Buscar

Técnicas de Laboratório de Química

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
ETEC Raposo Tavares 
Técnico em Química 
 
 
 
 
Tópicos de Química 
 
Experimental 
 
 
 
Prof. Me. Renata Pinho da Silva 
Prof. Dr. Paulo César A de Oliveira 
 
2017 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 5 
2 NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ............................................................................................ 6 
3 EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA .................................................................................... 10 
4 LIMPEZA DE MATERIAIS .......................................................................................................................................... 18 
5 MEDIDAS DE MASSA - TÉCNICAS DE PESAGEM ...................................................................................................... 19 
5.1 Transferência de sólidos ................................................................................................................................. 19 
5.2 Medidas de massa - Balanças ......................................................................................................................... 19 
5.3 Técnicas de pesagens ...................................................................................................................................... 21 
5.4 Exercícios ......................................................................................................................................................... 22 
5.5 Experimento - Medidas de massa e técnicas de pesagens ............................................................................ 22 
5.6 Tarefa – Determinar o volume de uma gota de uma amostra desconhecida. ............................................... 24 
6 MATERIAIS VOLUMÉTRICOS - TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE VOLUMES .................................................................... 25 
6.1 Provetas ou cilindros graduados ..................................................................................................................... 26 
6.2 Pipetas ............................................................................................................................................................. 26 
6.3 Buretas ............................................................................................................................................................ 27 
6.4 Balões Volumétricos ....................................................................................................................................... 27 
6.5 Leitura do menisco .......................................................................................................................................... 28 
6.6 Algarismos Significativos ................................................................................................................................. 29 
6.7 Exercícios ......................................................................................................................................................... 30 
6.8 Leitura de escalas ............................................................................................................................................ 30 
6.9 Experimento - Preparo de solução .................................................................................................................. 30 
6.10 Tarefa: Leitura de meniscos ............................................................................................................................ 31 
6.11 Tarefa: Complete o menisco do balão volumétrico. ....................................................................................... 31 
7 AQUECIMENTO ....................................................................................................................................................... 32 
7.1 AQUECIMENTO COM BICO DE GÁS ................................................................................................................. 32 
7.2 BANHO MARIA ................................................................................................................................................ 32 
7.3 BANHOS LÍQUIDOS DE ALTA TEMPERATURA .................................................................................................. 32 
3 
 
7.4 MANUSEIO E UTILIZAÇÃO DE BICO DE BUNSEN ............................................................................................. 33 
7.5 Experimento: Uso do bico de Bunsen ............................................................................................................. 34 
7.6 Teste de Chama ............................................................................................................................................... 35 
8 SOLUBILIDADE ......................................................................................................................................................... 36 
9 FILTRAÇÃO............................................................................................................................................................... 38 
9.1 Experimento – Filtração simples e filtração a pressão reduzida .................................................................... 41 
10 FUNIL DE SEPARAÇÃO ......................................................................................................................................... 44 
10.1 Separação de líquidos imiscíveis ..................................................................................................................... 44 
10.2 Extração líquido - líquido ................................................................................................................................ 44 
10.3 Experimento - Separação de líquidos imiscíveis ............................................................................................. 45 
10.4 Experimento - Extração do iodo – ................................................................................................................... 46 
10.5 Tarefa - Extração de lipídeos ........................................................................................................................... 46 
11 DISSOLUÇÃO FRACIONADA ................................................................................................................................. 47 
12 DENSIDADE .......................................................................................................................................................... 49 
12.1 Determinação de densidade de sólidos .......................................................................................................... 50 
12.2 Experimento – Determinação da densidade de sólidos. ................................................................................ 50 
12.3 Tarefa .............................................................................................................................................................. 51 
12.4 Experimento – Determinação da densidade de líquido ................................................................................. 51 
12.5 Tarefa - Picnômetro ........................................................................................................................................ 53 
12.6 Tarefa .............................................................................................................................................................. 53 
13 PONTO DE FUSÃO ............................................................................................................................................... 54 
13.1 Experimento – Tubo de Thiele ........................................................................................................................ 5413.2 Experimento – Determinação do ponto de fusão com auxílio de instrumento ............................................. 56 
13.3 Tarefa .............................................................................................................................................................. 56 
14 DETERMINAÇÃO DO PONTO DE EBULIÇÃO ........................................................................................................ 57 
14.1 Experimento – Determinação do ponto de ebulição – curva de aquecimento .............................................. 58 
14.2 Tarefa .............................................................................................................................................................. 60 
15 DESTILAÇÃO ........................................................................................................................................................ 61 
15.1 Destilação simples ........................................................................................................................................... 61 
4 
 
15.2 Experimento – Destilação Simples .................................................................................................................. 61 
15.3 Tarefa .............................................................................................................................................................. 62 
15.4 Destilação fracionada ...................................................................................................................................... 63 
15.5 Experimento: Destilação fracionada ............................................................................................................... 63 
15.6 Tarefa .............................................................................................................................................................. 64 
15.7 DESTILAÇÃO POR ARRASTE A VAPOR ............................................................................................................. 65 
15.8 Experimento: EXTRAÇÃO DE ÓLEO ESSENCIAL ............................................................................................... 66 
16 SÍNTESE DO ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO ................................................................................................................ 67 
16.1 EXPERIMENTO - SÍNTESE DO ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO ................................................................................. 67 
17 PURIFICAÇÃO DO ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO ....................................................................................................... 68 
17.1 Experimento: Purificação do AAS ................................................................................................................... 69 
17.2 Tarefa .............................................................................................................................................................. 71 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................................... 72 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
PROCEDIMENTO DO TRABALHO EM LABORATÓRIO 
O trabalho num laboratório químico só é efetivo quando realizado conscienciosamente e com 
compreensão da sua teoria. Além disso, toda atividade experimental requer que o experimentador 
SEJA CUIDADOSO E ESTEJA ATENTO. Mesmo um experimento aparentemente inofensivo 
pode resultar em consequências sérias quando planejado de maneira imprópria. 
O grupo terá um LUGAR NO LABORATÓRIO (BANCADA), QUE DEVERÁ SER 
MANTIDO LIMPO E ARRUMADO. Somente os materiais necessários ao experimento deverão 
permanecer sobre a bancada. 
 
O estudante, antes de iniciar o trabalho de laboratório deve: 
 Conhecer todos os detalhes do experimento que irá realizar; 
 Ter conhecimento sobre as propriedades das substâncias a serem utilizadas; 
 Familiarizar-se com a teoria relativa ao tópico em estudo; 
 Ter um protocolo experimental escrito envolvendo todas as atividades a serem realizadas; 
 Vestir avental e óculos de segurança sempre que trabalhar no laboratório (itens de uso 
pessoal que devem ser providenciados pelo aluno). 
 
NUNCA REALIZE EXPERIMENTOS QUE NÃO SEJAM INDICADOS NO GUIA SEM 
ANTES CONSULTAR O PROFESSOR RESPONSÁVEL. 
 
Para participar das aulas práticas os seguintes itens são indispensáveis: 
 Conhecimento prévio do roteiro; 
 Avental “jaleco” (algodão, manga comprida); 
 Sapato fechado e calça; 
 Cabelos presos; 
 Óculos de Segurança; 
 Caderno de laboratório; 
 Apostila ou roteiro experimental. 
 
 
 
6 
 
2 NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser assumida por professores e 
alunos. Os laboratórios de química não são necessariamente lugares perigosos, embora muito dos 
perigos estejam associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, causados por falta de 
cuidado, ignorância ou desinteresse pelo assunto. 
 Embora não seja possível enumerar todas as causas de possíveis acidentes num laboratório, 
existem alguns cuidados que são básicos e que, se observados, ajudam a evitá-los: 
1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório; 
2. Evite trabalhar sozinho no laboratório, a presença de outras pessoas será sempre uma valiosa 
ajuda em caso de acidentes; 
3. Prepare-se antes de tentar realizar os experimentos. Procure ler e entender os roteiros 
experimentais; consulte a literatura especializada. Tire suas dúvidas com os professores antes de 
começar o experimento. 
4. Utilize sempre que necessário materiais que possam garantir maior segurança no trabalho 
tais como: luvas, pinça, óculos (obrigatório), jaleco (obrigatório) etc. Procure manter seu jaleco 
limpo. 
5. Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e sua bancada de trabalho. Evite 
derramar líquidos, mas se o fizer, limpe o local imediatamente; 
6. Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado, limpe sua bancada de 
trabalho, seu banco, a pia e outras áreas de uso em comum. Verifique se os equipamentos estão 
limpos e desligados e os frascos reagentes fechados; 
7. Lave suas mãos frequentemente durante o trabalho prático, especialmente se algum reagente 
químico for respingado. Ao final do trabalho, antes de deixar o laboratório, lave as mãos; 
8. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para evitar pegar o frasco 
errado. Certifique-se de que o reagente contido no frasco é exatamente o citado no roteiro 
experimental; 
9. Nunca torne a colocar no frasco o reagente não utilizado (sobras). Não coloque objeto algum 
nos frascos de reagentes, exceto o conta-gotas de que alguns são providos; 
10. Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha cuidado ao manusear 
substâncias corrosivas como ácidos e bases: use a CAPELA; 
11. A diluição de ácidos concentrados deve ser feita adicionando-se o ácido, lentamente, com 
agitação constante, sobre a água - com essa metodologia adequada, o calor gerado no processo de 
mistura, é absorvido e dissipado no meio. NUNCA proceda ao contrário (água sobre o ácido). 
12. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis próximos à chama; 
7 
 
13. Não deixe nenhuma substância sendo aquecida por longo tempo sem supervisão; 
14. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos. O material inútil (rejeito) deve 
ser descartado de maneira apropriada; 
15. Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. 
Desloque os vapores que se desprendem do frasco com a mão para a sua direção; 
16. Use a CAPELA para experiências que envolvem o uso ou liberação de gases tóxicos ou 
corrosivos. 
17. Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si mesmo ou para 
alguém próximo. Sempre que possível o aquecimento deve ser feito na CAPELA; 
18. Não deixerecipientes quentes em lugares em que possam ser pegos inadvertidamente. 
Lembre-se de que o vidro quente tem a mesma aparência do vidro frio. Quando precisar deixar 
material quente sobre a bancada, coloque-o sobre a tela de amianto. 
19. Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por sucção com a boca. 
Use sempre a “pera de sucção” para pipetar. 
20. O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver sendo utilizado; 
21. Procure conhecer a localização do chuveiro de emergência e do lava-olhos e saiba como usá-los 
corretamente. 
_____________________________________________________________________ 
PRIMEIROS SOCORROS 
 - Cortes e ferimentos devem ser desinfetados e cobertos; 
 - Queimaduras leves com fogo ou material quente, tratar com ÁGUA FRIA/ GELADA ou 
PICRATO DE BUTESIN ou ÁCIDO PÍCRICO; 
- Queimaduras cutâneas: 
  COM ÁCIDOS - lavar com bastante água e sabão e, em seguida, neutralizar com LEITE DE 
MAGNÉSIA ou BICARBONATO DE SÓDIO. 
  COM BASES - lavar com muita água e, em seguida, com solução diluída de ÁCIDO ACÉTICO 
(0,1N). 
  COM FENOL - lavar abundantemente com ÁLCOOL ETÍLICO. 
 - Queimaduras oculares com substâncias ácidas ou básicas devem ser lavadas com água (usar lava - 
olhos) e tratadas com colírio estéril 
 
 
 
 
8 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
AVENTAL OU ROUPAS DE PROTEÇÃO 
* Avental recomendado para manuseio de substâncias químicas: 
 - Material: algodão grosso: queima mais devagar, reage com ácidos e bases. 
 - Modelo: mangas compridas; comprimento até os joelhos, sem bolsos ou “detalhes soltos” 
 - Deve ser usado sempre fechado 
Os aventais devem ser retirados quando sair do laboratório. 
LUVAS 
 A eficiência das luvas é medida por meio de 3 parâmetros: 
 - Degradação: mudança em alguma das características físicas da luva. 
 - Permeação: velocidade com que um produto químico permeia através da luva. 
 - Tempo de resistência: tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a 
ocorrência do produto químico no seu interior. 
 - Material: Nenhum material protege contra todos os produtos químicos. 
* Luvas de latex descartáveis são permeáveis a praticamente todos os produtos químicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo Uso
Borracha 
butílica
Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais 
solventes
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para 
solventes orgânicos
Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, 
hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para 
solventes halogenados e aromáticos
PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos 
solvente orgânicos
PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. 
Ruim para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes 
orgânicos e ácidos e bases
Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e 
halogenados
Tipo Uso
Borracha 
butílica
Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais 
solventes
Latex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para 
solventes orgânicos
Neopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, 
hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para 
solventes halogenados e aromáticos
PVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos 
solvente orgânicos
PVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. 
Ruim para soluções aquosas
Nitrila Bom para uma grande variedade de solventes 
orgânicos e ácidos e bases
Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e 
halogenados
TipoTipo UsoUso
Borracha 
butílica
Borracha 
butílica
Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais 
solventes
Bom para cetonas e ésteres, ruim para os demais 
solventes
LatexLatex Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para 
solventes orgânicos
Bom para ácidos e bases diluídas, péssimo para 
solventes orgânicos
NeoprenoNeopreno Bom para ácidos e bases, peróxidos, 
hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para 
solventes halogenados e aromáticos
Bom para ácidos e bases, peróxidos, 
hidrocarbonetos, álcoois, fenóis. Ruim para 
solventes halogenados e aromáticos
PVCPVC Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos 
solvente orgânicos
Bom para ácidos e bases, ruim para a maioria dos 
solvente orgânicos
PVAPVA Bom para solventes aromáticos e halogenados. 
Ruim para soluções aquosas
Bom para solventes aromáticos e halogenados. 
Ruim para soluções aquosas
NitrilaNitrila Bom para uma grande variedade de solventes 
orgânicos e ácidos e bases
Bom para uma grande variedade de solventes 
orgânicos e ácidos e bases
Viton Viton Excepcional resistência a solventes aromáticos e 
halogenados
Excepcional resistência a solventes aromáticos e 
halogenados
9 
 
PROTEÇÃO FACIAL/ OCULAR 
 - Indispensável para todos que trabalhem locais onde haja manuseio ou armazenamento de 
substâncias químicas; 
 - Todos os visitantes deste local também deverão utilizar proteção facial/ocular; 
 - O uso é obrigatório em atividades onde houver probabilidade de respingos de produtos químicos. 
 
Tipos: 
 - Óculos de segurança 
 - Protetor facial 
 
Características 
 - Não devem distorcer imagens ou limitar o campo visual; 
 - Devem ser resistentes aos produtos que serão manuseados; 
 - Devem ser confortáveis e de fácil limpeza e conservação. 
_____________________________________________________________________ 
10 
 
3 EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA 
 
A execução das tarefas em um laboratório de Química envolve uma variedade de 
equipamentos específicos. Eles devem ser empregados de modo adequado, para evitar danos 
pessoais e materiais. A escolha de um determinado aparelho ou material de laboratório depende dos 
objetivos e das condições em que o experimento será executado. Entretanto, na maioria dos casos, 
pode ser feita a seguinte associação entre equipamento e finalidade. 
 
MATERIAL DE VIDRO 
 
 
11 
 
 
 
 
12 
 
 
 
13 
 
 
MATERIAL DE PORCELANA 
 
 
 
14 
 
 
 
MATERIAL DE METAL 
 
 
 
15 
 
 
 
MATERIAL DE METAL USADO EM MONTAGENS 
 
 
 
 
 
 
16 
 
MATERIAIS DIVERSOS 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4 LIMPEZA DE MATERIAIS 
 A limpeza correta de todos os materiais a serem utilizados em um trabalho prático é de 
extrema importância na garantia da qualidade dos produtos obtidos e dos resultados das análises 
realizadas. 
 Orientações para limpeza dos materiais: 
 - Lavar todo material antes de seu uso. No caso do mesmo precisar ser reutilizado, repetir a sua 
lavagem; 
 - Sempre que possível é conveniente o uso de escovas apropriadas na limpeza dos materiais; 
 - Na lavagem dos materiais deve ser utilizada uma solução de detergente comum. Depois de 
limpos, devem ser enxaguados de 3 a 4 vezes com água corrente, depois com água destilada, 
também de 3 a 4 vezes e secados em estufa ou à temperatura ambiente, dependendo do material; 
 - Na limpeza de materiais de vidro nos quais o uso de detergentes comuns se mostra ineficiente, são 
utilizadas soluções alcalinas, como os detergentes alcalinos ou a solução de alcoolato de sódio ou 
potássio, ou até sódio metálico, e álcool etílico; 
 - Na utilização de alcoolato, deixa-se de molho a vidraria na solução por alguns minutos 
(aproximadamente 3-15 minutos), devolvendo em seguida a solução para seu frasco original, e 
enxaguando a vidraria com água corrente. Em seguida, lava-se com solução diluída de HCl (0,01M) 
e, finalmente, com água destilada (no mínimo 3 vezes); 
 - A secagem dos materiais de vidro não volumétricos pode ser feita em estufa a 80 ºC . Os materiais 
volumétricos, porém, devem ser secados naturalmente ou, através do uso de acetona e corrente de 
ar. 
Nota: 
 
*A eficiência do enxágue não está na quantidade de água que se utiliza nesta operação e sim, no 
número de vezes que se enxágua. Portanto, é mais eficiente enxaguar, no mínimo 3 vezes com 
pouca quantidade de água em cada enxágue do que fazê-lo uma única vez com bastante água. 
 
_____________________________________________________________________19 
 
5 MEDIDAS DE MASSA - TÉCNICAS DE PESAGEM 
5.1 Transferência de sólidos 
Antes de retirar o sólido de um frasco, devem-se tomar alguns cuidados: 
a) Ler o rótulo do frasco pelo menos duas vezes para se assegurar de que se tem em mãos, 
realmente, o sólido desejado; 
b) Se o sólido que se estiver manuseando for corrosivo, certifique-se que o frasco não esteja 
externamente umedecido; caso esteja, limpe-o com papel-toalha úmido e seque-o. 
c) Ao retirar uma tampa plástica rosqueável de um frasco, nunca a coloque sobre a bancada com o 
lado aberto tocando a bancada, para evitar que a tampa se contamine devido ao contato com a 
bancada; 
d) Sob nenhuma hipótese coloque objetos sujos no interior de um frasco, pois isto contaminaria a 
substância nele contida. Somente retorne uma substância ao seu frasco original se os professores 
orientarem para isso e, mesmo assim, se tiver certeza absoluta de que ela não foi contaminada 
durante o seu manuseio; 
e) Sempre que algum sólido entrar em contato com as mãos, leve-as imediatamente com muita água 
e sabão. 
5.2 Medidas de massa - Balanças 
 Uma das mais comuns e importantes operações de laboratório é a determinação de massa ou 
“pesagem”. O termo pesagem se refere à medida de massa de um corpo que é feita por comparação 
com massas conhecidas, com a utilização de balanças. 
 Há uma grande variedade de balanças de laboratório, desde as mais grosseiras até as de mais 
alta sensibilidade. É comum se encontrar, por exemplo, balanças de escala tripla, para determinação 
de massas até centenas de gramas, com precisão de ± 0,1 g ou ± 0,01 g, e balanças analíticas, para 
carga máxima de 160 g, com precisão de ± 0,0001 g e até com 5 casas decimais. 
 
Balanças de plataforma: Utilizadas para pesagem de 0,1g a centenas de gramas. 
 
20 
 
 
Balanças Elétricas/Eletrônicas: A cada dia, as balanças estão se modernizando, tornando-se mais 
exatas e de manejo mais simplificado. Atualmente, as balanças eletrônicas têm escala digital, 
fornecendo o peso instantaneamente, sem necessidade de manipular botões. 
 
 
Cuidados Gerais com Balanças de Laboratórios 
 O manejo de qualquer balança requer cuidados especiais por ser um instrumento de alto custo 
e de grande sensibilidade. 
a) Não remova os pratos, nem os troque com os de outra balança. Mantenha a balança no seu lugar; 
b) Não coloque na balança nenhuma substância que não esteja à temperatura ambiente; 
c) Mantenha a balança em local onde a vibração, mudanças bruscas de temperatura ou de umidade e 
movimento do ar sejam mínimos; 
d) Conserve a balança sempre limpa, retirando qualquer respingo, partículas ou poeira de seus 
pratos com uma escova especial; 
e) Nunca coloque qualquer objeto diretamente sobre a balança. Líquidos e sólidos, em pó ou 
granulado, devem ser mantidos em algum recipiente seco, previamente pesado (tarado) e à 
temperatura ambiente. Se durante a pesagem, o material for passível de interagir com a atmosfera 
(evaporação, oxidação, absorção de umidade), o frasco deve ser fechado. Para sólidos que não 
requerem proteção da atmosfera e que sejam inertes, a pesagem é feita colocando-se sobre os pratos, 
uma folha de papel adequado; 
f) Toda transferência de substância e/ou de pesos, deve ser feita somente quando os pratos estiverem 
travados; 
g) Execute todas as operações com movimentos suaves e cuidadosos; 
h) Use pinças e espátulas; nunca use os dedos para manusear os objetos e substâncias que estão 
sendo pesadas; 
21 
 
i) Ao terminar seu trabalho, remova todos os pesos e objetos da balança. Mantenha-a coberta ou 
fechada. No caso de balanças elétricas, tenha a certeza de que ela esteja desligada. 
 
Balança Técnica: É uma balança de pouca exatidão, esta balança deve ser utilizada apenas em 
análise qualitativa. Este tipo de balança trabalha com apenas duas casas decimais sendo, a 
primeira casa exata mas, a segunda, é duvidosa. Estas balanças podem ser eletrônicas ou manuais. 
 
Balança Semi-analítica: Essa balança oferece maior precisão que a técnica, pois trabalha com três 
casas decimais. Neste caso, as duas primeiras são precisas, mas a terceira é duvidosa. 
 
Balança Analítica: 
 São as de uso mais restrito, especialmente em análises químicas de determinação da 
quantidade absoluta ou relativa de um ou mais constituintes de uma amostra. Usualmente 
apresentam o prato para colocação de amostras protegido por portinholas de vidro corrediças, pois 
leves ou até imperceptíveis correntes de ar podem levar instabilidade ao valor lido, ou até induzir a 
um grande erro de leitura. Devido à necessidade de extrema precisão das medidas efetuadas, as 
balanças analíticas devem ter salas específicas para sua manipulação, com condições ambientais 
controladas (temperatura, umidade), bem como observadas as condições da rede elétrica de fornecer 
voltagem dentro dos limites de tolerância especificados no manual de cada modelo. 
 Oferece grande exatidão nas medidas de massa. Trabalham com quatro (décimos de 
miligrama) ou mais casas decimais, sendo a última casa, sempre duvidosa. Podem ser mecânicas 
ou eletrônicas. 
 
 
5.3 Técnicas de pesagens 
Existem basicamente três processos de determinação de massa: 
 
1. Pesagem Direta: Usada para determinar a massa de um objeto, por exemplo, um pesa-filtro, um 
cilindro metálico, uma cápsula, papel, etc. 
2. Pesagem por Adição: Usada quando adicionamos pequenas quantidades de amostra num 
recipiente (pesa-filtro, béquer pequeno, cápsula, ou mesmo papel de filtro ou acetinado, etc) de 
massa conhecida, até obtermos a massa desejada de amostra. Por exemplo, queremos fazer a 
secagem de 3,0000 g de sulfato de cobre II. Neste caso, podemos usar uma cápsula previamente 
tarada (de massa conhecida) e acrescentar, com o auxílio de uma espátula, pequenas quantidades do 
sal, até a balança (eletrônica) mostrar no display, 3,0000 g. 
22 
 
3. Pesagem por diferença: Usada para determinar a massa de uma amostra, por diferença entre 
duas pesagens. Para sabermos a massa do sal seco, temos que descontar a massa da cápsula e, se 
quisermos saber a perda de peso (quanto de água evaporou), devemos subtrair da massa do sal 
úmido, a massa do sal seco (perda de água = massa do sal úmido – massa do sal seco). 
 
5.4 Exercícios 
 
Para cada um dos casos a seguir, explique: 
 Que tipo de balança (técnica ou analítica) foi utilizada. 
 Qual foi a técnica de pesagem utilizada (direta, por adição ou por diferença) 
 
1. Um técnico tarou um béquer e adicionou NaCl aos poucos, com uma espátula, até obter o valor de 
1,5002g. 
2. Para determinar a umidade de uma amostra de sulfato de cobre, um técnico pesou ums cápsula de 
porcelana (pesagem 1), a seguir, colocou o sal aos poucos com um espátula, até atingir o valor 
desejado (pesagem 2). Colocou o sistema (cápsula + sal) na estufa por três horas. Após esfriar pesou 
novamente o sistema (pesagem 3). Os valores obtidos em cada pesagem estão tabelados a seguir: 
 
 Massa (g) 
Pesagem 1 35,48 
Pesagem 2 37,98 
Pesagem 3 37,76 
a) Explique qual a técnica de pesagem utilizada em cada etapa (pesagem 1, pesagem 2 e 
pesagem 3) 
b) O técnico escolheu corretamente o tipo de balança para a análise? Explique. 
 
 
3. Na execução de determinado procedimento, Luciano leu a seguinte instrução: 
“ – Pesar cerca de 0,1g de sulfato de magnésio ...” 
Querendo trabalhar corretamente, utilizou uma balança analítica até conseguir a massa de 0,1000g. 
Seu colega utilizou a balança técnica e foi bem mais rápido. Discuta se o uso da balança analítica 
nesse caso faz de um Luciano um técnico melhor que André. 
 
4. O laboratório de química da Etec Raposo possui 4 balanças, sendo 2 analíticas (A1 e A2) e 2 técnicas 
(T1 e T2). Durante uma aula prática, Eufrásio precisava fazer 3 pesagens. Realizou a primeira na A1 
e a segunda na A2. Na terceira, como a fila estava muito grande, utilizou a T2. Questionado explicou 
ao professor que optousempre pela balança com menor fila para ter um melhor desempenho e 
entregar o resultado mais rapidamente. Critique o procedimento do Eufrásio. 
 
 
5.5 Experimento - Medidas de massa e técnicas de pesagens 
 
MATERIAL 
 bastão de vidro 
 erlenmeyer 
 pipeta de Pasteur 
 vidro de relógio 
 Pipeta volumétrica de 25 mL 
 Provetas 
 Balanças 
 Bureta 
 Béquer 
 
 
 
23 
 
PROCEDIMENTO 
Medidas de massa 
 Ao se efetuar as pesagens, é importante especificar o erro correspondente. Expresse a referidamassa 
pela sua média. 
 
a) Preparação para o uso da balança 
 Verifique a capacidade e a precisão da balança; 
 Verifique se o prato está limpo; E se a balança está nivelada. Se precisar, nivele, de acordo com as 
instruções apresentadas. 
 Zere a balança. 
 
b) Medidas de massa 
1. Considere um objeto que se encontra em sua bancada: 
2. Utilizando as balanças analítica e técnica, pese o objeto solicitado. 
3. Complete as Tabelas 1 com os resultados das pesagens. 
 
 
Tabela 1: Resultados das pesagens direta 
 1ª pesagem (g) 2ª pesagem (g) 3ª pesagem (g) Massa média (g) 
Balança técnica 
Balança analítica 
 
 
c) Pesagem de um composto sólido. 
 
1. Tare um vidro de relógio limpo e seco na balança (técnica e analítica) 
2. Pese 1g de um composto sólido. 
3. Anote as massas obtidas na tabela 02 
 
Tabela 2: Resultados das pesagens de um composto sólido 
 Balança técnica – Massa (g) Balança analítica - Massa (g) 
Pesagem 1 
 
 
Pesagem 1 
 
Pesagem 1 
 
Pesagem 1 
 
Pesagem 1 
 
 
 
d) Pesagem de um composto líquido. 
1. Pese na balança (técnica e analítica) 1 erlenmeyer de 125 mL. Anote o resultado; 
2. Adicione a esse erlenmeyer 25 mL de água destilada medida com uma proveta; 
3. Pese nessa balança (técnica e analítica); 
4. Repita o procedimento utilizando uma pipeta volumétrica. 
5. Apresente os resultados na tabela 03 e tabela 04. 
24 
 
Tabela 3: Resultados das pesagens de um composto líquido 
 Pesagem 1 (g) Pesagem 2 (g) Pesagem 3 (g) Média (g) 
Massa (g) – erlenmeyer 
vazio 
 
Massa (g) – erlenmeyer + 
água (proveta) 
 
Massa (g) – erlenmeyer + 
água (pipeta) 
 
 
 
e) Determinação do volume de 1 gota – água destilada 
1. Pese uma proveta de 10 mL vazia. 
2. Adicione 50 gotas de água destilada utilizando uma bureta. 
3. Pese novamente e leia o volume. 
4. Determine a massa e o volume de uma gota 
5. Esse procedimento deverá ser feito em triplicata, ou seja, repita a medida 3 vezes. Verifique a 
temperatura da água. 
 
Tabela 04: Determinação do volume de 1 gota 
 
Massa da proveta vazia 
(g) 
Massa da proveta + 50 
gotas de água (g) 
Volume medido - 50 
gotas de água (g) 
Medida 1 
Medida 2 
 
Medida 2 
 
Média 
 
 
 
 
5.6 Tarefa – Determinar o volume de uma gota de uma amostra desconhecida. 
25 
 
6 MATERIAIS VOLUMÉTRICOS - TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE 
VOLUMES 
 
Medir volumes de líquidos faz parte da rotina de qualquer laboratório químico. As medidas de 
volumes podem ser efetuadas para serem usadas em análises qualitativas (não requer muita 
exatidão) ou em análise quantitativa (requer exatidão). Portanto, é necessário que o Técnico de 
Laboratório saiba diferenciar e usar corretamente os materiais volumétricos, de modo a reduzir ao 
mínimo o erro das análises. 
Os materiais volumétricos mais comuns são: 
 
 
A precisão do material está relacionada com a temperatura na qual o material está sendo utilizado 
(em geral são calibrados à temperatura de 20ºC) e com a limpeza. Existe também uma relação entre 
o diâmetro onde se localiza o traço de aferição (marca onde se faz a leitura) e a precisão do material; 
em geral, quanto maior o diâmetro, menor será a precisão e, quanto menor o diâmetro, maior será a 
precisão. 
Os materiais volumétricos nunca devem ser colocados em estufas, pois o calor dilata o vidro e, 
consequentemente, descalibra o material. 
 
Os frascos volumétricos disponíveis são de dois tipos: 
 Aqueles calibrados para conter certo volume de líquido, o qual, se transferido, não o será 
totalmente. Esses frascos exibem a sigla TC (to contain) gravada no vidro. Logo, esses 
frascos não devem ser usados para transferência, pois irão transferir um volume menor 
sempre. 
 Aqueles calibrados para livrar um determinado volume de líquido. Esses frascos exibem a 
sigla TD (to deliver) gravada no vidro. Logo, esses frascos são indicados para transferência 
de um volume determinado. 
 
26 
 
6.1 Provetas ou cilindros graduados 
São materiais utilizados em medidas aproximadas de volume, pois apresentam erro de 1 % nas 
medidas de volume. Portanto não devem ser utilizadas em análises quantitativas. Em geral, 
apresentam a sigla TD. Existem provetas de várias capacidades, variando de 5,0 mL até alguns 
litros. 
 
6.2 Pipetas 
Podem ser de dois tipos: Graduadas ou volumétricas. 
1. Pipetas Graduadas: Possuem a sigla TD. São providas de uma escala numerada de cima 
para baixo e, geralmente graduada em décimos de mililitro (0,1 mL). A sucção do líquido 
deve ser feita com um pipetador, o mais comum é a pera de segurança, ou com vácuo. Esse 
tipo de pipeta serve para escoar volumes variáveis de líquido, mas sua precisão é menor que 
a da pipeta volumétrica. 
 
2. Pipetas Volumétricas: Possuem a sigla TD. São usadas para transferir um volume único de 
líquido. As pipetas volumétricas comumente encontradas são de: 1,00 mL, 2,00 mL, 5,00 
mL, 10,00 mL, 15,00 mL, 20,00 mL, 25,00 mL, 50,00 mL 100,00 mL e 200,00 mL. 
 
Para usarmos este tipo de pipeta, considerando que ela está limpa, devemos inicialmente enxaguá-la 
duas ou três vezes com pequenas porções da solução a ser utilizada. Cada porção é posta em contato 
com toda a superfície interna da pipeta antes de ser escoada. Esta operação se chama “ambientar”. 
Finalmente, usando pera de segurança ou vácuo, a pipeta é cheia com a solução até 1 a 2 cm acima 
do seu traço de aferição. Nesta operação, a pipeta não deve ser introduzida demais na solução a ser 
pipetada, mas também, não tão pouco que possa haver perigo de sua extremidade ficar, durante a 
sucção, fora da solução. Usando um papel absorvente macio, enxuga-se a parte externa inferior da 
pipeta e, com a pipeta na vertical, deixamos o líquido escoar lentamente para um béquer pequeno, 
até que a parte inferior do menisco coincida com o traço de aferição da pipeta. Este ajustamento 
deve ser feito com a pipeta na posição correta (o traço de aferição deve estar posicionado na mesma 
direção dos olhos do operador) para evitar erros de paralaxe. 
As pipetas podem ser ainda de esgotamento total (dois traços) ou, de esgotamento parcial (um ou 
nenhum traço). Em ambas, após a transferência do líquido, aguardamos aproximadamente 15 – 20 
segundos com a pipeta na posição vertical e, em seguida, no caso da pipeta de esgotamento parcial, 
tocamos a ponta da pipeta contra a superfície interna do frasco e, com isso, a última gota do líquido 
é então transferida. Caso a pipeta seja de esgotamento total, após os 15-20 segundos com a pipeta na 
vertical, o restante do líquido que ficou na ponta da pipeta é transferido para o recipiente, 
assoprando com a própria pera. 
 
Uso da pera de segurança (pera de três vias) 
1. Conectar a pera de segurança à extremidade superior da pipeta. 
2. Retirar o ar da pera (aperte 1 e 2. Solte 1 e 2) 
3. Introduzir a pipeta no líquido a ser pipetado sem deixar a sua ponta tocar o fundo do recipiente. 
4. Pressionar a válvula 3, que fará a sucção até acima do traço de aferição (aproximadamente 1 cm 
acima). Secar a pipeta com papel absorvente. 
5. Acertar o menisco, pressionando a válvula 4. 
6. Levar a pipeta até o recipiente de destino e deixar escoar o líquido pela parede lateral do mesmo, 
pressionando a válvula 4. Esta operação deve ser realizada mantendo-se a pipeta na posição vertical. 
27 
 
7. Após escoamento total do líquido, esperar 15-20segundos e tocar a ponta da pipeta na parede 
lateral do recipiente para escoar a última gota (esgotamento parcial) ou, pressionar 2 e 3 (nesta 
ordem) para esgotar totalmente a pipeta (esgotamento total). 
 
Não segurar o conjunto (pipeta + pera) pela pera e sim, pela pipeta. 
 
 
6.3 Buretas 
São frascos volumétricos TD, usados para escoar volumes variados de líquidos, com relativa 
precisão. São muito usadas em titulações. 
A bureta consiste num cilindro longo, uniformemente calibrado em toda sua extensão de escala 
graduada de cima para baixo e possui, entre a extremidade inferior e o cilindro graduado, um 
dispositivo de controle (torneira) que pode ser de vidro esmerilhado ou teflon. 
Durante a sua utilização ela deve estar na posição vertical, fixada ao suporte universal através de 
uma garra (garra para bureta) e, o seu interior, deve estar completamente cheio de líuido titulante, 
sem nenhuma bolha e com a parte inferior do menisco tangenciando o traço de aferição zero da 
bureta. 
As torneiras de vidro devem ser lubrificadas com vaselina para facilitar seu manuseio. Caso a 
torneira seja de teflon, não é propriamente necessário lubrificá-la, mas uma fina camada de 
lubrificante, facilita seu manuseio e até evita vazamentos. 
As buretas mais comuns são de 10,00 mL, 25,00 mL e 50,00 mL mas existem menores e maiores 
(5,00 mL até 100,00 mL) e microburetas com capacidades de até 0,100 mL. 
As buretas também devem ser ambientadas, 3 ou 4 vezes, com a solução a ser utilizada. 
 
6.4 Balões Volumétricos 
São materiais volumétricos construídos para conter exatamente certo volume de líquido, numa 
determinada temperatura (20ºC); por esse motivo, exibem a sigla TC. São utilizados para se 
preparar soluções. 
Os balões volumétricos possuem a forma de uma pera, fundo chato e gargalo longo, provido de uma 
tampa de vidro esmerilhado ou teflon. Eles podem ser de vidro transparente, de vidro verde, de 
vidro ambar ou ainda, de polietileno. Apresentam um único e fino traço de aferição gravado em 
torno do gargalo, que indica até onde o nível do líquido deve ser elevado para completar o volume 
do frasco. O gargalo deve ser bastante estreito em relação ao corpo do balão, a fim de que um 
28 
 
pequeno erro no ajuste do menisco em relação ao traço de aferição, não ocasione um erro 
considerável no volume total da solução. 
Os balões volumétricos mais utilizados são de: 10,00 mL, 20,00 mL, 25,00 mL, 50,00 mL 100,00 
mL, 200,00 mL, 250,00 mL, 500,00 mL, 750,00 mL, 1000,0 mL e 2000,0 mL. Além de sere 
utilizados na preparação de soluções, são empregados também, para obtenção, com auxílio de pipeta 
volumétrica, de alíquotas de solução da substância analisada. 
 
6.5 Leitura do menisco 
A maioria dos instrumentos volumétricos utiliza o princípio de acerto ou leitura do menisco 
relativamente a uma linha de referência ou escala. 
O menisco consiste na interface entre o ar e o liquido a ser medido. O seu ajuste deve ser 
feito de modo a que o seu ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano superior da linha 
de referência ou traço de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano. 
 
Figura 1 – Ajuste do menisco 
 
Qualquer erro de acerto de menisco irá refletir diretamente na medição do volume. A 
superfície do líquido contido num tubo de pequeno diâmetro, não é plana. Devido à tensão 
superficial ela adquire a forma de um menisco (côncava). 
 
O acerto e a leitura do nível dos líquidos nos materiais volumétricos devem ser feitos da seguinte 
forma: 
1. Os materiais que se apóiam por si mesmos (balões volumétricos e provetas) devem estar 
sobre uma superfície plana e, os que não se apóiam por si mesmos (buretas e pipetas) devem 
estar sustentados na posição vertical (a bureta deve ser fixada ao suporte universal através de 
uma garra e a pipeta, suspensa pela mão do operador). 
2. O operador deve se posicionar corretamente em relação ao traço de aferição para evitar erros 
de paralaxe, ou seja, os olhos do operador e o traço de aferição do material volumétrico 
devem estar na mesma horizontal. 
3. O operador deve fazer com que a parte inferior do menisco tangencie o traço de aferição do 
material volumétrico (se o líquido usado for escuro – não transparente - deverá tangenciar a 
parte de cima do menisco). 
4. Para facilitar a leitura da parte inferior do menisco, é conveniente usar um cartão com um 
retângulo preto gravado. Esse cartão é colocado atrás da bureta, de modo que o retângulo 
preto fique a 1 mm abaixo do menisco. Isso faz enegrecer o menisco, tendo maior realce 
contra o fundo preto do cartão 
 
29 
 
 
 
 
6.6 Algarismos Significativos 
 
Algarismos significativos são todos que possuem um significado físico e fornecem a 
informação real do valor de uma grandeza. 
Ex. a) 4,7 cm - temos dois algarismos significativos 
 b) 4,65 cm - temos três algarismos significativos 
 c) 3,589 cm - temos quatro algarismos significativos 
Toda vez que expressamos um resultado numérico, dizemos que o último algarismo é o 
algarismo duvidoso (também chamado de incerteza), ou seja, é aquele do qual não temos absoluta 
certeza (pode ter sido o resultado de uma aproximação ou de um arredondamento, por exemplo). 
Veja novamente nossos exemplos anteriores. 
 a) 4,7 cm - o algarismo duvidoso é o 7 
 b) 4,65 cm - o algarismo duvidoso é o 5 
 c) 3,589 cm o algarismo duvidoso é o 9 
 
Arredondamentos 
É bem possível que, durante um experimento, você utilize equipamentos que forneçam 
leituras com diferentes números de algarismos significativos. Nesses casos, durante os cálculos, 
pode-se trabalhar com um algarismo a mais, mas o resultado final deve ser apresentado com o 
resultado de menor precisão. Por exemplo: 
2,8253 ÷ 3,52 = 0,8026420454... 
Como o valor de 3,52 tem duas casas decimais e 2,8253 tem quatro casas decimais, vamos 
expressar o resultado com duas casas decimais: 
2,8253 ÷ 3,52 = 0,80 
Para fazer o arredondamento utilizamos a seguintes regras: 
• se o algarismo a ser cortado for maior que 5, soma-se 1 ao algarismo anterior; 
• se o algarismo a ser cortado for menor que 5, o algarismo anterior mantém-se 
inalterado; 
30 
 
• se o algarismo a ser cortado for igual a 5, soma-se 1 ao anterior se ele for ímpar, 
mantendo-o inalterado se for par. 
 
Exemplos: 148,76 = 148,8 
 26,83 = 26,8 
 105,85 = 105,8 
 24,315 = 24,32 
 
6.7 Exercícios 
1. Efetue as seguintes operações matemáticas e expresse o resultado com o número 
correto de casas decimais: 
a) 23,948 x 3,541 = 
b) 142,35968 ÷ 4,24 = 
c) 485,3 + 6,35981 = 
 
2. Apresente a média dos seguintes valores: 
1,10g + 1,001g+ 1,025g + 1,2g + 1,0005g = 
 
6.8 Leitura de escalas 
Toda vez que fazemos a leitura de um valor em uma escala (em uma régua, proveta, pipeta, 
etc.) também temos que expressar o resultado com o número correto de casas decimais. A maneira 
que vamos adotar é que os valores serão lidos até a metade da menor divisão. 
Acompanhe o exemplo dos professores durante a aula prática. 
6.9 Experimento - Preparo de solução 
Objetivos 
Preparar uma solução e uso do balão volumétrico. 
 
Materiais e equipamentos 
Argola 
Balão volumétrico 100 mL 
Béquer 
Funil simples com haste longa 
Pisseta 
 
Reagentes 
Sulfato de cobre II 
Água destilada 
Procedimento 
 
 
31 
 
A) Preparação de 100 mL de uma solução de sulfato de cobre II por dissolução do soluto 
• Transferir 1,000g de Sulfato de Cobre II, para um béquer de 100 mL; 
• Dissolver com totalmente o sólido com água destilada; 
• Agitar o material contido no béquer para que haja dissolução total do sal. 
• Transferir quantitativamente o conteúdo do béquer para um balão de 100 mL. Para isso, 
utilizar um funil de transferência apoiado sobre uma argola fixada a um suporte universal. 
• Lavar com água destiladaa bagueta, o béquer (3 vezes) e, em seguida, o funil. 
• Acrescentar água destilada aos poucos, procurando homogeneizar a solução por meio de 
movimentos circulares com a base do balão. 
• Completar o volume do balão com água destilada até o traço de aferição. 
• Fechar o balão e homogeneizar a solução. Para isso, fixar a tampa entre dois dedos da mão 
esquerda (indicador e médio), inverter o balão (virar de cabeça para baixo) e, segurando o 
fundo do balão com a mão direita, fazer movimentos de vai-e-vem. Voltar o balão à posição 
correta. Repetir 5 vezes esta operação. 
 
B) Preparação de 100 mL de uma solução de sulfato de cobre II por diluição de uma solução 
concentrada 
• Pipetar a solução concentrada de sulfato de cobre II (verifique o volume indicado pelos 
professores); 
• Transferir a solução pipetada para o balão volumétrico recomendado; 
• Acrescentar água destilada aos poucos, procurando homogeneizar a solução por meio de 
movimentos circulares com a base do balão. 
• Completar o volume do balão com água destilada até o traço de aferição. 
• Fechar o balão e homogeneizar a solução. Para isso, fixar a tampa entre dois dedos da mão 
esquerda (indicador e médio), inverter o balão (virar de cabeça para baixo) e, segurando o 
fundo do balão com a mão direita, fazer movimentos de vai-e-vem. Voltar o balão à posição 
correta. Repetir 5 vezes esta operação. 
 
6.10 Tarefa: Leitura de meniscos 
Realize as leituras volumes de água destilada contidos nas vidrarias volumétricas dispostos nas bancadas. 
Bureta 01 
Bureta 02 
Bureta 03 
 
Proveta 01 
Proveta 02 
Proveta 03 
 
6.11 Tarefa: Complete o menisco do balão volumétrico. 
(apresente ao professor) 
 
32 
 
7 AQUECIMENTO 
 Em laboratório, antes de aquecer qualquer substância, é preciso que você conheça sua 
natureza. 
Acidentes graves têm ocorrido provocando cegueira, deformações da pele, etc, simplesmente pela 
inobservância desta regra elementar. 
 
 Água e éter de petróleo, por exemplo, são líquidos com propriedades inteiramente distintas e, 
por isso, devem ser aquecidos diferentemente. No Laboratório Químico, o aquecimento pode ser 
feito através de aquecedores elétricos (chapas, fornos, mantas elétricas, etc), bico de gás, vapor 
d´água ou banhos (de óleo, de água, de areia, etc), lâmpadas incandescentes que emitem raios 
infravermelho ou de outro tipo, etc. 
 
7.1 AQUECIMENTO COM BICO DE GÁS 
 É um dos aparelhos mais usados em laboratórios para fins de aquecimento, permitindo 
alcançarem-se temperaturas da ordem de 1500oC. Seu uso restringe-se apenas ao aquecimento de 
sólidos e líquidos não inflamáveis, a não ser em condições extremas de segurança. É proibido, por 
medidas de segurança, aquecer líquidos inflamáveis sobre bico de gás. 
 O bico de gás é usado somente para aquecimento de porcelana e outros materiais resistentes, 
e para evaporação de soluções aquosas. Quando se vai aquecer um líquido à ebulição, recomenda-se 
colocar algumas esferas de vidro, pedaços de algum material poroso (cerâmica, porcelana, 
carborundum, etc.), a fim de evitar uma ebulição violenta, provocada pelo superaquecimento, 
contudo, faça isto antes de iniciar o aquecimento. 
 
7.2 BANHO MARIA 
 Utilizado para aquecimento de substâncias inflamáveis e de baixo ponto de ebulição (inferior 
a 1000C). Os mais sofisticados banhos-maria são aquecidos eletricamente e permitem a 
estabilização de temperaturas através de termostatos. A forma mais simples de um banho-maria 
(banho de água) consiste num béquer com água, aquecido através de uma chama. Esse processo 
pode ser usado somente para líquidos não inflamáveis. Para líquidos inflamáveis, deve-se usar um 
banho de água eletricamente aquecido, juntamente com um dispositivo para manter o nível de água. 
 
7.3 BANHOS LÍQUIDOS DE ALTA TEMPERATURA 
 São usados para aquecer substâncias de ponto de ebulição superior ao da água. Os líquidos 
mais comumente empregados são a glicerina (ponto de ebulição de 220º C) e os óleos minerais 
(ponto de ebulição variando entre 250 e 300º C). Os banhos de óleo são usados quando o 
aquecimento é feito até cerca de 220oC. A máxima temperatura alcançada para tais banhos irá 
depender do tipo de óleo usado. 
 A parafina medicinal pode ser empregada para temperaturas até 220º C. Para temperaturas 
até cerca de 250º C recomenda-se o óleo de semente de algodão; é claro e não é viscoso. Os fluidos 
de silicone são provavelmente os melhores líquidos para banhos de óleo, pois podem ser aquecidos 
até 250º C sem perda e escurecimento apreciáveis; são, no entanto, atualmente, muito caros para o 
uso geral. Os banhos de óleo devem, sempre que possível, serem realizados em capela; deve-se 
colocar sempre um termômetro no banho para evitar aquecimento excessivo. Os banhos de óleo são 
aquecidos, geralmente, por um bico de gás ou uma resistência elétrica. 
 
33 
 
7.4 MANUSEIO E UTILIZAÇÃO DE BICO DE BUNSEN 
 
1. Uso do bico de Bunsen 
 Há vários tipos de bicos de gás usados em laboratório, tais como: bico de Bunsen, bico de 
Tirril, bico de Mecker, etc. Todos, entretanto, obedecem ao mesmo princípio de funcionamento: o 
gás combustível é introduzido em uma haste vertical, onde há uma abertura para a entrada de ar 
atmosférico, sendo queimado na sua parte superior. Tanto a vazão do gás como a entrada de ar 
podem ser controlados de forma conveniente. Como se vê na Figura 1, com o regulador de ar 
primário parcialmente fechado, distinguimos três zonas de chama. Abrindo-se registro de ar, dá-se 
entrada de suficiente quantidade de O2 (do ar), dando-se na região intermediária combustão mais 
acentuada dos gases, formando, além do CO, uma maior quantidade de CO2 e H2O, tornando assim 
a chama quase invisível. As reações químicas básicas da combustão são: 
 
 O bico de Bunsen é usado para a quase totalidade de aquecimentos efetuados em laboratório, 
desde os de misturas ou soluções de alguns graus acima da temperatura ambiente, até calcinações, 
feitas em cadinhos, que exigem temperaturas de cerca de 6000C. Procedimentos mais avançados de 
laboratório podem requerer mantas com aquecimento elétrico, chapas elétricas, banhos aquecidos 
eletricamente, maçaricos oxiacetilênicos, fornos elétricos e outros. 
 
a) Zona externa: Violeta pálida, quase invisível, onde os gases fracamente expostos ao ar sofrem 
combustão completa, resultando em CO2 e H2O. 
Esta zona é chamada de zona oxidante 
(Temperaturas de 1560-1540ºC). 
b) Zona intermediaria: Luminosa, caracterizada 
por combustão incompleta, por deficiência do 
suprimento de O2. O carbono forma CO, o qual se 
decompõe pelo calor, resultando diminutas partículas de C 
(carbono) que, incandescentes, dão luminosidade à 
chama. Esta zona é chamada de zona redutora 
(Temperaturas abaixo de 1540ºC). 
c) Zona interna: Limitada por uma “casca” azulada 
contendo os gases que ainda não sofreram combustão – 
mistura carburante (Temperaturas em torno de 300ºC). 
 Para se aquecerem bequer, erlenmeyer, balões etc., 
não se deve usar diretamente o bico de Bunsen; estes 
aquecimentos são feitos através da tela de amianto, cuja 
função é deixar passar o calor uniformemente e não 
permitir que passe a chama. 
 
 
Para acender o bico do gás, proceda da seguinte maneira: 
a) Feche completamente a entrada de ar no bico; 
b) Abra lentamente a válvula do gás e aproxime a chama de um fósforo lateralmente, obtendo uma 
chama grande e luminosa, de cor amarela; 
c) Abra vagarosamente a entrada de ar de modo que a chama fique completamente azul; 
34 
 
d) Caso a chama se apague ou haja combustão no interior do tubo, feche a entrada do gás e reinicie 
as operações anteriores. O gás combustível é geralmente o gás de rua ou o G.L.P. (gás liquefeito de 
petróleo). O comburente, via de regra, é o ar atmosférico 
 
2. Aquecimento de tubos de ensaio 
 Os tubos de ensaio com líquidos podem ser aquecidos diretamente na chama do bico de 
Bunsen. A chamadeve ser média e o tubo deve estar seco por fora, para evitar que se quebre ao ser 
aquecido. O tubo deve ficar virado para a parede ou numa direção em que não se encontre ninguém, 
pois é comum, aos operadores sem prática, deixar que repentinamente o líquido quente salte fora do 
tubo, o que pode ocasionar queimaduras. O tubo é seguro próximo de sua boca, pela pinça de 
madeira e agita-se brandamente, para evitar superaquecimento do líquido. 
 
 
 
 
 
7.5 Experimento: Uso do bico de Bunsen 
1. Acender e apagar o bico de Bunsen com segurança. 
2. Evaporação em tubo de ensaio 
3. Uso do tripé e tela de amianto 
 
35 
 
7.6 Teste de Chama 
 O teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado em Química para detectar 
a presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico para cada 
elemento. 
 É baseado no fato de que quando uma certa quantidade de energia é fornecida a um 
determinado elemento químico (no caso da chama, energia em forma de calor), alguns elétrons da 
última camada de valência absorvem esta energia passando para um nível de energia mais elevado, 
produzindo o que chamamos de estado excitado. Quando um desses elétrons excitados retorna ao 
estado fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação. Cada 
elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a quantidade de energia 
necessária para excitar um elétron é única para cada elemento. A radiação liberada por alguns 
elementos possui comprimento de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz 
de enxergá-las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de certos elementos devido 
à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa chama. 
 A temperatura da chama do bico de Bunsen é suficiente para excitar uma quantidade de 
elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado fundamental de cor e 
intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e sensibilidade através da 
observação visual da chama. 
 
Materiais e Reagentes 
- fio de platina ou cromo-níquel 
- Bico de Bunsen) 
 - sais diversos 
 
Procedimento 
1- Limpeza do fio: - molhar a argola na solução de HCl. Aquecer a argola metálica do fio na chama; 
Se apresentar coloração é porque a argola está suja. Se isso ocorrer molhe-a na solução de HCl, e 
leve-a de novo à chama. Havendo necessidade, repetir este procedimento até não haver coloração. 
2- Molhar a argola na solução de HCl; 
3-Colocar a argola em contato com um dos sais, pegando dessa forma um pouco do material a ser 
analisado; 
4. Levar a argola à chama, observar e registrar a cor; 
5. Proceder como em 1, 2, 3 e 4 para as demais substâncias. 
Nome do sal Coloração observada na chama Elemento metálico identificado 
 
 
 
 
 
 
36 
 
8 SOLUBILIDADE 
Solubilidade é outra propriedade específica da matéria. 
Dizemos que solubilidade é a capacidade que uma substância tem de se dissolver ou não em outra. 
Se juntarmos duas ou mais substâncias e ocorrer uma dissolução, a substância que se dissolve é 
classificada como soluto e, a responsável pela dissolução do soluto, é classificada como solvente. 
Caso as substâncias não se solubilizem, temos uma mistura heterogênea. 
A solubilidade das substâncias depende de vários fatores como, por exemplo: 
 Natureza do soluto e do solvente: em geral, solventes polares dissolvem mais solutos 
também polares e solventes apolares, dissolvem solutos apolares. 
 Temperatura: geralmente a solubilidade de sólidos e líquidos é favorecida com o aumento 
da temperatura, mas para os gases é o inverso: quanto menor a temperatura, maior é a 
dissolução do gás. 
 Pressão: apenas os gases sofrem a influência da pressão e, nesse caso, se aumentarmos a 
pressão sobre um sistema que contém gás, maior será sua solubilidade. 
As substâncias podem ser classificadas em: muito solúveis, solúveis, pouco solúveis e insolúveis em 
um determinado solvente. Na verdade, toda substância é solúvel em qualquer solvente. Ocorre que, 
para algumas, a solubilidade é tão pequena que ela é classificada como insolúvel. Por exemplo: A 
solubilidade do cloreto de prata em água, á 18°C é 0,00016g em 100mL de água, ou seja, seriam 
necessários 1000 L de água, à 20°C, para dissolver 1,5 g de cloreto de prata, então, num tubo de 
ensaio em laboratório dissolve-se nada ou quase nada. 
 
Objetivos 
Verificar a solubilidade de algumas substâncias em diferentes solventes. 
 
Materiais e equipamentos 
Bagueta 
Balança semi-analítica 
Béquer 
Bico de Bunsen 
Pipeta 
Tela de amianto 
Termômetro 110°C 
Tripé 
Tubos de ensaio – 10 
Reagentes: 
Água destilada 
Álcool Etílico 
Glicerina 
Açúcar 
Cloreto de Sódio 
Carbonato de sódio 
Naftaleno 
Ácido Acetilsalicílico 
Iodo 
Hidróxido de Sódio 
 
Procedimento 
A) Verificação da solubilidade de algumas substâncias em água à temperatura ambiente 
1. Numerar 10 tubos de ensaio e colocar numa estante para tubos. 
2. Acrescentar em cada tubo, 5 mL de água destilada. 
3. Aos tubos contendo água, acrescentar na seguinte ordem: 
Tubo 01 - 2 mL de álcool etílico 
Tubo 02 - 2 mL de glicerina 
Tubo 03 - 2 mL de óleo mineral 
Tubo 04 - 0,20 g de açúcar 
Tubo 05 - 0,20 g de cloreto de sódio 
Tubo 06 - 0,20 g de naftaleno 
Tubo 07 - 0,20 g de AAS 
Tubo 08 - 0,20 g de carbonato de sódio 
Tubo 09 - 1 cristal de iodo 
Tubo 10 - 1 lentilha de NaOH 
 
4. Agitar cada um dos tubos ou usar bagueta para auxiliar a agitação (não esquecer de 
lavar a bagueta ao passá-la de uma solução para outra). 
5. Observar e anotar, na tabela, se houve dissolução ou não. 
6. Não descartar ainda as misturas contidas nos tubos de ensaio. 
 
37 
 
B) Verificação da solubilidade de algumas substâncias em água à temperatura de 90 ºC 
1. Colocar 250 mL de água em um Béquer de 400 mL, aquecer sobre tela de amianto até 
90°C (± 3 ºC) em bico de Bunsen. 
2. Colocar cada um dos tubos que apresentou material insolúvel e mergulhá-lo na água 
quente por 5 minutos, agitando com a bagueta. 
3. Observar a mistura contida em cada tubo e anotar, na tabela, se houve ou não dissolução 
a quente. 
4. Descartar as misturas contidas nos tubos de acordo com a orientação do Professor , em 
locais próprios e lavar os tubos sem retirar a numeração. Caso a numeração dos tubos 
tenha saído com a lavagem, refazê-la. 
 
C) Verificação da solubilidade de algumas substâncias em etanol à temperatura ambiente 
Obs.: A utilização agora será de 9 tubos porque água e etanol já foi testado no item A. 
1. Acrescentar em cada tubo, 5 mL de álcool etílico. 
4. Aos tubos contendo etanol, acrescentar na seguinte ordem: 
Tubo 01 - 2 mL de álcool etílico 
Tubo 02 - 2 mL de glicerina 
Tubo 03 - 2 mL de óleo mineral 
Tubo 04 - 0,20 g de açúcar 
Tubo 05 - 0,20 g de cloreto de sódio 
Tubo 06 - 0,20 g de naftaleno 
Tubo 07 - 0,20 g de AAS 
Tubo 08 - 0,20 g de carbonato de sódio 
Tubo 09 - 1 cristal de iodo 
Tubo 10 - 1 lentilha de NaOH 
 
2. Agitar cada um dos tubos ou usar bagueta (é necessário lavar e secar a bagueta ao passá-
la de uma solução para outra). Observar e anotar, na tabela, se houve dissolução ou não. 
3. Descartar as misturas contidas nos tubos de acordo com a orientação do Professor, em 
locais próprios e lavar os tubos. 
 
D) Verificação da solubilidade de algumas substâncias em etanol à temperatura de 90 ºC 
1. Aquecer um banho – Maria a 90°C. 
2. Colocar cada um dos tubos que apresentou material insolúvel e mergulhá-lo na água 
quente por 5 minutos, agitando com a bagueta. 
3. Observar a mistura contida em cada tubo e anotar, na tabela, se houve ou não dissolução 
a quente. 
4. Descartar as misturas contidas nos tubos de acordo com a orientação do Professor , em 
locais próprios. 
Substância A B C D 
Água (temp. 
ambiente) 
Água (60ºC) Etanol (temp. 
ambiente) 
Etanol (60ºC) 
Tubo 01 Álcool etílico x x 
Tubo 02Glicerina 
Tubo 03 Óleo mineral 
Tubo 04 Açúcar 
Tubo 05 Cloreto de sódio 
Tubo 06 Naftaleno 
Tubo 07 AAA 
Tubo 08 Carbonato de sódio 
Tubo 09 Cristal de iodo 
Tubo 10 Hidróxido de sódio 
 
38 
 
9 FILTRAÇÃO 
 
A filtração é um processo de separação de misturas heterogêneas (sólido - líquido ou sólido – 
gás) que consiste em fazer a mistura atravessar um material poroso capaz de reter a fase sólida 
e deixar atravessar a fase fluida. 
O processo de filtração é largamente utilizado nas indústrias e nos laboratórios de análises. 
Na indústria é comum o uso de filtros junto às chaminés para diminuir a quantidade de 
partículas sólidas lançadas na atmosfera (separação de misturas heterogêneas sólido-gás). Este 
tipo de purificação também é bastante utilizado em centros cirúrgicos de hospitais, ou em 
qualquer outra sala que necessite de assepsia em alto grau, como a fabricação de alimentos 
parenterais. 
Utiliza-se também filtros industriais para remoção de sólidos como lama, precipitados, 
suspensões e outras misturas do tipo sólido-líquido. 
Em laboratórios químicos, a filtração mais utilizada é a que se aplica às misturas heterogêneas 
sólido-líquido. Neste caso o material filtrante pode ser de vários tipos: membranas filtrantes, 
papel, algodão vegetal, lã de vidro, carvão ativo e outros. O que define o melhor filtro a ser 
utilizado é o material que será filtrado. Os papéis de filtro possuem várias especificidades, pois 
são fabricados em vários graus de espessura e porosidade e a sua escolha será em função do 
material sólido a ser retido. A escolha do papel de filtro é feita inicialmente, em função da 
análise, qualitativa ou quantitativa, já que existem estes dois tipos de classificação do papel. 
Os papéis de filtro quantitativos fornecem uma quantidade de cinza muito pequena e sua 
capacidade de retenção é dada de acordo com a faixa. Assim: 
 Faixa Preta – utilizado para reter precipitados grandes e gelatinosos. Ex: sulfetos e 
hidróxidos. 
 Faixa Branca – utilizado para reter precipitados médios. Ex: oxalato de magnésio. 
 Faixa Vermelha - utilizado para reter precipitados finos. Ex: sulfeto de zinco. 
 Faixa Azul - utilizado para reter precipitados muito finos. Ex: fosfato de magnésio. 
 Faixa Verde - utilizado para reter precipitados de sulfato de bário. 
Existem ainda outros materiais utilizados nas filtrações, principalmente se for necessário secar 
e pesar os precipitados nas análises quantitativas, tais como: 
Cadinho de Gooch: É um cadinho de porcelana ou de platina, o qual possui o fundo perfurado, 
onde se acomoda uma camada filtrante de fibras como amianto ou óxido de alumínio. Esta 
camada, após lavagem e secagem em estufa por várias vezes, até peso constante, estará pronta 
para uso. A filtração realizada com este tipo de cadinho é feita a vácuo. 
Cadinho filtrante de vidro sinterizado: É um cadinho de vidro que possui no seu interior uma 
placa fixa de vidro sinterizado podendo variar de porosidade, utilizado desde que o material 
retido seja secado a no máximo 200°C. Neste caso também a filtração é feita a vácuo. 
Para que uma filtração se processe de forma eficiente, é necessário que: 
a) O corpo sólido não passe através do papel de filtro ou penetre em seus poros. Uma 
forma de impedir essa penetração é adicionar à mistura a ser filtrada, produtos 
absorventes, tais como terra de diatomáceas, que favorecem a filtração, pois retêm o 
sólido a ser filtrado. 
b) O líquido não reaja com o material filtrante (papel ou algodão vegetal), nem o dissolva, 
mesmo que parcialmente, como no caso de líquidos corrosivos ou dissolventes de 
celulose. 
 
 
39 
 
O emprego do papel de filtro deve ser dispensado quando se tratar de filtração de substâncias 
corrosivas, como ácido sulfúrico, por exemplo, ou dissolventes de celulose, usando-se nestes 
casos, lã de vidro (para líquidos corrosivos) e algodão vegetal (para dissolventes de celulose), 
para evitar perda do material por dispersão através do papel. 
Quando existe grande quantidade de material a ser filtrado, ou mesmo quando a filtração é 
muito lenta, o mais indicado é fazer uma filtração sob pressão reduzida (vácuo), pois diminui o 
tempo de filtração. 
Uso do papel de filtro 
 Dobra ou dobradura simples: 
1. Dobrar o papel de filtro em duas partes iguais (b); 
2. Dobrar novamente em duas partes, deixando uma das pontas do papel recuada 
aproximadamente 5 mm (c). 
3. Cortar a ponta recuada do papel para permitir que o papel fique aderido à parede do 
funil, impedindo a entrada de ar (d). 
4. Encaixar o papel no funil e molhar imediatamente para aderi-lo ao funil. 
 
 Dobradura múltipla ou pregueada: 
1. Dobrar inicialmente o papel ao meio ficando em forma de meia lua; dobrar novamente 
ao meio, ficando um quarto de lua. 
2. Dobrar cada quarto e redobrá-los em forma de leque, até obter um total de oito, 
dezesseis ou trinta e duas dobras. 
 
40 
 
 
 
 Este tipo de dobra feita no papel é usada para filtrações a quente, onde a solução em 
ebulição ou aquecida deve ser filtrada rapidamente, ou para aumentar a capacidade do filtro. 
Isto é geralmente feito através de um papel colocado num funil relativamente grande com uma 
haste de diâmetro não muito pequeno. Com isso reduz-se ao mínimo a separação de cristais e a 
obstrução da haste no caso de filtração de solução saturada a quente. 
 Para realizar uma filtração há maneiras corretas de transferir a mistura para o funil: 
 
 
Filtração a vácuo, por sucção ou à pressão reduzida 
 Esta técnica é utilizada quando se deseja diminuir o tempo de filtração quando se tem 
grande quantidade de material a ser filtrado. O uso da sucção torna possível a filtração mais 
rápida e também resulta numa remoção mais completa da “água-mãe”. 
 Emprega-se o funil de Buchner (em geral para análises qualitativas) de tamanho 
conveniente, que deverá ser adaptado através de um anel de vedação (ou alonga de borracha) a 
um frasco de kitassato, o qual, por sua vez, deve ser ligado por intermédio de um tubo de 
borracha, a uma bomba de vácuo ou trompa d´água. O papel de filtro que, pode ser um ou dois 
ou mais, deve ser cortado de modo a obter um diâmetro pouco menor que o do funil (o papel 
nunca deve ser dobrado contra a parede lateral do funil). Deve-se ter o cuidado de molhar o 
papel com o próprio solvente da mistura a ser filtrada, de modo a garantir uma perfeita 
aderência ao fundo do funil quando se fizer a sucção. Desta forma evita-se que o sólido passe 
por baixo do papel, caindo no Kitassato. 
 
41 
 
 Filtra-se a mistura passando-se imediatamente os sólidos e água mãe para o funil com 
leve sucção. Isto torna a filtração mais eficiente, pois impede que as partículas menores 
ocupem os poros do papel diminuindo a velocidade da filtração. Deve se evitar a formação de 
“buracos” na superfície do sólido depositado no papel, procurando obter uma superfície o mais 
regular possível, o que facilitará a secagem do sólido. Para a completa transferência dos 
cristais que restarem no frasco para o funil, deve- se retornar a própria “água mãe” (filtrado) 
para esse frasco, agitar bem para remover quaisquer sólidos aderidos ao frasco e filtrar 
novamente. Esta operação deve ser repetida até a total transferência dos sólidos. Caso parte do 
sólido caia no kitassato, retornar a mistura para um béquer e filtrar novamente pois, a camada 
que ficou retida na filtração inicial, atua também como material filtrante nas filtrações 
subsequentes. Esta operação deverá ser repetida várias vezes caso seja necessário. 
 Na operação de lavagem do material retido (os sólidos), utiliza-se pequenas porções do 
líquido de lavagem, evitando o uso de grandes quantidades, a fim de diminuir perdas por 
dissolução. 
Cuidado: não ultrapassar a capacidade do Kitassato, fazendo com que passe solvente para o 
sistema de sucção. 
 Terminada afiltração e a lavagem do material sólido, o frasco de Kitassato deve ser 
desconectado da bomba de sucção antes que este seja desligado. Em alguns casos, se este 
cuidado não for tomado, poderá haver refluxo do líquido, o que provocará a contaminação do 
filtrado, impedindo seu uso em etapas seguintes. 
 
9.1 Experimento – Filtração simples e filtração a pressão reduzida 
 
Objetivos 
Realizar a filtração simples de misturas heterogêneas sólido - líquido, utilizando filtros de 
papel com dobradura simples, pregueada e, filtração a vácuo, verificando as suas 
características. 
 
Materiais e equipamentos 
Argola com mufa 
Alonga de borracha 
Bagueta 
Béquer 
Funil simples 
Funil de Buchner 
Garra com mufa 
Mangueira de borracha 
Papel de filtro qualitativo 
Pêra de segurança 
Pipeta graduada 10 mL 
Pisseta 
Kitassato 
Suporte Universal 
Balão volumétrico 
 
Reagentes 
Sulfato de Cobre II 
hidróxido de Sódio 
Água destilada 
 
 
Procedimento 
1. Preparar 50 mL de uma solução de sulfato de cobre II numa concentração de 5% 
2. Preparar 50 mL de uma solução de hidróxido de sódio numa concentração de 5% 
 
42 
 
A) Filtração simples com papel de dobradura simples 
1. Adicionar 10 mL de sol. de sulfato de cobre II em Béquer de 100 mL; 
2. Adicionar 10 mL de sol. de hidróxido de sódio; 
3. Montar a aparelhagem para a filtração simples usando papel de filtro com dobradura simples e 
um béquer de 250 mL que servirá de frasco coletor para receber o filtrado; 
4. Agitar a solução e filtrar a mistura com auxilio de uma bagueta. Não permitir que o volume de 
líquido a ser filtrado chegue até a borda do papel de filtro; 
5. Usando a parte de látex ou silicone em uma das extremidades da bagueta e água destilada, 
remover, ao máximo, o precipitado que ficar aderido às paredes do Béquer; 
6. Lavar o precipitado 3 vezes com água destilada, mas só adicionar água ao precipitado contido no 
papel, quando toda a fase líquida já tiver sido escoada. 
 
B) Filtração com papel pregueado ou dobradura múltipla 
1. Repetir os itens do procedimento utilizando o papel com dobradura simples, substituindo-o pelo 
papel com dobradura pregueada. 
 
C) Filtração a pressão reduzida (a vácuo). 
1. Encaixar uma mangueira ao Kitassato e fixá-lo ao suporte universal através de uma garra com 
mufa; 
2. Conectar a mangueira à bomba de vácuo; 
3. Encaixar o funil de Büchner ao Kitassato, através de uma alonga de borracha ou de uma rolha; 
4. Colocar o papel de filtro no funil de Büchner; 
5. Molhar o papel de filtro com água destilada e ligar a bomba para fixar o papel de filtro no fundo 
do Funil, sem deixar que seque, para manter a aderência; 
6. Adicionar 10 mL de sol. de sulfato de cobre II em Béquer de 100 mL e adicionar 10 mL de sol. 
de hidróxido de sódio; 
7. Misture, agite e coloque mistura sobre o papel de filtro (ainda molhado) 
8. Caso tenha passado algum resíduo para o filtrado, filtrá-lo novamente utilizando o mesmo papel 
de filtro já com resíduo, pois esses resíduos da primeira filtração formam um filme sobre o papel de 
filtro, que ajudará a reter os resíduos. Esta operação deverá ser repetida tantas vezes quantas forem 
necessárias; 
9. Remover os sólidos que ficarem aderidos às paredes do béquer que continha a mistura, usando 
água destilada e uma bagueta com látex ou silicone em uma das extremidades; 
10. Lavar o resíduo retido no papel de filtro três vezes, utilizando pequenas quantidades de água, 
mas só adicionar água ao resíduo contido no papel quando toda a fase líquida já tiver sido escoada; 
Cuidado com os buracos que podem se formar ao adicionar água de lavagem. Caso isso ocorra, 
acerte a superfície do sólido retido utilizando a bagueta. 
11. Ao término da filtração, desconecte primeiro a mangueira do vácuo e, após, desligue o vácuo. 
 
 
43 
 
 
 
Perguntas de Verificação 
1. Que tipo de mistura, pode ser separada por filtração? 
2. Qual a finalidade da filtração a pressão reduzida? 
3. Fazer o esquema da aparelhagem usada nas filtrações, identificando os materiais utilizados. 
4. Como denominamos o líquido que atravessa o filtro? E o material sólido retido no papel? 
5. Quando é indicado uso de papel de filtro pregueado? 
6. Compare os resíduos na filtração com papel de filtro com dobradura simples e com o papel de 
filtro utilizado na filtração a vácuo, com relação à umidade. 
 
44 
 
10 FUNIL DE SEPARAÇÃO 
10.1 Separação de líquidos imiscíveis 
O funil de bromo, ou funil de separação ou, ainda, 
funil de decantação, é uma vidraria de laboratório 
que pode ser utilizada para a separação de misturas 
heterogêneas líquido-líquido ou extrações entre 
líquidos. Esse funil é um recipiente de vidro que 
apresenta uma válvula que controla a saída de 
material. 
Em uma mistura de água com óleo, pode-se 
observar que eles não se dissolvem e ainda que um 
líquido fica posicionado sobre o outro (nesse caso, o 
óleo sobre a água). Isso acontece porque entre esses 
dois líquidos não existe solubilidade alguma e eles 
possuem densidades diferentes, sendo a água mais 
densa do que o óleo. 
A separação dos componentes de uma mistura 
heterogênea no funil de separação é muito simples. 
Adiciona-se a mistura ao funil e aguarda a 
decantação (descanso da mistura). Durante a 
decantação, o material mais denso posiciona-se no fundo e o menos denso, em cima. 
Após o período de decantação, basta abrir a válvula presente na região inferior do funil de 
para que o líquido mais denso seja recolhido em outro recipiente. Quando o líquido menos 
denso chegar até a região da válvula, basta fechá-la. 
10.2 Extração líquido - líquido 
Na extração líquido - líquido utiliza-se o funil de separação, onde ambos os solventes 
são adicionados. Com a agitação do funil de separação, o soluto passa a fase na qual está o 
solvente com maior afinidade. A separação é feita, então, sendo que a fase mais densa é 
recolhida antes. 
 Ao iniciar uma extração, o primeiro passo é verificar a ausência de vazamentos na tampa e 
torneira do funil, o segundo é fechar a torneira do funil. Tanto a solução a ser extraída, 
quanto o solvente de extração são derramados no funil. 
 O funil de separação é tampado e agitado delicadamente sendo seguro pelo gargalo superior. 
É essencial segurar a tampa no lugar firmemente, pois os dois solventes imiscíveis fazem 
pressão quando misturados (devido à pressão de vapor), e essa pressão pode forçar a tampa 
para fora do funil de separação. O funil de separação é segurado com as duas mãos. 
 Agitação do funil cuidadosamente, segundo firmemente a tampa. Para liberar a pressão, o 
funil é ventilado segurando-o de cabeça para baixo (segurando a tampa firmemente) e 
abrindo vagarosamente a torneira. Geralmente o ruído dos vapores saindo pela abertura pode 
ser ouvido. 
 Remoção da pressão interna, segurando a tampa com cuidado e abrindo a torneira 
lentamente. 
 Deve-se continuar a agitar e ventilar frequentemente até que o ruído não seja mais ouvido. O 
funil é então colocado no anel metálico e a tampa (rolha) é removida imediatamente. 
 
45 
 
 Os dois solventes imiscíveis se separam em duas camadas depois de um curto espaço de 
tempo. As duas fases podem ser separadas uma da outra drenando-se a maior parte da 
camada inferior através da torneira. Alguns minutos são necessários para que qualquer 
resíduo da fase inferior preso nas superfícies internas do vidro do funil de separação possa 
ser drenado. 
 A torneira é então aberta e o restante da camada inferior é liberado para drenagem até que a 
interface entre as fases superior e inferior já comece a entrar na torneira, nesse momento, a 
torneira é fechada. 
 
Por exemplo, quando o diclorometano é usado como o solvente de extração com uma fase aquosa, 
ele se acomodará no fundo e será removido através da "torneira". A camada aquosa permanece no 
funil. Pode ser necessária uma segunda extração da camada aquosa remanescente

Outros materiais