar constituem o círculo arterial do cérebro ou polígono de Willis.
Arlindo Ugulino Netto – NEUROANATOMIA – MEDICINA P3 – 2008.2
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GRANDES VIAS AFERENTES
(Professor Stênio A. Sarmento)
As grandes vias aferentes (ou sensitivas) são aquelas que levam aos centros nervosos supra segmentares impulsos originados nos receptores periféricos, permitindo ao individuo uma perfeita percepção do mundo que o rodeia, possibilitando a ele adequar-se as adversidades deste meio. Em cada uma das vias aferentes, deverão ser estudados os seguintes elementos: o receptor, o trajeto periférico, o trajeto central e a área de projeção cortical. O receptor: é• representando por terminações nervosas sensíveis ao estimulo que caracteriza a via. Admite-se a especificidade do receptor, ou seja, a existência de receptores especializados para cada uma das modalidades de sensibilidade. 
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 O trajeto perif€rico: compreende um nervo espinhal ou craniano e um g‡nglio sensitivo anexo a este nervo por onde o 
 Neurônio II: localizado na coluna posterior da medula ou em nˆcleos dos nervos 
O trajeto periférico: compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a este nervo por onde o estimulo sensitivo percorrer„ até alcançar o sistema nervoso central. O trajeto central: durante este trajeto central, as fibras que constituem as vias aferentes se agrupam em feixes (tratos, fascículos e/ou lemniscos) de acordo com suas funções. O trajeto central das vias aferentes compreende ainda núcleos relés, onde se localizam os neurônios de associação (II, III ou IV) da via considerada. A área de projeção cortical: localizada no córtex cerebral ou no córtex cerebelar. No primeiro caso, a via nos permite distinguir os diversos tipos de sensibilidade (• uma interpretação consciente); no segundo caso, ou seja, quando a via termina no córtex cerebelar, o impulso não determina qualquer manifestação sensorial (a via • inconsciente), sendo utilizada pelo cerebelo para a realização de seu papel primordial de integração motora.
As grandes vias aferentes podem, pois, ser consideradas como cadeias neuronais que unem os receptores periféricos ao córtex pertinente ‹ função de interpretação dos estímulos transportados por estas vias. No caso das vias inconscientes, esta cadeia • constituída por apenas dois neurônios (I e II). J„ nas vias conscientes, estes neurônios são geralmente três: Neurônio I: localiza-se geralmente fora do sistema nervoso central, em um gânglio sensitivo (ou na retina e mucosa olfatória no caso das vias e olfatórias). Em um neurônio sensitivo, em geral pseudo-unipolar, cujo dendroaxônio se bifurca, em “T”, originando um prolongamento periférico (que se conecta ao receptor periférico) e outro de destino central (que adentra no SNC pela raiz dorsal dos nervos espinhais ou por um nervo craniano). Neurônio II: localizado na coluna posterior da medula ou em núcleos dos nervos cranianos do tronco encefálico (fazem exceção as vias óptica e olfatória). Origina axônios que geralmente cruzam o plano mediano logo após a sua origem e adotam um trajeto ascendente, para formar um trato ou um lemnisco (que nada mais • que um trato em forma de fita); Neurônio III: localiza-se no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex .
VIAS DE DOR E TEMPERATURA – TRACTO ESPINO-TALÂMICO LATERAL
A via “clássica de dor e temperatura”, é constituída basicamente pelo tracto espino-talâmico lateral. Através dessa via, chegam ao córtex cerebral impulsos originados em receptores térmicos e dolorosos situados no tronco e nos membros do lado oposto. A via • somatotópica, ou seja, a representação das diferentes partes do corpo pode ser identificada em seus núcleos e tratos assim como na área de projeção cortical. Envolve uma cadeia de três neurônios:  Os neurônios I localizam-se nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. O prolongamento periférico de cada um destes neurônios liga-se aos seus respectivos receptores através dos nervos espinhais. O (prolongamento central penetra na medula espinhal formando o fascículo dorso-lateral), terminando ambos na coluna posterior, onde fazem sinapse com o neurônio II. Os neurônios II estão localizados na coluna posterior da medula. Fazem sinapse com os neurônios e enviam projetam seus axônios, os quais cruzam o plano mediano, bem na comissura branca, ganham um funículo lateral do lado oposto, inflectem-se cranialmente para, enfim, constituir o tracto espino-talâmico lateral. Em nível da ponte, as fibras deste trato se unemcom as do espino-talâmico anterior para constituir o lemnisco espinhal, que termina no tálamo, fazendo sinapse com os neurônios III
A DE PRESÃO E TATO PROTOPÁTICO – TRACTO ESPINO TALÂMICO ANTERIOR. Os receptores de pressão e tato são tanto os corpúsculos de Meissner como os de Ruffini. Por esta via, chegam ao córtex impulsos originados nestes receptores de pressão e de tato situados no tronco e nos membros (entretanto, estes impulsos tornam-se conscientes já em nível talâmico). Os neurônios que formam esta via são os seguintes:  Os neurônios I localizam-se nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. O prolongamento periférico destes neurônios liga-se ao receptor, enquanto que o prolongamento central penetra na medula espinhal pela divisão medial da raiz dorsal e divide-se em um ramo ascendente muito longo e um ramo descendente curto, terminando ambos na coluna posterior em sinapse com os neurônios II. Os neurônios II localizam-se na coluna posterior da medula. Seus axônios cruzam o plano mediano na comissura branca, atingem o funículo anterior do lado oposto onde se inflectem cranialmente para constituir o tracto espino-talâmico anterior. Este, ao nível da ponte, une-se ao espino-talâmico lateral para formar o lemnisco espinhal, cujas fibras terminam no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo.  Os neurônios III localizam-se no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo. Originam axônios que formam radiações talâmicas que, passando pela cápsula interna e, atingem a área somestésica do córtex cerebral.
VIA DE PROPRIOCEPÃO CONSCIENTE, TATO EPICRITICO E SENSIBILDADE VIBRATORIA: FASCÍCULO GRÁCIL E CUNEIFORME.
Os receptores de tato são os corpúsculos de Meissner e de Ruffini e as ramificações dos axônios em torno dos folículos pilosos. Os receptores responsáveis pela propriocepção consciente são os fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos.
Os estímulos gerados nestes receptores são enviados ao SNC via fascículo grácil (traz estímulos da metade inferior do tronco e dos membros inferiores) e fascículo cuneiforme (traz estímulos da metade superior do tronco e dos membros superiores).Por estas vias, chegam ao córtex impulsos nervosos responsáveis pelo tato epicrítico, a propriocepção consciente (ou cinestesia) e a sensibilidade vibratória. Os impulsos que seguem por esta via tornam-se conscientes exclusivamente em nível cortical, ao contrário das duas vias estudadas anteriormente. Seus neurônios são os seguintes:  Os neurônios I localizam-se nos gânglios espinhais. O prolongamento periférico destes neurônios liga-se ao respectivo receptor, enquanto que o prolongamento central penetra na medula pela divisão medial da raiz posterior e divide-se em um ramo descendente curto e um ramo ascendente longo, ambos situados nos fascículos grácil e cuneiforme, no funículo posterior da medula. Os ramos ascendentes terminam no bulbo fazendo sinapse com os neurônios II, situados nos núcleos grácil e cuneiforme.  Diferentemente das vias vistas até aqui, os neurônios II desta via localizam-se nos núcleos grácil e cuneiforme do bulbo (na região correspondente aos tubérculos grácil e cuneiforme). Os axônios destes neurônios mergulham ventralmente, constituindo as fibras arqueadas internas, que cruzam o plano mediano e a seguir sobrem para formar o lemnisco medial. Este termina no tálamo no núcleo ventral póstero-lateral. Os neurônios III estão situados no núcleo ventral póstero-lateral do tálamo, originando axônios que constituem radiações talâmicas que chegam à área somestésica.
GRANDES VIAS EFERENTES
As grandes vias eferentes são as responsáveis por conectar os centros supra-segmentares do sistema nervoso central com os órgãos efetuadores (sejam eles músculos estriados esqueléticos, lisos, cardíacos ou glândulas). Essas vias podem ser divididas em dois grandes grupos: vias eferentes somáticas (controlam a atividade dos músculos estriados esqueléticos, no intuito de estabelecer relações diretas do animal com o meio) e vias eferentes viscerais (relacionadas com a coordenação do sistema nervoso autônomo, destinando-se ao músculo liso, cardíaco ou glândulas, regulando o funcionamento das vísceras e dos vasos no intuito de manter a homeostase)
VIAS EFERENTES SOMÁTICAS
O sistema piramidal (compreende os tractos córtico-espinhal e córtico-nuclear) seria o único responsável pelos movimentos voluntários. Já o sistema extrapiramidal (compreendendo todas as demais estruturas e vias motoras somáticas), é o responsável pelos movimentos automáticos, assim como pela regulação do tônus e da postura. Dados mais recentes evidenciando que o chamado sistema extrapiramidal também controla os movimentos voluntários vieram mostrar que a conceituação de dois sistemas independentes, piramidal e extrapiramidal, não pode mais ser aceita. Porém, para uma divisão didática, visando o melhor estudo neuro-anatômico, os termos piramidal e extrapiramidal serão designados às vias eferentes somáticas que passam ou não pelas pirâmides bulbares em seu trajeto até a medula.
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