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31/07/2017 1 Métodos avançados de treinamento para HIPERTROFIA Apresentação • Graduado em Educação Física • Especialista em Fisiologia do Exercício • Especialista em Treinamento de Força • Mestre e Doutorando em Ciências • Membro do Grupo de Estudos da Obesidade (GEO/UNIFESP) • Autor de 7 livros e diversos artigos científicos • Funcionário público (Prefeitura de Santos) • Docente universitário (FPG) • Palestrante em congressos e eventos • Prêmio Top FIEP Brasil 2013 e 2014 Livros ↑ Cargas ↑ EMG ↑ Testosterona ↑ Microlesões ↑ Mecanotransdução ↑ Taxa de síntese proteica ↑ Células satélite ↑ Reparo tecidual ↑ HIPERTROFIA MUSCULAR Estresse Tensional Estresse Metabólico ↑ Repetições ↑ Depleção substratos ↑ Hipóxia ↑ Metabólitos (H+, Lac) ↑ Inchaço celular ↑ HIPERTROFIA MUSCULAR ↑ Taxa de síntese proteica ↑ GH, IGF1 Carga vs. Hipertrofia • Há evi dênci as de que car gas baixas m obilizadas até a fadiga voluntária proporcionam hipertrofia em sujeitos destreinados. • Estr atégi a para i nici antes, popul ações especi ais ou im possi bili dade momentânea de mobilizar cargas elevadas. • Mais estudos são necessári os com par ando cargas l eves e pesadas, sobretudo, com treinados . • Baixas car gas (> 15R M) el evam a tol er ância à fadi ga, possibilitando treinos mais intensos posteriormente. • Essa variação pode ser i nter essante par a i ndivíduos avançados (variabilidade) 9 estudos analisados, todos com destreinados 31/07/2017 2 18 homens treinados 2 grupos: •25-35 RMs •8-12 RMs 8 semanas 2015 0 2 4 6 8 10 Bíceps Tríceps Quadríceps LL HL % change Carga vs. Hipertrofia • Fibras I possuem capacidade de crescimento • Treino com altas car gas : ativação de todas as fibras; fadiga pr ecoce das fibras tipo II; fibras tipo I não são estimuladas ao máximo • Treino com baixas cargas: fibras tipo I são estimuladas ao máximo • Alternar períodos de altas e baixas cargas podem otimizar as respostas hipertróficas em todas as fibras • As variações podem ser intra sessão, em di as alternados ou em microciclos alternados. Carga vs. Hipertrofia Variação Consciente • Cargas elevadas (tensional): • Força máxima • Hipertrofia (fibras musculares tipo II) • Cargas baixas (metabólico): • Resistência • Hipertrofia (fibras musculares tipo I) • Cargas mistas (tensional/metabólico) • Força máxima + Resistênci a • Hipertrofia (fibras musculares tipo I e II) • Alternar per íodos de altas e baixas cargas pode ser interessante, especialmente, para sujeitos treinados. Método de Treinamento Definição • Modo particular d e combin ação d as var iáveis agudas d e treinamento (UCHIDA et al., 2006) Objetivos • Elevar o nível de estresse em relação ao treinamento tradicional (até a falha): ↑ volume / ↑ intensidade / ↑ densidade . • Variar estímulos - Intensidade/Esforço + Submáximo Máximo Supramáxi mo (sem falha) (até a falha concêntrica) (além da falha concêntrica) Treino tradicional Métodos avançados Método de Treinamento • Classificação: – Ênfase sobre estresse tensional – Ênfase sobre estresse metabólico – Mistos – Indefinidos • Estresse tensional e metabólico acontecem concomitantemente. Teixeira (2015) Métodos Tensionais • Métodos que enfatizam o estresse tensional/mecânico: – Repetições forçadas – Rest-pause – Repetições negativas 31/07/2017 3 Repetições Forçadas • Consiste na execução de mais algumas repetições (uma ou duas) após a falha concêntrica, utilizando auxílio de um companheiro de treino. • Embora os estudos agudos tenham mostrado que o RF promove maior nível de estresse, não se pode fazer inferências sobre os efeitos de longo prazo. • No momento, não há evidências suficientes para determinar se o RF promove melhores respostas sobre a hipertrofia. Rest-pause (Pausa-descanso) • Original para força: Realizar curtos descansos entre cada repetição. • Variação para hipertrofia: Realizar curtos intervalos entre zona de repetições máximas. 5-7 RM 10-20 seg. Até a falha concêntrica 10-20 seg. Até a falha concêntrica 10-20 seg. Até a falha total (≤ 1 repetição) Intervalo entre séries • 14 homens treinados • 3 sessões de treino (20 reps agachamento, 80% 1RM) – A: 5 x 4 (3’ intervalo) – B: 5 x 4 (20” intervalo) – RP: Séries até a falha (20” intervalo) • 18 homens treinados • 2 grupos (18 reps c/ 80% 1RM) • Trad (MS): 3x6 c/ 80% 1RM (2’ intervalo) • RP: Séries até a falha (20” intervalo) até somar 18 reps • 6 semanas 31/07/2017 4 Repetições Negativas • Consiste na execução de determinado exercício utilizando cargas maiores que 1RM (>100%). • A carga deve ser diminuída na fase concêntrica ou esta fase deve ser executada com o auxílio de um companheiro de treino. • A fase excêntrica é executada sem auxílio, valorizando a frenagem. • A execução pode ser conduzida até a falha excêntrica. Avaliações por RM: Tendência para promover maior hipertrofia no RN vs. Trad. Avaliações por perimetria: Maior hipertrofia no RN vs. Trad. O RN promove maiores níveis de hipertrofia em relação ao treinamento concêntrico ou tradicional. Altos níveis de tensão mecânica por UM ativa, tensão em condições de alongamento e microlesões no RN podem estimular sinalização anabólica em níveis maiores que no treinamento tradicional. O RN tende a induzir maior hipertrofia na porção distal dos músculos, enquanto que o treinamento tradicional promove melhores respostas na porção medial do ventre muscular. Métodos metabólicos • Métodos que enfatizam o estresse metabólico: – Kaatsu (oclusão vascular) – Isodinâmico – Pico de contração – Intervalos decrescentes – Super séries Oclusão Vascular (Kaatsu) • Treinamento sob condição de restrição do fluxo sanguíneo local. • Originalmente, sugerido para situações nas quais altas cargas não são indicadas/possíveis/desejadas. Equipamentos • Manguitos infláveis com controle computadorizado de pressão • Manguitos infláveis com controle analógico de pressão 31/07/2017 5 Variável Recomendações / Diretrizes Local de aplicação Ao redor da parte proximal do membro a ser treinado Característica do manguito Largura de 3-6cm para braços e 6-13,5cm para coxas Pressão para treinamento 50-80% da pressão de oclusão total de repouso Tipo de exercício Uni e multiarticulares Carga 20-40% 1RM Volume 50-80 repetições por exercício, não necessariamente até a falha concêntrica Intervalo entre séries 30-60 segundos Intervalo entre exercícios 5 minutos Frequência semanal 2-4 vezes Protocolos populares (1x30 + 3x15; 30” rest); (3x até a falha; 30-60” rest) Oclusão vascular + ER baixa intensidade Hipóxia ↑ EMG ↑ Ativação fibras II ↑ Metabólitos intracelulares ↑ Inchaço celular ↑ Taxa de síntese proteica (via mTOR) HIPERTROFIA ↑ Glicólise anaeróbia ↑ GH ↑ IGF-1 ↓ Miostatina ↓ Taxa de degradação proteica ↑ Proteínas de choque térmico ↑ Força máxima ↑ Força de resistência • Adaptações semelhantes ao treinamento de alta intensidade, porém com cargas de 20 a 50% 1RM • Aumento de força • Aumento da massa muscular • Adaptações em músculos proximais e distais. Oclusão Prática • Escala de 0 a 10 • 0: sem pressão • 7: pressão moderada • 10: apertado com dor • 7: pressão de treinamento – Oclusão venosa, sem oclusão arterial – Apertado sem dor • 20 jovens recreacionalmente treinados • 2 intervenções: – Baixa intensidade com oclusão prática (BFR) – Alta intensidade sem oclusão (HI) • 2 grupos: – BFR + HI – HI + BFR 31/07/2017 6 Atenção especial • Evento: – Prejuízos agudos acentuados na performance –Sensação de dor intensa – Parestesia (dormência) exagerada – Perda de sensibilidade nas extremidades – Temperatura baixa no membro – Quaisquer outros desconfortos “anormais” relatados • Recomendação: – Reduzir a pressão de oclusão – Retirar a pressão / Interromper o treinamento Isodinâmico • Oclusão vascular adaptada • Consiste em realizar ações isométricas e dinâmicas na mesma série do exercício. • A ação isométrica deve ser realizada antes (Oclusão vascular). • Exemplo: 1. 10-20” isometria no ponto de maior encurtamento muscular 2. Série dinâmica até a falha concêntrica Pico de Contração • Consiste na execução de uma contração estática (isométrica), com duração de 2 a 3 segundos, ao final da fase concêntrica do exercício ou no ponto de maior desvantagem mecânica (maior tensão) • Exercícios com curva de força ascendente: – Isometria ao final da fase concêntrica – Ex.: extensão de joelhos, flexão de joelhos, etc. • Exercícios com curva de força descendente: – Isometria no ponto de maior desvantagem mecânica – Ex.: supino, agachamento, etc. Pico de contração Isodinâmico • 12 homens jovens • Coxa D: Pico de contração – 3x8-12, 20%1RM, 30” intervalo, 5” isometria em cada rep. • Coxa E: Kaatsu – 3x8-12, 20%1RM, 30” intervalo, 160mmHg pressão • 10 semanas, 2x 0 5 10 15 20 25 30 Cx Prox Cx Med Cx Dist Oclusão PC Intervalos decrescentes • Consiste na diminuição do tempo dos intervalos entre as séries no decorrer das sessões de treino, sem alterar a carga. Exemplo: • Semana 1 Semana 2 Semana 3 • 3 séries 3 séries 3 séries • 8 – 10RM 8 – 10RM 8 – 10RM • 1’ interv. 45” interv. 30” interv. 31/07/2017 7 4 x 8-10RM Tonelagem - supino Super-séries • Consiste na execução sequencial de dois ou mais exercícios para o mesmo grupo muscular. – Dois exercícios: bi-set Ex.: agachamento e leg press – Três exercícios: tri-set Ex.: crucifixo, supino e crossover – Quatro ou mais exercícios: série gigante Ex.: desenvolvimento, remada alta, elevação frontal, elevação lateral • Série gigante: – 4 exercícios em sequência, 8 a 12 reps., 65-75%1RM, 2’ intervalo • Tradicional: – 4 exercícios, 3x8-12 reps., 70-80%1RM, 2’ intervalo • 8 semanas Métodos mistos • Métodos que combinam estresse tensional e metabólico: – Pirâmides – Pré-exaustão – Drop-set 31/07/2017 8 Pirâmides • Crescente (leve-pesado) Consiste na execução de séries com elevação progressiva da carga e diminuição do número de repetições (os intervalos podem ser aumentados). Ex.: 12.10.8↑ • Decrescente (pesado-leve) Consiste na execução de séries com diminuição da carga e aumento no número de repetições (os intervalos podem ser diminuídos). Ex.: 8.10.12↓ • 10 sujeitos intermediários • 2 sessões de treino: – MS: 3 x falha (75% 1RM) – P: 3 x falha (67, 74, 80% 1RM) • Não houve diferença entre os métodos nos parâmetros de desempenho muscular e respostas enzimáticas. • Ambos apresentaram aumento de força e baixo risco de lesão. • A escolha de um ou outro é aceitável para homens moderadamente ativos. Pré-exaustão • Consiste na execução de um exercício monoarticular antecedendo a execução de um exercício multiarticular para o mesmo grupo muscular. Ex.: crucifixo e supino. • A idéia é levar o músculo alvo à fadiga antes de executar um exercício multiarticular, que exige o trabalho de outros grupos. Pré-exaustão 1. Monoarticular 2. Multiarticular ↑33,67% ↓5,44% 31/07/2017 9 • 39 sujeitos recreacionalmente treinados: • 3 grupos: – Pré Ex s/ intervalo – Pré Ex c/ intervalo – Tradicional • 12 semanas Drop-set • Consiste na realização de um determinado número de repetições, seguido da diminuição da carga e subsequente execução de mais repetições. • Geralmente, este procedimento é executado uma vez. • Stripset: repetição do procedimento até execução com carga mínima. • Geralmente utilizam-se aparelhos com sistema de polias e blocos de pesos (“tijolos”). • Dropset : a ument os mai ore s e m GH séri co, força e r esistê nci a musculares; aumento de CSA com tendência de ser maior • 32 homens treinados • Randomização pela perna: • Trad: 3-5 x 6-12 reps (75% 1RM) • Pirâmide: 3-5 x 6-15 reps (65-85% 1RM) • DS: 2-3 x falha + 2 drops (50-75% 1RM) • Volume total equalizado (sets x reps x load) • 12 semanas 31/07/2017 10 • 43 sujeitos • 3 grupos: – 1 x dropset (HIT) – 3 x falha concêntrica (3ST) – Controle • 10 semanas / 2 x semana Métodos indefinidos • Podem ser aplicados tanto com características tensionais como metabólicas – Agonista-antagonista – Circuito Agonista-antagonista • Consiste na execução sequencial de exercícios que trabalhem músculos antagonistas entre si. Ex.: puxada frontal e desenvolvimento frontal. • Ideia: Otimizar o tempo de treinamento sem reduzir o volume para cada grupo muscular • IMPORTANTE: para proporcionar um desenvolvimento harmonioso do corpo (equilíbrio muscular), esse método de treinamento deve ser prescrito baseado nos conceitos de planos e eixos de movimento. TESTE 1 TESTE 2 10RM extensão de joelhos Teste de RMs com a carga de 10RM flexão de joelhos 60 minutos < 15 segundos 10RM flexão de joelhos Teste de RMs com a carga de 10RM extensão de joelhos • 10 homens treinados • Tradicional – 3x até a falha concêntrica, carga de 10RM, 2’ intervalo entre séries, Supino e Remada • Agon/Antagon – Protocoo semelhante, porém a Remada era executada imediatamente após o Supino Circuito (circuit training) • Consiste na execução sequencial de exercícios em forma de circuito (estações). • Realiza-se uma série de cada exercício (nº de repetições ou tempo), passando ao próximo exercício (com ou sem intervalo) • Exercícios cíclicos podem ser utilizados como estações (esteiras, bicicletas, etc). • Aplicável para o emagrecimento ou para melhora moderada da capacidade CR. 31/07/2017 11 • 10 estações • 3 passagens • 40-55% 1RM • 30 seg. execução • 15 seg. intervalo • 22m30s/dia • 10 semanas • Aumento: – Massa magra – Perímetro de braço – Tempo até exaustão – VO2 máx (só em mulheres) – Flexibilidade – Força • Diminuição: – ∑DC – FC repouso Métodos contemporâneos • GVT • FST-7 • SST Não investigados! German Volume Training - GVT • Criador: Rolf Feser • Principal divulgador: Charles Poliquin • Objetivo: aumentar a massa muscular através da elevada depleção de substratos e do estresse metabólico • Método: – 1 exercício por grupo muscular, prioritariamente, básico (ex. supino, leg press) – 10 séries de 10 repetições com 20”-90” intervalo – Carga: ~60% 1RM ou carga para 20RM – As primeiras séries são submáximas Fascia Stretch Training – FST-7 • Criador: Hany Rambod • Objetivo: aumentar o tamanho da fascia para permitir maior crescimento muscular • Método: – 7 séries de 8-12 repetições com 30”-45” intervalo – As primeiras séries são submáximas – Variação: execução de alongamentos estáticos entre as séries Sarcoplasma Stimulating Training– SST • Criador: Patrick Tuor • Característica: junção dos métodos rest-pause e dropset • Método: – Realizar 8RM, aplicar 10” intervalo e retomar a execução até nova falha – Repetir o procedimento até que apenas 1 repetição seja realizada – Diminuir 20% da carga e repetir o procedimento 31/07/2017 12 Considerações Finais • A função dos métodos é au mentar a magnitud e do estress e e variar estímulos. • O objetivo é proporcion ar estresse aos indivíduos que são altamente tolerantes ao estresse (avançados). • Embora existam poucos estudos reprodutíveis , o que ex iste suporta o uso dos mais dif erentes métodos em sujeitos com objetivo de desenvolver a massa muscular. • Considerando a responsividade individu al, d eve-se identif icar os métodos que mais propo rcionam motivação e resultados aos praticantes. • Para isso, explorar os mais diferentes métodos, considerando as evidências científicas, é uma recomendação interessante. OBRIGADO contato@caueteixeira.com.br www.caueteixeira.com.br Cauê La Scala Teixeira @cauelascala “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fl. 4:13)
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