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USINAGEM POR ABRASÃO – CAPITULO 11
Retificação é um processo de usinagem mecânica onde a remoção de cavaco do material é estabelecida pelo contato entre a peça e uma ferramenta abrasiva (rebolo), que gira em alta rotação, enquanto que a peça tem uma velocidade menor. A retificação é também um método versátil de remoção mecânica de material que confere à peça alta precisão geométrica e dimensional. A retificação é o principal processo industrial dos últimos tempos, e corresponde entre 20% a 25% das despesas totais em operações realizadas por máquinas ferramentas nos países industrializados. A sociedade atual estaria impossibilitada de produzir sem a retificação, pois, aquilo que é usado passou por um processo de retificação, ou por uma máquina que sofreu uma operação de retificação.Na maioria de vezes, este processo é empregado como operação final da fabricação de uma peça e, apesar de parecer uma operação simples, requer domínio dos parâmetros de velocidade de corte, velocidade de avanço, boa refrigeração e controle dimensional rigoroso
GRANDEZAS FISICAS DAS OPERAÇÕES DE RETIFICAÇÃO
A velocidade periférica do rebolo, normalmente, varia entre 10m/s e 45 m/s para rebolos com abrasivos convencionais, mas pode chegar a 90 m/s ou 120m/s no caso de rebolos superabrasivos, o que pode implicar valores de rotação do elXCH3.fVOresuperioresa 10.000 rpm. Já a velocidade da peça assume valores mais modestos, na faixa de 10 m/mín a 25 m/min (NUSSBAUM, 1988). A profundidade de usínagem normalmente é selecionada em função da largura do rebolo, sendo recomendado que o valor dessa profundidade varie de 1/4 a 4/5 do valor da largura. do rebolo. A penetração de trabalho, exceto em situações especiais, situa-se na faixa de centésimos de milímetros, podendo, porém, variar de milésimos a décimos de milímetros. Esses baixos valores de penetração de trabalho contribuem para a obtenção de tolerâncias estreitas (qualidades de trabalho IT4 ou IT3). Já em operações com ferramentas de geometria definida são empregados, obrigatoriamente, valores mais elevados de profundidade de usinagem e de penetração de trabalho. Com isso, tem-se a elevação das forças de usinagem e, consequentemente, a obtenção de tolerâncias mais abertas (qualidades de trabalho iguais ou superiores a IT7). Usinagem por Abrasão Por fim, o comprimento de contato rebolo/peça define a extensão e contato entre ambos, sendo particularmente elevado na operação cilíndrica interna quando o diâmetro do rebolo se aproxima do diâmetro da peça. Porém, no caso da operação cilíndrica externa, a extensão do contato do rebolo/peça se resumiria a um segmento de reta não fossem as deformações elásticas impostas ao par.
Rebolo - ferramenta de corte utilizada na retificadora é o rebolo, cuja superfície é abrasiva, ou seja, apresenta-se constituída de grãos de óxido de alumínio ou de carbeto de silício, entre outros. Por isso, a usinagem com rebolo é designada como um processo de usinagem por abrasão. Trata-se do mesmo sistema empregado pelo dentista quando ele utiliza um instrumento giratório com uma espécie de lixa redonda para limpar ou polir nossos dentes. O desgaste do material a ser usinado é muito pequeno, porque o rebolo arranca minúsculos cavacos durante a operação de corte, quando a aresta dos grãos abrasivos incide sobre a peça
A dureza do rebolo não está associada a dureza dos seus grãos abrasivos. - Mas à capacidade do ligante de manter o abrasivo unido ao corpo do rebolo. Dessa forma é considerado duro o rebolo capaz de reter o abrasivo sob condições severas. Macio é considerado o rebolo que permite o desprendimento dos abrasivos com facilidade. Uma regra prática aplicada à indústria sugere o 1.!§.o de rebolos macios para a retificação de dureza dos materiais , vice-versa. Essa recomendação justifica-se pelo fato de que, durante a retificação de materiais duros, exige-se muito da capacidade de corte dos abrasivos, que se desgastam com maior rapidez. Assim, o desprendimento desses abrasivos desgastados permite que novos abrasivos afiados entrem em ação. No entanto, a capacidade do processo de manter a tolerância dimensional é reduzida se a correta dureza não for utilizada.
DESSAGEM.
Durante o processo de retificação, o estudo dos fenômenos que ocorrem durante a formação de cavaco é muito importante. A ferramenta rebolo tem uma grande complexidade devido ao grande número de arestas de corte que diferem na forma e na profundidade de corte. Antes do processo de retificação, é importante a operação de dressagem do rebolo. A operação de dressagem também é conhecida como diamantação, ou seja, afiação ou retificação do rebolo. Dependendo da forma de como a dressagem é executada, esta influi diretamente no acabamento, no volume de arranque do material, na tolerância geométrica do perfil retificado, bem como na vida útil do rebolo.
A operação de dressagem do rebolo tem como características principais:
– Restaurar a capacidade de corte, permitindo que os grãos novos e
afiadosaflorem na superfície, melhorando a agressividade da face de trabalho ;
– Eliminar da superfície do rebolo partículas de material do processo
anterior ;
– Perfilar a face do rebolo para obtenção do acabamento desejado;
– Restabelecer o perfil inicial do rebolo quando o mesmo não possui o
perfil inicial;
– Oferecer concentricidade entre a face de trabalho e o eixo de
rotação.
“ A grande influência que as condições de dressagem podem provocar no desempenho de uma operação de retificação fez com que a quantidade de pesquisas nesta área sofresse um considerável aumento por volta dos anos de 1980”.
A dressagem pode ser entendida como sendo a recuperação da capacidade de corte do rebolo. Essa recuperação se dá a partir de dois tipos de ações diferentes do dressador sobre o grão abrasivo: primeiro, o arranque do abrasivo desgastado, com pequeno volume e baixa ancoragem, e segundo a fratura do grão abrasivo que ainda tem boa ancoragem, formando, assim, novas arestas cortantes do grão abrasivo. Para condições ideais de trabalho, um rebolo deveria ser auto afiável, quer dizer, à medida que os grãos desaparecem ou são desgastados, deveriam aparecer novos grãos ou novas faces de cortes, dando continuidade na operação. Mas, na prática, esta forma de apresentação não funciona, porque desta maneira os rebolos perderiam um grande volume dimensional em pouco tempo durante o processo de retificação.
INFLUÊNCIA DA DRESSAGEM NA RETIFICAÇÃO
Diversos trabalhos que analisam comparativamente a influência do tipo de dressagem no desempenho da retificação têm sido publicados. Os resultados apresentados neste tipo de trabalho normalmente são qualitativos, não levando em conta as peculiaridades de cada processo. Estes resultados poderiam ser diferentes se as condições para cada tipo de dressagem fossem modificadas pois , se ocorrer variações nas condições de dressagens utilizadas, os resultados serão diferentes dos obtidos, devido ao chamado macro efeito de dressagem, causado pelo formato do dressador e pelas condições de dressagem. Constantemente são levadas em consideração como variáveis do processo, a profundidade de dressagem (ad) e o passo de dressagem (Sd).
Fluido de corte
o emprego de fluidos de corte na retificação deve atender aos requisitos de refrigeração e lubrificação de acordo com as necessidades específicas de cada operação. Operações com elevada área de contato rebolo-peça e que produzam cavacos mais longos exigem fluídos de corte com ação predominantemente lubrificante (óleo integral), ao passo que em operações com áreas de contatos menos extensas ou que produzam cavacos na forma de pó, devem ser empregados fluidos refrigerantes.
Requisitos para retificadoras creep feed são
• Alta potência do motor principal. ; Alta rigidez.
•.Alta capacidade de absorção de choques.
· Controle preciso de velocidade da peça (sistema de avanço mecânico e não hidráulico). Sistema de bombeamento de fluido de corte de alta pressão e vazão (em torno de 10 bar e de 300 l/min a 600 l/mín, respectivamente).