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Ciclo biológico do Haemonchus Parasita monóxeno, uma vez que não há hospedeiros intermediários. Ciclo biológico dividido em duas etapas: Parasitário – ocorre no hospedeiro e Pré-parasitário – antecede uma etapa de infecção. Ciclo pré-parasitário ocorre sempre no ambiente é, portanto, influenciado por fatores ambientais, onde depende de temperatura, umidade e atmosfera rica em O2. Por ser Haemonchus, independente de placei ou contortus, o local de infecção sempre é o abomaso, onde são encontradas as formas adultas aderidas a mucosa. São dioicos, ou seja, realizam fecundação cruzada, e as fêmeas depositam os ovos na luz do abomaso. O peristaltismo da luz do abomaso para o intestino grosso e junto as fezes do animal esses ovos são levados para o ambiente, e no meio externo iniciam a etapa pré-parasitária. Nas fezes os ovos são liberados morulados, pois trazem em seu interior uma célula em fase inicial de segmentação que recebe o nome de mórula, ao encontrar condições propícias esses ovos iniciarão uma etapa pré-parasitária. A atmosfera rica em O2 permite uma etapa rápida de embrionamento, menos de 24 horas, que forma a L1, 1º estágio larval do desenvolvimento do parasito, essa larva eclode e na massa fecal essa larva passa por 2 mudas, evoluindo para L2 e finalmente para L3, que corresponde a unidade infectante do parasita. Toda etapa que vai do embrionamento da mórula até L3 corresponde ao ciclo pré-parasitario e leva em média 3 a 5 dias para ser concluída no ambiente. A transmissão se faz pela ingestão do capim contaminado com L3 pelo ruminante, L3 por ser a forma infectante permite que seja diferenciada das formas que antecedem, por uma estrutura chamada bainha de proteção, membrana que envolve toda estrutura da L3 e confere alta viabilidade infectante no meio – e devido a essa estrutura L3 consegue sobreviver no ambiente de 10 a 15 dias. L3 no rume passa por uma etapa de desembainhamento, que corresponde a perda dessa bainha de proteção. No hospedeiro ocorre a fase histotrófica, dividida em duas, L3 -> L4 e L4 ->L5; o jovem adulto L5 vai retornas a luz do abomaso, e após uma etapa de alimentação sanguínea L5 atinge a maturidade, diferenciando em macho os fêmea. A fase histotrófica que ocorre na mucosa do abomaso vai cursar com a formação de nódulos inflamatórios. A importância relacionada a Medicina Veterinária se justifica em cima do comportamento alimentar das formas adultas, pois se alimentam de sangue, hematófagos. Durante a infecção patente o parasita vai dilacerar a mucosa abomasal, lesão mecânica, traumática e espoliativa que o parasita leva a região e um processo inflamatório grave, que recebe o nome de gastrite hemorrágica. Grande parte das infecções patológicas causadas por Haemonchus é justificada em cima da gastrite hemorrágica, pelos seus desdobramentos: dano no epitélio e dano vascular, pois lesa vasos que irrigam a região do abomaso. Destacam-se 2 pontos importantes frente ao dano: Perda de sangue, a qual leva a anemia; Hipoproteinemia – redução das concentrações plasmáticas de proteínas, justificado pelo dano vascular durante a infecção patente.
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