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 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
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 Prática Processual Penal 1/373 
 OAB 2ª Fase 
 
Apostila de Prática Processual Penal 
 
 
 
PROFESSOR: BRUNO TRIGUEIRO 
 
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 Prática Processual Penal 2/373 
 OAB 2ª Fase 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 10 
QUEIXA CRIME ....................................................................................................................................... 16 
1. NOÇÕES INICIAIS: ......................................................................................................................... 16 
2. PRAZO ........................................................................................................................................... 18 
3. FUNDAMENTO NORMATIVO DA QUEIXA-CRIME ........................................................................ 18 
ESTRUTURA DA PEÇA ....................................................................................................................... 20 
MODELO I .......................................................................................................................................... 24 
MODELO II ......................................................................................................................................... 28 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO ........................................................................................................................ 30 
1. NOÇÕES INICIAIS........................................................................................................................... 30 
2. MOMENTO: ................................................................................................................................... 30 
3. PROCEDIMENTO: .......................................................................................................................... 30 
4. FUNDAMENTO NORMATIVO: ...................................................................................................... 31 
5. CONTEÚDO: .................................................................................................................................. 31 
6. HIPÓTESES DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: ....................................................................................... 31 
7. PRAZO: .......................................................................................................................................... 32 
MODELO I .......................................................................................................................................... 35 
MODELO II ......................................................................................................................................... 41 
MODELO III ........................................................................................................................................ 43 
PEÇAS RELACIONADAS À PRISÃO .......................................................................................................... 45 
RELAXAMENTO ................................................................................................................................. 45 
1. NOÇÕES INICIAIS........................................................................................................................... 45 
2. FUNDAMENTO NORMATIVO: ...................................................................................................... 45 
 Boa Viagem: Rua Visconde de Jequitinhonha, 76. tel: 34628989 e 33425049 
 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
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 Prática Processual Penal 3/373 
 OAB 2ª Fase 
 
3. CABIMENTO: ................................................................................................................................ 45 
4. EFEITOS: ........................................................................................................................................ 45 
ESTRUTURA DA PEÇA ....................................................................................................................... 46 
LIBERDADE PROVISÓRIA .................................................................................................................. 47 
1. FUNDAMENTO NORMATIVO: ...................................................................................................... 47 
2. CABIMENTO: ................................................................................................................................. 47 
3. PRAZOS E PROCEDIMENTO: ......................................................................................................... 47 
4. EFEITOS: ........................................................................................................................................ 48 
ESTRUTURA DA PEÇA ....................................................................................................................... 50 
REVOGAÇÃO ..................................................................................................................................... 52 
1. FUNDAMENTO NORMATIVO: ...................................................................................................... 52 
2. CABIMENTO: ................................................................................................................................. 52 
3. PRAZOS E PROCEDIMENTO: ......................................................................................................... 52 
4. EFEITOS: ........................................................................................................................................ 53 
ESTRUTURA DAPEÇA ....................................................................................................................... 53 
MODELO I .......................................................................................................................................... 55 
MODELO II ......................................................................................................................................... 58 
MODELO III ........................................................................................................................................ 60 
MODELO IV ....................................................................................................................................... 62 
ALEGAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................ 65 
1. NOÇÕES INICIAS. ........................................................................................................................... 65 
2. FUNDAMENTO NORMATIVO. ...................................................................................................... 65 
3. CONTEÚDO .................................................................................................................................... 66 
ESTRUTURA DA PEÇA ....................................................................................................................... 71 
MODELO I .......................................................................................................................................... 72 
 Boa Viagem: Rua Visconde de Jequitinhonha, 76. tel: 34628989 e 33425049 
 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
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 Prática Processual Penal 4/373 
 OAB 2ª Fase 
 
MODELO II ......................................................................................................................................... 78 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO ........................................................................................................... 83 
1. NOÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................... 83 
2. PRAZO ........................................................................................................................................... 83 
3. CABIMENTO .................................................................................................................................. 84 
4. PROCESSAMENTO ......................................................................................................................... 86 
ESTRUTURA DA PEÇA ....................................................................................................................... 88 
MODELO I .......................................................................................................................................... 90 
MODELO II ......................................................................................................................................... 94 
AGRAVO EM EXECUÇÃO ........................................................................................................................ 98 
01. Noções iniciais. ........................................................................................................................... 98 
02. Cabimento................................................................................................................................... 98 
03. Interposição e Competência. ..................................................................................................... 99 
04. Legitimidade. ............................................................................................................................ 100 
05. Teses e requerimentos ............................................................................................................. 100 
ESTRUTURA DA PEÇA ..................................................................................................................... 101 
MODELO I ........................................................................................................................................ 102 
MODELO II ....................................................................................................................................... 106 
APELAÇÃO ........................................................................................................................................... 109 
1. NOÇÕES INICIAIS......................................................................................................................... 109 
2. FUNDAMENTO NORMATIVO ...................................................................................................... 109 
3. HIPÓTESES DE CABIMENTO: ....................................................................................................... 109 
4. PRAZOS E PROCEDIMENTO: ....................................................................................................... 110 
5. EFEITOS: ...................................................................................................................................... 111 
6. JULGAMENTO ............................................................................................................................. 111 
 Boa Viagem: Rua Visconde de Jequitinhonha, 76. tel: 34628989 e 33425049 
 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
 falecom@espacojuridico.com 
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 Prática Processual Penal 5/373 
 OAB 2ª Fase 
 
ESTRUTURA DA PEÇA ..................................................................................................................... 113 
MODELO I ........................................................................................................................................ 115 
MODELO II ....................................................................................................................................... 119 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ............................................................................................................. 125 
1. NOÇÃO: ....................................................................................................................................... 125 
2. FUNDAMENTO NORMATIVO: .................................................................................................... 125 
3. INTERPOSIÇÃO: ........................................................................................................................... 125 
4. CABIMENTO: ...............................................................................................................................125 
5. PROCESSAMENTO ....................................................................................................................... 125 
6. JULGAMENTO: ............................................................................................................................ 126 
ESTRUTURA DA PEÇA (PETIÇÃO ÚNICA) ........................................................................................ 126 
MODELO I ........................................................................................................................................ 127 
MODELO II ....................................................................................................................................... 129 
CARTA TESTEMUNHÁVEL .................................................................................................................... 131 
1. NOÇÃO: ....................................................................................................................................... 131 
2. INTERPOSIÇÃO ............................................................................................................................ 131 
3. CABIMENTO: ............................................................................................................................... 131 
4. PROCESSAMENTO: ...................................................................................................................... 132 
5. JULGAMENTO: ............................................................................................................................ 133 
ESTRUTURA DA PEÇA ..................................................................................................................... 133 
MODELO I ........................................................................................................................................ 135 
MODELO II ....................................................................................................................................... 138 
HABEAS CORPUS ................................................................................................................................. 142 
1. NOÇÕES INICIAIS ......................................................................................................................... 142 
2. FUNDAMENTO NORMATIVO: .................................................................................................... 143 
 Boa Viagem: Rua Visconde de Jequitinhonha, 76. tel: 34628989 e 33425049 
 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
 falecom@espacojuridico.com 
 www.espacojuridico.com 
 
 
 Prática Processual Penal 6/373 
 OAB 2ª Fase 
 
3. CABIMENTO: ............................................................................................................................... 143 
4. PRAZOS E PROCEDIMENTO: ....................................................................................................... 143 
5. EFEITOS: ...................................................................................................................................... 145 
ESTRUTURA DA PEÇA ..................................................................................................................... 145 
MODELO I ........................................................................................................................................ 147 
MODELO II ....................................................................................................................................... 150 
EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE ....................................................................................... 153 
1. NOÇÕES INICIAIS ......................................................................................................................... 153 
2. INTERPOSIÇÃO: ........................................................................................................................... 153 
3. CABIMENTO: ............................................................................................................................... 153 
4. PROCESSAMENTO: ...................................................................................................................... 153 
5. JULGAMENTO: ............................................................................................................................ 154 
ESTRUTURA DA PEÇA ..................................................................................................................... 154 
MODELO I ........................................................................................................................................ 156 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL ............................................................................................ 159 
1. NOÇÕES INICIAIS ......................................................................................................................... 159 
2. INTERPOSIÇÃO: ........................................................................................................................... 159 
3. CABIMENTO: ............................................................................................................................... 159 
4. PROCESSAMENTO: ...................................................................................................................... 160 
5. JULGAMENTO: ............................................................................................................................ 160 
ESTRUTURA DA PEÇA ..................................................................................................................... 160 
MODELO I ........................................................................................................................................ 162 
REVISÃO CRIMINAL ............................................................................................................................. 166 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS. ......................................................................................................... 166 
2. CABIMENTO: ............................................................................................................................... 166 
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 Prática Processual Penal 7/373 
 OAB 2ª Fase 
 
3. DILAÇÃO PROBATÓRIA: .............................................................................................................. 167 
5. COMPETÊNCIA: ...........................................................................................................................168 
6. LEGITIMIDADE............................................................................................................................. 168 
7. PROPOSITURA ............................................................................................................................. 169 
8. JULGAMENTO E INDENIZAÇÃO .................................................................................................. 169 
ESTRUTURA DA PEÇA (PETIÇÃO ÚNICA) ........................................................................................ 170 
MODELO I ........................................................................................................................................ 172 
PEÇAS PRÁTICO-PROFISSIONAL DE EXAMES ANTERIORES COMENTADAS ......................................... 175 
OAB 2019.1 ..................................................................................................................................... 175 
OAB 2018.3 ..................................................................................................................................... 180 
OAB 2018.2 – REAPLICAÇÃO PORTO ALEGRE ................................................................................ 184 
OAB 2018.2 ..................................................................................................................................... 189 
OAB 2018.1 ..................................................................................................................................... 192 
OAB 2017.3 ..................................................................................................................................... 196 
OAB 2017.2 ..................................................................................................................................... 199 
OAB 2017.1 ..................................................................................................................................... 204 
OAB 2016.3 – REAPLICAÇÃO PORTO VELHO.................................................................................. 208 
OAB 2016.3 ..................................................................................................................................... 211 
OAB 2016.2 ..................................................................................................................................... 214 
OAB 2016.1 ..................................................................................................................................... 218 
OAB 2015.3 ..................................................................................................................................... 222 
OAB 2015.2 ..................................................................................................................................... 226 
OAB 2015.1 ..................................................................................................................................... 229 
OAB 2014.3 ..................................................................................................................................... 232 
OAB 2014.2 ..................................................................................................................................... 236 
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 Prática Processual Penal 8/373 
 OAB 2ª Fase 
 
OAB 2014.1 ..................................................................................................................................... 238 
OAB 2013.3 ..................................................................................................................................... 241 
OAB 2013.2 ..................................................................................................................................... 243 
OAB 2013.1 ..................................................................................................................................... 246 
OAB 2012.3 ..................................................................................................................................... 248 
OAB 2012.2 ..................................................................................................................................... 250 
OAB 2012.1 ..................................................................................................................................... 253 
OAB 2011.2 ..................................................................................................................................... 255 
OAB 2011.1 ..................................................................................................................................... 258 
OAB 2010.3 ..................................................................................................................................... 260 
OAB 2010.2 ..................................................................................................................................... 262 
OAB 2010.1 – CESPE ....................................................................................................................... 268 
OAB 2009.3 – CESPE ....................................................................................................................... 270 
OAB 2009.2 – CESPE ....................................................................................................................... 272 
OAB 2009.1 – CESPE ....................................................................................................................... 275 
OAB 2008.2 – CESPE ....................................................................................................................... 277 
OAB 2008.1 – CESPE ....................................................................................................................... 279 
QUESTÕES DE PROCESSO PENAL DE EXAMES ANTERIORES COMENTADAS ....................................... 283 
OAB 2019.1 ..................................................................................................................................... 283 
OAB 2018.3 ..................................................................................................................................... 289 
OAB 2018.2 – REAPLICAÇÃO PORTO ALEGRE ................................................................................ 296 
OAB 2018.2 ..................................................................................................................................... 303 
OAB 2018.1 ..................................................................................................................................... 310 
OAB 2017.3 ..................................................................................................................................... 317 
OAB 2017.2 ..................................................................................................................................... 322 
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 Prática Processual Penal 9/373 
 OAB 2ª Fase 
 
OAB 2015.3 ..................................................................................................................................... 328 
OAB 2015.2 ..................................................................................................................................... 333 
OAB 2015.1 ..................................................................................................................................... 336 
OAB 2014.3 ..................................................................................................................................... 339 
OAB 2014.1 ..................................................................................................................................... 344 
OAB 2013.3 ..................................................................................................................................... 348 
OAB 2013.2 ..................................................................................................................................... 352 
OAB 2013.1 ..................................................................................................................................... 353 
OAB 2012.3 ..................................................................................................................................... 356 
OAB 2012.1 ..................................................................................................................................... 358 
OAB 2011.3 ..................................................................................................................................... 360 
OAB 2011.1 ..................................................................................................................................... 362 
OAB 2010.3 ..................................................................................................................................... 365 
OAB 2010.2 ..................................................................................................................................... 370 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
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 Prática Processual Penal 10/373 
 OAB 2ª Fase 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá pessoal!!! 
Primeiramente, gostaria de dar as boas-vindas a todos vocês, registrando o meu 
prazer em poder colaborar com a sua aprovação no exame da ordem (já estou considerando 
que todos vão ser aprovados). Antes, no entanto, de já abordarmos os principais assuntos da 
tua prova, é necessário conhecer o seu adversário (considere que você vai para uma guerra e 
que a prova da 2ª fase da OAB é o seu oponente), apresentando como vai ser a tua prova, 
como você vai ter que respondê-la e, por fim, saber o que pode e o que não pode utilizar no 
dia da prova. 
 Na segunda fase, a prova prático-profissional valerá 10,00 (dez) pontos e será 
composta de duas partes: 1) redação de peça profissional na área penal, valendo 5,00 (cinco) 
pontos e 2) respostas a 4 (quatro) questões práticas, sob a forma de situações-problema, 
valendo, no máximo, 1,25 (um e vinte e cinco) pontos cada. O primeiro cuidado que você 
tem que ter ao responder a prova é com a sua LETRA. Isso porque as provas prático-
profissionais deverão ser manuscritas, em LETRA LEGÍVEL, com caneta esferográfica de tinta 
azul ou preta, sob pena de o candidato receber zero na pontuação da questão, conforme 
disposição contida no edital de abertura do certame. 
Para a redação da peça profissional, você deverá formular texto com a extensão 
máxima definida na capa do caderno de textos definitivos; para a redação das respostas às 
questões práticas, a extensão máxima do texto será de 30 (trinta) linhas para cada questão. 
Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de texto que for escrito 
fora do local apropriado ou que ultrapassar a extensão máxima permitida. Por isso, é 
imprescindível que você resolva cada peça prática profissional passada em sala de aula, a fim 
de que haja a adaptação, o mais rápido possível, com estilo de prova exigido pela FGV. 
Quando da realização das provas prático-profissionais, caso a peça profissional 
e/ou as respostas das questões práticas exijam assinatura, você deverá utilizar apenas a 
 Boa Viagem: Rua Visconde de Jequitinhonha, 76. tel: 34628989 e 33425049 
 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
 falecom@espacojuridico.com 
 www.espacojuridico.com 
 
 
 Prática Processual Penal 11/373 
 OAB 2ª Fase 
 
palavra “ADVOGADO...”. Ao texto que contenha outra assinatura, será atribuída nota 0 
(zero), por se tratar de identificação do examinando em local indevido. 
Na elaboração dos textos da peça profissional e das respostas às questões 
práticas, você deverá incluir todos os dados que se façam necessários, sem, contudo, 
produzir qualquer identificação além daquelas fornecidas e permitidas no caderno de prova. 
Assim, você deverá escrever o nome do dado seguido de reticências (exemplo: 
“Município...”, “Data...”, “Advogado...”, “OAB...”, etc.). A omissão de dados que forem 
legalmente exigidos ou necessários para a correta solução do problema proposto acarretará 
em descontos na pontuação atribuída ao examinando nesta fase. 
Uma pergunta muito frequente em sala de aula e de extrema importância para o 
teu exame é: “Professor o que eu posso e o que não posso levar e consultar no dia da 
prova?”. Para responder a essa tua pergunta, eu vou transcrever o que consta no edital de 
abertura, que no anexo III traz a relação dos materiais permitidos e proibidos no dia prova: 
MATERIAL/PROCEDIMENTOS PERMITIDOS 
• Legislação não comentada, não anotada e não comparada. 
• Códigos, inclusive os organizados que não possuam índices temáticos estruturando 
roteiros de peças processuais, remissão doutrinária, jurisprudência, informativos dos 
tribunais ou quaisquer comentários, anotações ou comparações. 
• Leis de Introdução dos Códigos.• Instruções Normativas. 
• Índice remissivo. 
• Exposição de Motivos. 
• Súmulas. 
• Enunciados. 
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 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
 falecom@espacojuridico.com 
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 Prática Processual Penal 12/373 
 OAB 2ª Fase 
 
• Orientações Jurisprudenciais. 
• Regimento Interno. 
• Resoluções dos Tribunais. 
• Simples utilização de marca texto, traço ou simples remissão a artigos ou a lei. 
• Separação de códigos por clipes e/ou por cores, sem nenhum tipo de anotação manuscrita 
ou impressa nos recursos utilizados para fazer a separação. 
OBSERVAÇÃO: As remissões a artigo ou lei são permitidas apenas para referenciar assuntos 
isolados. Quando for verificado pelo fiscal advogado que o examinando se utilizou de tal 
expediente com o intuito de burlar as regras de consulta previstas neste edital, articulando a 
estrutura de uma peça jurídica, o material será recolhido, sem prejuízo das demais sanções 
cabíveis ao examinando. 
MATERIAL/PROCEDIMENTOS PROIBIDOS 
X Códigos comentados, anotados, comparados ou com organização de índices temáticos 
estruturando roteiros de peças processuais. 
X Jurisprudências. 
X Anotações pessoais ou transcrições. 
X Cópias reprográficas (xerox). 
X Impressos da Internet. 
X Informativos de Tribunais. 
X Livros de Doutrina, revistas, apostilas, calendários e anotações. 
X Dicionários ou qualquer outro material de consulta. 
X Legislação comentada, anotada ou comparada. 
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 Boa Vista: Rua Montevidéu, 276. Tel: 34230732. 
 falecom@espacojuridico.com 
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 Prática Processual Penal 13/373 
 OAB 2ª Fase 
 
X Súmulas, Enunciados e Orientações Jurisprudenciais comentados, anotados ou 
comparados. 
OBSERVAÇÃO: Os materiais que possuírem conteúdo produzido pelas editoras parcial ou 
integralmente proibido não poderão ser utilizados durante a prova prático-profissional. Não 
será permitido o isolamento dos conteúdos proibidos, seja por grampo, fita adesiva, 
destacamento ou qualquer outro meio. O examinando que, durante a aplicação das provas, 
estiver portando e/ou utilizando material proibido, ou se utilizar de qualquer expediente que 
vise burlar as regras deste edital, especialmente as concernentes aos materiais de consulta, 
terá suas provas anuladas e será automaticamente eliminado do Exame. 
Por fim, é muito importante falarmos um pouco do método de avaliação da FGV, 
abordando, sobretudo, o espelho de correção. Isso porque o critério de julgamento da FGV é 
muito diferente do utilizado pelo CESPE (antiga banca examinadora da ordem). Na correção, 
a FGV se preocupa, principalmente, em saber se o candidato conseguiu identificar aquilo que 
tinha que ser impugnado na peça, sem se preocupar muitas vezes com apresentação, 
estrutura textual e correção gramatical, conforme se pode percebe de um exemplo 
colacionado abaixo: 
 
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 Prática Processual Penal 14/373 
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Assim, não é preciso que você se estenda muito na impugnação, bastando 
mencionar o que tem que ser impugnado na peça de uma forma direta, sempre 
apresentando o fundamento jurídico que embasa o teu posicionamento, destacando, se for 
o caso, o artigo de lei que relacionado à matéria. 
Eu costumo dizer aos meus alunos que para impugnar um item da peça/questão 
de uma forma correta, é necessário visualizar se o candidato respondeu a três perguntinhas: 
“O que é que está errado? O porquê está errado? Qual o fundamento jurídico?”. Se as três 
perguntas foram respondidas, pode ter certeza, você receberá a pontuação máxima prevista 
no espelho de correção. 
Bom pessoal, feitas essas considerações iniciais, passemos a analisar as peças 
profissionais que podem ser cobradas na tua prova. 
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QUEIXA CRIME 
 
 1. NOÇÕES INICIAIS: Nas infrações penais que ofendem sobremaneira a 
intimidade da vítima, a persecução criminal é transferida excepcionalmente ao particular 
que atua em nome próprio, na tutela de interesse alheio (jus puniendi do Estado).O 
exercício do direito de ação cabe ao ofendido ou ao seu representante legal. Se, no entanto, 
o ofendido incapaz não possuir representante legal ou, possuindo-o, seus interesses 
colidirem com os daquele, o direito de queixa será exercido por curador especial nomeado 
pelo Juiz (art. 33 do CPP). No caso de morte ou declaração de ausência da vítima, o direito 
de ação transfere-se ao cônjuge (incluído companheiro (a)), ascendentes, descendentes e 
irmãos, nesta ordem preferencial. 
Nos crimes de ação penal privada, a peça inicial acusatória, que contém a 
imputação formulada ao acusado, recebe o nome de queixa-crime. 
Na ação privada, o autor da demanda ganha o nome de querelante, ao passo que 
o réu será chamado de querelado. 
A petição inicial é oferecida ao magistrado, para que este, exercendo juízo de 
admissibilidade, decida sobre o seu recebimento. 
No art. 41 do CPP estão dispostos os requisitos que devem estar presentes na 
denúncia ou queixa. Se ausentes os requisitos, a petição inicial será considerada inepta (Art. 
395, inciso I, do CPP). 
As ações penais privadas dividem-se em: 
1 - Ação penal privada exclusiva ou propriamente dita: é aquele em que o direito 
de queixa pode ser exercido pela vítima ou por seu representante legal. Caso a vítima tenha 
morrido ou seja declarada ausente, o direito de queixa passará para o cônjuge, ascendente, 
descente e irmão (CADI) (art. 31 do CPP); 
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 Prática Processual Penal 17/373 
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2 - Ação penal privada personalíssima: hoje se aplica apenas ao crime disposto 
no art. 236 do CP. Somente o ofendido pode apresentar a queixa e mais ninguém; 
3 - Ação penal privada subsidiária da pública: tem cabimento diante da inércia do 
MP, que, nos prazos legais, deixa de atuar, não promovendo a denúncia ou, em sendo o 
caso, não se manifestando pelo arquivamento dos autos do inquérito policial, ou ainda, não 
requisitando novas diligências. O Parquet, na ação penal privada subsidiária, figura como 
interveniente adesivo obrigatório, atuando em todos os termos do processo, sob pena de 
nulidade absoluta. 
Seguem abaixo alguns dos principais princípios que regem o instituto da ação 
penal privada: 
1 - Princípio da oportunidade: o que marca a ação penal privada é o juízo de 
conveniência e oportunidade. A vítima decidirá se a ação será intentada ou não; 
2 - Princípio da disponibilidade: após intentada a ação, a vítima poderá 
abandoná-la, desistir dela ou perdoar o acusado; 
3 - Princípio da indivisibilidade: a ação penal privada é indivisível e o MP velará 
pela sua indivisibilidade. A queixa contra um dos autores obriga a interposição contra todos 
(Art. 48 do CPP). A renúncia em favor de um dos autores se aplicará aos demais; 
4 - Princípio da intranscendência: efeitos da ação penal não podem ser 
estendidos a terceiros, além do acusado. 
 
CUIDADO: 
Renúncia x Perdão: ambos são institutos que extinguem a punibilidade na ação penal 
privada. A renúncia acontece quando a vítima se abstém ao exercício do direito de queixa – 
a vítima deixará de interpor a ação. O perdão pressupõe uma ação penal já em curso – é 
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 Prática Processual Penal 18/373 
 OAB 2ª Fase 
 
quando a vítima perdoa o querelado durante a tramitação da ação. A renúncia à queixa é 
sempre um ato unilateral, não precisa de anuência da vítima, diferentemente do perdão, 
que precisa da aceitação do querelado. A renúncia em relação a um dos querelantes se 
estende aos demais. O perdão dado a uma dos querelados se estende ao demais, mas, só 
produz efeitos depois da aceitação. 
 
2. PRAZO 
A queixa-crime, como regra geral, deve ser ofertada no prazo máximo de 6 
meses, contados do conhecimento da autoria. Trata-se de um prazo de ordem decadencial 
que não se interrompe, não se suspende e nem se prorroga. É contado na forma do art. 10 
do CP, ou seja, incluindo o dia do começo e excluindo o dia de vencimento. 
CUIDADO: 
1 - Na hipótese de ação penal privada personalíssima (Crime de induzimento a erro 
essencial e ocultação de impedimento ao casamento (art. 236 do CP)) o prazo de seis meses 
só começa a correr após o transito em julgado da sentença que no cível, anule o casamento 
por impedimento ou erro essencial. 
2 - Na ação penal privada subsidiária da pública o prazo só começa a correr do dia em que 
se esgotar o prazo para o Ministério Público oferecer da denúncia (Art. 38 do CPP). 
 
 
3. FUNDAMENTO NORMATIVO DA QUEIXA-CRIME 
 
1. Ação penal privada exclusiva ou propriamente dita: Art. 100, §§ 2º e 4º (para o 
caso de morte ou declaração judicial de ausência), do CP e Arts. 30 e 31 (para o caso de 
morte ou declaração judicial de ausência) do CPP; 
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 Prática Processual Penal 19/373 
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2 – Ação penal privada personalíssima: Art. 30 do CPP c/c Art. 236, § único do CP; 
3 – Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: Art. 5º, inciso LIX, da CF, Art. 100, § 
3º, do CP e Art. 29 do CPP. 
 
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ESTRUTURA DA PEÇA 
 
1 - ENDEREÇAMENTO: ao juiz competente ou ao presidente do tribunal (no caso 
de ação penal originária). Na justiça federal, a peça deverá ser endereçada ao 
“Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da __1 Vara Federal Criminal da Seção (ou Subseção) 
Judiciária de _________”. 
ATENÇÃO A REGRA DO ART 73 DO CPP: 
“Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.” 
 
2 - INTRODUÇÃO: nome e qualificação do ofendido, menção ao advogado e à 
procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP); nome e qualificação do autor do fato; 
CUIDADO 
Não crie dados qualificativos. Se a questão mencionar algum dado, você pode repetir sem 
problema algum. No entanto, se a questão nada mencionar, coloque apenas “...” após 
mencionar os dados que fazem parte da qualificação do agente. (Ex. “inscrito no CPF nº ...”, 
“residente e domiciliado em ...”). 
 
3 - DESCRIÇÃO DOS FATOS: na verdade, a imputação de um ou mais fatos 
criminosos. Apresente com as suas palavras, a conduta criminosa praticada por cada agente, 
mencionando todas as circunstâncias que rodeiam a infração. (Ex. Se você afirmar que o 
 
1 Não havendo Inquérito Policial previamente distribuído a uma vara determinada e não havendo circunstância 
que indique fixação de competência por prevenção, deve-se deixar em branco a indicação da vara em que 
deverá tramitar a queixa. 
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 Prática Processual Penal 21/373 
 OAB 2ª Fase 
 
crime de calúnia foi praticado na modalidade majorada, descreva qual foi a causa de 
aumento de pena na apresentação dos fatos); 
4 - CLASSIFICAÇÃO DO CRIME: Aqui o ponto mais importante da tua peça. Nesse 
tópico tem que ser descrita a infração penal praticada pelo acusado. Se tiver a ocorrência de 
algum tipo de concurso de crime (material (art. 69 do CP), formal (art. 70 do CP) ou 
continuidade delitiva (art. 71 do CP)) o candidato tem que mencionar. 
 
VAMOS RELEMBRAR: 
1 – CONCURSO MATERIAL (art. 69 do CP) – acontece quando o agente, mediante mais de 
uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicando-se 
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. Requisitos: a) 
pluralidade de condutas; b) a pluralidade de crimes. Ex. Tício atira em Mévio e na fuga 
subtrai um veículo. Tício praticou o crime de homicídio em concurso material com o crime 
de furto; 
2 – CONCURSO FORMAL (art. 70 do CP) – acontece quando o agente, mediante uma só 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Requisitos: a) a unicidade 
da conduta; b) a pluralidade de crimes. Ex. Tício, conduzindo seu carro de forma 
imprudente, atropela Caio e Mévio. Tício praticou dois homicídios culposos na direção de 
veículo automotor (art. 302 do CTB), em concurso formal. 
FORMAS: a) Homogêneo: os crimes decorrentes da conduta única são da mesma espécie. 
b) Heterogêneo: os crimes são de espécie distintas. 
c) Próprio, perfeito ou normal: o agente, apesar de provocar dois ou mais 
resultados, não age com desígnios autônomos, ou seja, não tem intenção independente em 
relação a cada crime. Neste caso, o juiz aplica o sistema da exasperação, ou seja, aplica uma 
só pena, se idênticas, ou a maior, se diferentes, aumentada de um sexto (1/6) até a metade 
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 Prática Processual Penal 22/373 
 OAB 2ª Fase 
 
(1/2); 
d) Impróprio, Imperfeito ou anormal: o sujeito age com desígnios autônomos. 
Só tem cabimento em crimes dolosos. Neste caso, por haver desígnios autônomos, as penas 
deverão ser somadas, aplicando a mesma regra do concurso material de delitos. 
 
3 – CONTINUIDADE DELITIVA (art. 71 do CP) – ocorre quando sujeito, mediante pluralidade 
de condutas, realiza uma série de crimes da mesma espécie, guardando entre si um elo de 
continuidade (em especial, as mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução). 
Divide-se em: 
3.1 – Crime continuado genérico ou comum: requisitos: a) pluralidade de condutas; b) 
Pluralidade de crimes da mesma espécie (prevalece o entendimento que são crimes 
previstos no mesmo tipo penal, protegendo igual bem jurídico); c) elo de continuidade 
(mesmas condições de tempo, lugar e modo de execução). Neste caso, a aplicação da pena 
se dará conforme os sistema da exasperação: o juiz escolherá qualquer das penas, se 
idênticas, ou a maior delas, se distintas, aumentando, na terceira fase da dosimetria da 
pena, em 1/6 a 2/3; 
3.2 – Crime continuado específico (art. 71, § único, do CP): A principal característica da 
continuidade delitiva específica é exigir (ao lado dos requisitos do crime continuado 
genérico) que os crimes sejam dolosos, com vítimas diferentes, cometidos com violência ou 
grave ameaça à pessoa. Nesta caso, a aplicação da pena se dará pela sistema da 
exasperação, devendo o juiz, na terceira fase da dosimetria da pena, aumentar a pena até o 
triplo (partindo de 1/6). 
 
5 - REQUERIMENTOS: 
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 Prática Processual Penal 23/373 
 OAB 2ª Fase 
 
A) recebimento da peça e consequente instauração da ação, com intervenção do 
MP e com tramitação, se for o caso, de acordo com o art. 519 e ss do CPP (crimes contra a 
honra). Observe se não é o caso de tramitação no Juizado Especial Criminal (Lei nº. 
9.099/95); 
B) citação do querelado; 
C) ouvida das testemunhas e produção dequalquer outra prova; 
D) prosseguimento do feito até final condenação; 
E) fixação, se for o caso, do valor mínimo para reparação dos danos sofridos (art. 
387, IV, do CPP). 
 
 
ASSUNTO IMPORTANTE PARA A ELABORAÇÃO DA QUEIXA-CRIME 
Pessoal, não deixem de estudar em Direito Penal os crimes contra a honra 
(calúnia, difamação e injúria). Isso porque, sem sombra de dúvidas, os principais crimes de 
ações penais privadas previstos em nosso ordenamento jurídico são os crimes contra a 
honra. Por esse motivo, geralmente, as bancas m examinadoras gostam de trabalhar com 
esses tipos penais. 
 
 
 
 
 
 
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 Prática Processual Penal 24/373 
 OAB 2ª Fase 
 
MODELO I 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____2.ª VARA CRIMINAL DA 
COMARCA3 ____. 
 
 
 
 
“FULANO DE TAL” (nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), 
portador da Cédula de Identidade nº. ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o 
nº.____, domiciliado em (cidade), onde reside (rua, número, bairro), por seu 
advogado,vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor 
 
QUEIXA-CRIME 
 
contra “SICRANO DE TAL” (nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), 
portador da Cédula de Identidade nº. ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o 
nº.____, domiciliado em (cidade), onde reside (rua, número, bairro) e “BELTANO DE TAL” 
(nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de 
Identidade nº. ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o n.º____, domiciliado em 
(cidade), onde reside (rua, número, bairro), com fundamento no art. 30 do Código de 
 
2 Não havendo Inquérito Policial previamente distribuído a uma vara determinada e não havendo circunstância 
que indique fixação de competência por prevenção, deve-se deixar em branco a indicação da vara em que 
deverá tramitar a queixa. 
3 Na justiça federal, a peça deverá ser endereçada ao “Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz da __ Vara Federal 
Criminal da Seção (ou Subseção) Judiciária de _________”. 
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 Prática Processual Penal 25/373 
 OAB 2ª Fase 
 
Processo Penal em combinação com o art. 145, caput, do Código Penal, baseado nas provas 
colhidas no inquérito policial que segue juntamente com esta, pelos seguintes motivos: 
 
I – DOS FATOS 
 
No dia ____, por volta das ____, em reunião realizada na sede da empresa ____, 
situada na ____, nesta cidade, na presença de inúmeros diretores e gerentes, muitos dos 
quais constam do rol de testemunhas abaixo indicado, os querelados imputaram ao 
querelante a prática do crime descrito no art. 197, I, do Código Penal. Afirmaram, sabendo 
ser o proponente inocente, que os dados contábeis da empresa não se encontravam 
regulares, tendo em vista que o querelante, por ter sido preterido em promoção realizada 
no dia ____, para vingar-se da gerência que deixou de indicá-lo ao posto, teria constrangido 
o contador “H”, mediante grave ameaça, a deixar de realizar sua atividade, durante certo 
período. A ameaça fundar-se-ia na expulsão do flho do contador da escola ____, onde 
atualmente cursa a 2.ª série do ensino fundamental, levando-se em conta que a esposa do 
querelante é a diretora-geral do referido estabelecimento de ensino. 
A criativa história idealizada pelos querelados teve o fim de prejudicar o 
querelante, conspurcando sua reputação diante de terceiros, sendo certo saberem eles que 
nada foi feito contra “H”. Apurou-se no incluso inquérito ter este negligenciado seus 
afazeres em virtude de problemas pessoais, razão pela qual os dados estavam, de fato, 
incompletos, porém, nada disso teve por origem qualquer conduta do querelante. 
Os querelados não somente sabiam ser inocente o querelante como também 
engendraram a versão apresentada na reunião mencionada com o objetivo de macular a sua 
imagem entre diretores e gerentes, justamente para afastá-lo da concorrência ao próximo 
cargo de gerência a ser disputado dentro de alguns meses, quando ocorrerá a aposentadoria 
do atual ocupante. Logo, segundo os depoimentos colhidos (fls. ____ do inquérito), observa-
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 Prática Processual Penal 26/373 
 OAB 2ª Fase 
 
se que, na última promoção, estava o querelante impossibilitado de ser beneficiado, em 
razão da notória especialidade do posto, incompatível com sua habilitação. Portanto, 
maliciosamente, os querelados, concorrentes do querelante, buscaram vincular a 
negligência do contador da empresa a uma inexistente grave ameaça, associada a um desejo 
de vingança igualmente fictício. 
 
 
II – DA TIPIFICAÇÃO 
 
Assim sendo, torna-se nítida, pois, a prática do delito de calúnia (art. 138, caput 
do CP) por parte dos querelados, sem perder de vista que foi o fato divulgado na presença 
de várias pessoas, além de possuir o querelante mais de sessenta anos (art. 141, III e IV do 
CP), o que torna o delito mais grave. 
 
III – DA CONCLUSÃO 
 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência seja recebida a presente queixa-crime, 
após a realização do procedimento descrito no art. 520 do Código de Processo Penal, contra 
“C” e “D”, incursos nas penas do art. 138, caput, c.c. art. 141, III e IV, do Código Penal, para 
que, citados e não sendo possível a aplicação dos benefícios da Lei 9.099/95, apresentando a 
defesa que tiverem, sejam colhidas as provas necessárias e, ao final, possam ser 
condenados. 
 
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 Prática Processual Penal 27/373 
 OAB 2ª Fase 
 
Termos em que, ouvido o ilustre representante 
do Ministério Público, 
Pede deferimento. 
 
Recife, 7 de abril de 2010. 
 
Advogado – OAB nº. XXX 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1. (nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de 
Identidade nº. ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o n.o____, domiciliado em 
(cidade), onde reside (rua, número, bairro); 
2. (nome completo), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de 
Identidade nº. ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o n.o____, domiciliado em 
(cidade), onde reside (rua, número, bairro). 
 
 
 
 
 
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 Prática Processual Penal 28/373 
 OAB 2ª Fase 
 
MODELO II 
EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA CAPITAL, POR DISTRIBUIÇÃO 
 
 
 
 
Maria Clara da Silva, brasileira, solteira, medica, residente e domiciliada na Av. 
Boa Viagem, 1234, ap. 301, nesta cidade, através de seu procurador ao final assinado, 
constituído conforme instrumento procuratório com poderes especiais em anexo (art. 44, 
CPP), vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., com fundamento no art. 30 do CPP, 
oferecer QUEIXA-CRIME contra Antônio Carlos Batista, brasileiro, casado, servente, 22 anos 
de idade, natural de Caapora/PB, filho de Severino José Batista e Maria Severina Batista, 
residente e domiciliado na rua do Cemitério, 102 Dois Irmão, nesta cidade, pelos fatos e 
fundamentos a seguir aduzidos: 
Em 26 de janeiro de 2012, por volta das 19h, na Rua Maranguape, em frente ao 
nº 42, nesta Cidade, o querelado, utilizando-se de um martelo e desferindo golpes, danificou 
o veículo marca Volkswagem Gol, ano 2008, Placa III 0001, de propriedade da querelante, 
causando-lhe considerável prejuízo patrimonial, que totalizou o valor de R$ 3.700,00 
(orçamentos anexos, docs. 02 e 03). 
Na ocasião, a querelante encontrava-se em casa, quando lá compareceu o 
acusado, embriagado e visivelmente alterado, acusando-a de ter colidido contra o 
automóvel de sua propriedade, Neste momento, a querelante referiu que não havia 
provocado qualquer dano no automóvel do querelado, solicitando a ele que se retirasse de 
sua casa. 
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 Prática Processual Penal 29/373 
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Decorridos alguns instantes, ao dirigir-se até seu carro, que se encontrava 
estacionado em frente à casa, constatou a querelante que o veículo estava com todos os 
vidros e faróis quebrados. Neste momento, dirigiu-se a ela o querelado que, ostentando um 
martelo, perguntou-lhe se “por acaso alguém havia batido em seu carro também”. 
Assim agindo, incorreu o querelado no art. 163, § único, inciso IV, do Código 
Penal (CP). E para que contra ele proceda, oferece a querelante a presente queixa-crime, 
requerendo a citação do acusado para responder à acusação e demais termos do processo, 
ouvidas as testemunhas ao fim arroladas, até final julgamento e condenação. 
Requer, outrossim, a intimação do Ministério Público para intervenha na ação 
penal. 
Por fim, requer seja fixado o valor da indenização devida em razão dos prejuízos 
causados pelo querelado, conforme autoriza o art. 387, inciso IV, do Código de Processo 
Penal. 
 
Nestes termos, 
Pede a procedência. 
 
Recife, 7 de abril de 2012. 
 
Advogado – OAB nº. XXX 
ROL DE TESTEMUNHAS 
1 – Florisvaldo Fernandes da Costa, (qualificação); 
2 – Maria da Silva, (qualificação). 
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 Prática Processual Penal 30/373 
 OAB 2ª Fase 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
 
1. NOÇÕES INICIAIS. Com o advento da Lei nº 11.719/08, foi inserida no Código 
de Processo Penal a Resposta à Acusação, com previsão nos art. 396 e 396-A do CPP. Antes, 
existia a defesa prévia que só ocorria após o interrogatório do acusado. Hoje, logo após o 
recebimento da denúncia (ação penal pública) ou queixa-crime (ação penal privada), o juiz 
mandará citar o acusado para, desde já, responder por escrito à acusação. Ela é tão 
imprescindível que se acusado, após ser citado, deixar de fazê-la, o juiz nomeará defensor 
para que a faça (Art. 396-A, § 2º, do CPP). 
Sendo assim, vale destacar alguns pontos importantes para que possamos 
identificar e utilizá-los em nossa peça processual. 
2. MOMENTO: a resposta à acusação ocorrerá logo após o recebimento da 
denúncia ou queixa, quando juiz determinará a citação do acusado para o oferecimento 
desta peça profissional. 
3. PROCEDIMENTO: É cabível, principalmente, nos procedimentos ordinários 
(quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 
(quatro) anos de pena privativa de liberdade) como nos sumários (quando tiver por objeto 
crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de 
liberdade). No entanto, com o disposto no Art. 394, § 4º, do CPP4, o legislador estipulou a 
sua aplicação a todos os procedimentos de primeiro grau, ainda que não regulamentados 
pelo CPP. 
Assim, pelo menos do ponto

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