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TCC O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE AS ISTs

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31
anderson magalhães oliveira
O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
GUARULHOS
2019
ANDERSON MAGALHÃES OLIVEIRA
O PAPEL DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduação em Enfermagem. 
Orientador: Duanne Crivilim
GUARULHOS
2019
OLIVEIRA, Anderson Magalhães. O Papel do Enfermeiro Frente as Infecções Sexualmente Transmissíveis. 2019. 27. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Anhanguera, Guarulhos, 2019.
RESUMO
Esse trabalho trata de uma Revisão bibliográfica sobre o papel do enfermeiro frente as doenças sexualmente transmissíveis – a revisão bibliográfica foi realizada através de sites de artigos científicos como: The Scientific Electronic Library Online, Portal Médico, Ministério da Saúde dos anos de 2010 ao ano de 2018. 
Por conta do grande número de pessoas acometidas pelas Infecções Sexualmente Transmissíveis, as mesmas se tornaram um grave problema de saúde pública. Sendo assim, surge o problema: Qual a importância do enfermeiro frente às práticas de educação e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis? Tendo por principal objetivo discutir o papel dos profissionais de enfermagem em prevenção as Infecções Sexualmente Transmissíveis. Notou-se que o papel do enfermeiro em casos como esses é muito importante, é necessário que os profissionais estejam bem preparados e tenham o conhecimento necessário para atuar com esses pacientes, sabendo as estratégias de tratamento e também medidas preventivas. Em virtude dos fatos mencionados é possível concluir que o trabalho alcançou os objetivos propostos.
Palavras-Chave: Enfermagem. Infecções Sexualmente Transmissíveis. Medidas preventivas.
OLIVEIRA, Anderson Magalhães. The Role of the Nurse Front as Sexually Transmitted Infections. 2019. 27. Course Completion Paper (Anhanguera, Guarulhos, 2019).
ABSTRACT
This paper deals with a bibliographic review about the nurse's role in relation to sexually transmitted diseases in the bibliographic review and carried out through scientific article sites such as: The Online Scientific Electronic Library, Medical Portal, Ministry of Health from 2010 to the year of 2018 Because of the large number of people with sexually transmitted infections, such as those who cause a serious public health problem. Thus, arises or problem: what is the importance of nurses in relation to practices of education and prevention of sexually transmitted infections? Having as main objective to discuss or role of nursing professionals in prevention as Sexually Transmitted Infections. It is not necessary that the role of the nurse in such cases is very important, it is necessary that the professionals are well prepared and have the necessary knowledge to perform these patients, knowing as treatment techniques and also preventive measures. Due to the facts, it is possible to complete the work achieved by the proposed objectives. This paper deals with a literature review about the role of nurses in the face of sexually transmitted diseases. Because of the large number of people affected by Sexually Transmitted Infections, how they cause a serious public health problem. Thus, arises or problem: what is the importance of nurses in relation to practices of education and prevention of sexually transmitted infections? Having as main objective to discuss the role of prevention nursing professionals as Sexually Transmitted Infections. It is not necessary that the role of the nurse in such cases is very important, it is necessary that the professionals are well prepared and have the necessary knowledge to perform these patients, knowing as treatment techniques and also preventive measures. Due to the facts, it is possible to complete the work achieved by the proposed objectives.
Keywords: Nursing. Sexually Transmitted Infections. Preventive measures.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	7
2. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS	8
2.1 CLAMÍDIA	9
2.1.1 Sinais e Sintomas da Clamídia:	9
2.1.2 Diagnóstico	9
2.1.3 Prevenção	9
2.2 HEPATITES VIRAIS A/B/C	10
2.2.1 Sinais e sintomas Hepatites virais	11
2.2.2 Diagnóstico da hepatite	11
2.2.3 Prevenção da Hepatite	11
2.3 SIFILIS	11
2.3.1 Tratamento da Sifilis	12
2.4 GONORRÉIA	12
2.4.1 Diagnóstico da Gonorreia	12
2.4.2 Sintomas da Gonorreia	13
2.4.3 Complicações e consequências	13
2.4.4 Tratamento da Gonorreia	13
2.4.4 Prevenção da Gonorreia	14
2.5 TRICOMONÍASE	14
2.5.1 Diagnóstico da Tricomoníase	15
2.5.2 Tratamento	15
3 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS QUE NÃO TEM CURA	16
3.1 HIV/AIDS	Erro! Indicador não definido.
3.1.1 Transmissão	16
3.1.2 Sinais e sintomas	17
3.1.3 Transmissão vertical	17
3.1.4 Tratamento da Aids	17
3.2 HPV -PAPILOMA VÍRUS HUMANO	18
3.2.1 Formas clínicas	19
3.2.2 Prevenção do HPV	19
3.3 HERPES GENITAL	19
3.3.1 Sinais e sintomas	20
3.3.2 Diagnóstico Do vírus Herpes	20
3.3.3 Tratamento da Herpes	21
4 O ENFEREMEIRO FRENTE AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS	21
5 CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	26
iNTRODUÇÃO 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), constituem grave problema de saúde pública e vem aumentando sua relevância por conta da associação com o HIV (Human Immunodeficiency Vírus), câncer do colo do útero, infertilidade feminina e masculina, malformação ou doenças congênitas e até mesmo a morte.
A reincidência das IST e os agravos a população dessas infecções, como nos casos do câncer do colo ocorrido pelo HPV (Papiloma Vírus Humano ) e no caso do AIDS (acquired immunodeficiency syndrome) e ainda das Hepatites Virais, levam à enfermagem a necessidade de prestar uma assistência qualificada de acompanhamento ao infectado e principalmente de educador em saúde, tendo em vista a prevenção destas infecções.
A partir destas inquietações surgiram alguns questionamentos: Qual a importância do enfermeiro frente às práticas de educação e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis?
Com isso, esse estudo tem por objetivo discutir o papel dos profissionais de enfermagem em prevenção as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST´s) e como objetivos específicos, conhecer a fisiopatologia das principais IST´s suas complicações e tratamentos;- estudar sobre os programas de saúde existentes na atenção à prevenção e tratamento das IST´s ; descrever a ação do enfermeiro frente à prevenção do contagio e a promoção da saúde dos portadores destes agravos.
Este estudo caracteriza-se como revisão bibliográfica através de sites de artigos científicos como: Scielo (The Scientific Electronic Library Online), PEBMED (Portal Médico), Ministério da Saúde dos anos de 2010 ao ano de 2018. O critério de inclusão foi de obras e textos que obedeceram aos seguintes descritores: Infecções Sexualmente Transmissíveis, prevenção, tratamento. E como critério para exclusão foram publicações fora desse período.
É possível observar que as IST têm tomado uma proporção tão grande a ponto de serem consideradas um problema público de saúde, o que torna muito importante falar e discutir sobre o assunto. O que torna essa pesquisa de grande relevância para o período atual. 
2. INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
As IST, são Infecções causadas por agentes ou micróbios - biológicos que atingem principalmente as regiões sexuais, sendo estas distintas umas das outras, mas esta são agrupadas quando se relacionam por características clinicas e epidemiológicas (BERNARDO, 2016).
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são tidas como um grave problema de saúde pública pois acometem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são, muitas vezes, de difícil reconhecimento e o acesso ao tratamento cor reto, também. As Infecções Sexualmente Transmissíveis são causadas por vários tipos de agentes e ocorrem, sobretudo, por via sexual sem as medidas de prevenção ou o não uso do preservativo, com uma pessoa que esteja infectada, onde os sinais e sintomas apresentam-secomumente em forma de bolhas, feridas, corrimentos, verrugas (BERNARDO, 2016). 
Segundo Oliveira (2011, p. 5), as DST são o principal fator facilitador da transmissão sexual do vírus da Aids, pois feridas nos órgãos genitais que favorecem a entrada do HIV. A pessoa portadora de IST pode não sentir nada, mas, pode passar a doença para seu parceiro. A maioria das IST tem cura. 
O tratamento tem como principal objetivo interromper a cadeia de transmissão da enfermidade, além de oferecer melhora na qualidade de via, sendo que o atendimento e o tratamento de IST são gratuitos nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), (MINISTÉRIO DA SAÚDE/2019). Quando as mesmas não apresentam o tratamento adequado podem gerar diversas complicações na saúde do indivíduo, podendo resultar até mesmo na morte. 
2.1 CLAMÍDIA
Infecção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis que acomete os órgãos genitais masculinos e femininos, geralmente assintomática que pode levar até mesmo a infertilidade, podendo afetar garganta e olhos (MORRIS, 2018).
2.1.1 Sinais e Sintomas da Clamídia:
Presença ou não de secreção, corrimento uretral; se o reto estiver com a infecção, pode ter dor local e secreção de cor amarelada, de pus ou muco saindo do reto; Ardor uretral ou vaginal, micção dolorosa; Consequências, pelo fato de maioria das vezes ser assintomático, são: Epididimite, Proctite, Salpingite, e suas sequelas, conjuntivite de inclusão. otite média, tracoma, linfogranuloma venéreo, bartolinite, Doença Inflamatória Pélvica (GOMEZ, 2016). 
2.1.2 Diagnóstico
Para diagnósticos são realizados exames da secreção cervical, peniana, da garganta ou reto, ou de uma amostra de urina. Entre os métodos disponíveis para o diagnóstico, os testes de amplificação de ácidos nucléicos (NAATs) são preferíveis, por terem alta sensibilidade e especificidade e por permitirem a análise em amostras não invasivas, como urina e secreção vaginal. Após a infecção, os anticorpos IgG podem persistir por anos, mesmo após terapêutica adequada. (GOMEZ, 2016).
2.1.3 Prevenção 
A forma mais adequada de prevenção é a utilização de preservativos, além de não realizar práticas sexuais que não sejam seguras como a troca constante de parceiros, ou até mesmo a relação com profissionais do sexo e pessoas que apesentam múltiplos parceiros (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).
- Uso regular de preservativos;
- Evitar práticas sexuais inseguras, tais como trocar de parceiros sexuais com frequência ou ter relações sexuais com prostitutas ou parceiros que possuem outros parceiros sexuais;
- Diagnóstico e tratamento imediatos da infecção (para impedir a transmissão para outras pessoas)
Tratamento da Clamídia
1ª. Opção: azitromicina 1g, VO, dose única ou doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 7 dias
2ª. Opção: eritromicina (Estearato) 500mg, VO, 6/6h, 7 dias ou tetraciclina 500mg,oral, 6/6h, 7 dias ou ofloxacina 400mg, oral, 12/12h, 7 dias (contra‐indicada em menores de 18 anos, grávidas e nutrizes)
 
2.2 HEPATITES VIRAIS A/B/C
A hepatite é uma inflamação aguda e crônica do fígado, bastante comum e ocorre devido a diversos fatores. Pode ser de origem viral (hepatite A, B, C, D e E), tóxica e medicamentosa, alcoólica, bacteriana ou parasitária. A doença pode ser aguda e evoluir espontaneamente de forma favorável na maioria dos casos, sem deixar nenhuma sequela. No entanto, uma hepatite malcuidada pode evoluir e se tornar crônica, uma cirrose, ou até mesmo um câncer.
As hepatites virais, A, B, C, D ou E, são as mais frequentes. Outros vírus também podem provocar esta doença, é o caso do vírus de EpsteinBarr (mononucleose infecciosa) e o Citomegalovírus (que infecta as células sanguíneas).Conforme Oliveira (2011, pag), as infecções de hepatite por via sexual mais comuns são: Hepatite B, C.
A hepatite B é causada pelo vírus B, transmitido pela via sanguínea (transfusão de sangue contaminado ou uso de seringas contaminadas, em toxicômanos), sexual e salivar. O tempo de incubação varia de 30 a 180 dias. Esta hepatite pode se tornar crônica e se transformar em cirrose ou câncer. hepatite C é causada pelo vírus C, transmitido pela via sanguínea (transfusões, hemofílicos, toxicômanos, pacientes que realizam hemodiálise, relação sexual ou pela via placentária, este último mais raro).
2.2.1 Sinais e sintomas Hepatites virais
São comuns a todos os tipos, é o caso da icterícia (mais conhecida como o amarelão). A icterícia é a coloração amarelada da pele, das mucosas e do branco do olho. Existem sintomas diferentes para cada tipo de hepatite. Pseudogripais: febre, dores nas articulações e nos músculos. Fase ictérica com uma grande fadiga (astenia). Essa fase dura cerca de duas semanas. A fase ictérica é caracterizada pela urina escurecida, as fezes esbranquiçadas, náuseas e perda de apetite. (OLIVEIRA, 2011).
2.2.2 Diagnóstico da hepatite
De acordo com Oliveira (2011, p.90), a melhor forma de diagnósticos das hepatites é a partir da situação clínica que se deseja investigar, selecionando os testes mais apropriados para cada situação. A rede para a assistência às hepatites virais no SUS se dividem em três níveis sendo a atenção baixa, média e alta complexidade.
2.2.3 Prevenção da Hepatite
Para as hepatites A e B existem vacinas. A vacina para hepatite A é indicada em situações especiais, pelo médico. A vacina para hepatite B é indicada para todos profissionais da saúde e adultos nunca vacinados. Essas vacinas, quando indicadas, são fornecidas pelos postos de saúde. A melhor maneira para se evitar as hepatites é a prevenção. Para a hepatite A higiene e saneamento básico. Para a B e a C, o uso de camisinha nas relações sexuais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019).
2.3 SIFILIS
Doença infectocontagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). De acordo com Oliveira (2011, p.22), a sífilis pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). 
2.3.1 Tratamento da Sifilis
É feito com antibióticos. O mais indicado para a infecção por Treponema pallidum é justamente o mais antigo e de preço mais acessível dentre todospenicilina. Esta é uma das principais razões para a observação do decréscimo de novos casos de complicações mais tardias da doença (fase terciária) nos países desenvolvidos. O cancro leva em média 3 a 6 semanas para ser curado, podendo não deixar marca alguma.
2.4 GONORRÉIA
Gonorréia é uma infecção transmitida sexualmente, que também tem por nome de neisseria gonorrhoaeae, bactéria que se multiplica em áreas quentes e úmidas do aparelho reprodutivo da mulher, como útero, cervis, trompa de falópio, boca, nariz, ânus e garganta.
2.4.1 Diagnóstico da Gonorreia
É normalmente feito através de exames da secreção colhida no canal da urina (no homem) ou do colo do útero (na mulher). O diagnóstico laboratorial da gonorreia tem sua base na identificação da N.gonorrhoeae no lugar onde ocorreu a infecção, o isolamento por cultura é o método diagnóstico padrão, por mais que existam outros testes, eles se mostram inferiores, mas em determinados casos podem ser úteis. “A amplificação do DNA pela reação em cadeia da polimerase (PCR) oferece sensibilidade comparável ou até mesmo superior a cultura, porém a experiência clínica revela-se limitada” (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2010, p.22).
2.4.2 Sintomas da Gonorreia
No homem o principal sintoma é o corrimento pelo canal da urina (pus), que é acompanhado de frequentemente ardor ao urinar. A mulher pode apresentar um corrimento vaginal ou um "caroço" na vagina, como também pode não apresentar sintomas. Mas cuidado! Mesmo assim ela pode transmitir a doença para seu parceiro e durante o parto para o bebê, levando principalmente à infecção dos olhos. Além disso, se não tratada rapidamente, pode causar inflamação nas trompas e incapacidade de engravidar no futuro.
2.4.3 Complicações e consequências 
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometritepós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular, Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda e outras. 
O sexo oral com uma pessoa infectada pode causar gonorreia na garganta, faringite gonocócica. Em geral, a infecção não provoca sintomas, mas em certos casos produz dor de garganta e mal--estar ao engolir. Se os humores infectados entrarem em contato com os olhos, pode haver uma infecção externa do olho, conjuntivite gonocócica.
2.4.4 Tratamento da Gonorreia
O SUS oferece diagnóstico e tratamento gratuito para combater a gonorreia. Na presença de qualquer sintoma da doença, é recomendado procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado (MINISTÉRIOS DA SAÚDE, 2018).
2.4.4 Prevenção da Gonorreia
Ações de prevenção primária, como por exemplo a utilização de preservativos, de forma adequada, em todas as relações sexuais. Além disso, com exceção das DSTs causadas por vírus, existem tratamentos eficazes para todas elas; portanto, à medida que se consiga conscientizar os pacientes da necessidade de procurar rapidamente um serviço de saúde para tratar-se adequadamente e a seus parceiros sexuais, se logrará, a curto prazo, romper a cadeia de transmissão dessas doenças e consequentemente da infecção pelo HIV. O controle das DST é possível, desde que existam bons programas preventivos e uma rede de serviços básicos resolutivos, ou seja, unidades de saúde acessíveis para pronto atendimento, com profissionais preparados, não só para o diagnóstico e tratamento, mas também para o adequado acolhimento e aconselhamento dos portadores de DST e de seus parceiros sexuais, e que tenham a garantia de um fluxo contínuo de medicamentos e preservativos. (PENNA; HAJJAR; BRAZ, 2010)
2.5 TRICOMONÍASE
Causada pelo agente etiológico Tricomonas vaginalis, após ser transmitida através do ato sexual esta habita o trato geniturinário do homem e da mulher onde produzindo assim a infecção. Por meio do ato sexual sem camisinha com um parceiro infectado é possível contrair a doença, para que a mesma seja evitada é necessário que a camisinha sempre seja utilizada em meio as relações sexuais, uma vez que se trata da forma mais eficaz e também simples de evitar a doença (GRILO, 2018).
A tricomoníase tem se destacado como umas das principais infecções sexualmente transmissível por estar associada a várias complicações do trato urogenital, tais como a uretrite. A maioria das pessoas acometidas não tem manifestações sintomáticas e, por isso, muitas vezes a infecção só é descoberta ao se fazer exames preventivos. Dentre os principais sintomas estão: disúria, prurido, dispaurenia.
2.5.1 Diagnóstico da Tricomoníase 
Alguns dos sintomas mais comuns da tricomoníase é a dor ao decorrer da relação sexual, além da dificuldade e ardência ao urinar, coceira que se apresenta na região dos órgãos sexuais, no entanto é muito comum que pessoas infectadas não percebam atenções no organismo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). O diagnóstico definitivo da C. trachomatis é feito por: Cultura Celular, Imunofluorescência direta, Elisa, PCR (Polimerase Chain Reaction) LCR (Ligase Chain Reaction).
2.5.2 Tratamento
Azitromicina dose única; Doxiciclina durante 7 dias; Eritromicina (estearato) 500 mg, durante 7 dias. Recomendações- Devido à frequente associação desta infecção com a uretrite gonocócica, recomenda-se o tratamento concomitante das mesmas. As parceiras ou parceiros sexuais devem receber o mesmo tratamento.
3 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS QUE NÃO TEM CURA
Conforme Oliveira (2011), a AIDS é uma doença complexa, uma síndrome, que não se caracteriza por um só sintoma. Na realidade, o vírus HIV destrói os linfócitos - células responsáveis pela defesa do organismo, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.
3.1 HIV/AIDS
O Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como HIV, é um vírus pertencente à classe dos retrovírus e causador da AIDS.  As células de defesa mais atingidas pelo vírus são os linfócitos CD4+, que comandam a reposta específica de defesa do organismo diante de agentes como vírus e bactérias (OLIVEIRA, 2011).
3.1.1 Transmissão
De acordo com Oliveira (2011), a contaminação se dá por contato sexual, transfusão de sangue contaminado, da mãe para o bebê durante a gravidez ou na amamentação, reutilização de seringas e agulhas entre os usuários de drogas injetáveis. Como não há cura para a doença, seu combate deve ser feito através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos/camisinhas, o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o emprego de seringas e agulhas descartáveis.
Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por meio de exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus, ou que detectam a presença do próprio vírus, os exames podem ser realizados de forma gratuita, estando disponíveis em Unidades Básicas de saúde, todas os sujeitos podem realizar o exame independentemente da idade ou sexo (BRASIL, 2019). 
3.1.2 Sinais e sintomas 
Ainda segundo Oliveira (2011), a AIDS possui 4 estágios, dentre estes os sinais e sintomas podem surgir somente a partir do 3º estágio, não significando que dentre os sintomas está o cansaço e até mesmo fraqueza anormal para realizar tarefas que eram comuns anteriormente, assim como um emagrecimento que não apresenta uma causa aparente, assim como suores noturnos, diarreia prolongada, dentre outras coisas. 
3.1.3 Transmissão vertical 
“Estima-se que 15 a 30% das crianças nascidas de mães soropositivas para o HIV adquirem o vírus na gestação, durante o trabalho de parto ou parto, ou por meio da amamentação” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018, p. 1). Toda gestante tem o direito e deve realizar o teste HIV, a fim de diagnosticar o mais precoce possível, e caso haja infecção pelo HIV na gestante, esta receberá tratamento gratuito pelo SUS, podendo assim evitar a contaminação no feto.
As mulheres infectadas pelo HIV devem ser aconselhadas sobre o risco de transmissão do vírus da aids durante a amamentação, e devem ser orientadas quanto à supressão da lactação e ao uso de substitutos do leite materno (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Podendo estas receberem doação de leite humano no próprio hospital ou procurarem os bancos de leite humano da sua cidade.
 
3.1.4 Tratamento da Aids
Oliveira, (2011) corrobora que, no Brasil, desde 1995, garantiu-se o acesso universal aos antirretrovirais. E a partir de 1996, frente ao ótimo resultado do coquetel, os medicamentos que o compõe são garantidos por lei federal. Essa combinação de drogas, ou coquetel como já é conhecido, reduzem a carga viral, e esses avanços propiciaram o esclarecimento de aspectos fundamentais da doença. A Aids passaria a ser uma enfermidade crônica, compatível com sobrevivência e com preservação da qualidade de vida.
Por mais que ainda não exista uma cura para a infecção causada pelo HIV, existem diversos tratamentos eficientes para a mesma atualmente. A combinação de medicamentos antirretrovirais (ARVs) auxilia no combate da multiplicação do vírus, fazendo assim com que os pacientes possam ter uma vida mais saudável e longa, evitando assim que o sistema imunológico seja afetado de forma rápida. Esse medicamento também é utilizado para a prevenção e a diminuição da transmissão (HIV/AIDS, 2019). 
3.2 HPV -PAPILOMA VÍRUS HUMANO
De acordo com Oliveira (2011), o HPV é um vírus DNA (Ácido Desoxirribonucleico) com mais de 60 subtipos, de transmissão predominantemente sexual e com preferência para pele e mucosas, os vírus de alto risco, com maior probabilidade de provocar lesões persistentes e estar associados a lesões pré-cancerosas são os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 58 e outros. 
Esse vírus causa uma série de patologias tanto no homem como na mulher, como câncer de colo de útero, na vulva, na vagina,no ânus, no pênis. São registrados no Brasil, a cada ano, mil casos de amputação de pênis por causa da doença. A princípio, o HPV é assintomático, podendo ficar vários anos na forma latente e subclínica; o que dificulta o seu diagnóstico e facilita a transmissão. A principal via de transmissão do HPV é através do contato sexual. Pode ocorrer após uma única relação sexual com um parceiro infectado.
Para o diagnóstico, além da citologia oncótica, Papa Nicolau, que já é realizada nas mulheres, onde detecta-se alterações nas células, pode ser realizado a colposcopia com biópsias, e biologia molecular, exame de DNA, e nos homens a peniscopia.
3.2.1 Formas clínicas
De acordo com Freitas (2006, a forma de infecção pelo HPV é classificada por categorias, as infecções clínicas mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, popularmente conhecidas como crista de galo, já as lesões subclínicas não apresentam nenhum sintoma, podendo progredir para o câncer do colo do útero caso não sejam tratadas precocemente.
3.2.2 Prevenção do HPV
As formas eficientes de prevenção são o uso de preservativos e vacina contra o HPV, evitar ter múltiplos parceiro, evitar fazer uso de álcool, entre outras coisas. O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. Sobre o tratamento: Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
São químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade. Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicado no serviço de saúde: ácido tricloroacético - ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso. Podofilina e imiquimode não deve ser usada na gestação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019).
3.3 HERPES GENITAL
De acordo com Oliveira (2011, p.43) é uma infecção viral sexualmente transmissível que se caracteriza por episódios repetidos de erupções de vesículas pequenas e geralmente dolorosas nos órgãos genitais, na pele ao redor do reto ou nas áreas adjacentes. É causado por dois vírus conhecidos como herpes simples tipo 1 (HSV-1) e herpes simples tipo 2 (HSV-2).
Ambas as viroses podem ser transmitidas por contato sexual. Acredita-se que o cruzamento das infecções por vírus 1 e 2 ocorra durante a prática do sexo oral.  A maior diferença entre a herpes labial e a genital é o local onde o vírus é acometido, sendo que o próprio nome indica o local (APS, 2019)
O herpes labial, assim como a gengivo-estomatite herpética e a faringite herpética, provocam lesões ao redor da boca e são causados na maioria das vezes pelo HSV 1. O herpes genital, provoca lesões na uretra, vagina, pênis e colo do útero e está geralmente associado ao HSV 2. (APS, 2019)
3.3.1 Sinais e sintomas
Os sintomas sistêmicos que a herpes apresenta envolve febre, mal-estar, mialgia, pouco apetite, os locais são dor, formigamento, certa dificuldade ao urinar, uma relação sexual dolorosa, incontinência, além de ferimentos que aparecem tanto na genitália feminina, como masculina. 
Ainda segundo Oliveira (2011, p.45) Uma vez que o vírus é transmitido por meio das secreções contaminadas das mucosas oral ou genital, as lesões primárias se localizam justamente nos locais de origem da infecção. Os lugares de infecção mais comuns são o copo e também a glande do pênis, assim como o escroto, o ânus nos homens, os lábios da vagina, o colo do útero, a boca tanto de homens como mulheres também podem se infectadas. Nos imunocomprometidos, as infecções podem ocorre em vários órgãos, como os olhos, a garganta, o fígado e o cérebro. 
3.3.2 Diagnóstico Do vírus Herpes
•Cultura viral da lesão positiva para o vírus do herpes simples 
•Exame de Tzanck da lesão cutânea apresentando o vírus do herpes 
(esse exame é feito raramente).  
3.3.3 Tratamento da Herpes
A Herpes não tem cura, o tratamento com Aciclovir reduz a duração de um surto. A abordagem geral do tratamento, para cada caso, inclui a prevenção da transmissão, a atenuação da sintomatologia, a redução da possibilidade de complicações posteriores, a promoção da cura do episódio e a supressão possível dos episódios de recrudescência. Se os sintomas forem mínimos, poderá ser suficiente a utilização de analgésicos e de limpeza das lesões (GRILLO, 2018).
4 O ENFEREMEIRO FRENTE AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 
De acordo com Petry et al (2019) por mais que a tecnologia tenha passado por grandes avanços, a prevenção, assim como a promoção de saúde tem sido uma das principais questões ao que se refere a manutenção da vida. Quando existe uma boa articulação entre educação e saúde a possibilidade de os indivíduos obterem assistência integral aumenta muito. Ao que se refere a educação na área de saúde é dever da mesma estimular vivências que promovam ao indivíduo o estímulo para desenvolver ações que melhorem as condições de vida, assim como a promoção da saúde. Para isso tudo é necessário que todos os aspectos sejam valorizados, sejam eles biológicos, sociais, econômicos, culturais, entre outros.
Aquele profissional de enfermagem que não tem sua atenção voltada para campanhas de prevenção as doenças sexualmente transmissíveis também tem um papel muito importante ao que se refere a política de prevenção, ainda mais por meio do acolhimento que deve ser humanizado, servindo como um orientador ao paciente e também formando um vínculo com a comunidade (ASCON, 2014).
Para Santos et al (2019) a maior fragilidade na atenção à saúde envolvendo a abordagem a sociedade está relacionada a grande variedade de razões pessoais e também contextuais, muitos profissionais ainda entendem a sexualidade como um assunto delicado e que diz respeito apenas ao âmbito privado. Quanto ao campo de enfermagem, tem ocorrido desse tema ser relacionado com tabus e até mesmo com preconceitos que se fazem presentes na formação acadêmica e também na prática profissional. Na relação existente entre o cuidador e quem recebe o cuidado a sexualidade deve ser alvo de intervenção, uma vez que quando isso não ocorre, a sexualidade pode vir acompanhada de ansiedades, incertezas e até mesmo vergonha, o que torna o cuidado mais complicado. 
Por conta da dificuldade que alguns profissionais apresentam ao abordar assuntos envolvendo a sexualidade os cuidados efetivos de enfermagem são abalados, ainda mais ao que diz respeito a melhoria na qualidade de vida e a prevenção de IST e os agravos que a acompanha. Por conta do baixo investimento que essa área recebe, acaba contribuindo para que essas doenças continuem sendo problemas de saúde pública, o que resulta na baixa qualidade de vida e também nas relações interpessoais (SANTOS et al, 2019).
É necessário que a enfermagem integre o processo de trabalho em saúde, para que assim se possa assistir aqueles pacientes que são portares de ISTs, realizando assim intervenções individualizadas, para que seja possível atender todas as diversas necessidades biopsicossociais que surgem por conta do processo saúde e doença. É importante ainda desenvolver intervenções que sirvam para o monitoramento do processo infeccioso e também dos perfis envolvidos nos processos de adoecer e também morrer de grupos e comunidades, para que assim as intervenções sejam “ centradas mais especificamente nas dimensões particular e geral do processo saúde doença, articuladas à Vigilância Epidemiológica” (FRACOLLI et all, 2000, p.25).
Para Souza et al (2018) no Brasil existem muitas dificuldades para que ocorra uma melhora no cenário de IST, dificuldades essas que vão desde a capacitação e os treinamentos, até o acesso facilitado a testes rápidos para o diagnóstico precoce das mesmas. A atuação do profissional de enfermagem precisa vencer todos esses desafios, através do compartilhamento de informações, levado as comunidadesconhecimentos acerca da prevenção e também da detecção de forma precoce dos sinais e sintomas da IST, o profissional de enfermagem deve conhecer acerca de ações de prevenção, assim como diagnósticos e tratamento, uma vez que o mesmo é imprescindível na luta pela redução da transmissão dessas doenças. 
De acordo com Araújo e Leitão (2005) existe um desafio muito grande ao que se refere ao gênero no tratamento de ISTs, é muito comum que mulheres frequentem mais os serviços de saúde do que os homens, o que acaba realizando uma diferença na demanda. Em lugares onde existem serviços especializados para doenças sexualmente transmissíveis a demanda masculina é muito mais, já ao que se refere as unidades convencionais de saúde a demanda feminina se mostra em maio quantidade. Porém, em ambos os gêneros é muito importante o acesso ao acolhimento, pois o mesmo auxilia no estado de saúde do sujeito e também coletividade. 
A Atenção Básica, por meio das ações informativas/educativas desenvolvidas na comunidade e nas UBS, promoverá maior conscientização da população com relação às DST. Consequentemente, haverá uma busca mais precoce dos serviços de saúde pelos indivíduos com suspeita de DST e seus parceiros, tornando as UBS porta de entrada para esses pacientes, reduzindo assim a automedicação e a procura da resolução do problema em farmácias (BRASIL, 2006).
É dever dos serviços de Atenção Básica à saúde fazer uma abordagem multidisciplinar integrada, fazendo assim com que se devolvam formas adequadas de ações que promovam a saúde, prevenção, diagnóstico e também assistência a seus pacientes, a comunidade e também os familiares. É necessário que a as unidades básicas e também os serviços especializados englobem ações de promoção a saúde, assim como prevenção, assistência, além de aconselhamento, abordagem clínica e também diagnóstica, os cuidados de enfermagem e também suporte social. Ações devem ser incorporadas para os indivíduos que foram afetados e as suas famílias, para que assim seja possível promover inserção social e uma melhor qualidade de vida (BRASIL, 2006).
Segundo Araujo e Leitão (2005) em casos específicos de pessoas acometidas de doenças sexualmente transmissíveis apresenta uma abordagem sindrômica, que possui por objetivo prover em apenas uma consulta o diagnóstico, o tratamento, e o aconselhamento adequado para aquela ocasião, evitando assim que existam complicações por conta da falta de tratamento dessas doenças, promovendo dessa forma o fim dos sintomas. É necessário que os profissionais da rede básica tenham um treinamento específico e que as unidades tenham em estoque medicamentos adequados e também preservativos.
A assistência adequada a pessoas com DST depende de pontos de atenção descentralizados no município, integrados a pontos de referência para a atenção especializada. Conforme a realidade de cada município, intervenções educativas mais específicas podem ser direcionadas para populações consideradas mais vulneráveis, como: adolescentes, gestantes, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, homens que fazem sexo com homens (HSH), travestis e transexuais, pessoas privadas de liberdade, profissionais do sexo, caminhoneiros, entre outras. A atenção primária é a “porta de entrada” do sistema de saúde com gestão pela esfera municipal, portanto os municípios devem garantir a universalidade do acesso ao sistema (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, 2017).
Em todas as ações da atenção à saúde em caso de doenças sexualmente transmissíveis precisam se iniciar por meio de todas as oportunidades de abordagem, além de levar em consideração o contexto sociocultural em que o sujeito está inserido. Os profissionais de saúde devem se preocupar com a realização do aconselhamento e também acolhimento desses pacientes, uma vez que os mesmos devem estar presentes em todos os momentos de sua abordagem profissional. 
5 CONCLUSÃO
Atualmente as ISTs são vistas como um problema grave de saúde pública, visto a quantidade de pessoas que são acometidas por elas, ainda mais ao que se refere a dificuldade no reconhecimento dos sintomas, além da dificuldade de muitos no acesso ao tratamento adequado. 
Por conta disso é necessário que o profissional da área de saúde esteja bem preparado, o enfermeiro precisa estar preparado para lidar com a situação, isso incluí seu nível de conhecimento acerca desse quadro, que deve conter estratégia de tratamento, assim como medidas preventivas. 
Os enfermeiros necessitam abordar o paciente de forma empática e sensível, pois é um assunto delicado e muitos pacientes podem se apresentar envergonhados ao tratar do assunto. É necessário que esses pacientes tenham um atendimento diferenciado e o profissional enfeiro deve agir de forma a proporcionar conforto e liberdade para que os pacientes possam discutir abertamente sobre o assunto. 
Em virtude dos fatos mencionados é possível concluir que o trabalho alcançou os objetivos propostos e foi de grande relevância para o aprofundamento do conhecimento acerca dos cuidados paliativos, uma vez que leva o sujeito a reflexão acerca do assunto e a obtenção do conhecimento acerca da trajetória histórica dos mesmos.
REFERÊNCIAS
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