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DOENÇA DE PAGET - TRABALHO PRONTO

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GRUPO CAELIS 
FACULDADE SANTO ANTÔNIO 
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA 
 
 
CAROLAINE DE SOUZA SANTOS 
MICAELI RAMOS PEREIRA 
NÚBIA SANTOS SENA 
SHIRLEY LAIANE NASCIMENTO 
SILVANA SOUZA DE JESUS 
 
 
 
DOENÇA DE PAGET 
 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas 
2019 
 
 
CAROLAINE DE SOUZA SANTOS 
MICAELI RAMOS PEREIRA 
NÚBIA SANTOS SENA 
SHIRLEY LAIANE NASCIMENTO 
SILVANA SOUZA DE JESUS 
 
 
 
DOENÇA DE PAGET 
 
 
 
 
Pesquisa descritiva apresentado à 
Instituição de ensino Superior Faculdade 
Santo Antônio aprovado como requisito parcial 
à disciplina de Fisioterapia Aplicada a 
Reumatologia, ministrada pela Prof. Karla 
Lorena, para obtenção de Bacharelado em 
Fisioterapia. Tal escrito tem o intuito de 
concentrar princípios e conceitos abordados 
ao tratar-se da Doença de Paget. 
 
 
 
 
 
 
Alagoinhas 
2019 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ____________________________________________________ 03 
OBJETIVOS ______________________________________________________ 03 
A DOENÇA DE PAGET _____________________________________________ 04 
INCIDÊNCIA __________________________________________________________ 04 
INCIDÊNCIA NO BRASIL ____________________________________________ 05 
ETIOLOGIA DA DOENÇA ___________________________________________ 06 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS / SINAIS E SINTOMAS _____________________ 06 
DIAGNÓSTICO ____________________________________________________ 08 
TRATAMENTO ____________________________________________________ 10 
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO __________________________________ 12 
CONSIDERAÇÕES FINAIS __________________________________________ 14 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ____________________________________ 14 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
A doença de Paget é uma doença óssea metabólica, de origem desconhecida 
que costuma afetar especialmente a região pélvica, fêmur, tíbia, vértebras da coluna, 
clavícula e úmero. Ela é caracterizada pela destruição do tecido ósseo, que volta a 
formar-se a seguir mas com deformidades. O novo osso que se forma é 
estruturalmente maior, porém mais fraco e com muita calcificação. 
Depois da osteoporose, a doença de Paget é a disfunção esquelética mais 
comum, afetando aproximadamente 2% a 5% da população após os 40 anos, e cerca 
de 10% da população com idade superior a 70 anos. A dor causada por aumento de 
deformidades esqueléticas leva à perda da força muscular, diminuição da amplitude 
de movimento e resistência cardiovascular, resultando em limitações funcionais. A 
fisioterapia e exercícios terapêuticos podem ajudar na manutenção da força muscular, 
flexibilidade e amplitude de movimento articular e no aumento da resistência. 
Através do presente inscrito são destacadas informações e conceitos a respeito 
desta patologia, dando maior relevância à atuação do fisioterapeuta em seu 
tratamento. 
 
 
OBJETIVOS 
 
o OBJETIVO GERAL 
Apresentar a definição atribuída à Doença de Paget, sua etiologia, 
diagnóstico e tratamento. 
 
o OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 Dar relevância ao tratamento fisioterapêutico da doença de Paget; 
 Apresentar os principais sinais e sintomas da patologia; 
 Evidenciar o acometimento da doença. 
 
 
4 
 
 
 
 
A DOENÇA DE PAGET 
 
Como afirma a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo (SBEM, 
2013) “A doença de Paget óssea (DPO) ou osteíte deformante é uma doença do 
metabolismo ósseo relativamente comum”. Evidências afirmam que esta doença afeta 
3% a 4% dos indivíduos brancos maiores de 55 anos de idade, em países onde é 
prevalente. É caracterizada pelo aumento da remodelação óssea “que modifica a 
arquitetura óssea, com reabsorção óssea osteoclástica e atividade osteoblástica, 
levando a substituição do osso normal por um osso enfraquecido e mais propenso a 
deformidades e fratura. Geralmente atinge ossos longos, vértebras, pelve e crânio” 
(SBEM, 2013) 
 
Doença de Paget (DPO), também conhecida como osteíte deformante 
(Osteitis Deformans), é uma doença óssea hipermetabólica que acomete um 
(monostótica) ou mais (poliostótica) ossos e se caracteriza por áreas de 
reabsorção óssea aumentada mediada por osteoclastos, seguida de reparo 
ósseo osteoblástico desorganizado. Como consequência deste processo, há 
desestruturação da arquitetura nos tecidos ósseos acometidos, o que resulta 
em aumento de volume e maior fragilidade óssea, que podem se manifestar 
com dor, fraturas, deformidades ou compressão de estruturas vasculares e 
nervosas. (Ministério da Saúde, 2012) 
 
INCIDÊNCIA 
É comum na Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. Entretanto, 
em outros locais, é uma desordem rara, como em países orientais, na Escandinávia e 
na América do Sul. 
A DPO tem sido associada à descendência branca na Europa e em outros 
países, sendo menos comum em pessoas sem origem europeia. Estudo publicado em 
2006, sobre os relatos de casos da doença de Paget na América Latina, durante os 
últimos 30 anos, mostrou que um total de 1149 casos de doença de Paget foram 
identificados, mais da metade deles provenientes da Argentina e Brasil. 
5 
 
“A DPO raramente aparece antes dos 40 anos de idade, mas sua prevalência 
tende a dobrar a cada década a partir dos 50 anos de idade, atingindo cerca de 10% 
após a nona década de vida” (SBEM, 2013) 
 
Embora seja bastante comum nos países ocidentais, a doença de Paget é 
uma condição incomum na população oriental, sendo extremamente rara na 
Ásia, especialmente na Coréia e muito rara também em indivíduos chineses. 
Também é muito rara no Japão com prevalência de 2,8 casos por milhão de 
habitantes, confirmando a raridade local da doença. Existe pouca informação 
disponível sobre a existência da DPO no mundo árabe. Estudos têm referido 
uma tendência de redução não explicada na prevalência de DPO, alguns 
prevendo que a doença se tornará cada vez mais rara. (SBEM, 2013) 
 
“A taxa de prevalência aumentou com a idade e foi maior em homens, em 
diferenças significativas.” (SBEM, 2013) 
 
INCIDÊNCIA NO BRASIL 
A SBEM (2013) afirma que “Existem poucos dados disponíveis sobre as 
características epidemiológicas da DPO no Brasil”. O Recife, capital de Pernambuco, 
devido à sua peculiar colonização mista europeia por cerca de 4 séculos, tem a 
maioria dos casos relatados no Brasil. Em 2002 um estudo já tinha analisado 
retrospectivamente uma série de 89 casos em uma instituição de Recife. A 
colonização de Pernambuco foi fortemente influenciada por imigrantes de Portugal, 
de holandeses e judeus. E em Recife a ocupação de holandeses e judeus persistiu 
após a colonização portuguesa inicial, por questões políticas e administrativas, o que 
pode explicar a grande frequência de DPO neste estado. 
O primeiro estudo de incidência e prevalência da DPO no Brasil e na América 
Latina avaliou uma população de 7752 indivíduos acima de 45 anos por um período 
de 4 anos. A prevalência total foi de 6,8 casos por 1000 pacientes e uma densidade 
de incidência de 50,3 casos para 10.000 pacientes-ano, taxas essas comparáveis às 
do sul da Europa. 
 
“A incidência de DPO aumenta com a idade, e dados de estudos de 
prevalência estimam acometimento de cerca de 1% em pacientes adultos na 
6 
 
população brasileira (em estudo realizado no estado de Minas Gerais) e de 
fora do Brasil. ” (Ministério da Saúde, 2012) 
 
A prevalência da DPO ou osteíte deformante no Brasil é semelhante ao sul da 
Europa, dos quais 3/4 dos casos com apresentação de doença poliostótica. 
 
ETIOLOGIA DA DOENÇA 
A etiologia da doença permanece controversa, com evidência de envolvimento 
de fatores genéticos e ambientais. 
 
Quando se trata de sua etiologia, permanece incerta. Evidências sugerem o 
envolvimento de fatores ambientais e genéticos, quando descrito por Sr. 
James Paget atribuiu-se as alterações esqueléticas com relação a processos 
inflamatórios por esse motivo utilizou-se do termo já mencionado acima 
osteíte deformante (ROBBINS & COTRAN, 2010Apud. MILESKI & MULLER, 
2014). 
 
A DPO clássica deve ser causada por uma combinação de raros alelos com 
grandes efeitos que levam a uma herança autossômica dominante da doença e mais 
comumente de alelos com poucos efeitos. Segundo a SBEM (2013), mutações do 
SQSTM1 são a causa mais comum da DPO clássica, ocorrendo em cerca de 10% dos 
pacientes. Também é possível que ocitocinas proinflamatórias estejam envolvidas na 
fisiopatologia da doença de Paget óssea. 
Recomendação A etiologia da DPO depende de fatores genéticos e ambientais. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS / SINAIS E SINTOMAS 
As principais manifestações clínicas incluem: dor óssea, fraturas, deformidades 
esqueléticas e artrite secundária. Os sinais e sintomas variam de acordo com o grau 
e o local de comprometimento ósseo e com a relação do osso pagético com as 
estruturas circunvizinhas. 
O Ministério da Saúde (2012) discorre que transformação neoplásica das 
lesões (especialmente osteossarcoma) ocorre raramente (menos de 1% dos 
7 
 
pacientes), porém ressalta que a maioria dos pacientes com DPO é assintomática, 
tendo diagnóstico incidental por meio de achados em exames radiológicos ou por 
níveis elevados de fosfatase alcalina no soro. 
A maioria dos pacientes é assintomática. Quando presentes, as manifestações 
clínicas mais frequentes são dores e deformidades ósseas, que podem se manifestar 
por fraturas ou compressão de estruturas adjacentes (por exemplo, nervo e vasos 
sanguíneos). 
 
O osso é o terceiro local mais comum para ocorrência de metástases sendo 
mais acometidos as vertebras, pelve, fêmur, costelas e crânio, acarretando 
em dor e instabilidade com risco de fratura patológica, em relação a coluna 
e ao crânio pode ocorrer o comprometimento de estruturas neurológicas 
adjacentes (GANS, 2002 Apud. MILESKI & MULLER, 2014). 
 
Em decorrência do hipermetabolismo tecidual, pode haver calor e rubor sobre 
os ossos acometidos. Cefaleia, perda auditiva por comprometimento do osso 
temporal, compressão de raízes nervosas ou medula espinhal por envolvimento da 
coluna vertebral são complicações que ocorrem na DPO. Insuficiência cardíaca de 
alto débito e transformação neoplásica das lesões são manifestações muito raras da 
doença. 
O acometimento do crânio pode gerar complicações neurológicas como perda 
auditiva, tanto condutora quanto neurossensorial, cefaleia, tontura, zumbido e, mais 
raramente, demência vascular além de hidrocefalia. A participação dos ossos da 
mandíbula pode levar a doenças periodontais e má oclusão dentária. 
O padrão em mosaico do osso lamelar se parece com um quebra cabeça, a 
medula óssea adjacente e as superfícies de formação óssea são substituídas por 
tecido conjuntivo frouxo contendo células osteoprogenitoras e inúmeros vasos 
sanguíneos que transportam nutrientes e metabolitos a partir destes sítios ativos 
(ROBBINS & COTRAN, 2010). 
Partículas virais foram encontradas em osteoclastos de pacientes com Paget 
que não existem em osteoclastos sadios, porém ainda não foi possível determinar a 
procedência deste vírus (José et. Al., 2008 Apud. Mileski & Muller, 2014). 
8 
 
Pacientes portadores de dor e artrite que levam a deformidades esqueléticas 
e/ou fraturas patológicas devem ser investigados para possiblidade de DPO. 
 
DIAGNÓSTICO 
“O diagnóstico da doença de Paget é feito por meio da combinação dos 
sintomas clínicos, achados radiológicos e elevação na concentração dos marcadores 
de remodelação óssea.” (SBEM, 2013) 
A radiografia convencional é o principal método diagnóstico para a doença de 
Paget. Cada uma das fases da doença apresenta achados radiográficos 
característicos que, usualmente, são suficientes para estabelecer o diagnóstico. Como 
afirma a SBEM (2013). 
 A fase osteolítica inicial caracteriza-se por osteólise localizada, que nos 
ossos longos, assume uma aparência conhecida como lesões em chama de vela. 
O mesmo processo é conhecido como osteoporose circunscrita quando aparece 
no crânio ou clavícula. 
 A fase intermediária da doença, que é o estágio onde a doença é 
comumente diagnosticada, é caracterizada por espessamento da cortical, 
expansão óssea, perda da diferenciação córtico-medular e trabeculado grosseiro. 
 Por fim, na fase tardia, observa-se aumento difuso da densidade óssea, 
esclerose medular e aumento acentuado do tamanho do osso. 
 
A cintilografia óssea permite verificar a extensão da doença, localizando 
áreas de aumento da atividade metabólica. As áreas acometidas devem ser 
radiografadas. Os achados característicos são hiperostose (aumento da 
espessura da cortical), osteoesclerose (desorganização e espessamento das 
trabéculas) e expansão óssea, sendo necessário a presença de pelo menos 
um dos achados. (Ministério da Saúde, 2012) 
 
Segundo a SBEM (2013) “A cintilografia óssea é mais sensível do que a 
radiografia na identificação das lesões pagéticas”. Observa-se aumento homogêneo 
do traçador no osso acometido, devido à natureza hipervascular do osso pagético. 
Uma vez que é mais sensível, a natureza hipervascular da doença de Paget pode ser 
visualizada por meio da hipercaptação do radiofármaco, até mesmo, antes das 
9 
 
alterações líticas na radiografia simples. Por este motivo, cerca de 10-15% das lesões 
detectadas à cintilografia aparecem normais à radiografia. 
Por ser menos específica do que a radiografia, lesões vistas na cintilografia 
precisam ser confirmadas por meio da radiografia convencional pelo menos em um 
sítio. É provável que a fase tardia da doença, mais latente, possa demonstrar captação 
normal pelo radiofármaco. 
A cintilografia também é importante na identificação da forma poliostótica da 
doença e na avaliação da extensão da mesma. É provável que a fase tardia da 
doença, mais quiescente, possa demonstar captação normal pelo radiofármaco e 
ainda apresentar alterações na radiografia simples. É importante reconhecer este 
espectro de disparidade entre os dois métodos, a fim de evitar confusão diagnóstica. 
“Tomografia computadorizada e ressonância magnética nuclear podem auxiliar 
na avaliação de complicações associadas à DPO, como compressão de estruturas 
vasculares ou nervosas, mas não são utilizadas rotineiramente na avaliação de 
pacientes com DPO.” (Ministério da Saúde, 2012) 
A tomografia e a ressonância magnética fornecem poucas informações 
adicionais no caso da doença não complicada. É útil quando há suspeita de 
complicações associadas com a doença de Paget, tais como fraturas ou degeneração 
sarcomatosa. Graças a sua excelente capacidade de resolução para os diferentes 
tecidos, a RNM é o método de escolha para o estadiamento de uma degeneração 
sarcomatosa em um osso acometido por Paget. A RNM pode ainda ser útil na 
avaliação de complicações neurológicas, tais como: compressão de raízes nervosas 
espinhais e nervos cranianos. 
 “As características da degeneração sarcomatosa são: lise óssea agressiva, 
destruição da cortical e presença de massa de tecidos moles. Na maioria dos casos 
não há reação periosteal.” (Matiotti, 2019) 
O Ministério da Saúde (2012) confere que a biópsia óssea é muito raramente 
necessária, estando indicada apenas quando houver incerteza quanto ao diagnóstico 
(por exemplo, quando neoplasia for um diagnóstico alternativo possível). Os achados 
anatomopatológicos de DPO são arquitetura óssea desorganizada com grupamentos 
de osteoclastos grandes e hipermultinucleados. 
10 
 
A tomografia por emissão de positrões ou tomografia por emissão de pósitrons, 
conhecida pela sigla inglesa PET, é um exame imagiológico da medicina nuclear que 
utiliza radionuclídeos que emitem um positrão no momento da sua desintegração, o 
qual é detectado para formar as imagens do exame. Sabe-se que o osso pagético 
exibe um variável grau de captação do FDG (um radiofármaco usado na PET) em até 
um terço dos pacientes. Isto representa um importante obstáculo quando se pretende 
distinguirlesão pagética de metástases ósseas. 
As complicações mais frequentes incluem fraturas patológicas, deformidades 
ósseas, osteoartrose, hipercalcemia durante a imobilização e aumento do débito 
cardíaco nos casos de envolvimento ósseo severo. 
 “A transformação maligna do osso pagético para osteossarcoma é rara, 
ocorrendo em menos de 1%.” (SBEM, 2013) 
Devem ser tratados pacientes com a forma sintomática da doença (sintomas 
secundários a doença metabolicamente ativa), pacientes assintomáticos no pré-
operatório de cirurgia envolvendo osso com a doença ativa, com intuito de reduzir a 
vascularização local e o risco de sangramento, pacientes assintomáticos com 
hipercalcemia após imobilização e na forma assintomática da doença com 
envolvimento de locais onde poderiam ocorrer complicações (por exemplo, crânio e 
coluna). 
“Devem ser tratados pacientes assintomáticos diante de cirurgia que envolve 
osso, assintomáticos com hipercalcemia e todos os pacientes sintomáticos.” (SBEM, 
2013) 
 
TRATAMENTO 
 
A primeira terapia utilizada no tratamento da doença de Paget, na década de 
70, foi a calcitonina de salmão, seguida pela calcitonina humana. Esta droga 
atua diretamente sobre os receptores de calcitonina expressos nos 
osteoclastos e, em consequência de sua curta ação, resposta parcial e 
resistência adquirida, é utilizada apenas em alguns indivíduos intolerantes 
aos bisfosfonatos. (SBEM, 2013) 
 
11 
 
Atualmente os agentes mais utilizados na doença são os bisfosfonatos, classe 
ampla de medicações que atua bloqueando a reabsorção óssea osteoclástica. Os 
bisfosfonatos nitrogenados (alendronato, risedronato, pamidronato, ácido 
zolendrônico) são as drogas de escolha. 
O ácido zolendrônico é o mais potente bisfosfonato aprovado para uso na 
doença de Paget. O ácido zoledrônico pode levar a uma remissão mais rápida e 
prolongada no tratamento da doença de Paget. 
“O tratamento da DPO é realizado por meio de bifosfonatos nitrogenados.” 
(SBEM, 2013) 
O Ministério da Saúde (2012) declara inclusão no protocolo de tratamento para 
a doença os pacientes com diagnóstico radiológico de DPO e pelo menos um dos 
seguintes critérios: 
• fosfatase alcalina no soro acima do valor de referência; 
• hipercalcemia com PTH normal/baixo; 
• dor óssea em área acometida; 
• síndrome neurológica ou vascular decorrente de compressão por tecido ósseo acometido; 
• acometimento de ossos longos em membros inferiores, da base do crânio e de vértebras, 
comprovado por exame de imagem; 
• fratura óssea em tecido acometido; 
• plano de intervenção cirúrgica em tecido ósseo acometido. 
(Ministério da Saúde, 2012) 
O Ministério da Saúde (2012) declara que critérios como aumento do cálcio 
sérico (hipercalcemia) e PTH acima do limite superior do valor de referência dos 
métodos ou intolerância, hipersensibilidade ou contraindicação ao uso do respectivo 
medicamento preconizado neste protocolo, são exclusivos para o tratamento. 
“Nos pacientes com doença estável, o acompanhamento pode ser espaçado 
para intervalos de 6 a 12 meses.” (Ministério da Saúde, 2012) 
 
Para o monitoramento da atividade da doença usa-se a Fosfatase Alcalina. 
A fosfatase alcalina, marcador de remodelação óssea, é comumente utilizada 
como parâmetro de resposta bioquímica ao tratamento com bisfosfonatos. A 
normalização de seus níveis está associada à remissão bioquímica e a 
evidencias histológicas de turnover ósseo normal e sua elevação está 
relacionada ao aumento da atividade da doença. Sua dosagem deve ser 
realizada após três a seis meses do início do tratamento, para avaliação da 
12 
 
resposta inicial, seguida de uma a duas medidas anuais como marcador de 
atividade óssea. (SBEM, 2013) 
 
 De acordo com o (Ministério da Saúde, 2012): 
 
Dosagem de fosfatase alcalina no soro, que é o principal marcador de 
atividade da doença, deve ser realizada inicialmente. Dosagens de cálcio 
sérico para descartar hiperparatireodismo e exclusão de doenças 
hepatobiliares com avaliação de aspartato-aminotransaminase (AST/TGO), 
alanina-aminotransferase (ALT/ TGP) e bilirrubinas total e frações são 
recomendadas. Nos pacientes com hipercalcemia, o paratormônio (PTH) 
deve ser dosado para afastar-se hiperparatireoidismo. 
 
Não há maneira conhecida de prevenir o aparecimento da doença de Paget. 
Pessoas com familiares próximos que sofrem da doença de Paget são encorajadas a 
fazer um teste de fosfato alcalino a cada dois ou três anos após os 40 anos de idade. 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
A fisioterapia deve abordar este caso de forma humanista e integrada, 
reduzindo os sintomas e aumentando assim a qualidade de vida deste paciente 
visando analgesia (Marcucci, 2004 Apud. Mileski & Muller, 2014). O fisioterapeuta 
deve orientar paciente e cuidadores quanto aos procedimentos que devem ser 
adotados para alívio de dores ou até mesmo psicológicos que devem se estender para 
casa deste indivíduo acometido por este tipo de doença. 
As recomendações sobre mobilidade se dão quanto a gravidade, podendo ser 
desde a completa ausência de apoio de peso sobre o membro afetado ou até mesmo 
uma completa falta de recomendações (Gans, 2002 Apud. Mileski & Muller, 2014). A 
fisioterapia segue com sua atuação voltada para a área preventiva em relação as 
quedas decorrentes da dificuldade na marcha e perda de equilíbrio, as quedas 
constituem uma importante causa de morbidade, após a queda pode-se sofrer desde 
de uma pequena lesão até a perda da independência funcional. 
Em relação aos exercícios, devem ser focados os que promovam força, porém 
minimizando o impacto ósseo, utilizar também estratégias de prevenção de quedas. 
13 
 
Como já foi descrita esta doença é causada pela disfunção dos osteoclastos, ocorre 
aumento na formação e reabsorção óssea fazendo com que o osso tenha forma de 
mosaico de padrão lamelar com fibrose adjacente. 
 
No final do processo desordenado devido a deficiência de osteoclastos o osso 
se torna maior que o normal e compostos por trabéculas apresentando 
espessamento grosseiro com córtices moles e porosos sem estabilidade 
estrutural fazendo com que o osso se torne vulnerável e se fraturem com 
maior facilidade. Neste caso a fisioterapia irá atuar de forma a prevenir e 
minimizar os efeitos do tratamento, buscando a prevenção através de 
condutas e orientações domiciliares, diagnóstico e intervenção precoce 
buscando a melhora na qualidade de vida do indivíduo acometido pela 
doença de Paget (BERGMANN et al,2005 Apud. MILESKI & MULLER, 2014. 
 
Deve-se buscar a melhora da fadiga, atenção a função pulmonar ao 
atendimento aos pacientes neurológicos sempre em função da humanização. Para 
portadores de Doença de Paget os recursos fisioterapêuticos utilizados para o controle 
da dor são estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), termoterapia, 
crioterapia, massagem terapêutica, alongamento muscular nas áreas mais afetadas, 
exercícios de fortalecimento muscular, mobilização de articulações para melhorar a 
lubrificação e a amplitude de movimentos, exercícios ativos e resistidos manualmente 
ou com pesos para fortalecer os músculos e articulações, exercícios e técnicas de 
reeducação postural e cinesioterapia além de orientações tanto para o paciente como 
também seus familiares que são de suma importância para que o tratamento 
fisioterapêutico gere grandes vantagens na recuperação deste paciente Uso de 
aparelhos como ondas curtas, infravermelho, ultrassom e tens; 
 
As intervenções fisioterapêuticas atuam diretamente para melhorar a 
qualidade de vida do portador da Doença de Paget por meio da diminuição 
do quadro álgico, prevenção em casos de queda, orientações aos pacientes 
e cuidadores, minimizando desta maneira os efeitos do tratamento queno 
caso deste paciente faz uso de fármacos visando o atendimento de 
fisioterapia humanizado, sendo assim o estudo mostra as intervenções que 
poderão ser adotadas no indivíduo que apresenta esta patologia. (MILESKI 
& MULLER, 2014) 
 
Um fisioterapeuta também pode fornecer órteses e outros dispositivos de 
assistência para auxiliar na gestão das deformidades das extremidades dos 
14 
 
membros. Dispositivos de assistência para a locomoção, como uma bengala ou 
andarilho, podem ajudar a reduzir a dor após as cirurgias. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A doença de Paget do osso é um transtorno crônico do esqueleto em que áreas 
de osso são submetidas à rotatividade anormal, resultando em áreas de osso 
expandido e amolecido. A composição e a formação do osso aumentam, resultando 
em ossos mais espessos, porém mais fracos do que o normal. Os sintomas podem 
estar ausentes ou podem incluir dor óssea, deformidade óssea, artrite e compressão 
nervosa dolorosa. Radiografias podem indicar anomalias ósseas. A dor e as 
complicações são tratadas e podem ser administrados bifosfonatos. É importante 
fazer fisioterapia para controlar a dor e a inflamação, diminuir o risco de deformidades 
e melhorar a postura corporal. Nos casos mais avançados pode ser preciso realizar 
cirurgias ortopédicas. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MATIOTTI, Simone Berwig, et. Al. Degeneração sarcomatosa de doença de Paget do calcâneo: 
relato de caso. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Nº42, Vol. 1. Jan/Fev, 
2009. Pag. 63–65. 
MILESKI, Aline Almeida;MULLER, Lucila Helena. Intervenções Fisioterapêuticas em Portadores 
de Doenças de Paget. Revista FAIT. Anteprojeto de Pesquisa. Faculdade de Ciências Sociais e 
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