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Aula 7 - Apuração de Resultado do Exercício

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Contabilidade Básica
Aula 7 - Apuração de Resultado do Exercício
INTRODUÇÃO
Nas aulas anteriores, aprendemos a registrar os fatos administrativos (ou contábeis), evidenciando o razonete e elaborando o balancete de
veri�cação.
Nesta aula, conheceremos os procedimentos necessários para apurar o resultado do exercício, mas de forma simpli�cada, com poucos dados, de
modo que possamos dominar bem esta parte da matéria.
A Apuração do Resultado do Exercício (ARE) das empresas envolve uma série de processos. Entre estes, destacamos:
• A elaboração do balancete de veri�cação, do livro-razão, de inventários físicos de bens de uso e de outros materiais (mercadorias, produtos,
materiais de expediente etc.), bem como de conciliações e de ajustes de saldos de contas;
• A apuração do resultado bruto, do resultado líquido, de cálculos e de contabilizações de tributos incidentes sobre o lucro líquido (Imposto de Renda
e Contribuição Social), bem como de participações, de reservas e de dividendos;
• A elaboração das diversas demonstrações contábeis.
Apurar o resultado do exercício consiste, portanto, em veri�car, por meio das contas de resultado (despesas e receitas), se a movimentação do
patrimônio da empresa apresentou lucro ou prejuízo durante o exercício social.
/
Vamos entender melhor o assunto?
OBJETIVOS
Classi�car as contas de resultado operacionais.
Categorizar as contas como outras receitas e despesas operacionais.
/
O resultado do exercício é utilizado para avaliar o desempenho econômico da entidade.
Por isso, conhecer o resultado obtido com a venda de mercadorias, de produtos ou serviços é de suma importância para o empresário em sua
tomada de decisão. A�nal, essa é a atividade operacional das empresas.
Podemos obter o resultado com mercadorias vendidas por meio da seguinte operação:
Após esse momento, serão adicionados e subtraídos os demais valores para a apuração �nal do resultado do exercício. Veja:
Agora, vamos identi�car a sequência ideal dos procedimentos que devem ser tomados para tal apuração:
/
Podemos elaborar uma Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) de forma dedutiva. Vejamos um exemplo:
Suponha que, �m do ano 2009, a companhia A apresentou os seguintes valores:
A demonstração do resultado do exercício �caria da seguinte forma:
E quanto ao Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)? O que sabemos sobre ele?
De que forma o CMV é apurado?
De que maneira é possível calcular o valor do CMV?
Isso pode ser feito de duas formas, pelos seguintes inventários:
1. Inventário periódico
/
Quando necessitamos apurar o Resultado Com a venda das Mercadorias (RCM), realizamos um levantamento físico
para a avaliação do estoque de mercadorias existente naquela data.
A partir da diferença entre o total das mercadorias disponíveis para venda durante o período e esse estoque �nal
(apurado de forma extracontábil), obtemos o CMV nesse período. Nesse caso, utilizamos, portanto, a contagem
física.
2. Inventário permanente
Este controle permanente é efetuado sobre todas as mercadorias que estiverem à disposição para venda, isto é,
sobre o CMV e sobre as mercadorias que não foram vendidas (estoque �nal).
A partir da soma dos custos de todas as vendas, obtemos o CMV total do período. Nesse caso, utilizamos as �chas
de controle de estoque.
Principalmente nas médias e grandes empresas, há a necessidade de controle contínuo do valor do estoque de mercadorias. Conseguimos isso por
meio da baixa, em cada venda, do CMV.
O processo de baixa de cada venda no CMV acontece da seguinte forma:
Após cada operação de venda e sua contabilização, teremos a conta de vendas atualizada: CMV com o total do custo acumulado e Mercadorias
re�etindo o valor exato em estoque.
Vamos analisar uma situação:
/
Uma empresa possui estoque de mercadorias no valor de R$ 15.000 e vende a metade dele por R$ 10.000 a prazo.
Como contabilizar a operação de compra e venda?
Resposta Correta
Se, após essas transações, a empresa adquirisse mais mercadorias por R$ 6.000 a prazo e apurasse o resultado, como �caria o seu estoque?
Resposta Correta
No sistema do inventário permanente, o controle do estoque de mercadorias pode ser simpli�cado com o uso de uma �cha de controle.
Vejamos sua aplicação:
Data: 01/06/X1 – Estoque inicial e mercadoria (ventiladores) de R$ 10.000 (10 unidades compradas a R$ 1.000 cada uma)
Data: 02/06/x1 – Venda de 6 unidades por R$ 8.000
Data: 10/06/x1 – Compra de 4 unidades a R$ 1.000 cada uma
Data: 23/06/x1 – Venda de 6 unidades por R$ 8.500
1. Em 02/06: D - CAIXA
C - RECEITA DE VENDAS ............... 8.000
D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 6.000
Em 10/06: D - MERCADORIAS
C - CAIXA ....................................... 4.000
Em 23/06: D - CAIXA
C - RECEITA DE VENDAS ............... 8.500
D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 6.000
Em 30/06: D - CMV
C - MERCADORIAS ......................... 12.000 (CONF FICHA ESTOQUE)
Devemos analisar todas as possibilidades de atribuições de valor, sempre com base no custo (valor de aquisição). Os principais critérios são:
/
Preço especí�co
PEPS ou FIFO (glossário)
UEPS ou LIFO*
*Que não é mais aceito pelas normas internacionais.
/
Média ponderada móvel (glossário)
INVENTÁRIO PERIÓDICO
Já sabemos que, para apuração do RCM, no caso do inventário periódico, precisamos do levantamento físico do estoque. Isso nos oferece uma
informação extracontábil.
Logo:
De acordo com a Receita Federal do Brasil:
Para o cálculo da depreciação do período, a taxa de depreciação deve ser sempre aplicada sobre o valor de aquisição do bem – se NÃO apresentar
valor residual (glossário)!
Por isso, primeiro, RETIRAMOS esse valor.
Exemplo
, Carro = 100.000
Valor residual = 10.000 (10%) → 100.000 - 10.000 = 90.000
É sobre esse valor (90.000) que vamos aplicar a taxa de depreciação.
/
Mas, além da depreciação, é preciso veri�car, pelo menos anualmente, a eventual necessidade de reconhecimento de perda por redução do valor
recuperável do ativo, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos.
A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado, a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo.
No entanto, por vezes, os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a
depreciação faz parte do custo de outro ativo e deve ser incluída em seu valor contábil.
Por exemplo, a depreciação de máquinas e de equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque. Por isso, de acordo com
Ferrari (2014), utilizamos os métodos linear (ou de quotas constantes) e da soma dos dígitos.
Saiba mais
, Para entender melhor a questão, acesse o Pronunciamento Técnico CPC 16 - Estoques (http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=47).
MÉTODO LINEAR
Método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do bem em cada período.
Vejamos uma aplicação desse método:
No início de janeiro, a empresa comprou um veículo com vida útil estimada de 5 anos pelo valor de R$ 30.000,00, sem valor residual estimado. Qual
será o valor da depreciação?
Solução:
No �nal do primeiro ano, devemos reconhecer a despesa de depreciação de:
R$ 30.000,00 : 5 = R$ 6.000,00 por ano
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividirmos o valor da depreciação anual por
12:
R$ 6.000,00 : 12 = R$ 500,00 por mês
Se considerarmos um valor residual de R$ 3.000,00, o valor anual da depreciação será:
(R$ 30.000,00 - R$ 3.000,00) : 5 = R$ 5.400,00 por ano
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=47
/
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividirmos o valor da depreciação anual por
12:
R$ 5.400,00 : 12 = R$ 450,00 por mês
A contabilização do valor da depreciação mensal será efetuada da seguinte forma:débito de despesa de depreciação e crédito da conta
Depreciação Acumulada.
Portanto, o lançamento será:
Débito: Despesa de Depreciação = R$ 450,00;
Crédito: Depreciação Acumulada = R$ 450,00.
No �nal do primeiro ano, o Ativo Imobilizado da empresa deverá ser apresentado no BP da seguinte maneira:
Veículos = R$ 30.000,00
(-) Depreciação Acumulada (R$ 6.000,00) = R$ 24.000,00
Dessa forma, o leitor do BP saberá a idade aproximada do Ativo Imobilizado da empresa.
DEPRECIAÇÃO
Já entendemos que a depreciação é a diminuição parcelada de valor que os bens de uso da empresa sofrem.
Trata-se de considerar como despesa ou custo do período uma parte do valor gasto na compra desses bens de uso.
Nesse contexto, alguns conceitos são importantes. Vejamos:
Desgaste pelo uso
Enfraquecimento da capacidade de produção.
Ação do tempo
Exposição aos rigores das variações atmosféricas, como o frio, o calor, a chuva, o sol, a umidade, a maresia etc.
Obsolescência
Em decorrência da evolução tecnológica, os bens se tornam ultrapassados, antiquados, arcaicos e caem em desuso.
A taxa de depreciação é aquela a partir da qual podemos esperar a utilização econômica do bem.
Devemos elaborar cálculos de depreciação com base nos prazos e nas taxas que, até então, eram �xados pela legislação tributária.
Entretanto, periodicamente, as empresas utilizam o critério da recuperabilidade, que consiste na revisão e no ajuste dos critérios usados para a
determinação da vida útil econômica.
A legislação tributária, no RIR/99 (artigos 305 a 323), disciplina esse assunto determinando as contas sujeitas à depreciação, bem como �xando
prazos, taxas e critérios.
Com o advento da Lei nº 11.638/2007 (glossário), cujos efeitos passaram a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2008, as regras para a �xação do
prazo e da taxa de depreciação – que, até então, era de�nida pelo �sco –, mudaram: agora, prevalece o prazo de vida útil econômica do bem.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm
/
No parágrafo 3º do artigo 183 dessa lei, consta que as empresas deverão efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores
registrados no imobilizado e intangível, a �m de que sejam registradas as perdas de valor do capital aplicado, e para revisar e ajustar os critérios
utilizados para a determinação da vida útil – causas que justi�cam a depreciação.
Atenção
, A depreciação somente se inicia quando o bem está em condições de uso e de operação. Do contrário, não haverá mais cálculo nem contabilização,
permanecendo o valor do bem e a depreciação acumulada com idêntico valor, até que haja reavaliação.
A amortização – que tem o mesmo sentido da depreciação – é o valor correspondente à recuperação dos investimentos feitos em bens intangíveis
ou de valores aplicados em despesas que contribuam para a formação de resultados de mais de um exercício contábil, os quais serão lançados
como custo ou encargo em cada exercício.
Trata-se, portanto, do desgaste do valor econômico do capital aplicado em bens intangíveis do
ativo, necessários à manutenção da empresa, ou seja, o desgaste de bens imateriais.
Há uma conta de resultado (Amortização) e uma conta patrimonial (Amortização Acumulada).
Os bens do ativo intangível com vida útil inde�nida não devem ser amortizados, pois, nesses casos, serão feitos testes de recuperabilidade.
EXAUSTÃO
A exaustão é a redução do valor, decorrente da exploração, dos recursos minerais, �orestais e de outros recursos naturais esgotáveis.
Nesse caso, existe uma perda de valor, porque as imobilizações suscetíveis de exploração – como, por exemplo, as reservas minerais e vegetais
(bosques, �orestas, jazidas etc.) – se esgotam no decorrer do tempo.
Aqui, devemos aplicar os mesmos métodos utilizados para a depreciação. Logo, seu lançamento é:
D - Exaustão
C - Exaustão Acumulada
ATIVIDADES
1 - Em 2 de janeiro de 2012, uma empresa comercial adquiriu mercadorias no valor de R$ 7.000,00, pagando 30% à vista, e o restante, em fevereiro
do mesmo ano. No dia 10 de janeiro, a empresa vendeu todas essas mercadorias por R$ 15.000,00, recebendo 50% à vista, e o restante, em fevereiro
do mesmo ano.
Sabendo que utiliza o regime de competência, o resultado apurado pela empresa comercial com a venda dessas mercadorias foi:
a) R$ 5.400,00 em janeiro de 2012.
b) R$ 8.000,00 em janeiro de 2012.
c) R$ 12.900,00 em janeiro de 2012.
d) R$ 5.400,00 em janeiro de 2012 e R$ 2.600,00 em fevereiro de 2012.
e) R$ 500,00 em janeiro de 2012 e R$ 7.500,00 em fevereiro de 2012.
/
Justi�cativa
2 - Assinale a opção que apresenta apenas contas cujos saldos devem ser encerrados no �m do exercício:
a) Salários, aluguéis a pagar e receitas �nanceiras.
b) Juros passivos, seguros a vencer e juros ativos.
c) Salários antecipados, receitas de vendas e encargos de depreciação.
d) Aluguéis passivos, receitas de vendas e despesas de seguros.
e) Aluguéis a vencer, receitas de aluguéis e salários a pagar.
Justi�cativa
3 - Quando da apuração de resultado positivo, o lucro é transferido para o PL por meio do seguinte lançamento:
a) Débito – Resultado/Crédito – Lucros ou Prejuízos Acumulados
b) Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados/Crédito – Resultado
c) Débito – Receita/Crédito – Lucros ou Prejuízos Acumulados
d) Débito – Lucros ou Prejuízos Acumulados/Crédito – Receita
e) Débito – Receita/Crédito – Resultado
Justi�cativa
Glossário
PEPS OU FIFO
/
Damos baixa no custo da seguinte maneira: o primeiro que entra é o primeiro que sai (PEPS) – também conhecido como FIFO (da expressão em inglês First-In-
First-Out).
Assim, à medida que ocorrem as vendas, vamos dando baixa a partir das primeiras compras, o que equivaleria ao raciocínio de que vendemos primeiro as
primeiras unidades compradas.
MÉDIA PONDERADA MÓVEL
O valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, esse valor será calculado com base na
divisão do custo do estoque pelas unidades existentes.
VALOR RESIDUAL
Valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o �m de sua vida útil.

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