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Restaurações em Resina Composta - Dentes Anteriores

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Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
USOS 
• Cavidades Classe III; 
• Cavidades Classe IV; 
• Cavidades Classe V: 
- Lesões cervicais não cariosas 
(LCNC); 
- Cárie dental. 
• Dentes fraturados; 
• Defeitos do esmalte; 
• Fechamento de diastemas; 
• Reanatomização dos dentes: 
- Forma; 
- Posição. 
PLANEJAMENTO 
Princípios estéticos 
Anatomia Dental: 
1. Forma predominante dos 
incisivos centrais: 
• Quadrada; 
• Triangular; 
• Ovoide; 
 
Obs: Poucas pessoas apresentam 
essas formas dentais puras. 
Normalmente, ocorre combinação 
dessas formas dentais. 
 
• O formato dental não é 
relacionado ao gênero → porém, 
o subconsciente pode criar um 
falso estereótipo → tomar 
cuidado ao planejar as 
reabilitações. 
2. Proporções dentais: os dentes 
anteriores são, no geral, mais 
compridos do que largos 
(comprimento CI > MD). 
• Incisivo central (IC): Proporção 
10/8 → Relevante para o 
planejamento de fechamento de 
diastemas. 
• Largura (L) dos dentes 
adjacentes: 
- Incisivo lateral: 78%(L) do IC e 
87%(L) do Canino; 
- Canino: 90%(L) do IC; 
3. Altura cérvico-incisal (CI) dos 
dentes anteriores 
• Incisivos centrais e caninos 
apresentam altura CI 
semelhantes; 
• Incisivos laterais apresentam 
altura CI menor que caninos e IC. 
4. Textura 
• Dentes jovens: apresentam maior 
rugosidade → periquimácias 
(pouco desgaste); 
• Dentes adultos: já apresentam 
pequeno desgaste de superfície; 
• Dente idoso: dente polido (muito 
desgaste da superfície vestibular); 
Princípios ópticos 
1. Cor: luz incidente sobre o dente, 
no qual parte é absorvida, e a 
outra parte refletida em vários 
ângulos. 
• Dependem dos comprimentos de 
onda da luz incidente. 
 
Legenda: Fontes de Luz - 1) Luz incandescente; 
2) Luz natural (preferível) e 3) Luz fluorescente. 
2. Brilho: influenciado pela textura 
da superfície → superfícies mais 
rugosas têm reflexão difusa da luz. 
3. Translucidez: quantidade relativa 
de luz transmitida através de um 
material. Estado entre 
transparência e opacidade. 
RESTAURAÇÕES EM RESINA COMPOSTA DIRETA EM DENTES 
ANTERIORES 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
 
Legenda: 1) Transparência, 2) Translucidez 
e 3) Opacidade. 
• Esmalte é mais translúcido que a 
dentina → menor espessura: 
- Maior inflência da dentina; 
• Influenciada pela espessura de 
esmalte (E) e dentina (D): 
- Espessura (E) é maior no terço 
incisal que no terço cervical → 
sofre menos influência da cor da 
dentina; 
4. Opalescência: 
5. Fluorescência: 
Obs: Todas essas propriedades 
ópticas infulenciam na percepção visual. 
 Princípios funcionais 
1. Oclusão mutuamente protegida: 
• No fechamento, os dentes 
posteriores protegem os dentes 
anteriores → Os posteriores se 
tocam, e os anteriores entram em 
desoclusão ou toque mais 
suavizado; 
 
• Na lateralidade e/ou protrusão: 
os anteriores evitam o toque dos 
posteriores. 
 
2. Contatos bilaterais simultâneos 
3. Relação oclusal do tipo cúspide-
fossa 
4. Guia anterior bem definida: 
• Na protrusão, deve ocorrer 
desoclusão dos dentes 
posteriores; 
• As bordas dos incisivos inferiores 
deslizam sobre as faces palatinas 
dos superiores; 
• A inclinação da guia anterior se 
dá por meio da inclinação da 
fossa articular; 
• A guia anterior pode ser 
distribuída entre todos os 
incisivos (e até o canino) → 
quanto mais dentes envolvidos, 
melhor distribuição das forças; 
5. Guia canino: 
• Melhor perceptível nos 
movimentos de lateralidade; 
• Se dá pela desoclusão dos dentes 
anteriores e posteriores às custas 
dos caninos: dente robusto com o 
maior volume de raiz → suporta 
as cargas laterais; 
• Atenção às reabilitações com 
aumento de coroa de incisivos → 
a lateralidade pode acabar 
ocorrendo nas restaurações, 
ocasionando quebras/fraturas 
(no caso dos laminados 
cerâmicos). 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
EXECUÇÃO 
Resina Composta 
Composição 
- Partículas de carga (parte inorgânica); 
- Matriz resinosa (parte orgânica); 
- Silano: união das partículas de carga com 
a matriz resinosa; 
- Fotoiniciadores (iniciam a polimerização 
da resina). 
Tipos de partículas de carga 
• Macroparticulada: não é mais 
utilizada: partículas de carga 
maiores, as quais podiam se soltar 
da matriz. 
• Microparticulada: pouco usadas 
→ mais matriz resinosa do que 
carga, ou seja, a resina 
apresentava baixa resistência. 
• Híbridas: mistura de partículas 
maiores e menores. Novas resinas 
desenvolvidas a partir dessas 
partículas: 
- Microhíbridas, Nanohíbridas e 
Nanoparticuladas: resinas com 
grande resistência, têm bastante 
carga incorporada à matriz, e o 
que as diferencia é o tamanho das 
partículas de carga. Oferecem boa 
lisura e bom polimento. 
Seleção do material 
- De acordo com seu grau de translucidez: 
1. Resinas de dentina (D): mais 
opacas; 
2. Resinas de esmalte (E): mais 
translúcidas; 
3. Resinas de corpo (B): possuem 
translucidez intermediária às 
resinas de dentina e esmalte. 
Pode-se usar como resina 
universal (principalmente na 
restauração de molares). 
4. Resinas de efeito: resinas muito 
translúcidas, utilizadas para fazer 
halo incisal. 
 
Seleção da cor da resina 
1. Matiz: nome/família da cor, ou 
seja, o comprimento de onda 
refletido pelo objeto (ex: 
vermelho, verde e azul); 
2. Saturação ou Croma: grau de 
intensidade de pigmentos do 
matiz; 
3. Luminosidade ou Valor: 
quantidade de branco ou preto 
contido numa cor. É influenciada 
pela quantidade de cor refletida. 
 
Escala Vita Clássica 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
1. Letras (de A a D): correspondem 
ao matiz; 
2. Números (de 1 a 4): correspondem 
à saturação; 
Obs: Não tem organização por 
luminosidade. 
• Para a escolha do matiz, o dente 
deve estar hidratado, utilizar luz 
natural e escolher o matiz pelos 
locais de maior saturação 
(Cervical). 
 
• A partir do matiz, faz-se a escolha 
da saturação. 
 
Preparo cavitário 
- Em lesões cariosas, o preparo se restringe 
apenas à remoção do tecido cariado; 
- Em lesões cervicais não cariosas e 
fraturas, não é necessário realizar preparo; 
- Em restaurações deficientes, faz-se 
remoção da antiga restauração; 
Acessos: 
- Vestibular; 
- Lingual; 
- Estritamente proximal. 
Obs: no caso de lesões em dentes 
adjacentes, se faz a abertura pela maior 
cavidade e a partir dela faz-se a abertura 
da cavidade menor. 
 
• Proteger os dentes adjacentes à 
abertura com matriz → evitar 
iatrogenias. 
• Para abrir a cavidade ou remover 
restaurações antigas: ponta 
diamantada em alta rotação 
compatível ao tamanho da 
cavidade, em alta rotação; 
• Para remoção do tecido cariado: 
broca esférica de maior diâmetro 
que coube na cavidade, em baixa 
rotação. 
Bisel: sim ou não? 
- Desgaste do ângulo cavossuperficial, 
tirando o ângulo reto (sem interface 
abrupta). 
Vantagens: 
• Melhor resultado estético → 
interface da restauração 
terminando em 0º; 
• Linha de término bem definida; 
• Aumento da energia livre de 
superfície, remoção do esmalte 
aprismático e exposição 
transversal dos prismas → 
melhora a adesão e resistência da 
restauração ao dente; 
• Recomendado para fraturas de 
grande extensão (Classe IV). 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Desvantagens: 
• Desgaste de tecido dentário 
sadio; 
• Procedimento irreversível. 
- Utilizado em: Classes III e Classe IV 
(Vestibular apenas). 
Isolamento 
• Isolamento absoluto: isolamento 
de umidade proveniente do sulco 
interdental e glândulas salivares, 
e da movimentação da língua 
durante o procedimento. 
- Quando possível, utilizar.- Para anteriores, é recomendado 
isolar de canino a canino: 
aumento da área de trabalho. 
 
 
• Isolamento relativo: é muito 
utilizado em lesões cervicais 
(cariosas ou não) próximas à 
margem gengival vestibular. 
- Grampo retrator de gengiva: 
causa muito desconforto; 
- Pode-se utilizar fio retrator 
gengival (retrai a gengiva e isola o 
campo operatório dos fluidos 
gengivais) associado a roletes de 
algodão e sugador. 
- Orientar o paciente a não fechar 
a boca ou colocar a língua no 
campo de trabalho. 
Adesivos 
1. Condicionamento ácido total 
- 3 passos: ácido fosfórico + primer + 
adesivo; 
 
- 2 passos: ácido fosfórico + primer e 
adesivo (frasco único). 
 
 
2. Adesivos Autocondicionantes: 
não utiliza ácido fosfórico e não 
remove smear layer. 
 
3. Adesivos Universais: muito 
versáteis: 
- Condicionamento ácido total: 
funciona como adesivo de 
condicionamento ácido total de 2 
passos. 
 
- Condicionamento seletivo do 
esmalte: ácido fosfórico apenas no 
esmalte. O primer acídico do adesivo 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
condicionará a dentina e funcionará 
como adesivo em ambos. 
 
- Modo autocondicionante: o adesivo 
condicionará esmalte e dentina, e 
atuará também como adesivo. 
 
Sistemas Adesivos (Esmalte X 
Dentina) 
• Esmalte: o condicionamento com 
ácido fosfórico é mais efetivo 
(muito mineralizado); 
• Dentina: o sistema 
autocondicionante é menos 
sensível (como não é necessário 
lavar a cavidade após o 
condicionamento, evita o risco de 
ressecamento da dentina). 
Inserção da resina 
- Utilização de matriz de poliéster e cunha 
de madeira: evita extravasamento de 
resina para a região gengival, promover 
espaçamento para criar contato 
interproximal e adaptação às bordas do 
preparo adequados. 
- Importante: a cunha deve ser inserida 
sempre pela maior ameia dental; 
- Inserção da resina: 
• Em Classes IV: criar a parede 
palatina primeiro com resina para 
esmalte, com muralha de silicone 
ou com o próprio dedo. Depois, 
estratifica-se com resina para 
dentina, finalizando com resina 
para esmalte. 
 
 
 
• Em Classe III: restaurar primeiro 
com resina para dentina, e 
finalizar com resina para esmalte, 
lembrando sempre de acrescentar 
a resina em incrementos. 
 
 
• Após a conclusão da restauração, 
fotopolimeriza-se. 
- A fotopolimerização incorreta é 
responsável por insucessos da 
restauração. 
• Checa-se contatos oclusais, guias 
de oclusão e desoclusão, máxima 
intercuspidação e movimentos 
excursivos → verificar se há 
contatos prematuros. 
- O ajuste pode ser feito com 
lâminas de bisturi, discos de lixa 
abrasivos, pontas diamantadas 
(esféricas ou em chama) e brocas 
multilaminadas para acabamento. 
 
 
 
Bruna de Alencar Peres – Odontologia Unesp São José dos Campos (T64) 
Polimento 
- Diversas formas: 
• Discos de óxido de alumínio; 
• Taças ou pontas de borracha; 
• Pastas de óxido de alumínio; 
• Rodas de feltro; 
• Pontas de silicone. 
- Importante: o polimento deve ser 
realizado de 24h a 7 dias após a 
conclusão da restauração → 
verificar a cor e checar a 
necessidade de reparos.