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Vulnerabilidade ao stress

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VULNERABILIDADE AO STRESS
A vulnerabilidade é um termo usado para caracterizar um individuo que apresenta ser delicado a uma determinada situação; e a vulnerabilidade do individuo a eventos estressores foi definida por Jewell e Mylander (1988), como uma tendência que tais indivíduos apresentam a reagir de modo intenso – por meio de reações psicológicas e físicas –, a situações estressantes. 
A vulnerabilidade ao estresse pode ser entendida com sendo um estado de atividade orgânica hiperativa, ou seja, as estruturas do indivíduo, como hormônios e neurotransmissores, apresentam-se mais rapidamente ativados quando comparado a um organismo de um individuo dito saudável ou resiliente a eventos estressores. Porém, vale lembrar que para cada indivíduo, a etiologia multifatorial e seu desenvolvimento, ocorrem de modo diferente a depender de cada caso (NORO; GON, 2015).
 Calais, Andrade e Lipp (2003), afirmaram que entre os fatores que compunham uma possível vulnerabilidade ao estresse, estaria o gênero sexual, sendo a população feminina a mais afetada. Outros fatores também podem ser analisados, como cuidados maternais pós-parto; isso porque estudos recentes apontam que cuidados iniciais alteram as bases neurofisiológicas da resposta a eventos estressores, e esses cuidados passaram a ser considerados como possíveis contribuintes da composição da vulnerabilidade ao estresse (NORO; GON, 2015).
Estes estudos foram realizados com ratos. Isso porque além do controle de variabilidade que estudos com ratos possuem, com roedores e na maioria dos mamíferos, o período pós-parto é caracterizado por comportamentos de cuidados da mãe com a prole. Durante a primeira semana de vida da prole, as ratas mães emitem respostas de “lamber” e “tocar”, principalmente nos períodos de amamentação em posição com a coluna arqueada e esses comportamentos podem ser compreendidos como sendo cuidados maternais. As ratas consideradas “mães boas” apresentam altos níveis de cuidados maternais como lamber e tocar, já as ratas consideradas “mães deficientes” possuem um baixo nível de cuidados maternais; e esses estudos fazem-nos apontar que comportamentos maternais são fundamentais para a vulnerabilidade ou resiliência ao estresse durante a vida adulta (NORO; GON, 2015). 
REFERÊNCIAS
WOTTRICH, Shana Hastenpflug et al. Gênero e manifestação de stress em hipertensos. Estudos de Psicologia (campinas), [s.l.], v. 28, n. 1, p.27-34, mar. 2011. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-166x2011000100003
MINHA FALA:
O stress é definido como uma reação do organismo que se dá de forma complexa e global, envolvendo componentes físicos, psicológicos, mentais e hormonais. É um estado de tensão que causa ruptura no equilíbrio interno do organismo, gerada quando há necessidade de atender demandas que superem a capacidade adaptativa do indivíduo (Lipp, 2000; Lipp & Rocha, 1994; Selye, 1965). Em outras palavras, o stress é desencadeado como reação ao enfrentamento de situações que amedrontem, ameacem ou desafiem o indivíduo (Lipp & Rocha, 2007). Desenvolve-se em quatro fases: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão (Lipp, 2000). Nas duas últimas fases, instala-se o processo de adoecimento, ou seja, aqueles órgãos com maior vulnerabilidade genética ou adquirida mostram sinais de deterioração e adoecem. Assim sendo, quando o stress é prolongado, é possível que afete o sistema imunológico do indivíduo, tornando-o vulnerável a doenças (Lipp & Rocha, 2007).
Do ponto de vista da prevalência do stress na população brasileira, a questão do gênero é ainda um ponto controverso. Calais, Andrade e Lipp (2003) sustentam maior vulnerabilidade ao stress na população feminina, focando-se em adultos jovens. Porém, ressaltam a especificidade de diferenças sexuais, dependendo do estressor e da desordem envolvidos. Concordam com essa estatística os índices de stress encontrados na população de magistrados da Justiça do Trabalho (Lipp & Tanganelli, 2002).

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