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Direito difusos e coletivos Petição inicial

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FACULDADE DE TECNOLOGIA JARDIM – FATEJ 
FACULDADE DE DIREITO SANTO ANDRÉ - FADISA 
RECREDENCIADA PELA PORTARIA – MEC 163/2017 
Rua Almirante Protógenes n°44 – Jardim – Fone: 4436-6489 
CEP: 09090-760 – Santo André – SP 
secretaria@fatej.edu.br / www.fatej.edu.br 
 
 
 
Curso Superior de Bacharelado em Direito Data para entrega: 14/04/2020 
PRAZO: 15/04/2020 
Alunos(a): ANTONIO MICHEL TELES PEREIRA, ANDRÉA CRUZ DOS SANTOS ARANHA 
ANDREI SPANIER, ADRIANO DA SILVA PORTO, GEDILMA DA SILVA FERREIRA 
JOSIAS MARTINS VIEIRA, MONICA TRIPOLONI 
 
 5° E 6° SEMESTRE 
Professor: ELIETE Disciplina: DIREITO DIFUSOS E COLETIVOS 
1ª TRABALHO - 1º SEMESTRE 2020 
NOTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA: DEFESA DA CLIENTE 
 
 MARINALVA LUZ 
mailto:secretaria@fatej.edu.br
http://www.fatej.edu.br/
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DO 4° JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA 
COMARCA DE SANTO ANDRE/SP 
 
 
 
 
 
 
MARINALVA, brasileira, solteira, contadora, inscrita no CPF sob o n° 
443.478.478-34, RG nº 7838343, residente e domiciliada à rua Jose 
Amaral, nº 333, Apto 115, Condomínio Brasil, CEP 08732-932, bairro Bela 
vista, São Paulo /SP. vem respeitosamente à presença de VOSSA 
EXCELÊNCIA, por meio de seu advogado Propor: 
 
 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
 
 
em face da ENEL, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ 
61.695.227/0001-93, com sede na Av Doutor Marcos Penteado de Ulhôa 
Rodrigues, nº. 939, Sitio Tamboré/SP, CEP: 06460-040, na pessoa de seu 
representante legal, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
 
PRELIMINARMENTE: 
 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: 
Requer a parte Autora o benefício da gratuidade de justiça, nos termos da 
Legislação Pátria, inclusive para efeito de possível recurso, tendo em vista 
ser a Autora impossibilitada de arcar com as despesas processuais sem 
prejuízo próprio e de sua família, conforme afirmação de hipossuficiência 
em anexo. 
Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados 
pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), 
artigo 98 e seguintes. 
 
II - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: 
 
Inicialmente verificamos que o presente caso trata-se de relação de 
consumo, sendo amparada pela lei 8.078/90, que trata especificamente das 
questões em que fornecedores e consumidores integram a relação jurídica, 
principalmente no que concerne a matéria probatória. 
Tal legislação, faculta ao magistrado determinar a inversão do ônus da 
prova em favor do consumidor conforme seu artigo 6º, VIII: 
"Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VIII- A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiência" 
Da simples leitura deste dispositivo legal, verifica-se, sem maior esforço, 
ter o legislador conferido ao arbítrio do juiz, de forma subjetiva, a 
incumbência de presentes o requisito da verossimilhança das alegações ou 
quando o consumidor for hipossuficiente, poder inverter o ônus da prova. 
Assim, presentes a verossimilhança do direito alegado e a hipossuficiência 
da parte autora para o deferimento da inversão do ônus da prova no presente 
caso, dá-se como certo seu deferimento. 
DOS FATOS 
 
A autora é usuária dos serviços de eletricidade sob a unidade consumidora 
115, no endereço acima citado onde possui residência. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727456/inciso-lxxiv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28895641/artigo-98-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
No dia 06 de abril de 2020, uma terça feira, a Autora saiu para levar seu 
filho a escola as 07:00 da manhã, como de costume. Quando retornou para 
sua casa para iniciar sua jornada de trabalho qual realizava através do seu 
computador, percebeu que a luz e nenhum dos eletrodomésticos estavam 
ligando. 
Após questionar alguns vizinhos, ficou sabendo que alguns funcionários da 
empresa compareceram no endereço citado, alegando a realização de 
vistoria, e foi aí então que percebeu que APENAS A SUA CASA, não tinha 
energia, causando CONSTRANGIMENTO, perante os demais vizinhos. 
Ocorre que a Autora, aguardava ainda, algumas visitas que viriam de outro 
Estado para visitá-la, que chegaram de viagem e iriam passar duas noites 
na sua casa, porém não foi possível, pois não havia LUZ NA CASA, NÃO 
HAVIA MAIS COMIDA NA GELADEIRA, pois já estava estragada, 
NÃO ERA POSSÍVEL TOMAR UM BANHO QUENTE O QUE 
CAUSOU DOENÇAS NO SEU FILHO E NEM SE DAR AO LUXO 
DE AO MENOS DORMIR COM UM VENTILADOR LIGADO, NÃO 
HAVIA POSSIBILIDADE DE TRABALHAR ONLINE E NEM 
PARTICIPAR DAS REUNIÔES DA EMPRESA PARA QUAL 
PRESTAVA SERVIÇOS, motivo pelo qual, suas visitas foram obrigadas 
a procurar e se hospedar em um hotel. A autora não reconhece qualquer 
inadimplência, pois não recebeu nenhum aviso a respeito. 
Imediatamente a Requerente compareceu pessoalmente na empresa ré e 
questionou qual era o problema, onde foi informada que o corte foi 
realizado devido à falta de pagamento da conta de luz referente ao Mês de 
Novembro de 2019. A requerente implorou pela religação da energia 
elétrica uma vez que todos os demais meses estavam pagos e que não 
recebeu qualquer aviso. Tendo sua solicitação negada e continuando sem 
energia elétrica. 
Tal ato reveste-se da mais completa e absurda ilegalidade. NENHUM 
AVISO DE CORTE DE ENERGIA FOI DADO, com prazo suficiente 
para que a Autora pudesse tomar as providências que fossem cabíveis. 
 
Cabe salientar aqui que, de acordo com a Resolução Normativa Nº 414, de 
9 de setembro de 2010 da ANAEEL - Agência Nacional De Energia 
Elétrica, a religação em caráter de urgência deve ocorrer em ATÉ quatro 
(04) horas a partir da solicitação, conforme abaixo: 
Resolução Normativa nº. 414/10 
“Art. 176. A distribuidora deve restabelecer o fornecimento nos seguintes 
prazos, contados ininterruptamente: 
[...] 
III – 4 (quatro) horas, para religação de urgência de unidade consumidora 
localizada em área urbana 
A lei nº 7.783/89 em seu art. 10, define o fornecimento de energia como 
serviço essencial e o CDC (Código de Defesa do Consumidor), no seu 
art. 22, afirma que os serviços essenciais devem ser contínuos. 
Quem tem a luz cortada injustamente experimenta, sem dúvida, dano moral, 
inclusive, o Superior Tribunal de Justiça reconhece que o corte do 
fornecimento de energia elétrica fere a dignidade da pessoa humana. Não 
obstante, o corte é admitido em hipóteses excepcionais para garantir a 
estabilidade do sistema, porque configura forma indireta de compelir os 
devedores a pagar, caso este que, não se adequa ao processo em tela. 
O corte do fornecimento de energia, ainda que ocorra por poucas 
horas, enseja a reparação do dano moral. Já decidiu o Tribunal de 
Justiça de São Paulo que: 
 
“O fato de se cuidar de episódio que durou poucas horas não indica 
que se deva tê-lo por transtorno comum impassível de indenização. 
Na situação, o prejuízo moral é presumível; decorre do senso comum 
de justiça”, (Apelação nº 980.597-0/6, 36ª Câmara, Rel. Des. Dyrceu 
Cintra.) 
 
Assim, diante do DESREIPEITO, DESCASO e abalos morais porficar ATÉ O PRESENTE MOMENTO sem energia elétrica em sua 
residência, estando com TODAS as demais contas referente ao serviço 
devidamente pagas e do abalo financeiro que, devido à demora na prestação 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109060/lei-de-greve-lei-7783-89
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10604677/artigo-22-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
do serviço, vivenciou com a perda dos alimentos em sua geladeira, não 
restou alternativa senão buscar a tutela jurisdicional do Estado, para ser 
ressarcida de forma pecuniária pelos danos morais e materiais sofridos. 
 
DA ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO 
 
O fornecimento de energia elétrica deve ser contínuo, não cabendo 
interrupção por inadimplemento. Assim tem entendido o Conspícuo 
Superior Tribunal de Justiça: 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PÚBLICO NÃO 
ESPECIFICADO. ENERGIA ELÉTRICA. RGE. EXTENSÃO DA 
REDE. ESSENCIALIDADE DO SERVIÇO. MULTA 
DIÁRIA. Correta a antecipação de tutela, no que tange à instalação de 
energia elétrica na residência do autor, tendo em vista a essencialidade 
do bem de consumo em apreço, do qual não pode prescindir o cidadão. 
Caso em que as justificativas do agravante não se mostram plausíveis, uma 
vez que não comprovada a impossibilidade de realização da obra de 
extensão de rede elétrica na residência da autora, impõe-se a manutenção 
da bem lançada decisão pelo juízo a quo. Cabível a fixação de multa diária 
na hipótese de descumprimento de decisão judicial, nos termos do que 
dispõe o art. 461, § 5º, do CPC, observada a redação da Lei n.º 10.444/02. 
Não houve fixação de multa diária, de forma que não há que se falar em 
limitação desta neste momento, carecendo a agravante de interesse recursal 
neste ponto. NEGADO PROVIMENTO AO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 
70067530477, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: 
João Barcelos de Souza Junior, Julgado em 24/02/2016). 
 
(TJ-RS - AI: 70067530477 RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, 
Data de Julgamento: 24/02/2016, Segunda Câmara Cível, Data de 
Publicação: Diário da Justiça do dia 02/03/2016)” 
Nas decisões do Superior Tribunal de Justiça, observa-se a orientação de que 
"o corte de energia, utilizado pela Companhia para obrigar o usuário ao 
pagamento de tarifa, extrapola os limites da legalidade, existindo outros 
meios para buscar o adimplemento do débito" (Superior Tribunal de 
Justiça, 1ª Turma, Agravo Regimental no Recurso Especial 
298.017/MG, relator ministro Francisco Falcão, Diário de Justiça 
15/04/2002), de forma que "é defeso à concessionária de energia elétrica 
interromper o suprimento de força no escopo de compelir o consumidor ao 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10691084/artigo-461-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10691170/par%C3%A1grafo-5-artigo-461-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/99377/lei-10444-02
pagamento de tarifa em atraso. O exercício arbitrário das próprias razões não 
pode substituir a ação de cobrança 
" (Superior Tribunal de Justiça, 1ª Turma, Recurso Especial 
223.778/RJ, relator ministro Francisco Falcão, Diário de Justiça 
13/05/2000). 
 
DA ANTICIPAÇÃO DA TUTELA 
 
O Código de Processo Civil autoriza o juiz conceder a tutela de urgência 
quando presentes a "probabilidade do direito" e o "perigo de dano ou risco 
ao resultado útil do processo", conforme art. 300 da Lei 13.105/2015. 
No presente caso, estão presentes os requisitos e pressupostos para a 
concessão da tutela requerida, existindo verossimilhança das alegações, que 
se vislumbra cabalmente, nesta lide, através do extrato de pagamento de 
todas as contas de energia, que prova não haver motivo para que esta se 
encontre desligada, no imóvel da Autora. E o periculum in mora, a qual está 
patente, pela exposição fática acima apresentada, que dão conta, 
notadamente, da essencialidade do serviço, o que proíbe a interrupção 
abrupta e injusta. 
DO DANO MORAL: 
 
O dano moral foi inserido em nossa carta magna no art. 5º, inc. X, da 
Constituição de 1998: 
“Art. 05º... 
X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano moral ou material 
decorrente dessa violação...” 
Seguindo a mesma linha de pensamento do legislador constituinte, o 
legislador ordinário assim dispôs sobre a possibilidade jurídica da 
indenização pelos danos morais, prescrevendo no art. 6º, VI, da 
Lei 8.078/90: 
“Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: (...) VI - a efetiva prevenção 
e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou 
difusos; “ 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607666/artigo-6-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607430/inciso-vi-do-artigo-6-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
SAVATIER define o dano moral como: 
“Qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária, 
abrangendo todo o atentado à reputação da vítima, à sua autoridade 
legitima, ao seu pudor, a sua segurança e tranquilidade, ao seu amor próprio 
estético, à integridade de sua inteligência, as suas afeições, etc...” (Traité 
de La ResponsabilitéCivile, vol. II, nº 525, in Caio Mario da Silva Pereira, 
Responsabilidade Civil, Editora Forense, RJ, 1989). 
Quando se pleiteia uma ação visando uma indenização pelos danos morais 
sofridos, não se busca um valor pecuniário pela dor sofrida, mais sim um 
lenitivo que atenue, em parte, as consequências do prejuízo sofrido. Visa-
se, também, com a reparação pecuniária de um dano moral imposta ao 
culpado representar uma sanção justa para o causador do dano moral. A 
ilustre civilista Maria Helena Diniz, já preceitua: 
“Não se trata, como vimos, de uma indenização de sua dor, da perda sua 
tranquilidade ou prazer de viver, mas de uma compensação pelo dano e 
injustiça que sofreu, suscetível de proporcionar uma vantagem a ofendida, 
pois ela poderá, com a soma de dinheiro recebida, procurar atender às 
satisfações materiais ou ideais que repute convenientes, atenuando assim, 
em parte seu sofrimento 
A reparação do dano moral cumpre, portanto, UMA FUNÇÃO DE 
JUSTIVA CORRETIVA ou sinalagmática, por conjugar, de uma só vez, 
a natureza satisfatória da indenização do dano moral para o lesado, tendo 
em vista o bem jurídico danificado, sua posição social, a repercussão do 
agravo em sua vida privada e social e a natureza penal da reparação para o 
causador do dano, atendendo a sua situação econômica, a sua intenção de 
lesar, a sua imputabilidade etc...”(DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito 
Civil Brasileiro. 13. Ed. São Paulo: Saraiva, 1999, v.2) 
A tormenta maior que cerca o dano moral, diz respeito a sua quantificação, 
pois o dano moral atinge o intimo da pessoa, de forma que o seu 
arbitramento não depende de prova de prejuízo de ordem material. 
Evidentemente o resultado final também leva em consideração as 
possibilidades e necessidades das partes de modo que não seja 
insignificante, a estimular a prática do ato ilícito, nem tão elevado que cause 
o enriquecimento indevido da vítima. 
O dano moral sofrido pela Autora ficou claramentedemonstrado, vez que 
a ligação de energia do seu imóvel se encontra desligada ATE A DATA 
DE HOJE, tendo a autora ficado isolado em seu apartamento, em um calor 
de aproximadamente trinta graus, vendo seus alimentos putrefarem em sua 
geladeira, sem nada poder fazer e por um motivo alheio a sua conduta. 
 
DO PEDIDO: 
 
ANTE O EXPOSTO, requer a Vossa Excelência que seja julgada 
TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, com: 
a). Tutela provisória de natureza antecipada de urgência: 
Tendo em vista a verossimilhança das alegações, a prova inequívoca da 
existência do contrato entre as partes bem como da quitação, além da 
notificação não atendida pelo réu, requer a autora, nos termos dos 
arts. 294, 297, 300 e 536 e 537 do Código de Processo Civil, digne-se 
Vossa Excelência de antecipar a tutela ora requerida, determinando que o 
réu, sob pena de multa diária de 1.000,00 (mil reais), por dia de atraso do 
ligamento da energia elétrica na casa do Autor; 
b) A procedência do pedido quanto à gratuidade de justiça, inclusive para 
efeito de possível recurso; 
c) Religação da energia elétrica 
d). A inversão do ônus da prova; 
e). A citação da empresa Ré para comparecer à audiência de conciliação a 
ser marcada, podendo esta ser convolada em audiência de instrução e 
julgamento nos termos da Lei 9.099/95, sob pena de revelia e confissão; 
f). Que a empresa RÉ seja condenada ao pagamento a título de DANOS 
MORAIS no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais); 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708588/artigo-294-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10707589/artigo-297-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10707427/artigo-300-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10679220/artigo-536-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10679166/artigo-537-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103497/lei-dos-juizados-especiais-lei-9099-95
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito 
admitidos, especialmente depoimento pessoal do representante legal da 
reclamada e juntada de documentos. 
Dá à causa o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
Santo André, 06/04/2020 
 
Advogados (Alunos)

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