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1 QUÍMICA ORGÂNICA II Paulo Cesar de Lima Nogueira AMINAS Aminas Introdução • Aminas são compostos orgânicos nitrogenados, formados pela substituição de um ou mais “H” da amônia (NH3) com grupos alquila ou arila. • Classificação: aminas 1árias, 2árias ou 3árias baseado no número de grupos alquila ou arila ligados ao “N”. 2 espermina meperidina demerol (analgésico) • O “N” da amina é hibridizado sp3 e trigonal piramidal, com ângulos de ligação de aproximadamente 109.50. • Um “N” de uma amina ligado a 4 grupos diferentes, tecnicamente é um estereocentro (trigonal piramidal). Estrutura e Ligação 3 Aminas • Contudo, a quiralidade do “N” da amina pode ser ignorada porque os dois enanciômeros podem ser interconvertidos passando por um Estado de Transição trigonal planar (aquiral) - Racemização. 4 Estrutura e Ligação Aminas E.T. planar • No entanto, a quiralidade de um sal de amônio com 4 grupos diferentes não pode ser ignorada. • Devido não existir pares de elétrons não-ligantes no “N”, interconversões não podem ocorrer e o “N” é considerado um centro estereogênico. 5 par de enanciômeros Estrutura e Ligação Aminas • Nome sistemático (IUPAC): ache a cadeia contínua mais longa ligada ao “N” da amina e troque o final –o do alcano correspondente pelo sufixo –amina. Use as regras usuais de nomenclatura para numerar a cadeia e nomear os substituintes. • Nome comum: nomeie o grupo alquila ligado ao “N” e adicione a palavra amina, formando uma única palavra. 6 Exemplos: Nome sistemático: ciclo-hexanamina Nome comum: ciclo-hexilamina Nome sistemático: metanamina Nome comum: metilamina Aminas Nomenclatura — Aminas primárias • Comum: Aminas 2árias e 3árias possuindo grupos substituintes idênticos são nomeadas usando os prefixos di- ou tri- com o nome da amina primária. • Aminas 2árias e 3árias possuindo mais que um tipo de grupo substituinte são nomeadas como aminas primárias N-substituídas usando o seguinte procedimento: Nomenclatura — Aminas secundárias e terciárias 7 trietilaminadiisopropilamina Nome sistemático: N-metil-2-propanamina Nome comum: N-metilisopropilamina 1) determinar a cadeia mais longa (ou maior anel) ligado ao “N” como nome principal; 2) Nomeie os outros grupos no “N” como grupos alquila, alfabetize os nomes e coloque o prefixo N- antes do nome: Aminas N,N-dietiletanaminaN-isopropil-2-propanamina • Aminas aromáticas são nomeadas como derivados da anilina (comum). Nomenclatura 8 anilina N-etilanilina o-bromoanilina (benzenamina) Aminas (N-etilbenzenamina) (2-bromobenzenamina) • Exercício: apresente o nome IUPAC e um nome comum para o composto abaixo: Comum: N,N-dimetilanilina IUPAC: N,N-dimetilbenzenamina • Aminas exibem interações dipolo-dipolo por causa das ligações polares C—N e N—H. • Aminas 1árias e 2árias são capazes de formar ligações de hidrogênio intermolecular devido as ligações N—H. • Uma vez que o “N” é menos eletronegativo que “O”, estas ligações de hidrogênio são mais fracas que aquelas entre “O” e “H”. 9 Propriedades Físicas ligações de hidrogênio intermolecular Aminas 10 Propriedades Físicas Aminas propriedade observação Ponto de fusão e Ponto de ebulição aminas 1árias e 2árias aumento das forças intermoleculares aumento do ponto de ebulição aminas 2ária maior p.e. Sem ligação de “H” solubilidade ligação de “H” aminas 3árias Solúveis em solventes orgânicos Aminas com “C” ≤ 5 são solúveis em H2O Aminas com“C” > 5 são insolúveis em H2O Preparação de Aminas — Substituição Nucleofílica Direta 11 Aminas ou alquila 1o sal de amônio quaternário • Embora o processo seja simples, polialquilações do “N” nucleófilo limita sua utilidade. • Qualquer amina formada por SN ainda tem um par de elétrons não-ligantes, tornando-se também um nucleófilo. Ele vai reagir com o restante do haleto de alquila para formar uma amina estável mais substituída, resultando numa mistura de aminas 1árias, 2árias e 3árias como produtos. • Assim, a reação é mais útil na preparação de aminas 1árias (uso de grande excesso de NH3) e para preparação de sais de amônio quaternário pela alquilação de qualquer “N” nucleofílico com um ou mais equivalentes de haleto de alquila. 12 Preparação de Aminas — Substituição Nucleofílica Direta Aminas Exemplos: reações de SN2 úteis sal de amônio quaternário amina primáriaexcesso • Síntese de Gabriel: processo em 2 etapas que usa um nucleófilo derivado da ftalimida para sintetizar aminas 1árias via SN. • A ligação N—H da ftalimida é especialmente ácida devido estabilização do ânion resultante por ressonância com as duas C=O. • Uma reação ácido-base forma um ânion nucleofílico que pode reagir com haleto de alquila desimpedido numa reação SN2 para formar um produto substituído. 13 Aminas Preparação de Aminas1árias — Síntese de Gabriel ftalimida pKa = 9 ânion estabilizado por ressonância • A imida alquilada é então hidrolisada com base aquosa para fornecer uma amina 1ária e um dicarboxilato (ftalato). 14 Aminas Exemplo: Preparação de Aminas1árias — Síntese de Gabriel nucleófilo imida alquilada dicarboxilato (co-produto) (co-produto) amina 1ária (produto) nova ligação C-N • Aminas podem ser preparadas por redução de nitro compostos, nitrilas e amidas. 15 Aminas Preparação de Aminas — Redução de Grupos Nitrogenados • [1] – A partir de nitro compostos Exemplo: amina 1ária ou ou 1. 2. HO- • Grupo ciano (CN) é facilmente obtido via SN2 de haletos de alquila com ¯ CN • Assim, este é um método em 2 etapas para converter um haleto de alquila em uma amina 1ária com um ou mais “C”. 16 Aminas Preparação de Aminas — Redução de Grupos Nitrogenados Exemplo: • [2] – A partir de nitrilas amina 1ária amina 1ária 17 • Com LiAlH4, 2 equivalentes de hidreto são sequencialmente adicionados produzindo um diânion, o qual é então protonado com H2O para formar uma amina. Redução de nitrilas – Mecanismo Etapa 2: adição de um 2º equivalente de hidreto Etapa 1: adição do 1º equivalente de hidreto Aminas Preparação de Aminas — Redução de Grupos Nitrogenados 18 Aminas Preparação de Aminas — Redução de Grupos Nitrogenados • [3] – A partir de amidas amina 1ária amina 2ária amina 3ária amida 2ária amida 1ária amida 3ária 19 Redução de amidas – Mecanismo Etapa 1: redução de uma amida para uma imina Etapa 2: redução de uma imina para uma amina imina Aminas Preparação de Aminas — Redução de Grupos Nitrogenados 20 R´=H, aldeído ou R´≠ H, cetona amina 1ária amina 2ária amina 3ária Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva • Aminação redutiva é um método em duas etapas que converte aldeídos e cetonas em aminas 1árias, 2árias e 3árias. • Aminação redutiva é um método em duas etapas que converte aldeídos e cetonas em aminas 1árias, 2árias e 3árias. • Considere a aminação redutiva de um aldeído ou cetona usando NH3 • Existe duas partes distintas para a reação. [1] Ataque nucleofílico do NH3 ao grupo carbonila forma uma imina. [2] Redução da imina forma uma amina. 21 Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva R’=alquil ou aril imina novas ligações amina 1ária • Um agente redutor efetivo para esta reação: 22 Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva cianoboroidreto de sódio novas ligações novas ligações Exemplos: anfetamina um estimulante potente 23 Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva Exemplos: fenilmetanamina benzilamina • Com uma amina 1ária ou 2ária como material de partida, aminação redutiva é usada para preparar aminas 2árias e 3árias, respectivamente. 24 Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva Exemplo: metanfetamina ou R’=alquil imina íon imínio amina 3ária amina 2ária amina 2ária • Aminação redutiva em síntese: determinar o aldeído ou cetona e qual o composto nitrogenado necessário para preparar uma dada amina — ou seja, fazer a retrossíntese. • Lembre-se dos dois pontos seguintes: 25 Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva - Um grupo alquilaé oriundo do composto carbonílico. - O restante da molécula é originária da NH3 ou de uma amina. Produto da aminação redutiva dois componentes necessários aldeído ou cetona amina ou • Para uma amina 1ária, o componente nitrogenado deve ser NH3 26 Aminas Preparação de Aminas — Aminação Redutiva composto carbonílico nitrogênio nucleófilo 2-feniletilamina forma esta ligação C—N Exemplo: • A química de aminas é dominada pelo par de elétrons isolados no nitrogênio. • Apenas três elementos no segundo período da tabela periódica possuem pares de elétrons não-ligantes em compostos orgânicos neutros: nitrogênio, oxigênio e flúor. • Devido a basicidade e nucleofilicidade diminuir através do período, “N” é o mais básico e o mais nucleofílico. 27 Aminas Reação das Aminas — Características Gerais aumento da basicidade e nucleofilicidade • Como na amônia, o “N” da amina possui pares de elétrons não-ligantes, tornando-se tanto uma base como um nucleófilo. • Assim, aminas reagem com eletrófilos para formar sais de amônio — compostos com 4 ligações no “N”. Aminas 28 Reação como base Reação como nucleófilo E= um sítio eletrofílico sal de amônio Reação das Aminas • Lembre-se: aminas reagem como base com uma variedade de ácidos orgânicos e inorgânicos. 29 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base reação ácido-base de Brönsted-Lowry Exemplos: equilíbrio favorece os produtos para favorecer os produtos, o pKa de HA deve ser < 10 base ácido conjugado pKa ~ 10-11 • Devido aminas serem protonadas por ácido aquoso, elas podem ser separadas de outros compostos orgânicos por extração usando um funil de separação. • Quando uma amina é protonada por ácido aquoso, sua solubilidade muda. 30 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base ciclo-hexilamina cloreto de ciclo-hexilamônio - insolúvel em H2O - solúvel em CH2Cl2 - solúvel em H2O - insolúvel em CH2Cl2 31 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base Exemplo: Muitos fármacos como os anti-histamínicos e descongestionantes são vendidos como sais hidrocloretos. sal de amônio Benadryl®, Benalet® (difenidramina hidrocloreto) solúvel em água difenidramina insolúvel em água • A basicidade relativa de diferentes compostos (tais como aminas) pode ser comparada usando os valores de pKa de seus ácidos conjugados. • Para comparar a basicidade de dois compostos, lembre-se: • (1) qualquer fator que aumente a densidade eletrônica sobre “N” aumenta a basicidade da amina; • (2) qualquer fator que diminua a densidade eletrônica sobre “N” diminui a basicidade da amina. 32 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base base mais forte quanto mais fraco o ácido, maior o pKa base ácido conjugado • Grupos alquila são doadores de elétrons, aumentando a densidade eletrônica no “N”. • Assim, uma amina como CH3CH2NH2 é mais básica que NH3. • Logo, o pKa do íon CH3CH2NH3+ é maior que o pKa do ion NH4+, desta forma CH3CH2NH2 é uma base mais forte que NH3. 33 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base um grupo doador de elétrons torna a amina mais básica base mais fracamenor pKa ácido mais forte base mais forte maior pKa ácido mais fraco • Comparação: alquilamina e arilamina — observar a disponibilidade do par de elétrons não-ligantes do “N”. • Em alquilaminas, o par de elétrons está localizado no “N”. • Em arilamina, o par de elétrons está deslocalizado sobre o anel benzênico. • Assim, a densidade eletrônica sobre “N” diminui na arilamina, tornando-a uma amina como C6H5NH2 menos básica que CH3CH2NH2. 34 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base par elétrons localizado no “N” par elétrons deslocalizado sobre o anel benzênico • A basicidade de anilinas substituídas depende da natureza do substituinte (pode ser maior ou menor que anilina). 35 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base D torna a amina mais básica que anilina W torna a amina menos básica que anilina D = grupo doador de elétrons W = grupo retirador de elétrons • Exercício: colocar os compostos em ordem crescente de basicidade. 36 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base Resposta: anilina p-nitroanilina p-metilanilina (p-toluidina) aumento da basicidade • Comparação: uma alquilamina e uma amida — observar novamente a disponibilidade dos pares de elétrons não ligantes do “N”. • Numa RNH2, o par de elétrons está localizado no “N”. • Numa amida, o par de elétrons está deslocalizado (ressonância) sobre o oxigênio da carbonila. • Assim, densidade eletrônica no “N” diminui numa amida, tornando-a muito menos básica que uma alquilamina. 37 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base • Amidas não são muito mais básicas que qualquer outro composto carbonílico. • Quando uma amida é tratada com ácido, a protonação ocorre no oxigênio da carbonila, e não no “N”, devido o cátion resultante ser estabilizado por ressonância. 38 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base estruturas de ressonância não é estabilizado por ressonância caminho preferido • Piridina é uma base mais fraca que piperidina devido o par de elétrons não ligantes “N” estar num orbital sp2. • Embora piridina seja uma amina aromática, seu par de elétrons não faz parte do sistema π deslocalizado. Logo sua basicidade é determinada pela hibridização de átomo de “N”. • Assim, o valor de pKa para o ácido conjugado da piridina é muito menor que pKa do ácido conjugado da piperidina, tornando a piridina uma base mais fraca. 39 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base menor pKa ácido mais forte maior pKa ácido mais fraco base mais fortebase mais fraca piperidinapiridina 40 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base • Exercício: Em meio ácido, em qual “N” a reação é mais rápida? (Qual “N” é mais básico?) 4-(N,N-dimetilamino)piridina nicotina 41 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Base composto pKa ácido conjugado comentário amônia amidas aminas heterocíclicas aromáticas alquilaminas arilaminas alquilaminas possuem pKa ~ 10-11 pKa diminui quando a densidade eletrônica do benzeno diminui pKa depende do par de elétrons “N” estar localizado ou deslocalizado Lembre-se: aminas reagem com C=O formando produtos de adição ou substituição nucleofílica. 42 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Nucleófilo [1]- reação de aminas 1árias e 2árias com aldeídos e cetonas. carbinolamina carbinolamina enamina imina amina 1ária amina 2ária ou R= alquil 43 Aminas Reação das Aminas — Aminas como Nucleófilo [1]- reação de aminas 1árias e 2árias com aldeídos e cetonas. Reação com ninidrina – detecção de aminas primárias (aminoácidos/proteínas) ninidrina (hidrato estável) Aplicações: bioquímica, microbiologia, histoquímica , ciência forense, etc. indano-1,2,3-triona 44 púrpura de Ruhemann Mecanismo imina em meio básico 45 Aminas Aminas como Nucleófilos amina 1ária amina 2ária amida 2ária amida 3ária amida 1ária ou [2]- reação de aminas 1árias e 2árias com cloretos de ácido e anidridos. Lembre-se: Reação de amônia (NH3) com cloretos de ácido e anidridos. • A anilina não sofre reações de Friedel-Crafts devido o par isolado no “N” reagir com ácidos de Lewis (AlCl3) para formar um complexo desativado que não sofre novas reações. 46 Aminas Aminas como Nucleófilos Reação de Friedel-Crafts a carga (+) desativa o anel benzeno não ocorre! anilina � A conversão de aminas em amidas é útil na síntese de anilinas substituídas. 47 Aminas Aplicações: Conversão de aminas em amidas é útil na síntese de anilinas substituídas. Aminas como Nucleófilos [1] Coverter a amina (anilina) numa amida (acetanilida). [2] Fazer a reação de Friedel-Crafts. [3] Hidrolizar a amida para gerar um grupo amino livre. x ou anilina acetanilida proteção Reação de Friedel-Crafts desproteção majoritário • Eliminação de Hofmann: converte uma amina num alceno em 3 etapas. 48 Aminas problema: — NH2 é um péssimo grupo abandonador x nova ligação π (excesso) Aminas como Nucleófilos: • Exemplo: a conversão da propilaminaem propeno. Mecanismo geral E2 : 49 Eliminação de Hofmann Aminas (excesso) antiperiplanar grupo de saída propilamina propeno Toda reação de eliminação de Hofmann resulta na formação de uma nova ligação π entre os carbonos α e β. Exemplos: ciclo-hexilamina e 2-feniletilamina. 50 Eliminação de Hofmann Aminas (excesso) (excesso) ciclo-hexilamina 2-feniletilamina Diferença importante entre a eliminação de Hofmann e outras eliminações E2: quando isômeros constitucionais são possíveis, o alceno majoritário tem ligações duplas menos substituídas. Este resultado é explicado pelo tamanho de grupo de saída — A base remove um próton do carbono β menos substituído e mais acessível, devido o tamanho do grupo de saída volumoso nas proximidades do carbono α. 51 Eliminação de Hofmann Aminas Exercício: Desenhe o produto majoritário formado na reação abaixo: (excesso) ? (excesso) principal minoritário (alceno mais substituído) 52 Eliminação de Hofmann Aminas Exemplo: comparação da eliminação E2 usando haletos de alquila e aminas (excesso) 2-bromopentano 2-pentanamina produto principal (alceno menos substituído) produto principal (alceno mais substituído) produto minoritário (alceno mais substituído) alceno minoritário Ácido nitroso, HNO2, é um ácido fraco instável formado a partir do NaNO2 e um ácido forte como HCl. Reação de Aminas com Ácido Nitroso — Diazotação Em meio ácido, ácido nitroso se decompõe em +NO (íon nitrosônio). Este é o eletrófilo que reage com “N” nucleofílico das aminas para formar sais de diazônio (RN2+Cl¯ ) a partir de aminas 1árias e N-nitrosaminas (R2NN=O) a partir de aminas 2árias. 53 Aminas nitrito de sódio ácido nitroso ácido nitroso íon nitrosônio eletrófilo • Ácido nitroso reage com alquilaminas e arilaminas 1árias para formar sais de diazônio. 54 Reação de Aminas com Ácido Nitroso — Diazotação Aminas preparação de sais de diazônio sal de alquildiazônio sal de arenodiazônio Parte [1] Formação de uma nitrosamina 55 Reação de Aminas com Ácido Nitroso — Diazotação Aminas • Mecanismo: conceitualmente pode ser dividida em 2 partes — formação de uma N-nitrosamina seguido pela perda de H2O. Parte [2] Perda de H2O para formar o sal de diazônio N-nitrosamina N-nitrosamina sal de diazônio • Alquilaminas e arilaminas 2árias reagem com ácido nitroso para formar N-nitrosaminas. 56 Reação de Aminas com Ácido Nitroso Aminas Mecanismo: N-nitrosaminaamina 2ária • Geralmente, sais de alquildiazônio são compostos não úteis. • Se decompõem facilmente em temperaturas abaixo da t.a., e formam carbocátions com perda de N2 (excelente grupo de saída). • Usualmente, estes carbocátions formam mistura complexa de produtos de substituição, eliminação e produtos rearranjados. 57 Reação de Aminas com Ácido Nitroso Aminas ótimo grupo de saída carbocátion • Sais de arenodiazônio sofrem duas reações gerais: [1]-Substituição do N2 por um átomo ou grupo de átomos Z: 58 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas [2]- Acoplamento de um sal de diazônio com outro derivado do benzeno para formar um azo composto contendo uma ligação N=N: azo composto (grupos fortemente doadores) • Sais de arenodiazônio reagem com uma variedade de reagentes para formar produtos nos quais Z (um átomo ou grupo de átomos) substitui N2 (um excelente grupo abandonador). • O mecanismo destas reações variam com a identidade de Z. 59 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas Z substitui N2 Reação com cloreto ou brometo de cobre(I) forma cloreto ou brometo de arila (reação de Sandmeyer). 60 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas [1]-Substituição do N2 por OH: Síntese de fenóis [2]-Substituição do N2 por Cl ou Br: Reação de Sandmeyer Um sal de diazônio reage com água para formar um fenol. A reação é uma alternativa para cloração e bromação direta de anéis aromáticos usando Cl2 ou Br2 e um ácido de Lewis como catalisador. A reação é útil, pois fluoretos de arila não podem ser produzidos por fluoração direta com F2 e um ácido de Lewis. A reação é útil, pois iodetos de arila não podem ser obtidos pela iodação direta com I2 e ácido de Lewis. 61 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas [3]-Substituição do N2 por F: Reação de Balz-Schiemann [4]-Substituição do N2 por I: Reação de Gatterman ou fluorbenzeno (ácido fluorobórico) iodobenzeno Reação com cianeto de cobre(I) forma benzonitrila. Útil devido fácil acesso a uma variedade de derivados do benzeno, pois o grupo ciano pode ser convertido vários outros grupos funcionais. Reação ácido hipofosfórico forma benzeno. Útil para sintetizar compostos que possuem padrões de substituição que não são disponíveis por outros meios. 62 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas [5]-Substituição do N2 por CN: Reação de Sandmeyer [6]-Substituição do N2 por H: Síntese do benzeno benzonitrila • Considere a síntese do 1,3,5-tribromobenzeno. • Não é possível sintetizar 1,3,5-tribromobenzeno a partir da bromação direta — Br é um orientador orto/para. • Logo, bromação com Br2 e FeBr3 não adicionará substituintes Br nas posições meta em relação ao outro no anel. 63 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas Br orienta orto/para, mas estão nas posições meta em relação ao outro 1,3,5-tribromobenzeno removido em duas etapas • Contudo, é possível adicionar 3 átomos de Br meta a cada outro quando anilina é o material de partida. • Um grupo NH2 é um poderoso orientador orto/para. Assim, os 3 átomos de Br são introduzidos numa única etapa na halogenação. • O grupo NH2 pode ser removido por diazotação seguido de reação com H3PO2. 64 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas primeiro, os três “Br” são adicionados orto/para ao grupo NH2 (excesso) 65 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas Síntese do 1,3,5-tribromobenzeno a partir da anilina (excesso) Síntese da anilina a partir do benzeno • Sais de diazônio fornecem fácil acesso a muitos derivados do benzeno diferentes. • Lembre-se da seguinte sequencia de 4 etapas, porque ela será usada para sintetizar muitos benzenos substituídos. 66 Reação de Substituição de Sais de Arenodiazônio Aminas nitração redução diazotação substituição • Quando um sal de diazônio é tratado com um composto aromático que contêm um grupo doador de elétrons forte, os 2 anéis se juntam para formar um azo composto, um composto com uma ligação dupla nitrogênio—nitrogênio. • Azo compostos são altamente conjugados, tornando-se coloridos. Muitos destes compostos são corantes sintéticos. • Exemplo: “amarelo manteiga” que já foi usado como corante de margarina. 67 Reação de Acoplamento de Sais de Arenodiazônio Aminas um corante azo amarelo “amarelo manteiga” composto azo • Esta reação é um outro exemplo de SEAr, com sais de diazônio agindo com o eletrófilo. 68 Reação de Acoplamento de Sais de Arenodiazônio Aminas Mecanismo: Etapa [1]: adição do íon diazônio para formar um carbocátion. Etapa [2]: perda de um próton para regenerar o anel aromático. 3 estruturas de ressonância adicionais • Devido um sal de diazônio ser fracamente eletrofílico, a reação ocorre apenas quando o anel benzênico possui um grupo doador forte, tais como NH2, NHR, NR2, ou OH. • Regiosseletividade: Embora estes grupos sejam orientadores orto/para, a SEAr só ocorre em orto quando a posição para já possui outro substituinte. • Retrossíntese de um composto azo: um anel benzênico com o íon diazônio e um anel benzênico com um grupo doador de elétrons forte. 69 Reação de Acoplamento de Sais de Arenodiazônio Aminas quebre a molécula em dois componentes aqui grupo doador de elétrons 70 Reação de Acoplamento de Sais de Arenodiazônio Aminas Exercício: apresente a estrutura dos reagentes necessários para sintetizar o alaranjado de metila. grupo doador de elétrons íon diazônio alaranjado de metila Retrossíntese:
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