Buscar

Pressão Arterial: Valores Normais e Hipertensão

Prévia do material em texto

https://www.mdsaude.com/hipertensao/pressao-arterial-normal/
08/2019
A hipertensão arterial é uma doença crônica que acomete milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que cerca de 20% de toda a população tenha níveis de pressão arterial acima do normal. Nos idosos, a hipertensão é ainda mais comum, estando presente em mais da metade das pessoas.
Pressão arterial: pressão que o volume de sangue exerce nas paredes das artérias.
Portanto, você já consegue entender que uma das causas da hipertensão arterial é um aumento excessivo do volume de sangue dentro dos vasos sanguíneos. Esse excesso costuma ocorrer quando o organismo retém muito sal e água. Porém, a maioria dos pacientes hipertensos não têm excesso de líquidos no organismo, pelo menos não o suficiente para ultrapassar a capacidade de dilatação dos vasos. O que ocorre é uma falha na capacidade de auto-regulação. As artérias ficam sempre mais comprimidas que o necessário para a pressão arterial ficar normal.
valores normais da pressão
As nossas artérias foram programadas para trabalhar dentro de certos valores de pressão. Quando as artérias são submetidas de forma prologada a níveis pressóricos muito elevados, o excesso de tensão sobre suas paredes começa a provocar graves lesões.
Pequenas fissuras na parede podem surgir, facilitando o rompimento de pequenos vasos e a formação de placas de cálcio nas artérias de maior calibre. Essas placas, além de diminuírem a própria elasticidade da artéria, também reduzem o calibre interno favorecendo a oclusão da circulação por trombos, evento chamado de trombose.
Além das lesões nos vasos sanguíneos, a pressão arterial excessiva também aumenta o trabalho do coração, que precisa bombear o sangue contra uma resistência maior. Após anos de trabalho excessivo, o coração começa a dilatar, levando à insuficiência cardíaca (leia: Insuficiência cardíaca).
A pressão arterial normal é, portanto, aquela  na qual as artérias não ficam sob estresse e o coração não fica sobrecarregado. Atualmente, os níveis de pressão arterial para adultos, idosos e adolescentes são divididos da seguinte forma:
· PRESSÃO ARTERIAL NORMAL – pacientes com pressão sistólica menor que 120 mmHg e pressão diastólica menor que 80 mmHg.
· PRÉ-HIPERTENSÃO – pacientes com pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg ou pressão diastólica menor que 80 mmHg.
· HIPERTENSÃO ESTÁGIO 1 – pacientes com pressão sistólica entre 130 e 139 mmHg ou pressão diastólica entre 80 e 89 mmHg.
· HIPERTENSÃO ESTÁGIO 2 – pacientes com pressão sistólica acima de 140 mmHg ou pressão diastólica acima de 90 mmHg.
· CRISE HIPERTENSIVA – pacientes com pressão sistólica acima de 180 mmHg ou pressão diastólica acima de 110 mmHg.
· 
Os valores descritos acima são usados para diagnosticar e classificar a hipertensão, porém, eles não servem como alvo para o tratamento. Nos pacientes hipertensos em uso de medicamentos, os valores que desejamos alcançar são:
· Adolescentes e adultos: a pressão arterial deve ficar abaixo de 140/90 mmHg.
· Adultos que tenham diabetes e/ou doença renal crônica: a pressão arterial deve ficar abaixo de 130/80 mmHg.
Valores normais nas crianças
A definição de hipertensão nas crianças é mais complexa, pois depende do percentil de altura em que ela se encontra. Por exemplo, uma criança de 5 anos que esteja no percentil 10 de altura é considerada hipertensa se tiver valores persistentemente acima de 109/70 mmHg. Já uma criança, também de 5 anos, mas no percentil 90 de altura precisa ter valores frequentemente acima de 115/74 mmHg para ser diagnosticada com hipertensão.
Existem tabelas com os valores de pressão arterial aceitáveis de acordo com a idade e com os percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95 de altura. São dezenas de valores possíveis, por isso, ninguém os sabe de cor. Depois de aferir a pressão da criança, é preciso definir em que percentil de altura ela está para poder, através da tabela, interpretar os seus níveis de pressão arterial.
Pressão arterial normal nas grávidas
Os valores da pressão arterial nas grávidas devem ser os mesmos que nos adultos em geral. Portanto, o normal para uma gestante é ter uma pressão menor que 140/90 mmHg.
Porém, apesar dos valores de referência da pressão arterial serem os mesmos, a indicação para começar tratamento com medicamentos é diferente, pois não há benefícios claros com o controle muito rigoroso da pressão nas grávidas, e ainda há o risco de efeitos colaterais para o feto.
Na grávida existem três tipos de hipertensão:
· Hipertensão de início durante a gravidez.
· Hipertensão crônica, já preexistente antes da gravidez.
· Pré-eclâmpsia / eclâmpsia.
Se a hipertensão é de início recente, ou seja, não existia antes e apareceu durante a gravidez, a maioria dos médicos opta por não indicar tratamento com medicamentos, a não ser que os valores fiquem acima de 160 mmHg de pressão sistólica ou 110 mmHg de pressão diastólica. Se a após 12 semanas do parto a hipertensão ainda estiver presente, aí sim o tratamento com medicamentos deve ser considerado para mulheres com pressão arterial acima de 140/90 mmHg.
Se a paciente já era hipertensa antes de ficar grávida, ela deve continuar o tratamento da hipertensão, tendo cuidado apenas para não usar drogas que possam fazer mal ao feto. Todavia, se a paciente durante a gestação tiver níveis pressóricos abaixo de 120/80 mmHg, os medicamentos podem ser reduzidos ou suspensos, contanto que, com isso, os valores da pressão não ultrapassem  os 150/100 mmHg.
O tratamento da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia já foram discutidos em um artigo à parte, que pode ser acessado através deste link: Eclâmpsia e pré-eclâmpsia – Sintomas e tratamento.
https://www.portalbrasil.net/medicina_pressao.htmv
Definição
            A hipertensão arterial é o aumento desproporcionado dos níveis da pressão em relação, principalmente, à idade. A pressão arterial normal num adulto alcança um valor máximo de 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e mínimo de 90 mmHg. Valores maiores indicam hipertensão (pressão alta).
            A incidência de pressão alta é observada em relação a:
  Idade e Sexo: A pressão alta é mais comum nos homens do que nas mulheres, e em pessoas de idade mais avançada do que nos jovens.
  Genética: Pessoas com antecedentes familiares de hipertensão têm maior predisposição a sofrer da mesma.
  Estresse.
  Excesso de peso (obesidade).
Causas
            As causas que provocam a pressão alta são muitas e variadas. Na maioria dos casos, a causa é desconhecida ou não está bem definida. Entre as causas conhecidas estão as doenças dos rins, das glândulas (endócrinas), do sistema nervoso, o abuso de certos medicamentos e a gravidez.
Sintomas
            Na primeira fase a hipertensão arterial não apresenta sintomas, mas, à medida que os anos vão passando, eles começam a aparecer. Os mais comuns são: dor de cabeça, falta de ar, enjôos, visão turva que pode estar acompanhada de zumbidos, debilidade, sangramento pelo nariz, palpitações e até desmaios.
            A importância da pressão alta não está nos sintomas, mas nas graves complicações que podem provocar um enfarte agudo de miocárdio, ou um derrame cerebral e até a morte de forma instantânea.
Tratamento e prevenção
            A melhor forma de prevenir a doença é mediante um controle periódico (tirar a pressão), não abusar das comidas com sal, caminhar e evitar o fumo e o café, que aumentam a pressão arterial. Em resumo, tentar modificar o estilo de vida.
            Os tratamentos são destinados a manter a pressão arterial dentro dos limites normais, por um lado insistindo nas formas acima descritas de prevenção, e por outro, mediante medicamentos que, por diferentes ações, mantêm a pressão dentro dos limites normais. Os fármacos mais receitados são os diuréticos, os betabloqueadores e os vasodilatadores.
Como ocorre a pressão arterial máxima e mínima?
            A intensidade da pressão arterial é estabelecida no chamado centro circulatório situado numa parte do cérebro e adapta-se a cada situação através de mensagens enviadas aos centrosnervosos. A pressão arterial ajusta-se através de alterações na intensidade e frequência do ritmo cardíaco (pulsações) e no diâmetro dos vasos circulatórios.
            Este último efeito ocorre através de músculos finíssimos situados nas paredes dos vasos sanguíneos.
            A pressão arterial altera-se ciclicamente no curso da atividade cardíaca.
            Atinge o seu valor máximo (pressão sanguínea sistólica), durante a “expulsão” do sangue (sístole) e o seu mínimo (pressão arterial diastólica), quando o coração termina o “período de repouso” (diástole).
            Para evitar certas doenças, estes valores devem manter-se entre limites normais específicos.
Quais são os valores considerados normais?
            A pressão arterial é considerada elevada se em repouso a pressão diastólica for superior a 90 mm/Hg e/ou a pressão arterial sistólica for superior a 140 mm/Hg.
            Se este for o caso você deve procurar imediatamente um médico.
            O prolongamento destes níveis de pressão arterial podem fazer perigar a sua saúde, pois causam o progressivo deterioramento dos vasos sangüíneos do organismo.
            Deve também consultar o seu médico se os valores da pressão arterial sistólica estiverem entre 140 mm/Hg e 160 mm/Hg, e/ou os valores da pressão diastólica estiverem entre 90mm/Hg e 95 mm/Hg. Deverá também proceder regularmente a medições de auto-controle.
            Se os valores forem demasiados baixos, isto é, se a pressão sistólica for inferior a 105 mm/Hg e/ou a diastólica inferior a 60 mm/Hg, deverá também fazer uma visita ao médico cardiologista.
	Nível
	Pressão arterial sistólica
	Pressão arterial diastólica
	Ação a tomar
	Hipotensão
	inferior a 100
	inferior a 60
	check-up médico
	Valores normais
	entre 100 e 140
	entre 60 e 90
	auto-medição
	Hipertensão limite
	entre 140 e 160
	entre 90 e 100
	check-up médico
	Hipertensão moderada
	entre 160 e 180
	entre 100 e 110
	consultar o médico
	Hipertensão grave
	superior a 180
	superior a 110
	consultar o médico com urgência
	Hipertensão sistólica específica
	superior a 140
	inferior a 90
	consultar o médico
Informações adicionais:
· Se a maioria dos valores é normal em repouso, mas excepcionalmente elevada em condições de esforço físico ou psicológico, é possível que estejamos em presença de uma situação de hipertensão lábil ou instável. Se você suspeitar que esse pode ser o seu caso, consulte o seu médico;
· Valores de pressão arterial diastólica superiores a 120 mm/Hg, provenientes de uma medição correta, requerem tratamento médico imediato.
O que fazer quando os registros obtidos são frequentemente muito elevados ou muito baixos?
1)      Contate seu médico;
2)      A presença de valores da pressão arterial elevados, (diversas formas de hipertensão), conduz a médio e longo prazo, a elevados riscos para a saúde. Estes riscos dizem em particular respeito às artérias, mediante o seu endurecimento causado por depósitos nas paredes vasculares (arteriosclerose). Como resultado, o fornecimento do sangue a órgãos vitais é insuficiente (coração, cérebro, músculos). Por outro lado, o coração, quando os valores da pressão permanecem superiores aos níveis normais por um longo período de tempo, pode sofrer danos estruturais;
3)      As causas da hipertensão são múltiplas: deve diferenciar-se hipertensão primária comum (essencial) da hipertensão secundária. Este último grupo pode ser circunscrito a disfunções orgânicas específicas. Você deve sempre consultar o seu médico para obter informações sobre as possíveis origens dos seus valores elevados;
4)      Há certas medidas que podem ser tomadas, não só para reduzir a pressão arterial comprovada pelo médico, mas que podem também ser adotadas para a sua prevenção. Estas medidas dizem respeito ao seu modo de vida. 
A)    Hábitos alimentares:
        · Tente manter um peso equilibrado para a sua idade. Livre-se do excesso de peso;
        · Evite o consumo excessivo de sal;
        · Evite os alimentos gordos.
                        B)    Doenças anteriores:
               Siga cuidadosamente as instruções do médico para o tratamento de doenças tais como:
· Diabetes (diabetes mellitus);
· Disfunções do metabolismo;
· Gota.
 
                          C)    Consumo de substâncias nocivas:
        · Deixe de fumar;
        · Modere o consumo de bebidas alcoólicas;
        · Reduza o consumo de cafeína (café).
 
                            D)    Forma física:
        · Pratique esportes regularmente - após ter feito um check-up médico;
        · Escolha esportes que requeiram resistência física e não força;
        · Não se esforce até atingir o seu limite da forma física;
        · Se sofre de alguma doença e/ou tem mais de 40 anos, antes de iniciar qualquer atividade desportiva, você deve consultar o médico, que lhe recomendará o tipo de esporte adequado ao seu caso, e a intensidade com que o deve praticar.

Continue navegando