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MATERIAL ESTUDO DOMICILIAR DURANTE A QUARENTENA 1°ANO

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1 | P a g e
 
 
MATERIAL PARA ESTUDO DOMICILIAR DURANTE A 
QUARENTENA – 1°ANO – LÍNGUA PORTUGUESA 
 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
QUESTÃO 01: Leia o texto abaixo: 
 
O ouro da biotecnologia 
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a 
Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas 
no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do 
cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma 
pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é 
amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é 
que tal exaltação ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é 
diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram 
sobre essas riquezas. 
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais 
(quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a 
Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e 
refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, 
por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial” de 
alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato - e de 
forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser 
comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão 
significar forte entrada de divisas. 
Com sua pesquisa científica carente, idefinição quanto à legislação e 
dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar 
essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como 
o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros - que nos obrigarão a pagar 
pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em 
escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios 
2 | P a g e
 
deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde 
provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil 
acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro 
como fruta no chão. 
 
Uma frase que resume a idéia principal do texto é: 
 
(A) A Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimentos. 
(B) O Brasil não transforma riqueza natural em financeira. 
(C) Os Índios deixam animais e plantas serem levados. 
(D) Os estrangeiros registraram diversos produtos. 
 
QUESTÃO 02: Leia o texto abaixo: 
 
As Amazônias 
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. 
Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região não 
cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era 
assim: água e céu. 
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,cortada 
pelo amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no 
Amazonas. É água que não acaba mais. 
 
O texto trata: 
 
(A) da importância econômica do rio Amazonas. 
(B) das características da região Amazônica. 
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas. 
(D) do levantamento da vegetação amazônica. 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões. 
 
O ato de estudar 
Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas 
partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha 
virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que 
escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil 
andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios 
3 | P a g e
 
de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a 
caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. 
Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. 
Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. 
Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o 
problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores 
deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta 
passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em 
seguida, encontraram uma resposta precisa. 
Não se estuda apenas na escola. 
Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam. 
Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema. 
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos 
caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e 
no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de 
ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o 
estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige 
sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os 
fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um 
texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos 
interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da 
leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de 
cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o 
trabalho por causa do lamaçal? 
Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele 
como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar 
exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não 
repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário! 
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001. p.57-58. 
 
QUESTÃO 03: Identifique a finalidade do texto lido. 
 
QUESTÃO 04: Registra-se uma opinião na passagem: 
 
(A) “Tinha chovido muito toda noite.” 
(B) “Era difícil andar.” 
(C) “Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.” 
(D) “Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.” 
4 | P a g e
 
QUESTÃO 05: “Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. 
Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema 
do lamaçal.”. Nesse segmento, os verbos sublinhados expressam: 
 
(A) uma ordem 
(B) um desejo 
(C) uma orientação 
(D) uma advertência 
 
QUESTÃO 06: Em “Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não 
repetir o que os outros dizem.”, o termo destacado introduz: 
 
(A) uma comparação 
(B) uma explicação 
(C) uma oposição 
(D) uma conclusão 
 
QUESTÃO 07: Em todas as alternativas, os termos grifados indicam a ideia de 
tempo, exceto em: 
 
(A) “Às vezes, os pés apenas escorregavam nela.”. 
(B) “Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram 
ao terreno [...]” 
(C) “Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.” 
(D) “Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos 
caracteriza [...]” 
 
QUESTÃO 08: Leia. 
 
Qual a origem do doce brigadeiro? 
Em 1946, seriam realizadas as primeiras eleições diretas para presidente após 
os anos do “Estado Novo”, de Getúlio Vargas. O candidato da aliança PTB/PSD, 
Eurico Gaspar Dutra, venceu com relativa folga. Mas o título de maior 
originalidade na campanha ficou para as correligionárias do candidato derrotado, 
Eduardo Gomes (da UDN). Brigadeiro da Aeronáutica, com pinta de galã, 
Eduardo Gomes tinha um apoio, digamos, entusiasmado. Para fazer o “corpo-a-
corpo” com o eleitorado, senhoras da sociedade saiam às ruas convocando as 
mulheres a votar em Gomes, com o slogan: “Vote no brigadeiro. Ele é bonito e 
5 | P a g e
 
solteiro”. Não satisfeitas ainda promoviam almoços e chás, nos quais serviam um 
irresistível docinho coberto com chocolate granulado. Ao qual deram o nome, 
claro, de brigadeiro. 
 
A finalidadedesse gênero de texto é 
 
(A) propor mudanças. 
(B) refutar um argumento. 
(C) advertir as pessoas. 
(D) trazer uma informação. 
(E) orientar procedimentos. 
 
QUESTÃO 09: Leia. 
 
Todo ponto de vista é a vista de um ponto 
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. 
E interpreta a partir de onde os pés pisam. 
Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário 
saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura 
sempre uma releitura. 
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial 
conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem 
convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como 
assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da 
compreensão sempre uma interpretação. 
 
A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de 
 
(A) enfatizar a leitura. 
(B) incentivar a leitura. 
(C) individualizar a leitura. 
(D) priorizar a leitura. 
(E) valorizar a leitura. 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões. 
 
FEIJÕES OU PROBLEMAS? 
6 | P a g e
 
Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um 
sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os 
mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um 
desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos 
de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a 
subida de uma grande montanha. 
Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos 
discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As 
bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, 
observando seu oponente sumir de vista. 
Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio 
anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como 
é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos. 
- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei. 
Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. 
Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é você quem determina. 
 
QUESTÃO 10: Nesse texto, o discípulo que venceu a prova 
 
(A) colocou o feijão em um sapato. 
(B) cozinhou o feijão. 
(C) desceu a montanha correndo. 
(D) sumiu da vista do oponente. 
(E) tirou seu sapato. 
 
QUESTÃO 11: No trecho “- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei”, os 
pronomes oblíquos destacados referem-se 
 
(A) aos sapatos. 
(B) aos problemas. 
(C) aos discípulos. 
(D) aos vencedores. 
(E) aos feijões. 
 
QUESTÃO 12: No texto, qual é o conflito gerador desse enredo? 
 
(A) A necessidade do monge em encontrar um sucessor. 
(B) A solução encontrada pelo discípulo vencedor. 
7 | P a g e
 
(C) A subida dos discípulos a uma grande montanha. 
(D) O desafio proposto pelo mestre aos seus discípulos. 
(E) O sofrimento do discípulo ao ver o oponente vencer. 
 
QUESTÃO 13: Leia o texto a seguir. 
 
As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um 
retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, 
tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades. 
Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato 
quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com 
ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, 
culturais, morais. 
Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem 
povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, 
“mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres 
que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres 
encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma 
época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição 
de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, 
composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a 
maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras 
retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o 
lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, 
sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam. 
BRAIT, Beth. Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento. 
 
No terceiro parágrafo desse texto, a palavra “mina” é representativa da 
linguagem 
 
(A) coloquial. 
(B) jornalística. 
(C) literária. 
(D) padrão. 
(E) técnica. 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões. 
 
8 | P a g e
 
ÁREA INTERNA 
 
Morava no terceiro andar [...]; não havia vizinho, do quarto andar para cima, que 
não jogasse lixo na sua área. Sua mulher era uma dessas conformadas que só 
existem duas no mundo, sendo que a outra ninguém viu: 
- Deixa isso pra lá, Antônio, pior seria se a gente morasse no térreo. 
Antônio não se controlava, ficava uma fera quando via cair cascas de banana, de 
laranja, restos de comida. Em época de melancia ficava quase louco, tinha 
vontade de se mudar. A mulher procurava contornar: 
- Tenha calma, Antônio, daqui a pouco as melancias acabam e você esquece tudo. 
Mas ele não esquecia: 
- Acabam as melancias, vêm as jacas, vêm os abacates. Já pensou, Marieta? 
Caroço de abacate é fogo! 
Um dia chegou na área, tinha até lata de sardinha. Procurou pra ver se tinha 
alguma sardinha, mas a lata tinha sido raspada. Se queimou. Falou com o síndico, 
ele disse que era impossível fiscalizar todos os quarenta e oito apartamentos 
pra ver quem é que atirava as coisas. Pensou em fechar a área com vidro, 
pediram uma nota firme e se não decidisse dentro de sete dias, ia ter um 
acréscimo de trinta por cento. Foi à polícia dar queixa dos vizinhos, o delegado 
achou muita graça, disse que não podia dar educação aos vizinhos e, se pudesse 
daria aos seus, pois ele morava no térreo e era muito pior. [...] 
ELIACHAR, Leon. O homem ao zero. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. 
Fragmento. 
 
QUESTÃO 14: O fato que motivou essa narrativa foi 
 
(A) o descontrole do marido. 
(B) a paciência da mulher. 
(C) o lixo jogado na área. 
(D) a queixa feita contra os vizinhos. 
(E) a resposta dada pelo delegado. 
 
QUESTÃO 15: Assinale o trecho, retirado do texto, que indica ser um exemplo 
de linguagem escrita padrão: 
 
(A) “[...] pior seria se a gente morasse no térreo.” 
(B) “[...] ficava uma fera quando via cair cascas de bananas [...]” 
(C) “Procurou pra ver se tinha alguma sardinha.” 
9 | P a g e
 
(D) “Foi à polícia dar queixa dos vizinhos [...]” 
(E) “[...] era impossível fiscalizar todos os quarentas e oito apartamentos pra ver 
quem é que atirava as coisas”. 
 
QUESTÃO 16: Leia o texto a seguir. 
 
POR QUE TODO MUNDO USAVA PERUCA NA EUROPA DOS SÉCULOS 
XVII E XVIII? 
Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís XIV 
(1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca 
pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a 
calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou 
a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de 
status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre 
as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais 
elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era 
nojenta. “Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses 
cabelos postiços”, afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda 
das Faculdades SENAC, em São Paulo. 
Em 1789, com a RevoluçãoFrancesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das 
cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas 
logo caíram em desuso. Sua origem, porém era muito mais velha do que a 
monarquia francesa. No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes 
sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as 
cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de 
cachos brancos, típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais 
ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes. 
 
No trecho, segundo parágrafo, “[...] elas logo caíram em desuso”, o pronome em 
destaque retoma 
 
(A) diferenças. 
(B) cabeleiras. 
(C) perucas. 
(D) classes sociais. 
(E) cabeças raspadas. 
 
QUESTÃO 17: Leia o texto a seguir. 
10 | P a g e
 
DIABETES SEM FREIO 
A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em 
editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é 
de que atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transformem em 
380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes no 
mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos – doença associada à diabetes. 
Galileu, n. 204, jul. 2008, p. 14. 
 
Qual é a informação principal desse texto? 
 
(A) A diabetes associada a problemas cardíacos. 
(B) O crescimento da epidemia de diabetes no mundo. 
(C) A estimativa de adultos portadores de diabetes. 
(D) O percentual de mortes no mundo. 
(E) O percentual de problemas cardíacos. 
 
Leia o texto a seguir para responder às questões 18 e 19. 
 
PARQUES EM CHAMAS 
Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por serem 
repositórios de espécies animais e vegetais em extinção acelerada noutras áreas 
do país, alguns dos 25 parques nacionais do Brasil tiveram, na semana passada, a 
sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o inverno 
no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as chamas 
tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado 
à cidade do Rio de Janeiro, e convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros 
quadrados do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o 
Estado do Rio. Contido pelos bombeiros já no fim de semana, na Tijuca, e 
abafado por uma providencial chuva no Itatiaia, na quarta-feira o fogo pipocou 
em outro extremo do país. Naquele dia, o incêndio começou no Parque da Serra 
da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela 
caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo menos 
31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. 
 
QUESTÃO 18: O autor justifica o fato de os ecologistas referirem-se aos 
parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte maneira: 
 
(A) Porque são áreas preservadas da caça e pesca indiscriminadas. 
11 | P a g e
 
(B) Porque ocupam espaços administrativamente delimitados pelo Instituto 
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. 
(C) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras 
regiões têm preservada sua sobrevivência nesses parques. 
(D) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais 
em extinção noutras áreas. 
(E) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais 
dos parques. 
 
QUESTÃO 19: A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do 
texto que 
 
(A) embora tivessem ameaçado espécie de animais e vegetais raras, 
apresentaram um lado positivo. 
(B) foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela 
seca prolongada no sertão nordestino. 
(C) não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros. 
(D) só foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a 
cair sobre os parques. 
(E) destruíram parte da flora e fauna das reservas, desfigurando sua paisagem. 
 
Leia o texto a seguir: 
 
JOÃO E MARIA ATUALIZADO 
Era uma vez, duas crianças: uma se chamava João e a outra Maria. João era um 
menino calmo, gostava de música, de brincar ao ar livre e preferia um sanduíche 
natural a uma pizza. Maria era uma menina levada, muito bagunceira que gostava 
de TV, jogos de videogame, computadores e preferia mil vezes pizza a um 
alimento saudável. 
Num belo dia de Sol, resolveram fugir para a floresta em busca de grandes 
aventuras... Então fugiram. Para não se perderem, jogaram latinhas de 
refrigerante pelo caminho. Porém, eles não sabiam que, uma vez a cada dois 
meses, a prefeitura mandava dois funcionários limparem a floresta, e foi 
justamente naquele dia que ocorreu a limpeza. Na hora de voltar, estavam muito 
decepcionados, pois não acharam nenhuma aventura e perceberam que as 
latinhas não estavam mais lá. Ficaram desesperados! Quanto mais andavam, mais 
perdidos ficavam. 
12 | P a g e
 
Depois de andar muito, acharam uma casinha. Maria bateu na porta e logo um 
moço muito mal encarado abriu e disse para eles entrarem. Maria pediu que ele 
esperasse só um pouco. A menina cochichou baixinho no ouvido do irmão: 
- Não gostei nada, nada dele! Você já o viu em algum lugar? João pensou um 
pouco e então se lembrou de que já tinha visto uma reportagem no Datena sobre 
um sujeito parecido com aquele. Todos os meios de comunicação diziam que ele 
se tratava de um pedófilo. 
Maria então notou que havia trazido o antigo celular do pai para o caso de se 
perderem. Tentou ligar para a polícia, só que ali não havia sinal. Começou a ficar 
desesperada. Afastou-se rapidamente da casa a procura de sinal. O homem 
voltou a insistir que eles entrassem. Foi então que o perigoso homem percebeu 
que as crianças não estavam mais lá. Suspeitou que elas pudessem ter 
descoberto que ele estava ali pra se esconder. 
Bem longe dali, a menina conseguiu sinal e ligou para a polícia que chegou ao local 
alguns minutos depois e prendeu o criminoso. 
Eles voltaram para a casa e foram castigados pelos seus pais. João ficou sem 
sanduíche por um mês e Maria não pode jogar no seu XBOX ONE pelo mesmo 
período e nunca se esqueceram do grande perigo que passaram por nada. 
 
QUESTÃO 20: De acordo com o texto, João e Maria fugiram para a floresta 
porque: 
 
(A) Precisavam encontrar com os pais. 
(B) Estavam a procura de comida. 
(C) Buscavam aventura para se divertir. 
(D) Procuravam por um criminoso fugitivo. 
 
QUESTÃO 21: Pode-se afirmar que esse texto é um (a): 
 
(A) Poema 
(B) Conto 
(C) Notícia 
(D) Carta 
 
QUESTÃO 22: Sobre o texto acima, assinale a única alternativa CORRETA: 
 
(A) Esse texto não é literário, porque não se trata de uma ficção. 
(B) Esse texto não é literário, já que não apresenta uma escrita criativa. 
13 | P a g e
 
(C) Esse texto é literário, pois se trata de uma história ficcional, além de ser 
um conto. 
(D) Esse texto é literário, visto que aborda uma história verdadeira, além de se 
tratar de uma notícia. 
 
QUESTÃO 23: Pode-se entender desse texto que: 
 
(A) A história se passa nos dias de hoje. 
(B) João e Maria prenderam o criminoso. 
(C) A prefeitura dificilmente manda limpar a floresta. 
(D) João e Maria são crianças ingênuas. 
 
QUESTÃO 24: No trecho: 
 
“[...] pois não acharam nenhuma aventura e perceberam que as latinhas não 
estavam mais lá.” 
 
A palavra destacada refere-se dentro do texto: 
 
(A) ao caminho 
(B) à prefeitura 
(C) a casinha do homem 
(D) ao quarto de João e Maria 
 
QUESTÃO 25: No trecho: 
 
Tentou ligar para a polícia, só que ali não havia sinal. 
 
A expressão em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido do texto, 
por: 
 
(A) Então 
(B) Mas 
(C) Ou 
(D) Porque 
 
 
14 | P a g e
 
 
 
 
 
 
 
GRAMÁTICA 
15 | P a g e
 
QUESTÃO 01 Ao fazerem uso da linguagem coloquial, os falantes utilizam: :
 
(A) linguagem formal/padrão da língua, porém, escrita da mesmaforma como é 
pronunciada pelos falantes. 
(B) linguagem formal, neologismos, siglas e gestos. 
(C) linguagem informal, gírias, estrangeirismos, abreviações e palavras que não 
se relacionam à norma culta da Língua 
(D) linguagem não verbal, como gestos, mímicas e desenhos. 
(E) linguagem verbal escrita a partir de siglas e abreviações. 
 
QUESTÃO 02 Leia um trecho do poema “A terra é naturá”. :
 
A terra é naturá 
Iscute o que tô dizendo, 
Seu dotô, seu coroné: 
De fome tão padecendo 
Meus fio e minha muié. 
Sem briga, questão nem guerra, 
Meça desta grande terra 
Umas tarefas pra eu! 
Tenha pena do agregado 
Não me dexê deserdado 
 
Com relação ao nível de linguagem empregado no poema, é possível afirmar que: 
 
(A) A linguagem muito coloquial compromete a leitura do poema e, dessa forma, 
impede que o leitor compreenda seu conteúdo e sentido. 
(B) As palavras “dotô”, “conoré” e “muié” revelam uma característica exclusiva 
do dialeto nordestino da língua portuguesa brasileira. 
(C) A linguagem empregada no poema é padrão, embora haja poucas palavras, 
como “dotô”, “conoré”, “muié” e “dexê”, que são utilizadas na linguagem coloquial. 
(D) A linguagem do poema é coloquial, já que é construído a partir da reprodução 
fiel da fala de algum nativo da língua portuguesa. 
(E) A linguagem empregada no poema é padrão. O que ocorre é que as palavras 
“dotô”, “conoré” e “muié” eram assim escritas antigamente 
 
QUESTÃO 03 Leia a tirinha e responda: :
 
16 | P a g e
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A linguagem empregada na fala das personagens é: 
 
(A) Coloquial e padrão 
(B) Padrão e culta 
(C) coloquial 
(D) formal 
 
QUESTÃO 04 Leia o texto abaixo e responda: :
 
 
17 | P a g e
 
Esse texto apresenta o dialeto do nordestino, ele está escrito na linguagem 
coloquial. Podemos afirmar que o nordestino escreveu “errado” essa declaração 
de amor? Ele deveria ter utilizado outra linguagem para se comunicar com a 
amada? 
 
QUESTÃO 05 Se esse mesmo nordestino fosse escrever uma carta para uma :
autoridade, qual linguagem ele deveria utilizar? 
 
QUESTÃO 06 Utilizamos a linguagem coloquial em qual situação: :
 
(A) Durante uma entrevista de emprego 
(B) Durante uma conversa com os amigos 
(C) Numa palestra para o público 
(D) Na sala de aula durante um seminário 
 
QUESTÃO 07 Transforme os discursos abaixo apresentados na linguagem :
informal, para a linguagem formal: 
 
(A) Doeu pra caramba a injeção. 
(B) Fui na casa da Mariana porque tava rolando uma festa manera. 
(C) O Filipe ficô babando na Cíntia. 
(D) Tem uma galera muito sem noção. 
(E) E aê Brother, como cê tá? 
 
QUESTÃO 08 Indique que tipo de variedade linguística deve ser utilizada nas :
seguintes situações . Use F, para FORMAL, e I, para INFORMAL. 
 
( ) Entrevista de emprego. 
( ) Carta ao diretor da escola. 
( ) Aniversário de seu melhor amigo. 
( ) Conversa com os colegas de sala. 
 
QUESTÃO 09 Sobre variedades e registros de linguagem, assinale a afirmativa :
INCORRETA. 
 
(A) Preconceito linguístico é o julgamento negativo dos falantes em função da 
variedade linguística que utilizam. 
18 | P a g e
 
(B) A maior ou menor proximidade entre os falantes faz com que usem 
variedades mais ou menos formais, denominadas registros de linguagem. 
(C) Diferenças significativas nos aspectos fonológicos e morfossintáticos da 
língua marcam as variedades sociais, seja devido à escolaridade, à faixa etária 
ou ao sexo. 
(D) Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos 
membros da classe social de maior prestígio, que deve ser utilizada por todos da 
mesma comunidade, independente do contexto. 
(E) Gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em vocabulário criado por 
um grupo social e serve de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os 
dos demais falantes da língua. 
 
QUESTÃO 10 Sobre os registros, é INCORRETO afirmar: :
 
(A) Estão relacionados às variedades padrão e não padrão e obedecem às 
diferentes situações comunicacionais. 
(B) A variedade padrão é a única correta, pois obedece às regras gramaticais. É 
aquela que conta com maior prestígio social e também a mais difundida entre as 
classes sociais mais abastadas. 
(C) Cada situação requer do falante um comportamento linguístico específico: 
em uma entrevista de emprego, é desejável que se empregue a variedade 
padrão. Em ambientes menos formais, é compreensível que a variedade não 
padrão seja adotada. 
(D) Na linguagem escrita, o registro pode ser literário, formal ou informal. 
 
QUESTÃO 11 Leia o texto abaixo com atenção: :
 
 
 
https://1.bp.blogspot.com/-z_q64nAg0UI/WxQzkj1F1WI/AAAAAAAAAeU/aijlT36QPW0AhamM2pp_nTD8XK8nB9uzQCLcBGAs/s1600/RW.jpg
19 | P a g e
 
Sobre o texto acima, podemos afirmar CORRETAMENTE que: 
 
(A) Não transmite nenhum sentido para leitor devido os diversos desvios de 
ortografia. 
(B) Trata-se um aviso, e, apesar da escrita inadequada, transmite sentido para o 
leitor. 
(C) Não há nenhum problema com a escrita, já que o leitor compreende a 
mensagem. 
(D) A escrita deste texto está de acordo com a situação de comunicação, já que 
não há nenhum problema de ortografia. 
 
QUESTÃO 12 Leia o texto abaixo: :
 
“Muitas vezes, cidadãos são marginalizados por não saberem empregar a norma 
culta na hora de falar ou de escrever. Esse comportamento é chamado de 
preconceito linguístico. A língua é viva e sofre modificações de acordo com o 
contexto. É um engano pensar que haja certos ou errados absolutos. Há razões 
históricas para que comunidades inteiras se expressem de uma forma e não de 
outra. Exigir que todos empreguem a mesma linguagem é um desrespeito às 
diferenças.” 
 
Seguindo as ideias do texto, podemos concluir que 
 
(A) a língua é morta e não sofre modificações. 
(B) a linguagem coloquial não é importante para o Brasil. 
(C) a variação linguística no nosso país é respeitada. 
(D) a linguagem culta é a única língua falada no Brasil. 
(E) muitos cidadãos são marginalizados por não saberem a norma culta. 
 
QUESTÃO 13 Leia o texto abaixo: :
 
Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar 
a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar 
qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve 
mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo 
real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para 
todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais 
de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos 
20 | P a g e
 
editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura 
dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. 
 
Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. 
Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber 
 
(A) descartar as marcas de informalidade do texto. 
(B) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. 
(C) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso 
jornalístico. 
(D) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. 
(E) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais 
divulgados pela escola. 
 
QUESTÃO 14 Leia o texto abaixo: :
 
Aula de Português 
A linguagem 
na ponta da língua 
tão fácil de falar 
e de entender. 
A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que quer dizer? 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a priminha. 
O português são dois; o outro, mistério. 
(Carlos Drummondde Andrade. Esquecer para lembrar. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.) 
 
21 | P a g e
 
Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre 
marcas de variação de usos da linguagem em 
 
(A) situações formais e informais. 
(B) diferentes regiões dos pais. 
(C) escolas literárias distintas. 
(D) textos técnicos e poéticos. 
(E) diferentes épocas. 
 
 
 
QUESTÃO 15 Leia. :
 
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? 
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. 
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso 
cliente? 
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. 
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que 
você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com 
calma. 
 
22 | P a g e
 
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o 
cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente 
devido 
 
(A) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela 
informalidade. 
(B) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. 
(C) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). 
(D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. 
(E) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. 
 
QUESTÃO 16 Leia o texto abaixo: :
 
Antigamente 
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e 
muito prendadas. Não faziam anos: completam primaveras, em geral dezoito. 
(Carlos Drummond de Andrade) 
As expressões mademoiselles, mimosas, prendadas constituem um recurso usado 
pelo autor para explorar a mudança da língua no seu aspecto 
 
(A) histórico. 
(B) geográfico. 
(C) situacional. 
(D) profissional. 
(E) sociocultural. 
 
QUESTÃO 17 Leia. :
 
 
 
23 | P a g e
 
O texto representa uma variação 
 
(A) histórica. 
(B) geográfica. 
(C) situacional. 
(D) profissional. 
(E) sociocultural. 
 
QUESTÃO 18: Leia. 
 
 
 
O texto representa uma variação 
(A) histórica. 
(B) geográfica. 
(C) situacional. 
(D) profissional. 
(E) sociocultural. 
 
QUESTÃO 19: Leia. 
 
24 | P a g e
 
 
 
O texto representa uma variação 
 
(A) histórica. 
(B) geográfica. 
(C) situacional. 
(D) profissional. 
(E) sociocultural. 
 
QUESTÃO 20: A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua 
tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo a variação linguística condizente aos 
mesmos: 
 
(A) 
Vício na fala 
Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
25 | P a g e
 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados. 
Oswald de Andrade 
 
(B) ”Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de 
corredeira. Quando a corredeira está forte é perigoso passar pela pinguela, que 
é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco de árvore. Se 
temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a 
passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse 
problema deixa de existir.” 
 
(C) – E aí mano? Ta a fim de dá uns rolé hoje? 
 - Qual é! Vai topá a parada? 
 
 
QUESTÃO 21: Defina as variações linguísticas. 
 
(A) histórica 
(B) geográfica 
(C) situacional 
(D) sociocultural 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A linguagem nos remete à comunicação que podemos produzir através de 
uma mensagem. Nessa comunicação o indivíduo faz uso de certos elementos 
lingüísticos necessários ao entendimento. 
 
Vejamos os elementos que envolvem a comunicação, separadamente: 
 
Emissor: é aquele que envia a mensagem, o remetente, o falante. 
Receptor: é aquele que recebe a mensagem, o destinatário, o ouvinte. 
Mensagem: é o que se fala, o conteúdo transmitido. 
 
 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem-1.htm
http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem-1.htm
26 | P a g e
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Código: é o meio pelo qual se passa a mensagem: gestos, figuras, fala, 
escrita. 
Canal: é o meio pelo qual a mensagem circula. 
Referente/Contexto: é o meio no qual o receptor e emissor estão 
inseridos: situação, lugar. 
A linguagem pode ter várias finalidades: de informar, de persuadir, de 
emocionar, dentre outras. 
A função da linguagem dependerá do objetivo da comunicação e pode ser: 
apelativa, emotiva, fática, metalingüística, poética, fática. 
 
Funções: 
 
 ELEMENTO DE DESTAQUE FUNÇÃO PREDOMINANTE 
Emissor Emotiva / Expressiva 
Receptor Apelativa / Conativa 
Mensagem Poética 
Código Metalinguística 
Referente / contexto Referencial / denotativa 
Canal Fática 
 
1. Função referencial ou denotativa: transmite uma informação 
objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz 
comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na 
terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A 
linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra 
interpretação além da que está exposta. 
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, 
jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais. 
 
Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. 
O Popular, 16 out. 2008. 
 
27 | P a g e
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir 
suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista 
do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, 
apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, 
interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois 
transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. 
Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou 
romântico. 
Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do 
bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros 
amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” 
(Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade) 
 
3. Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer 
o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), 
sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam 
estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa 
(Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de 
função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou 
de autoridade. 
 
Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! 
 
4. Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que 
é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um 
poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: 
 
“Pegue um jornal 
Pegue a tesoura. 
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu 
poema. 
Recorte o artigo.” 
 
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza 
o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. 
 
 
28 | P a g e
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 22:Relacione. 
 
1. Referencial 
2. Poética 
3. Emotiva 
4. Fática 
5. Metalinguística 
6. Apelativa 
 
QUESTÃO 23: Identifique a frase em que a função da linguagem predominante 
é a função referencial. 
 
(A) Siga o meu exemplo. Você se sentirá melhor! 
(B) Estou muito animada com o meu novo emprego. 
(C) Existem três acentos gráficos na língua portuguesa. 
(D) Sim... Sei… Estou ouvindo, claro. 
 
5. Funçãofática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com 
o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo 
transmitida ou para dilatar a conversa. 
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor 
“Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando 
atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”. 
 
6. Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos 
através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das 
palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de 
combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, 
publicitários e em letras de música. 
 
Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0 
Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma 
combinação de palavras que passa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de 
acordo com o poeta. 
 
( ) Foco na mensagem 
( ) Foco no emissor 
( ) Foco no canal 
( ) Foco no código 
( ) Foco no receptor 
( ) Foco no referente/assunto 
 
29 | P a g e
 
QUESTÃO 24: Qual a função da linguagem presente na frase: “Ligue agora! 
Não perca esta oportunidade!” 
 
(A) Função expressiva 
(B) Função apelativa 
(C) Função metalinguística 
(D) Função fática 
 
QUESTÃO 25: Com qual elemento da comunicação está relacionada a função 
metalinguística da linguagem? 
 
(A) Código 
(B) Canal 
(C) Mensagem 
(D) Receptor 
 
QUESTÃO 26: Indique quais as funções da linguagem presentes nas seguintes 
frases. 
 
(A) Alô? Alô? Alguém na linha? 
(B) Existem três acentos gráficos na língua portuguesa. 
(C) Que ódio! Que raiva! 
(D) Vá embora agora! 
 
QUESTÃO 27: Assinale as opções nas quais é usada, habitualmente, a função 
apelativa ou conativa da linguagem 
 
(A) Discursos políticos 
(B) Horóscopos 
(C) Propagandas 
(D) Dicionários 
 
QUESTÃO 28: Selecione as opções que indicam os elementos da comunicação e 
defina cada um deles. 
 
(A) Receptor 
(B) Contexto 
(C) Trasmissão 
30 | P a g e
 
(D) Código 
(E) Emissor 
(F) Intenção 
(G) Mensagem 
(H) Canal 
 
QUESTÃO 29: Em qual função da linguagem a ênfase é dada ao contexto 
comunicativo, tendo como principal objetivo informar o receptor da mensagem 
sobre um assunto específico? 
 
(A) Função apelativa ou conativa 
(B) Função metalinguística 
(C) Função fática 
(D) Função referencial ou denotativa 
 
QUESTÃO 30: Assinale as duas opções que indicam caraterísticas da função 
emotiva ou expressiva. 
 
(A) É pessoal, sendo utilizada a 1.ª pessoa do discurso. 
(B) Predomina o uso de verbos no imperativo. 
(C) Há a presença de interjeições que enfatizam o discurso. 
(D) Transmite uma informação de forma clara, objetiva e direta. 
 
QUESTÃO 31: Em qual função da linguagem a ênfase é dada ao código 
comunicativo, tendo como principal objetivo o uso de um código que possibilite 
explicar o próprio código? 
 
(A) Função fática 
(B) Função metalinguística 
(C) Função referencial ou denotativa 
(D) Função apelativa ou conativa 
 
QUESTÃO 32: Identifique a função da linguagem predominante em cada texto: 
 
(A) Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim... sem fim... 
(B) “Não discuto com o destino, o que pintar eu assino.” 
(C) Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros. 
(D) Conheça você também a obra desse grande mestre. 
31 | P a g e
 
(E) Semântica é o estudo da significação das palavras. 
 
QUESTÃO 33: Leia o texto: 
 
 
O texto acima enfatiza a terceira pessoa, valoriza o contexto, apresenta-se 
isento de marcas de subjetividade e é de cunho informativo. Por essas 
características, pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem 
predominante é a 
 
(A) Fática 
(B) Poética 
(C) Emotiva 
(D) Referencial 
(E) Metalinguística 
 
QUESTÃO 34: Leia o poema. 
 
Poesia 
Gastei uma hora pensando em um verso 
que a pena não quer escrever. 
No entanto ele está cá dentro 
inquieto, vivo. 
Ele está cá dentro 
e não quer sair. 
32 | P a g e
 
Mas a poesia deste momento 
inunda minha vida inteira. 
No poema, predomina a função 
 
(A) Fática 
(B) Poética 
(C) Emotiva 
(D) Conativa 
(E) Metalinguística 
 
QUESTÃO 35: Leia o poema. 
 
Serenata sintética 
Rua torta 
 Lua morta 
Tua porta 
(Cassiano Ricardo) 
 
No poema, evidencia-se a função da linguagem: 
 
(A) Fática 
(B) Poética 
(C) Emotiva 
(D) Conativa 
(E) Metalinguística 
 
 
QUESTÃO 36: Leia atentamente o texto abaixo: 
 
 
33 | P a g e
 
Predomina no texto a função da linguagem 
 
(A) Referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. 
(B) Apelativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. 
(C) Poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. 
(D) Fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. 
(E) Emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. 
 
QUESTÃO 37: Leia o texto abaixo. 
 
“Sinal fechado”: 
Olá, como vai? / eu vou indo, e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo 
,correndo / pegar meu lugar no futuro. E você? [...] 
 
Pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a 
 
(A) Fática 
(B) Poética 
(C) Emotiva 
(D) Referencial 
(E) Metalinguística 
 
QUESTÃO 38: Leia. 
 
 
 
Pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a 
 
(A) Fática 
34 | P a g e
 
(B) Poética 
(C) Emotiva 
(D) Referencial 
(E) Metalinguística 
 
QUESTÃO 39: Leia. 
 
 
 
Pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a 
 
(A) Fática 
(B) Poética 
(C) Emotiva 
(D) Referencial 
(E) Metalinguística 
 
QUESTÃO 40: Leia os textos a seguir e diga qual função da linguagem 
predomina em cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epitáfio para um banqueiro 
(José Paulo Paes) 
Negócio 
Ego 
Ócio 
Cio 
0 
Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! 
 
“Bancos terão novas 
regras para acesso de 
deficientes”. 
(O Popular, 16 out. 
2008) 
 
“Está 
entendendo?” 
“Oi” 
“Alô” 
35 | P a g e
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Porém meus olhos não perguntam nada. 
O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. 
Quase não conversa. 
Tem poucos, raros amigos 
o homem atrás dos óculos e do bigode.” 
 (Poema de sete faces, Carlos Drummond de 
Andrade) 
Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o 
real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse 
dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um 
dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 
anos, mais precisamente em julho de 1994. 
Meus amores, tenho tantas saudades de 
vocês … Mas não se preocupem, em 
breve a mamãe chega e vamos 
aproveitar o tempo perdido bem 
juntinhos. Sim, consegui adiantar a 
viagem em uma semana!!! Isso quer 
dizer que tenho muito trabalho hoje e 
amanhã... 
Não diga que a canção está 
perdida / tenha fé em Deus, 
tenha fé na vida 
Tente outra vez 
Queira / Basta ser sincero e 
desejar profundo 
Você será capaz de sacudir o 
mundo [...] 
Para fazer um poema dadaísta 
“Pegue um jornal 
Pegue a tesoura. 
Escolha no jornal um artigo do 
tamanho que você deseja dar a 
seu poema. 
Recorte o artigo.” 
"Há menos de um mês para a realização de mais um Rock in Rio, a organização do super-festival carioca 
divulgou uma lista de itens considerados proibidos - e que serão bloqueados na revista realizada por 
seguranças em cada pessoa que quiser entrar na Cidade do Rock." (26 de Agosto de 2015, in Estadão) 
Catar feijão 
Catar feijão se limita com escrever: 
Jogam-se os grãos na água do alguidar 
E as palavras na folha de papel: 
E depois, joga-se fora o que boiar. 
Certo,toda palavra boiará no papel, água congelada, por 
chumbo seu verbo: 
Pois para catar esse feijão, soprar nele, 
E jogar fora o leve e oco, palha e eco [...] 
“Quem cabritos vende, e cabras não 
tem, de algum lugar lhe vêm.” 
(provérbio) 
O mundo sem petróleo 
 
“Em breve, os seres humanos terão de 
aprender a viver sem o petróleo. Não 
porque ele vá acabar no futuro próximo – 
os especialistas garantem que as reservas 
mundiais são mais do que suficientes para 
satisfazer as necessidades do planeta por 
até 75 anos. Mas porque continuar usando 
o combustível que move a economia 
mundial com essa voracidade faz mal à 
saúde da Terra. (...)”. 
Almanaque 2003 – Superinteressante. São Paulo: Abril. 
Alô! Alô? 
Bom dia! 
 
 
 
 
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QUESTÃO 01: Comente as seguintes funções do texto literário. 
 
(A) a Literatura diverte. 
(B) a Literatura nos emociona. 
(C) a Literatura nos faz sonhar. 
(D) a Literatura nos “ensina a viver”. 
(E) a Literatura denuncia a realidade. 
(F) a Literatura nos ajuda a construir nossa identidade. 
 
QUESTÃO 02: Leia. 
 
Mão de Obra 
Mohammed Ashraf não vai à escola. Desde que sai o sol até que a lua apareça, 
ele corta, recorta, perfura, arma e costura bolas de futebol, que saem rodando 
da aldeia paquistanesa de Umar Kot para os estádios do mundo. Mohammed tem 
onze anos. Faz isso desde os cinco. Se soubesse ler, e ler em Inglês, poderia 
entender a inscrição que ele prega em cada uma de suas obras: Esta bola não foi 
fabricada por crianças. 
(Eduardo Galeano) 
 
O texto literário apresenta várias funções. Dentre essas funções, no texto de 
Eduardo Galeano, podemos perceber que 
 
(A) a Literatura diverte. 
(B) a Literatura nos faz sonhar. 
(C) a Literatura nos “ensina a viver”. 
(D) a Literatura denuncia a realidade. 
(E) a Literatura nos ajuda a construir nossa identidade. 
 
QUESTÃO 03: Leia. 
 
Pneu furado 
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do 
carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonita. Tão 
LITERATURA 
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bonita que atrás parou outro carro e dele desceu uma homem dizendo: “Pode 
deixar”. Ele trocarei o pneu. 
 - Você tem macaco? – Perguntou o homem. 
 - Não – Respondeu a moça. 
 - Vamos usar o meu – disse o homem – Você tem estepe? 
 - Não -disse a moça. 
 - Vamos usar o meu – Disse o homem. 
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no 
momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, 
suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono 
do carro. 
 - Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado. 
 - É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar. 
 - Coisa estranha. 
 - É uma compulsão. Sei lá. 
 (Luís Fernando Veríssimo) 
 
O texto literário apresenta várias funções. Dentre essas funções, no texto 
de Luís Fernando Veríssimo, podemos perceber que 
 
(A) a Literatura diverte. 
(B) a Literatura nos faz sonhar. 
(C) a Literatura nos “ensina a viver”. 
(D) a Literatura denuncia a realidade. 
(E) a Literatura nos ajuda a construir nossa identidade. 
 
 
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QUESTÃO 04: Analise as frases abaixo e, quanto ao sentido, coloque (D) para 
denotativo e (C) para conotativo: 
 
( ) Esse menino tem um coração de ouro. 
( ) Fiz um transplante de coração. 
( ) Karine é mesmo má tem um coração de pedra. 
( ) Mário completou vinte primaveras. 
( ) Na primavera as flores abrem suas pétalas. 
 
QUESTÃO 05: Assinale a alternativa em que NÃO foram utilizadas palavras no 
sentido CONOTATIVO: 
 
(A) O vento acariciava meus cabelos. 
(B) Minha vida é um livro aberto. 
(C) Estou com uma fome de leão. 
(D) A propaganda é a alma do negócio. 
(E) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta. 
 
QUESTÃO 06: A frase em que o termo sublinhado está empregado no sentido 
DENOTATIVO é: 
 
(A) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.” 
(B) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.” 
(C) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...” 
(D) “...a indústria disparou gordos investimentos.” 
(E) “Colheu uma revelação surpreendente:...” 
 
QUESTÃO 07: Numere em que sentido foram empregadas as palavras de 
acordo com o código: DENOTATIVO (1), ou CONOTATIVO (2). 
 
( ) Meu pai é meu espelho 
( ) Quebrei o espelho do banheiro 
( ) Essa menina tem um coração de ouro. 
( ) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo. 
( ) Você partiu meu coração. 
( ) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra. 
( ) Para vencer a guerra era preciso alcançar o coração do país. 
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Tome nota: Texto literário Texto não-literário 
O que é Textos que possuem 
elementos artísticos e 
tendem a causar emoção. 
São textos informativos 
e objetivos. 
Função Estética. Destinam-se ao 
entretenimento, à arte, à 
ficção. 
Utilitária. Sua função é 
informar, convencer, 
explicar, comunicar. 
Linguagem Subjetiva e conotativa. Objetiva e denotativa. 
Características Utiliza elementos como a 
variabilidade, figuras de 
linguagem, 
multissignificação, 
metáforas e possuem 
liberdade na criação. 
Linguagem objetiva, 
concisa e clara. 
Normas 
gramaticais 
Costuma subverter a 
gramática normativa. 
Geralmente adotam a 
gramática normativa. 
Elemento de 
composição 
Ficção, baseada na 
vontade e imaginação do 
artista. 
Utiliza fatos e 
informações. 
Análise A leitura de um texto 
literário inclui a busca de 
metáforas e simbolismos. 
Analisar um texto não-
literário requer 
confirmação dos fatos, 
conhecimento, 
desenvolvimento de 
habilidades e realização 
de tarefas. 
Exemplos Poemas, novelas, contos e 
romances. 
Diários pessoais, notícias, 
receitas, reportagens e 
artigos. 
 
Leia os textos abaixo para responder às questões: 
 
Texto I 
A BOMBA DE HIROSHIMA 
 
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Na manhã de 6 de agosto de 1945, quase ao fim da Segunda Guerra Mundial, o 
bombardeiro B-29 americano Enola Gay lançou a ainda não testada bomba de 
urânio Little Boy sobre a cidade de Hiroxima, a sudoeste de Honshu, a principal 
ilha japonesa. Ela rebentou no ar a 600 metros de altura e liberou uma energia 
equivalente a 20 quilotons (20 mil toneladas) do explosivo químico TNT, matando 
64 mil pessoas instantaneamente. Três dias depois, após sobrevoar inutilmente 
durante 45 minutos um segundo alvo, a cidade de Kokura, sem visualizá-la, o 
avião mudou de rumo. E Fat Man, outra bomba, esta de plutônio, arrasou mais da 
metade da área de Nagasaki, no sul do Japão. Passados seis meses, 40 mil 
pessoas haviam morrido. O número de vítimas poderia ter sido ainda maior e 
incluir cidadãos americanos caso o mau tempo não tivesse afastado o 
bombardeiro 1500 metros do alvo: isso salvou a vida de 1300 prisioneiros de um 
campo de concentração japonês desconhecido dos Estados Unidos. 
(Revista SUPERINTERESSANTE) 
 
Texto II 
A ROSA DE HIROXIMA 
Pensem nas crianças 
Mudas telepáticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas cálidas 
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroxima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A anti-rosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada. 
(Vinícius de Moraes) 
 
QUESTÃO 08: O que há em comum nos dois textos? 
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QUESTÃO 09: O que diferencia os dois textos? 
 
Leia os textos abaixo para responder às questões: 
 
Texto I 
Descuidar do lixo é sujeira 
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência 
de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos 
recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches.Isso acaba propiciando um 
lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e 
acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-
29/12/92) 
 
Texto II 
O bicho 
Vi ontem um bicho 
Na imundície do pátio 
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa, 
Não examinava nem cheirava: 
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão, 
Não era um gato, 
Não era um rato. 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
 
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 
1971, p.145) 
 
QUESTÃO 10: Considere as proposições: 
 
I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a 
literária, pois sua principal função é informar o leitor sobre os transtornos 
causados pelos detritos. 
II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é 
predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o 
leitor. 
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III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo 
que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e 
concisa, marca dos textos não literários. 
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma 
linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, 
traços determinantes da linguagem literária. 
 
Estão corretas as proposições: 
 
(A) I, III e IV. 
(B) III e IV. 
(C) I, II, III e IV. 
(D) I e IV. 
(E) II, III e IV. 
 
QUESTÃO 11: O texto I, considerando o título, parece enfocar o quê? 
 
(A) homens se alimentam de lixo 
(B) sujeira que os mendigos deixam na rua 
(C) o McDonald´s deposita sacos de lixo na calçada 
(D) o caminhão da prefeitura recolhe o lixo 
 
QUESTÃO 12: No Texto II, que sentimento do eu lírico se manifesta na 
expressão "meu Deus"? 
 
(A) crueldade 
(B) indignação 
(C) euforia 
(D) conformismo 
 
QUESTÃO 13: Qual alternativa abaixo a palavra destacada foi empregada no 
sentido conotativo (figurado)? 
 
(A) "Dezenas deles vão ali revirar o material..." 
(B) "... deposita na calçada dezenas de sacos..." 
(C) "... deixando restos espalhados na calçada." 
(D) "... propiciando um lamentável banquete..." 
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QUESTÃO 14: A partir da frase “Vi ontem um bicho”, conceitue sentido 
denotativo e sentido conotativo. 
 
Leia os textos para responder à questão. 
 
TEXTO I 
Mulher Assassinada 
Policiais que faziam a ronda no centro da cidade encontraram, na madrugada de 
ontem, perto da Praça da Sé, o corpo de uma mulher aparentando 30 anos de 
idade. Segundo depoimento de pessoas que trabalham em bares próximos, trata-
se de uma prostituta conhecida como Poe Nenê. Ela foi assassinada a golpes de 
faca. A polícia descarta a hipótese de assalto, pois sua bolsa, com a carteira de 
dinheiro, foi encontrada junto ao corpo. O caso está sendo investigado pelo 
delegado do 2º distrito policial. 
(Jornal da Cidade) 
TEXTO II 
Pequena Crônica Policial 
Jazia no chão, sem vida, 
E estava toda pintada! 
Nem a morte lhe emprestava 
A sua grave beleza... 
Com fria curiosidade, 
Vinha gente a espiar-lhe a cara, 
As fundas marcas da idade, 
Das canseiras, da bebida... 
[...] 
Sem nada saber da vida, 
De vícios ou de perigos, 
Sem nada saber de nada... 
Com sua trança comprida, 
Os seus sonhos de menina, 
Os seus sapatos antigos! 
(Mário Quintana – Prosa & Verso) 
 
QUESTÃO 15: A partir da leitura dos dois textos podemos afirmar 
corretamente que 
 
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(A) Ambos são textos não literários, pois trabalham o conteúdo e não a forma. 
(B) Ambos são textos literários, pois a palavra é utilizada como matéria-prima 
da criação textual. 
(C) Apenas o texto II é literário, pois o autor trabalha tanto o conteúdo como a 
forma, sendo estes inseparáveis. 
(D) Apenas o texto I é literário, pois tem um valor pragmático, objetivando a 
precisão e a clareza informativa. 
(E) O texto II não é literário, pois a forma e a linguagem em que é escrito 
subordinam-se apenas a valores comunicativos. 
 
QUESTÃO 16: Observe o texto "Xícara", de Fábio Sexugia: 
 
 
 
Esse texto é considerado literário porque: 
 
(A) Apresenta uma única interpretação 
(B) Foi construído de forma simples e objetiva 
(C) Apesar de sua estrutura representar uma xicara de café, não há nenhuma 
criatividade e forma especial de ser. 
(D) De forma bem simples, pequena e breve, exatamente como um cafezinho, o 
Poema Xícara de Fábio Sexugi, desperta uma leitura charmosa e delicada 
através da extrema simplicidade e criatividade na estrutura poética encontrada 
nesse conjunto organizado de palavras. 
https://1.bp.blogspot.com/-jisy1ePpj9I/WxQzxC_DvkI/AAAAAAAAAec/4jKxevvfjkwtYYQiy9iA0ClDKcuUmL_bACLcBGAs/s1600/ETH.jpg
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A Literatura é um instrumento de comunicação e de interação social; ela 
transmite os conhecimentos e a cultura de um povo. O texto literário se 
organiza em gêneros literários. Os textos literários são divididos em dois 
grupos: textos em verso, textos em prosa. Os textos em verso são os 
poemas, aqueles que são formados por versos; os textos em prosa são 
aqueles construídos em linha reta, organizados em frases, parágrafos... 
 
Gênero lírico 
 
O gênero lírico é o texto, no qual há a manifestação de um eu lírico. Esse 
expressa suas emoções, ideias e impressões sobre mundo interior ante o 
mundo exterior. São textos subjetivos. Normalmente, os pronomes e 
verbos estão em 1ª pessoa e a musicalidade das palavras é explorada. 
Como na música: 
 
Olhei até ficar cansado 
De ver os meus olhos no espelho 
Chorei por ter despedaçado 
As flores que estão no canteiro 
Os pulsos e os punhos cortados 
E o resto do meu corpo inteiro. 
(Titãs) 
 
Gênero épico 
 
Nos textos que pertencem ao gênero épico, há a presença de um narrador 
que conta uma história que envolve terceiros ou ele mesmo. Os textos 
épicos narram a história de um povo ou de uma nação, geralmente são 
textos longos envolvendo viagens, guerras, aventuras, gestos heroicos e 
há exaltação de heróis e de seus feitos. 
Um exemplo desse gênero é o livro/ filme “O Senhor dos aneis”: 
 
 
OS GÊNEROS LITERÁRIOS 
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Em uma terra fantástica e única, 
um hobbit recebe de presente de 
seu tio um anel mágico e maligno 
que precisa ser destruído antes 
que caia nas mãos do mal. Para 
isso, o hobbit Frodo tem um 
caminho árduo pela frente, onde 
encontra perigo, medo e seres 
bizarros. Ao seu lado para o 
cumprimento desta jornada, ele 
aos poucos pode contar com 
outros hobbits, um elfo, um anão, 
dois humanos e um mago, 
totalizando nove pessoas que 
formam a Sociedade do Anel...... 
 
Gênero dramático 
 
O gênero dramático expõe o conflito dos homens e seu mundo, as 
manifestações da miséria humana. Os textos que são produzidos com o 
intuito de serem dramatizados pertencem ao gênero dramático; assim, os 
atores fazem o papel das personagens. 
 
 
 
 
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QUESTÃO 17: Leia os fragmentos abaixo para responder à questão: 
 
I. 
“A serena, amorosa Primavera, 
O doce autor das glórias que consigo, 
A Deusa das paixões e de Citera; 
Quanto digo, meu bem, quanto não digo, 
Tudo em tua presença degenera. 
Nada se pode comparar contigo (...)”. 
(Nada se Pode Comparar Contigo – Bocage) 
 
II. 
Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida 
(mortífera!, que tantas dores trouxe aos Aqueus 
e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades, 
ficando seus corpos como presa para cães e aves 
de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus), 
desde o momento em que primeiro se desentenderam 
o Atrida, soberano dos homens, e o divino Aquiles. 
(Ilíada – Homero) 
 
III. 
MADAME CLESSI – Deixa o homem! Como foi que você soube do meu nome?ALAÍDE – Me lembrei agora! (noutro tom) Ele está-me olhando. (noutro tom, 
ainda) Foi uma conversa que eu ouvi quando a gente se mudou. No dia mesmo, 
entre papai e mamãe. Deixe eu me recordar como foi... Já sei! Papai estava 
dizendo: “O negócio acabava...” 
(Escurece o plano da alucinação. Luz no plano da memória. Aparecem pai e mãe 
de Alaíde.) 
PAI (continuando a frase) – “...numa orgia louca.” 
MÃE – E tudo isso aqui? 
PAI – Aqui, então?! 
MÃE – Alaíde e Lúcia morando em casa de Madame Clessi. Com certeza, é no 
quarto de Alaíde que ela dormia. O melhor da casa! 
PAI – Deixa a mulher! Já morreu! 
MÃE – Assassinada. O jornal não deu? 
PAI – Deu. Eu ainda não sonhava conhecer você. Foi um crime muito falado. Saiu 
fotografia. 
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MÃE – No sótão tem retratos dela, uma mala cheia de roupas. Vou mandar botar 
fogo em tudo. PAI – Manda. 
(Vestido de noiva – Nelson Rodrigues) 
 
IV. 
“ (…) Ele gostava de matar, por seu miúdo regozijo. Nem contava valentias, vivia 
dizendo que não era mau. Mas, outra vez, quando um inimigo foi pego, ele 
mandou: – “Guardem este.” Sei o que foi. Levaram aquele homem, entre as 
árvores duma capoeirinha, o pobre ficou lá, nhento, amarrado na estaca. O 
Hermógenes não tinha pressa nenhuma, estava sentado, recostado. A gente 
podia caçar a alegria pior nos olhos dele. Depois dum tempo, ia lá, sozinho, 
calmoso? Consumia horas, afiando a faca (...)”. 
(Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa) 
 
Os fragmentos acima representam, respectivamente, os seguintes gêneros: 
 
(A) épico – lírico – dramático – narrativo. 
(B) lírico – épico – dramático – narrativo. 
(C) narrativo – dramático – épico – lírico. 
(D) lírico – épico – narrativo – dramático. 
(E) dramático – narrativo – lírico – épico. 
 
QUESTÃO 18: Leia. 
 
Eu 
Eu sou a que no mundo anda perdida 
Eu sou a que na vida não tem norte 
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte 
Sou a crucificada... a dolorida 
 
Sombra de névoa ténue e esvaecida 
E que o destino amargo, triste e forte 
Impele brutalmente para a morte! 
Alma de luto sempre incompreendida! 
 
Sou aquela que passa e ninguém vê 
Sou a que chamam triste sem o ser 
Sou a que chora sem saber porquê 
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Sou talvez a visão que Alguém sonhou 
Alguém que veio ao mundo pra me ver 
E que nunca na vida me encontrou! 
(Florbela Espanca) 
 
De acordo com as suas características, podemos afirmar que o texto lido 
pertence a qual gênero literário? 
 
QUESTÃO 19: Leia. 
 
SIGA SEU RUMO 
M: Faz tanto tempo que ele não liga pra mim 
Faz tanto tempo que tudo deixou de existir 
Agora que eu aprendi a viver esquecendo esse amor 
Ele aparece bem tarde na noite e me diz que voltou. 
M: Quem é? 
H: Sou eu. 
M: O que é que você quer? 
H: Você. 
M: É tarde. 
H: Por que? 
M: Porque hoje sou eu quem não quer mais você. 
M: Por isso, fora, esqueça meu rosto, meu nome, esta casa, e siga seu rumo 
H: Não consigo compreender 
M: Fora, esqueça meus olhos, meu corpo, meu beijo e todo o meu mundo. 
H: Está mentindo, posso ver 
M: Fora, esqueça que eu vivo, tá tudo acabado e não se surpreenda. Esqueça de 
mim que afinal pra esquecer você tem experiência. 
 H: Fui procurar emoções, por isso parti 
Em busca de sensações que nunca sentifantasia, voltei 
Pois na verdade o que eu quero e preciso é somente você 
M: Adeus. 
H: Ajude-me. 
M: Não quero mais falar. 
H: Pense em mim. 
M: Adeus. 
https://www.letras.mus.br/florbela-espanca/
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H: Por quê? 
M: Porque hoje sou eu quem não quer mais você. 
 
De acordo com as suas características, podemos afirmar que o texto lido 
pertence a qual gênero literário? 
 
QUESTÃO 20: Leia. 
 
Poema tirado de uma notícia de jornal 
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava 
no morro da Babilônia num barracão sem número. 
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro 
Bebeu 
Cantou 
Dançou 
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e 
morreu afogado. 
(Manuel Bandeira) 
 
De acordo com as suas características, podemos afirmar que o texto lido 
pertence a qual gênero literário?

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