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EPIDEMIA-PANDEMIA-ENDEMIA 5

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10/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
 
O PROCESSO EPIDÊMICO: EPIDEMIA, ENDEMIA E PANDEMIA
Uma doença pode estar presente em uma população das seguintes formas:
a. não estar presente;
b. presente em casos esporádicos;
c. presente em níveis habituais;
d. presente em níveis acima dos habituais.
 
Definição de caso
CASO = Pessoa ou animal infectado ou doente apresentando características clínicas,
laboratoriais e epidemiológicas específicas (ROUQUAYROL, 1993).
CASO ALÓCTONE = É o caso importado de uma outra localidade. Doente, atualmente
presente na área sob consideração, que tenha adquirido a sua doença em outra região.
CASO AUTÓCTONE = É o caso oriundo do mesmo local onde ocorreu a doença.
 
Endemia
a. Refere-se à presença usual de uma doença ou agravo, dentro dos limites esperados, em uma
determinada área geográfica por um período de tempo ilimitado. As oscilações na ocorrência
das doenças correspondem somente às flutuações cíclicas e sazonais.
Epidemia
a. No momento em que essas variações aumentam de forma irregular, temos uma epidemia,
que pode ser definida como:
Elevação brusca, temporária e significantemente acima do esperado para a incidência de
uma determinada doença.
 
Endemia x Epidemia
a. As epidemias podem ser consequência de exposição a agentes infecciosos (em indivíduos
susceptíveis), substâncias tóxicas, à carência de determinado(s) nutriente(s) etc.
b. Podem evoluir por períodos que variam de dias, semanas, meses ou anos, não implicando,
obrigatoriamente, a ocorrência de grande número de casos, mas um claro excesso de casos
quando comparada à frequência habitual de uma doença em uma localidade.
a. Mas como saber qual a frequência habitual? (ou Endêmica)
b. Os agravos à saúde numa população :
Podem ser constantes durante o ano
Podem oscilar durante o ano - variações sazonais
c. Várias doenças possuem sazonalidade (estações do ano; épocas de chuva; períodos de
festas, feriados, períodos de colheitas agrícolas etc.).
d. Para se ter a variação habitual de um agravo deve-se construir seu Diagrama de Controle
ou Curva epidêmica.
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Diagrama de Controle ou Curva epidêmica
a. Método gráfico;
b. Usado pela vigilância epidemiológica;
c. Acompanhamento da evolução da doença no tempo.
detectar alterações na variação habitual de uma doença.
No eixo y (ordenadas) – plota-se a incidência da doença;
No eixo x (abscissas) – intervalo de tempo estabelecido (dia, semana, mês, ano).
COMO CONSTRUIR UM DIAGRAMA DE CONTROLE?
a. Para construção são necessários dados de frequência da doença por vários anos.
10/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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2 desvios-padrão acima ou abaixo da média: 95% das ocorrências – correspondente aos
LIMITES DE ALERTA (maior sensibilidade); LSA
3 desvios-padrão acima ou abaixo da média: 99,7% das ocorrências – correspondente aos
LIMITES DE CONTROLE (maior especificidade); LSC
 
Identificando Epidemias
a. Tendo-se o diagrama de controle de um agravo em relação a uma população torna-se
possível identificar uma epidemia no momento em que a incidência da doença ultrapassa o
limite superior da faixa endêmica convencionada (também denominado de Limiar Epidêmico).
 
 
Surto Epidêmico
Um surto é uma situação epidêmica limitada a um espaço localizado. Como situação epidêmica,
portanto, um surto é o aparecimento súbito e representa um aumento não esperado na incidência
de uma doença. Como situação limitada, um surto implica a ocorrência num espaço
especificamente localizado e geograficamente restrito, como por exemplo, uma comunidade, um
povoado, um barco, uma instituição fechada (escola, hospital, quartel, mosteiro). Um surto
baseia-se em evidência sistematicamente coletada, em geral, a partir dos dados de vigilância em
saúde pública e eventualmente seguida de uma investigação epidemiológica que sugere uma
relação causal comum entre os casos. Em teoria, um surto seria a expressão inicial de uma
epidemia e, portanto, a identificação oportuna de um surto seria a maneira mais precoce de
prevenir uma epidemia subsequente. Na prática, a identificação de surtos é uma atividade básica
dos sistemas de vigilância e a investigação de surtos, um requisito importante para a
implementação de medidas de prevenção e controle oportunas e efetivas no nível local. Surto: é o
aumento pouco comum no número de casos relacionados epidemiologicamente, de aparecimento
súbito e disseminação localizada num espaço específico.
 
Epidemia
Uma epidemia é, essencialmente, um problema de saúde pública, de grande escala, relacionado à
ocorrência e propagação de uma doença ou evento de saúde claramente superior à expectativa
normal e que usualmente transcende os limites geográficos e populacionais próprios de um surto.
10/03/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Em geral, uma epidemia pode ser considerada como a agregação simultânea de múltiplos surtos
em uma ampla zona geográfica e usualmente implica a ocorrência de um grande número de casos
novos em pouco tempo, claramente maior do que o número esperado. Todavia, pela sua
conotação de “situação de crise” em função das metas e objetivos em saúde pública, uma
epidemia não necessariamente é definida por um grande número de casos. Por exemplo, no
cenário de erradicação da poliomielite aguda por poliovírus selvagem nas Américas, a ocorrência
de um só caso confirmado define-se como epidemia. Epidemia: é a ocorrência de casos de doença
ou outros eventos de saúde com uma incidência maior que a esperada para uma área geográfica e
períodos determinados. O número de casos que indicam a presença de uma epidemia varia
conforme o agente, o tamanho e o tipo de população exposta, sua experiência prévia ou ausência
de exposição à doença, e o lugar e tempo de ocorrência.
Endemia
As doenças transmissíveis são chamadas de endêmicas quando em uma área geográfica ou grupo
populacional apresenta um padrão de ocorrência relativamente estável com elevada incidência ou
prevalência. Doenças endêmicas como a malária estão entre os principais problemas de saúde em
países tropicais de baixa renda. Se ocorrerem mudanças nas condições do hospedeiro, do agente
ou do ambiente, uma doença endêmica poderá se tornar epidêmica.
A epidemia do HIV é um exemplo de doença infecciosa que se tornou endêmica em muitas áreas,
enquanto em outras ainda ocorrem epidemias em populações que não tinham sido previamente
expostas.
 
Pandemia
a. É a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias
nações, podendo passar de um continente a outro.
b. Trata-se de um processo de massa limitado no tempo mas ilimitado no espaço.
 Ex. Sétima pandemia de cólera:
 
 Austrália - Índia - Oriente Médio - África - Europa
 
ESTUDO DOS DETERMINANTES EM SAÚDE
VARIÁVEIS DE TEMPO, LUGAR E PESSOA
Como foi definida, a epidemiologia estuda a frequência, a distribuição e os determinantes dos
eventos de saúde nas populações humanas. Os princípios para o estudo da distribuição dos
eventos de saúde se referem ao uso das três variáveis clássicas da epidemiologia: tempo, lugar e
pessoa. Quando?, Onde? e Quem? São três perguntas básicas que o epidemiologista tem que se
fazer sistematicamente para poder organizar as características e comportamentos das doenças e
outros eventos de saúde em função das dimensões temporal, espacial e populacional que orientam
o enfoque epidemiológico.
 
Tempo: quando ou em que período ocorreu?
Espaço (lugar): onde ocorreu?
Pessoa: quais as características das pessoas afetadas?A - Tempo
As doenças infecciosas costumam ser agudas e algumas como a influenza tem sazonalidade (um
padrão regular de variação entre as estações do ano), o que permite antecipar sua ocorrência e
adotar medidas preventivas. A identificação dos eventos que ocorrem antes e depois de um
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aumento na taxa de doenças permite identificar fatores de risco. Também é conveniente registrar
a ocorrência de doenças através de vários anos para descrever e predizer seus ciclos (um padrão
regular de variação em períodos maiores de um ano), assim como a sua tendência secular (seu
padrão de variação ou comportamento no tempo). Usar gráficos da frequência de doenças através
do tempo é um recurso muito útil para conhecer a velocidade de transmissão de uma doença. A
curva epidêmica e o canal endêmico são exemplos disso.
 
Por outro lado, a variável tempo é de especial relevância para a avaliação do impacto das
intervenções na saúde, particularmente para determinar o momento oportuno para medir o efeito
da intervenção, que pode não ser imediato. A análise numérica e gráfica da frequência de casos de
doenças no tempo, antes e depois de realizar uma intervenção, permitirá avaliar sua efetividade.
TEMPO
Distribuição cronológica
É a relação entre uma seqüência de marcos cronológicos sucessivos dos casos estudados. Na
maioria dos estudos epidemiológicos utilizamos os anos do calendário.
Importância.
Avaliação de medidas de controle: as medidas estão influindo no declínio da freqüência de casos
ao longo do tempo?
Compreensão dos eventos inusitados.
Detecção de epidemias.
Variação Cíclica e Atípica
São as flutuações de valores sendo atentamente observadas pelos epidemiologistas para detectar-
se tendências estatísticas da doença.
Variação sazonal
O fenômeno considerado é periódico, e repete-se sempre na mesma estação (sazão) do ano.
Tendência
Normalmente avaliada durante longos períodos de tempo, tendência é o coeficiente de inclinação
de uma reta representativa dos casos, podendo ser estável, crescente ou decrescente
 
B – Lugar (espacial)
A localização geográfica dos problemas de saúde é fundamental para conhecer sua extensão e
velocidade de disseminação. A unidade geográfica pode ser o domicílio, a rua, o bairro, a
localidade, o distrito, o município, o estado ou outro nível de agregação geopolítica, e o lugar
também pode ser um estabelecimento de saúde, um hospital, a área de trabalho, a área rural ou
urbana, o lugar de nascimento ou outro espaço de interesse. A análise do lugar quanto a suas
características físicas e biológicas permitem gerar hipóteses sobre possíveis fatores de risco e de
transmissão. A utilidade da localização geográfica da doença é ilustrada claramente na clássica
pesquisa de John Snow sobre a epidemia de cólera em Londres em 1849. Ele rastreou a origem da
fonte de infecção até uma bomba de água e, ao fechá-la, terminou com a epidemia.
Variáveis geopolíticas
Relacionadas com regiões onde as determinadas condições estudadas têm denominadores
comuns. Normalmente as comparações são internacionais, como “paises da América”, “paises do
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terceiro mundo”, paises da ONU”, “paises de clima frio”, “paises de clima tropical”, etc. Prestam-
se ao monitoramento do estado de saúde de uma nação em comparação com outras, e o que pode
ser alcançado no futuro.
Variáveis Político-administrativas
Relaciona-se com as dificuldades administrativas e disparidades de controle de um dado, quer por
incompetência, quer por dificuldade.
Variáveis Geográficas
Relaciona-se com a qualidade do controle epidemiológico levando-se em conta as unidades
administrativas do Brasil (regiões norte, nordeste, sudeste, etc).
Fatores populacionais (demográficos)
É o estudo de uma característica de uma determinada população, ou seja, um fator presente em
um espaço que pode ser circunscrito e caracterizado.
Variação urbano-rural
A saúde é distribuída assimetricamente quando comparadas populações urbanas e ruarais. Na
região rural são mais comuns acidentes ofídicos (picada de cobra) e envenenamentos por
exemplo. Nas cidades, as doenças sexualmente transmissíveis, doenças devido a poluição,
acidentes, abuso de drogas, homicídios, são mais freqüentes.
Variação local
É o estudo de uma só doença, porém, comparando-se os dados entre vários locais.
 
C - Pessoa
As características das pessoas, tais como a idade, o sexo, o estado nutricional, seus hábitos e
condutas (ocupação e estilo de vida), e sua condição social (renda, estado civil, religião, sexo),
permitem identificar a distribuição das doenças e possíveis grupos e fatores de risco. A variação
da ocorrência de doenças de acordo com as características das pessoas pode ser devida a
diferenças no nível de exposição de cada pessoa a certos fatores de risco, a suscetibilidades aos
mesmos, ou a uma combinação de ambos.
 
Variáveis relacionadas à pessoa:
Idade, sexo, estado civil, dimensão da família, história de doença familiar, raça, cultura, religião,
ocupação, poder econômico, nível de instrução, tipo e zona de residência, idade materna ao
nascer, resistência individual, estado de nutrição, doenças sofridas no passado, uso/abuso de
drogas, comportamento alimentar, atividade física, lazer, etc.

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