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GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS NAS UANS Cyntia Ap. Montagneri Arevabini Logística “ Logística é o processo de planejamento, implementação, controle eficiente e eficaz do fluxo de armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender as necessidades dos clientes ” Council of Logistics Management (CLM) * Alexandre, o Grande “Dos 20 aos 30 anos revolucionou a guerra através da Logística, criando o maior império da história da humanidade” ... Fatores relevantes de suas conquistas: ... Estratégia Inclusão da logística em seu planejamento estratégico ... Transporte Detalhado conhecimento dos terrenos de batalha Inovadora incorporação de novas tecnologias de armamentos ... Tecnologia Detalhado conhecimento dos períodos de fortes intempéries ... Informação Desenvolvimento de alianças Tático Gerência do sistema logístico incorporando-o ao plano estratégico Controle * Transporte de 60.000 lanças projetadas para serem mais leves e resistentes que as armas dos inimigos Consumo diário de 100 toneladas de alimentos e 300.000 litros de água 35.000 homens marchando por 6.400 Km em uma velocidade média de 32 Km/dia Garantia de um estoque médio de 10 dias para alimentação Alexandre, o Grande * 1.ª Fase – anterior a 1900 Logística Origem Logistique ( 1840 ) Ciência das Armas Logistikós ¨Cálculo¨ raciocínio, administração e organização de qualquer operação Militar Organização: Disposição Transporte Armazenagem Tropas em Operação Militar * 2.ª Fase – séc. XX anos 50 2.ª Guerra Mundial ( Pacífico e Europa ) … Racionalização do Trabalho … Produção em Massa … Grandes Quantidades de Matéria-Prima * 3.ª Fase – anos 50 até 60 Tecnologia … … Agregar valor ao Produto … Meios de Comunicação … Sistemas de tecnologia … Estrutura da Administração … … Pensamento Organizacional … … Prestação de Serviços … Integração Logística Marketing Manufatura * 3.ª Fase – anos 50 até 60 Valor para o Cliente Benefícios Percebidos Entrega no prazo Tempo de Trânsito Menores Capital Estoques menores Menores custos de pedidos Menores custos de manuseio * 4.ª Fase – anos 60 até 70 … … Materiais e Estoques … Transporte Distribuição Física Compras … … Consolidação do Marketing Ganha importância Estratégica Manufatura Concorrência Externa * 5.ª Fase – 80 ... Logística no Planejamento Estratégico … Customização … Qualidade Just in Time … Gestão Estratégica … Estratégias de Compras … Gestão da Cadeia de Suprimentos … Planejamento Logístico * Liderança Excelência competitiva quanto à vantagem: Organizações Líderes de Mercado no Futuro Custos Valor Produtividade Valor * Compreender a importância da Logística em um mundo globalizado O Mundo Globalizado … … Comunicação … … Distâncias … … Agilidade … … Internet … … Produtividade … … Perecíveis “ Trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos e informações desde o local de aquisição de matéria-prima até o local de consumo final com o propósito de oferecer ao cliente um nível de serviço adequado com um custo mínimo.” Logística Empresarial “Fazer chegar a quantidade certa das mercadorias certas ao local certo, no momento certo, nas condições desejadas e ao custo mínimo” Moura ( 1996 ) Objetivo da Logística Identificar o modal de transporte de mercadorias e suas variáveis em um processo de tomada de decisão Objetivos da Logística Conhecer a Cadeia de Suprimentos e o fluxo de mercadorias em um processo. Objetivos da Logística INTEGRAÇÃO Objetivos Conhecer os diversos custos envolvidos ao longo da Cadeia de Suprimentos … … Custo Logístico … Custos de Transporte … Custos de Armazenagem … Custos de Movimentação … Custos de Inventário … … … Custos Administrativos … Custos de Embalagens GESTÃO DE ESTOQUE DETERMINANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA ORGANIZAÇÃO Os estoques são responsáveis por grande parcela do capital de giro para manter as atividades da empresa Compreender a importância da Logística em um mundo globalizado O Mundo Globalizado … … Comunicação … … Distâncias … … Agilidade … … Internet … … Produtividade … … Perecíveis Garantir produção sem interrupções Possibilitar a utilização de lotes econômicos Possibilitar economias nos custos logísticos totais da operação PARA QUE PLANEJAR ? “O quê” manter em estoque ? “Quanto” manter em estoque ? “Quando” reabastecer os estoques ? Receber, armazenar e controlar adequadamente os estoques; Fornecer informações confiáveis sobre a posição dos estoques. IMPORTANTE PARA O SEU PLANEJAMENTO!!! POR QUE ESTOQUE DE SEGURANÇA ??? Para evitar a falta de materiais em estoque, ocasionada por : Aumento não previsto da demanda no intervalo de ressuprimento Atraso no próprio tempo de ressuprimento Atraso no processo de compras PONTOS IMPORTANTES Quanto maiores as variações na demanda maiores serão os estoques de segurança Devemos monitorar constantemente a fim de diminuir os estoques de segurança (reduz investimentos em estoques) ESTOQUE DE SEGURANÇA - CÁLCULO “ Necessidade de diferenciar os diferentes tipos de itens de acordo com a sua importância para que possamos estipular um melhor controle ” “ Uma pequena parte dos itens é responsável pela maior parte dos investimentos “ CURVA ABC CURVA ABC Os estoques são normalmente constituídos por diversos itens, cada qual representando um tipo específico de material, produto ou mercadoria para revenda. Desse modo, cada item de estoque é formado por certa quantidade de bens homogêneos que, multiplicada pelo preço unitário, fornece o montante de recursos investidos: A - pequeno número de itens com alta participação no valor total -15% dos itens do estoque que representam 60% do recurso aplicado.(15% de itens caros) B - número médio de itens com média participação no valor total - 35% dos itens do estoque que representam 35% do recurso aplicado.(35% de itens de custo médio) C - grande número de itens com baixa participação no valor total - 50% dos itens do estoque que representam 5% do recurso aplicado.(50% de itens de custo baixo) PALETES Unidades de Carga PADRONIZAÇÃO Emb. de venda, unidade de consumo Unidade Primária Unidade Secundária Emb. de embarque, grupo de unidades de consumo Unidade Terciária Paletes, conteiners, caixas, etc... Comprar matérias-primas com os menores preços obedecendo os critérios de qualidade e quantidade já definidos. Objetivos Básicos do Departamento de Compras Procurar uma negociação justa e honesta das melhores negociações inclusive quanto às condições de pagamento. Princípios Básicos da Organização do Setor de Compras Autoridade de Compra Registro de Compras Registro de Preços Registro de Estoques e Consumo Registro de Fornecedores Arquivos e Especificações Arquivos de Catálogos FUNÇÕES BÁSICAS Contenção Proteção Divisão Apresentação / Comunicação Comercialização Movimentação Objetivos Básicos do Departamento de Compras Obter um fluxo contínuo de suprimentos para atendimento da produção Coordenar este fluxode forma que seja aplicado um investimento mínimo para a empresa. Comprar matérias-primas com os menores preços obedecendo os critérios de qualidade e quantidade já definidos. Objetivos Básicos do Departamento de Compras Procurar uma negociação justa e honesta das melhores negociações inclusive quanto às condições de pagamento. … Compras Outras Atividades Básicas Pesquisa Aquisição Administração Diversos … … Compras Informações Externas Condições do Mercado Condições de Mão-de-Obra Preços e Descontos Informação de novos produtos Capacidade de Produção Disponibilidade de Transporte PCP Logística Finanças Produção Engenharia Qualidade … Compras Informações Internas PRINCIPAIS METAS DE COMPRAS Comprar materiais e serviços na quantidade certa, no tempo certo, na qualidade adequada, a preço competitivo e da fonte adequada, conciliando os interesses das partes envolvidas ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS NAS UANS – ALGUNS MÉTODOS Cyntia Ap. Montagneri Arevabini INTRODUÇÃO Para um bom funcionamento de um Serviço de alimentação de qualquer tipo, a administração de recursos financeiros é fundamental pois compreende todos os elementos associados ao orçamento e ao controle contábil e financeiro dos processos produtivos. As unidades de alimentação e nutrição se classificam como setor relacionado à produção de bens e serviços. Caracterização básica: setor que absorve grandes investimentos na sua montagem e movimenta valores financeiros elevados para o seu funcionamento: -manutenção de estoques - prestação de serviços através de mão de obra qualificada -utilização de grande variedade de material de consumo(alimentos, descartáveis, uniformes,etc.) O custo total de uma unidade de alimentação e nutrição é igual a matéria-prima +mão-de-obra + gastos gerais. Com a apuração dos custos, objetiva-se informar os gastos totais relativos às despesas com gêneros alimentícios, pessoal, aquisição e manutenção de equipamentos e utensílios, encargos legais dentre outros. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Podem ser classificados em termos da maior ou da menor facilidade de apuração contábil de seus valores na produção de determinados bens ou serviços: CUSTO DIRETO:pode ser apropriado a um só produto ou a um só serviço- gêneros alimentícios, de limpeza, descartáveis,etc CUSTO INDIRETO:dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem divididos e apropriados em diferentes produtos ou serviços ,aluguel, energia elétrica, transportes, instalações,etc. CUSTO FIXO: folha de pagamento de pessoal fixo, aluguel, imposto predial e territorial(valores aplicados independente do que se produz ou se presta de serviços) CUSTO VARIÁVEL: seu valor é proporcional à quantidade de bens produzidos ou de serviços prestados, gêneros alimentícios, água, combustível,etc. FATORES DE RACIONALIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS EM UANs 1-layout adequado para as instalações 2-adoção de melhores critérios técnicos para aquisição e manutenção dos equipamentos, utensílios e mobiliários. 3-controle rigorosos dos processos de aquisição e armazenamento dos gêneros alimentícios. 4-adoção de critérios técnicos adequados no planejamento de cardápios(padronização, sazonalidade,etc.) FATORES DE RACIONALIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS EM UANs 5-controle de processos: pré-preparo(fator de correção); cocção(fator de cocção); distribuição(porcionamento, controle de previsão de número de refeições) 6-adoção de critérios técnicos adequados nos processos de seleção, treinamento e reciclagem de pessoal) 7-estabelecimento de um sistema motivacional para os trabalhadores a fim de atingir os objetivos organizacionais). ESTABELECIMENTO DE PREÇOS PARA O(S) PRODUTO(S) Para determinar o preço do produto devem-se considerar: custos de produção os objetivos e finalidades últimas da instituição(assistência, atendimento ao cliente) ou empresa(margem de lucro). PARA TORNAR OS CUSTOS MENOS ONEROSOS, É NECESSÁRIO RACIONALIZAR A IMPLANTAÇÃO DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS. PREÇO DE VENDA: É A SOMATÓRIA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO,DE VENDAS, ADMINISTRATIVOS E LUCRO SOBRE VENDAS. CUSTO DE PRODUÇÃO: matéria-prima direta, mão-de-obra direta, gastos de fabricação diretos e indiretos. CUSTO DE VENDAS: comissões sobre vendas, despesas de viagens, publicidade, seguros sobre estoques, impostos sobre vendas, embalagens, fretes, transportes, etc. CUSTOS ADMINISTRATIVOS:honorários de diretores, salário de pessoal de auditoria dentre outros, despesas administrativas gerais, material de escritório, telefonia e comunicações. COMPETÊNCIA DO NUTRICIONISTA QUANTO AOS RECURSOS FINANCEIROS PREVISÃO DE DESPESAS COM MATERIAL DE CONSUMO: gêneros alimentícios material de limpeza combustíveis e lubrificantes impressos e artigos de expediente uniformes material descartável COMPETÊNCIA DO NUTRICIONISTA QUANTO AOS RECURSOS FINANCEIROS PREVISÃO DE DESPESAS PARA SERVIÇOS DE TERCEIROS E ENCARGOS Aluguel, arrendamento e condomínio publicidade e marketing iluminação, combustíveis serviço de higiene pessoal reparos, conservação de instalações contratação de serviços de terceiros( por exemplo: padaria, toalheiros, lavanderias, garçons para serviços extraordinários). PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA PRIMEIRO MÉTODO: congrega custo unitário, volume de produção e período. PO = (CMR x N R x N C x P) + MS onde: CMR= custo médio da refeição N = número de refeições(tipos servidos no dia: desjejum, colação, almoço, lanche e outros) NC = número médio de comensais P = período a ser coberto na previsão MS = margem de segurança(inflação prevista para o momento em que se for adquirir os bens e/ou serviços necessários à produção das refeições). PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA SEGUNDO MÉTODO:baseia-se o custo da refeição no valor médio por per capitas de produtos de origem animal, fixando-os em um porcentual do valor da refeição, seja por um dia ou por todo o período de vigência do cardápio. Esse valor percentual é empírico e varia de acordo com as características da UAN e do serviço (por exemplo, o uso de descartáveis, as características do cardápio, o tipo de serviço, se centralizado ou não) OPERACIONALIZAÇÃO CARDÁPIO/ALMOÇO Salada (brócole, cenoura e alface) Bife a Rolé Espaguete ao Sugo Arroz Simples Feijão Pudim de Leite Suco de Laranja FAZ-SE O CÁLCULO DO CUSTO GÊNERO- CUSTO UNITÁRIO- PERCAPITA- CUSTO PERCAPITA R$ g R$ alcatra 3,80 120 0,46 bacon 4,50 12 0,06 ovo 1,80 20 0,04 leite 0,70 80 0,06 total --- -- 0,62 TOTAL DE CUSTO EM GÊNEROS DE ORIGEM ANIMAL 0,62 Supondo-se que o custo em gêneros de origem animal represente 50% do custo do cardápio, a PREVISÃO DE CUSTO TOTAL será de R$ 1,24. Esse cálculo se presta a grandes refeições. Considerações sobre o método: é fácil e prático fornece visão global dos custos dos gêneros alimentícios quando usado em contrato fechado, há maior grau de acerto, pois é a contratante quem normalmente arca com os custos indiretos(que não entram nesse cálculo) leva ao planejamento de cardápios de um mesmo nível, mantendo-se o custo numa mesma média. Considerações sobre o método: o valor porcentual que se atribui para carnes e outros produtos de origem animal não é imutável. Não se adapta a todas as UANs só possibilita a previsão para almoço, jantar e ceias com características de grandes refeições. Só leva em consideração os custos com gêneros alimentícios. Método para apuração de custos: 1-CÁLCULO DO CUSTO MÉDIO DO DIA ALIMENTAR(CMDA) OBJETIVO: determinar e avaliar gastos realizados na UAN com gêneros alimentícios, mão-de-obra e materiais de consumo em geral. O método se baseia no estabelecimento de pesos, que variam em função da complexidade das refeições. Método para apuração de custos: Assim tem-se: REFEIÇÃO (N SERVIDO) X PESO = PESO DO DIA DESJEJUM 2 ALMOÇO 6 LANCHE 2 JANTAR 6 LANCHE NOTURNO 1 TOTAL= 17 SOMATÓRIADOS PESOS EQUAÇÃO 1 = GASTOS COM GÊNEROS X 17 SOMATÓRIO DE PESOS DO DIA EQUAÇÃO 2 = GASTOS COM PESSOAL X 17 SOMATÓRIO DE PESOS DO DIA EQUAÇÃO 3 = GASTOS COM OUTROS MATERIAIS X 17 SOMATÓRIO DE PESOS DO DIA CMDA = EQUAÇÃO1 + EQUAÇÃO 2 + EQUAÇÃO 3 obs: Os pesos tem valor pre estabelecido de acordo com cada tipo de refeição, podendo variar segundo a UAN. O total do CMDA se refere somente a custos diretos, pois é calculado em função de refeições servidas CUSTO DA REFEIÇÃO = CMDA X PESO CORRESPONDENTE SOMATÓRIA DE PESOS DO DIA 2- CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO P = F + V onde: P = custo unitário n F = despesas fixas V = despesas variáveis n = número de unidadesproduzidas(refeições) O custo (P) será reduzido quando: a- o numerador for reduzido, com o denominador permanecendo invariável; b-O denominador for aumentado de tal sorte que o aumento automático de V seja proporcionalmente constante;(aumento de V não seja tão grande). c- O numerador for reduzido e o denominador aumentando constantemente. Obs. Esse método é o mais adequado e real podendo ser utilizado para o cálculo de refeições em separado (desjejum,, almoço,etc.)
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