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A Tendência da Moeda e sua Descentralização

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10
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ECONOMIA
A TENDÊNCIA DA MOEDA
 SIDNEY SZAJA BARMAK
 		 JASON BORBA
SÃO PAULO, SP, BRASIL
2019
APRESENTAÇÃO:
Objeto do trabalho
A Tendência da Moeda e os agentes envolvidos ao longo do seu processo histórico
Questão
Como a moeda se comportou ao longo dos anos, e como as novas definições de moedas foram surgindo?
Hipótese
O objeto desse trabalho estende-se sobre a moeda, a qual está passando por uma fase de inovação e estamos vivenciando um período em que a descentralização da moeda já é presente, como podemos observar no surgimento global das moedas digitais, com ênfase no texto presente para o Bitcoin. A partir da evolução da moeda, das autoridades monetárias, das teorias e os conceitos que surgiram sobre a moeda, será possível analisar essa transformação em que ela se encontra. 
A moeda, ao longo do tempo, mudou algumas de suas características, e com isso, as políticas monetárias tiveram que se alterar, sobretudo, realizadas pelas autoridades monetárias definidas em cada país. Torna-se útil buscar e compreender o motivo do surgimento das moedas privadas e poder caracterizar quais as alterações que o sistema monetário sofreria com essa evolução que a moeda está sofrendo, demonstrando os ganhos e perdas para a sociedade e para o governo. 
A questão principal do trabalho surge ao observar o desenvolvimento da moeda e surgimento de algumas teorias para a descentralização da moeda, com a perda do monopólio governamental e criação das moedas privadas. Tendo em vista esses dois aspectos, surge uma pergunta: Está ocorrendo um processo de descentralização da moeda? 
Objetivo do Trabalho
O objetivo dessa investigação é verificar se a hipótese é falsa ou verdadeira.
Modalidade do Trabalho
Dados com base na bibliografia, fontes da internet e vídeos.
Investigar as alterações da forma moeda implantadas ao longo da história. Passar pelo termo moeda e suas evoluções até os dias de hoje tendo em vista a primordialmente a regulamentação de criptomoeda.
Plano de Trabalho e Sumário Indicativo
Apresentação
Introdução
Capítulo 1 A moeda na sociedade
1.1 Evolução histórica da moeda
1.2 Definição da moeda
1.3 Moeda e Estado
Capítulo 2 Moedas Paralelas
2.1 Moedas sociais
2.2 Moedas Virtuais
2.3 Descentralização da moeda
Capítulo 3 BITCOIN
3.1 Origem e funcionamento do Bitcoin
3.2 Oferta monetária do Bitcoin
3.3 Desdobramentos
3.3.1 Análise comparativa
3.3.2 Ameaças e perspectivas
Conclusão
Conteúdo
Apresentação:	4
Introdução	4
A – Definição de Moeda	4
B – Surgimento da Tecnologia, Criptomoeda	5
Capítulo 1 A Moeda	6
1.2 – Descentralização	10
1.3	Anonimato	13
Capítulo 2 Principais Escolas e a Moeda	13
2.1 Escola Keynesina	14
 
Apresentação:
A hipótese é encontrada partindo do estudo das teorias econômicas, escola clássica, keynesiana e austríaca. São localizados diversos pontos e teorias que tornam factível analisar e discutir acerca da descentralização da moeda. Encontrando na economia austríaca a base para abordar a possibilidade da moeda privada, sem o controle de uma entidade governamental. 
A hipótese compreende que a próxima fase da moeda vai ocorrer na descentralização, com a retirada do poder e monopólio do governo sobre a moeda, sendo assim, permitindo que o mercado autorregule a moeda privada.
Introdução
Essa monografia tem como finalidade uma compreensão da evolução histórica das moedas até a sua forma virtual, sendo utilizada como estudo de caso, a Bitcoin. As moedas digitais movimentam milhões de dólares diariamente, viabilizadas pela popularização da internet e surgindo como uma alternativa aos métodos tradicionais de pagamento para transações online. O mercado da Bitcoin está em expansão, contudo, ainda encontram-se barreiras.
Questões que circundam a moeda digital em estudo delinearam a escolha do tema, como: Qual foi o processo de evolução histórica da moeda até os dias de hoje? Quais os principais agentes relacionados à Bitcoin? A Bitcoin pode ser considerada uma moeda? Como uma moeda descentralizada pode funcionar na economia contemporânea?
O Capítulo 2 apresenta as definições de uma moeda, bem como suas funções: reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. A partir disso, inicia-se um estudo pelo espectro sócio histórico, origem dos instrumentos monetários na sociedade e seus desdobramentos. Também serão vistos no decorrer do capítulo os agregados monetários, relação moeda x Estado e as funções desempenhadas pelo Banco Central. 
No capítulo 3, serão exploradas as moedas paralelas, conceituadas como moedas não oficiais que possuem funcionalidade de meio de troca na economia. Serão expostas as moedas sociais e as moedas virtuais, assim como sua relação com a descentralização monetária, expondo as possíveis e diferentes formas de descentralização. 
No último, será analisado se o Bitcoin expressa as características essenciais e se ele exerce as principais funções da moeda, validando-o como tal. Ainda, a moeda digital será comparada às moedas fiduciárias.
Finalmente, será apresentada a conclusão do trabalho.
Tida como um bem corpóreo utilizado como meio de troca, a moeda tem sua finalidade para efetuar um determinado pagamento. No decorrer da história, o fundamento da moeda se modificou devido às peculiaridades da sociedade na qual se insere. Segundo Iorio (2012), na antiguidade, as transações financeiras somente ocorriam entre presentes em forma de trocas diretas. 
Em um processo de ordem espontânea, na qual as coisas são descobertas como consequência das ações humanas, a moeda-mercadoria ganhou muita força. Na troca para satisfação das necessidades recíprocas, o sujeito elegeu determinadas mercadorias como meios de troca, de acordo com a aceitação do objeto no meio qual era inserido. 
“Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas.” (PEREIRA, 2016, p. 16)
A moeda-mercadoria foi substituída pelas notas, facilitando as transações econômicas, pois a partir dali não seria mais necessário transportar metais pesados, principalmente ouro e prata, espontaneamente escolhidos pelo mercado, como facilitadores no processo de troca. (METRI, 2007, ECB,2012). - REVER REFERÊNCIA Aos poucos, ocorreu um processo em que se passou a não limitar a emissão de papel-moeda à quantidade de ouro (ou outro lastro) em seus cofres, surgindo, assim, o papel-moeda (moeda fiduciária), não lastreada e baseada na confiança dos usuários nos agentes emissores.
Ao mesmo tempo em que existe a moeda oficial, surgiram as moedas sociais, consideradas meios de troca criados na esfera privada, geridos por seus próprios usuários e que não possuem uma regulação direta pelo governo.
E, por último, com o desenvolvimento da internet, o mercado financeiro aderiu a um processo de digitalização, cujo formato permite a realização de grande parte das movimentações financeiras.
No contexto desse meio virtual, propiciam-se meios alternativos de pagamentos entre os usuários. Dessa forma, nasceram as moedas digitais, caracterizadas por um meio de troca digital, desmaterializado e descentralizado (sem o controle de um banco central).
O trabalho em evidência pretende estudar o sistema de moeda virtual Bitcoin, criado em 2009, administrado desde então pelos próprios usuários por meio de uma rede descentralizada, não atrelada a nenhuma moeda convencional, além da sua cotação ser determinada pelas leis da oferta e demanda. 
Ela foi projetada em sua criação com uma oferta limitada, o que significa que a quantidade máxima de moeda foi definida a partir do nascimento do sistema, sendo armazenadas em uma carteira digital. Também é possível adquiri-los por meio da “mineração”, que consiste na combinação de dois fatores: uso de energia elétrica e capacidade de processamento de computadores para a resolução de algoritmos complexos.A partir da mineração, se ganha pequenas quantidades de bitcoins.
Seu número de transações vem aumentando significativamente nos últimos anos, porém sua aceitação generalizada pela sociedade ainda é uma realidade muito distante, no que tange à sua volatilidade, mediante ao seu histórico de oscilação desde seu surgimento, além de ter outros desafios em voga, como a segurança, considerando, desde ataques cibernéticos, até o próprio cuidado e conhecimento por parte do usuário em gerir a sua carteira.
Apesar de promissora e revolucionária, a tecnologia das criptomoedas abriu muito espaço para a realização de esquemas fraudulentos, sonegação de imposto e evasão de divisas, sendo imperioso ao Estado regular tais bens de forma que a legislação impeça a proliferação da criminalidade ao mesmo tempo em que incentiva o desenvolvimento da tecnologia, que é considerada por muitos especialistas como a precursora de uma nova revolução social, política e econômica dos tempos modernos (ULRICH, 2014).
É apontado como um desafio, também, como um meio facilitador para prática de atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, dentre outros delitos, encorajados pela sua forte criptografia.
B – Surgimento da Tecnologia, Criptomoeda
Foram necessários anos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para que pudéssemos ter acesso a uma tecnologia que, ao mesmo tempo, exercesse a função de meio de pagamento, tal como o próprio dinheiro, fosse descentralizada e totalmente segura. Em 2009 surge o Bitcoin, a primeira criptomoeda a aglomerar essas três características (ULRICH, 2014). Desde então os avanços tecnológicos deste mercado não param de crescer, tirando governos e instituições financeiras de sua zona de conforto, ao passo que a adoção em massa dessa tecnologia poderia, em poucos anos, acabar com o dinheiro da forma que conhecemos.
Entretanto, apesar de promissora e revolucionária, a tecnologia das criptomoedas abriu muito espaço para a realização de esquemas fraudulentos, sonegação de imposto e evasão de divisas, sendo imperioso ao Estado regular tais bens de forma que a legislação impeça a proliferação da criminalidade ao mesmo tempo em que incentiva o desenvolvimento da tecnologia, que é considerada por muitos especialistas como a precursora de uma nova revolução social, política e econômica dos tempos modernos (ULRICH, 2014).
Atualmente, o conceito de moeda é definido pelo artigo 21, inciso VII da Constituição Federal, aduzindo que compete a União à emissão de moeda e, por sua vez, a Lei. 9.069/1995 prediz as condições para emissão da moeda brasileira. Silogisticamente, percebe-se que a moeda, segundo a legislação pátria, é instituída por imposição legal. Necessário estabelecer que o ordenamento jurídico, em que pese não regule diretamente as moedas virtuais, tem na Lei 12.865/2013 o conceito de moeda eletrônica (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988), consistindo em “recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem aos usuários finais efetuar transação de pagamento” (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013), conforme artigo 6o da legislação acima mencionada.
Capítulo 1 A moeda na sociedade
	
De um modo geral, a literatura econômica assumiu a ideia de que a moeda exerceu a função de veicular a circulação de riqueza, determinada como uma instituição arquitetada e executada ao longo do tempo pela coletividade. Essa interpretação é utilizada tanto pelo mainstream, quanto pelas correntes de pensamento heterodoxas. (METRI, 2007).
Contudo, alguns autores vão contra a visão tradicional, considerando a moeda como um resultado político, relacionada ao poder de tributo do Estado, e não como criação do mercado.
A relevância da primeira seção deste capítulo é compreender a evolução histórica da moeda como origens e suas fases, desde sua forma mais primitiva, o escambo, até culminar no sistema monetário internacional dos dias de hoje, responsável pela circulação das modernas moedas de curso forçado, destrinchando sua estrutura. 
Após, o presente estudo buscará na literatura econômica a definição de moeda, examinada em suas características, funções principais e agregados monetários, bem como a relação da moeda com o Estado
Capítulo 1.1 Evolução histórica da moeda
No início, a sociedade não possuía um meio legal para realizar as compras ou vendas de mercadorias, obrigando que as relações de trocas acontecessem por meio de trocas diretas entre produtos, onde o produto 1 equivaleria a uma quantidade do produto 2. Esta pratica ancestral de comércio ocorria sem o envolvimento de moedas ou equivalentes e ficou conhecido como escambo ou sistema social de trocas (Lopes e Rossetti, 1998). 
Contudo, surgiram diversos problemas no sistema social de trocas que apresentava problemas em algumas de suas características, como por exemplo: a indivisibilidade dos produtos, não homogeneidade, ou seja, o produto sofria variações de acordo com sua idade ou estação do ano, alterando quantidades do produto no mercado ou mesmo o seu valor. Essas dificuldades impediam a realização de negociações com rapidez e facilidade. Lopes e Rossetti comentam sobre as dificuldades do escambo: 
“O crescente número de produtos disponíveis nos mercados primitivos passou a dificultar a prática rudimentar do escambo, não só pela dificuldade cada vez maior de se encontrarem parceiros cujos desejos e disponibilidade fossem duplamente coincidentes.” (LOPES E ROSSETTI, 1998, pág. 28)
O surgimento da moeda se deu a partir da necessidade humana de realizar trocas, com um objeto que representasse o valor do que seria trocado, uma vez que as trocas eram todas realizadas diretamente com o produto final. O objeto designado a realizar essas trocas deveria possuir determinadas características a fim de apresentar aceitação geral, uma reserva de valor e também denominador de valor comum, o intermediário de trocas, de forma que o tal objeto concebesse um preço de referência ao produto. (FILHO, 2011)
As primeiras formas de moedas que surgiram foram as próprias mercadorias, privilegiando as que apresentavam características especiais. Esta mercadoria deveria ser relativamente rara e apresentar aceitação irrestrita, atendendo as necessidades comuns. 
De acordo com Lopes e Rossetti, em 1998, essas mercadorias ficam conhecidas como moedas-mercadorias, elas facilitaram as trocas e apresentava essencialmente um valor de uso e consequentemente um valor de troca. As primeiras mercadorias utilizadas como moeda variavam temporalmente e regionalmente, por questões climáticas e culturais que impediam a mercadoria de permanecer como base de troca por muito tempo. 
Foram encontrados dados históricos que apresentam a utilização de cevada em relações comerciais na Mesopotâmia em 3000 a.C., assim como outros produtos que também eram utilizados dependendo da região e período, por exemplo: o sal, bambu, tabaco, canela, lã, seda, açúcar, chá, arroz, rum, madeira, entre outros (Lopes e Rossetti, 1998). Como apresentado no texto de Lopes e Rossetti: 
“As moedas-mercadorias variaram amplamente de comunidade para comunidade e de época para época, sob marcante influência dos usos e costumes dos grupos sociais em que circulavam.” (LOPES E ROSSETTI, 1998, pág. 29) 
Como as moedas-mercadorias apresentavam funções de grande importância para a realização das relações comerciais, e visando facilitar e encontrar um meio comum de trocas encontrou-se os metais, como por exemplo: o cobre, o bronze e o ferro. Os metais apresentavam características que as moedas-mercadorias não conseguiam e que eram de suma importância para o bom funcionamento das relações de trocas, os metais apresentavam características como, a homogeneidade, a divisibilidade e a durabilidade. Segundo Lopes e Rossetti: “De forma geral, os metais eram as mercadorias que mais se ajustaram às funções monetárias.” (LOPES E ROSSETTI, 1998, pág. 29)
Devido à abundância, os metais não continham uma função valiosa e de grande importância para tornar-se o meio geral de troca, eles não apresentam a função de reserva de valor. A solução paraa necessidade do meio de trocar apresentar reserva de valor foi encontrada nos metais nobres, como por exemplo, o ouro e a prata. Esses metais nobres além das características dos metais comuns possuem essa particularidade e mantêm duas outras importantes funções: a raridade e a aceitação mundial (Eichengreen, 2007). 
As sociedades, através da cunhagem dos metais nobres passam a identificar seus metais nobres, garantindo seu grau de pureza e sua aceitação. Criando assim, as moedas metálicas ou moedas cunhadas, as quais se tornaram as primeiras moedas públicas de aceitação obrigatória (Eichengreen, 2007).
“A prata foi a moeda predominante durante toda a Idade Média e persistiu até a era moderna. Outros metais eram muito pesados (como o cobre) ou muito leves [...] Essa combinação de moedas de ouro, prata e cobre era a base para as compensações internacionais.” (EICHENGREEN, 2007, pág. 31)
Para contornar os defeitos que a moeda metálica apresentava, entram em cena as casas de custódia, onde se cria certificados para depósitos, lastrados nestas moedas feitas de metais nobres. Os certificados passam a ser aceitos no lugar do metal e negociado no mercado como meio de troca, por que eram certificados emitidos mediante um lastro metálico integral. O papel-moeda, como ficou conhecido, era facilmente convertido em ouro, também conhecido como moeda conversível, para isso as casas de custódias normalmente cobravam uma pequena taxa pela custódia. Os autores Lopes e Rossetti afirmaram: 
“As casas de custódia [...] passaram a custodiar ouro e prata, fornecendo aos depositantes certificados de depósitos, os quais, por comodidade e segurança, começaram a circular no lugar dos metais monetários.” (LOPES E ROSSETTI, 1998, pág. 32) 
A essa altura, o papel-moeda detinha lastro de 100% e plena conversibilidade, o que significa que, a qualquer momento, o detentor poderia resgatar a quantidade equivalente de metal precioso depositado. Como dificilmente os depositantes fariam a solicitação do resgate do metal simultaneamente, os depositários começaram a emitir certificados não lastreados integralmente, criando o que ficou conhecido como moeda fiduciária. (LOPES; ROSSETTI, 1998, ECB, 2012).
O modelo de moeda fiduciária pautado na confiança (fiducia) da sociedade perante os agentes depositários em relação a gestão de reservas de metais teve sua estrutura abalada devido aos inúmeros problemas causados pelas crises monetárias, configurando o novo estágio de papel-moeda, conhecido como curso forçado. Este apresenta as seguintes características: inexistência de lastro metálico, conversibilidade inexistente e emissão do Estado. (LOPES; ROSSETTI, 1998).
Apesar da moeda de curso forçado ser determinada por decreto para que se tenha um valor, dessa forma garantida no código legal, a confiança no emissor estatal é fundamental para um funcionamento mais efetivo do sistema monetário. (ECB, 2012).
Associadamente ao modelo de curso forçado foi desenvolvida a moeda escritural, correspondente aos depósitos à vista nos bancos, movimentada por meio de cheques ou transferências. (LOPES, ROSSETTI, 1998).
Os avanços tecnológicos, principalmente, com o avanço da internet, propiciaram ao sistema monetário uma redução do uso de moedas manuais e cheques. As moedas tornaram-se um agrupamento de registros eletrônicos, representando outros ativos, tendo como principais meios de transação os terminais de autoatendimento e Internet. Isso foi um marco ao sistema, o que Gremaud et al (2004, p.231) denominam de “moeda sofisticada”.
1.2 – Definições da moeda
Uma transação econômica não consiste em uma troca de um bem ou serviço por um meio de troca, mas por um crédito ou direito a receber, caracterizando as trocas como relações de débito-crédito. Em virtude disso, torna-se arbitrário o meio para configurar uma transação econômica, bastando haver o reconhecimento de obrigação ou dívida, 
Nesta seção, serão conceituadas as funções de uma moeda, sendo a primeira delas – intermediária de trocas, geralmente caracterizada pelo surgimento da moeda e é imprescindível para a passagem da economia do escambo à economia monetária. O instrumento de troca reduziu o tempo empregado nas transações, tornando a moeda como meio de troca universal na sociedade e, permitindo aos indivíduos um melhor direcionamento de seu tempo a outras atividades, avançando a especialização e divisão social do trabalho. (LOPES; ROSSETTI, 1998).
A medida de valor, considerada a segunda propriedade da moeda, refere-se a uma padronização de medida dos valores dos bens e serviços da sociedade. Sem uma unidade de conta, todos os produtos disponíveis deveriam ser expressos uns em relação aos outros, como forma de valorá-los. (LOPES, ROSSETTI, 1998).
 
1.2 – Descentralização
Hayek demonstra que o dinheiro em nada difere de outros produtos primários e que seu abastecimento seria efetuado de maneira melhor por meio da competição entre emissores privados do que por meio de um monopólio governamental. E caso o monopólio fosse o único meio, o padrão ouro seria o melhor sistema (Artur Seldon, 1976 apud. Hayek, 2011). 
Hayek utiliza como suposição a ideia de que é possível estabelecer diversas instituições espalhadas pelo mundo livres para emitir moeda em um sistema competitivo, cada uma com sua nomenclatura protegida e sem sofrer fraudes, que então competiriam pela preferência do público, e a partir desse pressuposto continua sua discussão. 
O livre mercado forneceria variedade e quantidade ótima do produto, e a concorrência ajustaria esse ponto ótimo. A moeda privada seria bem mais estável em seu poder de compra, dificilmente falsificada e disponível em denominações mais conveniente (Hayek, 1996 apud. Murphy, 2010).
Hayek explica que a moeda privada não deveria ser a mesma emitida por agentes privados, cada um emitiria a sua, a qual seria escolhida pelo público: 
“A maior parte das pessoas parece imaginar que qualquer proposta de que agentes privados emitam dinheiro significaria que poderiam ter permissão para emitir o mesmo dinheiro que qualquer outro indivíduo (o que, no caso de moeda fiduciária, equivaleria ao crime de falsificação) em lugar de emitir tipos diferentes de dinheiro, claramente distinguíveis pelas diferentes denominações que receberiam, entre os quais o publico pudesse escolher livremente” (HAYEK, 2011, pág. 30) 
Permitindo a competição entre as diversas moedas, Hayek propôs que todos os países aderissem ao livre comercio de moeda, sem impor qualquer obstáculo à livre negociação das moedas dos outros países, assim cada país seria obrigado a manter o valor de seu meio circulante estável. Outro ponto importante da proposta é a livre atividade bancária e a expansão e contração das estruturas de crédito bancário, que é a principal desculpa para o controle do governo sobre a moeda. Os agentes privados poderiam emitir moeda, a qual deveria ser escolhida pelo público conhecidas como moedas privadas concorrentes (Hayek, 2011).
Segundo Hayek, assumindo a hipótese das moedas nacionais concorrerem com as moedas privadas, entre todos os países, permitiria que os agentes escolhessem as melhores moedas tanto qualitativamente quanto com maior aceitação. O principal benefício da proposta de concorrência é impedir que o governo esconda as consequências de suas medidas prejudiciais à moeda. Caso o governo assumisse uma medida ruim para a moeda, a mesma seria substituída por outra moeda, os agentes escolhem a melhor moeda para utilizar. 
A teoria empregada para justificar o monopólio governamental sobre a emissão de moeda é a necessidade da moeda de curso legal, curso legal significa forma de dinheiro que não pode se recusar na liquidação de uma dívida contraída em uma moeda emitida pelo governo. Para Hayek (2011) na medida em que o governo possua este monopólio e estabeleça uma moeda, o mesmo tem o poder de determinar quais os objetos que podem efetuar a liquidação de débitos contraídos com essa moeda. Nem toda forma de pagamento precisa ser moeda de curso legal. Hayek escreve sobre o assunto:“Certamente pode existir dinheiro, e mesmo muito satisfatório, sem qualquer intervenção do governo, embora raramente tenha sido permitido que esse dinheiro existisse por muito tempo [...] papel moeda [...] ‘por que não é moeda de curso legal e porque não concerne ao estado é geralmente aceito como dinheiro’ (Willen Vissering). Foram os governos que nos obrigaram a aceitar apenas um tipo de dinheiro em qualquer território nacional. Mas permanece aberta a questão da necessidade ou possibilidade das pessoas, conhecendo as vantagens de um dinheiro melhor, obtê-lo sem toda a parafernália que fira em torno da moeda de curso legal” (HAYEK, 2011, pág. 45) 
A principal vantagem de uma moeda nacional única é a facilidade na comparação dos preços. Entre as desvantagens encontra-se a inflação e as instabilidades periódicas. A má administração realizada na moeda ocasiona mais desvantagens do que vantagens para a moeda (Hayek, 2011). 
No passado, quando as moedas em circulação eram as moedas metálicas, fez-se necessária uma forma de certificação para garantir o grau de pureza dos metais, e as moedas passaram a ter valor se possuíssem selo ou brasão real (teoria do valor impositus: o valor da moeda depende da autoridade estatal). A senhoriagem cobrava pela cunhagem dos metais preciosos, esses valores mais tarde tornaram-se uma receita que era obtida pela emissão de moedas lastreadas, o que acabou atraindo os olhos do governo para o controle da moeda. A moeda vira um instrumento de consolidação do poder do Estado, conforme escrito no artigo de Seldon: 
“A criação do papel moeda, associada aos empréstimos compulsórios contra os quais se emitiam recibos cuja aceitação era compulsória, apenas reforçou os ganhos de senhoriagem mesmo em governos democráticos, pois já que Hayek percebe uma ‘impossibilidade política’ (mas não técnica) de se controlar adequadamente a oferta monetária. A moeda virou, portanto, mais um instrumento para a consolidação do poder do Estado.” (SELDON, 2011, pág. 646) 
O grande problema da emissão são os abusos, realizados pelas instituições que controlam a moeda, que causam inflação e instabilidades econômicas graves. Durante o absolutismo ocorreu a possibilidade da criação de moedas privadas, uma vez que a moeda possuída uma qualidade fraca, assim poderia se criar moedas privadas rivais, contudo, os bancos só aceitavam as moedas legais o que consequentemente protege o sistema (Seldon, 2011).
Hayek diz que é feita uma confusão com a lei de Gresham, criada pelo Sir Thomas Gresham em 1558, essa lei pode ser resumida em uma frase: a má moeda tende a expulsar do mercado a boa moeda. Hayek diz é um equívoco acreditar que o dinheiro ruim afasta o dinheiro bom, tornando-se necessário a existência de um monopólio governamental. A seleção seria em direção da moeda considerada melhor, o que rapidamente eliminaria o dinheiro de menor valor de circulação. A partir de uma paridade cambial, o dinheiro ruim retiraria o dinheiro bom de circulação, ou seja, em uma situação em que existe mais de uma moeda em circulação a moeda de valor mais baixo, ou seja, uma moeda artificialmente valorizada será a preferida para ser usada como moeda corrente, ao passo que a moeda de valor mais alto (aquela que está artificialmente desvalorizada) será armazenada (Seldon, 2011). 
O momento mais importante em que existiu duas moedas concorrentes foi o período do bimetalismo, onde existia moedas de ouro e de prata. A existência se explica pelo facilitador de trocas que ocorria com as duas moedas, sendo o ouro um metal mais valioso e a prata um de menor valor. Sempre se buscou ter uma paridade fixa entre as duas moedas, contudo, verificando a lei de Gresham a experiência não obteve sucesso. Esse fato pode ser considerado como precursor para a ideia da moeda única ser a melhor opção. 
1.3 Anonimato
Capítulo 2 Principais Escolas e a Moeda
2.1 Escola Keynesina
John Maynard Keynes possui uma visão divergente à dos economistas clássicos. Os economistas clássicos defendem que toda renda gerada no processo produtivo volta ao mercado como demanda por bens e serviços, defende a neutralidade da moeda e propõe o mercado com intervenção do Estado na economia para conduzir a sociedade ao pleno emprego, entre outros. Keynes defende o Estado intervencionista na economia, não aceita a neutralidade da moeda, porque a moeda afetaria outras variáveis econômicas como: a taxa de juros e o emprego.
“[...] o ativismo do Estado é um complemento indispensável ao funcionamento dos mercados para se obter o máximo nível de emprego possível e, portanto, maximizar o nível de bem-estar da coletividade.” (KEYNES, 1996, pág. 20) 
A moeda além de atender a necessidade de um instrumento de troca, também possibilita a especulação. Ela é mais que um meio de pagamento e reserva de valor, é uma forma de riqueza a qual pode apresentar retornos pagos pela liquidez, conhecidos como o prêmio pela liquidez. A liquidez da moeda é afetada pelas incertezas sobre o futuro, quanto maior a incerteza sobre o futuro maior a tendência de retenção de moeda e vice-versa.
“A quantidade da moeda determina a oferta de recursos líquidos e, consequentemente, a taxa de juros, e, em conjunto com outros fatores (particularmente a confiança), o estímulo a investir, o que por sua vez fixa o nível de equilíbrio da renda, da produção e do emprego e (a cada etapa em conjunto com outros fatores) o nível de preços como um todo através das influências da oferta e da demanda assim estabelecidas.” (KEYNES, 1996, pág. 20)
Deste modo, a taxa de juros é a recompensa por abrir mão da liquidez, Keynes vê a especulação como inversa a taxa de juros, acredita que o indivíduo racional, aceitando mudanças futuras nos preços a seu favor, retém moeda, especulando sobre o seu futuro e aguardando as mudanças nos preços. 
De acordo com Keynes (1996) a taxa de juros funciona como um preço que concilia o desejo de manter riqueza em forma líquida com a quantidade de moeda disponível. E é determinada pela preferência pela liquidez dos agentes, ou mesmo pela política adotada pelas autoridades monetárias. A expectativa por alterações na taxa de juros ou queda no preço de títulos no futuro cria a possibilidade de ganhos e eleva a retenção de moedas para fins especulativos. 
Em suas observações, Keynes notou que se a taxa de juros está baixa e o preço dos títulos elevados ocorre uma forte propensão de se reter ativos monetários na expectativa da queda dos preços dos títulos. Se a taxa de juros está alta e o preço dos títulos baixos tende-se, ao contrário do primeiro exemplo, reduzir a retenção de ativos monetários para especulação e aumentar as aplicações em títulos devido à expectativa de que seus preços se elevem (Keynes, 1996).
A taxa de juros muda as expectativas sobre o futuro da moeda, podendo, dependendo das alterações do juro gerar ganhos de capital. Para os clássicos a moeda é neutra, um instrumento de troca e não geraria efeitos na economia, Keynes classifica a moeda como não neutra, sendo assim, ela afeta os motivos e as decisões dos agentes. As alterações na quantidade de moeda no mercado afetam os níveis de investimentos e a demanda agregada, portanto afeta o nível de emprego e de produção. Keynes (1996) explica que popança e investimento funcionam a partir da decisão do agente, essa decisão depende da existência de moeda disponível, com a retenção de moeda é possível se proteger contra incertezas futuras (moeda não neutra). 
Os economistas keynesianos criticam fortemente os clássicos por não considerarem o tempo como variável na tomada de decisão, as decisões são tomadas em um contexto de incertezas, dentro de uma dimensão temporal e desconhecimento dos agentes. Segundo Keynes (1996), decisões devem considerar o futuro, quanto mais distantes o horizonte, mais irrelevante se torna a informação que possuímos.
Keynes defende que o Estado deve intervir na economia visando precaver a economia contra crises, estabilizando a economia, conforme Corazza: 
“O pensamento de Keynes reflete um momento de profundacrise do sistema capitalista. Sua teoria econômica é basicamente uma teoria monetária da produção que incorpora a ação estatal como mecanismo de estabilização de uma economia essencialmente instável, tende ao desemprego e a crises cíclicas.” (CORAZZA, 1986, pág. 76).
Para Keynes (1996), o ciclo econômico é resultado da variação cíclica na eficiência marginal do capital, ou seja, pela expectativa da renda e do preço de oferta do bem de capital. Os ciclos econômicos são agravados por modificações em variáveis importantes que o acompanham no sistema econômico de curto prazo. A crise também é importante para entender os ciclos, a crise separa as transições de expansão econômica. A crise começa com a tendência da taxa de juros em aumentar, devido ao aumento pela demanda de moeda. Os rendimentos esperados caem, a incerteza e dúvidas sobre o futuro acompanham as falhas do sistema. A elevação da taxa de juros faz com que os investimentos caiam, o público prefere a liquidez. Assim, a solução para expansão é a taxa de juros baixa, onde os investimentos e retornos sobre o capital aumentam. 
O ciclo econômico para Keynes (1996) está na mudança do desenvolvimento econômico e na instabilidade do sistema econômico, que sofre alterações na taxa de juros que ocorrem devido a crescimento, inovações ou expectativas da renda esperada.
2.2 Escola Marxista
 
Capítulo 3 Capital Financeiro 
3.1 Crises
O tema das crises não está sistematizado por Marx em uma determinada passagem de O capital. O autor não dedicou ao assunto um capítulo específico com definições lapidares sobre o fenômeno. A explicação para isso – além de que Marx pretendia, em seu plano inicial, apresentar o tema num livro à parte – está no fato de que as crises fazem parte do movimento dialético do capital. Sua possibilidade de deflagração está contida desde o nível mais abstrato até o mais concreto (onde se torna necessária ao sistema). Marx não sistematiza o conteúdo das crises (nem sua causa) porque esses elementos do fenômeno estão contidos na relação capital básica, desenvolvida desde o Livro Primeiro até o final da obra. Ao longo do texto, o autor atravessa diferentes níveis de abstração, passando do particular ao geral, do abstrato ao concreto, e nesse método dialético a crise potencial, abstrata, torna-se concreta com a análise do processo global de produção, em que todas as contradições estão desenvolvidas, assim como as formas particulares assumidas pelo capital (capital comercial, mercadoria-capital, capital fictício etc.). As crises se concretizam com o próprio capital, exacerbando as contradições básicas contidas na mercadoria e nos aspectos úteis e genéricos do trabalho humano. Essas contradições são a expressão mais simples do modo de produção capitalista, que, desde o início, exibe a marca da oposição dialética entre valor e valor de uso.
 Como afirmou Marx, “as condições de exploração direta e as de sua realização não são idênticas. Divergem não só no tempo e no espaço, mas também conceitualmente” (Marx, 1984, L III, t. 1, p. 185). A contradição interna que leva ao aumento da composição orgânica – e, conseqüentemente, à queda na taxa de lucro – procura compensar-se pela expansão do campo externo da produção. “Quanto mais, porém, se desenvolve a força produtiva, tanto mais ela entra em conflito com a estreita base sobre a qual repousam as relações de consumo” (Marx, 1984). A lei da queda l da taxa de lucro é decorrência da lei geral de acumulação capitalista, que implica o aumento da composição orgânica. Mas a lei geral, ao mesmo tempo, implica aumento da concentração e centralização do capital. 
É importante dizer que não necessariamente a queda da taxa de lucro global implica redução da acumulação de capital, pois está é determinada pela massa de mais-valia (reinvestida), que, com o aumento do capital global, pode crescer mesmo que a taxa de lucro decresça. Pelas mesmas razões, o fato de o capitalismo se reajustar continuamente e encontrar formas de conter a lei da queda da taxa de lucro não contradiz a lei, antes a confirma. O mesmo se dá com o fenômeno das crises, como veremos. 
O capitalismo gera suas próprias crises. Em outras palavras, a sociedade capitalista tem como contradição inerente o fato de que a capacidade de reprodução ampliada do capital (objetivo da produção) é obstruída pelo próprio sistema econômico posto em funcionamento.
A contradição, expressa de forma bem genérica, consiste em que o modo de produção capitalista implica uma tendência ao desenvolvimento absoluto das forças produtivas, abstraindo o valor e a mais-valia nele incluídos, também abstraindo as relações sociais, dentro das quais transcorre a produção capitalista (Marx, 1984, p. 188).
Capitalismo financeiro-rentista
A mudança do capitalismo dos empresários para o tecnoburocrático é bem conhecida. Data da Segunda Revolução Industrial - o surgimento da eletricidade, do motor a combustão, da linha de montagem e da gestão científica. Existe farta literatura sobre o tema, para a qual contribuí na década de 1970.
 O novo deslocamento da formação social dos empresários capitalistas para os tecnoburocratas recebeu muitos nomes: capitalismo gerencial, capitalismo da nova classe média, capitalismo do conhecimento, capitalismo de Estado. Eu o chamei de capitalismo tecnoburocrático para enfatizar a natureza mista da formação social dominante nos países desenvolvidos após a Segunda Guerra Mundial, combinando a coordenação da economia pelo mercado e pelo Estado. É um tipo de sociedade que se deve distinguir, por um lado, do capitalismo liberal ou clássico existente antes da Grande Depressão e, por outro, do estatismo, ou tecnoburocracia, do qual o caso paradigmático foi a União Soviética.
O capitalismo tecnoburocrático tornou-se dominante depois da Grande Depressão e do fracasso do capitalismo clássico ou dos empresários - a formação social que Marx viveu, analisou e criticou. Franklin Delano Roosevelt, pelo lado político, John Maynard Keynes, pelo econômico, Henry Ford, pelo empresarial, e o novo poder popular com a conquista do sufrágio universal abriram as portas para um capitalismo social e desenvolvimentista depois da Segunda Guerra mundial; para uma coalisão de classes ampla que veio a ser conhecida como fordismo, ou os Anos de Ouro do Capitalismo.
A hegemonia dessa coalisão de classes social e desenvolvimentista, o acordo de Bretton Woods e as políticas macroeconômicas keynesianas resultaram em altas taxas de crescimento, alguma redução da desigualdade e uma suspensão radical das crises financeiras cíclicas. Mas foi esse mesmo triunfo que criou as condições para uma segunda mudança profunda do capitalismo. Depois da guerra, os empresários, que nos cinquenta anos anteriores haviam transferido a gestão das grandes empresas para os tecnoburocratas, transferiram seu capital, a propriedade das companhias, aos seus filhos e netos. Dadas as óbvias limitações intelectuais e políticas dos capitalistas rentistas, agentes sociais ociosos, eles não tiveram como alternativa a não ser recorrer aos financistas para não só gerenciar sua riqueza, mas também agir como seus intelectuais orgânicos. Quando, na década de 1990, o notável marxista francês François Chesnais lançou a interpretação do capitalismo como capitalismo financeirizado, estava reconhecendo o novo poder dos financistas e das instituições financeiras. Identificara um novo fenômeno histórico que era essencialmente diferente do "capitalismo financeiro" de Hilferding - a fusão do capital bancário com o capital industrial nos grandes bancos comerciais. O que eu acrescento ao capitalismo financeirizado é o capitalista rentista - um agente econômico capitalista que tem alguns paralelos com as aristocracias do Ancien Régime: seu desligamento em relação ao sistema produtivo e, portanto, seu caráter essencialmente supérfluo, que deve ter sido o motivo para Keynes ter pedido a "eutanásia dos rentistas" no capítulo final da sua Teoria Geral.
3.2 Moeda Social
Diante das teorias expostas podemos afirmar que a participaçãohegemônica do setor básico na realização de riqueza, tanto real como monetária, como o saldo do fluxo de rendas e a consequente endogeneidade da moeda na economia local, condicionam economia local a uma limitação de crescimento na ausência de um setor exportador dinâmico e na presença de forças centrífugas sobressalentes que atuam sobre a base monetária local. Em relação a essa questão vêm surgindo a algum tempo iniciativas que procuram estabelecer uma nova dinâmica econômica de maneira bem delimitada que, em tese, atinge essa parte da sociedade que se encontra excluída do processo econômico, que são as chamadas moedas sociais. Estas têm o objetivo de incentivar e dinamizar as relações de troca de um determinado local, fomentando principalmente o setor não básico, via implementação de um instrumento de troca, distinta da moeda oficial e de emissão restrita ao Banco Central. Em teoria esse tipo de iniciativa tende a ampliar a velocidade de circulação da base monetária local e, consequentemente, a renda da comunidade, visto que potencializa as trocas.
3.2 A MOEDA SOCIAL E SEU PAPEL NO CRESCIMENTO LOCAL
Mundo afora, há várias modalidades de moedas sociais, mas, talvez as que mais se destacam, são as que centralizam no microcrédito a perspectiva de dinamização da economia local, via inclusão no sistema de produção e consumo àqueles desprovidos de moeda pelo sistema de mercado. Em tese, as necessidades por bens e serviços providos internamente tenderão a aumentar, pelo fato das pessoas passarem a consumir localmente, condicionados pela circulação e abrangência da moeda social. O fundamento lógico é que a introdução de moedas sociais em âmbito local, restrita e com objetivos específicos formulados por seus participantes, deixa implícitos impactos econômicos positivos como aumento do poder de compra e a inclusão de indivíduos excluídos do processo econômico via concessão de micro-empréstimos de caráter produtivo ou mesmo para consumo.
Para Freire (2009) as moedas sociais inserem uma nova tecnologia de autofinanciamento e desenvolvimento endógeno territorial ou setorial, um instrumento de natureza e estrutura contratual, como potencial para resolver ou atenuar o problema do desencaixe entre disponibilidade de capital (recursos disponíveis) e necessidades não atendidas. Estas seriam um meio alternativo para viabilizar o acesso aos direitos econômicos. A moeda social, não tem a ambição de substituir a moeda oficial, porque entre suas características não está o curso forçado e o poder liberatório da moeda nacional, visto que só é utilizada pelos participantes do projeto, conforme podemos visualizar no Quadro 4. Vale destacar, no entanto que diferentemente a autora, no item 3 em moeda social, temos uma posição divergente pois nosso entendimento é de que a moeda social cumpre todas as funções da moeda nacional.
Segundo Freire (2009) as moedas as moedas sociais podem ser utilizadas como instrumento de políticas públicas de finanças por que são compatíveis com a política monetária sob a responsabilidade do Banco Central, pois quando bem gestado não afeta o poder do BC de controlar a quantidade de moeda e de crédito, não ameaça o sistema de pagamentos, ou seja, não coloca em risco a estabilidade do sistema financeiro. Ao compatibilizar um novo instrumento de política pública que não traz riscos ao sistema como um todo pela abrangência limitada das experiências, Freire (2009) afirma que estas criam condições favoráveis para o desenvolvimento das economias locais, sendo suas afirmações são corroboradas com a endogeneidade da oferta de moeda de Kohler (2003), pois na inexistência de um setor básico indutor de crescimento uma pequena economia e na presença de forças centrífugas há a possibilidade de lançar mão deste tipo de iniciativa, sendo que em tese a introdução de uma moeda social aumentaria a velocidade de circulação da base monetária local e com isso se elevaria também a renda.
3.3 Posição da Receita Federal
3.4 Posição do Congresso Nacional
Conclusão
OBJETO
O trabalho discutiu desde o surgimento da moeda, como um objeto utilizado de meio para realizar trocas até os dias atuais onde verificamos uma nova fase da evolução onde a moeda passa a se libertar das amarras e controles do governo. A descentralização da moeda já está presente como podemos verificar nesse trabalho. A descentralização da moeda ainda apresenta muita resistência e dificuldade de aceitação pelos agentes, falta de confiança. O governo se posicionaria contra a descentralização da moeda e o mesmo tentará impedir ou dificultar o surgimento de moedas privadas, com o surgimento de moedas privadas o Estado perderia o controle sobre a moeda, o que acarretaria na perda da possibilidade de realizar diversas manobras do seu interesse, como por exemplo: o controle monetário realizado pela ação estatal na taxa de juros, controlando o fluxo de investimentos. O trabalho apresentou teorias clássicas, keynesianas e marxista, nas quais utilizamos como base para aprofundar os estudos sobre a descentralização da moeda, verificando como se deu o surgimento das moedas privadas, como funcionaria a adoção dessas moedas, as perdas do governo, e os ganhos para a sociedade.
A partir de todas as observações apresentadas nessa monografia, a evolução que a moeda apresentou desde sua criação quando se recebiam certificados de depósitos em troca da moeda metálica depositada nas casas de custódia e que hoje se tornaram as moedas nacionais. Encontrando toda essa análise no trabalho apresentado, discutimos melhor a questão chave do trabalho sobre a possibilidade a tendência tomada pela moeda.
Com as teorias apresentadas no decorrer desse trabalho, é possível abordar a adoção da moeda privada na economia, sem controle de uma entidade governamental e de livre concorrência. A melhor forma para a realização do abastecimento da moeda para a sociedade seria com base na competição entre emissores de moeda privada, sendo o seu principal benefício impedir que o governo esconda as consequências de suas medidas prejudiciais a moeda, como vimos no trabalho, uma vez que a concorrência entre moeda permite a troca da moeda má administrada por uma melhor administrada (os agentes escolherem a melhor moeda para utilizar).
Questão; Hipotese Central
No capitulo I, abordamos o surgimento da moeda e falamos sobre as teorias clássicas e keynesianas. A moeda surgiu da necessidade humana de realizar trocas, o objeto que se buscava para esta função deveria possuir algumas características: aceitação geral reserva de valor e denominador de valor comum (criaria um preço referencia para os produtos). No sistema social de trocas todas as transações ocorriam a partir de trocas entre produtos, que apresentava problemas, por exemplo: a indivisibilidade dos produtos e não homogeneidade. Para corrigir esses problemas era necessário buscar um objeto com características especiais, sendo elas: uma mercadoria relativamente rara e que possuisse aceitação geral. Nos metais encontraram grande parte dessas necessidades, eles possuíam a homogeneidade, eram divisíveis e duráveis, contudo, não possuíam reserva de valor. Com os metais nobres encontra-se o efeito de reserva de valor, além de apresentarem a raridade e aceitação total. Ainda existiam diversas dificuldades com as moedas de ouro, elas apresentavam um valor alto para as negociações diárias, era necessário vários dias de trabalho em troca de uma moeda, eram muito pesadas para o manejo de grandes quantidades. Para contornar os defeitos que as moedas metálicas apresentavam as casas de custódia passam a emitir certificados para os depósitos de moedas metálicas, os certificados seriam lastrados nessas moedas depositadas e poderiam ser facilmente convertido em ouro, ficou conhecido como papel-moeda.
A lei geral de acumulação capitalista é a consolidação do nível de abstração inicial abordado por Marx no Livro Primeiro de O Capital. Esse nível de análise dá conta da essência do modo de produção capitalista. O que este trabalho procurou apontar é que, já no nívelmais abstrato de sua análise, porém o mais essencial do ponto de vista do funcionamento do sistema, as crises são uma possibilidade imanente à lógica do capital. Em outras palavras, a lei geral reflete a causa das crises de forma abstrata, sendo conseqüência das contradições sistêmicas do capitalismo. “Nenhum capitalista emprega um novo método de produção, por mais produtivo que seja ou por mais que aumente a taxa de mais-valia, por livre e espontânea vontade, tão logo ele reduza a taxa de lucro” (Marx, L. III, t. 1, p. 198), ele o faz por conta das necessidades impostas pelo sistema econômico essencialmente contraditório em que vive. Ou seja, a lei geral atua por conta das contradições do capitalismo. Ela é a sistematização do processo de produção em nível geral, dissociado das condições de circulação e de interação no processo global. Como a produção é a essência do modo de produção capitalista e a lei geral é a sistematização desse nível de abstração, podemos ver como o capitalismo depende essencialmente das crises para sua reprodução, que deve ser necessariamente ampliada. 
“As crises do mercado mundial têm de ser concebidas como a convergência real e o ajuste à força de todas as contradições da economia burguesa. Os diversos fatores que convergem nessas crises têm, portanto de ser destacados e descritos em toda esfera da economia burguesa, e, quanto mais nesta nos aprofundarmos, têm de ser detectadas novas características desse conflito, e ainda é mister demonstrar que as formas mais abstratas dele são interativas e se contêm nas mais concretas” (Marx, 1983, vol 2, p. 945).
A evolução da moeda como instrumento de troca refletiu a capacidade do homem de ampliar o leque de bens e serviços ofertados e possibilitou a realização de um infindável número de transações. Fruto do processo de especialização produtiva, este instrumento foi agregando características de homogeneidade, divisibilidade, transferibilidade e fácil transporte na medida em que o progresso econômico necessitava de um fluído mediador das transações, sendo que desde as moedas mercadorias até a moeda escritural de nosso tempo não representam o fim do processo. O desenvolvimento de sistemas digitais para pagamento e recebimento, principalmente em celulares, já são realidade e vislumbram no futuro a possibilidade da inexistência de moeda física, ou seja, o processo não é estático. 
Ao perceber sua importância vimos que se refletiu nas divergências teóricas sobre seus efeitos na economia, onde de um lado temos a escola clássica que afirma que a moeda é neutra, determina apenas o nível geral de preços e não influência o comportamento da produção, do emprego e das taxas de juros. Do outro lado temos o modelo Keynesiano, que afirma que a moeda não é neutra, afeta via taxa de juros os investimentos e consequentemente o nível de demanda agregada. Assumimos então, a posição Keynesiana de não neutralidade da moeda somada a exogeneidade de sua oferta em âmbito macroeconômico.
Doutra forma, na economia local este trabalho agrega uma posição de que neste macroambiente a oferta de moeda ou base monetária tem caráter endógeno, ou seja, seria a dinâmica econômica interna ditada pelo setor básico agregador de rendas somado ao fluxo de rendas dessa economia que determinaria a base monetária local. A Teoria da Base Exportadora e a Teoria da Base Econômica assim como a endogeneidade da base monetária local serviram de sustentação teórica para a discussão da moeda na economia local. A primeira distingue os setores econômicos em básico, voltado ao mercado externo e não básico voltado ao mercado interno, sendo que o básico seria o promotor do crescimento local por agregar renda externa e o não básico dependente deste na medida em seria reflexo dos efeitos do outro. A Teoria da Base Econômica adiciona à Teoria da Base Exportadora o fluxo de rendas, pois necessariamente toda economia tem fluxos de recursos, entradas e saídas, como níveis de gastos do governo local ou transferências do governo federal. A construção de Kohler (2003) que se utiliza dessas teorias corrobora a ideia da oferta de moeda endógena, captada por sua balança de pagamentos empírica sendo determinada pelas transações correntes (NX) e pela balança de capitais (BK), onde a presença e um setor básico ou exportador teria o papel de aumentar o estoque monetário do local, assim como seu estoque de riqueza.
As moedas sociais por sua vez, surgem como um instrumento para aumentar a velocidade de circulação da moeda e, consequentemente, dar instrumentos para geração de renda local, principalmente por aqueles excluídos do processo econômico, que toma forma em recursos humanos não utilizados ou mesmo subutilizados. Estas não têm o papel de resolver por completo o paradigma de economias empobrecidas, que não possuam uma dinâmica econômica própria, mas insere uma nova tecnologia de instrumento monetário, desenvolvimento endógeno, voltado à economia local para empregar estes recursos.
Uma transação econômica não consiste em uma troca de um bem ou serviço por um meio de troca, mas por um crédito ou direito a receber, caracterizando as trocas como relações de débito-crédito. Em virtude disso, torna-se arbitrário o meio para configurar uma transação econômica, bastando haver o reconhecimento de obrigação ou dívida, (METRI, 2012).
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