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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NEUROFUNCIONAL AVALIAÇÃO SENSORIAL INTEGRIDADE SENSORIAL » é a habilidade de organizar e de usar a informação sensorial. O teste sensorial determina a habilidade do paciente em interpretar e discriminar as informações sensoriais aferentes. Dados Gerados nos Testes Sensoriais: » precisão de percepções táteis » senso de posição articular » percepção de movimentos » capacidades sensoriais superficiais O sistema sensorial somático difere dos outros sistemas : 1- receptores estão distribuídos pelo corpo. 2- resposdem a diferentes estímulos. • Um sistema sensorial alterado irá registrar informações inapropriadas provenientes dos mecanismos receptores sensoriais, resultando em uma diminuição do controle motor e /ou movimentos inapropriados. • Isso frequentemente e relatado como uma desconexão entre do sistema sensorial e motor. Importância de realizar avaliação sensorial: Determinar o nível de feedback sensorial que afeta o movimento; Proporcionar uma base de treinamento sensorial (aprender a sensação de um movimento ou estímulos sensoriais); Assegurar ao paciente segurança e prevenção de complicações secundarias Formular objetivos e plano de tratamento apropriados ; ESTADO DE ALERTA » é a prontidão fisiológico do sistema humano para a atividade. Termos Chaves: » Alerta – paciente acordado e atento aos níveis normais de estimulação. » Letargia – paciente sonolento podendo cair no sono se não for estimulado. » Torpor – é difícil acordar o paciente sonolento; confuso ao acordar. » Estupor (semicoma) – paciente responde somente à estímulos fortes (nociceptivos); quando acordado, não interage. » Coma (coma profundo) – paciente não acorda com estimulação. SENSAÇÃO SUPERFICIAL » os exteroceptores recebem estímulos do ambiente externo através da pele e do tecido subcutâneo; são responsáveis pelas sensações superficiais (percepção de dor / pressão / temperatura / toque leve). SENSAÇÃO PROFUNDA » os proprioceptores recebem estímulos de músculos, tendões, ligamentos, articulações e fáscias; são responsáveis pelas sensações profundas (senso de posição / percepção das articulações em repouso / percepção do movimento – cinestesia / vibração). SENSAÇÕES CORTICAIS COMBINADAS » constituídas por mecanismos sensoriais superficiais e profundos, assim como áreas corticais sensoriais de associação (estereognosia / discriminação entre 2 pontos / barognosia / grafestesia / localização tátil / identificação de texturas / estimulação simultânea dupla). • Tato Epicrítico: grande capacidade discriminativa e alta precisão sensorial – sistema coluna-dorsal (grácil e cuneiforme). •Tato Protopático: Pouco discriminativo e menos preciso – sistema espinotalâmico ântero-lateral. Exteroceptiva Proprioceptiva 1) Mecanoceptores » respondem à deformação mecânica. 2) Termoceptores » respondem a mudanças de temperatura. 3) Nociceptores » respondem a estímulos nocivos e resultam em dor. 4) Quimioceptores » respondem a substâncias químicas e são responsáveis por sabor, odor, níveis de O2 e CO2 no sangue e gradiente de concentração dos líquidos do corpo. 5) Receptores de Luz » respondem à luz dentro do espectro visível. 1. Fusos Neuromusculares – localizados nas fibras musculares, monitorando as mudanças na velocidade e comprimento musculares; tem papel vital no senso de posição e movimento do aprendizado motor. 2. OTGs – localizados nas inserções tendinosas proximal e distal dos músculos, monitorando a tensão interna do músculo; fornece um mecanismo de proteção para prevenir danos estruturais. 3. Terminações Nervosas Livres – localizados nas fáscias musculares; respondem à dor e à pressão. 4. Corpúsculos de Pacini – localizados nas fáscias musculares; respondem aos estímulos vibratórios e à pressão profunda. RECEPTORES SENSORIAIS PROFUNDOS MUSCULARES RECEPTORES SENSORIAIS PROFUNDOS ARTICULARES 1. Terminações dos OTGs – localizados nos ligamentos, funcionam para detectar a velocidade do movimento articular. 2. Terminações Nervosas Livres – encontrados na cápsula articular e ligamentos, respondendo à dor e percepção grosseira de movimento articular. 3. Terminações de Ruffini – localizados na cápsula articular e nos ligamentos, respondem à direção e à velocidade do movimento articular. 4. Terminações Paciniformes – encontrados na cápsula articular, monitoram primariamente os movimentos articulares rápidos. SISTEMA ESPINOTALÂMICO ÂNTERO- LATERAL » são vias difusas relacionadas com sensações não- discriminativas como dor, temperatura, cócegas, coceira e sensações sexuais. » esse sistema é ativado pelo mecanoceptores, termoceptores e nociceptores. SISTEMA COLUNA DORSAL-LEMNISCO MEDIAL » é responsável pela transmissão de sensações discriminativas com graduações finas de intensidade e localização precisa na superfície do corpo. » ativado por mecanoceptores especializados. DERMÁTOMOS •Denomina-se dermátomo o território cutâneo inervado por fibras nervosas de uma única raiz dorsal. •O estudo da topografia dos dermátomos é importante para a localização de lesões radiculares ou medulares. • As fibras aferentes somáticas são responsáveis pela condução de impulsos de diferentes tipos de sensibilidade. • Apesar de os nervos espinais se ramificarem e formarem plexos, a inervação sensorial da pele mantém uma segmentação em territórios cutâneos correspondentes a cada nível medular. Dermátomo (pele) Miótomo (músculos esqueléticos) Sistema Nervoso Periférico Dermátomos X Nervos • As fibras aferentes relacionadas ao tato apresentam maior grau de sobreposição do que as fibras de dor. • Já os territórios sensoriais dos nervos periféricos apresentam uma margem de delimitação mais nítida. O que usar? Mapas de dermátomos ou de territórios dos nervos na avaliação sensorial? • Dermátomo: território cutâneo inervado por fibras de uma única raiz dorsal. São muito importante para a localização de lesões radiculares ou medulares. • Nervos periféricos: contribuem com fibras sensitivas de várias raízes dorsais. Assim é apropriado apenas para a avaliação de alterações na sensibilidade, decorrentes de lesões nervosas periféricas. TEMPERATURA TESTE: São necessários dois tubos de ensaio com rolha com água quente (40 a 45ºC) e gelo moído (5 a 10ºC). Os tubos são aleatoriamente colocados em contato com a pele. RESPOSTA: Paciente indica quando sente o estímulo e se é “quente” ou “frio”. DOR TESTE: É usada a ponta aguda de um alfinete ou um clipe de papel remoldado, que de ser limpo cuidadosamente e aplicado na pele do paciente. O instrumento deve fazer a deflexão da pele, porém sem perfurá-la. RESPOSTA: Paciente indica verbalmente quando sentir um estímulo. PRESSÃO TOQUE LEVE TESTE: Usa-se uma escova de pêlo e um pedaço de algodão ou tecido, que deve tocar ou esfregar levemente a área testada. RESPOSTA: Paciente indica quando percebe o estímulo aplicado respondendo “sim” ou “agora”. TESTE: Terapeuta usa a ponta do polegar ou de outro dedo para aplicar uma pressão firme (deprimir) sobre a superfície da pele. RESPOSTA: Paciente indica quando percebe o estímulo aplicado respondendo “sim” ou “agora”. PROPRIOCEPÇÃO (avalia a posição articular) CINESTESIA (avalia a percepção do movimento) TESTE: O membro é movido passivamente através de uma ADM pequena. O terapeuta identifica e demonstra a faixa de movimento previamente para assegurar a descrição do paciente. Contato manual deve ser mínimo. RESPOSTA: Paciente indica verbalmente a direção do movimento (“para cima”, “para dentro”, etc.). TESTE: A articulação é movida através de uma ADM e mantida estática. O terapeuta identifica e demonstra a faixa de movimento previamente para assegurar a descrição do paciente. Contato manual deve ser mínimo. RESPOSTA: Paciente descreve verbalmente ou imita a posição com o membro contralateral. VIBRAÇÃO TESTE: Deve-se percutir um diapasão numa superfície rígida capaz de gerar128 Hz e em seguida colocar sua base sobre uma proeminência óssea (esterno / olécrano / maléolos). Devem ser usados fones de ouvido para reduzir pistas auditivas. RESPOSTA: Paciente identifica verbalmente o estímulo como vibratório ou não. LOCALIZAÇÃO TÁTIL TESTE: Terapeuta usa a ponta dos dedos para tocar em diferentes superfícies da pele. Após cada aplicação de estímulo, é dado um tempo ao paciente para que ele possa responder. RESPOSTA: Paciente identifica a localização do estímulo apontando para a área ou descrevendo-a. A distância respondida pode ser registrada. IDENTIFICAÇÃO DE OBJETOS TÁTEIS (ESTEREOGNOSIA) TESTE: Paciente recebe apenas um objeto (chave / moeda / pente / alfinete / caneta) e deve manipular-lo tentando identificar-lo verbalmente. RESPOSTA: Paciente nomeia o objeto verbalmente ou gestualmente (ausência da fala) após cada teste. ESTIMULAÇÃO SIMULTÂNEA DUPLA TESTE: O terapeuta simultaneamente pode tocar » (1) locais idênticos em lados opostos do corpo; (2) locais proximais e distais no mesmo lado do corpo; (3) proximal e distalmente em lados opostos do corpo. RESPOSTA: Paciente afirma verbalmente quando e onde percebe o(s) estímulo(s). DISCRIMINAÇÃO ENTRE DOIS PONTOS TESTE: Pode-se utilizar o estesiômetro ou as pontas de um compasso para estimular a pele simultaneamente. As pontas são gradualmente aproximadas até que sejam percebidas como um só estímulo. A menor medida entre dois pontos deve ser registrada. RESPOSTA: Paciente identifica a percepção de “um” ou “dois” estímulos. IDENTIFICAÇÃO DA FIGURA TRAÇADA (GRAFESTESIA) TESTE: É traçada na palma da mão do paciente uma série de combinação de letras, números ou formas. Entre um desenho e outro, deve-se passar suavemente um lenço macio para indicar ao paciente a mudança nas figuras. RESPOSTA: Paciente identifica verbalmente as figuras desenhadas na pele. IDENTIFICAÇÃO DE PESO (BAROGNOSIA) TESTE: O terapeuta pode escolher se coloca uma série de pesos diferentes na mesma mão, um peso por vez, ou um peso diferente em cada mão simultaneamente. RESPOSTA: Paciente identifica o peso comparativo dos objetos. IDENTIFICAÇÃO DE TEXTURA TESTE: Texturas apropriadas (algodão / lã / seda) são colocadas uma a uma na mão do paciente, permitindo que ele manipule as amostras. RESPOSTA: Paciente identifica cada amostra colocada em sua mão, pelo nome (seda, algodão, etc.) ou pela textura (áspera, lisa, etc.). REALIZAÇÃO DOS TESTES: Explicar ao paciente o teste Demonstrar o teste Aplicar o teste com oclusão da visão Realizar preferencialmente de distal para proximal Identificar dermátomo EXPLICAÇÕES RELEVANTES Como os testes de integridade sensorial requerem uma resposta verbal ao estímulo, pacientes com comprometimento do estado de alerta, atenção, orientação, cognição ou de memoria recente não podem em geral ser testados com precisão. Alerta – letargia – torpor – esturpor (semicoma) – coma Atenção: testar com repetição de listas de itens, séries de números ou letras, soletrar... Orientação (pessoa, lugar e tempo) Cognição: testar com perguntas de conhecimentos gerais, cálculos, interpretação de provérbios. Memória: testar recente e passada. Comprometimentos de visão, audição ou fala não afetaram adversamente os resultados se forem feitas adaptações apropriadas para fornecer instruções e indicar respostas. ALTERAÇÕES NA SENSIBILIDADE • Anestesia: desaparecimento total de uma ou mais modalidades de sensibilidade após estimulação adequada - tátil. • Hipoestesia: diminuição de sensibilidade. • Hiperestesia: aumento de sensibilidade. • Parestesia: aparecimento, sem estimulação, de sensações espontâneas e mal definidas – formigamento ou queimação da pele. • Algia: dores em geral. • Hiperalgesia: resposta exagerada a um estímulo doloroso. • Alodinia: dor produzida por um estímulo não nocivo. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA CAPACIDADES OBSERVADAS: • Consciência / Estado de Alerta / Atenção • Integridade e Integração Sensorial • Integridade e Mobilidade Articular TÔNUS INTEGRIDADE NEURAL • Integridade de Reflexos e Nervos Cranianos • Desempenho Muscular • Padrões de Movimentos Voluntários CONTROLE POSTURAL E EQUILÍBRIO • Mobilidade Funcional e Aprendizado Motor •Força é definida como a capacidade de produzir tensão suficiente no músculo para os objetivos de postura e movimento. •É uma força mensurável exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer uma resistência a um esforço máximo. FORÇA MUSCULAR A capacidade de gerar força suficiente é essencial para ativar o movimento e a função do membro. A força resulta das propriedades músculo-esqueléticas e da ativação neural do músculo. Os aspectos neurais para a produção da força envolvem: 1-número de unidades motoras recrutadas, 2- tipo de unidades recrutadas, 3- frequência do disparo. FORÇA CINÉTICA Força exercida para mudar de posição FORÇA ESTÁTICA Força exercida para resistir ao movimento de uma posição fixa. • Fraqueza: diminuição da força (PARESIA); • Paralisia: ausência de contração muscular (PLEGIA). Fraqueza Perda da velocidade, da rapidez, ou da agilidade dos movimentos Diminuição na amplitude de movimento Fadigabilidade Diminuição do limite e frequência de movimentos desajeitados • Contrações concêntricas envolvem o encurtamento ativo dos músculos, • Contrações excêntricas envolvem um alongamento ativo dos músculos. • Contrações isométricas produzem altos níveis de tensão sem movimento. Tipos de Contrações Avaliação da Força Muscular Teste Muscular Manual – subjetividade do avaliador Dinamômetros – mensurações precisas. Isocinético Comum Teste Muscular Manual • Avalia a capacidade do indivíduo de mover um segmento do corpo por toda a sua ADM. • A fraqueza é um achado comum em quadros onde existam espasticidade, Síndrome Neurônio Motor Superior . • A fraqueza com a redução do tônus é evidente nas lesões de niveis baixos ou doenças dos nervos periféricos. Alteração na avaliação: plegia-paresia • Bobath: sugeriu que a fraqueza dos músculos em pacientes com AVE poderia não ser uma fraqueza muscular real, mas o resultado da oposição dos antagonistas espásticos, presença de padrões de movimentos em massa, deficits sensoriais e/ou falta de fixação sinergista. TESTE MUSCULAR MANUAL (TMM): 0 = sem movimento 1 = contração palpável ou traço 2 = movimento com a gravidade eliminada 3 = movimento contra a gravidade 4 = movimento contra alguma resistência 5 = força normal Resposta: qual o valor e o grupo muscular avaliado. Dinamômetro Comum •Relativo baixo custo •Mensurabilidade da força através de unidade de força mecânica (KgF) •Reprodutibilidade •Padronização de posições para mensuração (deve ser descrita) Observação importante: •Os testes de FM sempre devem ser realizados pelo mesmo terapeuta, pois a mensuração de muita resistência e pouca resistência é extremamente subjetiva, variando de prosissional para profissional. TÔNUS NEUROMUSCULAR (≠) Força Muscular Tônus muscular está presente na pessoa normal e consciente. » é definido como a resistência do músculo ao alongamento passivo ou estiramento. » representa o grau de contração residual no músculo em repouso. CLASSIFICAÇÃO DO TÔNUS: Hipertonia: » aumento acima dos níveis normais em repouso » tipo elástica (espasticidade) » tipo plástica (rigidez) Hipotonia: » redução abaixo dos níveis normais em repouso Tônus Postural Anormalidades do Tônus - Espasticidade Lesão do trato piramidal/Lesão no neurônio motor superior (lesão córtex motor-giro pré-central). A resistência aumenta conforme a amplitude e a velocidade do alongamento; Quanto mais amplo e rápido o alongamento, mais forte a resistência do músculo espástico; Perda do controle inibitório sobre os neurônios motores inferiores como aumento na excitabilidade dos neurônios motores alfa, dos aferentes do fuso, reflexos flexores,alteração na atividade sináptica. resulta em reflexos segmentares espinhais perturbados Sinais e Sintomas • Reflexos cutâneos exagerados, • Reflexos tendíneos alterados (rápidos), • Espasmos flexores e extensores involuntários, • Clônus, • Sinal de Babinski, • Perda de precisão do movimento, fadiga • Coativação de grupos musculares agonistas e antagonistas. ESPASTICIDADE CRÔNICA: Contraturas, Posturas anormais, Deformidades, Limitações funcionais. Rigidez Sinal: predominante nos músculos flexores do tronco e dos membros e resulta em – dificuldade de mobilidade na cama, transferências, controle postural, andar, fala e alimentação. Lesão dos núcleos da base; Resistência ao movimento passivo dos músculos agonistas e antagonistas; Doença de Parkinson - Rigidez em roda denteada (“catraca” cede e resiste ao movimento). Sinais clínicos: Bradicinesia, tremor, perda estabilidade postural. Rigidez Hipotonia: Definida como tônus neuromuscular diminuído. A resistência ao movimento passivo se acha reduzido; Os reflexos de estiramento estão diminuídos ou ausentes; Os membros são movidos facilmente; Hipextensibilidade das articulações. CAUSAS DE HIPOTONIA: • Distúrbios cerebelares (devido à redução da facilitação descendente para os interneurônios e motoneurônios); • Lesões dos neurônios inferiores; • Temporariamente – lesão aguda de MN superior – cerebelo ou trato piramidal. • Choque medular (estado temporário de lesão - inativação temporária do MN superior). • Reflexos diminuídos ou ausentes – membros são movidos com facilidade, Flacidez: ausência de tônus neuromuscular. DISTONIA Distúrbio hipercinético dos movimentos caracterizado por tônus desordenado e está associada às desordens dos movimentos involuntários dos núcleos da base. - Movimentos são lentos, sinuosos, sustentados e involuntários – controcer-se ou bater-se; - O tônus flua de elevado a baixo; - Postura distônica: postura sustentada, anormal e involuntária mantida por contrações de agonistas e antagonistas. Distonia ANORMALIDADES DO TÔNUS: Espasticidade: lesão dos tratos piramidais com perda do controle inibitório sobre os NMI; resistência aumenta conforme amplitude e velocidade de alongamento. Sinal do Canivete: alta resistência no início do movimento seguida de inibição súbita ou liberação da resistência. Clônus: alternância cíclica espasmódica de contração e relaxamento muscular em resposta ao alongamento mantido. Sinal de Babinski: dorsiflexão do hálux com separação dos outros dedos durante estimulação da parte lateral da sola do pé. Decorticação: contração mantida extensora de tronco e MMII e flexora de MMSS. Descerebração: contração mantida extensora de tronco e membros. ANORMALIDADES DO TÔNUS: Opistótono: contração forte mantida dos músculos extensores do pescoço e tronco. Rigidez: origina-se das lesões dos núcleos da base; caracterizado por resistência ao movimento passivo (independente da velocidade) envolvendo músculos agonistas e antagonistas. Sinal de Roda Denteada: resposta tipo catraca ao movimento passivo por uma alternância entre ceder e resistir ao movimento. Sinal de Cano de Chumbo: resposta que se aplica à rigidez constante. Hipotonia e Flacidez: termos que definem diminuição ou ausência de tônus muscular; resistência ao movimento passivo reduzida (membros movidos facilmente). 2. PROVA DE QUEDA DO BRAÇO AVALIAÇÃO: Os braços do paciente se levantam rapidamente e logo se deixam cair para avaliação de assimetrias. 3. PROVA DE PASSIVIDADE DOS MMSS (GLOBAL) AVALIAÇÃO: Colocam-se as mãos nos ombros do paciente fazendo com que este oscile em rotação. Observa-se a resposta dos MMSS (se oscilam inertes é sinal de hipotonia). 1. PROVA DE QUEDA DA CABEÇA AVALIAÇÃO: O examinador eleva a cabeça do paciente e deixa que caia inesperadamente, segurando-a com a outra mão. Determina-se o tônus através da velocidade com que a cabeça cai. 5. PROVA DE QUEDA DAS PERNAS AVALIAÇÃO: Com o paciente em DD, se elevam subitamente os MMII estendidos e logo os deixam cair. Determina-se o tônus através da velocidade. 6. PROVA DE PASSIVIDADE DOS MMII (GLOBAL) AVALIAÇÃO: Paciente sentado na borda da maca com as pernas caindo livremente, relaxadas e sem contato com o solo. O examinador realiza extensão dos joelhos e em seguida deixa as pernas caírem. Normalmente se produzem 5- 7 oscilações decrescentes em amplitude. 4. PROVA DE PASSIVIDADE DAS MÃOS AVALIAÇÃO: Imprime-se um forte balanço às mãos, agarrando o antebraço por seu terço inferior para observar assimetrias. AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE PASSIVA Informações quanto a responsividade do músculo ao alongamento; O paciente é instruído a relaxar – ausência de controle voluntário; Terapeuta movimenta passivamente com contato manual firme e constante; Tônus normal: movimento fácil e responsivo e leve; Hipertônus: segmento pesado e resistente (Clônus e hiperreflexia); Hipotônus: membros pesados e irresponsivos; Comparação entre membros superiores e inferiores e simetrias. AVALIAÇÃO TONUS •ESCALA DE ASHWORTH MODIFICADA – 1987 •DURIGON E PIEMONTE - 1993 ESPASTICIDADE Características clínicas 1. Comprometimento de certos grupos musculares (antigravitacionários). 2. Maior responsividade dos músculos ao estiramento (velocidade depend.) 3. Reflexos tendíneos muito aumentados. 4. Fenomêno em “canivete”. Particularidades Clônus (Contrações rítmicas mantidas após rápido estiramento, ex: tornozelo) Significância clínica Síndrome do neurônio motor superior (Pesquisar em todos os pontos, desde o córtex até os neurônios motores da coluna vertebral). Ex: AVE, PC, Compressão da medula espinhal. Mecanismos fisiopatológicos Ampliação anormal dos reflexos miotáticos da coluna (causas) 1. Excitabilidade ampliada das sinapses centrais implicadas no arco reflexo. 2. Aumento da sensibilidade do fuso muscular Obs: Desequilíbrio entre os sistemas facilitatórios e inibitórios. Tratamento farmacológico • Baclofeno: causa sonolência e cansaço. • Benzodiazepínicos: podem provocar dependencia. • Toxina Botulínica: atua em grupos musculares especifícos (junção neuromuscular). 3. Resistência em “cano de chumbo”. - “ rigidez da roda denteada” base. RIGIDEZ Características clínicas 1. Resistência a mov. passivos, mais ou menos lentos. 2. Presente nos grupos flexores e extensores. 4. Reflexos tendíneos normais. 5. Pode ser verificado nos membros ou axialmente. Particularidades Pode vir associado a tremor , como parte do distúrbio extrapiramidal Significância clínica • A rigidez está presente nas síndromes extrapiramidais, que são causadas por pertubações funcionais dos núcleos da • Ex. Doença de Parkinson Mecanismos fisiopatológicos • Parece ser a ampliação do componente de latência prolongada do reflexo miotático. Tratamento farmacológico • Tratamento centrado na síndrome extrapiramidal. •Ex. Na DP utiliza-se a levodopa + inibidor da dopa- descarboxilase. • Decorticação e descerebração; • Opistótono; Espasticidade X Rigidez Hipotonia • Há desgaste muscular, o que provoca a redução da rigidez passiva da articulação Situações típicas: – Lesões do NMI (ex: lesões de plexo) • • Propriedades visco-elásticas das articulações e dos tecidos moles permanecem inalteradas. • Situações típicas: – Crianças com distúrbios do SNC (“flácidas”) – Estágio agudo de TRM (“choque medular”) Distúrbios do SNPDistúrbios do SNC Tônus muscular está anormalmente baixo 3. Movimentos involuntários repetitivos. DISTONIA Características clínicas 1. Distúrbio hipercinético dos movimentos. 2. Tônus comprometido ou desordenado, ora alto e ora baixo. Particularidades Postura diatônica: posturas anormais mantidas, causadas pela contração de músculos agonistas e antagonistas. Significância clínica • A distonia resulta de uma lesão do SNC (normalmente nos gânglios da base) , associada com outros distúrbios neurodegenerativosou distúrbios metabólicos. São todos neurônios do influenciam no do neurônio LESÃO DE NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR X INFERIOR NMS: aqueles SNC que funcionament o motor inferior NMI: Corpo celular e dendritos no SNC e axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas. Características e Sinais Síndrome NMS Síndrome NMI Classificação Síndrome do 1º neurônio motor - piramidal Síndrome do 2º neurônio motor - periférica Tônus Hipertonia Hipotonia / normotonia Trofismo Pouca atrofia/tardia Atrofia leve a grave Reflexos Hiperreflexia (hiperativos) Arreflexia / hiporreflexia (hipoativos ou abolidos) Reflexo cutâneo- abdominal Ausente Presente ou ausente nas lesões dos nervos abdominais Reflexo cutâneo - plantar Em extensão (Babinski) Em flexão ou abolido na SNMI Fasciculação Ausente Presente (lesões do corno anterior) Motricidade Paralisia espástica (fraqueza + distal) Paralisia flácida Localização da lesão Córtex; áreas subcorticais; cápsula interna; tálamo; medula espinhal. Células do corno anterior da medula; nervos periféricos; junção neuromuscular; músculo. Exemplos Tumores; TCE; LM; AVE; PC; EM; etc. Plexopatias; Polineuropatias periféricas; Distrofias... Fatores que influenciam o tônus • Esforço ou movimento voluntário; • Estresse ou ansiedade; • Medicamentos; • Saúde geral; • Temperatura ambiental; • Estado de prontidão ou alerta do SNC; • Bexiga cheia ou vazia; • Febre e infecção; • Desequilíbrios metabólicos e/ou de eletrólitos; • Posição .... ESCALA DURIGON E PIEMONTE D E Adutores de ombro 1 Reação ao alongamento diminuída à mobilização. Flexores de cotovelo 2 Reação ao alongamento normal à mobilização. Pronadores do antebraço 3 Reação ao alongamento perceptível apenas no terço inicial do arco de movimento, manifestando-se exclusivamente à mobilização súbita e rápida. Flexores de punho 4 Reação ao alongamento perceptível apenas no terço final do arco de movimento, manifestando-se exclusivamente à mobilização súbita e rápida. Flexores dos dedos 5 Reação ao alongamento perceptível apenas no terço inicial do arco de movimento, manifestando-se mesmo à mobilização lenta. Flexor do polegar 6 Reação ao alongamento perceptível apenas no terço final do arco de movimento, manifestando-se mesmo à mobilização lenta. Adutores de quadril 7 Reação ao alongamento perceptível durante todo o arco de movimento, manifestando-se apenas à mobilização súbita e rápida. Extensores de joelho 8 Reação ao alongamento perceptível durante todo o arco de movimento, manifestando-se apenas à mobilização lenta. Sóleo 9 Reação ao alongamento perceptível durante todo o arco de movimento, limitando a amplitude de movimento, manifestando-se apenas à mobilização súbita e rápida. Gastrocnêmio 10 Reação ao alongamento perceptível durante todo o arco de movimento, limitando a amplitude de movimento, manifestando-se mesmo à mobilização lenta. Posições para teste: ADUTORES DE OMBRO Posicionamento: com o ombro em flexão de 90º e adução horizontal máxima, uma mão estabiliza o cotovelo e outra o punho do paciente. Teste: examinador realiza a abdução horizontal. FLEXORES DE COTOVELO Posicionamento: ombro ligeiramente abduzido, o braço o pac. estendido e antebraço em supinação , o examinador posiciona o antebraço em máxima flexão de cotovelo. Mão proximal do examinador sob o cotovelo e outra estabiliza o punho. Teste: realiza extensão do antebraço. PRONADORES DO ANTEBRAÇO Posicionamento: cotovelo em flexão de 90º, antebraço pronado. Examinador coloca uma mão na face ulnar e outra na radial na região do punho. Teste: realizar supinação. FLEXORES DO PUNHO Posicionamento: cotovelo em máxima extensão e antebraço pronado (em DD mão fora da maca). Uma mão na metacarpofalangeana e outra estabiliza o punho. Teste: mover o punho da máxima flexão para máxima extensão. FLEXORES DOS DEDOS Posicionamento: cotovelo em máxima extensão e antebraço pronado e punho neutro. Dedos de uma das mão sob a face ventral dos dedos do paciente e outra mão no punho Teste: move de flexão para extensão dos dedos. FLEXOR DO POLEGAR Posicionamento: cotovelo em máxima extensão e antebraço pronado. Uma mão no polegar e outra no punho do paciente. Teste: move o polegar de flexão para extensão . ADUTORES DO QUADRIL Posicionamento: pac em DD com quadril e joelhos em extensão , examinador coloda uma mão na fossão poplítea na face lateral e outra mão na região medial do tornozelo. Teste: mover da máxima adução para máxima abdução. EXTENSORES DE JOELHO Posicionamento: pac em DL, alinhado e com extensão de quadril e joelhos. Examinador atrás do pac. com uma mão na face medial na região do joelho e outra no tornozelo. (pode ser realizado em DD com membro para fora da maca). Teste: mover joelho de flexão para a extensão máxima. SÓLEO Posicionamento: pac. em DL com coxofemoral e joelho fletidos 45º. Em frente ao pac, o examinador coloca uma mão anterior a articulação do tornozelo e outra mão sob o pé com polegar na face lateral e dedos na medial. (pode ser realizado em DD com quadril em rot. ext. e flexão de joelho.) Teste: mover de flexão plantar para dorsiflexão máxima. GASTROCNÊMIO Posicionamento: pac. em DL com coxofemoral flexão de 45º e joelho em extensão . Em frente ao pac. o examinador coloca uma mão no joelho e outra sob o pé do pac. (pode ser realizado em DD com quadril em rot. ext. e extensão de joelho.) Teste: mover de flexão plantar para dorsiflexão máxima. REFLEXOS Os movimentos reflexos são os mais simples e são integrados principalmente na medula espinal. • Reflexos monossinápticos: sinais sensoriais não ascendem para os centros encefálicos superiores, sendo integrados somente na medula espinal. • Reflexos posturais: posicionamento do corpo na posição estática ou em movimento, a integração ocorre no tronco encefálico. • Movimentos voluntários: mais complexos e necessitam de integração no córtex cerebral, tornando-os conscientes, ou seja, sem a necessidade de um estímulo externo. O encéfalo tem importante participação na elaboração e na modulação dos movimentos através do comando e planejamento motor que é enviado para a medula espinal para a execução dos movimentos. É na medula espinal que acontece o início da integração sensorial para que as respostas apropriadas sejam geradas. Circuitos neuronais medulares Atividades musculares são controladas Reflexos musculares simples até complexas redes neurais para a locomoção. • A medula espinal é uma via de duplo sentido para o fluxo de informações através de vias ascendentes – sensoriais e vias descendentes – motoras. Representação esquemática de um corte transversal de medula espinal, evidenciando a substância cinzenta e a substância branca da medula espinal. Note: 1-corno anterior da medula espinal; 2-corno posterior da medula espinal; 3-substância cinzenta intermédia; 4-funículo anterior; 5-funículo lateral; 6-funículo posterior; 7-comissura branca anterior; 8- fissura mediana anterior; 9-sulco mediano posterior; 10-canal central medular; 11-raiz anterior; 12-raiz posterior; 13-gânglio sensorial do nervo espinal. Observe a raiz posterior que é sensorial (12) adentrando a medula espinal através do corno posterior da medula espinal (2) e a raiz anterior que é motora penetrando a medula pelo corno anterior (1) da medula espinal. Os sinais sensoriais que atingem a substância cinzenta da medula espinal podem ter dois destinos: • Integração motora independente dos centros supra- espinais para os reflexos espinais simples, onde os sinais são transferidos do neurônio sensorial através da substância cinzenta da medula espinal para um neurônio motor eferente; • Os interneurônios espinais podem enviar as informações sensoriais para o encéfalo através dos tratos ascendentes ou conduzir comandos do encéfalo para os neurônios motores. Os interneurônios podem tambémmodificar a característica das informações conduzidas. Esquema representativo do circuito de integração neuronal de um reflexo polissináptico envolvendo um interneurônio. Esquema representativo do circuito neuronal básico de um reflexo espinal simples (monossináptico) envolvido no reflexo de estiramento muscular Na substância cinzenta de cada segmento medular, com exceção de neurônios sensoriais, estão localizados , entre um nervo e o próximo nervo, neurônios de retransmissão sensorial: • Neurônios motores anteriores; • Interneurônios. Neurônios motores anteriores: Localizam-se no corno anterior da medula e são maiores que os demais neurônios. Eles deixam a medula espinal pela raiz ventral ou anterior e seguem seu percurso até atingir a fibra muscular esquelética a ser inervada por ele. O neurônios motores anteriores podem ser de dois tipos: • Neurônios motores alfa • Neurônios motores gama Para que o movimento seja preciso, é necessário que os neurônios motores recebam informações acerca da tensão e comprimento muscular, fazendo os ajustes para que o movimento seja executado com perfeição. Para isso, os neurônios motores recebem estimulação somatossensorial do órgão tendinoso de Golgi (OTG) e dos fusos musculares. O reflexo miotático ou de estiramento muscular é a manifestação mais simples da função do fuso muscular que além de proteger os músculos participa do controle dos movimentos e está envolvido nos ajustes posturais através do controle do tônus muscular. Reflexo de estiramento ou miotático Pode ser dividido em: 1. ESTIRAMENTO DINÂMICO • Consiste em uma resposta breve ao estímulo. • Distensão rápida no músculo e no fuso muscular estimulam as terminações nervosas primárias do fuso muscular que envia o potencial de ação para a medula, liberando neurotransmissores nas sinapses com os neurônios motores alfa que são despolarizados e o potencial de ação se propaga até a junção neuromuscular liberando acetilcolina (ACh). • A acetilcolina interage com os receptores musculares despolarizando a membrana plasmática muscular ou sarcolema, ocasionando a contração muscular. ESTIRAMENTO TÔNICO • É provocado por sinais contínuos que são transmitidos por terminações primárias e secundárias, mantendo o grau de contração muscular constante. • Pode ser desencadeado quando há uma flexão passiva da articulação. • Os receptores para esses reflexos são as terminações nervosas primárias e secundárias no fuso muscular que são disparadas diante da manutenção do alongamento e o potencial de ação é conduzido para a medula espinal. • Normalmente essas aferências primárias e secundárias estão em constante atividade mantendo a frequência basal de disparos dos neurônios motores alfa, assim, o reflexo de estiramento tônico contribui para a manutenção do tônus muscular. Reflexo Estiramento O estímulo de percussão do tendão provoca a contração do músculo quadríceps femoral e a INIBIÇÃO RECÍPROCA dos músculos posteriores da coxa. Reflexo flexor, de retirada e extensor cruzada • Reflexo flexor é constituído por vias reflexas polissinápticas, onde um estímulo sensorial cutâneo em um dos membros causa a contração dos músculos flexores deste membro, ocasionando o afastamento do estímulo. Geralmente é causado por um estímulo nociceptivo (dor) exercido nos receptores que são terminações nervosas livres. • Quando o reflexo atinge não somente o membro estimulado, mas se propaga a outras áreas do corpo, esse fenômeno é chamado reflexo de retirada. No reflexo de retirada mais comumente estão envolvidos os nociceptores, mas os demais receptores podem estar envolvidos. • Neste caso a contração reflexa é denominada de reflexo de extensão cruzada, onde atua um circuito de inervação cruzada. Nesse reflexo os axônios dos interneurônios que cruzam o plano mediano para participar do sistema anterolateral emitem ramificações para o lado oposto, fazendo parte de uma segunda cadeia sináptica ativando neurônios motores da musculatura extensora. Reflexo Flexor Polissináptico A inervação recíproca é caracterizada como um reflexo polissináptico, visto que utiliza três neurônios (neurônios sensoriais, interneurônios e neurônios motores) e duas sinapses. Reflexo de Extensão Cruzada Reflexo de Extensão Cruzada Reflexo Tendinoso de Golgi • Outro receptor sensorial é o órgão tendinoso de Golgi que possui estrutura encapsulada, cujo interior é formado por um emaranhado de fibras colágenas, que se entrelaçam com as fibras aferentes Ib, que são seus receptores. • As fibras aferentes do tipo Ib são mielínicas, rápidas, porém apresentam diâmetro pouco menor do que as fibras sensoriais Ia encontradas nos fusos musculares. • Os órgãos tendinosos de Golgi estão dispostos em série na transição entre o músculo e o tendão e esta posição permite que eles detectem a variação de força muscular sendo aplicada diretamente ao tendão. INIBIÇÃO AUTOGÊNICA O fuso muscular e o OTG exercem papel fundamental no controle motor através do feedback das informações sobre os efetuadores (músculos estriados esqueléticos) para o SNC. REFLEXOS - AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL Tendíneos Bicipital Tricipital Patelar Aquileu Cutâneos Cutâneo superficial Cutâneo Plantar (Babinski) Reflexos Graduação das Respostas Reflexas: • 0 = sem resposta. • 1 = diminuídos. • 2 = normal. • 3 = aumentados mas ainda normais (vivo). • 4 = muito aumentados, hiperreflexia. • 5 = clônus sustentado. Considerações: • Reflexos assimétricos são sempre anormais; • Presença de clônus caracteriza a hiperreflexia máxima; • Arreflexia deve ser estudada junto com os demais achados, visto que o reflexo pode estar ausente em indivíduos normais; • A hiperreflexia sempre identifica a presença de uma lesão na via piramidal. A razão disso deve-se ao fato da via piramidal exercer efeito inibitório sobre o motoneuronio gama, estes controlando a tensão da fibra muscular, ou seja, provocando relaxamento das fibras. AVALIAÇÃO D0 EQUILÍBRIO Equilíbrio é definido como a habilidade de controlar a massa corporal ou o centro de gravidade (CG) relativo à base de apoio. A capacidade de o indivíduo controlar a estabilidade é conhecida como equilíbrio. A habilidade de equilibrar-se e manter uma postura estável é fundamental à execução da maior parte dos movimentos. Componentes do Equilíbrio: • Manutenção da postura, • Ajuste postural antes e durante um movimento, • Ajustes posturais feitos em resposta a um distúrbio externo. Centro de gravidade (CG) • O Centro de Massa é um único ponto associado a corpo todo, em torno do qual a massa corporal está igualmente distribuída em todas as direções. • Na análise de um corpo submetido a ação da gravidade o centro de massa também pode ser considerado como o CG. - Centro de gravidade (CG): deve estar dentro da superfície de suporte durante o ortostatismo e a marcha (BERGER, 1992). - Centro de massa corporal (CMC): deve estar projetado verticalmente em uma pequena área de apoio no solo delimitada pelos pés ( base de suporte) ( WINTER, 1995). - Limite de estabilidade: é a dimensão quantitativa que define o ângulo de oscilação máximo do CG ( NASHNER, 1989). DEFINIÇÕES - Ajustes antecipatórios: ocorrem simultaneamente ou antes a perturbações externas ( SHUMWAY-COOK E WOLLACOTT, 2001). - Ajustes compensatórios: ocorrem imediatamente após as perturbações externas ( SHUMWAY-COOK E WOLLACOTT, 2001). Base de Apoio Áreas circundadas pelas regiões mais externas de contato entre o corpo e a superfície ou as superfícies de apoio. Para se obter equilíbrio postural, é necessário que o centro de massa esteja posicionado sobre a base de suporte. Centro de Massa: É o ponto imaginário em que a massa do corpo todo está igualmente distribuída. Localiza-se anteriormente à segunda vértebra sacral. Quando permanecemos parados, não permanecemos sem movimento, ocorrem oscilações posturais: nós oscilamos - REAÇÃO FUSOSOTGs Terminações nervosas livres Receptores Cutâneos Sistema Proprioceptivo: fornece informações sobre o movimento do corpo em relação ao ambiente. EQUILÍBRIO ESTÁTICO: = postura – manter centro de gravidade “ sem movimento do corpo” EQUILÍBRIO ESTÁTICO: Capacidade de manter-se “parado” em uma mesma posição. Micromovimentos anti-gravitários; Sistema Vestibular; Sistema Exteroceptivo; Sistema Proprioceptivo. “O ser humano encontra-se em constante desequilíbio”. EQUILÍBRIO DINÂMICO = trocas de posturas com manutenção de estabilidade do corpo EQUILÍBRIO DINÂMICO Capacidade de manter corpo estável durante o movimento. Sistema proprioceptivo; Sistema exteroceptivo; Sistema vestibular. Constante reação aos desequilíbrios proporcionados por forças internas e externas; ETAPAS DO CONTROLE MOTOR 1.MOBILIDADE 2.ESTABILIDADE 3.MOBILIDADE SOBRE ESTABILIDADE 4.DESTREZA ou AUTOMATISMO MOBILIDADE •Mobilidade articular ou tecidual propriamente ditas, •Caso indivíduo não apresente mobilidade segmentar, é impossível execução de tarefas, •P. ex: indivíduo não apresenta abdução do ombro por falta de mobilidade, •Goniometria e outros métodos, •Testar mobilidade passiva ou ativa. ESTABILIDADE • Capacidade de manter o segmento “firme”, • Conexão entre musculaturas agonista/antagonista, • P. ex: indivíduo não apresenta abdução do ombro por falta de estabilidade, • Geralmente em segmentos proximais, • Força X Estabilidade. MOBILIDADE SOBRE ESTABILIDADE • Capacidade de movimentar um segmento enquanto outro encontra-se estabilizado, • Geralmente segmento distal sobre o proximal, • Movimentar o braço com cintura escapular estável, • Caminhar com tronco estável. DESTREZA ou AUTOMATISMO • Realização de duas ou mais tarefas ao mesmo tempo, • Caminhar e conversar. TABELAS PARA AVALIAÇÃO EQUILÍBRIO •Escala de Equilíbrio de Berg • Tinetti •Time Up Go •Alcance Funcional •Apoio unipodal... TESTES DE EQUILÍBRIO FUNCIONAL: » os testes tradicionais de equilíbrio têm focado o equilíbrio estático (manutenção da postura) e o equilíbrio dinâmico (durante transferências de peso ou movimento). Equilíbrio Estático: » Apoio nos 2 Membros » Apoio em 1 Membro » Apoio em Linha (posição calcanhar-artelho) » Teste de Romberg » Teste de Romberg Intensificado Equilíbrio Dinâmico: » Levantar / Caminhar / Girar / Parar / Começar (graduação: ausente / comprometido / presente). AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO Coordenação motora é a capacidade de usar de forma mais eficiente os músculos esqueléticos, resultando em uma ação global mais eficiente, plástica e econômica. Para melhorar sua coordenação motora é necessário vivenciar a maior quantidade de movimento possíveis. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=nata%C3%A7%C3%A3o+3d&source=images&cd=&cad=rja&docid=9GW_hQ2ffbQ6yM&tbnid=bMWrQXokNnSK1M:&ved=0CAUQjRw&url=http://tecnicadenado.blogspot.com/2012_02_01_archive.html&ei=M7xMUeEBg-70BNeMgdgM&psig=AFQjCNHbhDc3vzdUt0T1DZfnc7DF5c7DbA&ust=1364069784229190 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=basquete+wallpaper&source=images&cd=&cad=rja&docid=WNeel6o9xK-p0M&tbnid=UIexvV4EfSHDHM:&ved=0CAUQjRw&url=http://papeldeparede.vemquetem.net/basquete-wallpaper.html&ei=C79MUZW0FJDo8wSd_oDoCw&psig=AFQjCNHbvurvT9J9Hy6gfsp5nzn-bj0Wyg&ust=1364070502262282 » é a habilidade de executar respostas motoras suaves, precisas e controladas. » é um processo complexo que depende de um sistema neuromuscular completamente intacto. Características do Movimento Coordenado: » velocidade / distância / direção » tensão muscular apropriada » influências sinérgicas adequadas » fácil reversão entre grupos musculares opositores » fixação proximal (permite movimento distal) / manutenção de postura » RESULTAM DE ALGUM DÉFICIT NA INTEGRAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS SENSORIAIS, MOTORES E NEURAIS. Características dos Movimentos: » desajeitados » estranhos » bruscos » imprecisos Envolvimento do SNC: » cerebelo » núcleos da base » colunas medulares dorsais 1. Determinar as características da atividade muscular voluntária; 2. Avaliar a habilidade dos músculos no trabalho conjunto para realizar uma tarefa ou atividade funcional; 3. Determinar o nível de habilidade e eficiência do movimento; 4. Identificar a capacidade de iniciar, controlar e terminar o movimento; 5. Determinar o seqüenciamento e a precisão dos padrões de movimento; 6. Ajudar a estabelecer limitações funcionais e incapacidades; 7. Ajudar no processo de planejamento terapêutico específico; 8. Determinar os efeitos da intervenção terapêutica ao longo do tempo; 9. Ajudar a estabelecer um prognóstico. CEREBELO » Sua função primária é a regulação do movimento, do controle postural e do tônus muscular. » Lesões dessa área produzem comprometimento do equilíbrio e diminuição do tônus muscular. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA DISFUNÇÃO CEREBELAR 1. Ataxia: incoordenação observada na marcha, postura e no movimento. 2. Hipotonia: redução no tônus muscular. 3. Dismetria (hiper ou hipometria): distúrbio para avaliar distância ou ADM. 4. Disdiadococinesia: comprometimento para realizar movimentos rápidos e alternados. 5. Tremor de Intenção: movimento oscilatório involuntário que aumenta com a proximidade do alvo. 6. Decomposição de Movimentos: movimento realizado em partes. 7. Fenômeno do Rebote: incapacidade p/ deter movimentos ativos forçados. 8. Astenia: fraqueza muscular generalizada. 9. Disartria e Nistagmo NÚCLEOS DA BASE » Atuam no início e regulação dos movimentos intencionais grosseiros, planejamento e execução de respostas motoras complexas, facilitação seletiva de respostas motoras, ajustes posturais e habilidade para realizar movimentos automáticos. » Lesões destes núcleos demonstram: (1) pobreza e lentidão dos movimentos (2) movimentos involuntários (3) alterações na postura e no tônus muscular. » Papel importante na manutenção do tônus muscular normal CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DAS LESÕES DOS NÚCLEOS DA BASE 1. Bradicinesia: movimento lento ou diminuído. 2. Rigidez: do tônus muscular com resistência ao movimento passivo. 3. Tremor de Repouso: mov. involuntário, rítmico e oscilatório em repouso. 4. Acinesia: incapacidade de iniciar o movimento. 5. Coréia: movimentos involuntários rápidos, irregulares e bruscos. 6. Atetose: movimentos involuntários lentos e serpenteantes. 7. Coreoatetose: movimento com características de coréia e atetose. 8. Hemibalismo: movimentos involuntários proximais unilaterais, súbitos, bruscos, forçados, violentos e em arremesso. 9. Distonia: movimentos contorcionais bizarros por contração involuntária de grupos musculares antagônicos. Grácil Cuneiforme COLUNAS MEDULARES DORSAIS » As colunas dorsais ou posteriores (fascículos grácil e cuneiforme) têm um papel importante no movimento coordenado e na postura. » São responsáveis pela mediação dos impulsos proprioceptivos (senso de posição e cinestesia) dos receptores musculares e articulares. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DAS LESÕES DAS COLUNAS DORSAIS 1. Falta de Feedback Proprioceptivo 2. Distúrbios da Marcha: » base alargada e oscilante » comprimento desigual dos passos » desvio lateral excessivo » perna com queda abrupta (impacto audível) » típico “andar olhando para os pés” A ORIENTAÇÃO VISUAL REDUZ ESSAS CARACTERÍSTICAS Observação Acurada e Cuidadosa Execução de Atividades Funcionais (AVDs / Transferências / Marcha) Informações Gerais para Localização de Déficits: » nível de habilidade em cada atividade (grau de assistência); » ocorrência de movimentos estranhos, oscilações, balanços ou falta de firmeza; » número de membros envolvidos; » distribuição dos comprometimentos (musc. proximal e/ou distal) » situações que ou os déficits de coordenação » tempo necessário para realizar a atividade » nível de segurança e história de possíveis quedas Considerações Preliminares O paciente deve ser primeiro observado enquantorealiza diferentes atividades funcionais como: • movendo-se no leito; • nas rotinas de cuidados pessoais; • fazendo transferências; • comendo; • escrevendo; • mudando de posição; • mantendo uma posição ereta; • andando. CATEGORIAS PRINCIPAIS Atividades Motoras Grossas » Avaliação da postura corporal, do equilíbrio e do movimento dos membros usando grandes grupos musculares. Exs.: engatinhar, ajoelhar-se, ficar em pé, andar e correr. Atividades Motoras Finas » Servem para avaliar os movimentos dos membros usando pequenos grupos musculares. Ex.: manipulação de objetos. • TESTES DE COORDENAÇÃO SEM USO DE EQUILÍBRIO • TESTES DE COORDENAÇÃO COM USO DE EQUILÍBRIO CAPACIDADES AVALIADAS 1. Mobilidade: padrão funcional de movimento. 2. Estabilidade: controle postural estático. 3. Mobilidade Controlada: controle postural dinâmico. 4. Destreza: movimento altamente coordenado. 5. Mobilidade Alternada ou Recíproca: habilidade de reverter o movimento. 6. Composição do Movimento ou Sinergia: grupos musc. trabalhando junto. 7. Precisão: habilidade de estimar e julgar distância e velocidade. 8. Fixação ou Manutenção do Membro: habilidade de manter a posição. 9. Equilíbrio AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO PROTOCOLO Reunião do Equipamento Escolha do Local (livre de distrações) Seleção do Teste (específico para cada comprometimento) Preparação do Paciente (instrução e demonstração) Teste (observação) Documentação (registro dos dados) Registro do Resultado do Teste Exemplo de Tabela (sem ou com equilíbrio) GRADUAÇÃO 5. DESEMPENHO NORMAL 4. COMPROMETIMENTO MÍNIMO: CAPAZ DE REALIZAR UMA ATIVIDADE COM VELOCIDADE E HABILIDADE UM POUCO MENORES DO QUE O NORMAL. 3. COMPROMETIMENTO MODERADO: CAPAZ DE REALIZAR UMA ATIVIDADE, MAS OS DÉFICITS DE COOORDENAÇÃO SÃO MUITO EVIDENTES; OS MOVIMENTOS SÃO LENTOS, DESAJEITADOS E INSTÁVEIS. 2. COMPROMETIMENTO GRAVE: CAPAZ SOMENTE DE INICIAR A ATIVIDADE, SEM TERMINÁ-LA. 1. ATIVIDADE IMPOSSÍVEL Alteração no movimento coordenado com a idade •Diminuição da força; •Tempo de reação mais lento; •Perda de flexibilidade; •Postura precária; •Comprometimento do equilíbrio. Distúrbios do Movimento Exame neurológico • O exame dos movimentos involuntários está inserido na avaliação da motricidade: • Inspeção, marcha, testes de força muscular, tônus muscular, reflexos e coordenação. • Consiste na identificação do movimento à partir da sua caracterização. Distúrbios do movimento • Afetam: • Velocidade, fluência, qualidade e facilidade do movimento. • Fluência ou velocidade anormais: • Atividade motora excessiva (sinais positivos) • Atividade motora lentificada (sinais negativos) Distúrbios do movimento •Resultam de lesões no circuito dos núcleos da base. Distúrbios do movimento 1. Hipercinéticos • Tremor • Coréia • Distonia e atetose • Mioclonia • TIC • Balismo 2.Hipocinéticos •Acinesia •Bradicinesia •Hipocinesia •Hipertonia plástica Distúrbios do movimento Dois exemplos clássicos • Hipocinesia: • Doença de Parkinson: • Degeneração de neurônios dopaminérgicos da substância nigra • Afeta 1% de toda a população depois dos 50 anos. • Sinais cardinais: tremor de repouso, bradicinesia e rigidez plástica. • Hipercinesia: • Doença de Huntington: • Doença genética autossômica dominante. • Inicia em torno dos 30-50 anos. • Repetição CAG: Mutação no gene que codifica a proteína Huntingtina. • Lesão de núcles da base: Coréia e demência progressiva . Tipos de Discinesias Classificação: a) Tremor de repouso; b) Tremor de ação; c) Tremor essencial; “Qualquer movimento indesejado, rítmico, sinusóide de um membro ou parte do corpo” TREMOR Tipos de Discinesias “Movimentos espamódicos frequentes que constatemente se deslocam de uma parte do corpo para outra”. CORÉIA Coreia é uma palavra de origem grega que significa dança. Os movimentos involuntários coreicos têm início abrupto, explosivo, geralmente de curta duração, repetindo-se com intensidade e topografia variáveis, assumindo caráter migratório, o que faz parecer que o indivíduo está realizando um tipo de dança ondulante. Tipos de Discinesias “ Movimentos involuntários violentos e de grande amplitude dos membros.”. BALISMO Balismos são movimentos involuntários amplos, de início e fim abruptos, que levam a deslocamentos bruscos, violentos, colocando em ação grandes massas musculares, assemelhando-se a chutes ou arremessos. Em geral, o balismo ocorre apenas em um lado do corpo, sendo assim chamado de hemibalismo. Frequentemente associa-se a movimentos coreicos na extremidade distal do membro afetado, denominando-se assim hemicoreia/hemibalismo. Tipos de Discinesias “ Movimento anormal, onde existe a impossibilidade de manter os segmentos corporais em uma determinada posição. São lentos e sinuosos, semelhantes a movimentos tentaculares. São frequentemente contínuos e envolvem predominante de extremidades” ATETOSE Tipos de Discinesias As distonias são contrações musculares sustentadas, causando abalos lentos, tremores, movimentos de torção e posturas anormais. Ocorre a contração simultânea de músculos agonistas (que facilitam o movimento desejado) e antagonistas (que dificultam o movimento desejado). DISTONIA MOBILIDADE MOBILIDADE • Descreve movimento inicial em um padrão funcional. • Amplitude de movimento adequado; • Atividade muscular suficiente; • Controle de equilíbrio. Paciente com déficit na mobilidade inicial demonstra movimento não sustentado ou coordenado. OBJETIVO DA AV. FUNCIONAL IDENTIFICAÇÃO DE ATIVIDADES FUNCIONAIS PERTINENTES AO SER HUMANO. MOBILIDADE FUNCIONAL: MOBILIDADE NO LEITO; TRANSFERÊNCIAS; LOCOMOÇÃO TROCAS DE POSTURAS HOSPITALAR ≠ CLÍNICA SUPINO DECÚBITO LATERAL PRONO PRONO NOS COTOVELOS JOELHOS/ COTOVELOS 4 APOIOS SENTADO NOS CALCANHARES JOELHOS ½ JOELHOS ORTOSTASE DL NOS COTOVELOS SENTADO LATERAL SUPINO COTOVELOS LONG SITTING ANDAR SENTADO PONTE ROTAÇÃO INF. TRONCO ÍNDICE DE BARTHEL GRAU E ASSISTÊNCIA A MOBILIDADE FUNCIONAL E AVDs UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE FISIOTERAPIA DISCIPLINA DE NEUROFUNCIONAL I ANÁLISE DE MARCHA Fisiologia da Marcha Tronco Cerebral Medula Espinhal Geradores Centrais de padrões Grupos de Interneurônios Coordenam a atividade em grupos de neurônios motores Locomoção Marcha Normal • Até 120 passos por minuto; • É um movimento automático (aprendizado); • É rítmico e quase sem esforço; • Consumo normal de energia; • Realizar tarefas duplas; • Diferentes ambientes; • Diferentes movimentos – subir e descer escadas. Os objetivos para a análise da marcha devem incluir: • Descrição das diferenças entre o desempenho de um paciente e os parâmetros da marcha normal. • Identificação dos mecanismos que causam a disfunção. • Prognóstico do estado funcional de um paciente. • Determinação da necessidade de dispositivos ou equipamentos adaptativos de auxílio, órteses, próteses. Ciclo da Marcha Passo Direito Passo Esquerdo Fase de Apoio Fase de Balanço Sub Fases CICLO DA MARCHA: série cíclica de movimentos. Passada: sequência de eventos que ocorrem entre os contatos sucessivos do calcanhar do mesmo pé. Passo: sequência de eventos que ocorrem nos contatos sucessivos do calcanhar dos pés opostos. Fases da Marcha Fase da Apoio ou de Estação: 60% do ciclo da marcha. É definida como o intervalo no qual o pé do membro de referência se acha em contato com o solo suportando do peso do corpo. • Contato Inicial/do calcanhar; • Resposta de Carga/apoio plantar; • Apoio médio; • Fase Terminal/Saída do calcanhar; • Pré-Balanço/Saída dos dedos; Funções da Fase de Apoio • Apoio • Equilíbrio: manutenção da postura ereta sobre a base de apoio. • Propulsão (aceleração do corpo no espaço): geração de energia mecânica permitindo propulsão. • Absorção: de energia mecânica Fases da Marcha Fase de Balanço ou deOscilação: 40% do ciclo da marcha. O membro de referência não faz contato ao solo. • Balanço inicial/Aceleração; • Balanço Médio; • Balanço Terminal/Desaceleração. Funções da Fase de Oscilação dos MsIs: Retirar o pé do chão e prepará-lo para o apoio sobre a superfície. Cabeça, Tronco e Pelve. Os movimentos de cabeça, tronco e pelve são secundários a função dos MsIs. Os eventos importantes a estes segmentos são: recepção do impacto da carga, mudança no alinhamento dos membros de apoio e de balanço e a perda do apoio bilateral da pelve. Fatores que Interferem na marcha •Força; •Tônus; •Mobilidade; •Encurtamentos e deformidades; •Coordenação; •Estabilidade; •Sensibilidade; •Sinergismos inadequados. Avaliação da Marcha - ? •Fases da marcha; •Auxílios (órteses, bengalas, andadores); •Ritmo; •Comprimento do passo; •Balanço dos braços; •Velocidade; •Biomecânica; •Estabilidade e mobilidade do tronco; •Andar e/ou correr. Análise da Marcha OBJETIVO: DESCREVER AS AÇÕES QUE OCONTECEM EM CADA ARTICULAÇÃO. A estratégia de intervenção fisioterapêutica é melhorar e/ou restaurar as condições de deambulação do paciente. Tto Hospitalar Tto Clínica Tto Domiciliar Auxílio: Terapeuta, bengala, muleta, andador e órteses. Laboratório de Marcha Videografia Eletromiografia: atividade elétrica em ativação dos músculos Quantifica atividade muscular durante a marcha Eletromiografia Dinâmica Marcadores de Movimento Marchas Patológicas Hemiplégico Marcha com pé caído Marcha Atáxica Presente na Síndrome Piramidal, nos pacientes hemiparéticos. Ocorre na Síndrome Extrapiramidal Parkinsoniana. Há uma diminuição ou ausência dos membros superiores durante a marcha, passos curtos, às vezes arrastando os pés, com hesitação no início, acelerações involuntárias (marcha festinada). Movimentos de flexão, extensão e rotação do pescoço, juntamente com caretas faciais, movimentos de rotação de tronco e dos membros e rápido movimento dos dedos, tipo tocar piano. Além disso, súbitos movimentos da pelve se lançando para frente ou para o lado. Punho e dedos realizam flexão e extensão, supinação e pronação alternados: os lábios retraem-se e projetam-se alternadamente, com protusão intermitente da língua. O que dá mais estabilidade para pacientes com esta marcha é o andador. Também é comum em PC. Coreatetósica ou distônica Obrigada!
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