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1 | P a g e MATERIAL PARA ESTUDO DOMICILIAR DURANTE A QUARENTENA – 1°ANO – LÍNGUA PORTUGUESA LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO QUESTÃO 01: Leia o texto abaixo: O ouro da biotecnologia Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas. Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial” de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato - e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas. Com sua pesquisa científica carente, idefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros - que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios 2 | P a g e deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão. Uma frase que resume a idéia principal do texto é: (A) A Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimentos. (B) O Brasil não transforma riqueza natural em financeira. (C) Os Índios deixam animais e plantas serem levados. (D) Os estrangeiros registraram diversos produtos. QUESTÃO 02: Leia o texto abaixo: As Amazônias Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu. É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,cortada pelo amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais. O texto trata: (A) da importância econômica do rio Amazonas. (B) das características da região Amazônica. (C) de um roteiro turístico da região do Amazonas. (D) do levantamento da vegetação amazônica. Leia o texto a seguir para responder às questões. O ato de estudar Tinha chovido muito toda noite. Havia enormes poças de água molhada nas partes baixas do terreno. Em certos lugares, a terra, de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhoneta cestos cheios 3 | P a g e de cacau para o sitio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhoneta não atravessaria o atoleiro que tinha pela frente. Passaram. Desceram da caminhoneta. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhoneta passassem sem atolar. Pedro e Antônio estudaram. Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa. Não se estuda apenas na escola. Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam. Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema. Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza o ato de estudar. Não importa que o estudo seja feito no momento e no lugar do nosso trabalho, como no caso de Pedro e Antônio, que acabamos de ver. Não importa que o estudo seja feito noutro local e noutro momento, como o estudo que fazemos no Círculo de Cultura. Em qualquer caso, o estudo exige sempre esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos que observamos. Um texto para ser lido é um texto para ser estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se desistimos da leitura quando encontramos a primeira dificuldade. Que seria da produção de cacau naquela roça se Pedro e Antônio tivessem desistido de prosseguir o trabalho por causa do lamaçal? Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal. Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário! FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001. p.57-58. QUESTÃO 03: Identifique a finalidade do texto lido. QUESTÃO 04: Registra-se uma opinião na passagem: (A) “Tinha chovido muito toda noite.” (B) “Era difícil andar.” (C) “Procuraram resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa.” (D) “Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.” 4 | P a g e QUESTÃO 05: “Se um texto às vezes é difícil, insiste em compreendê-lo. Trabalha sobre ele como Antônio e Pedro trabalharam em relação ao problema do lamaçal.”. Nesse segmento, os verbos sublinhados expressam: (A) uma ordem (B) um desejo (C) uma orientação (D) uma advertência QUESTÃO 06: Em “Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem.”, o termo destacado introduz: (A) uma comparação (B) uma explicação (C) uma oposição (D) uma conclusão QUESTÃO 07: Em todas as alternativas, os termos grifados indicam a ideia de tempo, exceto em: (A) “Às vezes, os pés apenas escorregavam nela.”. (B) “Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvores deram ao terreno [...]” (C) “Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.” (D) “Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos caracteriza [...]” QUESTÃO 08: Leia. Qual a origem do doce brigadeiro? Em 1946, seriam realizadas as primeiras eleições diretas para presidente após os anos do “Estado Novo”, de Getúlio Vargas. O candidato da aliança PTB/PSD, Eurico Gaspar Dutra, venceu com relativa folga. Mas o título de maior originalidade na campanha ficou para as correligionárias do candidato derrotado, Eduardo Gomes (da UDN). Brigadeiro da Aeronáutica, com pinta de galã, Eduardo Gomes tinha um apoio, digamos, entusiasmado. Para fazer o “corpo-a- corpo” com o eleitorado, senhoras da sociedade saiam às ruas convocando as mulheres a votar em Gomes, com o slogan: “Vote no brigadeiro. Ele é bonito e 5 | P a g e solteiro”. Não satisfeitas ainda promoviam almoços e chás, nos quais serviam um irresistível docinho coberto com chocolate granulado. Ao qual deram o nome, claro, de brigadeiro. A finalidadedesse gênero de texto é (A) propor mudanças. (B) refutar um argumento. (C) advertir as pessoas. (D) trazer uma informação. (E) orientar procedimentos. QUESTÃO 09: Leia. Todo ponto de vista é a vista de um ponto Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. A expressão “com os olhos que tem”, no texto, tem o sentido de (A) enfatizar a leitura. (B) incentivar a leitura. (C) individualizar a leitura. (D) priorizar a leitura. (E) valorizar a leitura. Leia o texto a seguir para responder às questões. FEIJÕES OU PROBLEMAS? 6 | P a g e Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos. - Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei. Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é você quem determina. QUESTÃO 10: Nesse texto, o discípulo que venceu a prova (A) colocou o feijão em um sapato. (B) cozinhou o feijão. (C) desceu a montanha correndo. (D) sumiu da vista do oponente. (E) tirou seu sapato. QUESTÃO 11: No trecho “- Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei”, os pronomes oblíquos destacados referem-se (A) aos sapatos. (B) aos problemas. (C) aos discípulos. (D) aos vencedores. (E) aos feijões. QUESTÃO 12: No texto, qual é o conflito gerador desse enredo? (A) A necessidade do monge em encontrar um sucessor. (B) A solução encontrada pelo discípulo vencedor. 7 | P a g e (C) A subida dos discípulos a uma grande montanha. (D) O desafio proposto pelo mestre aos seus discípulos. (E) O sofrimento do discípulo ao ver o oponente vencer. QUESTÃO 13: Leia o texto a seguir. As canções têm a particularidade de fazer, na conjunção letra e música, um retrato do cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de falar, personagens, tipos característicos de determinados momentos, lugares, classes, comunidades. Seja qual for o estilo, a canção motiva uma escuta que possibilita um contato quase que de primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de maneira explícita ou não, valores sociais, culturais, morais. Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na poesia e nas artes em geral, tem povoado as canções, aparecendo como “divina e graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, “mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. Se a lista nunca se acaba, as mulheres encarnadas pelas canções dizem muito sobre os costumes e os valores de uma época, revelando concepções de feminino. Maria do Socorro, recente composição de Edu Krieger, cantada por Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos, composição de Dinho, do saudoso grupo Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira como dois tipos urbanos entram para a galeria das mulheres brasileiras retratadas pela música popular. Essas canções mostram, cada uma a seu modo, o lugar assumido pelo observador para estabelecer um enquadramento, delineando, sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes que as materializam. BRAIT, Beth. Disponível em: . Acesso em: 14 jan. 2011. Fragmento. No terceiro parágrafo desse texto, a palavra “mina” é representativa da linguagem (A) coloquial. (B) jornalística. (C) literária. (D) padrão. (E) técnica. Leia o texto a seguir para responder às questões. 8 | P a g e ÁREA INTERNA Morava no terceiro andar [...]; não havia vizinho, do quarto andar para cima, que não jogasse lixo na sua área. Sua mulher era uma dessas conformadas que só existem duas no mundo, sendo que a outra ninguém viu: - Deixa isso pra lá, Antônio, pior seria se a gente morasse no térreo. Antônio não se controlava, ficava uma fera quando via cair cascas de banana, de laranja, restos de comida. Em época de melancia ficava quase louco, tinha vontade de se mudar. A mulher procurava contornar: - Tenha calma, Antônio, daqui a pouco as melancias acabam e você esquece tudo. Mas ele não esquecia: - Acabam as melancias, vêm as jacas, vêm os abacates. Já pensou, Marieta? Caroço de abacate é fogo! Um dia chegou na área, tinha até lata de sardinha. Procurou pra ver se tinha alguma sardinha, mas a lata tinha sido raspada. Se queimou. Falou com o síndico, ele disse que era impossível fiscalizar todos os quarenta e oito apartamentos pra ver quem é que atirava as coisas. Pensou em fechar a área com vidro, pediram uma nota firme e se não decidisse dentro de sete dias, ia ter um acréscimo de trinta por cento. Foi à polícia dar queixa dos vizinhos, o delegado achou muita graça, disse que não podia dar educação aos vizinhos e, se pudesse daria aos seus, pois ele morava no térreo e era muito pior. [...] ELIACHAR, Leon. O homem ao zero. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980. Fragmento. QUESTÃO 14: O fato que motivou essa narrativa foi (A) o descontrole do marido. (B) a paciência da mulher. (C) o lixo jogado na área. (D) a queixa feita contra os vizinhos. (E) a resposta dada pelo delegado. QUESTÃO 15: Assinale o trecho, retirado do texto, que indica ser um exemplo de linguagem escrita padrão: (A) “[...] pior seria se a gente morasse no térreo.” (B) “[...] ficava uma fera quando via cair cascas de bananas [...]” (C) “Procurou pra ver se tinha alguma sardinha.” 9 | P a g e (D) “Foi à polícia dar queixa dos vizinhos [...]” (E) “[...] era impossível fiscalizar todos os quarentas e oito apartamentos pra ver quem é que atirava as coisas”. QUESTÃO 16: Leia o texto a seguir. POR QUE TODO MUNDO USAVA PERUCA NA EUROPA DOS SÉCULOS XVII E XVIII? Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda começou com Luís XIV (1638-1715), rei da França. Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também era nojenta. “Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o estilista João Braga, professor de História da Moda das Faculdades SENAC, em São Paulo. Em 1789, com a RevoluçãoFrancesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua origem, porém era muito mais velha do que a monarquia francesa. No Egito antigo, homens e mulheres de todas as classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos juízes. No trecho, segundo parágrafo, “[...] elas logo caíram em desuso”, o pronome em destaque retoma (A) diferenças. (B) cabeleiras. (C) perucas. (D) classes sociais. (E) cabeças raspadas. QUESTÃO 17: Leia o texto a seguir. 10 | P a g e DIABETES SEM FREIO A respeitada revista médica inglesa “The Lancet” chamou a atenção, em editorial, para o crescimento da epidemia de diabetes no mundo. A estimativa é de que atuais 246 milhões de adultos portadores da doença se transformem em 380 milhões em 2025. O problema é responsável por 6% do total de mortes no mundo, sendo 50% devido a problemas cardíacos – doença associada à diabetes. Galileu, n. 204, jul. 2008, p. 14. Qual é a informação principal desse texto? (A) A diabetes associada a problemas cardíacos. (B) O crescimento da epidemia de diabetes no mundo. (C) A estimativa de adultos portadores de diabetes. (D) O percentual de mortes no mundo. (E) O percentual de problemas cardíacos. Leia o texto a seguir para responder às questões 18 e 19. PARQUES EM CHAMAS Saudados por ecologistas como arcas de Noé para o futuro, por serem repositórios de espécies animais e vegetais em extinção acelerada noutras áreas do país, alguns dos 25 parques nacionais do Brasil tiveram, na semana passada, a sua paisagem mutilada pelo fogo. A rigorosa estiagem que acompanha o inverno no Centro-Sul ressecou a vegetação e abriu caminho para que as chamas tragassem 6 dos 33 quilômetros quadrados do Parque Nacional da Tijuca, pegado à cidade do Rio de Janeiro, e convertessem em carvão 10% dos 300 quilômetros quadrados do Parque Nacional do Itatiaia, na divisa de Minas Gerais com o Estado do Rio. Contido pelos bombeiros já no fim de semana, na Tijuca, e abafado por uma providencial chuva no Itatiaia, na quarta-feira o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele dia, o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há pelo menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. QUESTÃO 18: O autor justifica o fato de os ecologistas referirem-se aos parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte maneira: (A) Porque são áreas preservadas da caça e pesca indiscriminadas. 11 | P a g e (B) Porque ocupam espaços administrativamente delimitados pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. (C) Porque espécies animais e vegetais que estão se extinguindo em outras regiões têm preservada sua sobrevivência nesses parques. (D) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies animais e vegetais em extinção noutras áreas. (E) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos animais e vegetais dos parques. QUESTÃO 19: A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se do texto que (A) embora tivessem ameaçado espécie de animais e vegetais raras, apresentaram um lado positivo. (B) foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão nordestino. (C) não foram combatidos com presteza e eficiência pelos bombeiros. (D) só foram debelados por providenciais chuvas que eventualmente vieram a cair sobre os parques. (E) destruíram parte da flora e fauna das reservas, desfigurando sua paisagem. Leia o texto a seguir: JOÃO E MARIA ATUALIZADO Era uma vez, duas crianças: uma se chamava João e a outra Maria. João era um menino calmo, gostava de música, de brincar ao ar livre e preferia um sanduíche natural a uma pizza. Maria era uma menina levada, muito bagunceira que gostava de TV, jogos de videogame, computadores e preferia mil vezes pizza a um alimento saudável. Num belo dia de Sol, resolveram fugir para a floresta em busca de grandes aventuras... Então fugiram. Para não se perderem, jogaram latinhas de refrigerante pelo caminho. Porém, eles não sabiam que, uma vez a cada dois meses, a prefeitura mandava dois funcionários limparem a floresta, e foi justamente naquele dia que ocorreu a limpeza. Na hora de voltar, estavam muito decepcionados, pois não acharam nenhuma aventura e perceberam que as latinhas não estavam mais lá. Ficaram desesperados! Quanto mais andavam, mais perdidos ficavam. 12 | P a g e Depois de andar muito, acharam uma casinha. Maria bateu na porta e logo um moço muito mal encarado abriu e disse para eles entrarem. Maria pediu que ele esperasse só um pouco. A menina cochichou baixinho no ouvido do irmão: - Não gostei nada, nada dele! Você já o viu em algum lugar? João pensou um pouco e então se lembrou de que já tinha visto uma reportagem no Datena sobre um sujeito parecido com aquele. Todos os meios de comunicação diziam que ele se tratava de um pedófilo. Maria então notou que havia trazido o antigo celular do pai para o caso de se perderem. Tentou ligar para a polícia, só que ali não havia sinal. Começou a ficar desesperada. Afastou-se rapidamente da casa a procura de sinal. O homem voltou a insistir que eles entrassem. Foi então que o perigoso homem percebeu que as crianças não estavam mais lá. Suspeitou que elas pudessem ter descoberto que ele estava ali pra se esconder. Bem longe dali, a menina conseguiu sinal e ligou para a polícia que chegou ao local alguns minutos depois e prendeu o criminoso. Eles voltaram para a casa e foram castigados pelos seus pais. João ficou sem sanduíche por um mês e Maria não pode jogar no seu XBOX ONE pelo mesmo período e nunca se esqueceram do grande perigo que passaram por nada. QUESTÃO 20: De acordo com o texto, João e Maria fugiram para a floresta porque: (A) Precisavam encontrar com os pais. (B) Estavam a procura de comida. (C) Buscavam aventura para se divertir. (D) Procuravam por um criminoso fugitivo. QUESTÃO 21: Pode-se afirmar que esse texto é um (a): (A) Poema (B) Conto (C) Notícia (D) Carta QUESTÃO 22: Sobre o texto acima, assinale a única alternativa CORRETA: (A) Esse texto não é literário, porque não se trata de uma ficção. (B) Esse texto não é literário, já que não apresenta uma escrita criativa. 13 | P a g e (C) Esse texto é literário, pois se trata de uma história ficcional, além de ser um conto. (D) Esse texto é literário, visto que aborda uma história verdadeira, além de se tratar de uma notícia. QUESTÃO 23: Pode-se entender desse texto que: (A) A história se passa nos dias de hoje. (B) João e Maria prenderam o criminoso. (C) A prefeitura dificilmente manda limpar a floresta. (D) João e Maria são crianças ingênuas. QUESTÃO 24: No trecho: “[...] pois não acharam nenhuma aventura e perceberam que as latinhas não estavam mais lá.” A palavra destacada refere-se dentro do texto: (A) ao caminho (B) à prefeitura (C) a casinha do homem (D) ao quarto de João e Maria QUESTÃO 25: No trecho: Tentou ligar para a polícia, só que ali não havia sinal. A expressão em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido do texto, por: (A) Então (B) Mas (C) Ou (D) Porque 14 | P a g e GRAMÁTICA 15 | P a g e QUESTÃO 01 Ao fazerem uso da linguagem coloquial, os falantes utilizam: : (A) linguagem formal/padrão da língua, porém, escrita da mesmaforma como é pronunciada pelos falantes. (B) linguagem formal, neologismos, siglas e gestos. (C) linguagem informal, gírias, estrangeirismos, abreviações e palavras que não se relacionam à norma culta da Língua (D) linguagem não verbal, como gestos, mímicas e desenhos. (E) linguagem verbal escrita a partir de siglas e abreviações. QUESTÃO 02 Leia um trecho do poema “A terra é naturá”. : A terra é naturá Iscute o que tô dizendo, Seu dotô, seu coroné: De fome tão padecendo Meus fio e minha muié. Sem briga, questão nem guerra, Meça desta grande terra Umas tarefas pra eu! Tenha pena do agregado Não me dexê deserdado Com relação ao nível de linguagem empregado no poema, é possível afirmar que: (A) A linguagem muito coloquial compromete a leitura do poema e, dessa forma, impede que o leitor compreenda seu conteúdo e sentido. (B) As palavras “dotô”, “conoré” e “muié” revelam uma característica exclusiva do dialeto nordestino da língua portuguesa brasileira. (C) A linguagem empregada no poema é padrão, embora haja poucas palavras, como “dotô”, “conoré”, “muié” e “dexê”, que são utilizadas na linguagem coloquial. (D) A linguagem do poema é coloquial, já que é construído a partir da reprodução fiel da fala de algum nativo da língua portuguesa. (E) A linguagem empregada no poema é padrão. O que ocorre é que as palavras “dotô”, “conoré” e “muié” eram assim escritas antigamente QUESTÃO 03 Leia a tirinha e responda: : 16 | P a g e A linguagem empregada na fala das personagens é: (A) Coloquial e padrão (B) Padrão e culta (C) coloquial (D) formal QUESTÃO 04 Leia o texto abaixo e responda: : 17 | P a g e Esse texto apresenta o dialeto do nordestino, ele está escrito na linguagem coloquial. Podemos afirmar que o nordestino escreveu “errado” essa declaração de amor? Ele deveria ter utilizado outra linguagem para se comunicar com a amada? QUESTÃO 05 Se esse mesmo nordestino fosse escrever uma carta para uma : autoridade, qual linguagem ele deveria utilizar? QUESTÃO 06 Utilizamos a linguagem coloquial em qual situação: : (A) Durante uma entrevista de emprego (B) Durante uma conversa com os amigos (C) Numa palestra para o público (D) Na sala de aula durante um seminário QUESTÃO 07 Transforme os discursos abaixo apresentados na linguagem : informal, para a linguagem formal: (A) Doeu pra caramba a injeção. (B) Fui na casa da Mariana porque tava rolando uma festa manera. (C) O Filipe ficô babando na Cíntia. (D) Tem uma galera muito sem noção. (E) E aê Brother, como cê tá? QUESTÃO 08 Indique que tipo de variedade linguística deve ser utilizada nas : seguintes situações . Use F, para FORMAL, e I, para INFORMAL. ( ) Entrevista de emprego. ( ) Carta ao diretor da escola. ( ) Aniversário de seu melhor amigo. ( ) Conversa com os colegas de sala. QUESTÃO 09 Sobre variedades e registros de linguagem, assinale a afirmativa : INCORRETA. (A) Preconceito linguístico é o julgamento negativo dos falantes em função da variedade linguística que utilizam. 18 | P a g e (B) A maior ou menor proximidade entre os falantes faz com que usem variedades mais ou menos formais, denominadas registros de linguagem. (C) Diferenças significativas nos aspectos fonológicos e morfossintáticos da língua marcam as variedades sociais, seja devido à escolaridade, à faixa etária ou ao sexo. (D) Norma culta ou padrão é a denominação dada à variedade linguística dos membros da classe social de maior prestígio, que deve ser utilizada por todos da mesma comunidade, independente do contexto. (E) Gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em vocabulário criado por um grupo social e serve de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua. QUESTÃO 10 Sobre os registros, é INCORRETO afirmar: : (A) Estão relacionados às variedades padrão e não padrão e obedecem às diferentes situações comunicacionais. (B) A variedade padrão é a única correta, pois obedece às regras gramaticais. É aquela que conta com maior prestígio social e também a mais difundida entre as classes sociais mais abastadas. (C) Cada situação requer do falante um comportamento linguístico específico: em uma entrevista de emprego, é desejável que se empregue a variedade padrão. Em ambientes menos formais, é compreensível que a variedade não padrão seja adotada. (D) Na linguagem escrita, o registro pode ser literário, formal ou informal. QUESTÃO 11 Leia o texto abaixo com atenção: : https://1.bp.blogspot.com/-z_q64nAg0UI/WxQzkj1F1WI/AAAAAAAAAeU/aijlT36QPW0AhamM2pp_nTD8XK8nB9uzQCLcBGAs/s1600/RW.jpg 19 | P a g e Sobre o texto acima, podemos afirmar CORRETAMENTE que: (A) Não transmite nenhum sentido para leitor devido os diversos desvios de ortografia. (B) Trata-se um aviso, e, apesar da escrita inadequada, transmite sentido para o leitor. (C) Não há nenhum problema com a escrita, já que o leitor compreende a mensagem. (D) A escrita deste texto está de acordo com a situação de comunicação, já que não há nenhum problema de ortografia. QUESTÃO 12 Leia o texto abaixo: : “Muitas vezes, cidadãos são marginalizados por não saberem empregar a norma culta na hora de falar ou de escrever. Esse comportamento é chamado de preconceito linguístico. A língua é viva e sofre modificações de acordo com o contexto. É um engano pensar que haja certos ou errados absolutos. Há razões históricas para que comunidades inteiras se expressem de uma forma e não de outra. Exigir que todos empreguem a mesma linguagem é um desrespeito às diferenças.” Seguindo as ideias do texto, podemos concluir que (A) a língua é morta e não sofre modificações. (B) a linguagem coloquial não é importante para o Brasil. (C) a variação linguística no nosso país é respeitada. (D) a linguagem culta é a única língua falada no Brasil. (E) muitos cidadãos são marginalizados por não saberem a norma culta. QUESTÃO 13 Leia o texto abaixo: : Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos 20 | P a g e editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber (A) descartar as marcas de informalidade do texto. (B) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. (C) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico. (D) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. (E) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola. QUESTÃO 14 Leia o texto abaixo: : Aula de Português A linguagem na ponta da língua tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a priminha. O português são dois; o outro, mistério. (Carlos Drummondde Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.) 21 | P a g e Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em (A) situações formais e informais. (B) diferentes regiões dos pais. (C) escolas literárias distintas. (D) textos técnicos e poéticos. (E) diferentes épocas. QUESTÃO 15 Leia. : Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo? Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo. Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente? Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco. Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma. 22 | P a g e Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido (A) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade. (B) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco. (C) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais). (D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo. (E) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio. QUESTÃO 16 Leia o texto abaixo: : Antigamente Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completam primaveras, em geral dezoito. (Carlos Drummond de Andrade) As expressões mademoiselles, mimosas, prendadas constituem um recurso usado pelo autor para explorar a mudança da língua no seu aspecto (A) histórico. (B) geográfico. (C) situacional. (D) profissional. (E) sociocultural. QUESTÃO 17 Leia. : 23 | P a g e O texto representa uma variação (A) histórica. (B) geográfica. (C) situacional. (D) profissional. (E) sociocultural. QUESTÃO 18: Leia. O texto representa uma variação (A) histórica. (B) geográfica. (C) situacional. (D) profissional. (E) sociocultural. QUESTÃO 19: Leia. 24 | P a g e O texto representa uma variação (A) histórica. (B) geográfica. (C) situacional. (D) profissional. (E) sociocultural. QUESTÃO 20: A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo a variação linguística condizente aos mesmos: (A) Vício na fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia 25 | P a g e Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Oswald de Andrade (B) ”Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira está forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a passagem. Mas se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.” (C) – E aí mano? Ta a fim de dá uns rolé hoje? - Qual é! Vai topá a parada? QUESTÃO 21: Defina as variações linguísticas. (A) histórica (B) geográfica (C) situacional (D) sociocultural A linguagem nos remete à comunicação que podemos produzir através de uma mensagem. Nessa comunicação o indivíduo faz uso de certos elementos lingüísticos necessários ao entendimento. Vejamos os elementos que envolvem a comunicação, separadamente: Emissor: é aquele que envia a mensagem, o remetente, o falante. Receptor: é aquele que recebe a mensagem, o destinatário, o ouvinte. Mensagem: é o que se fala, o conteúdo transmitido. FUNÇÕES DA LINGUAGEM http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem-1.htm http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem-1.htm 26 | P a g e Código: é o meio pelo qual se passa a mensagem: gestos, figuras, fala, escrita. Canal: é o meio pelo qual a mensagem circula. Referente/Contexto: é o meio no qual o receptor e emissor estão inseridos: situação, lugar. A linguagem pode ter várias finalidades: de informar, de persuadir, de emocionar, dentre outras. A função da linguagem dependerá do objetivo da comunicação e pode ser: apelativa, emotiva, fática, metalingüística, poética, fática. Funções: ELEMENTO DE DESTAQUE FUNÇÃO PREDOMINANTE Emissor Emotiva / Expressiva Receptor Apelativa / Conativa Mensagem Poética Código Metalinguística Referente / contexto Referencial / denotativa Canal Fática 1. Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais. Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008. 27 | P a g e 2. Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico. Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade) 3. Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade. Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! 4. Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja: “Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.” Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema. 28 | P a g e QUESTÃO 22:Relacione. 1. Referencial 2. Poética 3. Emotiva 4. Fática 5. Metalinguística 6. Apelativa QUESTÃO 23: Identifique a frase em que a função da linguagem predominante é a função referencial. (A) Siga o meu exemplo. Você se sentirá melhor! (B) Estou muito animada com o meu novo emprego. (C) Existem três acentos gráficos na língua portuguesa. (D) Sim... Sei… Estou ouvindo, claro. 5. Funçãofática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa. Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”. 6. Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música. Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0 Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de acordo com o poeta. ( ) Foco na mensagem ( ) Foco no emissor ( ) Foco no canal ( ) Foco no código ( ) Foco no receptor ( ) Foco no referente/assunto 29 | P a g e QUESTÃO 24: Qual a função da linguagem presente na frase: “Ligue agora! Não perca esta oportunidade!” (A) Função expressiva (B) Função apelativa (C) Função metalinguística (D) Função fática QUESTÃO 25: Com qual elemento da comunicação está relacionada a função metalinguística da linguagem? (A) Código (B) Canal (C) Mensagem (D) Receptor QUESTÃO 26: Indique quais as funções da linguagem presentes nas seguintes frases. (A) Alô? Alô? Alguém na linha? (B) Existem três acentos gráficos na língua portuguesa. (C) Que ódio! Que raiva! (D) Vá embora agora! QUESTÃO 27: Assinale as opções nas quais é usada, habitualmente, a função apelativa ou conativa da linguagem (A) Discursos políticos (B) Horóscopos (C) Propagandas (D) Dicionários QUESTÃO 28: Selecione as opções que indicam os elementos da comunicação e defina cada um deles. (A) Receptor (B) Contexto (C) Trasmissão 30 | P a g e (D) Código (E) Emissor (F) Intenção (G) Mensagem (H) Canal QUESTÃO 29: Em qual função da linguagem a ênfase é dada ao contexto comunicativo, tendo como principal objetivo informar o receptor da mensagem sobre um assunto específico? (A) Função apelativa ou conativa (B) Função metalinguística (C) Função fática (D) Função referencial ou denotativa QUESTÃO 30: Assinale as duas opções que indicam caraterísticas da função emotiva ou expressiva. (A) É pessoal, sendo utilizada a 1.ª pessoa do discurso. (B) Predomina o uso de verbos no imperativo. (C) Há a presença de interjeições que enfatizam o discurso. (D) Transmite uma informação de forma clara, objetiva e direta. QUESTÃO 31: Em qual função da linguagem a ênfase é dada ao código comunicativo, tendo como principal objetivo o uso de um código que possibilite explicar o próprio código? (A) Função fática (B) Função metalinguística (C) Função referencial ou denotativa (D) Função apelativa ou conativa QUESTÃO 32: Identifique a função da linguagem predominante em cada texto: (A) Trago no meu peito um sentimento de solidão sem fim... sem fim... (B) “Não discuto com o destino, o que pintar eu assino.” (C) Machado de Assis é um dos maiores escritores brasileiros. (D) Conheça você também a obra desse grande mestre. 31 | P a g e (E) Semântica é o estudo da significação das palavras. QUESTÃO 33: Leia o texto: O texto acima enfatiza a terceira pessoa, valoriza o contexto, apresenta-se isento de marcas de subjetividade e é de cunho informativo. Por essas características, pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a (A) Fática (B) Poética (C) Emotiva (D) Referencial (E) Metalinguística QUESTÃO 34: Leia o poema. Poesia Gastei uma hora pensando em um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. 32 | P a g e Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. No poema, predomina a função (A) Fática (B) Poética (C) Emotiva (D) Conativa (E) Metalinguística QUESTÃO 35: Leia o poema. Serenata sintética Rua torta Lua morta Tua porta (Cassiano Ricardo) No poema, evidencia-se a função da linguagem: (A) Fática (B) Poética (C) Emotiva (D) Conativa (E) Metalinguística QUESTÃO 36: Leia atentamente o texto abaixo: 33 | P a g e Predomina no texto a função da linguagem (A) Referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais. (B) Apelativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor. (C) Poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem. (D) Fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação. (E) Emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia. QUESTÃO 37: Leia o texto abaixo. “Sinal fechado”: Olá, como vai? / eu vou indo, e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo ,correndo / pegar meu lugar no futuro. E você? [...] Pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a (A) Fática (B) Poética (C) Emotiva (D) Referencial (E) Metalinguística QUESTÃO 38: Leia. Pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a (A) Fática 34 | P a g e (B) Poética (C) Emotiva (D) Referencial (E) Metalinguística QUESTÃO 39: Leia. Pode-se afirmar corretamente, que a função da linguagem predominante é a (A) Fática (B) Poética (C) Emotiva (D) Referencial (E) Metalinguística QUESTÃO 40: Leia os textos a seguir e diga qual função da linguagem predomina em cada um. Epitáfio para um banqueiro (José Paulo Paes) Negócio Ego Ócio Cio 0 Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos! “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. (O Popular, 16 out. 2008) “Está entendendo?” “Oi” “Alô” 35 | P a g e “Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos, raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade) Na passada terça-feira, dia 22 de setembro de 2015, o real teve a maior desvalorização da sua história. Nesse dia foi preciso desembolsar R$ 4,0538 para comprar um dólar. Recorde-se que o Real foi lançado há mais de 20 anos, mais precisamente em julho de 1994. Meus amores, tenho tantas saudades de vocês … Mas não se preocupem, em breve a mamãe chega e vamos aproveitar o tempo perdido bem juntinhos. Sim, consegui adiantar a viagem em uma semana!!! Isso quer dizer que tenho muito trabalho hoje e amanhã... Não diga que a canção está perdida / tenha fé em Deus, tenha fé na vida Tente outra vez Queira / Basta ser sincero e desejar profundo Você será capaz de sacudir o mundo [...] Para fazer um poema dadaísta “Pegue um jornal Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo.” "Há menos de um mês para a realização de mais um Rock in Rio, a organização do super-festival carioca divulgou uma lista de itens considerados proibidos - e que serão bloqueados na revista realizada por seguranças em cada pessoa que quiser entrar na Cidade do Rock." (26 de Agosto de 2015, in Estadão) Catar feijão Catar feijão se limita com escrever: Jogam-se os grãos na água do alguidar E as palavras na folha de papel: E depois, joga-se fora o que boiar. Certo,toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: Pois para catar esse feijão, soprar nele, E jogar fora o leve e oco, palha e eco [...] “Quem cabritos vende, e cabras não tem, de algum lugar lhe vêm.” (provérbio) O mundo sem petróleo “Em breve, os seres humanos terão de aprender a viver sem o petróleo. Não porque ele vá acabar no futuro próximo – os especialistas garantem que as reservas mundiais são mais do que suficientes para satisfazer as necessidades do planeta por até 75 anos. Mas porque continuar usando o combustível que move a economia mundial com essa voracidade faz mal à saúde da Terra. (...)”. Almanaque 2003 – Superinteressante. São Paulo: Abril. Alô! Alô? Bom dia! 36 | P a g e QUESTÃO 01: Comente as seguintes funções do texto literário. (A) a Literatura diverte. (B) a Literatura nos emociona. (C) a Literatura nos faz sonhar. (D) a Literatura nos “ensina a viver”. (E) a Literatura denuncia a realidade. (F) a Literatura nos ajuda a construir nossa identidade. QUESTÃO 02: Leia. Mão de Obra Mohammed Ashraf não vai à escola. Desde que sai o sol até que a lua apareça, ele corta, recorta, perfura, arma e costura bolas de futebol, que saem rodando da aldeia paquistanesa de Umar Kot para os estádios do mundo. Mohammed tem onze anos. Faz isso desde os cinco. Se soubesse ler, e ler em Inglês, poderia entender a inscrição que ele prega em cada uma de suas obras: Esta bola não foi fabricada por crianças. (Eduardo Galeano) O texto literário apresenta várias funções. Dentre essas funções, no texto de Eduardo Galeano, podemos perceber que (A) a Literatura diverte. (B) a Literatura nos faz sonhar. (C) a Literatura nos “ensina a viver”. (D) a Literatura denuncia a realidade. (E) a Literatura nos ajuda a construir nossa identidade. QUESTÃO 03: Leia. Pneu furado O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonita. Tão LITERATURA 37 | P a g e bonita que atrás parou outro carro e dele desceu uma homem dizendo: “Pode deixar”. Ele trocarei o pneu. - Você tem macaco? – Perguntou o homem. - Não – Respondeu a moça. - Vamos usar o meu – disse o homem – Você tem estepe? - Não -disse a moça. - Vamos usar o meu – Disse o homem. E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro. - Puxa, você trocou o pneu do carro pra mim. Muito obrigado. - É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar. - Coisa estranha. - É uma compulsão. Sei lá. (Luís Fernando Veríssimo) O texto literário apresenta várias funções. Dentre essas funções, no texto de Luís Fernando Veríssimo, podemos perceber que (A) a Literatura diverte. (B) a Literatura nos faz sonhar. (C) a Literatura nos “ensina a viver”. (D) a Literatura denuncia a realidade. (E) a Literatura nos ajuda a construir nossa identidade. 38 | P a g e QUESTÃO 04: Analise as frases abaixo e, quanto ao sentido, coloque (D) para denotativo e (C) para conotativo: ( ) Esse menino tem um coração de ouro. ( ) Fiz um transplante de coração. ( ) Karine é mesmo má tem um coração de pedra. ( ) Mário completou vinte primaveras. ( ) Na primavera as flores abrem suas pétalas. QUESTÃO 05: Assinale a alternativa em que NÃO foram utilizadas palavras no sentido CONOTATIVO: (A) O vento acariciava meus cabelos. (B) Minha vida é um livro aberto. (C) Estou com uma fome de leão. (D) A propaganda é a alma do negócio. (E) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta. QUESTÃO 06: A frase em que o termo sublinhado está empregado no sentido DENOTATIVO é: (A) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.” (B) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.” (C) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...” (D) “...a indústria disparou gordos investimentos.” (E) “Colheu uma revelação surpreendente:...” QUESTÃO 07: Numere em que sentido foram empregadas as palavras de acordo com o código: DENOTATIVO (1), ou CONOTATIVO (2). ( ) Meu pai é meu espelho ( ) Quebrei o espelho do banheiro ( ) Essa menina tem um coração de ouro. ( ) A Praça da Sé fica no coração de São Paulo. ( ) Você partiu meu coração. ( ) Você é mesmo mau: tem um coração de pedra. ( ) Para vencer a guerra era preciso alcançar o coração do país. 39 | P a g e Tome nota: Texto literário Texto não-literário O que é Textos que possuem elementos artísticos e tendem a causar emoção. São textos informativos e objetivos. Função Estética. Destinam-se ao entretenimento, à arte, à ficção. Utilitária. Sua função é informar, convencer, explicar, comunicar. Linguagem Subjetiva e conotativa. Objetiva e denotativa. Características Utiliza elementos como a variabilidade, figuras de linguagem, multissignificação, metáforas e possuem liberdade na criação. Linguagem objetiva, concisa e clara. Normas gramaticais Costuma subverter a gramática normativa. Geralmente adotam a gramática normativa. Elemento de composição Ficção, baseada na vontade e imaginação do artista. Utiliza fatos e informações. Análise A leitura de um texto literário inclui a busca de metáforas e simbolismos. Analisar um texto não- literário requer confirmação dos fatos, conhecimento, desenvolvimento de habilidades e realização de tarefas. Exemplos Poemas, novelas, contos e romances. Diários pessoais, notícias, receitas, reportagens e artigos. Leia os textos abaixo para responder às questões: Texto I A BOMBA DE HIROSHIMA 40 | P a g e Na manhã de 6 de agosto de 1945, quase ao fim da Segunda Guerra Mundial, o bombardeiro B-29 americano Enola Gay lançou a ainda não testada bomba de urânio Little Boy sobre a cidade de Hiroxima, a sudoeste de Honshu, a principal ilha japonesa. Ela rebentou no ar a 600 metros de altura e liberou uma energia equivalente a 20 quilotons (20 mil toneladas) do explosivo químico TNT, matando 64 mil pessoas instantaneamente. Três dias depois, após sobrevoar inutilmente durante 45 minutos um segundo alvo, a cidade de Kokura, sem visualizá-la, o avião mudou de rumo. E Fat Man, outra bomba, esta de plutônio, arrasou mais da metade da área de Nagasaki, no sul do Japão. Passados seis meses, 40 mil pessoas haviam morrido. O número de vítimas poderia ter sido ainda maior e incluir cidadãos americanos caso o mau tempo não tivesse afastado o bombardeiro 1500 metros do alvo: isso salvou a vida de 1300 prisioneiros de um campo de concentração japonês desconhecido dos Estados Unidos. (Revista SUPERINTERESSANTE) Texto II A ROSA DE HIROXIMA Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroxima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa sem nada. (Vinícius de Moraes) QUESTÃO 08: O que há em comum nos dois textos? 41 | P a g e QUESTÃO 09: O que diferencia os dois textos? Leia os textos abaixo para responder às questões: Texto I Descuidar do lixo é sujeira Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches.Isso acaba propiciando um lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23- 29/12/92) Texto II O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145) QUESTÃO 10: Considere as proposições: I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos. II. No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor. 42 | P a g e III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não literários. IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa, isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária. Estão corretas as proposições: (A) I, III e IV. (B) III e IV. (C) I, II, III e IV. (D) I e IV. (E) II, III e IV. QUESTÃO 11: O texto I, considerando o título, parece enfocar o quê? (A) homens se alimentam de lixo (B) sujeira que os mendigos deixam na rua (C) o McDonald´s deposita sacos de lixo na calçada (D) o caminhão da prefeitura recolhe o lixo QUESTÃO 12: No Texto II, que sentimento do eu lírico se manifesta na expressão "meu Deus"? (A) crueldade (B) indignação (C) euforia (D) conformismo QUESTÃO 13: Qual alternativa abaixo a palavra destacada foi empregada no sentido conotativo (figurado)? (A) "Dezenas deles vão ali revirar o material..." (B) "... deposita na calçada dezenas de sacos..." (C) "... deixando restos espalhados na calçada." (D) "... propiciando um lamentável banquete..." 43 | P a g e QUESTÃO 14: A partir da frase “Vi ontem um bicho”, conceitue sentido denotativo e sentido conotativo. Leia os textos para responder à questão. TEXTO I Mulher Assassinada Policiais que faziam a ronda no centro da cidade encontraram, na madrugada de ontem, perto da Praça da Sé, o corpo de uma mulher aparentando 30 anos de idade. Segundo depoimento de pessoas que trabalham em bares próximos, trata- se de uma prostituta conhecida como Poe Nenê. Ela foi assassinada a golpes de faca. A polícia descarta a hipótese de assalto, pois sua bolsa, com a carteira de dinheiro, foi encontrada junto ao corpo. O caso está sendo investigado pelo delegado do 2º distrito policial. (Jornal da Cidade) TEXTO II Pequena Crônica Policial Jazia no chão, sem vida, E estava toda pintada! Nem a morte lhe emprestava A sua grave beleza... Com fria curiosidade, Vinha gente a espiar-lhe a cara, As fundas marcas da idade, Das canseiras, da bebida... [...] Sem nada saber da vida, De vícios ou de perigos, Sem nada saber de nada... Com sua trança comprida, Os seus sonhos de menina, Os seus sapatos antigos! (Mário Quintana – Prosa & Verso) QUESTÃO 15: A partir da leitura dos dois textos podemos afirmar corretamente que 44 | P a g e (A) Ambos são textos não literários, pois trabalham o conteúdo e não a forma. (B) Ambos são textos literários, pois a palavra é utilizada como matéria-prima da criação textual. (C) Apenas o texto II é literário, pois o autor trabalha tanto o conteúdo como a forma, sendo estes inseparáveis. (D) Apenas o texto I é literário, pois tem um valor pragmático, objetivando a precisão e a clareza informativa. (E) O texto II não é literário, pois a forma e a linguagem em que é escrito subordinam-se apenas a valores comunicativos. QUESTÃO 16: Observe o texto "Xícara", de Fábio Sexugia: Esse texto é considerado literário porque: (A) Apresenta uma única interpretação (B) Foi construído de forma simples e objetiva (C) Apesar de sua estrutura representar uma xicara de café, não há nenhuma criatividade e forma especial de ser. (D) De forma bem simples, pequena e breve, exatamente como um cafezinho, o Poema Xícara de Fábio Sexugi, desperta uma leitura charmosa e delicada através da extrema simplicidade e criatividade na estrutura poética encontrada nesse conjunto organizado de palavras. https://1.bp.blogspot.com/-jisy1ePpj9I/WxQzxC_DvkI/AAAAAAAAAec/4jKxevvfjkwtYYQiy9iA0ClDKcuUmL_bACLcBGAs/s1600/ETH.jpg 45 | P a g e A Literatura é um instrumento de comunicação e de interação social; ela transmite os conhecimentos e a cultura de um povo. O texto literário se organiza em gêneros literários. Os textos literários são divididos em dois grupos: textos em verso, textos em prosa. Os textos em verso são os poemas, aqueles que são formados por versos; os textos em prosa são aqueles construídos em linha reta, organizados em frases, parágrafos... Gênero lírico O gênero lírico é o texto, no qual há a manifestação de um eu lírico. Esse expressa suas emoções, ideias e impressões sobre mundo interior ante o mundo exterior. São textos subjetivos. Normalmente, os pronomes e verbos estão em 1ª pessoa e a musicalidade das palavras é explorada. Como na música: Olhei até ficar cansado De ver os meus olhos no espelho Chorei por ter despedaçado As flores que estão no canteiro Os pulsos e os punhos cortados E o resto do meu corpo inteiro. (Titãs) Gênero épico Nos textos que pertencem ao gênero épico, há a presença de um narrador que conta uma história que envolve terceiros ou ele mesmo. Os textos épicos narram a história de um povo ou de uma nação, geralmente são textos longos envolvendo viagens, guerras, aventuras, gestos heroicos e há exaltação de heróis e de seus feitos. Um exemplo desse gênero é o livro/ filme “O Senhor dos aneis”: OS GÊNEROS LITERÁRIOS 46 | P a g e Em uma terra fantástica e única, um hobbit recebe de presente de seu tio um anel mágico e maligno que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso, o hobbit Frodo tem um caminho árduo pela frente, onde encontra perigo, medo e seres bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada, ele aos poucos pode contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando nove pessoas que formam a Sociedade do Anel...... Gênero dramático O gênero dramático expõe o conflito dos homens e seu mundo, as manifestações da miséria humana. Os textos que são produzidos com o intuito de serem dramatizados pertencem ao gênero dramático; assim, os atores fazem o papel das personagens. 47 | P a g e QUESTÃO 17: Leia os fragmentos abaixo para responder à questão: I. “A serena, amorosa Primavera, O doce autor das glórias que consigo, A Deusa das paixões e de Citera; Quanto digo, meu bem, quanto não digo, Tudo em tua presença degenera. Nada se pode comparar contigo (...)”. (Nada se Pode Comparar Contigo – Bocage) II. Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida (mortífera!, que tantas dores trouxe aos Aqueus e tantas almas valentes de heróis lançou no Hades, ficando seus corpos como presa para cães e aves de rapina, enquanto se cumpria a vontade de Zeus), desde o momento em que primeiro se desentenderam o Atrida, soberano dos homens, e o divino Aquiles. (Ilíada – Homero) III. MADAME CLESSI – Deixa o homem! Como foi que você soube do meu nome?ALAÍDE – Me lembrei agora! (noutro tom) Ele está-me olhando. (noutro tom, ainda) Foi uma conversa que eu ouvi quando a gente se mudou. No dia mesmo, entre papai e mamãe. Deixe eu me recordar como foi... Já sei! Papai estava dizendo: “O negócio acabava...” (Escurece o plano da alucinação. Luz no plano da memória. Aparecem pai e mãe de Alaíde.) PAI (continuando a frase) – “...numa orgia louca.” MÃE – E tudo isso aqui? PAI – Aqui, então?! MÃE – Alaíde e Lúcia morando em casa de Madame Clessi. Com certeza, é no quarto de Alaíde que ela dormia. O melhor da casa! PAI – Deixa a mulher! Já morreu! MÃE – Assassinada. O jornal não deu? PAI – Deu. Eu ainda não sonhava conhecer você. Foi um crime muito falado. Saiu fotografia. 48 | P a g e MÃE – No sótão tem retratos dela, uma mala cheia de roupas. Vou mandar botar fogo em tudo. PAI – Manda. (Vestido de noiva – Nelson Rodrigues) IV. “ (…) Ele gostava de matar, por seu miúdo regozijo. Nem contava valentias, vivia dizendo que não era mau. Mas, outra vez, quando um inimigo foi pego, ele mandou: – “Guardem este.” Sei o que foi. Levaram aquele homem, entre as árvores duma capoeirinha, o pobre ficou lá, nhento, amarrado na estaca. O Hermógenes não tinha pressa nenhuma, estava sentado, recostado. A gente podia caçar a alegria pior nos olhos dele. Depois dum tempo, ia lá, sozinho, calmoso? Consumia horas, afiando a faca (...)”. (Grande Sertão: Veredas – João Guimarães Rosa) Os fragmentos acima representam, respectivamente, os seguintes gêneros: (A) épico – lírico – dramático – narrativo. (B) lírico – épico – dramático – narrativo. (C) narrativo – dramático – épico – lírico. (D) lírico – épico – narrativo – dramático. (E) dramático – narrativo – lírico – épico. QUESTÃO 18: Leia. Eu Eu sou a que no mundo anda perdida Eu sou a que na vida não tem norte Sou a irmã do Sonho, e desta sorte Sou a crucificada... a dolorida Sombra de névoa ténue e esvaecida E que o destino amargo, triste e forte Impele brutalmente para a morte! Alma de luto sempre incompreendida! Sou aquela que passa e ninguém vê Sou a que chamam triste sem o ser Sou a que chora sem saber porquê 49 | P a g e Sou talvez a visão que Alguém sonhou Alguém que veio ao mundo pra me ver E que nunca na vida me encontrou! (Florbela Espanca) De acordo com as suas características, podemos afirmar que o texto lido pertence a qual gênero literário? QUESTÃO 19: Leia. SIGA SEU RUMO M: Faz tanto tempo que ele não liga pra mim Faz tanto tempo que tudo deixou de existir Agora que eu aprendi a viver esquecendo esse amor Ele aparece bem tarde na noite e me diz que voltou. M: Quem é? H: Sou eu. M: O que é que você quer? H: Você. M: É tarde. H: Por que? M: Porque hoje sou eu quem não quer mais você. M: Por isso, fora, esqueça meu rosto, meu nome, esta casa, e siga seu rumo H: Não consigo compreender M: Fora, esqueça meus olhos, meu corpo, meu beijo e todo o meu mundo. H: Está mentindo, posso ver M: Fora, esqueça que eu vivo, tá tudo acabado e não se surpreenda. Esqueça de mim que afinal pra esquecer você tem experiência. H: Fui procurar emoções, por isso parti Em busca de sensações que nunca sentifantasia, voltei Pois na verdade o que eu quero e preciso é somente você M: Adeus. H: Ajude-me. M: Não quero mais falar. H: Pense em mim. M: Adeus. https://www.letras.mus.br/florbela-espanca/ 50 | P a g e H: Por quê? M: Porque hoje sou eu quem não quer mais você. De acordo com as suas características, podemos afirmar que o texto lido pertence a qual gênero literário? QUESTÃO 20: Leia. Poema tirado de uma notícia de jornal João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. (Manuel Bandeira) De acordo com as suas características, podemos afirmar que o texto lido pertence a qual gênero literário?
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