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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ALBINO DIREITO 1°A Ludmila Alves Figueiredo PORTUGUÊS JURÍDICO LÍNGUA, VARIAÇÕES E PRECONCEITO LINGUÍSTICO Catanduva, abril de 2020. LÍNGUA, VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO 3. Sistema Sistema é conjunto formado pelas unidades da língua – em uso e ainda possíveis de serem usadas –, que se relacionam segundo regras determinadas. Cada norma se organiza dentro de um sistema e cada uma dessas organizações se apoia no uso corrente de um grupo de falantes totalmente definido. 4. Norma NORMA varia de acordo com o tempo e o espaço, classe social e nível cultural. A diversidade de normas, que se dá pela grande quantidade de pessoas, não afeta a unidade da língua, ou seja, a língua apresenta traços básicos em comum em todas as suas formas. Uma norma convive normalmente ao lado da outra, no brasil, podemos usar o exemplo do ter no sentido existencial: Não tem ninguém na sala; E em outro caso poderíamos ter: Não há ninguém na sala; Norma, é então, um conjunto de regras que sofre alterações de acordo com o grupo social e ambiente em que se encontra. Ela designa os fatos usuais em uma comunidade de fala. Há, também, duas designações para norma. Norma culta: É um tipo de código usado por pessoas com alto nível de escolaridade. Considerada a variedade linguística de mais alto valor, utilizada em documentos oficiais, artigos científicos, etc. Norma padrão: É a norma gramatical. 5. PORTUGUES BRASILEIRO É um sistema de linguístico que se caracteriza por atos individuais de fala. Composto de diversidades traz consigo um pouco dos negros trazidos da África para serem escravos, e dos colonizadores vindos de Portugal, sem deixar para trás a língua dos nativos. Apesar do português brasileiro e o português de Portugal usarem os mesmos códigos linguístico e o mesmo sistema, elas diferem muito na norma usual. Considerando a língua portuguesa falada em Portugal e a falada no Brasil, destaca-se que a pronuncia portuguesa é bem diferente da que utilizamos aqui. Um exemplo disso é, enquanto os brasileiros usam: morrer, correr, bondade, eles falam: murrer, currer, bundade. 6. VARIEDADES LINGUISTICAS Para Bagno (2003, p 30), variedade é um termo que designa “características linguísticas (fonéticas, morfossintáticas, lexicais, etc.) de um dado conjunto de falantes delimitado por características sociais (zona de residência, classe socioeconômica, grau de escolaridade, faixa etária, etc.). Duas, portanto, são as duas variações fundamentais, que diferem entre si: a língua padrão e a não padrão. 6.1. Padrão versus Não Padrão Padrão: Baseada no modo falar e escrever dos grupos de maior prestigio social. É caracterizada pelo vocabulário mais elaborado e pela observância às regras da gramática normativa. Não Padrão: mais espontânea, empregada em situações mais informais do dia a dia, pelo emprego de frases de estrutura simples, quase sem levar em consideração a gramatica. 6.2. Variedades Sociais No estudo das Variações, linguistas observaram a existência de variedades sociais. Cada variedade possui uma norma e não há consistência em dizer “erro” em língua. Isso quer dizer que toda variedade possui uma gramática. Falar em erro seria colocar a estrutura de uma variedade cultural em cima de outra. E na sociedade brasileira, só se julga o “erro” quando esse vem da diversidade, criando juízes depreciativos. 7. Preconceito Linguístico Quando falamos em preconceito, nos remetemos a cor da pele, religião, mas nunca pensamos na língua. Porém este existe e é maléfico, assim como os outros. Examinando a fundo, verificaremos tratar-se de violência contra pessoas menos favorecidas, que moram em periferias ou de algumas que imigram para outros locais em busca de trabalho e melhores condições de vida. Daí os críticos linguísticos se apoiam em variações linguísticas favorecidas e prestigiadas para atacar, despreciar e diminuir os outros. Esquecendo que esse comportamento é totalmente errado quando seguida a norma padrão em que eles tanto se apoiam.
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