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Fichamento de Iniciação

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Nome: Paula Borelli Taborda 
Acadêmica do curso de Medicina Veterinária, primeiro nível.
 RUIZ , João Álvaro. Metodologia Cientifica Guia para Eficiência nos Estudos. São Paulo: Editora Atlas, 2014.
1 Método, Economia e Eficiência nos Estudos
1.1 Aprender a Aprender na Faculdade
“[...]Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus. E quem não souber compreender devidamente o espírito da nova situação para adaptar-se ativa e produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início ao ritmo desta nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária[...]” (p.19)
“[...]Muitos calouros confessam que aprenderam muita coisa, mas que nunca aprenderam a estudar, isto é, nunca aprenderam a aprender. Quem reconhece a própria carência já deu o passo mais importante para se dispor a tomar o remédio adequado. E sempre haverá o que aprender para melhorar o rendimento de nossos trabalhos, de nossos estudos e , dessa forma aumentar nossa satisfação pessoal nos êxitos alcançados. Esta parte introdutória e eminentemente prática de nosso trabalho deverá, pois, interessar vivamente a todos os nossos universitários[...]” (p. 20)
“[...]Fazer curso superior não é ouvir aulas para conseguir adivinhar testes, mas instrumentar-se para o trabalho científico. Mais vale esta instrumentação do que o conhecimento de uma série de problemas ou o aumento de informações acumuladas assistematicamente; ou seja, como já se disse, mais vale uma cabeça bem feita do que uma cabeça bem cheia (de informações, de erudição). Nesse sentido terá feito bom curso superior não tanto aquele que for capaz de repetir o que aprendeu, mas aquele que diante de problemas completamente novos, tiver nível e método para compreender uma pesquisa séria e profunda [...]” (p. 20-21)
 Quando se ingressa no nível superior o calouro enfrenta diversas mudanças no âmbito de ensino e pessoal, entre as mesmas está a liberdade adquirida, que necessita de equilíbrio e responsabilidade para não causar prejuízos. O dever por adquirir objetivo, principalmente nos estudos para que o agora universitário possa fazer proveito de novas experiências culturais, oferecidas pela faculdade.
Em constantes ocasiões o ingressante não possui facilidade em aprender, ainda não conseguiu alcançar a total eficiência nos estudos, por não terem desenvolvido técnicas para isto, ou desejarem aprender sem necessidade de esforço. Por não compreenderem a importância de conseguir aplicar o conhecimento em situações que hajam contratempos.
1.2 Tempo para estudar
” [...] É preciso descobrir tempo. Tempo para frequentar as aulas dos diversos cursos, e tempo para estudos particulares. Se procurarmos, o tempo aparecerá. E lembremo-nos de que maia hora por dia representa três horas e meia por semana, quinze horas por mês e cento e oitenta horas por ano. E quem não conseguiria descobrir um ou mais espaços de meia hora em sua jornada? Ou quem não conseguiria fazer aparecerem esses espaços, se o quisesse realmente? Ou será que esses espaços não aparecem porque nós não os procuramos, por medo de encontra-los? Quem quer descobre tempo, cria tempo, especialmente nós, brasileiros, que somos, por assim dizer, capazes do impossível[...]”(p.22)
Uma das atitudes fundamentais para eficiência nos estudos, é ter tempo para dedicar-se a aprender e compreender conteúdos. Porém, existem acadêmicos que não veem esta importância, e criam desculpas por não trabalharem didáticas de aprendizagem ou para não comparecerem as aulas.
Para que haja mudança é interessante planejar as atividades diárias para encaixar espaços de tempo para estudos, sejam eles longos ou de meia hora, que somados tornam-se produtivos, no fim das contas. 
1.3 Para descobrir tempo
“[...]Entenda-se que não basta descobrir tempo: é necessário, desenvolver técnicas para tornar qualquer tempo produtivo. Por ora, entretanto, nossa preocupação consistirá numa revisão de nossa jornada, com o propósito de descobrir ou de fazer aparecer qualquer porção de tempo que possa ser reservada a nossos panos de estudos[...]” (p.23)
“[...]Quanto menos tempo tivermos, mais motivados deveremos estar para aproveitá-lo ao máximo [...]” (p.23)
“[...]Aliás, não raro o estudante se esquece de considerar, como tempo para estudo, as horas que passa nas salas de aula, como se não devesse cuidar do aproveitamento máximo de tempo tão precioso [...]” (p.23)
A melhor forma encontrada para organizar e planejar o tempo é anotar em uma folha as atividades semanais e diárias e o prazo dedicado a cada uma delas. Desta forma pode-se fazer um planejamento mais concreto, reduzindo o período de certas atividades para ajustar um espaço para os estudos.
Também é interessante exercitar a capacidade de produtividade em períodos de curta duração, para serem melhor aproveitados. Além disso, não podemos esquecer de valorizar o tempo em sala de aula, pois principalmente lá devemos ter um bom rendimento.
1.4 Programar a utilização do tempo
“[...]Aliás, aproveitar intensamente o tempo é uma espécie de condição para se dar sentido ás horas de lazer e para desfruta-las intensamente. Parece que a satisfação e a força restauradora das horas de lazer são proporcionadas ao bom aproveitamento e à intensa produtividade das horas de trabalho[...]” (p.23)
“[...]Não basta determinar, ao longo de nossa jornada, espaço para estudar. É preciso que de determine o que estudar em cada horário de maneira programática, embora se alterem planos em determinadas circunstâncias ou se façam remanejamentos periódicos, ou se deixem alguns horários opcionais[...]”(p.24)
É importante otimizar o tempo de trabalho e estudos, para dar valor e aproveitar o tempo de lazer, não acabar misturando os dois afazeres. 
Para boa utilização do período de estudos é interessante organiza-lo, planejando as tarefas para serem elaboradas, isto auxilia o tempo reservado aos estudos sejam produtivos, ainda mais quando este tempo é reduzido. Elaborar um cronograma, mesmo que ele não seja seguido a risca, contribui motivando o educando á permanecer focado nos estudos.
1.5 Horários de preparação para a aula
“[...]O estudante deverá ler previamente a matéria que será desenvolvida durante a aula, por uma série de razões, em primeiro lugar, essa leitura será feita em poucos minutos e aumentará o rendimento das várias horas de aula que o professor utilizará para seu desenvolvimento em classe[...]” (p.25)
 “[...]Quem não preparou sua aula não pode distribuir convenientemente a intensidade de sua atenção e pode não fazer perguntas, porque nem sabe que não entendeu[...]” (p.25)
“[...]Não deve restar dúvidas sobre a importância de se reservar no próprio horário de estudos espaço suficiente para a leitura prévia dos assuntos de aula. Essa leitura, que poderá ser feita em poucos minutos, determinará melhor rendimento durante as aulas, inteligentes e distribuição de atenção, ordem, clareza e perfeição nos apontamentos e grande economia de tempo e trabalho nas revisões[...]” (p.25)
 
Organizar o material que possa ser vir de leitura para aulas, e ler o conteúdo que serão trabalhados nela, pode facilitar a aprendizagem. Desta forma, o universitário poderá contribuir com apontamentos e tirar suas duvidas em períodos de aulas. Coisa que os educandos que não trabalham os conteúdos previamente não conseguem fazer, por estarem vendo o tema pela primeira vez.
Estar preparado, pode contribuir nas anotações, na atenção dedicada ao curso, na ordem do mesmo. Porem desenvolver este habito para quem não é acostumado, é algo complicado e que evolui por etapas, ainda mais quando o aluno possui muito tempo disponível.
1.6 Horário das revisões da aulas
“[...] É necessário fazer revisões, e nestas revisões procurar questionar o assunto da aula e responder claramente às questões ao menos mentalmente[...] Ás vezes nos iludimos pensando que entendemos tudo muito bem, mas, ao procurar formular questões precisas sobre o assunto daaula e ao responde-las por escritos, percebemos que não conseguimos[...] Ninguém pode ter dificuldade de exprimir idéias claras e distintas; a presença da dificuldade, pois, atesta que nossas idéias não estão tão claras e distintas[...]” (p.25-26)
“[...]Devemos distinguir duas espécies de revisão, e planejar espaços para ambas em nosso programa de horários reservados para o estudo. À primeira denominamos revisão imediata; essa é a revisão que se faz da aula anterior, antes da aula subsequente, ou por ocasião da preparação dessa[...] À segunda, revisões globalizadoras ou integradoras. As aulas segmentam os assuntos em unidades, em itens e subitens, de acordo com os preceitos da pedagogia e a sequência lógica dos problemas[...]Estes importantíssimos trabalhos de revisão globalizadora é o mais eficiente recurso de organização da aprendizagem, bem como a mais válida preparação de provas e exames.” (p.26)
 
Precisa-se exercitar os conhecimentos adquiridos em aula, efetuando revisões sobre os mesmos, questionando os conteúdos e os respondendo. Para que isso aconteça é necessário conseguir expressa-los, isto demonstra que o conhecimento foi absorvido.
Existem dois métodos de revisão, a revisão imediata e a Globalizadora ou integradora, que consistem em auxiliar na aprendizagem e em uma certa memorização da matéria da aula.
1.7 Horário das revisões para provas e exames
“ As provas e sabatinas são, exatamente, recursos pedagógicos utilizados não só para efeito de avaliação dos alunos mas também para induzi-los a fazer revisões globalizadoras periódicas[...]” (p.26)
“[...]Queremos observar que a esta altura dos ciclos de estudo bem ordenados não é hora de entender, mas de rever apenas. Há alunos que vão acumulando matéria pouco elaborada e problemas não compreendidos nem durante a preparação da aula, nem durante a aula, nem nas revisões imediatas, que, neste caso, não estariam totalmente sendo feitas, e que deixam tudo para as vésperas das provas e sabatinas;[...]” (p.26)
“[...]Quem se preparou para as aulas, quem trabalhou em classe como adiante reveremos, quem fez revisões imediatas e revisões periódicas globalizadoras aproveitará muito bem o tempo de preparação para os exames e as revisões de fim de curso, que são extraordinariamente vantajosas.” (p.26)
Muito importante salientar a relevância que possui uma revisão antes de provas, exames ou sabatinas. Porem revisar o conteúdo de qualquer avaliação em sua véspera, não ajuda quando se está com muito conteúdo acumulado, acaba prejudicando o estudante podendo deixa-lo ainda mais confuso referente a matéria. O ideal como já salientado é criar rotinas de estudos e revisões para aprender a matéria e não apenas decora-la para períodos de avaliações. 
Quem possui os hábitos de revisões como a imediata e a globalizadora, já conhece o conteúdo e isso faz com que o tempo dedicado ao estudo para as provas, exames e sabatinas sejam mais proveitosos.
1.8 O grande tempo de todo estudante
“ O grande tempo de todo estudante são as aulas[...]” (p.27)
“ Na generalidade dos casos, é indispensável a frequência às aulas, pois ai terá o aluno a orientação do professor.
Sabemos que a causa principal da aprendizagem é o aluno, é o próprio aprendiz. De fato, a aprendizagem, concebida como resultado do processo da educação formal institucionalizada na escola, tem por agente principal o próprio aluno[...]”
“Quem aprende é principalmente o aluno, embora sob a ação do mestre[...]” (p.27)
“[...]Lembramos esta indiscutível verdade não para diminuir a importância da ação do mestre, mas para acentuar a responsabilidade do aluno[...]” (p.27)
“[...]O mestre é necessário para ensinar como aprender e por que estudar isso antes daquilo. O mestre é necessário para organizar e ordenar o que aprender. O mestre é necessário para a seleção de recursos, de instrumentos adequados ao trabalho do estudante, bem como para iluminar com sua ciência objetos que a mente do aluno não veria fora da luz. O mestre é necessário como mediador entre o programa e o aluno[...]” (p.28)
“[...]Há quem se ilude imaginando que aproveitaria melhor o tempo ficando a estudar em casa ao invés de ir às aulas. Isto pode ser até verdade em alguns casos, em alguns dias, quando já se está orientado para determinados estudos. Mas, tomando-se o curso como um todo, pensar que se aproveita mais ficando em casa, sem orientação, sem a ajuda que as aulas prestam no complexo fenômeno da aprendizagem metódica, é uma grande ilusão[...]” (p.28)
 
O tempo mais precioso de aprendizagem do educando é com certeza em sala de aula, com orientação de um mestre qualificado para passar informações e ensinar conteúdos. Além disso, para uma aprendizagem eficiente é importante frequentar as aulas, se dedicar a elas prestando o máximo de atenção possível e mantendo o foco na mesma. 
Para que haja progresso é necessário que o universitário esteja disposto a aprender, utilizando as técnicas já citadas anteriormente e estando aberto para absorver novos conhecimentos. 
A posição do mestre no ensino é extrema significância, por ir além de apenas repassar os conteúdos, mas sim de orientar, por possuir experiência. Por assim dizer, não podemos substituir o ensinamento dos mestres, por ensino em casa, por eles são fundamentais para uma formação. E em conjunto deve haver interesse do aluno, para haver progresso no curso.
1.9 Como aproveitar o tempo das aulas
“ Na quase generalidade dos casos, acreditamos que o tempo que o aluno passa nas salas de aula constitua a maior parte do tempo que dedica aos estudos. E não se justificaria o esforço de encontrar ou fazer aparecer pequenos espaços para os estudos dentro da jornada de trabalho, se não se procurasse, principalmente, aproveitar ao máximo o tempo, dilatado por mais de três horas, que o aluno passa diariamente na sala de aula. Aliás, ninguém compreenderia o aluno empenhado nos estudos fora da sala de aula, surdo aos convites da televisão e dos amigos, que, por outro lado, fosse desinteressado pelo rendimento de seu tempo durante as aulas[...]” (p.29)
“ O aluno que não aproveita o tempo das aulas com empenho já está julgado: não leva a sério sua vida de estudos[...] “ (p.29)
“[...]Não basta ir às aulas e chegar antes de seu início. É preciso levar consigo material adequado ao trabalho do dia. Quem só leva o jornal ou alguma revista ilustrada carrega consigo estímulos à distração própria e à dos companheiros. É preciso levar os livros recomendados pelo professor, o texto que serviu para preparação da aula, bem como o material para apontamentos[...]” (p.29)
“[...] Quando reina silêncio exterior e interior, quando a fantasia repousa e a boca se fecha, o espírito se abre e a inteligência atua em melhores condições [...]” (p.30) 
 
O aluno dedicado em sala de aula, é reflexo de seu interesse pelos estudos e sua dedicação fora da universidade, pois os estudos fora e dentro das instituições andam juntos e são facilmente analisáveis.
Ser pontual com os horários das aulas é interessante para que se possa captar o raciocínio da mesma desde o início. Caso não seja possível chegar no horário previsto, deve-se respeitar o momento da disciplina e chegar sem muito alarde, para não prejudicar os demais colegas. Levar consigo apenas materiais que possam acrescentar naquele período também é algo interessante a ser citado, dispensar quaisquer outros conteúdos que possam facilmente retirar o foco da aula.
O ato de respeito para com o mestre e colegas, se dá ao colaborar com o silêncio externo do ambiente, para evitar perca do foco principal, para que haja total concentração no conteúdo. Praticar o silêncio interno no próprio individuo e ainda deter pensamentos distintos com o momento, representa a autodisciplina, que é algo fundamental nesta etapa.
1.10 Como aproveitar o tempo em reuniões de grupo
 “[...]Saibam os alunos que o estudo em equipe é muito proveitoso sob todos os aspectos, quando todos os seus componentes assumem sua parcela de responsabilidade e se dispõem a trabalhar, contribuir e participar ativamente. Todosdevem trabalhar, não só estes ou aqueles, porque são julgados mais inteligentes ou menos ocupados[...]” (p.31)
“[...]Por outro lado, se o grupo se organizou convenientemente, se escolheu seu coordenador, se programou seu trabalho e distribuiu previamente atribuições limitadas e específicas a cada participante, a experiência tem demonstrado que as reuniões de grupos de estudos são de extraordinária eficiência, que para desenvolver itens de programa em seminários, quer para elaboração de monografias de caráter didático-pedagógico, quer para revisões gerais para provas e exames[...]”
A formação de grupos de estudos são métodos que tem grande eficácia no ato de desfrutar a vida acadêmica, neles existe igualdade entre os integrantes, facilidade na hora de dialogar e debater sobre determinado assunto, por se tratar de algo mais informal.
Para um grupo de estudos ter um bom resultado, é interessante que seja escolhido um coordenador, para ficar como responsável geral do grupo, e auxiliar na administração de tarefas. Há também algumas recomendações para o bom andamento e desenvolvimento do grupo.
A organização previa de encontros, e delimitações de temas a serem discutidos, além da distribuição de tarefas entre os componentes. A responsabilidade dos integrantes de cumprirem com as tarefas solicitadas e elabora-las para o próximo encontro. A disposição de ordem no momento de apresentações sobre os temas e trabalhos dos colegas, em ordem cronológica para facilitar o entendimento de todos. 
O debate aberto, feito a fim das apresentações, como críticas e análises sobre o conteúdo exposto, juntamente com a colaboração de todos os integrantes presentes. São etapas primordiais para que o grupo tenha contribuição na vida acadêmica.

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