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peça penal

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 1º VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE _______________________.
Autos nº -----------------------------------
Recorrente: Felicio
Recorrido: Ministério Público
FELICIO, devidamente qualificado nos autos em epigrafe, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu advogado e procurador, interpor, nos termos do artigo 581, IV, do código de processo penal, 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Em razão do inconformismo com a sentença de pronúncia.
Requer-se o recebimento do presente recurso, em ambos os efeitos, e, em sede de juízo de retratação a modificação da respeitosa decisão combatida, ou, então não sendo este o entendimento de Vossa Excelencia, o encaminhamento dos autos à segunda instância.
Termos em que 
Pede Deferimento
Local, data.
Advogado-------
OAB ---------------
Assinatura:-------
Juízo de origem: ° Vara do Tribunal do Júri da Comarca de ---------------.
Recorrente: Felicio
Recorrido: Ministério Público
Egrégio Tribunal
Colenda Turma
Doutos Julgadores
Razões de Recurso em Sentido Estrito
I. DOS FATOS
O recorrente foi denunciado como incurso no artigo 121, caput, do Código Penal, porque, supostamente, teria batido com uma raquete de mão, sem muita força, na cabeça de Roberval, com quem discutia após uma partida de tênis, e este, em razão da estrutura física inferior a do recorrente, desequilibrou-se e caiu ao solo, vindo a falecer após bater a cabeça na guia.
Após o recebimento da denúncia e instrução do processo, o juízo “a quo” proferiu sentença de pronúncia, a fim de submeter o recorrente a julgamento perante plenário do júri, sob o fundamento de que teria assumido o risco de produzir o resultado morte ao golpear a vitima com a raquete.
Inconformado, então, com a decisão de pronúncia, o recorrente interpõe o presente recurso, pois esta não merece substituir.
II. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
A decisão, de fato, merece reforma, uma vez que o caso apurado nos autos não retrata a ocorrência de crime doloso contra a vida.
Fato em que não houve dolo direto, pois o recorrente não teve a intenção dolosa de proferir a retirada da vida.
E, por não agir com dolo contra a vida, não há em que se falar em homicídio, e sim falar de lesão corporal seguida de morte, pois o recorrente teve a intenção de lesar fisicamente a vítima e não matá-lo, a morte foi ocorrência do infortuito preterdolo fato descrito no artigo 129,§ 3° do Código Penal.
Nesse sentido, ausente o dolo de matar, sendo o resultado decorrente de imprudência, deve a imputação ser desclassificada para o crime referido no artigo 129, § 3º, do Código Penal, e este ser julgado após a devida instrução pelo juízo criminal singular.
III. DOS PEDIDOS
 Ante o exposto, requer-se que seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito para despronunciar, o recorrente, e assim, desclassificar a imputação para o crime do artigo 129,§ 3º, do Código Penal, remetendo-se os autos ao juízo singular.
 
Termos em que 
Pede Deferimento
Local, data.
Advogado-------
OAB ---------------
Assinatura:-------

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